CQ136 Química Experimental I. Técnicas de purificação e critérios de pureza

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CQ136 Química Experimental I. Técnicas de purificação e critérios de pureza"

Transcrição

1 CQ136 Química Experimental I Técnicas de purificação e critérios de pureza Introdução Fundamentalmente em todos os métodos de purificação utiliza-se uma propriedade onde os componentes da mistura se comportam diferentemente. Por exemplo, se se deseja obter cloreto de sódio das salinas, isento de areia, basta utilizar a solubilidade em água visto ser o sal solúvel nesse solvente e a areia não. As técnicas normalmente empregadas para a purificação de sólidos em larga escala são: a recristalização, a extração e, quando possível, a sublimação. Técnicas cromatográficas também são muito eficientes, porém não serão tratadas neste experimento. Geralmente na purificação de sólidos a propriedade mais explorada é a solubilidade, mas outras propriedades como densidade, ponto de fusão e propriedades magnéticas podem ser utilizadas também. Recristalização O método mais simples para se separar substâncias é por meio da diferença de solubilidade. Entretanto, deste modo é difícil obter-se uma substância com alto grau de pureza, uma vez que pode sobrar parte da impureza no material resultante da purificação. Assim, é melhor dissolver toda a mistura, usando um volume e temperatura adequados do solvente e depois conseguir a cristalização seletiva da substância de interesse. O processo mais usado chama-se recristalização, que consiste na dissolução da mistura e cristalização da substância desejada, ou pela variação da temperatura, ou pela remoção parcial do solvente ou ainda pela adição de um solvente com propriedades físico-químicas diferentes. O processo de remoção de impurezas por recristalização é eficiente desde que a quantidade de impurezas presentes seja pequena (cerca de 5%) e desde que um composto não interfira na solubilidade do outro. Muitas vezes são necessárias recristalizações sucessivas para obter-se uma boa purificação. Com isso, aumenta-se a pureza do produto, porém o rendimento diminui. A técnica de recristalização, para sólidos que se dissolvem endotermicamente, pode ser assim resumida: a) dissolve-se a mistura a ser purificada no solvente à temperatura de ebulição ou perto desta; b) carvão ativo pode ser adicionado para adsorção de impurezas coloridas; c) filtra-se a solução à quente para remover eventuais partículas insolúveis; d) deixa-se que a solução esfrie até a cristalização da substância desejada; as impurezas, a princípio, solúveis não devem cristalizar naquela temperatura; e) separam-se por filtração os cristais da solução sobrenadante (também chamada de solução-mãe); f) lava-se os cristais isolados para a separação dos componentes remanescentes da solução-mãe. Atenção para a escolha do solvente e sua temperatura para a etapa de lavagem para evitar perdas por solubilização e g) seca-se o sólido obtido pela ação de um agente dessecante. As características mais desejáveis de um solvente para recristalização são: a) deve possuir alto poder de dissolução da substância de interesse às temperaturas elevadas e um poder de dissolução baixo à temperatura ambiente ou abaixo dela;

2 b) deve dissolver as impurezas completamente, impedindo a cristalização das mesmas; ou dissolver muito pouco as impurezas, o que permite separá-las por filtração; c) deve fornecer cristais bem formados do composto purificado; d) deve possuir um ponto de ebulição relativamente baixo, facilitando a sua remoção dos cristais isolados e e) não deve reagir quimicamente com a substância de interesse. Se existir mais de um solvente que preencha esses requisitos, leva-se em consideração a facilidade de manipulação, toxicidade, ponto de ebulição, inflamabilidade e custo. Se a substância a ser purificada for muito solúvel em um solvente S1 e muito pouco solúvel em outro solvente S2, pode-se usar uma mistura dos solventes S1 e S2. Neste caso, os solventes devem naturalmente ser completamente miscíveis. A recristalização usando misturas de solventes é feita perto do ponto de ebulição do solvente S1. O composto é dissolvido à quente no solvente S1 e, a seguir, o S2 é adicionado cuidadosamente até que se produza uma ligeira turvação. A turvação é eliminada pela adição de uma pequena quantidade de S1 e a mistura é, então, resfriada à temperatura ambiente ou abaixo desta. Pares de solventes que podem ser usados incluem: etanol e água; etanol e benzeno; benzeno e éter de petróleo (fração de P.E. entre 35 e 90 o C da destilação do petróleo, contendo hidrocarbonetos de baixa massa molar); acetona e éter de petróleo; tetra-hidrofurano e hexano. Se possível substitui-se o benzeno por tolueno, que é menos tóxico. Extração com solventes A purificação e/ou a separação de um composto de uma mistura podem ser conseguidas pela introdução de uma nova fase para a qual o composto de interesse é transferido e então isolado. Tal processo é conhecido como partição. Extração é um exemplo no qual uma fase líquida extrai um produto desejado de outra fase que pode ser líquida, sólida ou gasosa. No caso de dois líquidos, por exemplo, a substância de interesse se distribui entre os dois solventes e, no equilíbrio, a relação de concentrações do soluto nas duas fases é aproximadamente constante, independente da concentração total. Esta relação é chamada de coeficiente de distribuição ou de partição e é igual à relação das solubilidades do soluto nos dois solventes. A técnica consiste em agitar o líquido que contém o composto de interesse, com um segundo solvente imiscível com o primeiro líquido e no qual o composto também seja solúvel. Por exemplo, se um solvente é a água, os seguintes solventes geralmente são usados: éter dietílico, éter di-isopropílico, benzeno, tolueno, hexano, clorofórmio, hexano e éter de petróleo. A escolha do solvente a ser utilizado nesse processo depende da solubilidade da substância a ser extraída nele e da facilidade com que o solvente pode ser separado do soluto. Sublimação Outra técnica usada na purificação de uma mistura de sólidos é o processo de sublimação, que utiliza a diferença na volatilidade das várias substâncias que contém a mistura a ser purificada a uma determinada temperatura. Por condensação do vapor em uma superfície fria obtém-se o produto isento de impurezas. A facilidade de sublimação dos diferentes sólidos varia muito e depende da grandeza das forças de atração da rede cristalina. Substâncias como naftaleno, cânfora e iodo apresentam forças de atração pequenas e podem se volatilizar facilmente. Já sólidos iônicos como o NaCl apresentam

