Curso de Administração. Jader César Galvão Almeida

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1 FACULDADE DE PARÁ DE MINAS -- FAPAM Curso de Administração Jader César Galvão Almeida PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE FERRAMENTAS DE GESTÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO EM EMPRESA DE UTILIDADES DOMÉSTICAS E PRESENTES NO CENTRO-OESTE MINEIRO Pará de Minas 2013

2 2 Jader César Galvão Almeida PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE FERRAMENTAS DE GESTÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO EM EMPRESA DE UTILIDADES DOMÉSTICAS E PRESENTES NO CENTRO-OESTE MINEIRO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao NTCC da Faculdade de Pará de Minas, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração de Empresas. Orientador: Professor Ruperto Benjamin Cabanellas Vega Pará de Minas 2013

3 Jader César Galvão Almeida PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE FERRAMENTAS DE GESTÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO EM EMPRESA DE UTILIDADES DOMÉSTICAS E PRESENTES NO CENTRO-OESTE MINEIRO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao NTCC da Faculdade de Pará de Minas, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração de Empresas. Aprovado em / / Orientador: Professor Ruperto Benjamin Cabanellas Vega Avaliador: Professora Annévia Palhares Vieira Diniz Oliveira

4 4 Dedico este trabalho à minha família e a Rafa pela fé, confiança e o apoio de sempre.

5 Agradeço a Deus a capacitação que me foi concedida! Aos meus pais, o amor incondicional! Aos meus irmãos, o incentivo e a energia constante. À Rafa, o total apoio e o carinho de sempre. Aos professores que me apresentaram conhecimento, meu muito obrigado. Sou grato a todos que, de alguma forma, estiveram envolvidos na realização do curso e na elaboração deste trabalho. Obrigado pela compreensão e companheirismo.

6 6 "A mente que se abre a uma ideia jamais voltará a seu tamanho original." Albert Einstein

7 RESUMO O presente trabalho propõe ferramentas para um melhor controle financeiro de modo a obter resultados seguros que contribuam para uma gestão eficaz. O estudo tem por objetivo elaborar o fluxo de caixa da empresa, analisando também as contas a pagar e as contas a receber, elaborando todos os ciclos, calculando a necessidade de capital de giro e conhecendo as condições da empresa no mercado. Assim, através deste trabalho, a empresa conta com mais recursos de controle e pode futuramente projetar seu fluxo de caixa, antecipando suas contas e planejando com eficiência. Ao final, o estudo proporciona à empresa melhores métodos de trabalho e controle, maior conhecimento sobre sua saúde financeira e confiança em futuros investimentos. O estudo foi realizado em uma empresa atacadista do ramo de utilidades domésticas e presentes. Palavras-chave: Fluxo de Caixa. Capital de giro. Administração Financeira em Curto Prazo. Ciclo Financeiro. Contas a Pagar e Contas a Receber.

8 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Fórmula do Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro (Modelo Simples)...18 Figura 2 Fórmula do Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro (Modelo Completo)...20 Figura 3 Ciclo de caixa...20 Figura 4 Saldo Mínimo de Caixa...21 Figura 5 Necessidade de capital de giro...22 Figura 6 - Modelo geral de elaboração da projeção de necessidades de caixa...23 Figura 7 Ciclo operacional...24 Figura 8 Integração dos ciclos...25 Figura 9 Fluxos de caixa associado à concessão de crédito...29 Figura 10 Medidas financeiras e política geral de crédito...32 Figura 11 Média aritmética ponderada...34 Figura 12 Fórmula DVR...36 Figura 13 Média aritmética ponderada...37 Figura 14 Objetivos do fluxo de caixa...39 Figura 15 - Principais ingressos e desembolsos do fluxo de caixa...40 Figura 16 - Esquema do fluxo de caixa...41 Figura 17 - Fluxo de caixa mensal...44

9 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Exemplo simples fluxo de caixa...42 Quadro 2 Fluxo de caixa...49 Quadro 3 Estoque...51 Quadro 4 Vendas no período...53 Quadro 5 Valor de venda total por prazo...54 Quadro 6 PMR...55 Quadro 7 Compras no período...56 Quadro 8 Total de compras...56 Quadro 9 Valor de compras no período...57 Quadro 10 Faturamento no período Quadro 11 Alíquotas e partilhas do Simples Nacional Comércio...58 Quadro 12 Contas passivo circulante...59 Quadro 13 Total de Contas a pagar...60 Quadro 14 Venda a Prazo...63

10 10 LISTA DE SIGLAS AMP Atraso Médio de Pagamento AMR Atraso Médio de Recebimento C Compras CE Ciclo Econômico CF Ciclo Financeiro CMV Custo da Mercadoria Vendida CO Ciclo Operacional DVR Dias de Venda a Receber EF Estoque Final EI Estoque Inicial IME Idade Média de Estoque NCG Necessidade de Capital de Giro PMC Período Médio de Cobrança PME Prazo Médio de Estoque PMF Prazo Médio de Fabricação PMP Prazo Médio de Pagamento PMPC Prazo Médio de Pagamento de Compras PMPF Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores PMPI - Prazo Médio de Pagamento de Impostos PMR Prazo Médio de Recebimento PMV Prazo Médio de Vendas

11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Considerações Iniciais Situação Problemática Objetivo Geral Objetivos Específicos Caracterização da Empresa Justificativa REFERENCIAL TEÓRICO Finanças Administração Financeira em Curto Prazo Ciclo Operacional, Ciclo Econômico e Ciclo Financeiro Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa Saldo Minimo de Caixa Necessidade de capital de giro Orçamento de caixa Ciclo Operacional Ciclo Econômico Administração de Estoque Investimentos em estoques para reduzir os custos de produção Ferramentas da Gestão Financeira Contas a receber Custo do crédito Principais despesas na concessão de credito Influência de uma política de crédito sobre as medidas financeiras Prazo médio de recebimento Medidas de controle Aging Dias de venda a receber (DVR) Contas a pagar Fluxo de caixa Conceito... 38

12 Projetado X Realizado Análise do fluxo de caixa METODOLOGIA Quanto aos Fins Quanto aos Meios Coleta de Dados Instrumentos de Coleta de Dados ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Fluxo de Caixa Prazos Médios Prazo médio de estoque Prazo médio de recebimento Prazo médio de pagamento Compras Impostos Passivo Circulante Ciclo Operacional, Ciclo Econômico, Ciclo Financeiro Ciclo operacional Ciclo econômico Ciclo financeiro Necessidade de Capital de Giro Saldo Mínimo de Caixa CONCLUSÃO Considerações Finais Propostas de Planos e Melhorias Recomendações Limitações do Estudo...69 REFERÊNCIAS... 70

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14 12 1 INTRODUÇÃO 1.1 Considerações Iniciais Devido à evolução e à competitividade do mercado, a economia se torna mais complexa no cenário mundial, por isso se tem a necessidade de acompanhar esse desenvolvimento buscando instrumentos que auxiliem no planejamento e controle dos recursos para serem utilizados de forma a contribuírem para alcançar o sucesso empresarial. Para atingir objetivos empresarias é essencial obter práticas financeiras mais adequadas para o momento e que sejam capazes de transmitir dados com perfeição e rapidez, assim contribuindo na tomada de decisões e dando maior segurança quanto ao conhecimento interno, facilitando o planejamento futuro da empresa. A gestão financeira de uma empresa é indispensável para uma administração bem sucedida, é através dela que se conhece a saúde financeira da empresa e a real situação econômica. A gestão financeira contribui para a realização de todos os processos, tem a função de controlar e balancear as contas da empresa. Para atingir uma gestão financeira eficaz, é preciso tomar decisões rápidas com eficiência e segurança, e, para conseguir realizar essas funções com tamanha habilidade e precisão, são necessários instrumentos capazes de abastecer, auxiliar e facilitar o desenvolvimento da coleta de dados e suas análises, sempre fornecendo maiores informações com qualidade máxima. Por isso, este trabalho busca encontrar melhores ferramentas de estudo e análise de caixa, conhecer e selecionar os instrumentos de trabalho, adaptando os modelos existentes de tal forma que facilite o controle financeiro, a fim de aperfeiçoar o processo para que se obtenham dados confiáveis para uma empresa atacadista de utilidades domésticas e brinquedos. 1.2 Situação Problemática Quais seriam as ferramentas para o controle financeiro de uma empresa atacadista de utensílios domésticos e de brinquedos?

