CURSO ECONOMIA EVOLUCIONÁRIA E DAS
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- Amália Neves Carrilho
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1 CURSO ECONOMIA EVOLUCIONÁRIA E DAS INSTITUIÇÕES Maria da Graça Fonseca e Renata Lèbre La Rovere
2 Objetivo do Curso O principal objetivo do curso economia evolucionária e institucional é o de estudar novos enfoques microeconômicos, em particular, os que destacam o papel da mudança estrutural e tecnológica. Ao mesmo tempo, pretende-se discutir como as instituições permitem compor um quadro de estabilidade sócio-econômica em ambientes que estão passando por um processo de mudança ajudando os agentes econômicos no seu processo de tomada de decisão. Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 2
3 Problemas do Curso Caracterização de condutas econômicas a partir do conceito de racionalidade limitada ou situacional; Estudo da interação dos agentes econômicos em seu ambiente competitivo como um processo de seleção natural Incorporação de parâmetros e variáveis institucionais capazes de gerar padrões de regularidade em situações de mudança Incorporação à Economia das noções de complexidade e emergência com respectivas aplicações Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 3
4 Programa do Curso 1. Introdução: instituições e mudança estrutural como um novo programa evolucionista - institucionalista 2. Racionalidade como hard-core do novo programa 3. Como as idéias evolucionistas influenciam a economia 4. Por que a teoria evolucionista precisa da teoria institucionalista? O novo institucionalismo 5. Modelizando a mudança através de sistemas complexos adaptativos Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 4
5 Bibliografia da Aula 1 LAKATOS, I. (1979) O Falseamento e a Metodologia dos Programas de Pesquisa Científica. In: Lakatos, I.; Musgrave, A. (Eds). A Crítica e o Desenvolvimento do Conhecimento. São Paulo:Cultrix, 1979 POPPER, K. (1978) A Lógica das Ciências Sociais. Brasilia:Editora Universidade de Brasília Bibliografia Complementar: ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. (1999) O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira. Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 5
6 Instituições e Mudança Estrutural Contextualização das idéias de Popper Anos 20 positivismo lógico surge na Áustria combina idéias empiristas (Mill, Hume...) com uso da lógica moderna Pressupostos do positivismo lógico: Lógica e matemática constituem um conhecimento a priori, ou independente da experiência; Conhecimento factual ou empírico deve ser obtido através da observação, via indução Leis científicas são enunciados gerais que explicam relacionamento entre dois ou mais fatores Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 6
7 Instituições e Mudança Estrutural Contextualização das idéias de Popper Modelo hipotético-dedutivo: todas as explicações envolvem uma lei universal, mais uma declaração de condições relevantes iniciais ou de limites que juntas, constituem as premissas (explanans) a partir das quais uma explanandum (enunciado sobre algum evento) é deduzida. Existe simetria lógica entre explicação e previsão Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 7
8 Instituições e Mudança Estrutural Popper critica o positivismo ao longo da sua obra, e suas posições a respeito são consolidadas na palestra A Lógica das Ciências Sociais, proferida em Tubingen, Alemanha, em 1961 Para Popper, como observações partem de teorias que são falíveis, elas não podem ser uma base sólida para o conhecimento científico A indução, segundo Popper, não é suficiente por si só para descobrir qual generalização explica melhor os dados Para que o conhecimento progrida, as teorias devem estar abertas à refutação e à corroboração Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 8
9 Instituições e Mudança Estrutural Exemplo dos limites da indução citado por Popper: Se observarmos uma sequência de cisnes brancos, por indução chegamos à lei (universal) de que todos os cisnes são brancos. A observação de um único cisne negro é suficiente para refutar esta conclusão A partir de uma teoria falsa podemos deduzir tanto enunciados falsos quanto verdadeiros: todos os cisnes são brancos p.ex., é falso, mas sua consequência lógica todos os cisnes do zoológico do Rio de Janeiro são brancos pode ser verdadeira (Alves-Mazzotti e Gewandsznajer, 1998) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 9
10 A Lógica das Ciências Sociais Tese 1: conhecemos muito Tese 2: nossa ignorância é ilimitada, pois a cada problema resolvido surgem problemas novos e não solucionados, e todas as coisas estão em estado de alteração contínua Tese 3: a lógica do conhecimento discute tensão entre conhecimento e ignorância Tese 4: O conhecimento não começa de percepções ou observações de fatos e números, e sim de problemas decorrentes da contradição entre suposto conhecimento e supostos fatos Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 10