3 forças de atração muito grandes e mesmo para fundir necessitam de temperaturas elevadas (no caso, próximo de 800 o C). Muitas vezes usando-se pressão reduzida pode-se conseguir sublimação a temperaturas mais baixas. A sublimação como um processo de purificação, apresenta vantagens como: a) obter produtos em alta pureza e b) evitar o uso de solventes que podem contaminar o produto. A sublimação é uma técnica largamente empregada na purificação de compostos orgânicos, mas apresenta o inconveniente da possibilidade de uma perda razoável do material (baixo rendimento). Critérios de pureza Os sólidos depois de purificados devem ser caracterizados pro meio de propriedades físicas ou químicas e confrontadas com dados da literatura. Atualmente existem vários métodos de análise. Os métodos convencionais de análise incluem, por exemplo, medidas da composição percentual dos elementos químicos do sólido, medida do ponto de fusão, densidade, solubilidade e condutividade. Vários métodos físicos de análise também estão disponíveis atualmente e incluem desde técnicas espectroscópicas (que se baseiam na interação da matéria com a radiação eletromagnética e a geração de estados excitados de energia), métodos de análise da superfície que permitem a investigação da composição e da morfologia do material até medidas de difração de raios X que fornecem parâmetros estruturais da amostra. Dependendo da natureza e da quantidade de impurezas presentes na amostra, as propriedades físicas serão mais ou menos alteradas. É possível, em alguns casos, que as impurezas não sejam detectáveis por meio do método de análise empregado. A propriedade medida é comparada com dados publicados na literatura (Handbooks, livros e periódicos especializados). Existem handbooks especializados para os diversos ramos do conhecimento. Para as nossas finalidades, o Handbook of Chemistry and Physics contém várias propriedades físico-químicas de interesse para a caracterização de sólidos inorgânicos e orgânicos e é uma publicação revisada periodicamente. Objetivos a) Familiarizar-se com algumas técnicas de purificação. b) Conhecer alguns critérios de pureza para caracterização de substâncias químicas. Parte Experimental Atenção: use óculos de segurança ou realize o ensaio na capela. Perigo de projeção de reagentes químicos. Tubos de ensaio grandes (20x200 mm) Termômetro 02 Béqueres de 250 ml Bico de Mecker Cápsula de porcelana PbCO 3 HCl concentrado NaCl Iodo Papel tornassol Papel de filtro Funil de colo curto Funil de Büchner Água gelada Etanol gelado Hexano

4 Procedimento Parte A Preparação e purificação de PbCl 2 (s) a) pese 1,50 g de PbCO 3 num béquer de 250 ml; b) adicione 20 ml de água destilada e aos poucos 2 ml de HCl concentrado (cuidado: produto corrosivo e volátil); verifique com papel indicador (tornassol) se o meio está ácido; c) adicione 80 ml de água e aqueça até que todo o PbCl 2 se dissolva; d) separadamente, coloque um pouco de água destilada para aquecer em um béquer ou Erlenmeyer; e) pese o papel de filtro que será usado para recolher o sólido; f) adicione um pouco de água fervendo ao papel de filtro e funil de colo curto e jogue fora a água que passar pelo filtro; g) quando todo o PbCl 2 estiver dissolvido, rapidamente filtre a solução à quente, em pequenas porções; atenção: não deixar o papel de filtro e o funil esfriarem h) recolha o filtrado em um béquer de 250 ml e mantenha o filtrado em ebulição durante a filtração; i) depois, deixar o filtrado esfriar em um banho de gelo e filtre sob pressão reduzida o PbCl 2 obtido; use um bastão de vidro para ajudar na transferência do sólido; j) lave o sólido com pequenos volumes de água gelada, depois etanol gelado; k) deixe secar por alguns minutos na trompa d água e l) pese o sólido e coloque no frasco de recuperação. Parte B Recristalização de cloreto de sódio usando solventes mistos a) Faça testes em tubos de ensaio para verificar se os três seguintes pares de líquidos formam sistemas com uma ou duas fases: água e etanol; água e hexano; etanol e hexano. Em caso de duas fases, identifique qual a mais densa. b) Em dois tubos de ensaio, coloque separadamente etanol e hexano; c) coloque uma ponta de espátula de NaCl em cada um dos tubos, agite e observe; d) analise os resultados e decida qual o solvente adequado para provocar a cristalização do NaCl em uma solução saturada deste sal em água e d) prepare cerca de 1 ml de uma solução saturada de NaCl em um tubo de ensaio e promova a cristalização com o solvente escolhido. Parte C Purificação de iodo por sublimação a) Em uma cápsula de porcelana coloque uma pequena quantidade da mistura 1:1 de cloreto de sódio e iodo; b) cubra a cápsula com um funil invertido e aqueça fracamente com uma chama bem pequena, sobre uma tela de amianto; c) observe o aparecimento de vapores tóxicos de iodo e pare o aquecimento; d) retire o funil somente quando o sistema estiver completamente frio e e) observe.

5 Parte D Extração de iodo a) em quatro tubos de ensaio, coloque separadamente água, solução de iodeto de potássio 0,5 mol/l; etanol e hexano; b) coloque apenas dois cristais de iodo em cada um deles, agite, observe e c) analise os resultados e decida qual o solvente adequado para extrair o iodo de uma solução aquosa de iodo-iodetado (iodo dissolvido em solução de iodeto). Teste a sua hipótese. Leitura Recomendada 1) G. Brauer, Handbook of Preparative Inorganic Chemistry, Vols. I and II, Academic Press, NY, ) a. A. Blanchard, J. W. Phelan, A. R. Davis, Synthetic Inorganic Chemistry, John Wiley, NY, 1936.

Figura 1: Ilustração do processo de dissolução do NaCl em água.

Figura 1: Ilustração do processo de dissolução do NaCl em água. Solubilidade 1. Introdução Na maioria das reações químicas, os reagentes e produtos são usados e obtidos na forma de misturas homogêneas, chamadas de solução. Uma solução contém uma quantidade relativamente

Leia mais

Figura 1. Variação da solubilidade dos compostos em função da temperatura. fonte: 2010, 2008, 2005, 2002 por P. W. Atkins e L. L. Jones.