15 Objetivo Geral atacadista. Propor ferramentas para a gestão financeira a curto prazo de uma empresa 1.4 Objetivos Específicos Identificar os procedimentos financeiro-operacionais utilizados na empresa; Implantar o fluxo de caixa na empresa; Calcular os ciclos econômicos da empresa; Analisar as contas a pagar e as contas a receber; Calcular a necessidade de capital de giro. 1.5 Caracterização da Empresa A empresa atua no ramo atacadista de utensílios domésticos e presentes, está localizada na cidade de Pará de Minas, no centro-oeste mineiro, e opera em toda sua região, comercializando produtos de utilidades gerais, sazonais e brinquedos para vários tipos de estabelecimentos comerciais, com intuito de proporcionar ao cliente e ao consumidor final uma grande variedade e qualidade dos itens vendidos. Pertencente a um empresário varejista de mesmo ramo, identificouse a necessidade da criação de um centro de distribuição para abastecer sua rede de lojas e a oportunidade de negociar diretamente com as fábricas, obtendo preços reduzidos, principais motivos de sua existência, assim, no ano de 2010, a empresa foi fundada. Já em sua inauguração, notou-se a carência na região de empresas que fornecessem esses produtos para pequenos comércios, com um atendimento mais especializado e atencioso. Percebeu-se também a necessidade de a empresa controlar sua saúde financeira e obter sua independência econômica de forma que pudesse prosseguir fornecendo para suas lojas com total autonomia, assim, implantou-se o sistema de vendas externas para empresas da região que comercializam tais produtos. Devido ao aumento de clientes na cidade e suas

16 14 proximidades, atualmente, a empresa oferece também aos clientes o Autosserviço, em que há a possibilidade de comprar pessoalmente na empresa, o que proporciona maior confiança, conhecimento dos produtos e preços diferenciados. Atualmente, a empresa é representada por cinco vendedores externos que efetuam negociações em áreas delimitadas e conta também com mais nove colaboradores divididos nos setores de escritório, estoque e logística. O ramo de utilidades domésticas é bastante concorrido, pois abrange uma quantidade enorme de produtos e, assim, se relaciona com vários setores do comércio, ampliando a área de atuação da empresa, diversificando seus clientes e identificando diferentes portes e perfis. Para se diferenciar no mercado da região, não basta somente oferecer produtos de qualidade e preços competitivos, por isso, a empresa busca disponibilizar condições de pagamentos específicos com prazos ajustáveis, oferecendo também um atendimento personalizado, mais compreensivo, flexível e menos formal e procurando atender às solicitações dos clientes em todos os momentos, adaptando-se às necessidades do mercado. Por esses motivos, o foco principal da empresa é o comércio de pequeno porte e baixo poder financeiro, como mercearias, que necessitam de negociações maleáveis. A maior dificuldade atual da empresa está relacionada ao espaço físico, que muitas vezes não consegue suportar o grande volume de mercadorias, o que gera, esporadicamente, falta de produtos na entrega de pedidos dos clientes, o que obriga a um planejamento maior em compras e logística. Devido à priorização no fornecimento de produtos à rede de lojas do mesmo proprietário e as diversas formas de vendas, há também diferentes maneiras de formar e praticar os preços de vendas. Desta forma, se torna necessário um controle maior e minucioso sobre o setor financeiro para conhecer a real situação econômica da empresa e sua independência financeira, tornando possível a projeção do futuro, o planejamento e a viabilidade de novas etapas, como ampliar os investimentos em vendas externas, ocasionando uma reformulação total em todos os setores da empresa. 1.6 Justificativa O estudo sistemático de ferramentas para a gestão financeira pode contribuir e se tornar um diferencial na competição de mercado, que cada vez mais se torna

17 15 complexo e abrangente. Esta pesquisa busca expor a oportunidade de crescimento de uma empresa atacadista, orientar e sugerir instrumentos que facilitem o controle financeiro dessa empresa, mantendo assim uma organização bem sucedida, bem como ampliando nosso conhecimento na área econômica, para avaliar de forma correta a liquidez. Sabe-se que qualquer empresa depende de caixa para sobreviver, por isso, a importância de um estudo mais apurado e qualificado para confirmar sua real situação econômica, pois a continuidade do serviço garante a segurança para futuros investimentos. Sendo assim, todo esse estudo se torna muito viável, pois traz muitos benefícios e custo reduzido, evidenciando sua relevância para a empresa. Os resultados deste estudo podem fornecer à empresa informações até então desconhecidas e de grande importância financeira, levando assim indicações para tomadas de decisões e direcionando para um planejamento correto e condizente com seus recursos. Este trabalho fortalece o desejo de o autor aprimorar a gestão financeira da empresa, objeto de estudo, assim como aprofundar seus conhecimentos acadêmicos e aperfeiçoar as técnicas, a fim de buscar seu crescimento profissional e contribuir para o sucesso da empresa.

18 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Finanças Para Gitman (2010), finanças são a arte e a ciência de administrar o dinheiro, o setor financeiro se preocupa com as pessoas físicas ou jurídicas que, de alguma forma, ganham, levantam, gastam, investem dinheiro, e estão envolvidas no processo de mercado de movimentar, transferir dinheiro entre si, ou através de órgãos públicos e privados, com ou sem fins lucrativos. Segundo Gitman (2010), a área financeira, representada pelo seu administrador na empresa, atua em um papel central na operação e na evolução da empresa, pois, a maioria das decisões empresariais são medidas em termos financeiros e causa grande influência e dependência nos setores que completam o sistema administrativo. Assaf Neto e Lima (2011) evidenciam as constantes evoluções que ocorrem nas finanças, as quais acompanham e agregam todas as exigências do mundo contemporâneo, o que torna o estudo financeiro de uma importância essencial à empresa. Os autores confirmam a demanda de o gestor financeiro compreender e avaliar de forma integrativa o conteúdo interno e o relacionamento com o ambiente externo, uma vez que a crescente complexidade o obriga a avaliar os riscos, pesquisar ferramentas e traçar novas estratégias. Damodaran (2004) explica que as finanças envolvem todas as decisões da empresa que tenham ligações financeiras, assim há um aspecto de finanças corporativas para quase toda medida tomada por uma empresa em que se buscam métodos eficientes e um estudo centralizado e específico a fim de maximizar os lucros. 2.2 Administração Financeira em Curto Prazo Gitman (2010) aponta que os principais componentes da administração financeira estão no nível de controle do ativo circulante e do passivo circulante, que representam uma estrutura de curto prazo, por isso, ele considera a administração financeira como uma das atividades mais importantes e que mais consome tempo

19 17 do administrador financeiro. Gitman ressalta que o objetivo da gestão financeira é administrar os elementos do ativo circulante representado por estoques, contas a receber, caixa, títulos negociáveis e também o passivo circulante constituído por contas a pagar a fornecedores, despesas e empréstimos bancários a pagar, para alcançar um equilíbrio entre rentabilidade e risco que influencie positivamente e contribua para as receitas e o valor da empresa. Lemes, Rigo e Cherobim (2010) relatam que a Administração Financeira é a gestão de recursos financeiros, os quais buscam potencializar as forças econômicas da empresa. Eles dividem as funções em duas áreas: gerência financeira, que controlam as tarefas incluídas no fluxo de caixa, e a controladoria, que cuida da administração de custos e preços, mas ressaltam que essas funções podem ser modificadas ou retiradas do plano financeiro dependendo do interesse e das necessidades de cada empresa. Os autores destacam ainda que as funções financeiras de curto prazo contêm as operações cotidianas, como administração do caixa, do crédito, das contas a receber e a pagar, dos estoques e dos financiamentos de curto prazo, sempre atentando às avaliações de mercado. A administração do capital de giro (circulante) envolve basicamente as decisões de compra e venda tomadas pela empresa, assim como suas mais diversas atividades operacionais e financeiras. Nessa abrangência, coloca-se, de forma nítida, que a administração do capital de giro deve garantir a uma empresa a adequada consecução de sua política de estocagem, compra de materiais, produção, venda de produtos e mercadorias e prazo de recebimento. (ASSAF NETO; LIMA, 2011, p. 632) 2.3 Ciclo Operacional, Ciclo Econômico e Ciclo Financeiro Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa Gitman (2010) entende que ativo circulante representa a porção do investimento que circula, de uma forma para outra, no curso normal dos negócios da empresa, ou seja, é o capital de giro. Ele explica a venda dos estoques como geradora de recebíveis para o caixa e fornecedora de recursos para pagar o passivo circulante, mas atenta que as entradas de caixa são mais difíceis de prever do que o passivo circulante que é relativamente mais previsível. O capital de giro líquido pode ser definido através da diferença entre o ativo circulante e o passivo

20 18 circulante, esse resultado pode ser positivo ou negativo, assim, esses valores permitem estabelecer uma estratégia agressiva ou conservadora, levando em consideração os resultados obtidos no estudo e no planejamento do ativo. Segundo Lemes, Rigo e Cherobim (2010), o capital de giro representa o valor dos bens aplicados pela empresa para movimentar o ciclo operacional, que inclui o montante de recursos aplicados no caixa, na aquisição de produtos para a venda e na concessão de prazo para pagamentos aos clientes. Para os autores, o ciclo de caixa inclui o período de tempo em que os recursos da empresa foram usados para o pagamento dos produtos adquiridos até o recebimento pela venda destes. O ciclo de caixa pode ser calculado através da fórmula apresentada na figura 1. Figura 1 Fórmula do Ciclo de caixa ou Ciclo Financeiro (Modelo Simples) Fonte: elaborada pelo autor, Onde CO= Ciclo Operacional PMP= Período Médio de Pagamento O ciclo Operacional indica o intervalo de tempo desde o pedido das matériasprimas ou produtos até o recebimento da venda do produto acabado. O prazo médio de pagamento aponta o número de dias que a empresa leva para pagar seus fornecedores. Os autores apresentam também as estratégias básicas para redução do ciclo de caixa, que contribuem para a diminuição das aplicações no ativo circulante e na redução do saldo mínimo de caixa. A primeira estratégia é retardar os pagamentos de valores a pagar por meio de negociação dos prazos no ato da compra, esse momento é considerado apropriado para auferir maiores prazos. A segunda é aproveitar os descontos favoráveis oferecidos pelos credores, pois o seu uso ocasiona economia nas dívidas. A terceira é acelerar o giro de estoques, pois ocasiona mais valores disponíveis em caixa, potencializando o ciclo financeiro. A quarta é acelerar o recebimento de valores a receber, como exercer normas rígidas

