Tribunal de Contas da União

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1 Tribunal de Contas da União Dados Materiais: Acórdão 63/97 - Plenário - Ata 11/97 Processo nº TC /93-2 Interessado: Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a "apurar irregularidades da TV Jovem Pan Ltda" (extinta). Entidade: Banco do Brasil S/A Vinculação: Ministério da Fazenda Relator: MINISTRO ADHEMAR PALADINI GHISI. Representante do Ministério Público: Dr. Lucas Rocha Furtado Unidade Técnica: 8ª SECEX Especificação do "quorum": 1. Ministros presentes: Paulo Affonso Martins de Oliveira (na Presidência), Adhemar Paladini Ghisi (Relator), Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça, Iram Saraiva, Humberto Guimarães Souto, Bento José Bugarin e o Ministro-Substituto José Antônio Barreto de Macedo. 2. Ministro que se declararam impedidos: Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça e Humberto Guimarães Souto. Assunto: Solicitação Acórdão: VISTOS, relatados e discutidos estes autos que tratam de solicitação de auditoria encaminhada ao Tribunal pelo então Deputado Ronaldo Caiado, na qualidade de Presidente da já extinta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a "apurar irregularidades da TV Jovem Pan Ltda". Considerando que a auditoria realizada por este Tribunal detectou a existência de operações de crédito realizadas em benefício do Grupo Bloch e da TV Manchete, sem amparo nas normas internas da Instituição, bem como contrárias aos ditames da boa prática bancária; Considerando que o Banco do Brasil, em uma tentativa de tornar mais viável a recuperação de seus créditos assinou, com o Grupo Bloch e TV Manchete, em outubro de 1987, escrituras públicas de confissão e consolidação de dívidas, com garantias de hipoteca e fiança, referentes às dívidas líquidas e certas descritas na cláusula primeira das aludidas escrituras; Considerando, entretanto, que não obstante os esforços

2 empreendidos pelo Banco do Brasil, alguns de seus servidores continuaram a permitir o acatamento de cheques sem fundos emitidos pelos referidos clientes, cujos débitos foram posteriormente transferidos para Créditos em Liquidação e, depois, para a conta de prejuízos; Considerando que o Grupo Bloch e TV Manchete mantinham junto ao Banco do Brasil cadastro com longo histórico na apresentação de saldos devedores, apresentando diversas dificuldades na recuperação de suas dívidas, não apresentando reciprocidade capaz de permitir o acolhimento contumaz de saldos a descoberto; Considerando que o acatamento de cheques desprovidos de fundos foram de responsabilidade de responsáveis secundários, não arrolados nas prestações de contas do Banco do Brasil ordinariamente remetidas ao Tribunal; Considerando que as operações de empréstimos concedidos pelo Banco do Brasil ao Grupo Bloch em 1989 envolveram os ex-presidentes da Instituição, que tiveram suas contas relativas àquele exercício julgadas pelo Tribunal no ano de 1991, já tendo expirado, portanto, o prazo para a interposição de recursos de revisão, na forma prevista no art. 35 da Lei nº 8.443/92; Considerando que a operação envolvendo o patrocínio da novela "Amazônia", autorizada pelo Sr. Lafaiete Coutinho Torres, não se revestiu das cautelas consideradas necessárias, de forma a permitir ao Banco do Brasil a execução de créditos porventura existentes, não existindo, sequer, contrato formalizado que ampare a operação; Considerando que os créditos adquiridos pelo Banco do Brasil para a veiculação de comerciais não foram totalmente utilizados; Considerando, finalmente, que as contas do Banco do Brasil relativas ao exercício de 1991 (TC /92-1), ano em que ocorreu o patrocínio, ainda não foram julgadas pelo Tribunal, ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, com fulcro no art. 43, Parágrafo único, c/c art. 194, 2º, do Regimento Interno, em: a) rejeitar as razões de justificativa apresentadas pelos Srs. Jorge Rangel Dantas Brasil (ex-gerente da Agência Centro/RJ) e Antônio Abrahão Chalita (ex-superintendente da SUPER/RJ), no que concerne ao acatamento de cheques sem a devida provisão de fundos, e aplicar-lhes a multa prevista no art. 58, III, da Lei nº 8.443/92, arbitrando-se-lhes o valor individual de R$ 1.120,00 (um mil, cento e vinte reais), observado o limite permitido pelo

3 Decreto-lei nº 199/67, então vigente; b) rejeitar as razões de justificativa apresentadas pelo Sr. Lafaiete Coutinho Torres, ex-presidente do Banco do Brasil, no que concerne ao patrocínio da novela "Amazônia, e aplicar-lhe a multa prevista no art. 58, III, da Lei nº 8.443/92, arbitrando-se-lhe o valor de R$ 1.120,00 (um mil, cento e vinte reais), observado o limite permitido pelo Decreto-lei nº 199/67; c) remeter ao Exmo. Sr. Presidente do Congresso Nacional, em face da extinção da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a "apurar irregularidades da TV Jovem Pan Ltda", cópia desta Decisão, acompanhada do Relatório e Voto que a fundamentam; d) determinar ao Banco do Brasil S/A que em suas futuras prestações de contas informe sobre o encaminhamento e/ou possíveis soluções encontradas para os débitos pendentes do Grupo Bloch e TV Manchete; e) determinar à Secretaria de Controle Interno do Ministério da Fazenda que faça constar das próximas contas do Banco do Brasil informações relativas ao endividamento do Grupo Bloch e TV Manchete, inclusive quanto ao andamento das ações judiciais impetradas; e f) arquivar, nos termos do art. 93 da Lei nº 8.443/92, o presente processo, condicionando-se a quitação dos responsáveis ao efetivo recolhimento das dívidas apontadas nas alíneas "a" e "b" deste Acórdão; g) juntar os autos às contas do Banco do Brasil relativas ao execício de 1991, para exame em conjunto e em confronto. Ementa: Solicitação formulada por Comissão Parlamentar. Auditoria no Banco do Brasil SA., para verificação de contratos firmados com a TV Manchete. Concessão de operações de crédito privilegiadas, sem amparo nas normas internas. Permissão e acatamento de cheques sem fundos, com a transferência dos débitos para crédito em liquidação. Patrocínio de novela sem contrato. Créditos para veiculação de comerciais não utilizados. Alegações de defesa rejeitadas. Multa. Comunicação. Determinação. Arquivamento condicionado à quitação das dívidas. Juntada às contas. - Poder discricionário - Análise da matéria.