Figura 1. Variação da solubilidade dos compostos em função da temperatura. fonte: 2010, 2008, 2005, 2002 por P. W. Atkins e L. L. Jones. Experiência 4. SOLUBILIDADE 1. Objetivos No final desta experiência, espera-se que o aluno seja capaz de: - Identificar algumas variáveis que afetam a solubilidade. - Utilizar técnicas simples de extração,

Leia mais

Experiência 02 - SOLUBILIDADE SOLUBILIDADE

Experiência 02 - SOLUBILIDADE SOLUBILIDADE 1. Objetivos SOLUBILIDADE No final dessa experiência, o aluno deverá ser capaz de: - Identificar algumas variáveis que afetam a solubilidade. - Utilizar técnicas simples de separação de misturas. 2. Introdução

Leia mais

EXPERIÊNCIA 5 SOLUBILIDADE

EXPERIÊNCIA 5 SOLUBILIDADE EXPERIÊNCIA 5 SOLUBILIDADE 1. OBJETIVOS No final desta experiência, espera-se que o aluno seja capaz de: Identificar algumas variáveis que afetam a solubilidade. Utilizar técnicas simples de extração,

Leia mais

Exercícios Métodos de Separação. Professor (a): Cassio Pacheco Disciplina: Química Data da entrega: 01/06/2017

Exercícios Métodos de Separação. Professor (a): Cassio Pacheco Disciplina: Química Data da entrega: 01/06/2017 Exercícios Métodos de Separação Nome: nº: Ano: 1º E.M. Professor (a): Cassio Pacheco Disciplina: Química Data da entrega: 01/06/2017 Questões Objetivas 1- Para a separação das misturas: gasolina-água e

Leia mais

EXPERIÊNCIA 2 - SOLUBILIDADE

EXPERIÊNCIA 2 - SOLUBILIDADE CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT Departamento de Ciências Básicas e Sociais - DCBS Disciplina Química Experimental QEX Prof. Sivaldo Leite Correia EXPERIÊNCIA 2 - SOLUBILIDADE 1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Leia mais

Seminário de Química Orgânica Experimental I. Silene Alessandra Santos Melo Douglas Fernando Antonio Outubro 2002

Seminário de Química Orgânica Experimental I. Silene Alessandra Santos Melo Douglas Fernando Antonio Outubro 2002 Seminário de Química Orgânica Experimental I Silene Alessandra Santos Melo Douglas Fernando Antonio Outubro 2002 Recristalização da Acetanilida Introdução Cristalização Precipitação Recristalização Cristalização

Leia mais

RECRISTALIZAÇÃO ACETANILIDA

RECRISTALIZAÇÃO ACETANILIDA RECRISTALIZAÇÃO ACETANILIDA CONCEITOS A purificação de substâncias sólidas através de recristalização baseia-se nas diferenças em suas solubilidades em diferentes solventes e no fato de que a maioria das

Leia mais

RECRISTALIZAÇÃO e PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA

RECRISTALIZAÇÃO e PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA RECRISTALIZAÇÃO e PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA INTRODUÇÃO A RECRISTALIZAÇÃO consiste na dissolução de uma substância sólida num solvente, a quente, e depois, por resfriamento, obtém-se novamente o estado

Leia mais

1 Extração Líquido-Líquido

1 Extração Líquido-Líquido Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus de Curitiba Departamento de Química _ Extração Líquido-Líquido Disciplina: Práticas de Química Orgânica Materiais e Reagentes Mesa

Leia mais

RECRISTALIZAÇÃO. Princípio: Dissolver a substância em um solvente a quente e deixar a solução esfriar lentamente. Cristalização versus Precipitação

RECRISTALIZAÇÃO. Princípio: Dissolver a substância em um solvente a quente e deixar a solução esfriar lentamente. Cristalização versus Precipitação RECRISTALIZAÇÃO Método de purificação de substâncias sólidas Princípio: Dissolver a substância em um solvente a quente e deixar a solução esfriar lentamente. Cristalização versus Precipitação lento / seletivo

Leia mais

SUBSTÂNCIAS E MISTURAS

SUBSTÂNCIAS E MISTURAS Universidade de São Paulo Instituto de Química de São Carlos Departamento de Físico-Química SUBSTÂNCIAS E MISTURAS Prof. Dr. Edson Antonio Ticianelli edsont@iqsc.usp.br Monitor: Dr. Wanderson Oliveira

Leia mais

Experiência N º11. Recristalização e determinação da pureza de sólidos

Experiência N º11. Recristalização e determinação da pureza de sólidos 1 QMC 5119 II Semestre de 2014 Experiência N º11 Recristalização e determinação da pureza de sólidos 1. Introdução O método mais utilizado para a purificação de sólidos é a recristalização. Nesse método,

Leia mais

Recristalização da Acetanilida

Recristalização da Acetanilida Recristalização da Acetanilida Grupo 2 Maísa Sanchez Gomes Mariana Cutigi Recristalização Método para purificar sólidos ou para separar compostos que são solúveis à quente e insolúveis, ou pouco solúveis,

Leia mais

Ana Elisa Comanini Ana Karla Agner Felipe Gollino

Ana Elisa Comanini Ana Karla Agner Felipe Gollino Ana Elisa Comanini Ana Karla Agner Felipe Gollino 2º ano Bacharelado 2008 Filtração Remover impurezas sólidas de um líquido ou de uma solução Coletar um produto sólido de uma solução na qual ele tenha

Leia mais

EXPERIÊNCIA 04 EXTRAÇÃO COM SOLVENTES REATIVOS

EXPERIÊNCIA 04 EXTRAÇÃO COM SOLVENTES REATIVOS EXPERIÊNCIA 04 EXTRAÇÃO COM SOLVENTES REATIVOS 1 - INTRODUÇÃO O processo de extração com solventes é um método simples, empregado na separação e isolamento de substâncias componentes de uma mistura, ou

Leia mais

Experiência 04 - Solubilidade

Experiência 04 - Solubilidade Experiência 04 - Solubilidade 01. OBJETIVOS: No final desta experiência o aluno deverá ser capaz de: Identificar algumas variáveis que afetam a solubilidade. Utilizar técnicas simples de extração, recristalização

Leia mais

SOLUBILIDADE DE SÓLIDOS EM LÍQUIDOS

SOLUBILIDADE DE SÓLIDOS EM LÍQUIDOS EXPERIMENTO 4 SOLUBILIDADE DE SÓLIDOS EM LÍQUIDOS OBJETIVOS Observar soluções insaturadas, saturadas e supersaturadas; Construir a curva de solubilidade de um sal inorgânico. INTRODUÇÃO Os depósitos naturais

Leia mais

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Prof. Ms. George Verçoza

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Prof. Ms. George Verçoza PROCESSOS DE SEPARAÇÃO Prof. Ms. George Verçoza Separação magnética: Separa misturas do tipo sólido-sólido nas quais um dos componentes tem propriedades magnéticas e é atraído por um ímã. Ex: Ferro e areia.

Leia mais

RECRISTALIZAÇÃO e. PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA. Jaqueline Nicola Thaís Rosa

RECRISTALIZAÇÃO e. PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA. Jaqueline Nicola Thaís Rosa RECRISTALIZAÇÃO e PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA Jaqueline Nicola Thaís Rosa INTRODUÇÃO O produto obtido de uma reação química, na maioria das vezes, encontra-se no estado impuro, e é necessário purificá-lo.