21 19 de cobrança, encurtar os prazos de pagamento, oferecer descontos favoráveis e até realizar parcerias com instituições financeiras para o financiamento do crédito concedido. Já Assaf Neto e Lima (2011) indicam dois grupos de medidas para controle de caixa, a fim de manter um saldo que atenda aos motivos de transação, precaução e especulação. No primeiro grupo, estão as medidas do caixa, que é a dinamização nos recebimentos de clientes, em que estão incluídos a agilidade na liberação dos cheques recebidos, a emissão e a entrega mais rápida de títulos representativos das vendas a prazo, melhor adaptação e controle das datas de recebimentos e pagamentos e maior controle no registro de valores a receber. No segundo grupo, estão as medidas da empresa, que são as transformações diretas nos outros ativos circulantes, como a diminuição do prazo de produção que resultaria em uma antecipação na realização dos produtos de venda e, consequentemente, na elevação no giro de caixa, uma retração nos investimentos em estoques, de forma que não traga prejuízos à produção ou perdas de vendas. Assaf Neto e Lima (2011) citam que as razões para uma empresa manter dinheiro disponível em caixa se devem a três motivos: motivo de transação, motivo de precaução e especulação. Motivo de transação é a necessidade que uma empresa apresenta de manter dinheiro em caixa para efetivar os pagamentos provenientes de suas operações normais. Motivo de precaução é a procura de manter em caixa um valor distinto com o objetivo de atender as necessidades de pagamentos imprevistos e eventuais que podem surgir. Motivo de especulação é o surgimento de oportunidades casuais, que não permitem tempo à empresa de obter recursos e financiamentos no mercado, em que se torna indispensável para conseguir bons negócios, é uma ferramenta relevante e diferenciada de competição. Assaf Neto e Lima (2011) indicam que o ciclo financeiro (de caixa) identifica as necessidades de recursos da empresa que ocorrem desde o momento do pagamento aos fornecedores até o efetivo recebimento das vendas realizadas. O cálculo para obter o ciclo financeiro está na figura 2:

22 20 Figura 2 Fórmula do Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro (Modelo Completo) CF= (PMR + AMR) (PMPF+ AMP) x Compras + (PME x CMV ) (PMPI x Impostos) Vendas Vendas Vendas Fonte: Adaptado de BRASIL; BRASIL, 1999 Onde PME= Prazo Médio de Estoque PMF= Prazo Médio de Fabricação PMV= Prazo Médio de Vendas PMC= Prazo Médio de Cobrança PMPF= Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores Figura 3 Ciclo de caixa CAIXA FORNECEDORES DUPLICATAS A RECEBER ESTOQUE VENDAS Fonte: Adaptado de becocomsaida.blog.br

23 Saldo mínimo de caixa Assaf Neto e Lima (2011) lembram o objetivo de manter um saldo mínimo de caixa, permitindo que a empresa possa corretamente liquidar seus compromissos programados e manter uma reserva de segurança para cobrir e precaver-se sobre as necessidades de pagamentos não programados. O caixa mínimo deve estar preparado para financiar a frequente falta de sincronização entre as entradas e saídas de fundos previstas, assim os valores disponíveis devem ser suficientes para suprir também o não recebimento de entradas esperadas. A definição desse saldo ideal de recursos monetários a ser mantido é de grande complexidade, pois esses valores devem levar em consideração motivos eventuais e sem previsão o que torna complicado o cálculo de custos desconhecidos. Figura 4 Saldo mínimo de caixa Saldo Mínimo de Caixa = Fonte:Adaptado de ASSAF NETO; LIMA, 2009, p. 662 Desembolsos totais de caixa esperados em determinado período Giro de caixa no período Onde Desembolsos totais de caixa representam todos os gastos previstos no ciclo operacional da empresa no período. O modelo mais usado e bastante simples de cálculo do saldo mínimo de caixa é baseado na identidade, representado pelo exemplo abaixo dos autores Assaf Neto e Lima (2011, p.662). Exemplo: Se os desembolsos anuais previstos de determinada empresa atingirem $ , e seu giro de caixa no mesmo período for de quatro vezes (ciclo de caixa= três meses), a necessidade mínima de caixa será de: Saldo mínimo de caixa = $ ,00 = $ ,00 4

24 22 Esse resultado quer dizer que, se a empresa mantiver um saldo mínimo de $ ,00 em seu caixa no período, ela demonstra condições financeiras suficientes para saldar todos os seus gastos operacionais estimados para o período. Evidentemente, a própria geração de lucro, ao longo do exercício, assim como rendimentos de eventuais aplicações financeiras do disponível, pode levar a reduções desse valor. O comportamento do saldo mínimo de caixa pode alterar devido aos diversos custos identificados em cada fase do ciclo se modificarem, tornando, assim, desnecessário a manutenção dos valores. A sazonalidade típica de produção e de vendas pode alterar as condições, reconsiderando os valores para que não estejam superestimados em determinados momentos e insuficientes em outros. Para Lemes, Rigo e Cherobim (2010, p.376), Toda decisão do gestor financeiro está voltada para o aumento do valor da empresa, e a definição de saldos mínimos de caixa deve estar consoante com esse objetivo Necessidade de capital de giro Assaf Neto e Silva (2002), afirmam que, ao estudar toda a atividade operacional da empresa, se conhece a demanda de uma necessidade contínua de recursos, que cobrirá a parte dos investimentos operacionais cujos passivos não financiam. Assim ele sugere esse valor como a diferença entre o ativo circulante operacional e o passivo circulante operacional. Vieira (2008) explica que a necessidade de capital de giro ocorre quando, no ciclo financeiro, as saídas operacionais acontecem antes das entradas de caixa, ou seja, quando o ciclo de caixa é positivo. A figura 5 representa a fórmula para resultados a partir de valores e fatores de vendas. Figura 5 Necessidade de capital de giro NCG x período = PME x CMV + PMR PMPF x Compras PMP x Compras PMPI x Impostos Vendas Vendas Vendas Vendas Vendas Fonte: Adaptado de DINIZ OLIVEIRA, 2011

25 23 Vieira (2008) menciona também a importância desse fator para definição da estrutura financeira da empresa, pois desempenha um investimento permanente de recursos que geram várias possibilidades estratégicas para planejar seus financiamentos Orçamento de caixa Ross, Westerfield e Jaffe (2010) mencionam que o orçamento de caixa é uma ferramenta básica que permite ao administrador financeiro identificar necessidades e oportunidades de financiamento em curto prazo e reconhecer o hiato existente na linha de tempo dos fluxos. Assaf Neto e Lima (2011, p.668) confirmam que Orçamento de caixa é um instrumento de projeção das entradas e saídas de caixa para um período futuro. Permite que se identifiquem as necessidades de financiamento de curto prazo da empresa, assim como eventuais sobras de caixa para aplicações. Os autores afirmam ainda que essa projeção é uma importante ferramenta para controle da liquidez, e, por isso, a empresa deve ter prudência ao elaborar e monitorar o processo, para que não surjam, de forma inesperada, saldos insuficientes ou excessivos. Um modelo de elaboração de necessidades de caixa é recomendado pelos autores conforme figura 6. Figura 6 - Modelo geral de elaboração da projeção de necessidades de caixa. Fonte: adaptado de ASSAF NETO, LIMA, 2009, p.668.

26 24 É sugerido que se reduza com divisões menores de tempo em caso de incerteza ou dificuldade de a empresa conseguir identificar seus fluxos financeiros e compreender o comportamento da economia, o que facilita a projeção e diminui o risco de falhas no controle Ciclo Operacional Para Gitman (2010, p.549), o ciclo operacional (CO) de uma empresa é o período de tempo que vai do começo do processo de produção até o recebimento de caixa resultante da venda do produto acabado. Lemes, Rigo e Cherobim (2010) confirmam que o ciclo operacional é uma estrutura que infere o processo constante de valores do caixa para os estoques e dos estoques retornando para o caixa, quase sempre representados por duplicatas a receber ou recebimento de vendas à vista. Sendo assim, o ciclo operacional pode ser interpretado como a somatória da idade média do estoque (IME) e o período médio da cobrança (PMC), no qual se incluem todos os processos operacionais da empresa. A figura 7 exemplifica o cálculo feito para se obter e conhecer os valores. Figura 7 Ciclo operacional Fonte: elaborado pelo autor, Onde IME= Idade Média do Estoque PMC= Período Médio de Cobrança Ciclo Econômico Assaf Neto e Lima (2011) explicam que o ciclo econômico envolve toda a base de produção da empresa, como estocagem de matérias-primas, fabricação e

27 25 venda. O ciclo econômico é todo período entre as entradas de matérias-primas adquiridas e a venda do produto final, não levando em consideração o recebimento das vendas a prazo. A seguinte fórmula exemplifica esse ciclo. Ciclo Econômico = PME + PMF + PMV Onde PME= Prazo Médio de Estoque PMF= Prazo Médio Fabricação PMV= Prazo Médio de Vendas A figura 8 ilustra a integração dos ciclos, demonstrando o período a que pertence cada um e suas funções em todo o processo administrativo da empresa. Figura 8 Integração dos ciclos Fonte: Adaptado de administracaocomentada.wordpress.com Os ciclos operacional, financeiro e econômico são grandes ferramentas para o administrador, pois, através desse conhecimento, é possível projetar o caixa e planejar o futuro financeiro da empresa. Para obter resultados positivos, é preciso