4 Data DOU: 22/04/1997 Página DOU: 7943 Data da Sessão: 09/04/1997 Relatório do Ministro Relator: GRUPO II - Classe II - Plenário TC /93-2 Natureza: Solicitação Interessado: Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a "apurar irregularidades da TV Jovem Pan Ltda" (extinta). Ementa: Solicitação de auditoria encaminhada ao Tribunal pelo então Deputado Ronaldo Caiado, na qualidade de Presidente da já extinta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a "apurar irregularidades da TV Jovem Pan Ltda". Existência de operações realizadas contrariamente à boa técnica bancária. Acatamento contumaz de cheques sem fundos. Concessão de empréstimo indevido. Patrocínio efetuado sem a formalização de contrato. Prejuízos para a Instituição. Dificuldades na recomposição das dívidas. Ajuizamento de ações. Responsabilidade dos agentes públicos. Existência de fato que ensejaria a revisão das contas relativas ao exercício de 1989, cujo prazo recursal já prescreveu. Aplicação de multas. Determinações ao Banco do Brasil. Remessa de cópias ao Congresso Nacional. Arquivamento do processo. Cuidam os autos de solicitação de auditoria encaminhada ao Tribunal pelo então Deputado Ronaldo Caiado, na qualidade de Presidente da já extinta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a "apurar irregularidades da TV Jovem Pan Ltda". 2. A solicitação da CPI-JOPAN decorreu de uma "Comunicação Reservada da Subcomissão de Sigilo Bancário e Telefônico" que destacou vários "indícios" envolvendo o Banco do Brasil e o Grupo Adolpho Bloch, destacando-se as questões enumeradas no tópico "Informações Gerais", a saber: "01 - Dívidas da TV Manchete junto ao Banco do Brasil: estimadas em US$ 12,2 milhões de dólares; 02 - Dívidas da Editora Bloch junto ao Banco do Brasil:

5 estimadas em US$ 70,6 milhões de dólares; 03 - Cheques sem fundos cobertos pelo Banco do Brasil: cheques; 04 - Inexistência de documentos legais para a execução da dívida; 05 - Inexistência de execução da dívida; 06 - Indícios de comprometimento de funcionários e dos escalões superiores no prejuízo causado ao Banco do Brasil; 07 - Indícios de comprometimento da Presidência do Banco do Brasil no favorecimento da TV Manchete." 3. A presente solicitação foi acolhida pelo Tribunal na Sessão Extraordinária de caráter reservado de , por intermédio da Decisão nº 176/93 - TCU - Plenário, oportunidade em que foi determinada "a imediata realização de Inspeção Extraordinária, por parte da 8ª IGCE, no Banco do Brasil S. A., para exame dos contratos firmados entre aquele estabelecimento de crédito e a TV Manchete", sendo autorizada, ainda, "a extensão dos trabalhos aos demais negócios entre o Banco do Brasil S. A. e o Grupo Adolpho Bloch, com vistas a verificar se foram conduzidos com observância da boa técnica bancária e das normas legais vigentes". 4. Transcrevo, a seguir, excertos do Relatório produzido pela equipe auditora da 8ª SECEX: "As dívidas do Grupo junto ao Banco, em , correspondiam a Cr$ ,71 (Bloch Editores), e Cr$ ,673,53 (TV Manchete Ltda), equivalentes a US$ 74,85 milhões e US$ 12,95 milhões, respectivamente, totalizando Cr$ ,24, ou US$ 87,80 milhões. Conforme Relatório dos auditores internos do Banco, todos os negócios...encontram-se apropriados em prejuízo. A operação de composição de dívida de Cz$ ,90 referente à escritura pública de confissão e consolidação de dívidas com garantia de hipoteca e fiança, datada de , envolveu débitos não pagos pela Bloch Editores desde antes de 1984, e mesmo assim, em , o Banco concedeu-lhe um novo empréstimo de Cz$ 100 milhões para capital de giro. Essa negociação...mereceu parecer contrário da Agência Tiradentes (RJ). No entanto, ao analisar a proposta da Bloch Editores, a Superintendência do Rio de Janeiro - SUPER (RJ), considerando as características da operação 'e tratamento especial