Leia mais

PURIFICAÇÃO DE UM COMPOSTO ORGÂNICO SÓLIDO

PURIFICAÇÃO DE UM COMPOSTO ORGÂNICO SÓLIDO PURIFICAÇÃO DE UM COMPOSTO ORGÂNICO SÓLIDO INTRODUÇÃO Substâncias sólidas raramente são puras quando obtidas a partir de uma reação. Conseqüentemente, desde a época dos primeiros alquimistas, substâncias

Leia mais

CURSO PRÁTICO QUI 328 e 128 SÍNTESE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS. Síntese II (Alaranjado II) Benzeno Nitrobenzeno Anilina Ácido Sulfanilico Alaranjado II

CURSO PRÁTICO QUI 328 e 128 SÍNTESE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS. Síntese II (Alaranjado II) Benzeno Nitrobenzeno Anilina Ácido Sulfanilico Alaranjado II CURSO PRÁTICO QUI 328 e 128 SÍNTESE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS Síntese II (Alaranjado II) Benzeno Nitrobenzeno Anilina Ácido Sulfanilico Alaranjado II 1- OBTENÇÃO DO NITROBENZENO Reagentes: -Ácido nítrico

Leia mais

Recristalização da Acetanilida

Recristalização da Acetanilida Recristalização da Acetanilida Reação de formação da acetanilida O NH 2 + CH 3 CH 3 C C O O O NaAc/HAc H N C CH 3 + CH 3 C O O H Anilina Anidrido Acético Acetanilida Acido acético H + CH 3 COO - CH 3 COOH

Leia mais

Disciplina: Práticas de Química Orgânica. Materiais e Reagentes

Disciplina: Práticas de Química Orgânica. Materiais e Reagentes Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus de Curitiba Gerência de Ensino e Pesquisa Departamento Acadêmico de Química e Biologia Prática n o 08 _ Síntese e purificação da

Leia mais

QFL1423 Química Orgânica Experimental

QFL1423 Química Orgânica Experimental QFL1423 Química Orgânica Experimental Aula 2 Técnicas Básicas em Química Orgânica Prof. Dr. Leandro H. Andrade (Sala 11 Bloco zero) leandroh@iq.usp.br Prof. Dr. Reinaldo C. Bazito (Sala 811 B8I) bazito@iq.usp.br

Leia mais

recristalização Por: Edmar Solé Murilo Montesso Rodrigo A. Moreira da Silva

recristalização Por: Edmar Solé Murilo Montesso Rodrigo A. Moreira da Silva Recristalização Purificação da acetanilida por meio da recristalização Por: Edmar Solé Murilo Montesso Rodrigo A. Moreira da Silva Introdução Cristalização é um processo pelo qual se obtém material puro.

Leia mais

EXTRAÇÃO POR SOLVENTES (QUIMICAMENTE ATIVA)

EXTRAÇÃO POR SOLVENTES (QUIMICAMENTE ATIVA) INSTITUTO DE QUÍMICA ARARAQUARA QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL EXTRAÇÃO POR SOLVENTES (QUIMICAMENTE ATIVA) Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Prof. Dr. Leonardo Pezza Profª Juliana Rodrigues Grupo 6 Michelle

Leia mais

Separação de misturas

Separação de misturas Separação de misturas Filtração: A separação se faz através de uma superfície porosa chamada filtro; o componente sólido ficará retido sobre a sua superfície, separando-se assim do líquido que atravessa.

Leia mais

Preparação do cloreto de t-butila. Carina de Freitas Vellosa Daiane Cristina Romanini

Preparação do cloreto de t-butila. Carina de Freitas Vellosa Daiane Cristina Romanini Preparação do cloreto de t-butila Carina de Freitas Vellosa Daiane Cristina Romanini Técnicas e Materiais Utilizados Funil de separação: serve para extrair duas soluções imiscíveis. A fase orgânica pode

Leia mais

AULA PRÁTICA 05 Solubilidade: Misturas homogêneas e heterogêneas

AULA PRÁTICA 05 Solubilidade: Misturas homogêneas e heterogêneas UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA E BIOLOGIA PRÁTICAS DE QUÍMICA GERAL QB71J ROTEIRO DE AULA PRÁTICA AULA PRÁTICA 05 Solubilidade: Misturas homogêneas e heterogêneas

Leia mais

Recristalização da Acetanilida

Recristalização da Acetanilida Profª. Amanda Coelho Danuello Prof. Dr. Leonardo Pezza Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Msc. Rodrigo Sequinel Recristalização da Acetanilida Discentes: Grupo 4 Felipe Berto Ometto Rodolfo Debone Piazza

Leia mais

Recristalização da Acetanilida

Recristalização da Acetanilida Recristalização da Carolina Cavasin Leandro Lílian Cristine I. Guevara Caroline Oliveira da Rocha Mariana Emídia Silva Cabral Docentes: José Eduardo de Oliveira Juliana Rodrigues Leonardo Pezza , o que

Leia mais

EXPERIMENTO 3 SUBSTÂNCIAS E MISTURAS OBJETIVOS INTRODUÇÃO

EXPERIMENTO 3 SUBSTÂNCIAS E MISTURAS OBJETIVOS INTRODUÇÃO EXPERIMENTO 3 SUBSTÂNCIAS E MISTURAS OBJETIVOS Observar a diferença entre uma substância e uma mistura de substâncias; Aprender algumas formas de separação e purificação de misturas; Determinar a pureza

Leia mais

DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR DE ÁGUA DO ÓLEO DE CRAVO E EXTRAÇÃO QUIMICAMENTE ATIVA DO EUGENOL

DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR DE ÁGUA DO ÓLEO DE CRAVO E EXTRAÇÃO QUIMICAMENTE ATIVA DO EUGENOL DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR DE ÁGUA DO ÓLEO DE CRAVO E EXTRAÇÃO QUIMICAMENTE ATIVA DO EUGENOL Principais componentes do óleo de cravo obtidos pelo arraste DESTILAÇÃO DE UMA MISTURA HETEROGÊNEA P =

Leia mais

Recristalização da Acetanilida

Recristalização da Acetanilida Recristalização da Acetanilida Química Orgânica Experimental Docentes José Eduardo de Oliveira Amanda Coelho Danuello 9º Seminário Daniela Corsino Sandron Fernando Monteiro Borges Willian Richard Rodrigues

Leia mais

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Professor Cassio Pacheco

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Professor Cassio Pacheco PROCESSOS DE SEPARAÇÃO Professor Cassio Pacheco SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS (Processos mecânicos de separação) Sistema sólido - sólido Separação magnética: Separa misturas do tipo sólido-sólido

Leia mais

BC-1302 QUÍMICA DOS ELEMENTOS

BC-1302 QUÍMICA DOS ELEMENTOS PRÁTICA 5: Oxigênio e Enxofre Objetivos Preparar o gás oxigênio, por método laboratorial e estudar algumas de suas propriedades. Estudar o enxofre nas suas variações alotrópicas e algumas de suas reações.

