ANHANGUERA EDUCACIONAL ANHANGUERA - PÓS-GRADUAÇÃO
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1 ANHANGUERA EDUCACIONAL ANHANGUERA - PÓS-GRADUAÇÃO
2 ANHANGUERA EDUCACIONAL 5 Aula Disciplina : GESTÃO FINANCEIRA Prof.: Carlos Nogueira
3 Agenda 19h00-20h15: Matemática Financeira 20h15-20h30: Métodos de Avaliação de Investimentos 20h30-20h45: Café/Intervalo 20h45-22h15: Apresentação Briefing do WebQuest
4 GESTÃO FINANCEIRA O VALOR TEMPORAL DO DINHEIRO
5 INTRODUÇÃO 1. Juros Segundo a Teoria Econômica, o homem combina Terra Trabalho Capital Aluguel Salário Juro para produzir os bens de que necessita. Juro é a remuneração do fator capital empresado ou aplicado produtivamente.
6 2. Taxa de Juros É a relação entre juros e capital aplicado na unidade de tempo. Refere-se sempre a uma unidade de tempo. Exemplo : 12 % ao ano. Formas de apresentação da taxa de juros : Percentual refere-se a centos do capital Unitária - refere-se a unidade do capital 3. Capital Qualquer valor representado monetariamente, aplicado para produzir rendimentos pode ser considerado capital.
7 4. Montante Montante é a soma de capital mais juros. 5. Regimes de Capitalização Entende-se por regime de capitalização como sendo o processo de formação dos juros. Simples somente o capital inicial (também chamado principal) produz juros. A base de cálculo dos juros é fixa. Composto - os juros são incorporados ao capital inicial e produzem juros nos períodos subsequentes. Há portanto, juros sobre juros.
8 6. O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO Os problemas financeiros decorrem essencialmente do conceito de que o dinheiro tem valor diferenciado no tempo, isto é, quantias iguais, em diferentes instantes de tempo, devem necessariamente ser consideradas como sendo valores diferentes. Uma forma clara e ilustrativa de representar esse conceito é o Diagrama do FLUXO DE CAIXA Eixo Horizontal representa os períodos de tempo ou o horizonte de planejamento. Eixo Vertical - representa as entradas e/ou saídas de dinheiro.
9 JUROS SIMPLES
10 1. Cálculo do Juro J = C.i.n C = Capital (ou Principal) i = Taxa de Juros (sempre unitária) n = Prazo IMPORTANTE : i e n devem ser consistentes, isto é, devem estar na mesma unidade de tempo. 2. Montante como o montante (M) é a soma de capital mais juros : M = C (1+i.n)
11 (JUROS SIMPLES) Exemplo: Um capital inicial de $ ,00 é aplicado por 180 dias a uma taxa de juros simples de 3,5% a.m.. Determinar os juros e o montante. Resposta : $ ,00 e $ ,00
12 JUROS COMPOSTOS
13 1. Cálculo do Montante Capital Inicial = PV Sendo: Montante = FV Prazo = n FV1 = PV + PV. i FV1 = PV (1 + i) Taxa de Juros = i para o 1º período FV2 = FV1 (1 + i) FV2 = PV (1 + i).(1 + i) FV2 = PV (1 + i)² Generalizando : FV = PV (1 + i) n para o 2º período fórmula básica dos juros compostos
14 É importante lembrar que: A taxa de juros i e o prazo n devem estar na mesma unidade de tempo; A taxa de juros i é unitária. Como resolver a expressão (1 + i) : Pela calculadora com a função y Pela calculadora financeira Pela tabela financeira n n
15 (JUROS COMPOSTOS) Exemplo: Um capital inicial de $ ,00 foi aplicado durante 12 meses em uma instituição financeira a uma taxa de juros compostos de 5% a.m.. Qual o montante resgatado? Resposta : $ TECLAR VISOR (f) (REG) 0,00 Pelas teclas financeiras (CHS) (PV) ,00 5 (i) 5,00 12 (n) 12,00 (FV) ,76
16 (JUROS COMPOSTOS) Exemplo 2: Calcular o montante produzido por um capital de $ ,00 aplicado nas taxas e prazos abaixo : PRAZO TAXA 1 ano 2% a.m. 1 mês 1 % a.d. 12 meses 10 % a.a. Resposta : $ , $ , $ 11,000
17 (JUROS COMPOSTOS) 2. Quando há períodos fracionários Exemplo : Um investidor aplicou $ ,00 a uma taxa de 4 % a.m. durante 189 dias. Calcule o valor recebido por esse investidor. Resposta : $ ,50 TECLAR VISOR (f) (REG) 0,00 1 (ENTER) 1,00 0,04 (+) 1,04 Pela fórmula FV=PV(1+i) n 189 (ENTER) 189,00 30 (/) 6,30 YX 1, ,00 (X) ,50