6 dispensado ao Grupo Bloch SUGERIMOS, em caráter excepcional, concessão de crédito de Cz$ 100 milhões'. A sugestão da SUPER (RJ) foi acolhida pela DIREG/VIPER e, em , o crédito foi deferido pela Presidência do Banco. O prazo para pagamento desse empréstimo venceu em e, como já sabemos, não foi pago. Não obstante, em , foi concretizada uma nova operação de crédito, concedendo à Bloch Editores Cz$ 400 milhões, também a título de capital de giro. Os saldos devedores em contas de depósitos da Bloch Editores S/A (Cz$ ,43) foram verificados no período de a e tiveram origem no acolhimento de cheques sem fundos, débito automático dos valores de duplicatas descontadas e não honradas e juros e IOF sobre o saldo devedor." Também no caso da TV Manchete a operação de composição da dívida (Cz$ ,52) ocorrida em envolveu débitos não honrados desde antes de 1984, "e, ainda assim, o Banco do Brasil concedeu-lhe um novo crédito em ". "A Agência Metropolitana Tiradentes (RJ), ao examinar essa nova concessão de empréstimo com recursos do Eximbank, pondera: 'A análise da referida peça contábil revela situação econômico-financeira difícil, com passivo a descoberto, índices deficitários e prejuízo operacional. A atuação da TV Manchete nesta Agência apresenta irregularidades na manutenção do saldo de Cz$ mil relativo a empréstimo vencido em , e na falta de cobertura para os títulos descontados e não pagos pelos sacados hoje no montante de Cz$ mil'. Nada obstante, 'considerando o tratamento diferenciado e especial que o Grupo Bloch sempre mereceu do Banco, a idoneidade das empresas e seus dirigentes', a Agência sugere a concessão do crédito pelo prazo de dois anos. A operação foi aprovada pela Superintendência de Câmbio - SUCAM (RJ) em A exemplo dos saldos devedores da Bloch Editores S/A, os da TV Manchete foram originados pelo acolhimento de cheques sem fundos, débito automático dos valores de duplicatas descontadas e não honradas e juros e IOF sobre o saldo devedor. À exceção dos saldos devedores em conta de depósitos e da

7 operação com o Eximbank, os demais débitos do Grupo Bloch junto ao BB encontram-se em cobrança judicial. A expectativa da Agência Centro (RJ), quanto à cobrança judicial da dívida é de que 'a solução demandará longo lapso de tempo e o recebimento dos nossos direitos será proporcional aos valores das garantias atuais, ressalvados os créditos preferenciais, ainda não dimensionados, mas sabidamente expressivos. Cumpre-nos...acrescentar que as medidas judiciais promovidas pelo BB contra o Grupo Bloch são decorrentes de Recomendação firmada pela Presidência daquela entidade, conforme expediente...de Relativamente aos saldos devedores em contas de depósitos da Bloch Editores e TV Manchete, a Consultoria Jurídica do Banco, pelo Parecer COJUR/CONTE 00044, de , revela e enumera enormes dificuldades técnicas para a tomada de medidas judiciais contra os devedores, dentre as quais: a) o puro e simples acolhimento de cheques sem fundos não dá ao Banco o direito de postular correção monetária a partir de cada pagamento efetuado, mas sim a partir do ajuizamento da causa (art. 1º, 2º da Lei nº 6.899/81); b) com a atualização monetária a partir do ajuizamento, o Banco passaria de credor a devedor, visto que pelos valores históricos os depósitos superam os saques realizados ao longo do período; e c) inexistência de qualquer documento, formalizando um mútuo entre as partes, fixando a remuneração do BB pelo empréstimo concedido e a cobrança de encargos, inclusive moratórios. PA TROCÍNIO E MERCHANDISING DA NOVELA AMAZÔNIA Após negociação promovida, que envolveu descontos financeiros e abatimento de créditos de comerciais não utilizados pelo Banco, o órgão técnico COTEC/COMAC/PROMO, pelo expediente 3460, de , manifestou-se favoravelmente à proposta apresentada pela TV Manchete, observados os aspectos modificados na referida negociação, e, curiosamente, em , um dia antes, o Presidente da entidade já houvera aposto o 'de acordo' no documento lavrado por aquele órgão técnico. A pedido do BB, a campanha publicitária foi aprovada pela Assessoria de Divulgação da Presidência da República em

8 O valor total do patrocínio foi fixado em Cr$ ,16, pagáveis em sete parcelas mensais, a partir de dezembro/91, e o esquema comercial consistia em inserções publicitárias durante o período da novela. Do valor de cada parcela, 50% seriam utilizados para abatimento da dívida do Grupo Bloch junto ao BB e os 50% restantes pagos em espécie. Para o 'merchandising' o preço total foi estipulado em Cr$ ,00, pagáveis também em sete parcelas mensais, a partir de dezembro/91, e o esquema comercial previa a ocorrência de ações em aproximadamente 60 capítulos da novela. Em ambos os casos, se necessário, o pagamento das comissões de agência seria efetuado pela TV Manchete. Após o pagamento da 1ª parcela a TV Manchete propôs a antecipação das demais, mediante redução do desembolso correspondente às taxas praticadas em desconto de duplicatas. Nessa nova negociação, convencionou-se que a operação seria efetuada sobre as parcelas restantes do 'merchandising' e 50% das parcelas restantes do patrocínio, aplicando-se a taxa de 17,5% para desconto. Surpreendentemente, dos 50% restantes que seriam utilizados para abatimento da dívida do grupo, 20% de cada parcela seriam creditados à TV Manchete para pagamento relativo à comissão das agências de propaganda, passando o Banco a arcar com despesa que, conforme a primeira tratativa, era de responsabilidade da Manchete. O Presidente do Banco à época, Sr. Lafaiete Coutinho Torres, autorizou essa combinação em despacho exarado em e, dessa forma, o total pago antecipadamente à TV Manchete foi de Cr$ ,27. O Relatório dos auditores internos da entidade afirma que, relativamente ao patrocínio/merchandising, 'inexiste contrato formal entre as partes'. Revela também que dos espaços comerciais disponíveis o Banco não utilizou 139 créditos de 30", avaliados, em dezembro/93, em CR$ ,00." 5. No item "Considerações" constante do Relatório de Inspeção Extraordinária a equipe auditora registrou algumas observações e conclusões preliminares, que a seguir destaco: "O Grupo Bloch tem recebido do Banco, ao longo dos anos, tratamento diferenciado, haja vista que o atendimento de suas pretensões revestiu-se, invariavelmente, de concessões especiais.