28 26 relacionar esses ciclos de uma forma associada e uniforme, assim é primordial tornar ágil o giro de estoque bem como o recebimento das vendas, assim os ciclos se reduzem e se tornam positivos para a empresa, não sacrificando o seu financeiro e obtendo recursos para auxiliar uma boa administração. 2.4 Administração de Estoques Assaf Neto e Lima (2011, p.705) afirmam que o estoque de uma empresa é considerado um investimento em razão de exigir uma imobilização de capital que poderia estar aplicado em alguma alternativa. Para Gitman (2010) o objetivo principal da administração de estoques é girálos o mais rápido possível, sem causar perda de vendas decorrente de faltas. Ele afirma que o administrador financeiro tende a agir como assessor, pois não tem controle direto sobre os estoques, apenas fornece dados ao processo e procura mantê-lo baixo para garantir que o dinheiro da empresa não seja desnecessariamente investido em recursos excessivos. Assaf Neto e Lima (2011) relatam que o montante de estoques é influenciado pelo procedimento e quantidade previstos pela produção e vendas e pelos investimentos exigidos, ou seja, sempre é considerado o volume da demanda e, o nível dos estoques deve acompanhar a projeção das necessidades. Os autores indicam ainda os quatro principais tipos de estoques: as mercadorias e produtos acabados, que são todos os produtos obtidos através de fornecedores ou fabricados pela própria empresa, os quais estarão disponíveis para vendas, levando-se em consideração a demanda pela previsão das vendas; a perecibilidade e a obsolescência, a economia de escala e também a atenção aos investimentos necessários. Os estoques de produtos em elaboração são os produtos não finalizados, estão incluídas as matérias-primas e os custos diretos ou indiretos equivalentes ao processo de produção em que se encontram. As matérias-primas e as embalagens são produtos adquiridos para agregar no produto acabado e serem repassados aos clientes, seja para o processo de formação e produção ou acondicionamento. Nos materiais de consumo ou almoxarifados estão incluídos os produtos para consumo industrial e produção, materiais de consumo para os setores administrativos e escritórios, materiais de propaganda etc.

29 27 Lemes, Rigo e Cherobim (2010) confirmam que os estoques resultam em ativos circulantes de menor liquidez e, por isso, são elementos de grande importância para as empresas, pois os valores aplicados são altos em relação aos outros ativos circulantes. Afirmam também que o controle de estoque é de responsabilidade dos setores administrativos como compras e logística, e, por sofrer influência de outras áreas, seu manejo se torna complexo na definição dos planos de estocagem. Assim, a administração de estoques deve estar atenta a quando comprar, estudar a quantidade a ser adquirida e também estabelecer um grau de importância dos produtos comercializados para facilitar o acompanhamento nas entradas e saídas. Lemes, Rigo e Cherobim (2010) relatam que há muitos anos são feitos estudos para aperfeiçoar a manutenção de estoques, pois foi sendo observada a carência em recursos financeiros enquanto se investia bastante em estoques, a partir disso, vários modelos e sistemas de operacionalização foram desenvolvidos para reduzir os investimentos nesses ativos. Assim, a manutenção de estoques é dividida em três tipos: estoques operacionais, funcionais ou mínimos, estoques de segurança e estoques especulativos. Os estoques operacionais, funcionais ou mínimos são aqueles que asseguram a produção, estando adequados aos fluxos, à capacidade de produção, à demanda, e à expectativa de vendas. Os estoques de segurança representam a quantidade necessária e definida de produtos para suprir imprevistos no fornecimento, produção e vendas, para não comprometer o processo operacional e comercial da empresa. Os estoques especulativos atuam para uma tentativa de controle das variações de preços no mercado, em que se podem beneficiar financeiramente ou reduzir prejuízos devido a essas transformações, estudando seu custo-benefício e considerando uma duração reduzida. Lemes, Rigo e Cherobim (2010) explicam que a administração de estoques deve estabelecer o nível ideal de estoque para cada produto, concentrando na flexibilidade operacional e nos custos para manutenção dos estoques. Os custos para manter os estoques estão relacionados ao investimento aplicado, à armazenagem, à transferência, aos impostos e seguros, às perdas, aos controles e à obsolescência. Os custos de compras ou reposição estão diretamente inseridos na

30 28 definição de estoques e são influenciados pela pesquisa de preços, comunicações, negociações, emissão das ordens de compras, recebimento dos produtos comprados e devoluções. Os custos de faltas devem ser evitados ao máximo, planejando estratégias e desenvolvendo métodos que auxiliem a reposição no tempo necessário e determine o nível de estoque ideal para que não traga consequências negativas como atraso na produção e entregas, perda no poder de negociação devido à emergência, perda de venda para concorrente etc. Lemes, Rigo e Cherobim (2010), constatam que todos os processos incluídos nas ações podem-se somar de maneira benéfica à área financeira da empresa quando bem executados. É preciso buscar a forma ideal de reduzir estoques e aumentar o giro de produtos, assim, outro fator importante para administração de estoques é o controle físico que contribui para a estrutura de custos da empresa Investimentos em estoques para reduzir os custos de produção Assaf Neto (2010) afirma que a atratividade de investir em estoques somente é, economicamente, agradável se o custo do investimento marginal for inferior à redução verificada nos custos de maior volume de produção, assim a empresa pode considerar o investimento positivo, contribuindo com o equilíbrio financeiro, o que pode ser considerado compensatório. 2.5 Ferramentas da Gestão Financeira As ferramentas fundamentais no auxílio à gestão financeira podem ser divididas em três pilares, são eles: Contas a Receber Contas a Pagar Fluxo de Caixa (previsto x realizado) Esses pilares formam a estrutura básica para administrar e agregar fatores que contribuem para a elaboração do plano e do controle financeiro.

31 Contas a receber Para Assaf Neto e Lima (2011), o sistema de contas a receber tem grande influência sobre as rentabilidades, pois os investimentos representam uma grande parte de seus ativos circulantes, esses valores podem variar de acordo com o comportamento das vendas e da formulação de uma política de crédito para a empresa. Os fatores que abrangem, representam e explicam esse sistema são as análises dos padrões de crédito, o prazo de concessão de crédito, os descontos financeiros por pagamentos antecipados e a política de cobranças. Figura 9 Fluxos de caixa associado à concessão de crédito É feita uma venda a prazo Cliente envia cheque pelo Correios Empresa deposita cheque no Banco Banco credita à conta da Empresa Fonte: adaptado aptado de Ross, Para Assaf Neto e Lima (2011) a análise dos padrões de crédito é um estudo do risco, ou seja, a empresa elabora seus padrões de crédito, fixando limites e os requisitos mínimos que devem ser preenchidos pelos clientes para autorização do crédito. Dividem-se os clientes em diversos grupos de risco, estabelecendo, assim, categorias que, através de probabilidade, efetuem cálculos de custo de perdas das vendas efetuadas a prazo e que não foram recebidas. Para avaliar o risco de crédito são utilizados diversos critérios e métodos que contribuem para a análise da capacidade de pagamento dos solicitantes de crédito, como o estudo dos cinco fatores, conhecido como os cinco Cs do crédito, que são: Caráter; Capacidade; Capital; Garantias (collateral);

32 30 Condições. O caráter entende-se como um fator moral, que é de natureza, é através dele que e identifica a disposição de o cliente quitar sua dívida de forma correta, nele estão incluídas as características de honestidade, respeito, integridade e consciência em cumprir com as obrigações assumidas. A capacidade mede as condições de o cliente obter recursos para pagar os créditos solicitados, esse estudo é realizado através do histórico, das informações financeiras adquiridas, padrões gerenciais e demonstrativos financeiros etc. O capital funciona equivalente à capacidade, porém é voltado para a interferência dos investimentos da firma cliente, alertando para o seu patrimônio líquido e solidez econômica do devedor. As garantias (collateral) são as formas que os clientes oferecem para assegurar o pagamento do crédito, garantindo melhores chances ao credor de receber todo o valor concedido. As condições englobam todas as influências do comportamento do contexto econômico e a capacidade de pagamento do cliente. Para Assaf Neto e Lima (2011) o prazo de concessão de crédito é o tempo que a empresa disponibiliza ao cliente para que ele quite as contas de créditos concedidos. É comprovado que o ideal seria vendas à vista, pois facilitaria todo o processo e ciclo financeiro da empresa, porém, o prazo pode ser interessante para a empresa se usado como uma estratégia de competição, pois é quando conseguem ocultar as altas taxas de juros e impostos embutidos. Os descontos financeiros por pagamentos antecipados são os abatimentos realizados nos valores das compras efetuadas à vista ou em um pequeno prazo. Funcionam como um método para convencer os devedores a quitar suas dívidas de forma rápida, diminuindo assim suas necessidades de caixa, o prazo médio de cobrança e o custo de capital, o que pode determinar a antecipação pelo incentivo oferecido e reduzir a probabilidade da inadimplência. A política de cobranças define os critérios e métodos disponíveis para aplicação de cobranças em uma empresa, almejando receber os valores corretos nas datas previstas no ato da compra. Segundo Lemes, Rigo e Cherobim (2010, p.404), cobrança é o ato de concretização do recebimento de valores representativos de vendas, à vista ou a

