EXECUTIVOS. Formação de. Programas são trampolim para subir na carreira PUB. Paula Nunes

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1 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 6179 DE 25 DE MAIO DE 2015 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Formação de EXECUTIVOS Programas são trampolim para subir na carreira Paula Nunes PUB

2 II Diário Económico Segunda-feira 25 Maio 2015 FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS EDITORIAL MADALENA QUEIRÓS Editora Um mercado global que vale 62 mil milhões de euros Conheça os relatos de quem subiu na carreira PÁGINA IV E V Empresas apostam na formação para melhorar resultados PÁGINA VI E VIII Três escolas portuguesas na lista das melhores do mundo PÁGINA VI E VIII Viagem aos programas das escolas portuguesas PÁGINA X A XXVI Conheça a oferta de formação de executivos em Portugal PÁGINA XXVIII XXXVI Paula Nunes Uma das apostas das escolas portuguesas é ganhar o mercado africano, um dos que mais vai crescer no futuro. Cerca de 62 mil milhões euros é quanto vale o mercado da formação de executivos no mundo. África, Ásia e Médio Oriente são as regiões em que a procura por estes programas mais vai crescer nos próximo anos. Enquanto na Europa e nos EUA a tendência é inversa com uma previsível diminuição do número de clientes. O que deverá levar ao fecho de dez mil business schools na próxima década, segundo algumas previsões. Apostar em conquistar clientes nos países africanos que falam português é a estratégia de muitas escolas portuguesas. Um caminho que já está a dar os seus frutos. E que passa por montar operações nesses países africanos como fez, por exemplo, a Nova SBE, o que lhe garantiu o 14º lugar no mundo da escolas com maior presença internacional no ranking do Financial Times. Outras optam por trazer os quadros dessas economias aportugalparaseformarem. Na Católica LSBE, que acaba de entrar no top 40 das melhores do mundo, os clientes internacionais já representam 40% da facturação. A meta de transformar Portugal num dos centros mundiais de atracção de estudantes passa também por conquistar as multinacionais que queiram formar os seus quadros para o mundo que fala português. Apesar da crise, as escolas de formação de executivos portuguesas estão a ter cada vez mais clientes, o que leva algumas, como a Porto Business School a eleger 2014 como um dos melhores anos de sempre, em termos de resultados e número de alunos. Agora é o momento de apostar em força na conquista destes mercados. Depois poderá ser tarde demais. Espanha que conseguiu colocar oiesecomoamelhorescolade formação de executivos do mundo, este ano, é um exemplo de sucesso de um país que não deixou passar a oportunidade e investiu na hora certa no mercado dos MBA. A formação online é uma das principais armas para ganhar esta guerra global. Hoje os executivos e as empresas procuram formação 24 horas, sete dias por semana e em qualquer parte do mundo. E só a formação à distância pode responder a este novo ritmo. Mas o ensino presencial continua a ser essencial pela relação em sala de aula com o professor e o networking com os outros alunos. Pertencer a uma universidade e ter uma rede com escolas internacionais são dois factores de sucesso que ajudam as escolas a ter sucesso. Outra das tendências é o peso cada vez maior dos programas feitos à medida das necessidades das empresas. Mas no mercado português, em que 55% dos empresários tem o 9º ano, há ainda muito a fazer. Está provado que as empresas que investem em formação registam aumentos de produtividade. E que os executivos que participam nos programas conseguem progredir na carreira e ver o seu salário crescer. Neste especial traçamos um guia da oferta em Portugal para que possa escolher o programa que convém àsuacarreiraouàsuaempresa. Transformar Portugal num dos centros mundiais de atracção de estudantes passa por conquistar as multinacionais que queiram formar os seus quadros para os mercados lusófonos.