9 Não obstante as oportunidades recebidas, sua inadimplência mostra-se crescente. Trata-se de um relacionamento comercial curiosíssimo. De um lado, o Grupo Bloch, sistematicamente, não honra seus débitos e, do outro, o Banco, sistematicamente, concede-lhe novos créditos, seja através de empréstimos, acatamento de cheques sem fundos e até mesmo de pagamentos antecipados sem respaldo contratual. O artigo 153 da Lei nº 6.404/76 estatui que o administrador de uma companhia, no exercício de suas funções, deve ter o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo emprega na gerência dos seus próprios negócios. É perfeitamente crível que os administradores que se decidiram favoravelmente à concessão dos empréstimos e dos acolhimentos de cheques sem provisão de fundos, realizados após a composição de dívidas anteriores, não teriam visto tantos motivos para excepcionalidades se a fonte dos recursos envolvidos fossem seus próprios bolsos. No caso do patrocínio/merchandising da novela Amazônia, além da evidência do pagamento antecipado, sequer havia instrumento contratual formalizado, tendo ainda, como agravante, o fato de que o Banco pagou e não utilizou o serviço, gerando-se um débito de CR$ ,00, a preços de dezembro/93." 6. Como conseqüência dos fatos trazidos pela equipe da 8ª SECEX foram promovidas as seguintes audiências prévias: a) dos Srs. Antônio Abrahão Chalita, ex-superintendente da SUPER/RJ, Manoel Trogo e Jorge Rangel Dantas Brasil, ex-gerentes da Agência Centro/RJ, para apresentarem justificativas sobre o acolhimento de cheques sem provisão de fundos, acima do limite de Cz$ 2 bilhões permitido pela SUPER/RJ ao Grupo Bloch (TV Manchete e Bloch Editores S/A), no período entre e , gerando um saldo devedor da ordem de Cz$ 3,626 milhões; b) dos Srs. Camillo Calazans de Magalhães, ex-presidente do BB, Paulo Rubens Mandarino, ex-vice-presidente de Operações no País, Sayde José Miguel, ex-diretor da DIREG/VIPER, em exercício, à época, Antônio Abrahão Chalita, ex-superintendente da SUPER/RJ, Amaury Loyola Connigham, ex-superintendente-adjunto/rj e Francisco de Assis de Souza Lopes, Chefe da SEIC/RJ, em exercício à época, para apresentarem justificativas sobre a concessão de empréstimo à Bloch Editores S/A, em , no valor de Cz$ 100 milhões, com

10 parecer contrário da Agência Tiradentes/RJ, dispensando tratamento especial e em caráter excepcional, quando sabidamente o Grupo Bloch não honrava seus compromissos com a Entidade; c) do Sr. Lafaiete Coutinho Torres, ex-presidente do Banco do Brasil S/A, para apresentar justificativas sobre: c1) autorização dada em para liberação de recursos no valor de Cr$ ,16 para a TV Manchete como patrocínio e merchandising da novela Amazônia, sem a formalização do respectivo contrato; e c2) autorização dada em para pagamento antecipado das parcelas restantes, avaliadas em dezembro de 1993 em CR$ ,00, referentes ao patrocínio e merchandising da novela Amazônia. 7. Em atendimento, compareceram aos autos os mencionados responsáveis, cabendo destacar que apenas os Srs. Lafaiete Coutinho Torres e Amaury Loyola Cunningham apresentaram arrazoados próprios de justificativas para os questionamentos suscitados, tendo os demais responsáveis limitado-se a ratificar informações prestadas pela Consultoria Jurídica do Banco do Brasil, alegando, em seus expedientes, que não possuiam registros das operações questionadas e que a busca de informações para subsidiar a elaboração de suas defesas tornava-se bastante dificultada ante o tempo decorrido. 8. A propósito, registrou o Analista da 8ª SECEX que, "regimentalmente, este procedimento não encontra amparo, haja vista que compete ao responsável citado, ou seu procurador legal, a apresentação de razões de justificativa e o concurso de órgão de consultoria jurídica é até admissível mas não da forma como foi feito, com a COJUR assumindo totalmente defesa dos responsáveis. Em face disso, poderia esta Corte desconsiderar, à luz do Regimento Interno, os esclarecimentos prestados pela COJUR e considerar como não apresentadas as justificativas pertinentes". Contudo, no intuito de privilegiar a mais ampla defesa dos implicados, manifestou-se pelo recebimento das mencionadas peças remetidas pela COJUR como razões de justificativa daqueles responsáveis. 9. Consta dos autos, ainda, a informação de que a audiência prévia do Sr. Manoel Trogo, ex-superintendente Adjunto/RJ, não foi concretizada, em virtude de seu falecimento. 10. Passo a transcrever, a seguir, excertos do exame efetuado pelo Analista da 8ª SECEX relativamente às justificativas apresentadas quanto aos fatos questionados em audiência, item por