18 3. O Conceito de VALOR ATUAL ou VALOR PRESENTE Define-se valor atual (ou valor presente) de um fluxo de caixa ou de uma série futura de fluxos de caixa, a uma dada taxa de juros, como a quantia hoje equivalente ao fluxo em questão: n FV = PV (1 + i) PV = FV _ (1 + i) n
19 Exemplo: Quanto vale hoje um título de $ ,00, vencível daqui a 6 meses se a taxa de juros é de : a) 6 % a.m.; b) 2 % a.m. Resposta : $ 7.050,00 e $ 8.880,00
20 Exemplo 2 (calculando a TAXA DE JUROS): Um Certificado de Depósito Bancário foi adquirido por $ 2.000,00 pelo prazo de 120 dias tendo sido registrado $ 2.210,00. Qual a taxa mensal de juros recebida pelo aplicador ) Resposta : 2,53 % a.m.
21 Princípio da Equivalência de Capitais
22 (Princípio da Equivalência de Capitais) Dado que o dinheiro tem valor diferenciado no tempo, decisões que envolvem diversos capitais em diversas datas exigem que se adote um padrão uniforme que permita a escolha. Comprar à vista ou a prazo, investir em A ou B, substituir pagamentos, etc., são situações corriqueiras para todos. Estas questões são resolvidas através de um princípio denominado EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS. Definição: Dois conjuntos de capitais serão equivalentes quando, a uma dada taxa de juros, as somas de seus respectivos valores atuais forem iguais (em uma mesma data).
23 (Princípio da Equivalência de Capitais) Exemplo: Considere os fluxos A e B abaixo: MÊS FLUXO A FLUXO B 0 0, , ,00 0,00 2 0, , , , ,00 0,00 a) Monte um diagrama para cada um dos fluxos; b) Calcule o valor atual de cada fluxo a uma taxa de 10 % a.m.; c) Se lhe fosse dada a opção de escolher, qual o fluxo você gostaria de receber? Resposta: b) FLUXO A = $ ,35 E FLUXO B $ ,45
24 (PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS) Exemplo 2: Substituição de Fluxos Financeiros Um automóvel pode ser adquirido, em promoção, através de uma entrada de $ mais 2 pagamentos mensais de $ Um comprador interessado no automóvel propõe adquiri-lo através de dois pagamentos iguais em 60 e 90 dias, sem entrada. Sabendo-se que a loja trabalha com uma taxa de juros de 2,5 % a.m., qual o valor das novas prestações? Resposta : $ 5.678,41
25 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
26 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 1. INTRODUÇÃO A importância da análise e das decisões de investimento decorre do fato de que tais decisões além de envolver um grande volume de recursos produzem efeitos sobre a empresa durante um longo período de tempo, pois, na maioria das vezes, são irreversíveis. A análise visa decidir por um investimento através de um conjunto de estudos sistemáticos que procura avaliar se é compensador para empresa desembolsar um certo montante de capital hoje na expectativa de receber um FLUXO FINANCEIRO de benefícios no futuro. Envolve múltiplos aspectos, como avaliação estratégica, pesquisa de mercado, avaliação tecnológica, aspectos de localização, detalhes de ordem jurídica e, obviamente, análise econômico-financeira. (continua)
27 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS (continuação da introdução) Muito embora as decisões de investimento também levem em consideração aspectos não monetários, as técnicas de avaliação de alternativas de investimento têm como princípio o FLUXO DE CAIXA DO PROJETO, isto é, entradas e saídas relevantes de recursos financeiros. Contrariamente, aos tradicionais princípios contábeis, a análise de investimento baseia-se em movimentação prospectiva incremental de dinheiro, isto é : somente devem ser consideradas no estudo de investimentos movimentações de recursos monetários que serão afetados pela decisão. Águas passadas não movem moinhos.