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4 IV Diário Económico Segunda-feira 25 Maio 2015 FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS Executivos que mudaram de carreira A qualidade dos docentes foi decisiva Melhoria de competências, sobretudo ao nível da tomada de decisão e da liderança de equipas, é a vantagem apontada por Carlos Gomes Costa ao Programa de e Liderança da AESE. Este não foi o primeiro programa de formação avançada que o actual director do Hospital CUF Descobertas enfermeiro de formação frequentou, mas a forte componente CARLOS GOMES COSTA Director do Hospital CUF Descobertas das áreas de Comportamento Humano e Desenvolvimento Pessoal que inclui um processo de coaching individual foram decisivas para que Carlos Gomes Costa optasse frequentar o curso da AESE. Áreas que considero essenciais para quem exerce funções de direcção e liderança de equipas, reforça. Além da parte pedagógica do curso, o director aponta ainda a qualidade do corpo docente como factor decisivo na sua escolha. O curso vai ao encontro das necessidades específicas de cada aluno, diz Carlos Gomes Costa, e permite melhorar competências ao nível da tomada de decisão e da liderança de equipas. A.P. Frequentaria de novo sem hesitação Um aumento salarial de cerca de 30% e uma promoção a business developer manager na Farm Frites, um grupo multinacional holandês. Este foi o impacto na carreira de Vítor Ale- VÍCTOR ALEXANDRE Business Developer Mananger na Farm Frites xandre, 44 anos, ao completar o Executive MBA do INDEG - ISCTE, em Entre Portugal e Holanda, Vítor Alexandre está nesta função desde finais de Mas já antes tinha sido promovido na mesma empresa onde trabalhava quando iniciou o curso que durou 18 meses. Exercia as funções de market manager Southern Europe, sediado em Barcelona. O balanço que faz do curso não podia ser melhor. Frequentaria novamente sem hesitação, diz. Pela qualidade do programa e pela partilha de experiências. Já para não falar do impulso que deu à carreira. Licenciado em Marketing, garante que o EMBA permitiu incrementar a capacidade técnica para a execução das diversas funções de gestão e melhorar a capacidade da gestão do tempo, o que por inerência e em conjunto, melhora a autoconfiança e a capacidade de encarar novos desafios. R.C. Melhorei o meu desempenho Progressão profissional ou mudança de carreira é o resultado de quem frequenta programas de formação de executivos. Paula Nunes Foram três os cursos que Eduardo Silvestre frequentou no INA. O CEAGP em 2003 e o DESIIAP em 2005, por opção pessoal, e o EDUARDO SILVESTRE Técnico Superior FORGEP em 2008, por decisão da entidade patronal. O objectivo foi melhorar conhecimentos e subir na carreira, o que conse- na Universidade de Lisboa guiu. Em qualquer um dos cursos, a exposição aos temas foi determinante para melhorar o meu desempenho profissional, frisa o Técnico Superior na Universidade de Lisboa, explicando que no CEAGP teve contacto com disciplinas diferentes das da sua formação académica (Engenharia Física), como Direito, Economia e, o que foi fulcral para me enquadrar rapidamente na especificidade laboral da Administração Pública (AP). No DESIIAP melhorou os conhecimentos específicos em Sistemas de Informação, o que, frisa, permitiu desenvolver projectos na área. A mais- -valia do FORGEP foi a partilha de experiências com outros colegas dirigentes. Porém, garante que nos três teve a oportunidade de debate e troca de ideias com colegas das diversas áreas da AP, ficando com uma visão mais global dos problemas específicos e transversais e com uma visão mais abrangente da gestão pública. R.C.