11 item. "'a) acolhimento de cheques (pela Agência Centro/RJ), sem provisão de fundos, acima do limite de Cz$ 2 bilhões permitido pela SUPER/RJ ao Grupo Bloch (TV Manchete e Bloch Editores S/A), no período de a , gerando um saldo devedor da ordem de Cz$ milhões.' Pelo entendimento desta Secretaria, estariam implicados o ex-superintendente da SUPER/RJ, Antônio Abrahão Chalita, e os ex-gerentes da agência Centro-RJ, Srs. Manoel Trogo e Jorge Rangel Dantas Brasil. Na verdade, o Sr. Trogo exercia a Superintendência Regional Adjunta/RJ. As justificativas apresentadas à AUDIT na ocasião pelos referidos senhores foram pela negativa de envolvimento, afirmando que jamais haviam autorizado quaisquer procedimentos daquela natureza. Não obstante a negativa dos envolvidos e a manifestação da COJUR, esta Secretaria considerou inaceitáveis aquelas justificativas em virtude do conteúdo do expediente GEROP/88, de (fl.48 do Vol.I), no qual o ex-gerente, Rangel, se reporta ao ex-superintendente, Chalita, informando-lhe que o saldo devedor do Grupo Bloch naquela data já ultrapassava em Cz$ mil o limite de Cz$ 2 bilhões admitido pela SUPER e acrescentava "Nada obstante, conforme orientação dessa SUPER, estamos acolhendo todos os cheques apresentados hoje pelas empresas TV Manchete e Bloch Editores, procedimento para o qual pedimos conformidade." (grifo nosso). À vista da contradição observada entre a negativa apresentada e o expressamente declarado no documento acima, esta Secretaria propôs a realização da audiência para a apresentação das justificativas que ora examinamos. As justificativas da COJUR são extremamente lacônicas, limitando-se a transcrever expediente da agência Centro/RJ, endereçado à SUPER/RJ, já do conhecimento deste Tribunal (fl.50 do Vol.I) e acrescentando que 'vale esclarecer-se, também, que durante esse período vários créditos foram efetuados na conta corrente da devedora. Contudo, estes lançamentos foram insuficientes a impedir que o débito ultrapassasse o limite fixado pela SUPER/RJ. Sem dúvida, o desconto de duplicatas, os juros cobrados, o IOF, em

12 valores expressivos, contribuíram para a elevação do débito da correntista.' Quanto ao Sr. Rangel, inicia sua defesa afirmando que 'jamais autorizei, seja por escrito ou verbalmente, o acatamento de débitos e/ou pagamentos de cheques emitidos sem suficiência de fundos pelo Grupo Bloch...' (grifos no original). Resumindo, o alegante reconhece que houve o excesso de saldo devedor acima do limite fixado de Cz$ 2 bilhões e fundamenta sua defesa na questão da impossibilidade de acompanhar o montante do saldo devedor em função dos débitos automáticos efetuados pelo CESEC, relativos aos juros, comissões de permanência e IOF, dentre outros. Em nosso entendimento, o que esta Secretaria está questionando não é propriamente o excesso do saldo devedor mas o acolhimento de cheques visivelmente sem fundos, em , haja vista que o saldo devedor da conta quando da decisão de acolher os cheques já era superior ao limite de Cz$ 2 bilhões. Tal procedimento, à vista do contido no expediente GEROP/88 (fl.48 do Vol.I), foi adotado com a explícita intenção de assim o fazer, configurando-se a irregularidade praticada pelo Gerente Geral da agência Centro/RJ, Sr. Jorge Rangel Dantas Brasil, juntamente com a Superintendência Regional Adjunta/RJ, ocupada pelo Sr. Manoel Trogo (já falecido) e com a concordância da Superintendência Regional/RJ, ocupada pelo Sr. Antônio Abrahão Chalita. Complementando as informações prestadas pela COJUR..., o ex-superintendente Regional/RJ, Antônio Abrahão Chalita, em expediente...afirma que jamais autorizara o acolhimento de cheques até os Cz$ 2 bilhões tidos como limite determinado pela SUPER. Em nosso entendimento, as alegações apresentadas pelo ex-superintendente são improcedentes, haja vista que para eximir-se das responsabilidades a ele impostas pelas expressões contidas no expediente do Gerente Geral às fls. 48 do Volume I ('...o limite permitido por essa Superintendência...';'...conforme orientação dessa SUPER...';'...para o qual pedimos conformidade.') o alegante ampara-se na diluição da responsabilidade entre as Superintendências Adjuntas, alegando até que, em alguns casos, haveria trânsito de correspondências envolvendo operações

13 relevantes como as da Bloch sem que o titular tomasse ciência. Tal alegação nos parece inadmissível em virtude de que o cargo de Superintendente Regional Adjunto é subordinado ao de Superintendente Regional e não há como se admitir a exclusão da responsabilidade do titular sobre assuntos tratados pelos adjuntos. No caso específico, se o Sr. Manoel Trogo,..., realmente autorizou a Agência Centro a acolher os cheques, o fez em nome da SUPER/RJ, despachando como se fôra o titular e se este não tomou ciência do ocorrido, caracteriza-se uma omissão diante das responsabilidades do cargo que ocupava. 'b) concessão de empréstimo à Bloch Editores S/A, em , no valor de Cz$ 100 milhões, com parecer contrário da Agência Tiradentes/RJ, dispensando tratamento especial e em caráter excepcional, quando sabidamente o Grupo Bloch não honrava seus compromissos com a referida Instituição Financeira.' Relativamente a este tópico, estão implicados o ex-presidente, Camillo Calazans de Magalhães; o ex-vice-presidente de Operações no País, Paulo Rubens Mandarino; o ex-diretor substituto da DIREG/VIPER, Sayde José Miguel; o ex-superintendente da SUPER/RJ, Antônio Abrahão Chalita; o ex-superintendente-adjunto/rj, Amaury Loyola Cunningham; e o Chefe da SEIC/RJ, à época, Francisco de Assis de Souza Lopes. As justificativas do Sr. Cunningham, que analisaremos preliminarmente, referem-se genericamente às operações de crédito concedidas pelo Banco à Bloch sem, contudo, entrar em detalhes da operação ora sob comento, alegando que o fato é antigo e que o Banco não lhe fornecera elementos necessários ao embasamento de sua defesa. Analisando as informações...somos de entendimento que elas não se prestam ao atendimento da solicitação efetuada no ofício de audiência, haja vista a generalização que contém. O que de fato foi questionado por esta Secretaria ficou sem resposta. Analisando por partes a defesa da COJUR, temos que inicialmente a garantia hipotecária do imóvel não era tão 'robusta' como afirma a COJUR, haja vista que o imóvel já fôra vinculado ao Banco no acordo firmado em e, desta feita, a hipoteca era