28 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 2. FLUXO DE CAIXA As técnicas de avaliação de alternativas de investimentos baseiamse no movimento de recursos financeiros, ou, simplesmente, fluxo de caixa. Definimos abaixo alguns conceitos importantes para sua elaboração, a saber : Investimento Inicial dispêndio realizado para produzir retorno. Envolve a aquisição de equipamentos, edifícios, terrenos, despesas préoperacionais, etc., e, quando for o caso, os recursos necessários para capital de giro (estoques, financiamento de clientes, etc.) Fluxo de Caixa Gerado os investimentos de caixa realizados deverão, obviamente, produzir receitas decorrentes da venda do produto ou serviço a ser fornecido aos clientes. Tais receitas produzem entradas de (continua)
29 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS (FLUXO DE CAIXA) (continuação) caixa. Por outro lado, a produção de um produto ou serviço exige que a empresa incorra em custo de fabricação, despesas administrativas, despesas de distribuição, impostos, etc., que determinarão as saídas de caixa. A diferença entre as entradas e saídas de caixa é o fluxo líquido de benefícios esperados pelo projeto de investimento. Nos casos de investimentos realizados para redução de custos, considera-se esta redução, para efeito de análise, como a entrada de caixa. Fluxo de caixa incremental fluxos passados não interessam. Só devem ser consideradas as entradas e saídas de caixa que ocorrerão em função de decisão tomada pelo novo investimento. Por exemplo, se uma empresa vier a produzir um novo produto aproveitando-se da capacidade ociosa de um equipamento já instalado, não deverá computar, ainda que por rateio, o custo de aquisição do citado equipamento. Os desembolsos realizados no passado não interessam, pois não serão afetados pela decisão.
30 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS (FLUXO DE CAIXA) 2.1. QUADRO DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA Em avaliação de projetos utiliza-se da metodologia do FLUXO DE CAIXA INDIRETO, por se tratar de estudo de longo prazo. Segue modelo básico : Sem Financiamento Bancário Com Financiamento Bancário ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 1 Receita Operacional Líquida ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 2 (-) Custos Variáveis de Produção 3 (-) Custos Fixos Anuais 4 (-) Depreciação 5 = Lucro Operacional 6 (-) IR (25%) 7 = Lucro Líquido 8 (+) Depreciação 9 = Fluxo Operacional Líquido 10 (-) Investimentos 11 = Fluxo de Caixa Líquido 5 = Lucro Operacional 6 (-) Despesas Financeiras 7 = Lucro Antes do IR 8 (-) IR (25%) 9 = Lucro Líquido 10 (+) Depreciação 11 (-) Amortizações Emprestimos 12 = Fluxo Operacional Líquido 13 (-) Investimentos 14 = Fluxo de Caixa Líquido
31 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 3. TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA) Em avaliação de projetos de investimento assume diversos nomes como CUSTO DE OPORTUNIDADE, CUSTO DO CAPITAL, TAXA DE CORTE, etc.. Todo projeto de investimento baseia-se no princípio de que a empresa fará um investimento hoje na expectativa de receber um fluxo de benefícios monetário no futuro, ou seja, o projeto deve apresentar uma taxa de atratividade mínima, considerando-se outras oportunidades do capital que a empresa incorre pois poderia optar em aplicar seus recursos em investimentos alternativos. Não há metodologia específica para tal. Pode-se tomar como base, por exemplo: retorno médio no mercado de ações, TMA usada em recentes investimentos por outras empresas do segmento ou pela própria empresa, retorno médio obtido pela empresa nos últimos anos, retorno médio em aplicações conservadoras (renda fixa, poupança, CDB, etc.).