5 Segunda-feira 25 Maio 2015 Diário Económico V Consegui pôr em prática o que aprendi Consegui pôr em prática algumas das coisas que aprendi. EstaéavantagemdoProgramaAvançadodeparaExecutivos, da Católica Business School, apontada por Blandina BLANDINA COSTA Directora-geral da Webtexto Costa, que concluiu o curso em A antiga jornalista que é hoje directora-geral da Webtexto (empresa de produção de conteúdos) explicou que, com esta mudança na sua carreira, sentiu a necessidade de ganhar competências na área da gestão. Além das componentes práticas e até mais estratégicas, Blandina Costa sublinha ainda que o curso foi também importante para conhecer pessoas de outras áreas, com quem ainda mantém contacto e com as quais pode trocar e partilhar experiências. Por ano, a Católica Business School forma cerca de três mil executivos que frequentam os cerca de 100 programas oferecidos pela universidades nas áreas de gestão, economia, comportamento organizacional, liderança, marketing, finanças ou saúde. Desde 2009 que a Católica tem parcerias com escolas dos Estados Unidos, Polónia, China, Brasil ou Angola. A.P. O que adquiri está presente no dia-a-dia Silvia Correia fez o Curso Geral de da Nova SBE, uma opção sua, apadrinhada pelos CTT. O alinhamento do programa face aos meus objectivos, à abrangência do mesmo em SILVIA CORREIA Administradora na PayShop Portugal at CTT termos de conteúdos programáticos, mas também ao grau de exigência da Nova foram as razões que a levaram a escolher este curso e esta escola. No final, não teve dúvidas: O balanço foi bastante positivo, alcancei os objectivos que tinha delineado e superei as minhas expectativas, diz. Um investimento que considera ter retorno todos os dias: Os conhecimentos que adquiri, actualizei e consolidei ao longo do curso, estão presentes no meu dia-a-dia. No meu desempenho diário, o Curso Geral de permitiu-me ter um maior domínio das principais ferramentas de apoio à tomada de decisão e desenvolver as minhas competências de liderança e gestão de pessoas. Aliás, após o Curso Geral de senti-me preparada para assumir mais responsabilidades e o mesmo foi um contributo para a forma como a minha carreira evoluiu desde então, conclui. J.M. Procurei temas úteis à minha vida empresarial António Salvador é arquitecto, mas também gestor de empresas e foi isso que o levou a fazer o curso de Fiscalidade e Finanças para empresários e o curso de de Turismo para em- ANTÓNIO SALVADOR Arquitecto e gestor de empresas presários e Empreendedores, na D. Dinis, Escola de Negócios de Leiria. Escolheu estes cursos para possuir mais conhecimentos nestas áreas e estar consciente das implicações das decisões empresariais nestes temas. E faz um balanço muito positivo: Quer um, quer outro, foram muito úteis tecnicamente para tomar decisões informadas e com maior ponderação quanto às suas implicações. O facto de ser uma formação programada especialmente para executivos e empresários no activo, acrescentando: Agradou-me o facto de a D. Dinis ter o cuidado de escolher formadores tecnicamente bons e conscientes disso, pelo que esta escola consegue estabelecer uma boa ligação entre o ensino, a investigação e o mundo empresarial. Porque considera a experiência positiva, pretende frequentar mais formação nestas e outras áreas do seu interesse. J.M. Uma formação que foi uma boa aposta Diogo Parreira fez a pós-graduação em de Bancos e Seguradoras no ISEG porque sentiu a necessidade de uma DIOGO PARREIRA Analista de Risco na Caixa formação complementar numa área do seu interesse, e na Geral de Depósitos qual queria desenvolver a sua actividade profissional. E foi uma opção pessoal, com a duração de um ano, que veio posteriormente a revelar-se uma boa aposta. Vendo reconhecida a credibilidade desta formação acabou por ser recrutado pelo maior banco nacional onde hoje desempenha funções na sua Direcção de de Risco. Deste curso destaca o facto de ser dividida em módulos trimestrais, com um total de 16 disciplinas, que faz com que o leque de matérias abordadas seja alargado, o que é manifestamente positivo ao proporcionar