14 em grau subseqüente. Ademais, o aval dos diretores não assegurou com o rigor afirmado a dívida assumida, tanto que a mesma não foi honrada no prazo pactuado (60 dias), fazendo-se necessário o ajuizamento da ação de cobrança da dívida na 32ª Vara Cível. Em segundo lugar, a liquidez comercial da empresa não indicava, como alega a COJUR, que o seu perfil extrapolasse os parâmetros estabelecidos pelo Banco para concessões da espécie, haja vista que as responsabilidades do Grupo já montavam a Cz$ mil e a concessão foi admitida pela SUPER/RJ em caráter excepcional, considerando-se o tratamento especial dispensado ao Grupo. Ora, se fosse uma empresa com índice de liquidez como o alegado, não haveria necessidade do 'tratamento especial' dispensado nem de concessão em caráter excepcional. Não restam dúvidas de que a SUPER/RJ errou ao desprezar a posição da agência bem como errou toda a Diretoria, ao acatar a sugestão da SUPER/RJ e conceder o empréstimo em condições desfavoráveis ao Banco, dispensando tratamento especial ao Grupo. 'c) autorização dada em para liberação de recursos no valor de Cr$ ,16 (...) para a TV Manchete como patrocínio e merchandising da novela Amazônia, sem a formalização do respectivo contrato.' Para se justificar sobre o fato questionado foi citado apenas o então Presidente Sr. Lafaiete Coutinho Torres... Destacamos dois pontos da defesa do ex-dirigente que gostaríamos de comentar. O primeiro diz respeito à afirmação transcrita no item 71 retro. À vista do parágrafo de conclusão do expediente COTEC/COMAC/PROMO-3460 (fl. 73 do Vol.I), é inegável que o ex-presidente autorizou, colocando o seu 'de acordo', a liberação dos recursos para a TV Manchete, descartando, assim, parte de sua defesa que se apoiava naquela negativa. O segundo ponto refere-se à alegação de que não fôra alertado para o fato de inexistir contrato assinado procurando, dessa forma, eximir-se da responsabilidade pela omissão, fazendo constar, inclusive, citação de Carvalho de Mendonça. Amparado naquela alegação o ex-dirigente considera que a falha, que ele implicitamente reconhece que houve, não foi provocada por culpa ou

15 dolo de sua parte. O ato praticado, apesar de configurar ilegalidade por ser contrário a norma legal vigente, não estava caracterizado expressamente como crime. Apesar disso, indubitavelmente, emerge a culpa do alegante na irregularidade praticada, devendo, assim, responder pelo dano decorrente de sua culpa, embora não tenha resultado em prejuízo financeiro à instituição, haja vista que a novela foi produzida. 'd) autorização dada em para pagamento antecipado das parcelas restantes, avaliadas em dezembro de 1993 em CR$ ,00 (cento e noventa e oito milhões, cento e cinqüenta e sete mil, novecentos e noventa e nove cruzeiros reais), referentes ao patrocínio e merchandising supramencionados.' Com efeito, consideramos pertinentes as justificativas do ex-presidente (Lafaiete Coutinho Torres) e entendemos por acatá-las, haja vista que, apesar da não formalização de contrato, a dívida do Banco para com a emissora era líquida e certa, composta de 6 (seis) parcelas mensais. Caso o Banco não concordasse com o desconto, a TV Manchete conseguiria descontar os títulos em qualquer outro banco, dada a solidez e a certeza do recebimento da dívida. Neste aspecto, o que fez o Banco foi agir normalmente como um banco comercial numa operação de desconto de títulos." 11. Em conclusão, propôs o Analista informante: "a) não acolher as razões de justificativa apresentadas pelos Srs. Antônio Abrahão Chalita, Jorge Rangel Dantas Basil, Camillo Calazans de Magalhães, Sayde José Miguel, Amaury Loyola Cunningham, Francisco de Assis Souza Lopes e Paulo Rubens Mandarino; b) acolher as razões de justificativa apresentadas pelo Sr. Lafaiete Coutinho Torres apenas no tocante ao questionado no item 'b' do Ofício nº 426/94 - SECEX-8; c) aplicar, nos termos do 2º do artigo 188 do Regimento Interno deste Tribunal, c/c parágrafo único do art. 43 da Lei nº 8.443/92, aos responsáveis nominados na alínea 'a' supra a multa prevista no inciso III do art. 214 do mesmo Regimento; d) aplicar ao responsável nominado na alínea 'b' supra a multa prevista no inciso II do artigo 214 do Regimento Interno deste