Leia mais

RECRISTALIZAÇÃO ACETANILIDA

RECRISTALIZAÇÃO ACETANILIDA RECRISTALIZAÇÃO ACETANILIDA CONCEITOS A purificação de substâncias sólidas através de recristalização baseia-se nas diferenças em suas solubilidades em diferentes solventes e no fato de que a maioria das

Leia mais

Recristalização e Purificação da Acetanilida

Recristalização e Purificação da Acetanilida Recristalização e Purificação da Acetanilida Química Orgânica Experimental Docentes : Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Prof. Amanda Coelho Danuello Docente: PARÁ vulgo Rafael Rodrigues Hatanaka Discentes:

Leia mais

Escola Secundária / 3º CEB da Batalha ACTIVIDADE LABORATORIAL DE FÍSICA E QUÍMICA A FORMAÇÃO ESPECÍFICA ENSINO SECUNDÁRIO. Ano de Escolaridade : 11

Escola Secundária / 3º CEB da Batalha ACTIVIDADE LABORATORIAL DE FÍSICA E QUÍMICA A FORMAÇÃO ESPECÍFICA ENSINO SECUNDÁRIO. Ano de Escolaridade : 11 Escola Secundária / 3º CEB da Batalha ACTIVIDADE LABORATORIAL DE FÍSICA E QUÍMICA A FORMAÇÃO ESPECÍFICA ENSINO SECUNDÁRIO Ano de Escolaridade : 11 AL 2.5 Solubilidade: solutos e solventes Apesar da água

Leia mais

DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR DE ÁGUA DO ÓLEO DE CRAVO E EXTRAÇÃO QUIMICAMENTE ATIVA DO EUGENOL

DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR DE ÁGUA DO ÓLEO DE CRAVO E EXTRAÇÃO QUIMICAMENTE ATIVA DO EUGENOL DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR DE ÁGUA DO ÓLEO DE CRAVO E EXTRAÇÃO QUIMICAMENTE ATIVA DO EUGENOL Principais componentes do óleo de cravo obtidos pelo arraste DESTILAÇÃO FRACIONADA DE UMA SOLUÇÃO evaporações

Leia mais

3016 Oxidação do ácido ricinoléico a ácido azeláico (a partir de óleo de rícino) com KMnO 4

3016 Oxidação do ácido ricinoléico a ácido azeláico (a partir de óleo de rícino) com KMnO 4 6 Oxidação do ácido ricinoléico a ácido azeláico (a partir de óleo de rícino) com KMnO 4 CH -(CH ) OH (CH ) -COOH KMnO 4 /KOH HOOC-(CH ) -COOH C H 4 O (.) KMnO 4 KOH (.) (6.) C H 6 O 4 (.) Classificação

Leia mais

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES II

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES II EXTRAÇÃO COM SOLVENTES II (Quimicamente Ativa) Discentes: Ana Carolina G. V. Carvalho Laisa dos Santos Lípari Docentes: Profª. Amanda Coelho Danuello Prof.Dr. José Eduardo de Oliveira Prof.Dr. Leonardo

Leia mais

Recristalização da Acetanilida. Fernanda Pollo Simone Moraes Mantovani

Recristalização da Acetanilida. Fernanda Pollo Simone Moraes Mantovani Recristalização da Acetanilida Fernanda Pollo Simone Moraes Mantovani Conceitos: Compostos orgânicos sólidos s quando isolados de reações orgânicas raramente são puros; estão geralmente contaminados com

Leia mais

IQ-UFG. Curso Experimental de Química Geral e Inorgânica. Prof. Dr. Anselmo

IQ-UFG. Curso Experimental de Química Geral e Inorgânica. Prof. Dr. Anselmo IQ-UFG Curso Experimental de Química Geral e Inorgânica Aula 02 Reconhecimento de Vidrarias e Introdução às Técnicas de Laboratório Prof. Dr. Anselmo Vidrarias e equipamentos usuais em laboratórios de

Leia mais

MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS. 9º ano

MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS. 9º ano MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS 9º ano Separações de Misturas são utilizadas para decompor misturas de substâncias em um sistema qualquer nos dois ou mais componentes originais. Podem ser para separar

Leia mais

Extração do Limoneno. Integrantes do grupo: Diego Souza, Jefferson Honorio, Marcelo Tangerina

Extração do Limoneno. Integrantes do grupo: Diego Souza, Jefferson Honorio, Marcelo Tangerina Extração do Limoneno Integrantes do grupo: Diego Souza, Jefferson Honorio, Marcelo Tangerina Quem é o Limoneno? O Limoneno ( IUPAC: : 1-metil1 metil-4-isopropenilciclohex- 1-eno ) é uma substância química:

Leia mais

Prática de Laboratório 1

Prática de Laboratório 1 Prática de Laboratório 1 12 pontos Preparação do ácido 2-iodobenzóico [Tempo aprox: 1 hr] Essa prática de laboratório envolve a preparação do acido 2-iodobenzóico a partir do acido 2-aminobenzóico. O procedimento

Leia mais

EXPERIMENTOS DE QUIMICA ORGANICA I(QUI 127, QUI 186 E QUI 214) EXPERIMENTO 7 TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO

EXPERIMENTOS DE QUIMICA ORGANICA I(QUI 127, QUI 186 E QUI 214) EXPERIMENTO 7 TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO EXPERIMENTO 7 TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO 1.1. Fundamentação teórica A extração é um processo de separação de compostos que consiste em transferir uma substância da fase na qual essa se encontra (dissolvida ou

Leia mais

Recristalização da Acetanilida. Fernanda Pollo Simone Moraes Mantovani

Recristalização da Acetanilida. Fernanda Pollo Simone Moraes Mantovani Recristalização da Acetanilida Fernanda Pollo Simone Moraes Mantovani Conceitos: Compostos orgânicos sólidos s quando isolados de reações orgânicas raramente são puros; Eles estão geralmente contaminados

Leia mais

Éter etílico (parte II)

Éter etílico (parte II) Éter etílico (parte II) Solventes orgânicos de diferentes graus de pureza comercialmente disponíveis; Seleção do grau de pureza: condicionada à finalidade de seu emprego, à sua disponibilidade e à seu