11 A Lógica das Ciências Sociais Tese 5: Em ciências sociais, os problemas práticos conduzem à especulação, à teorização e portanto a problemas teóricos. O ponto de partida é sempre um problema e a observação tornase um ponto de partida somente se revelar um problema Tese 6: O método cientifico consiste em experimentar possíveis soluções para certos problemas. Toda solução está aberta a críticas; toda crítica consiste em tentativas de refutação. Se solução é refutada, deve ser feita outra tentativa. Se solução resiste à crítica, é aceita para ser discutida e criticada posteriormente. Método é desenvolvimento critico de ensaio e erro Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 11
12 A Lógica das Ciências Sociais Tese 7: Tensão entre conhecimento e ignorância conduz a problemas e soluções experimentais. Cientificismo (ou cientismo ou naturalismo) está errado pois prega que ciências sociais devem ter início com coleta de dados, seguida de indução e de generalizações não é possível alcançar objetividade isenta de valores nas ciências sociais Tese 8: Naturalismo vence em algumas áreas das ciências sociais, tais como a sociologia, que troca de papel com a antropologia Tese 9: Assunto científico é conglomerado de problemas e soluções tentadas, demarcado artificialmente Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 12
13 A Lógica das Ciências Sociais Tese 10: Vitória da antropologia mostra força do método de observação e do relativismo filosófico e histórico, que ingênua e equivocadamente postulam idéia de objetividade científica Tese 11: Cientista natural é tão partidário quanto cientista social (favorecem suas ideias preferidas de modo unilateral) Tese 12: Objetividade científica não é atributo do cientista e sim resulta do método Tese 13: Objetividade repousa sobre uma crítica específica Tese 14: Crítica deve distinguir verdade de relevância e de interesse; é impossível eliminar interesses extra-científicos; papel da crítica é separar ciência destes interesses Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 13
14 A Lógica das Ciências Sociais Tese 15: A função mais importante da lógica dedutiva é um sistema de crítica Tese 16: A lógica dedutiva é a teoria da validade das deduções lógicas ou da relação de consequência lógica; se as premissas de uma dedução válida são verdadeiras, então a conclusão também deve ser verdadeira Tese 17: A lógica dedutiva transmite a verdade das premissas à conclusão ou retransmite a falsidade da conclusão às premissas Tese 18: A lógica dedutiva é a teoria da crítica racional Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 14
15 A Lógica das Ciências Sociais Tese 19: A teoria é um sistema dedutivo, ou seja, uma tentativa de explicação e de solução de um problema científico Tese 20: A crítica é feita à pretensão da verdade. Uma proposição é verdadeira se corresponde aos fatos; o problema teórico consiste em achar uma explicação de um fato, de um fenômeno ou de uma regularidade destacada Tese 21: Não existe nenhuma ciência puramente observacional; existem somente ciências nas quais teorizamos Tese 22: Ciência social descreve ambiente social na qual o homem está inserido Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 15
16 A Lógica das Ciências Sociais Tese 23: A sociologia é independente de psicologia Tese 24: A sociologia inclui o estudo da compreensão objetiva Tese 25: Em Economia e nas ciências sociais existe um método de compreensão objetiva ou de lógica situacional; este método consiste em analisar suficientemente a situação social dos homens ativos para explicar a ação com a ajuda da situação Tese 26: A lógica situacional é racional e empiricamente criticável, permitindo portanto uma boa aproximação da verdade Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 16
17 A Lógica das Ciências Sociais Tese 27: A lógica institucional admite um mundo físico, composto de recursos, e um mundo social, composto de pessoas e instituições Sugestões: Instituições não agem, e sim indivíduos dentro delas; a lógica situacional geral será a teoria das quase-ações das instituições Pode ser construída uma teoria das consequências institucionais e da criação e desenvolvimento das instituições Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 17
18 A Lógica das Ciências Sociais - Sumário A busca de conhecimento se inicia com a formulação de hipóteses que procuram resolver problemas e continua com tentativas de refutação destas hipóteses, através de testes que envolvem observações ou experimentos As hipóteses e leis que resistem aos testes são verdades provisórias A refutação é em nível experimental, e não em nível lógico O princípio da refutabilidade leva à formulação de leis gerais, precisas e simples; quanto maior a refutabilidade, maior o grau de corroboração Hipótese é científica quando puder ser refutada Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 18
