O DIGITAL e a VIRTUALIZAÇÃO do SABER
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- Vanessa Delgado Penha
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO Centro de Educação a Distância CEAD Curso de Capacitação em Educação a Distância Disciplina: Professores-Tutores: Gestão em EAD Claudete Freire de Arroxellas Patrícia Nahuys Raquel Silva Barros O DIGITAL e a VIRTUALIZAÇÃO do SABER Alunos Fabiana Maria de Lima Rachel Dias Sampaio Renan Francisco Couto Sueli Mesquita de Carvalho Wilma Ferreira Araújo Abril/2010
2 O Digital e a Virtualização do Saber Antes da leitura do texto O Digital e a Virtualização da Informação, e ainda na análise do enunciado desta atividade, não imaginávamos que este Digital estivesse de fato relacionado às questões da digitalização da informação, da conversão, da transformação desta em códigos legíveis (numérico código binário) aos equipamentos tecnológicos, a fim de torná-la real no espaço virtual. Cabe destacar, que neste processo de digitalizar as informações (sejam escritas, sonoras, visuais), ocorrem pouquíssimas perdas de qualidade do original para as cópias, sem falar na facilidade de manuseio dos documentos digitalizados. Assim como, não pensávamos que a Virtualização do Saber seria justamente o saber armazenado (não estagnado) nestes meios digitais, o que não deixa as informações irreais, pelo contrário, são reais, mas virtuais, apenas estão disponibilizadas em uma mídia específica. Ao abordar o significado de Virtual, o autor, nos mostra que a Cibercultura, o Ciberespaço favorece a virtualização. Ou seja, esta encontra naquele local, um espaço para se materializar, tornar-se real, digitalmente falando. A universalização da Cibercultura só existe se houver a interação dos pontos do espaço físico, social ou informacional. Espaço físico Social Informacional Sobre o significado de Virtual, dentre os especificados pelo autor: Informático, Filosófico e Corrente, vamos nos ater aos dois últimos. No sentido Filosófico, o virtual só existe em potência e não enquanto ato. É o que ainda pode acontecer, mas já é real. O autor fala em atualização deste virtual, o que também entendemos por renovação. Neste enfoque o virtual e o atual ocorrem em momentos distintos, se opõem. Assim, existe um virtual com potencialidades, apenas aguardando as atualizações (renovações como nos ciclos e nas fases) para potencializar o que já é real. Virtual Atualização (Renovação) Real (potencialização do virtual) (em potencial realidade) 2
3 Para exemplificar utilizaremos a palavra. Quando pensamos numa determinada palavra, geralmente pensamos no que ela representa de fato. Quando empregamo-la numa determinada oração, contexto, esta palavra pode adquirir outras formas de interpretação. Como também, ao longo dos tempos sofre transformações de acordo com a evolução da língua (as atualizações, renovações). Isso é o estado virtual que muitas vezes não conseguimos ver (e prever), mas que podem tomar outras formas de realidade. No sentido Corrente, o virtual não se mistura com o real, são opostos. Neste aspecto, virtual é o que não pode existir enquanto matéria da realidade, é irreal. Assim, o virtual não se pega, mas se vê, se ouve apenas enquanto produto produzido por meios das ferramentas tecnológicas, no ciberespaço. O autor nos traz duas formas de ligação entre a cibercultura e o virtual, uma direta e outra indireta. Na primeira, forma direta, no sentido Filosófico, quando da digitalização das informações, por mais real que sabemos que são, estas se tornam virtuais, pois são transferidas para o computador através da conversão em códigos (que são legíveis aos equipamentos digitais, conforme já abordado). Assim, estas informações agora digitalizadas, podem ser transferidas para outros equipamentos/pessoas, na forma virtual, através de diferentes mídias (CD, DVD, pen-drive, ), mas com as informações reais que estão apenas digitalizadas, e que agora, podem sofrer atualizações/modificações e voltarem a ser materializadas novamente (pela utilização da impressora). Na forma indireta, o virtual se liga a cibercultura no sentido dos relacionamentos interativos, das redes interativas de comunicação que ocorrem quase em tempo real, mas sem necessitar de espaços geográficos determinados, e são atemporais. Assim, a interação não ocorre apenas nos locais A, B e C, e nem em horários definidos, mas ocorre no grande espaço I (da internet), onde possibilita pessoas - em quaisquer que seja o lugar - terem acesso em horários/espaços geográficos distintos, a mesma informação digital, presente neste local virtual, mas não irreal. Um Um Todos 3