uma visão mais abrangente do sector bancário e segurador. Além do mais, o seu corpo docente conta com profissionais reconhecidos e com provas dadas ao longo da sua carreira, como João Duque, Tiago Caiado Guerreiro ou Cantiga Esteves. J.M. Uma proposta ajustada às necessidades PUB A participação numa formação é, sempre, uma forma de aumentar as potencialidades de desenvolvimento de carreira. E ANDRÉ GONÇALVES COOdaTourism é essa que tem sido a principal motivação dos quadros que and Hospitality procuram uma, ou mais, das opções colocadas à disposição do mercado pela Universidade Portucalense (UPT). Um dos casos é o de André Gonçalves. Para este responsável, o programa de MBA para Gestores de PME da Universidade Portucalense revelou-se uma experiência valiosa e enriquecedora. As capacidades adquiridas e as conexões obtidas tiveram um impacto significativo na minha abordagem profissional. Uma verdadeira proposta de valor, ajustada às necessidades e expectativas dos seus participantes. André Gonçalves - que é actualmente COO da Tourism and Hospitality, Oporto Area, Portugal - é um dos muitos que considera a passagem por uma instituição universitária uma obrigação de carreira - obrigação essa compreendida no sentido, por um lado, da valorização pessoal e, por outro, da associação de novas skills aos actos de gestão decorrentes da sua posição no grupo. A.F.S.

6 VI Diário Económico Segunda-feira 25 Maio 2015 FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS Conheça empresas que apostam na formação para melhorar resultados Programas à medida desenvolvidos em parceria com as escolas de executivos são principais opções. Uma aprendizagem mais eficaz e focada Alavancar o desenvolvimento dos quadros do banco. Andrew Dolph/Bloomberg Investir na formação tem sempre retorno Xerox aposta no self-empowerment dos colaboradores. AapostadaXeroxéno self-empowerment dos seus colaboradores, garante Maria Alexandre Pires, directora de recursos humanos da empresa que está há 50 anos em Portugal. Para isso é fundamental proporcionar ferramentas ou programas que apoiem os colaboradores a fazer melhor o seu trabalho, diz. Maria Alexandre Pires afirma que investir no desenvolvimento de competências tem sempre retorno para a empresa. A empresa potencia os meios, mas é ao colaborador que cabe a responsabilidade de apostar em si próprio e desenvolver as suas competências, sublinha. Por isso apostam em manter os colaboradores motivados na sua procura individual de oportunidades de formação e desenvolvimento pessoal. Este ano destacam dois programas: o Management Development Program e o programa de mentoring, dirigidos aos managers da empresa. Sistemas que têm permitido identificar potenciais sucessores na cadeia de sucessão da empresa e oportunidades profissionais fora de Portugal dentro da estrutura da Xerox Corporation. O resultado é a exportação de talentos portugueses para todo o universo Xerox. O caso mais paradigmáticoéode Armando Zagalo de Lima que chegou a vice-presidente da corporação é um dos exemplos maiores de faz parte do Conselho da Diáspora Portuguesa (sob a chancela do Presidente da República) e recebeu inclusive no ano passado o prémio para melhor gestor internacional, atribuído pela consultora Leadership, refere a directora de recursos humanos da Xerox Portugal. M.Q. Isabel Viegas, Directora de Recursos Humanos do Santander Totta. A Formação de Executivos é uma das alavancas do desenvolvimento dos quadros e directivos, diz Isabel Viegas, directora de Recurso Humanos do Santander Totta. Por isso apostam numa estratégia de criar ou costumizar os programas à nossa realidade, em parceria com as melhores escolas de negócios no mercado. O objectivo é conseguir maior foco nos conteúdos, uma transferência das aprendizagens mais eficaz e, por conseguinte, a criação de valor para o colaborador e para o banco, sublinha. Um dos exemplos deste modelo de parceria é o Women s Executive Program, um programa dirigido ao desenvolvimento de directivas do banco com potencial de evolução e que foi criado em perfeita parceria com uma universidade