32 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 4. VIDA ÚTIL Vida útil de um projeto é horizonte de tempo no qual esperamos obter retornos de caixa. Devido ao fato de que cada projeto tem peculiaridades próprias que dificultam sua fixação por critérios quantificáveis, não há metodologia específica para o estabelecimento deste tempo de análise. Diversos aspectos podem ser considerados para a fixação da vida útil de um projeto, dentre eles : Contábil / fiscal considera a depreciação contábil dos bens envolvidos no projeto; Desgaste físico considera o desgaste dos equipamentos pela intensidade de seu uso; Obsolescência Tecnológica do Equipamento Ciclo de Vida do Produto (ex.:restaurantes temáticos, danceterias, lambaderias, etc.); Incerteza - casos de panorama econômico instável É importante observar que à medida que a vida útil estimada de um projeto vai se ampliando, os novos fluxos vão perdendo a importância na análise.
33 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 5. VALOR RESIDUAL Refere-se a uma possível entrada final de caixa que pode ser obtido ao final da vida útil do projeto. Por exemplo, a venda dos equipamentos como sucata, o valor de venda do terreno de um projeto de mineração já exaurida, a venda de caminhões de um projeto de criação de uma frota de caminhões, etc.
34 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
35 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 1. INTRODUÇÃO São diversas as metodologias existentes para avaliação de alternativas de investimento, porém, nenhuma atende isoladamente a todas as condições necessárias para uma análise excelente tendo em vista os resultados particulares de cada métrica. Nenhuma das metodologias contempla as variáveis subjetivas que igualmente influenciam a tomada de decisão de investimentos. Os trade-offs possíveis centram-se, portanto, na escolha entre rentabilidade e prazo, ou seja, o decisor pode optar em obter retornos maiores em um determinado prazo ou retornos menores, em prazos igualmente menores. Pode-se inferir que a utilização de múltiplos critérios e o uso combinado das métricas qualifica o processo e pode auxiliar sobremaneira no processo de tomada de decisão de investimentos.
36 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 2. AS PRINCIPAIS METODOLOGIAS : PAYBACK PAYBACK DESCONTADO VPL (Valor Presente Líquido) TIR (Taxa Interna de Retorno)
37 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO PAYBACK É o número de anos ou meses necessários para que o desembolso correspondente ao investimento inicial seja recuperado, ou igualado, e superado pelas entradas líquidas acumuladas. PAYBACK DESCONTADO Possui a mesma definição, porém, considera o valor presente, ou seja, reconhece o valor do dinheiro no tempo ao custo de capital definido pela empresa, contornando uma deficiência do payback simples. Nestas métricas busca-se o menor tempo possível.
38 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO VPL (Valor Presente Líquido) É o valor total do projeto no tempo presente, considerando o tempo de estudo do projeto e um determinado custo de capital. O VPL equivale à diferença entre o valor atual das entradas líquidas de caixa do projeto e o investimento inicial, com o desconto dos fluxos de caixa a uma taxa definida pela empresa, denominada Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ou Taxa de Corte, entre outras denominações. Nesta métrica busca-se um valor positivo.
39 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO TIR ( Taxa Interna de Retorno) É a taxa de juros que iguala os fluxos de entrada aos de saída de dinheiro, de um investimento, no período zero, independente da taxa de juros vigente no mercado, ou seja, é a taxa que iguala o valor atual líquido do fluxo de caixa de um projeto a zero. Nesta métrica busca-se uma taxa SUPERIOR à taxa mínima de atratividade. Obs.: também conhecida como IRR. Seu cálculo deve ser feito com o auxilio de uma calculadora financeira. O cálculo manual só é possível pelo método de tentativa e erro.
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