33 31 prazo, de forma oportuna. Cobrar é tão importante quanto vender, pois o ciclo operacional só se completa quando o valor da venda é recebido Custo do crédito Lemes, Rigo e Cherobim (2010) explicam que, ao conceder crédito a prazo ao cliente, a empresa está impulsionando as vendas e garantindo certa satisfação pelo período disponibilizado para adquirir recursos e quitar a dívida. Essa ferramenta pode cativar e assegurar os clientes, porém, devem ser feitos um estudo e um planejamento sobre os custos gerados por essa concessão e conhecer quais os riscos e retornos que esse serviço influencia no ciclo financeiro da empresa. A venda a prazo submete ao aumento em investimentos de recursos aplicados no ativo circulante, assegurando a capacidade financeira e mantendo o caixa suficiente para liquidar as contas até que se recebam parcialmente os valores negociados, observando para que o número de devedores incobráveis não gere mais custos inesperados à empresa Principais despesas na concessão de crédito Assaf Neto (2010) menciona as principais despesas ocorridas no processo de definição de uma política geral de crédito, em que se deve preocupar com o controle interno, como custos e despesas referentes ao crédito e investimentos em valores a receber. Essas medidas para redução e controle requerem planejamento financeiro para conhecer todos os valores e determinar bases, preparando-se para atuar contra os riscos e criando condições de manter seu ciclo operacional. As principais despesas a se considerar, além de conhecer sua influência em custos de concessão de créditos, são classificadas em quatro medidas importantes que formam os fatores a serem estudados para o melhor controle financeiro. As despesas com devedores duvidosos envolvem um número definido pela empresa de clientes que no futuro não deverão pagar os créditos recebidos. A definição desses números baseia-se em estudos e análises técnicas obtidas através de experiência no mercado consumidor

34 32 e no grau de aversão ao risco. A empresa deverá também definir o grau máximo de risco a assumir, ou seja, estipular através dos métodos descritos um limite percentual que considere aceitável a fim de que não a prejudique financeiramente. Os administradores devem levar em consideração as variações que podem ocorrer devido aos comportamentos nas despesas, pois podem ocorrer mudanças comportamentais mais rigorosas ou liberais. As despesas gerais de crédito são aquelas geradas pelo fato de a empresa vender a prazo, assim, ocorrem-se gastos no processo de análise de créditos, manutenção no departamento com despesas materiais, pessoais, serviços de informações etc. Despesa de cobranças refere-se aos gastos gerais de cobrança adotada pela empresa, como ações judiciais e taxas cobradas pelo banco pela execução dos serviços, ou seja, são os custos decorrentes de cobranças. O custo do investimento marginal em valores a receber é o retorno mínimo que a empresa impõe para manter o serviço e o investimento. Ele será diretamente comparado aos resultados obtidos, o que, através de números, irá avaliar se a implementação da política de crédito é benéfica ou traz resultados negativos, o que levará à rejeição do modelo Influência de uma política de crédito sobre as medidas financeiras Assaf Neto (2010) explica que, quando uma nova medida financeira, através de política de crédito, traz importantes influências sobre variáveis financeiras de controle interno, pode haver alterações de condições de créditos, conforme ilustra a figura a seguir Figura 10 Medidas Financeiras e política geral de crédito. Fonte: Assaf Neto, 2010 p.607.

35 33 Para Assaf Neto e Lima (2011) a empresa pode, em um determinado período, reduzir as normas usuais de crédito impostas para clientes de maior risco, aumentando assim a expectativa de elevação no volume de vendas. Essa estratégia pode também gerar consequências no que se refere ao ciclo financeiro, pois, mesmo com o aspecto positivo de ampliar as vendas, uma necessidade maior de investimentos em contas a receber, elevação do prazo médio de cobrança, crescimento nas despesas gerais de crédito e na provisão para devedores duvidosos poderão surgir simultaneamente. Quando ocorre uma situação inversa de restrição de padrões, criando maiores dificuldades na liberação de créditos, as despesas e o custo devem diminuir, porém, as vendas deve sofrer um declínio, o que pode comprometer o equilíbrio financeiro entre as contas. Para que se tenha uma real percepção dos efeitos da decisão tomada, é preciso calcular a intensidade da variação das medidas financeiras, efetuar as projeções para identificar as condições de confrontar a taxa de retorno marginal com a taxa básica exigida pela empresa. Ao disponibilizar maiores valores percentuais de descontos financeiros, naturalmente aguarda um aumento no volume de vendas em função do custo para o cliente ser reduzido e uma diminuição das despesas gerais de crédito e no volume de títulos a receber em carteira. Essa tática de crédito deve ser estudada com cautela, pois depende dos resultados dos benefícios serem apurados como positivos ou negativos, e para conseguir um bom resultado é preciso uma avaliação antecipada de estratégia para uma projeção do retorno marginal apurado. Maior liberalidade nas políticas de cobrança pode proporcionar elevações nos valores das medidas financeiras consideradas. Ao contrário, com maior rigidez nos procedimentos de cobrança, são esperadas retrações nos volumes de vendas, nos níveis das despesas gerais de crédito e nos investimentos circulantes. (ASSAF NETO, 2010, p. 608) Prazo médio de recebimento Para Ross, Westerfield e Jaffe (2010, p.646), o prazo médio de recebimento (PMR) mede o tempo médio necessário para receber as contas devidas.

36 34 Para realizar o cálculo do PMR, pode-se usar o valor percentual que cada conta representa sobre o total e, a partir disso, utilizar a fórmula da média aritmética ponderada. Figura 11 Média Aritmética Ponderada Fonte: Oliveira, 2012, p.97 Quando apurado o prazo médio de recebimento, esse resultado apresenta à empresa, em média, o tempo em que seus clientes pagam suas contas. Esse prazo torna fácil perceber se está ocorrendo algum problema com as contas a receber de modo geral, alertando a empresa sobre os motivos. É preciso também definir a idade das contas a receber, considerando o prazo ideal para, após isso, identificar os fatores que geram o atraso no recebimento e o aumento no prazo de recebimento, sempre mantendo o valor equilibrado para que não ocorra um descontrole que gere um atraso no recebimento e haja necessidade de aumentar o investimento em contas a receber de maneira imprevista. Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2010), as empresas com vendas sazonais devem manter um histórico para futuras comparações entre mesmas épocas em diferentes períodos, ou seja, devido às grandes variações no volume de vendas o PMR sofre alterações durante todo o ano, o que torna mais complicado essa avaliação, mas tornar-se-á fácil se comparado a uma mesma época de períodos anteriores Medidas de controle Assaf Neto e Lima (2011) argumentam que a administração financeira da empresa deve se preocupar em manter uma boa sequência de controle sobre o seu desempenho na liberação e recebimento de contas a receber, sempre considerando sua política de crédito ideal, tomando medidas como apurar o nível de atraso com

37 35 que os clientes pagam suas contas, analisar a pontualidade com que saldam seus compromissos e identificar as razões de variações na carteira de valores a receber Aging Assaf Neto (2010, p.617) argumenta que o aging é uma medida de estudo cronológico dos valores a receber mantidos por uma empresa. Essa medida busca demonstrar as proporções das duplicatas a receber em relação aos seus vencimentos, conhecendo assim as quantidades que se encontram vencidas e a vencer, auxiliando no controle do recebimento. Os estudos desses valores podem facilitar o monitoramento das contas a receber, como esclarecer algumas dúvidas em relação a variações que venham a ocorrer em seus resultados e identificar as mudanças na rotina do recebimento das duplicatas. Porém, o aging trabalha com proporções, por isso não se consegue aprofundar no estudo e fornecer maiores detalhes em relação a alterações no volume de vendas. Sua principal contribuição é indicar o tempo e o período em que as duplicatas a receber se encontram como realizáveis no processo Dias de venda a receber (DVR) Assaf Neto e Lima (2011) citam que o DVR é uma medida de controle que permite, pela relação entre os valores a receber e as vendas médias diárias, apurar o número médio de dias necessários para realizar, financeiramente, as vendas a prazo. Figura 12 Fórmula DVR Fonte: adaptado Assaf Neto e Lima 2011, p. 692.

38 36 O resultado do cálculo indica em média o número de dias das vendas realizadas no último período que ainda não foram recebidos, ou seja, o valor das duplicatas a receber é equivalente ao número de dias encontrado das vendas anuais da empresa. Assaf Neto (2010) afirma que o DVR auxilia também na determinação aproximada do investimento em valores a receber, caso quaisquer modificações ocorram, ou se alterem as necessidades de investimentos em contas a receber, modificando todo o plano do período e influenciando em uma maior ou menor pressão sobre o fluxo de caixa da empresa Contas a pagar Silva (2006) afirma que as principais funções da gestão de contas a pagar é não pagar nenhuma conta antes do seu vencimento, buscar alternativas para conseguir melhores condições de prazo com seus fornecedores, compensações entre prazos e descontos e também ter perspectivas sobre as possibilidades de renegociar contratos de longo prazo. No caso de a empresa obter uma margem de lucro maior que os custos financeiros de mercado e se esses custos forem maiores que o financiamento de fornecedores, o melhor a se fazer é ampliar os prazos das contas a pagar o máximo possível, para aumentar sua capacidade de caixa realizando investimentos de acordo com seu planejamento, como em estoques e contas a receber, ou atingir um volume maior de vendas. As principais funções de contas a pagar são: Fixar políticas de pagamentos Controlar adiantamentos a fornecedores Controlar abatimento e devoluções de mercadorias Controlar e liberar pagamentos a fornecedores Gitman (2010) relata que as compras a prazo de fornecedores que geram duplicatas a pagar são predominantes nos recursos de financiamentos obtidos pela empresa, o que provoca um volume maior de capital investido.