de referência. Para o construir o Santander Totta e a Católica Lisbon SBE trabalharam em conjunto nos conteúdos, nas estratégias de formação, e que módulos seriam assegurados pela universidade e aqueles que seriam leccionados por formadores do banco. O resultado são três edições do programa, com elevados níveis de avaliação e de commitment no desenvolvimento das participantes, conclui Isabel Viegas. M.Q. Galp tem academia para quadros do grupo Na academia faz-se consultoria interna. A Academia Galp Energia disponibiliza actualmente seis cursos, onde são realizados trabalhos finais e teses a projectos de consultoria interna. Trabalhos que se centram na resolução de problemas práticos do dia-a-dia, identificados em cada ano pela gestão de topo e desenvolvidos pelos diversos grupos de trabalho com o apoio de tutores internos e de docentes das universidades parceiras. E uma parte significativa da avaliação dos trabalhos resulta precisamente da sua implementação prática, explica fonte da Galp. Os temas são diversificados: da comunicação aos recursos humanos, inovação e responsabilidade social, até temas centrais do negócio, como a optimização de propostas de valor, envolvente geográfica, ou o teletrabalho. E todos os anos, a Galp acolhe alunos de doutoramento nas suas refinarias. Porque o capital humano é um tema chave e estratégico. J.M. Paulo Alexandre Coelho»

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8 VIII Diário Económico Segunda-feira 25 Maio 2015 FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS» Siemens certifica todos os anos dezenas de colaboradores em gestão de projectos. EDP aposta nos programas customizados Eléctrica prepara desde cedo para a liderança. Timothy Fadek / Bloomberg Siemens oferece 54 mil horas de formação Situações de progressão na carreira são tipicamente casos em que utilizamos estas formações como preparação para assumir níveis de responsabilidade mais elevados, reforçando competência de gestão e liderança, diz fonte da EDP, explicando que a empresa desenvolve programas customizados para os diferentes níveis de liderança, para os quais fazem parcerias com universidades de referência, contemplando conteúdos leccionados por docentes das universidades e conhecimentos mais específicos do sector e estratégia da EDP, leccionados por formadores internos. Além destes programas, a empresa lembra que apostamos na integração dos nossos colaboradores em pós-graduações, programas para executivos e ainda MBA s, já que estas formações são uma oportunidade para o alargamento de networking, aspecto cada vez mais relevante para estabelecer contactos e sinergias com outras empresas. E mesmo nos programas customizados, a EDP inclui sempre um projecto em equipa para responder a um desafio concreto do negócio, assim como no caso de formações específicas para responder a desafios concretos das unidades de negócio em que os participantes se inserem. J.M. Paulo Alexandre Coelho A empresa aposta em planos de carreira. Identificar os pontos fortes e fracos dos colaboradores e ajudar a ultrapassá-los. Este é o objectivo do Management Appraisal, um sistema lançado pela Siemens que sugere acções de desenvolvimento como formação noutras áreas para aperfeiçoar o que pode ser melhorado em cada um, explica Pedro Henriques, director de Recursos Humanos da Siemens Portugal. Depois todos os anos certificam dezenas de colaboradores em gestão de projecto em diferentes níveis, que depois desenvolvem e implementam projectos em todo o mundo, nas várias áreas de actividade da empresa, acrescenta. Ao todo foram dadas 54 mil horas de formação aos colaboradores, só no ano passado. Anualmente, a empresa integra planos de formação robustos, que combinam programas corporativos, organizados internamente, com iniciativas externas. A Siemens considera fundamental implementar um sistema de aprendizagem inovador e eficaz, que aumente o know-how dos colaboradores, independentemente da função que desempenham e fomente o seu espírito pioneiro, iniciativa e vontade de assumir cada vez mais e maior responsabilidade diz Pedro Henriques. Por