16 Tribunal, c/c inciso II do artigo 58 da Lei nº 8.443/92; e) apreciar, quando ao mérito das questões relatadas, as sugestões da equipe de inspeção desta SECEX consignadas em seu relatório à fl. 24, itens 'a' 'b' e 'd'; f) determinar a juntada do presente processo às contas do Banco do Brasil S/A, relativas ao exercício de 1991, para exame em conjunto e em confronto; e g) levantar a chancela de sigilo aposta aos presentes autos." 12. A Sra. Diretora da 2ª Divisão Técnica da 8ª SECEX discordou das conclusões do Analista. Transcrevo, a seguir, excertos do Parecer, destacando os pontos discordantes: "A faixa de discricionariedade da atuação de um gerente de banco contempla, segundo nosso entendimento, a opção de acolher cheques sem provisão de fundos ante o conhecimento prévio do ingresso de recursos na respectiva conta-corrente nos dias seguintes ao acolhimento, por exemplo. Além disso, sobre os excessos verificados incidem todos os encargos pertinentes à espécie, não havendo, em tese, prejuízo à instituição financeira se regularizado o valor excedido. No caso aqui tratado, e tendo em vista as ponderações acima, entendemos, s.m.j., que só dispomos de indícios de favorecimento ao Grupo Bloch, não sendo possível afirmar que, de fato, o Gerente e os Superintendentes Regionais, Srs. Jorge Rangel Dantas Brasil, Manoel Trogo (já falecido) e Antônio Abrahão Chalita, autorizaram o acolhimento dos cheques em provisão de fundos extrapolando sua faixa de discricionariedade." O empréstimo de Cz$ 100 milhões concedido à Bloch Editores S/A, em , revestiu-se de características excepcionais haja vista que, além das restrições relativas ao próprio crédito, as dívidas do Grupo Bloch haviam sido renegociadas em , envolvendo valores cujas datas de contratação retroagiam ao ano de O Banco...ressaltou 'que a boa técnica bancária autoriza reabrir-se crédito a empresas que regularizam/amortizam seus débitos junto ao Banco, através de composição de dívidas com a constituição de sólidas garantias, principalmente, para o capital de giro, com o escopo de evitar-se a paralisação de suas atividades e ensejar o impulso necessário ao seu desenvolvimento negocial, de forma a permitir o retorno dos capitais mutuados.'

17 A situação que se pode observar, no caso, é a busca, pelo administrador, de soluções aceitáveis no domínio do direito privado, com vistas a possibilitar a recuperação financeira do cliente, de modo a viabilizar, a médio e longo prazo, o adimplemento de suas obrigações. Em face do exposto, em especial no que se refere às amortizações que vinham sendo efetuadas, entendemos, s.m.j., que a concessão do empréstimo de Cz$ 100 milhões à Bloch Editores S.A., mesmo tendo sido feita em caráter excepcional e dispensando tratamento especial, não se revestiu de qualquer ilegalidade. A autorização dada em para liberação de recursos à TV Manchete, no valor total de Cr$ ,16, relativos a patrocínio e merchandising da telenovela AMAZÔNIA, sem a conseqüente formalização de contrato, reveste-se do caráter ilegal de que trata o art. 50, parágrafo único, do Decreto-lei nº 2.300/86, vigente à época. Caso semelhante ao aqui discutido foi objeto do TC /92-4, Tomada de Contas Especial do Sr. Lafaiete Coutinho Torres, tratando, dentre outros assuntos, de autorização de pagamento sem a devida formalização prévia de contrato. O referido processo foi apreciado em Sessão Plenária de (Ata nº 14/94-Plenário), tendo aquele Colegiado proferido Decisão no sentido de acolher as razões de justificativa apresentadas pelo responsável para julgar as contas regulares com ressalva. No presente caso temos também que o serviço foi efetivamente prestado, em condições favoráveis, face aos descontos obtidos, haja vista que a telenovela AMAZÔNIA foi produzida, sem que tenha havido prejuízo para o Banco, razão pela qual defendemos, em caráter excepcional, tratamento no mesmo sentido. 13. No mérito, propôs a Sra. Diretora, com o endosso do então Secretário da 8ª SECEX: "a) acolher as razões de justificativa apresentadas pelos Srs. Antônio Abrahão Chalita, Lafaiete Coutinho Torres, Jorge Rangel

18 Dantas Brasil, Camillo Calazans de Magalhães, Sayde José Miguel, Amaury Loyola Cunninghan e Francisco de Assis de Souza Lopes; b) acolher as razões de justificativas apresentadas pelo Sr. Lafaiete Coutinho Torres, em caráter excepcional, no que se refere à autorização dada em para liberação de recursos para a TV Manchete, a título de patrocínio e merchandising da telenovela AMAZÔNIA, sem a formalização do respectivo contrato; c) determinar ao Banco do Brasil S.A. que: c.1) nas futuras prestações de contas informe sobre o encaminhamento e/ou possíveis soluções encontradas para os débitos pendentes do Grupo Bloch; c.2) evite conceder empréstimos a inadimplentes contumazes; d) determinar à Secretaria de Controle Interno do Ministério da Fazenda que, por ocasião das futuras prestações de contas do Banco do Brasil S.A., faça constar em seu Relatório de Auditoria informações acerca do andamento dos processos de cobrança judicial contra o Grupo Bloch impetrados pelo Banco junto à 32ª e 38ª Varas Cíveis no Estado do Rio de Janeiro; e) encaminhar cópia da Decisão que vier a ser proferida nos autos, bem como do Relatório e Voto que a fundamentarem, ao Presidente do Congresso Nacional; f) juntar os presentes autos às contas do Banco do Brasil S.A. referentes ao exercício de 1991, para exame em conjunto e em confronto; e g) levantar a chancela de sigilo aposta aos autos" 14. Considerando a relevância dos assuntos tratados nos autos, e ainda a divergência dos pareceres, solicitei a manifestação do douto Ministério Público, que representado nos autos pelo Subprocurador-Geral Dr. Lucas Rocha Furtado, em linha de concordância com o Sr. Analista da 8ª SECEX, lavrou percuciente Parecer, do qual permito-me transcrever a essência: "Entende este Ministério Público...que, independentemente da análise isolada de cada ato administrativo, sobressai dos autos a deliberada infringência a princípios norteadores da administração pública, alguns dos quais ínsitos no "caput" do art. 37 da Constituição Federal. Houve, indubitavelmente, no conjunto de ações examinadas neste processo, claro favorecimento à Rede Manchete. Observe-se que, nesse particular, foram outorgados àquela empresa, em condições que outras jamais teriam acesso, benefícios como acolhimento de cheques