39 37 Segundo Silva (2006, p.281), o prazo médio de pagamento das compras (PMPC) indica quantos dias, em média, a empresa demora a pagar seus fornecedores, conforme ilustra a fórmula a seguir: O cálculo para obter o PMPF ocorre através da média aritmética ponderada, utilizando as representações percentuais de cada conta sobre o total devido, assim como ocorre no PMR. Figura 13 Média Aritmética Ponderada Fonte: Oliveira, 2012, p.97 Silva (2006) afirma que esse cálculo é de fácil resolução, principalmente nas empresas comerciais, pois todos os dados são bem acessíveis e de clara compreensão. Apesar de simples, é de grande importância para a administração de contas a pagar, porque consegue grandes informações de como avaliar o prazo médio de recebimento e como se esforçar para reduzi-lo e aumentar o máximo possível seu prazo de pagamento. O custo da mercadoria vendida é o preço pago pelo produto, incluindo todas as despesas que a empresa teve para obter o produto a ser vendido até o momento em que a disponibilizou para vendas, como as despesas para manter o estoque e os custos que envolvem as compras. A seguir a fórmula do CMV: CMV= EI + C EF Através desta formula é possível encontrar também o cálculo das compras, que equivalem ao custo da mercadoria vendida mais a variação dos estoques, o que é adquirido através do estoque final menos o estoque inicial: C= CMV + EF EI

40 38 Onde CMV = Custo da mercadoria vendida EI = Estoque Inicial C= Compras EF= Estoque Final Longenecker, Moore, Pety e Palich(1998) dizem que o gerenciamento de contas a pagar está inserido na negociação e na administração de prazos, ou seja, está diretamente relacionado com o fluxo de caixa. Quando se considera contas a pagar a prazo, a empresa que está comprando pode manter em caixa uma quantidade de dinheiro similar ao do capital. No entanto, o pagamento pode ser efetuado de várias formas, inclusive ser renegociado, e, após realizar o pagamento, a quantia de dinheiro é reduzida. Todo negócio está sujeito a imprevistos e situações de emergência, podendo ser necessário o adiamento ou requisitar dos fornecedores um maior prazo para o pagamento das obrigações. Quando bem negociado, é de costume que as partes interessadas entrem em acordo, pois é de interesse de ambos a continuidade no serviço e o bom relacionamento para futuros negócios. Quando se compra a prazo a empresa está usando os créditos fornecidos pelo fornecedor para custear as necessidades dos fundos de curto prazo, assim, quanto maior esse prazo para utilizar os recursos de terceiros, melhor será para a empresa. Para conseguir a melhor opção de ampliar seu prazo, a empresa tem que estudar as condições e decidir por aquela que trará maior vantagem financeira Fluxo de Caixa Conceito SÁ (2012) caracteriza o fluxo de caixa como a compreensão do processo de formação de liquidez na empresa, ou seja, é um instrumento que estuda as atividades do caixa, ficando atento às suas movimentações, pois a geração de caixa é mais importante que a geração de lucro, já que a sua falta pode levar a empresa à falência.

41 39 Silva (2006) afirma que o fluxo de caixa é uma representação gráfica e cronológica de entradas e saídas de recursos, que auxilia a empresa a realizar seu planejamento financeiro e operacional, sempre projetado para um período definido. Por isso, trata-se da principal ferramenta da gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos, considerando o tempo estipulado. De maneira ampla, o fluxo de caixa é um processo pelo qual uma empresa gera e aplica seus recursos de caixa determinado pelas várias atividades desenvolvidas. Neste enfoque, ainda, o fluxo de caixa focaliza a empresa como um todo, tratando das mais diversas entradas e saídas (movimentações financeiras) de caixa por seus negócios. (ASSAF NETO E SILVA, 1997, p.38) Figura 14 Objetivos do fluxo de caixa Fonte: CEPAM Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal, A partir da elaboração do fluxo de caixa é possível conferir eventuais sobras e faltas de caixa, o que colabora para o planejamento e a execução de medidas para controlar todas as situações que venham ocorrer. O caixa tem valores positivos quando tem disponíveis recursos para aplicação, o que gera força econômica, já a incapacidade de saudar com seus compromissos causa um investimento em capital de terceiros, provocando despesas com juros e reduzindo seus resultados financeiros.

42 40 Para Assaf Neto e Silva (2002), o fluxo de caixa é uma ferramenta que relaciona os ingressos e saídas de recursos financeiros em um determinado período de tempo em uma empresa. Figura 15 - Principais ingressos e desembolsos do fluxo de caixa. Fonte: adaptado de Silva, 2006, p.23 Para Silva (2006, p.13), o fluxo de caixa é um instrumento gerencial, que permite apoiar o processo decisório da empresa, de modo que ela alcance os resultados estabelecidos. Matias (2007) afirma que o fluxo de caixa permite o gerente financeiro administrar a intensidade de liquidez, controlando o crescimento na relação entre o médio e o longo prazo, e, através deste estudo, conhecer a necessidade de recursos que o levará a buscar capital ou sobras que podem ser aplicadas.

43 41 Figura 16 - Esquema do fluxo de caixa ESQUEMA DO FLUXO DE CAIXA Fonte: adaptado de Gitman (2010) explica que, devido à sua alta liquidez, os títulos negociáveis são considerados como caixa e assim esses representam uma reserva de liquidez, que aumentam com entradas de caixa e reduzem com saídas de caixa. O autor divide os fluxos de caixa em três tipos: fluxos operacionais que são entradas e saídas de caixa relacionadas à venda e produção; fluxos de investimentos que constituem os fluxos de caixa associados à compra e venda de ativo imobilizado; fluxos de financiamentos que representam a busca por recursos necessários para aumentar a capacidade e o potencial de negócios da empresa. Segundo Silva (2006), para uma boa elaboração do fluxo de caixa é necessário o comprometimento não só do administrador financeiro, mas de todos os departamentos da empresa como vendas, compras, recursos humanos, estoque,

44 42 cobrança e outros para que possa alcançar números verídicos que define a real situação econômica da empresa. Os responsáveis pelos setores devem estar conscientes da seriedade e responsabilidade dos dados que estão transmitindo para que as oscilações sejam mínimas e não prejudiquem as projeções futuras da empresa. O quadro 1 demonstra a elaboração de um fluxo de caixa mensal. Quadro 1 Exemplo simples fluxo de caixa Demonstração dos fluxos de caixa DFC Ano ATIVIDADES OPERACIONAIS Vendas ,00 (+) Duplicatas a receber (inicial) 3.248,00 (-) Duplicatas a receber (final) (9.732,00) (=) Recebido de Clientes (a) ,00 Custo da mercadoria vendida ,00 (+) Estoque (final) 4.223,00 (-) Estoque (inicial) (1.348,00) (=) Compras ,00 (+) Fornecedores (inicial) 701,00 (-) Fornecedores (final) (2.211,00) (=) Pagamentos a fornecedores (b) ,00 Despesas de Salários e encargos 4.573,00 (+) Despesas Gerais 1.625,00 (+) Salários e encargos sociais (inicial) 246,00 (-) Salários e encargos sociais (final) (787,00) (+) Contas a pagar inicial 70,00 (-) Contas a pagar final (221,00) (=) Pagamento de Despesas (C) 5.506,00 * Caixa líquido das atividades operacionais (d) = (a - b -c) 50,00 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO * Compra de imobilizado (2.600,00) * Caixa líquido das atividades de investimento (e) (2.600,00) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO * Aumento de Capital 1.000,00 * Financiamentos de longo prazo 1.500,00 * Caixa líquido das atividades de financiamento (f) 2.500,00 VARIAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES (g) = d + e + f (50,00) * Valor inicial das disponibilidades (h) 207,00 * Valor final das disponibilidades (i) = g + h 157,00 Fonte: adaptado Silva 2006, pag Projetado x Realizado Silva (2006) menciona que o planejamento e a elaboração do fluxo de caixa é formular uma previsão ou projeção de caixa que pretende durante um período, e, após esse tempo, se faz uma comparação entre o pretendido e o realizado, em que a empresa busca uma análise sobre o resultado final. Assim, o fluxo de caixa se

45 43 divide em dois grupos, o primeiro é o fluxo de caixa projetado e o segundo, o fluxo de caixa realizado. Para Moreira (2002), a função do fluxo de caixa projetado é fornecer informações para avaliação das metas operacionais da empresa. Segundo Sá (2006), o objetivo de se projetar o fluxo de caixa é servir de base para um planejamento financeiro que auxilie na administração de excessos ou escassez de caixa previsto no período mencionado, ou seja, ser a integração das contas a receber e das contas a pagar. A partir dessa projeção de caixa, é possível identificar a necessidade ou sobra de caixa e prever as datas que ocorrerão os fatos, estimando o tempo e fatores, e realizando um planejamento financeiro de curto prazo eficaz. Assaf Neto e Lima (2009) explicam que o caixa projetado informa a empresa sobre futuros acontecimentos, permitindo que ela se prepare buscando recursos, avaliando investimentos e programando as aplicações de excedentes de caixa. Silva (2006) lembra que análise do fluxo de caixa auxiliará no entendimento da proveniência e do uso do dinheiro na empresa e poderá levar a medidas administrativas de correção de rota no gerenciamento dos negócios da empresa. O Fluxo de caixa operacional é uma medida muito conveniente para o analista, porque contempla as mudanças que as alterações na política de vendas ou no gerenciamento do ciclo financeiro provocarão na posição de caixa da empresa. (Vieira, 2008, p. 184) Silva (2006) ressalta que é preciso usar o fluxo efetivo para atualizar as projeções de fluxo de caixa, ajustando as premissas e todos os fatores de mercado, aproximando ao máximo do resultado financeiro efetivo e evitando colher dados com falhas que prejudicarão a elaboração da sua estrutura. O autor indica também que, muitas vezes, essas falhas ocorrem por falta de uma boa administração em todos os setores da empresa, uma vez que um erro pode comprometer todo o resultado, e também podem ser afetados por fatores externos, como fatos imprevistos ou que não permitam reações. Marion (2002) relata que a definição do fluxo de caixa realizado são as movimentações que ocorreram de fato nas operações da empresa, indicando, assim, as falhas ocorridas no processo de projeções e ajudando a aperfeiçoar os futuros planejamentos.