Leia mais

Experimentos de Química Orgânica

Experimentos de Química Orgânica Experimentos de Química Orgânica Conhecimento dos procedimentos experimentais Montagem dos equipamentos e execução da reação REAGENTES PRODUTO PRINCIPAL + PRODUTOS SECUNDÁRIOS SOLVENTES + CATALISADORES

Leia mais

RECRISTALIZAÇÃO DA ACETANILIDA. Autores: Amadeu de Pietro Neto Juliano Magalhães

RECRISTALIZAÇÃO DA ACETANILIDA. Autores: Amadeu de Pietro Neto Juliano Magalhães RECRISTALIZAÇÃO DA ACETANILIDA Autores: Amadeu de Pietro Neto Juliano Magalhães Introdução Retículo cristalino são arranjos ordenados tridimensionais de átomos que existem num sólido. Um retículo cristalino

Leia mais

Sumário. Química. Frente 1. Frente 2. Capítulo 2: Separação de misturas, fenômenos físicos e químicos 88. Capítulo 4: A Tabela Periódica 96

Sumário. Química. Frente 1. Frente 2. Capítulo 2: Separação de misturas, fenômenos físicos e químicos 88. Capítulo 4: A Tabela Periódica 96 Sumário Química Frente 1 Capítulo 2: Separação de misturas, fenômenos físicos e químicos 88 Frente 2 Capítulo 4: A Tabela Periódica 96 QUÍMICA frente 1 ARTHUR HSIEH DREAMSTIME.COM Separação de misturas,

Leia mais

4 PURIFICAÇÃO DO ÉTER ETÍLICO II

4 PURIFICAÇÃO DO ÉTER ETÍLICO II UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Instituto de Química ARARAQUARA / SP 4 PURIFICAÇÃO DO ÉTER ETÍLICO II Discentes: Grupo X Bruno Estevam Amantéa Thiago Holanda de Abreu Profº. Dr. José Eduardo de Oliveira

Leia mais

CURSO PRÁTICO QUI 328 e 128 SÍNTESE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

CURSO PRÁTICO QUI 328 e 128 SÍNTESE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS CURSO PRÁTICO QUI 328 e 128 SÍNTESE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS Síntese I ( p-red) Nitrobenzeno Anilina Acetanilida p-nitro Acetanilida p-nitro Anilina p-red 1- OBTENÇÃO DA ANILINA -Estanho -Àcido clorídrico

Leia mais

RECRISTALIZAÇÃO DA ACETANILIDA. Autores: Amadeu de Pietro Neto Juliano Magalhães

RECRISTALIZAÇÃO DA ACETANILIDA. Autores: Amadeu de Pietro Neto Juliano Magalhães RECRISTALIZAÇÃO DA ACETANILIDA Autores: Amadeu de Pietro Neto Juliano Magalhães Introdução Retículo cristalino são arranjos ordenados tridimensionais de átomos que existem num sólido. Um retículo cristalino

Leia mais

QUÍMICA. Prof a. Giselle Blois

QUÍMICA. Prof a. Giselle Blois QUÍMICA Propriedades físicas dos compostos orgânicos: Polaridade das ligações e moléculas, forças intermoleculares, ponto de fusão e ponto de ebulição, solubilização das substâncias orgânicas Parte 2 Prof

Leia mais

Experiência 7. PREPARO DE SOLUÇÃO A PARTIR DE SUBSTÂNCIAS SÓLIDAS, LIQUIDAS E DE SOLUÇÃO CONCENTRADA

Experiência 7. PREPARO DE SOLUÇÃO A PARTIR DE SUBSTÂNCIAS SÓLIDAS, LIQUIDAS E DE SOLUÇÃO CONCENTRADA Experiência 7. PREPARO DE SOLUÇÃO A PARTIR DE SUBSTÂNCIAS SÓLIDAS, LIQUIDAS E DE SOLUÇÃO CONCENTRADA 1. Objetivos Após a realização desta aula experimental, espera-se que o graduando do curso de Química

Leia mais

Introduzir o aluno à técnica de purifi cação de sólidos orgânicos por recristalização.

Introduzir o aluno à técnica de purifi cação de sólidos orgânicos por recristalização. RECRISTALIZAÇÃO Aula 3 META Introduzir o aluno à técnica de purifi cação de sólidos orgânicos por recristalização. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá: executar a purifi cação de materiais orgânicos

Leia mais

Prática 06 Síntese do Ácido Acetilsalicílico (AAS) O COOH + INTRODUÇÃO

Prática 06 Síntese do Ácido Acetilsalicílico (AAS) O COOH + INTRODUÇÃO Prática 06 Síntese do Ácido Acetilsalicílico (AAS) H CH H 2 S 4 CH H bjetivos Didáticos: 1) Desenvolver os conceitos de reações de esterificação. 2) Discutir o mecanismo. INTDUÇÃ s ésteres mais simples

Leia mais

Experimento 2: SÍNTESE DE COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO

Experimento 2: SÍNTESE DE COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO Universidade Federal do Paraná Departamento de Química Disciplina: Química Inorgânica e Experimental CQ071 Curso: Licenciatura e Bacharelado em Química Professor: Shirley Nakagaki Experimento 2: SÍNTESE

Leia mais

QUÍMICA FARMACÊUTICA

QUÍMICA FARMACÊUTICA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA ROTEIRO PARA S PRÁTICAS DISCIPLINA: QUÍMICA FARMACÊUTICA Título da Aula: Determinação do coeficiente de partição óleo-água (P) do ácido benzóico 1 Demonstrar

Leia mais

Tarefa 11 Professor Negri. 01. O equipamento esquematizado abaixo pode ser utilizado para separar os componentes de:

Tarefa 11 Professor Negri. 01. O equipamento esquematizado abaixo pode ser utilizado para separar os componentes de: Tarefa 11 Professor Negri 01. O equipamento esquematizado abaixo pode ser utilizado para separar os componentes de: a) um sistema homogêneo líquido/líquido. b) qualquer sistema heterogêneo. c) uma mistura

Leia mais

3 - Reciclagem de poli(tereftalato de etileno), PET, e reutilização do ácido tereftálico (3 aulas)

3 - Reciclagem de poli(tereftalato de etileno), PET, e reutilização do ácido tereftálico (3 aulas) 3 - Reciclagem de poli(tereftalato de etileno), PET, e reutilização do ácido tereftálico (3 aulas) Pretende-se reciclar PET, recuperar o ácido tereftálico correspondente, e usá-lo para sintetizar tereftalato

Leia mais

3005 Síntese de 7,7-diclorobiciclo [4.1.0] heptano (7,7- dicloronorcarano) a partir de ciclohexeno

3005 Síntese de 7,7-diclorobiciclo [4.1.0] heptano (7,7- dicloronorcarano) a partir de ciclohexeno 00 Síntese de,-diclorobiciclo [..0] heptano (,- dicloronorcarano) a partir de ciclohexeno + CHCl NaOH tri-n-propylamine CCl + HCl C H 0 (8.) (9.) NaOH C 9 H N C H 0 Cl (0.0) (.) (.) (.) Classificação Tipos

Leia mais

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS PROFESSOR: BISMARCK

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS PROFESSOR: BISMARCK PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS PROFESSOR: BISMARCK Substância Pura: Um único tipo de substância Simples: formada por átomos de um único elemento. Composta: formada por átomos de mais de um elemento.