isso o investimento em recursos humanos altamente qualificados e sujeitos a programas contínuos de formação é um dos drivers da organização, sublinha. O responsável da formação acrescenta que altos padrões de desempenho, exigência e diversidade das competências são elementos-chave na gestão do capital humano da Siemens, tanto no momento do recrutamento, como numa cultura permanente de trabalho em equipa, de lideranças fortes e de partilha/ comunicação. Também os gestores da empresa têm aqui um papel importante a desempenhar, lançando as bases para o desenvolvimento dos seus colaboradores através do diálogo constante e do intercâmbio regular de ideias, conclui. M.Q. Vodafone faz formação no IMD na Suíça Parcerias incluem escola suíça, entre outras. O grupo Vodafone já disponibilizou um conjunto de programas de formação na London Business School, em domínios como a global, estratégia, finanças, CRM, e gestão da mudança. Actualmente, no âmbito do desenvolvimento de quadros de gestão, a Vodafone tem parcerias com a Imperial Engineering and Business school e com o suíço IMD, mas também trabalha a gestão e liderança com escolas portuguesas, como a católica,novaeaegpdoporto,nodesenvolvimento de programas que se destinam a quadros dirigentes (directores e chefias intermédias). A formação é realizada de acordo com as necessidades e os objectivos reflectidos no plano de management development, aprovado anualmente e fez parte, desde sempre, dos objectivos de desenvolvimento dos quadros de gestão da Vodafone, garante a directora de Recursos Humanos da Vodafone Portugal, Luisa Pestana, que acrescenta: A Vodafone procura manter-se a par das tendências e das melhores práticas de gestão, porque entendemos que o desenvolvimento destes executivos tem um impacto crucial para motivar, envolver e gerir o desempenho dos nossos colaboradores. J.M. Simon Dawson / Bloomberg

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10 X Diário Económico Segunda-feira 25 Maio 2015 FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS Católica entra no top 40, Nova SBE é a mais internacional Ranking do Financial Times elege a como a escola portuguesa com mais parcerias internacionais. MADALENA QUEIRÓS madalena.queiros@economico.pt As escolas portuguesas de formação de executivos continuam a marcar pontos no ranking do Financial Times. Apesar da crise, também estão a ter uma maior procura nos programas e uma subida de facturação. A escola portuguesa que mais sobe nesta lista- que se baseia em respostas de seis mil participantes de todo o mundo e empresas clientes-é a Católica Lisbon SBE, entrando no Top 40, em termos globais. Trepa dez posições nos Programas Customizados (feitos à medida das empresas) está agora em 51º e 38º nos Programas Abertos, quatro posições acima do ranking Continuamos a crescer muito significativamente, diz Francisco Veloso, dean da Católica Lisbon SBE, destacando o facto da facturação internacional já representar quase 40% do orçamento na formação de executivos. Ultrapassamos a prestigiada escola de Carnegie Mellon, o que muito me orgulha, sublinha. A Nova SBE é, pelo segundo ano consecutivo, considerada pelo FT na avaliação dos programas abertos, a escola portuguesa com mais presença no mundo, tendo-lhe sido mesmo atribuída a 14ª posição mundial na categoria localização internacional, à frente de escolas como Oxford, Stanford, London Business School ou mesmo Harvard. O que, na opinião do director, Daniel Traça, traduz o trabalho que a escola tem vindo a desenvolver em mercados estratégicos, como Angola, Brasil e Moçambique. Temos um óptimo resultado na dimensão internacional que é o nosso ADN, sublinha. Daniel Traça reforça ainda a relação da escola com o tecido empresarial: Acabámos FRANCISCO VELOSO Dean da Católica Lisbon SBE DANIEL TRAÇA Director da Nova SBE PATRÍCIA TEIXEIRA LOPES Vice-deandaPorto Business School de fechar um conjunto de parcerias estratégicas com empresas como a Unicer, o grupo Jerónimo Martins, Santander e Banco de Portugal no contexto das corporate learning partnerships e lançamos recentemente