19 A Racionalidade das Revoluções Científicas Níveis genético, comportamental e científico lidam com estruturas herdadas que são passadas adiante pela instrução (código genético ou tradição) Em todos os três níveis, surgem mudanças dentro das estruturas por processos de seleção natural ou tentativa e erro Porém há casos de adaptação à la Lamarck, portanto não se deve aderir a Darwin dogmaticamente Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 19
20 A Racionalidade das Revoluções Científicas Para que nova teoria constitua uma descoberta, ela deve conflitar com ideias precedentes Há um contraste entre instrução de dentro da estrutura e seleção de fora Dualidade entre movimentos caóticos e estruturas estabelecidas Uma nova teoria, embora revolucionária, deve ser capaz de explicar o sucesso da sua predecessora Teoria pode ser tornar moda, uma ideologia entrincheirada Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 20
21 A Racionalidade das Revoluções Científicas um montante limitado de dogmatismo é necessário ao progresso; sem um esforço sério pela sobrevivência no qual as velhas teorias são defendidas tenazmente, nenhuma das teorias concorrentes podem mostrar o seu vigor Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 21
22 Implicações para a teoria da firma Conceito de firma neoclássico relacionado aos pressupostos da teoria, a saber: Busca de condições de equilíbrio em situação de concorrência e de informação perfeita num estado dado de técnica; Racionalidade perfeita dos agentes, guiados pelo objetivo de maximização dos lucros ou dos objetivos da empresa; Predomínio à análise das trocas em detrimento da análise da produção Função da firma é transformar insumos em produtos Firma é um agente individual Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 22
23 Implicações para a teoria da firma Firma neoclássica pode ser caracterizada por duas características complementares: ela se apresenta como um agente sem densidade ou dimensão e como agente passivo Parâmetros de decisão para a firma neoclássica estão dados Ensaio sobre Metodologia da Economia Positiva de Friedman reflete a visão de Popper: conceito de ciência econômica enquanto ciência positiva Economia Positiva: conjunto de conhecimentos sobre fatos econômicos Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 23
24 Implicações para a teoria da firma Economia normativa: conjunto de conhecimentos e critérios sobre como economia deveria ser Como dados reais são plenos de ruídos e influências múltiplas, economia tende a recorrer a modelos matemáticos Como política econômica depende de percepção dos fatos, Economia normativa depende de economia positiva Friedman: O que confere à ciência econômica seu caráter de objetividade é a capacidade de previsão do modelo; ou seja, o único teste relevante para verificar uma hipótese é comparar a previsão ligada a ela com a realidade Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 24
25 Implicações para a teoria da firma Unfortunately, we can seldom test particular predictions in the social sciences by experiments explicitly designed to eliminate what are judged to be the most important disturbing influences (Milton Friedman, The Methodology of Positive Economics, pg. 10) Evidence cast up by experience is abundant and frequently as conclusive as that from contrived experiments; thus the inability to conduct experiments is not a fundamental obstacle to testing hypotheses by the success of their predictions. (ibid) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 25
26 A crítica de Thomas Kuhn aos positivistas e a Popper O fato de que teorias bem confirmadas são periodicamente substituídas por outras refuta a tese positivista de um desenvolvimento indutivo e cumulativo da ciência (geocentrismo substituído por heliocentrismo foi discutido no seu primeiro livro) Kuhn é contra o princípio da falseabilidade; para ele, uma simples observação incompatível com a teoria pode levar a dois caminhos totalmente distintos: a manutenção das teorias apesar das discrepâncias (ou anomalias) e a proposição de novas teorias Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 26
27 A crítica de Thomas Kuhn aos positivistas e a Popper Principal objetivo de Kuhn é explicar por que os cientistas mantêm teorias apesar das discrepâncias, e tendo aderido a elas, por que eles as abandonam Ciência na visão de Kuhn é uma série de interlúdios pacíficos sacudidos por violentas revoluções; após revoluções, um conjunto de conceitos é substituído por outros Paradigma: conjunto de leis, conceitos, modelos, analogias, valores, regras para a avaliação de teorias e formulação de problemas, princípios metafísicos e exemplares Exemplares: soluções para problemas concretos ligados a teorias (ex. leis de Newton) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 27