46 44 Sá (2012) afirma que o fluxo de caixa realizado apresenta como foi o comportamento do fluxo de caixa no período anterior, levando-se em consideração as contas, subcontas, clientes e fornecedores, indicando quais fatores contribuíram ou não para o bom desempenho e para a projeção esperada. A figura 17 demonstra um modelo de fluxo de caixa mensal através do método direto para a comparação entre o projetado e o realizado. Figura 17 - Fluxo de caixa mensal ATIVIDADES PERIODOS Janeiro... Total 1. ENTRADAS P R D P R D P R D Vendas à Vista Cobranças em Carteira Cobranças em Bancos Descontos de Duplicatas Aluguéis Aumento de Capital Social Vendas de Ativo Permanente Receitas Financeiras Outros Tipos de Receitas TOTAL DE ENTRADAS 2. SAIDAS Fornecedores Salários Luz Telefone Compras à Vista Manutenção Despesas Administrativas Despesas com Vendas Despesas Financeiras Impostos Compras de Ativo Permanente Outros Tipos de Despesas TOTAL DE SAÍDAS 3. ENTRADAS - SAIDA (1-2) 4. SALDO INICIAL DE CAIXA 5. DISPONOBILIDADE (3 + 4) 6. EMPRESTIMOS A CAPTAR 7. APLICAÇÕES FINANCEIRAS 8. AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS 9. SALDO FINAL Fonte: adaptado Silva 2006, pag.75.

47 Análise do fluxo de caixa Silva (2006) diz que a análise do fluxo de caixa deve possibilitar a identificação dos fatores que influenciaram a vida financeira da empresa. Para isso, ele divide a análise em três etapas principais. A primeira etapa é sobre a parte operacional, direcionada a contas a pagar a fornecedores e contas a receber de clientes; a segunda etapa é estratégica, relacionada à busca de recursos e investimentos; a terceira etapa refere-se à tática, que dimensiona e avalia o volume e o montante de entradas e saídas no período. Silva (2006) afirma que, para uma boa análise, o administrador financeiro deve estar atento a todos os aspectos relevantes para que se evitem surpresas negativas. Não é suficiente apenas uma elaboração de fluxo de caixa eficaz, é necessário saber interpretar os dados, acompanhar, controlar e revisar o processo e avaliar os resultados. O acompanhamento do fluxo de caixa exige uma análise do desempenho no período, para conhecer as diferenças encontradas entre o que foi projetado e o que foi realizado e contribuir para que os erros não se repitam nos planejamentos das futuras projeções. A análise inclui também um controle rigoroso durante o período para que o realizado confirme o projetado, sempre revisando e atualizando os dados em conjunto com os responsáveis por outros departamentos da empresa. Para controlar é preciso examinar diariamente a movimentação bancária, conferir o boletim diário de caixa e bancos, monitorar recebimentos e pagamentos, assim como os investimentos e financiamentos. Para que o fluxo de caixa se torne uma grande ferramenta com uma importância fundamental para a administração da empresa é preciso que ele esteja sempre revisado e atualizado para que auxilie em todas as projeções, passe um suporte aos outros departamentos, mantenha controlado o caixa, e, caso necessite captar recursos, tenha tempo suficiente para avaliar e levantar custos financeiros que satisfaçam seu planejamento de caixa.

48 46 3 METODOLOGIA Segundo Acevedo e Nohara (2006), o método de pesquisa significa atingir os objetivos da pesquisa à medida que se define algumas regras, ou seja, ele justifica a criação e o desenvolvimento da pesquisa. Roesch (1999) afirma que o estudo em estágio é o interesse em relacionar a teoria com a prática, adaptar e desenvolver os modelos discutidos no curso considerando a experiência na prática concreta. O estudo é a oportunidade para assimilar e modificar o modelo praticado nas organizações, assim é necessário colher e avaliar os dados da empresa de forma eficaz para conseguir resultado satisfatório. Roesch (2007) divide a elaboração do projeto em duas perspectivas, sendo quantitativa na avaliação de resultados, como métodos estatísticos, comparações em números, análises de pesquisas descritivas e exploratórias, e qualitativas na avaliação formativa, como estudo de caso, pesquisas de ação e entrevistas. Este trabalho adotou técnicas de pesquisas de forma quantitativa, pois, utilizaram-se métodos estatísticos, levantaram-se dados numéricos, analisaram-se e compararam-se os resultados. 3.1 Quanto aos Fins Este trabalho apresentou uma investigação exploratória na pesquisa quanto aos fins, pois atuou em uma área em que ainda os conhecimentos são complexos e pouco sistematizados. Vergara (2010) explica que a pesquisa exploratória possibilita ao pesquisador examinar as coletas de dados para a solução do problema, assim, facilita a identificar as falhas na origem do problema e buscar uma rápida solução, sendo então uma pesquisa de caráter aplicado, que, através de especulação, motiva o pesquisador a obter a resolução do problema. 3.2 Quanto aos Meios Conforme Vergara (2010), este trabalho apresentou como forma de pesquisa o estudo de caso e quanto aos meios de investigação uma forma documental, pois

49 47 foram utilizados documentos, relatórios, registros, balanços e demonstrações financeiras, livros de caixa e registros no software da empresa dentre outros para coleta de dados relevantes ao desenvolvimento da pesquisa. Também foi de caráter participante, pois, conforme Roesch (2007), o pesquisador participa de todo o processo interior da empresa, sempre observando e interpretando os fatos e tendo total liberdade de acesso aos dados necessários para a realização da pesquisa. 3.3 Coletas de Dados Para Roesch (2007), na pesquisa de caráter quantitativo, existem várias técnicas de coleta de dados, sendo entrevistas, questionários e testes criados pelo pesquisador e também os dados existentes como arquivos, dados bancários, índices e relatórios que são denominados secundários, pois já existiam, e foi necessário somente colher e avaliar os dados. No trabalho foram utilizados dados secundários, buscando arquivos já existentes na empresa com o objetivo de integrar o processo administrativo financeiro, organizar todos os fatores de forma ordenada, para, através de índices e demonstrações estatísticas, fornecer informações relevantes para a empresa. De acordo com Vergara (2010), deve-se conhecer os instrumentos utilizados na coleta de dados para obter os dados de pesquisa e o resultado final. A principal ferramenta, com maior dados acumulados, utilizada para a levantamento de dados e realização da pesquisa foi o software da empresa, onde continha dados de grande importância, porém desordenados. Os dados utilizados contribuíram para o controle e organização do trabalho, desenvolvendo métodos práticos e simples para estabelecer melhorias e aperfeiçoando o processo financeiro da empresa. Favoreceu, também, na criação de novas ferramentas para aumentar o controle de vários fatores e setores da empresa e também nos planejamentos e projeções financeiras.

50 Instrumentos de Coleta de Dados A coleta de dados foi realizada através de arquivos e dados contidos na empresa assim como no software, que fornece as principais informações de compras, vendas e custos para elaboração do estudo financeiro, foram consideradas todas as movimentações financeiras de noventa dias, a partir da data 01/04/2013. A pesquisa foi baseada em três aspectos considerados primordiais, que são a elaboração do fluxo de caixa, o estudo de contas a pagar e de contas a receber, e, a partir deles, foram formulados cálculos e análises de fatores baseados em seus resultados. Através do fluxo de caixa pôde-se elaborar um caixa previsto para os próximos meses, criar uma análise horizontal por conta, comparando seus valores mensais, e também fornecer um estudo da geração de caixa, que representam as sobras. As contas a pagar e a receber proporcionaram o cálculo do PMP (prazo médio de pagamento) e também do PMR (prazo médio de recebimento), o que contribuiu para conhecer o equilíbrio de suas contas. O estudo de estoque possibilitou calcular o PME (prazo médio de estoque), que consequentemente forneceu os ciclos financeiros e a NCG (necessidade de capital de giro) da empresa. O uso desses instrumentos foi suficiente para a elaboração de ferramentas de controle que servira de base para o estudo financeiro da empresa, que necessita de um aprofundamento em suas contas e um acompanhamento detalhado por período.