uma oferta inovadora de programas abertos como o programa acelerador de carreiras, disponível também na escola de Luanda. Também a Católica LSBE, em consórcio com outras escolas internacionais, acaba de vencer o concurso para assegurar a formação da Federação Europeia de Indústria de Mecatrónica que garante clientes de toda a Europa, afirma Francisco Veloso. Contrariamente à tendência, a (PBS) foi a única escola portuguesa a descer no ranking : passou a estar na 73ª posição em programas abertos nove posições abaixo do anterior ranking e em 70º em programas fechados sete posições a menos que em Contudo, a vice-dean, Patrícia Teixeira Lopes diz que num universo de cerca de escolas de negócios no mundo estar no top 70 mundial e no top 35 europeu é um reconhecimento que nos deixa orgulhosos. Apesar disto a PBS diz ter alcançado em 2014 os melhores resultados de sempre, quer em número de alunos, quer em volume de negócios, acrescenta. O top 10 das melhores escolas com formação para executivos no mundo é liderada pela espanhola IESE que destrona assim a norte americana Duke University. Segue-se a HEC Paris e o IMD na Suíça. Nos programas costumizados, a maior subida é conseguida pela ESCP Europe of France que trepa 28 lugares. A Warthon School é a que mais desce.

11 Segunda-feira 25 Maio 2015 Diário Económico XI PUB Infografia: Marta Carvalho

12 XII Diário Económico Segunda-feira 25 Maio 2015 FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS O que mais valorizamos é a capacidade de crescer dos alunos Ana Machado, professora da AESE, Escola de Direcção e Negócios, aposta numa aprendizagem a 360 graus. ANA PETRONILHO ana.petronilho@economico.pt Sinto-me como o anão sobre os ombros do gigante. É assim que a professora Ana Machado, que dá aulas na AESE, Escola de Direcção e Negócios, desde 2012, descreve o contacto com os seus alunos nas aulas de Factor Humano na Organização. Durante o curso de formação avançada Ana Machado tenta fazer com que os alunos aprendam a 360 graus e que não se limitem a ser receptores passivos, explicou ao Económico. O que mais valorizamos num participante é a capacidade de crescer sempre, de não se conformar com um nível atingido, salientou a professora acrescentando que não se refere apenas à progressão na carreira mas também às competências dos executivos. Só assim, sublinha, os executivos podem fortalecer as próprias competências ajudando os seus colaboradores a crescer também. E é precisamente essa a aposta feita pela AE- SE nos seus cursos: Procuramos que os executivos que participam nos nossos programas fortaleçam um leque muito amplo de competências. AESE tem parceria com a IESE, eleita nº1 da formação de executivos do mundo Com uma parceria com a espanhola IESE, que acaba de ser eleita a melhor escola de formação de executivos no ranking do Financial Times, a AESE abriu as portas há 35 anos. Segue o método usado na Harvard Business School e na IESE Business School que permite aos alunos discutir e analisar conflitos empresariais actuais e verídicos sendo mesmo chamados a tomar uma decisão em circunstâncias semelhantes às do seu dia a dia nas organizações, explica Ana Machado. Um método que Angelina Pereira, aluna do programa de de Liderança, diz que está a transformar a sua forma de agir e pensar no seu contexto profissional. A chefe de piso do El Corte Inglês, na área de moda jovem e desporto, salienta que a formação é fundamental para progredir e que foi para aprofundar a gestão estratégica e o processo de tomada de decisão que decidiu frequentar o curso na AESE que considera ter a abordagem necessária para gerir uma equipa de 120 vendedores. Além da cultura de transmissão de conhecimentos, a professora Ana Machado valoriza as atitudes pessoais dos seus alunos, ANA MACHADO Professora da AESE, Procuramos que os executivos que participem nos nossos programas de formação fortaleçam um leque amplo de competências. Escola de Direcção e Negócios A AESE, Escola de Direcção e Negócios, apostanométododoestudodecaso. como por exemplo o profissionalismo, o sentido de responsabilidade ou o respeito pelo outro. São essas as que verdadeiramente distinguem um líder, sublinha a professora que explica que apesar de serem competências que não se transmitem podem, no entanto, ser exercitadas. Além do Programa de e Liderança, a AESE oferece ainda o Programa de Alta Direcção de Empresas, o de Direcção de Empresas, o General Management Program. Em áreas mais sectoriais, foi desenhado o Programa de Alta Direcção para Instituições de Saúde, o Programa de Direcção de Empresas Agrícolas e Agro-industriais ou o de Avançada para a Economia do Mar. Foto cedida por AESE