28 A crítica de Thomas Kuhn aos positivistas e a Popper Ciência Normal: pesquisa científica orientada por um paradigma e baseada em um consenso entre especialistas Cientistas são pessoas conservadoras, que se limitam a resolver enigmas que surgem de anomalias ou discrepâncias Da mesma forma que a montagem de um quebra-cabeças depende de habilidade individual, a dificuldade de explicar anomalia não vem da teoria em si, e sim das hipóteses que foram formuladas Na ciência normal não há experiências refutadoras de teorias, como sugere Popper Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 28
29 A crítica de Thomas Kuhn aos positivistas e a Popper Uma forte adesão ao paradigma permite uma pesquisa detalhada, eficiente e cooperativa Mudança de paradigma científico implica em mudança de visão de mundo embora o mundo não mude com a mudança de paradigma, depois dela o cientista passa a trabalhar em um mundo diferente (Estrutura das Revoluções Científicas, p.121) Algumas anomalias são significativas e essenciais, lançando dúvidas sobre a capacidade do paradigma de resolver seus problemas Três situações: resolução anomalias ; abandono anomalias; substituição do paradigma Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 29
30 Pato ou Coelho? (Mazzoti e Gewandsznadjer, 1998) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 30
31 A crítica de Thomas Kuhn aos positivistas e a Popper Tese da incomensurabilidade: é impossível justificar racionalmente opção por uma ou outra teoria; na medida em que conceitos mudam com paradigmas, não se pode comparálos Teoria nova pode não explicar fatos bem explicados por teoria antiga (perda de Kuhn) Por outro lado, há fatos que podem ser explicados por teorias antigas e novas (p.ex. posição dos planetas em Ptolomeu e em Copérnico) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 31
32 A crítica de Thomas Kuhn aos positivistas e a Popper Características de uma boa teoria científica: exatidão, consistência, alcance, simplicidade, fecundidade, poder explanatório, plausibilidade, poder de previsão Exatidão: consequências da teoria devem estar de acordo com resultados das observações Consistência: teoria deve estar livre de contradições internas Alcance: capacidade de generalização Simplicidade: capacidade de ligar fenômenos que aparentemente não têm relação entre si Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 32
33 A crítica de Thomas Kuhn aos positivistas e a Popper Fecundidade: capacidade de desvendar novos fenômenos ou relações anteriormente não verificadas entre fenômenos já conhecidos Poder explanatório: capacidade de resolver os problemas que provocaram crises anteriores Plausibilidade: compatibilidade com outras teorias disseminadas no momento Poder de previsão: capacidade de resolver problemas que não são esperados na teoria antiga Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 33
34 A crítica de Thomas Kuhn aos positivistas e a Popper Escolha de teorias é determinada por valores compartilhados da comunidade científica (consenso sobre características), e também por atributos individuais dos cientistas Nova teoria vai ganhando progressivamente espaço entre cientistas à medida que consegue resolver anomalias da teoria anterior Questão: como aferir o progresso se há perdas e ganhos envolvidos na transição de uma teoria para outra? Ao admitir que escolhas não são condicionadas apenas por elementos do paradigma Kuhn dá margem à crítica de sua posição como relativista Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 34
35 As idéias de Lakatos Todas as afirmações científicas são teorias falíveis Entretanto, deve-se distinguir rejeição de refutação (p.121) Falseacionismo dogmático versus falseacionismo metodológico Suposições (falsas) do f. dogmático: fronteira entre teoria e e observação e verificação corresponde à verdade Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 35
36 As idéias de Lakatos O programa de pesquisa, para Lakatos, é constituído de um núcleo rígido, que é um conjunto de leis consideradas irrefutáveis por uma decisão metodológica, uma convenção compartilhada por todos os cientistas que trabalham no programa As hipóteses auxiliares, formuladas para resolver as anomalias, e as condições iniciais formam o cinto de proteção do programa Lakatos, como Popper, defende que ciência busca aumentar conteúdo empírico e preditivo de suas teorias, e que modificações nas hipóteses auxiliares não podem ser ad hoc (pois diminuem o grau de falseabilidade do sistema de teorias) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 36
37 Contatos Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Grupo de Economia da Inovação Av. Pasteur, Rio de Janeiro RJ Tels.: (21) / / Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 37
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