51 49 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 4.1 Fluxo de Caixa O quadro 2 apresenta o fluxo de caixa da empresa no período, com todas as contas sendo detalhadas por cada mês. Ao elaborar a tabela, não foram constatadas muitas dificuldades na coleta de dados, pois muitos deles estavam incluídos no sistema e também a empresa já os mantinha gravados em arquivos. O que se fez foi agrupar e organizar melhor esses dados de forma que auxiliem no controle financeiro. Quadro 2 Fluxo de caixa Atividades Período % Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 1. ENTRADAS Vendas a Vista R$ ,76 R$ 4.369,82 R$ 8.841,57 R$ ,38 R$ ,94 R$ 5.724,73 6,64% Vendas a Prazo R$ ,79 R$ ,50 R$ ,85 R$ ,67 R$ ,63 R$ ,36 93,36% Total de entradas R$ ,55 R$ ,32 R$ ,42 R$ ,05 R$ ,57 R$ ,10 100,00% 2. SAÍDAS Fornecedores -R$ ,17 -R$ ,27 -R$ ,95 -R$ ,42 -R$ ,00 -R$ ,78 71,14% Salários -R$ 2.829,76 -R$ 2.829,76 -R$ 2.829,76 -R$ 2.829,76 -R$ 2.829,76 -R$ 2.829,76 3,61% Comissões -R$ 6.138,91 -R$ 7.871,38 -R$ 4.390,97 -R$ 2.898,62 -R$ 8.141,68 -R$ ,50 8,53% Luz -R$ 152,09 -R$ 161,30 -R$ 114,83 -R$ 105,09 -R$ 126,53 -R$ 124,34 0,17% Telefone -R$ 104,10 -R$ 101,10 -R$ 72,02 -R$ 71,80 -R$ 59,13 -R$ 115,16 0,11% Água -R$ 13,17 -R$ 10,35 -R$ 9,16 -R$ 11,14 -R$ 11,85 -R$ 16,74 0,02% Manutenção -R$ 58,00 -R$ 564,00 -R$ 220,00 -R$ 172,00 -R$ 228,00 -R$ 1.386,26 0,56% Despesas administrativas -R$ 1.340,34 -R$ 1.061,30 -R$ 1.033,65 -R$ 1.355,52 -R$ 1.193,65 -R$ 1.470,63 1,59% Despesas com vendas -R$ 964,02 -R$ 546,79 -R$ 1.488,63 -R$ 771,42 -R$ 1.209,18 -R$ 1.738,69 1,43% Despesas Financeiras -R$ 1.786,11 -R$ 1.780,91 -R$ 1.808,13 -R$ 1.874,97 -R$ 1.708,11 -R$ 2.259,22 2,39% Impostos -R$ 7.925,73 -R$ 5.253,74 -R$ 9.673,24 -R$ 9.493,00 -R$ 8.678,41 -R$ 8.166,24 10,46% Total de saídas -R$ ,41 -R$ ,90 -R$ ,34 -R$ ,74 -R$ ,30 -R$ ,31 100,00% 3. ENTRADAS - SAÍDAS (1-2) R$ 6.350,14 R$ 3.461,42 R$ 609,09 R$ 1.613,31 R$ 4.753,27 R$ 3.778,79 4. SALDO INICIAL DE CAIXA R$ ,35 R$ ,49 R$ ,92 R$ ,00 R$ ,32 R$ ,59 5. DISPONOBILIDADE (3 + 4) R$ ,49 R$ ,92 R$ ,00 R$ ,32 R$ ,59 R$ ,38 6. SALDO FINAL R$ ,49 R$ ,92 R$ ,00 R$ ,32 R$ ,59 R$ ,38 Fonte: Levantamento do Autor Através do fluxo de caixa podem-se perceber alguns fatores importantes para a saúde financeira da empresa e que muitas vezes não eram percebidos. Ficou explícita a diferença dos valores de recebimento de vendas, sendo as vendas a

52 50 prazo muito superiores aos valores à vista, o que pode ajudar a causar uma necessidade de capital de giro maior, sendo assim, a empresa deve considerar forçar menores prazos aos clientes, oferecendo descontos e promoções. Já em relação às saídas de caixa foram evidenciadas com maiores valores e proporções as contas de fornecedores, comissões aos representantes comerciais e os impostos. Essas contas são difíceis de serem reduzidas, pois são proporcionais às vendas, assim a empresa deve empenhar em conseguir melhores preços e prazos aos seus fornecedores. Entre as despesas internas, a financeira se destaca com um valor superior às demais devido ao aluguel que a empresa paga pelo imóvel onde está instalada. 4.2 Prazos Médios Prazo médio de estoque O prazo médio de estoque da empresa pode ser obtido através da divisão do estoque médio pela custa da mercadoria vendida, multiplicando seu resultado pelos dias úteis do período. PME = Estoque Médio x 122 CMV O custo da mercadoria vendida pode ser encontrado pela seguinte fórmula: CMV = EI + C EF O quadro 3 demonstra o estoque da empresa em valores, separado por estoque inicial, estoque final e a média de estoque no período. Atualmente a empresa encontra certa dificuldade em controlar totalmente seu estoque, e por seu

53 51 sistema ainda estar em fase de desenvolvimento se tornou improvável o cálculo por mês, pois poderia causar distorção de valores e comprometer o restante da pesquisa, assim os valores foram apresentados em total do período. Quadro 3 - Estoque Valores em Estoque no Período Período Estoque inicial Estoque Final Estoque Médio 01/01/2013 a 30/06/2013 R$ ,66 R$ ,58 R$ ,12 Fonte: Levantamento do Autor As compras que a empresa realizou no período foram no valor de R$ ,52. Assim, é possível calcular o valor do CMV: CMV = , , ,58 CMV = ,60 Substituindo na fórmula obtém o valor do PME: PME = ,12 x ,60 PME = 70 dias O prazo médio de estoque é o período médio que a mercadoria permanece na empresa desde a compra até a sua venda, assim quando se conhece esse valor auxilia no processo de compras e estabelece um controle através de estipulação de valores de estoques. Na empresa estudada, os produtos ficam armazenados em média 70 dias, valor esse considerado moderado, pois a empresa trabalha com

54 52 grande diversidade de produtos, o que pode ocasionar uma variância maior de um produto para outro. Porém, mesmo em se tratando de produtos diversificados, esse valor serve de alerta. A empresa, como distribuidora e atacadista, necessita de um giro maior de seu estoque, em muitos produtos, a lucratividade se ganha através de seu giro por ser de baixo valor agregado e também por carecer de capital de giro maior, para suprir o valor e a velocidade das compras. De acordo com o estudo realizado, o estoque girou apenas duas vezes no período, o que fez diminuir o capital de giro da empresa e aumentar a necessidade de obter esse capital através de fontes externas. As fórmulas abaixo demonstram o cálculo e o valor do giro de estoque no período. Giro do Estoque = CMV Estoque Médio Giro do Estoque = ,60 = 1.75 = 2 vezes ,12 Conclui-se que a empresa poderá ter alto valor financeiro em estoque sem necessidade, prejudicando o fluxo de caixa e diminuindo a lucratividade da empresa, dificultando também negociações por preços melhores com seus fornecedores devido ao giro baixo de estoque no período. Outro fator que eleva sua quantidade de estoque é o fato de importar algumas mercadorias, o que obriga a empresa a investir um valor maior em estoque na aquisição desses produtos e também, nas compras de fornecedores nacionais, a exigência de quantidade mínima para conseguir preços ou prazos diferenciados. Como forma de melhorar o prazo estoque sugere-se que a empresa estabeleça um controle por produto ou fornecedor, de forma que se obtenha um histórico individual, agindo sobre as características de cada produto, lançando promoções aos clientes para estimular a venda de todos os itens e,

55 53 principalmente, dos produtos com maior dificuldade de saída, bem como negociando maiores prazos com os fornecedores. Para diminuir o prazo médio de estoque e aumentar o giro é preciso que o setor financeiro trabalhe em total interação com o setor de estoque, conhecendo os históricos dos produtos e comprando mercadorias para manter um estoque suficiente para o período estabelecido, ganhando um maior giro de produtos e capital, assim a empresa irá trabalhar com recursos próprios e evitará financiar seu estoque, aumentando sua lucratividade Prazo médio de recebimento A tabela a seguir demonstra detalhadamente o valor de venda no período por mês e por condição de recebimento, dividindo em quatro grupos de prazos. Para elaborar essa tabela não houve dificuldades, pois o sistema continha todos os valores, inclusive com opção para dividir em prazos de recebimentos. Quadro 4 Vendas no período Valor de Venda dos Produtos no Período À Vista 30 dias 60 dias 90 dias TOTAL Janeiro R$ ,76 R$ ,98 R$ ,81 R$ 3.908,64 R$ ,20 Fevereiro R$ 4.369,82 R$ ,64 R$ ,74 R$ 1.876,04 R$ ,24 Março R$ 8.841,57 R$ ,92 R$ ,28 R$ 5.212,23 R$ ,00 Abril R$ ,38 R$ ,99 R$ ,82 R$ 8.132,60 R$ ,79 Maio R$ ,94 R$ ,29 R$ ,31 R$ 2.574,80 R$ ,34 Junho R$ 5.724,73 R$ ,59 R$ ,95 R$ 2.613,22 R$ ,49 TOTAL R$ ,21 R$ ,41 R$ ,92 R$ ,52 R$ ,07 Fonte: Levantamento do autor, O quadro a seguir demonstra o valor de venda total dos produtos no período por prazo de recebimento, assim como o valor percentual de cada prazo em relação ao valor total das vendas.

56 54 Quadro 5 Valor de venda total por prazo Valor de Venda Total dos Produtos no Período Prazo TOTAL % À Vista R$ ,21 12,01% 30 dias R$ ,41 47,25% 60 dias R$ ,92 35,48% 90 dias R$ ,52 5,26% TOTAL R$ ,07 100,00% Fonte: Levantamento do autor, 2013 Através dos quadros 4 e 5, pode-se realizar o cálculo do prazo médio de pagamento, usando o método da média ponderada. Os quadros foram formulados através de dados diários da empresa e assim foi possível calcular o prazo médio de recebimento através da média aritmética ponderada. PMR = (0 x 0,1201) + (30 x 0,4725) + (60 x 0,3548) + (90 x 0,0526) = 40,20 PMR = 41 dias O quadro 6 demonstra o PMR de todos os meses do período estudado, assim se torna mais uma ferramenta de auxílio no controle do capital da empresa.

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