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14 XIV Diário Económico Segunda-feira 25 Maio 2015 FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS A Católica Lisbon SBE entrou na lista das melhores 40 do mundo no ranking do Financial Times sobre formação de executivos. Paulo Figueiredo Contribuímos para os resultados de curto prazo nas empresas Paulo Nuno Lopes, professor da Católica Lisbon SBE, diz que o principal objectivo é criar valor nas empresas. ANA PETRONILHO ana.petronilho@economico.pt Uma solução dois em um. É o que Paulo Nuno Lopes, professor na Católica Lisbon SBE, procura garantir nas suas aulas. Professor há dez anos nas áreas da liderança, criatividade, inovação e gestão da mudança, Paulo Nuno Lopes explica ao Económico que procura dar resposta a desafios de inovação e de mudança nas organizações dos seus alunos. Além disso, tenta desenvolver capacidades de liderança. Desta forma, o professor acredita que a sua formação contribui para os resultados tanto no curto como no longo prazo das empresas, o que define como solução dois em um. E esta criação de valor, salienta o professor, é depois aplicada pelos gestores que estão sob grande pressão para atingir objectivos e melhorar resultados. Para isso, durante as aulas Paulo Nuno Lopes trabalha soluções para os desafios com que os participantes e as organizações se debatem enquanto estão a desenvolver competências de liderança e outras competências comportamentais. Método que o professor procura alinhar com objectivos estratégicos das organizações criando, desta forma, intervenções fortemente costumizadas. No campo da liderança, o professor trabalha a motivação e coaching de equipas, a comunicação, a gestão de conflitos e de emoções. Competências que acredita serem importantes para que os alunos desenvolvam a sua capacidade de observação e de reflexão crítica. A única forma dos executivos ficarem mais atentos às dinâmicas emocionais nas equipas e poderem geri-las melhor. Na hora de avaliar um aluno, o que mais valoriza é o espírito de aprendizagem contínua e de desenvolvimento profissional. Ou seja, a sua vontade de aprender, de reflectir sobre a experiência profissional, de questionar práticas correntes e experimentar novas abordagens, concretizou o professor. E foi este método que Blandina Costa diz que lhe permitiu adquirir uma série de valências nas várias áreas de gestão que conseguiu PAULO NUNO LOPES Os participantes eas organizações debatem-se com desafios enquanto estão a desenvolver competências de liderança. Professor da Católica LSBE pôr em prática algumas das coisas que aprendeu no seu curso. A antiga jornalista, que agora é directora-geral da Webtexto, empresa de produção de conteúdos informativos, concluiu o seu curso em 2013 e foi precisamente depois da mudança na sua carreira profissional que sentiu necessidade de aprofundar a sua formação. Decidi frequentar o Programa Avançado de para Executivos porque passei a ter responsabilidades de gestão na empresa da qual era sócia-gerente e precisava de ganhar competências na área de gestão, explicou Blandina Costa. A Católica Business School oferece cerca de cem programas de formação avançada - nas áreas de gestão, economia, comportamento organizacional, liderança, marketing, finanças ou saúde - que, por ano, são frequentados por cerca de três mil alunos. Desde 2009 que a universidade tem vindo a desenvolver parcerias com escolas dos Estados Unidos, Polónia, China, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe e Moçambique.