Leia mais

APARELHAGEM DE LABORATÓRIO 1. BICO DE BÜNSEN

APARELHAGEM DE LABORATÓRIO 1. BICO DE BÜNSEN APARELHAGEM DE LABORATÓRIO 1. BICO DE BÜNSEN Aparelho ligado ao gás, utilizado para aquecimento de materiais não inflamáveis. Possui em sua base um regulador de entrada de ar para controlar o tipo de chama:

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor Palotina. Soluções e cálculos de soluções

Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor Palotina. Soluções e cálculos de soluções Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor Palotina Aula Soluções e cálculos de soluções Prof. Isac G. Rosset Isac G. Rosset -UFPR Mistura vs Composto Mistura Os componentes podem ser

Leia mais

REALIZAÇÃO EXPERIMENTAL - MICROESCALA (adaptada de Pike et al, Microscale Inorganic Chemistry, exp.16, p )

REALIZAÇÃO EXPERIMENTAL - MICROESCALA (adaptada de Pike et al, Microscale Inorganic Chemistry, exp.16, p ) REALIZAÇÃO EXPERIMENTAL - MICROESCALA (adaptada de Pike et al, Microscale Inorganic Chemistry, exp.16, p204-207) PARTE B: PREPARAÇÃO QUANTITATIVA DO TETRATIONATO DE SÓDIO A MICROESCALA Reagentes Tiossulfato

Leia mais

FORMULÁRIO DE DIVULGAÇÃO DO CONTEÚDO DA PROVA FINAL E RECUPERAÇÃO FINAL

FORMULÁRIO DE DIVULGAÇÃO DO CONTEÚDO DA PROVA FINAL E RECUPERAÇÃO FINAL FORMULÁRIO DE DIVULGAÇÃO DO CONTEÚDO DA PROVA FINAL E RECUPERAÇÃO FINAL A) SÉRIE/ANO: 2º Ano Médio B) DISCIPLINA: Química - Enio C) CONTEÚDO A SER EXIGIDO/ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO: SOLUÇÕES: Coeficiente

Leia mais

10- Recristalização da Acetanilida

10- Recristalização da Acetanilida Profª. Amanda Coelho Danuello Prof. Dr. Leonardo Pezza Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Msc. Rodrigo Sequinel 10- Recristalização da Acetanilida Discentes: Grupo 2 Gabriela Furlan Giordano Ludmila Pons

Leia mais

Concentração de soluções e diluição

Concentração de soluções e diluição Concentração de soluções e diluição 1. Introdução Uma solução é uma dispersão homogênea de duas ou mais espécies de substâncias moleculares ou iônicas. É um tipo especial de mistura, em que as partículas

Leia mais

Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Adriana Teixeira Machado Marcela Dias da Silva Matheus Gibbin Zanzini

Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Adriana Teixeira Machado Marcela Dias da Silva Matheus Gibbin Zanzini Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Adriana Teixeira Machado Marcela Dias da Silva Matheus Gibbin Zanzini Filtração Fonte de aquecimento Destilação Correção do ponto de ebulição OBJETIVO: Remover impurezas

Leia mais

4023 Síntese do éster etílico do ácido 2-cicclopentanona carboxílico a partir do éster dietílico do ácido adípico

4023 Síntese do éster etílico do ácido 2-cicclopentanona carboxílico a partir do éster dietílico do ácido adípico NP 4023 Síntese do éster etílico do ácido 2-cicclopentanona carboxílico a partir do éster dietílico do ácido adípico NaEt C 10 H 18 4 Na C 2 H 6 C 8 H 12 3 (202,2) (23,0) (46,1) (156,2) Classificação Tipos

Leia mais

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES EXTRAÇÃO COM SOLVENTES Discentes: Alessandra Maciel do Nascimento Mariana Alessandra Corrêa Docente: Prof.Dr. José Eduardo de Oliveira INTRODUÇÃO MISTURAS HOMOGÊNEAS HETEROGÊNEAS SOLUÇÃO EXTRAÇÃO! Exemplos:

Leia mais

a) 20 d) 100 b) 40 e) 160 c) 80

a) 20 d) 100 b) 40 e) 160 c) 80 01) (Unifesp-SP) Uma solução contendo 14 g de cloreto de sódio dissolvidos em 200 ml de água foi deixada em um frasco aberto, a 30 C. Após algum tempo, começou a cristalizar o soluto. Qual volume mínimo

Leia mais

Figura 1: Potencial químico de um solvente na presença de um soluto.

Figura 1: Potencial químico de um solvente na presença de um soluto. Propriedades Coligativas 1. Introdução Algumas propriedades do solvente mudam quando um soluto é dissolvido nele para formar uma solução. O ponto de congelamento da água salgada, por exemplo, é menor que

Leia mais

30/03/2017 Química Licenciatura Prof. Udo Eckard Sinks SOLUÇÕES E SOLUBILIDADE

30/03/2017 Química Licenciatura Prof. Udo Eckard Sinks SOLUÇÕES E SOLUBILIDADE SOLUÇÕES E SOLUBILIDADE 1. Objetivos Aprender a preparar soluções usando balão volumétrico Reconhecer soluções diluídas, saturadas e supersaturadas Observar a termodinâmica do processo de dissolução 2.