4 O autor nos apresenta uma reflexão interessante sobre a digitalização, se é virtualização ou desmaterialização. Aborda que a informação digitalizada não está desmaterializada, é real, apenas passou a ser virtual, pois existe, só está decodificada, transformada em códigos legíveis ao espaço I. Juntamente com o desenvolvimento deste espaço virtual surgem novas formas de abordagem dos documentos, como por exemplo, os Hiperdocumentos, que também são chamados de Hipertextos. Em geral são textos que englobam sons e imagens. São organizados em rede, o que possibilitam idas e vindas, navegar pelas informações (o que nos dá certa autonomia) de uma forma não linear, bem mais rápida e dinâmica, pois são informações digitais, têm fácil manuseio. Além da possibilidade de armazenamento em pequenas mídias (com grande memória virtual). Existe outra abordagem do hipertexto, enquanto desafiador e estimulador para o surgimento de outros textos. Ou seja, um autor escreve um hipertexto, e outras pessoas tecem suas considerações a partir deste inicial, e assim sucessivamente, formando-se uma rede de participações e autorias, reforçando nós já existente e criando novos. Como já dito, o ciberespaço é um possibilitador das informações digitais. É um local por onde estas informações circulam, transitam de modo contínuo, e cabe ao usuário navegar, explorar, mergulhar nestas informações a seu critério. De acordo com Pierre Lévy, o termo multimídia significa o que emprega diferentes formas de mídia (rádio, TV, telefone, informática) como veículo de comunicação, das informações. Entretanto, não com este sentido o termo Multimídia é utilizado por duas tendências: Multimodalidade e Integração digital. A tendência Multimodal aborda a recepção da mensagem através dos sentidos (visão, audição, tato, sensações proprioceptivas). Isto ocorre, pois as informações digitais estão sistematizadas além das formas textuais, hoje englobam formas sonoras e imagéticas. Por outro aspecto, também relaciona o termo multimídia com o processo de digitalização das diferentes mídias. Podemos falar em multimídia numa divulgação/lançamento de um mesmo produto, que visa atingir vários segmentos (filme, seriado, roupas), ao mesmo tempo, o que o autor chama de estratégia multimídia. Com o avanço da digitalização da informação, juntamente com o desenvolvimento dos ambientes virtuais, torna-se cada vez mais possível uma forma de simulação mais interativa, e muito mais segura (em se tratando de verificação de possibilidades, desde que sejam fornecidos dados exatos para os quais se quer verificar uma dada situação hipotética). Assim como, também possibilita a imersão (para treinamento, por exemplo) do explorador numa determinada realidade virtual. E para que este explorador seja imerso nas simulações, no mundo virtual, necessita-se da utilização de equipamentos tecnológicos específicos para ativação deste universo sensorial. Onde este mundo virtual pode vir a simular o mundo real, não sendo uma regra. E por falar no mundo virtual, este se configura como um espaço onde os participantes, de acordo com as peculiaridades do local, agem conforme as leis, as orientações determinadas. Estes participantes emergem neste mundo e passam a viver enquanto personalidades desta sociedade virtual. 4
5 Considerações Finais Pensar na relação do texto aborda acima com questões da Gestão em EAD, de fato não é uma tarefa simples. Após interação do grupo, percebemos a importância das questões apresentadas (de forma a esclarecer conceitos até então utilizados, mas nem por isso, para nós, esclarecidos) tais como: ciberespaço, cibercultura, virtual, real, materializado, desmaterializado. Afirmamos que a partir de agora, abordaremos de uma forma mais segura estas questões, de suma importância para os participantes da sociedade constituída no espaço I. Entendemos que a relação da Gestão em EAD, em primeiro, refere-se justamente a isto: o quão importante é para o aluno de EAD ter estes conceitos delimitados, clarificados. Outra questão está relacionada com o fato do SER aluno (Presencial/EAD) ter um virtual (em potencial realidade) dentro de si, assim como no sentido filosófico, não podemos ver, ainda não é um ato, mais é real. Assim, vai depender das nossas ações enquanto educadores, para possibilitar este aluno o desabrochar (atualização renovação), a fim de que o real (potencialização do virtual) apareça e se faça visível. Com relação ao vídeo, verificamos que alunos (sujeitos participantes do ciberespaço) ainda hoje estão vivenciando no espaço escolar a desconsideração, por parte dos professores, das novas tecnologias da informação e comunicação. Onde estes professores acreditam ainda, que a informação esteja tão somente ao seu controle e alcance. O que de fato é um grande equívoco, tendo em vista a velocidade e a facilidade de acesso às informações digitais, praticamente em tempo real dos acontecimentos dos fatos. Bibliografia LEVY, Pierre. Cibercultura. Capítulo III O digital ou a virtualização da informação Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34; 1999, p LEVY, Pierre. A Inteligência Coletiva por uma antropologia do ciberespaço. Capítulo VII Os quatro espaços. Tradução de Luiz Paulo Rouanet. 6ª ed. São Paulo: Edições Loyola; 2010 p
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