Leia mais

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES (transp. 1)

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES (transp. 1) EXTRAÇÃO COM SOLVENTES (transp. 1) Usado para separar e isolar determinadas substâncias encontradas em misturas complexas. As substâncias em geral são solúveis em água. Ao se adicionar um solvente não

Leia mais

MINERALIZAÇÃO E DESMINERALIZAÇÃO DA ÁGUA

MINERALIZAÇÃO E DESMINERALIZAÇÃO DA ÁGUA MINERALIZAÇÃO E DESMINERALIZAÇÃO DA ÁGUA Dissolução; Solubilidade; Produto de solubilidade; Precipitação; Mineralização e desmineralização das águas. Água do Mar Ó mar salgado, Quanto do teu sal são lágrimas

Leia mais

Extração da Cafeína a partir de saquinhos de chá

Extração da Cafeína a partir de saquinhos de chá Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UESP Instituto de Química Campus Araraquara Extração da Cafeína a partir de saquinhos de chá Andressa Somensi H 3 C C H 3 C H 3 1 bjetivos: Isolamento

Leia mais

EXAME PRÁTICO QUÍMICA ORGÂNICA QUÍMICA VERDE

EXAME PRÁTICO QUÍMICA ORGÂNICA QUÍMICA VERDE EXAME PRÁTICO QUÍMICA ORGÂNICA QUÍMICA VERDE O objetivo da Química verde é desenvolver procedimentos químicos que não provoquem a poluição do meio ambiente, utilizando as matérias primas de uma forma eficiente

Leia mais

3003 Síntese de 2-cloro-ciclohexanol a partir de ciclohexeno

3003 Síntese de 2-cloro-ciclohexanol a partir de ciclohexeno 3003 Síntese de 2-cloro-ciclohexanol a partir de ciclohexeno _ + SO 2 NCl Na OH H 2 SO 4 + x 3 H 2 O + Cl CH 3 SO 2 NH 2 CH 3 C 6 H 10 (82.2) C 7 H 13 ClNNaO 5 S (281.7) (98.1) C 6 H 11 ClO (134.6) C 7

Leia mais

TAREFA DA SEMANA DE 28 DE ABRIL A 02 DE MAIO

TAREFA DA SEMANA DE 28 DE ABRIL A 02 DE MAIO TAREFA DA SEMANA DE 28 DE ABRIL A 02 DE MAIO QUÍMICA 1ª SÉRIE TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: DADOS: Constante universal dos gases perfeitos: 0,082 atm.l/mol.k Elemento Número Massa atômico atômica H 1 1,0

Leia mais

EXPERIÊNCIA 4 SÍNTESE E PURIFICAÇÃO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS)

EXPERIÊNCIA 4 SÍNTESE E PURIFICAÇÃO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) EXPERIÊNCIA 4 SÍNTESE E PURIFICAÇÃ D ÁCID ACETILSALICÍLIC (AAS) 1 - INTRDUÇÃ Ácido Acetilsalicílico (AAS), também conhecido como Aspirina, é um dos remédios mais populares mundialmente produzidas e consumidas

Leia mais

Prática 08 Determinação da Massa Molar da Ureia via Ebuliometria

Prática 08 Determinação da Massa Molar da Ureia via Ebuliometria UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC Disciplina: Química Geral Experimental QEX0002 Prática 08 Determinação da Massa Molar da Ureia

Leia mais

PRÁTICA N o. 01 SOLUBILIDADE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

PRÁTICA N o. 01 SOLUBILIDADE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS PRÁTICA N o. 01 SOLUBILIDADE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS OBJETIVOS: Esta prática tem como objetivo a determinação da solubilidade de compostos orgânicos através de um estudo sequencial com solventes situando

Leia mais

QUÍMICA SUBSTÂNCIAS E SUAS PROPRIEDADES. Prof a. Giselle Blois. Estudo da matéria: substâncias, misturas, processos de separação Parte 2

QUÍMICA SUBSTÂNCIAS E SUAS PROPRIEDADES. Prof a. Giselle Blois. Estudo da matéria: substâncias, misturas, processos de separação Parte 2 QUÍMICA SUBSTÂNCIAS E SUAS PROPRIEDADES Estudo da matéria: substâncias, misturas, Parte 2 Prof a. Giselle Blois Métodos de separação de misturas: O método empregado vai depender da mistura, já que esta

Leia mais

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Jeosafá Lima

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Jeosafá Lima PROCESSOS DE SEPARAÇÃO Jeosafá Lima Misturas homogêneas e heterogêneas Uma mistura é constituída por duas ou mais substâncias, sejam elas simples ou compostas. https://www.youtube.com/watch?v=6jcxdhovkcm

Leia mais

SOLUÇÕES Folha 01 João Roberto Mazzei

SOLUÇÕES Folha 01 João Roberto Mazzei 01. (PUC SP 2009) O gráfico a seguir representa a curva de solubilidade do nitrato de potássio (KNO 3) em água. A 70 C, foram preparadas duas soluções, cada uma contendo 70 g de nitrato de potássio (KNO

Leia mais

Orgânica Experimental I Éter Etílico Seco II. 2 ano Bachalerado Ana Sofia Denise Daré Juliana Greb

Orgânica Experimental I Éter Etílico Seco II. 2 ano Bachalerado Ana Sofia Denise Daré Juliana Greb Orgânica Experimental I Éter Etílico Seco II 2 ano Bachalerado Ana Sofia Denise Daré Juliana Greb Tópicos Abordados Filtração Papel Pregueado Tipos de Filtração Destilações Comportamento de misturas Azeótropos

Leia mais

Processos de Separação Misturas Para misturas Heterogêneas

Processos de Separação Misturas Para misturas Heterogêneas Ventilação: Sólido + Sólido O sólido menos denso é separado por uma corrente de ar. Catação: Sólido + Sólido Sólidos de aspectos diferentes são separados com as mãos ou uma pinça Levigação: Sólido + Sólido

Leia mais

Química Orgânica Experimental I BAC CRITÉRIOS PARA CORREÇÃO DOS PRÉ-RELATÓRIOS E RELATÓRIOS

Química Orgânica Experimental I BAC CRITÉRIOS PARA CORREÇÃO DOS PRÉ-RELATÓRIOS E RELATÓRIOS Química Orgânica Experimental I BAC - 2009 CRITÉRIOS PARA CORREÇÃO DOS PRÉ-RELATÓRIOS E RELATÓRIOS Além do aqui solicitado para os Pré-Relatórios, devem ser apresentados os itens correspondentes a cada

Leia mais

01) (USF-SP) Considerando-se as aparelhagens esquematizadas: Dessas afirmações, apenas:

01) (USF-SP) Considerando-se as aparelhagens esquematizadas: Dessas afirmações, apenas: 01) (USF-SP) Considerando-se as aparelhagens esquematizadas: Dessas afirmações, apenas: a) I é correta. d) I e II são corretas. b) II é correta. e) II e III são corretas. c) III é correta. 05) (UFPE-PE)

Leia mais

Laboratório de Análise Instrumental

Laboratório de Análise Instrumental Laboratório de Análise Instrumental Prof. Renato Camargo Matos Tutora: Aparecida Maria http://www.ufjf.br/nupis PRÁTICA 8: Verificação da influência do ph na extração de Fe(III) com éter etílico Objetivo:

Leia mais