19 visivelmente sem provisão de fundos, concessão de empréstimo em época em que o Grupo Manchete sabidamente não honrava seus compromissos e liberação, mediante mera autorização verbal, de vultosa quantia a título de patrocínio e merchandising. Tais procedimentos, ainda que praticados sob o manto de aparente legalidade, se observados dentro de um contexto global, terminaram por ferir frontalmente os princípios da moralidade, da igualdade e da impessoalidade. Deve-se relembrar que os princípios são linhas diretivas, de natureza ética, estabelecidas com fundamento na consciência do povo, em determinada sociedade e época. Os princípios gerais de cada sistema jurídico informam e iluminam a compreensão dos diversos segmentos normativos, permitindo ao legislador criar novos institutos e, ao intérprete, obter o entendimento dos institutos vigentes. Nessa linha de desenvolvimento, os princípios básicos da administração pública, no dizer de HELY LOPES MEIRELLES, constituem 'os fundamentos da ação administrativa ou, por outras palavras, os sustentáculos da atividade pública. Relegá-los é desvirtuar a gestão dos negócios públicos e olvidar o que há de mais elementar para a boa guarda e o zelo dos interesses sociais' ('in' Direito Administrativo Brasileiro, 17ª ed., p. 82). O princípio da moralidade, segundo DIÓGENES GASPARINI, significa 'que o ato e a atividade da Administração Pública devem obedecer não só à lei mas à própria moral, porque nem tudo que é legal é honesto, conforme afirmavam os romanos' ('in' Direito Administrativo, 2ª ed., p. 7). O princípio da isonomia ou igualdade dos administrados, ensina CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, firma a tese de que a Administração 'não pode desenvolver qualquer espécie de favoritismo ou desvalia em proveito ou detrimento de alguém. Há de agir com obediência ao princípio da impessoalidade' ('in' Curso de Direito Administrativo, 4ª ed., p. 31). Assim, 'as pessoas administrativas não têm portanto disponibilidade sobre os interesses públicos confiados à sua guarda e realização' (op. cit., p. 24). Logo, o que se procura vedar, com tal princípio, nas palavras de HELY LOPES MEIRELLES, 'é a prática de ato administrativo sem interesse público ou conveniência para a Administração, visando unicamente a satisfazer interesses privados, por favoritismo ou perseguição dos agentes governamentais...' (op. cit., p. 86), sendo

20 que 'o ato ou contrato administrativo realizado sem interesse público configura desvio de finalidade' (op. cit., p. 82). Para DIÓGENES GASPARINI, ocorre desvio de finalidade quando 'o agente público que somente pode praticar ato ou agir voltado para o interesse público que acaba por praticar ato ou atuar para satisfazer a um interesse privado' (op. cit., p. 59). Nessa hipótese, conforme defende o autor, 'há legalidade, especificamente chamada de desvio de finalidade, que leva a nulidade ao ato administrativo que a contém.' (op. cit., p. 60) Cabe recordar aqui os dizeres de CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO: 'é mais grave violar um princípio do que uma norma cogente'. Com efeito, 'ao se descumprir uma norma, retira-se um tijolo da casa; ao se violar um princípio, abala-se toda a estrutura do prédio'. Nesse contexto, aceitar como lícitos e perfeitos os atos praticados pelos responsáveis arrolados no presente processo significaria negar a validade dos mais nobres princípios orientadores da Administração Pública." 15. Conclusivamente, o Ministério Público manifestou-se pelo não acolhimento das razões de justificativa apresentadas pelos responsáveis e pela aplicação, aos Srs. Antônio Abrahão Chalita, Jorge Rangel Dantas Brasil, Camillo Calazans de Magalhães, Sayde José Miguel, Amaury Loyola Conningham, Francisco de Assis Souza Lopes, Paulo Rubens Mandarino e Lafaiete Coutinho Torres, da multa cominada no art. 58, inciso II, da Lei nº 8.443/92, respeitando-se o limite estabelecido no art. 53 do Decreto-lei nº 199/67, vigente à época dos fatos. É o Relatório. Voto do Ministro Relator: Consoante constatado pela equipe auditora deste Tribunal, confirmou-se o tratamento diferenciado conferido pelo Banco do Brasil ao Grupo Bloch e TV Manchete, quer pela liberação de créditos indevidamente lastreados, quer pelo acatamento contumaz de cheques desprovidos de fundos. Não obstante esse tratamento privilegiado, o Grupo Bloch vem oferecendo resistência para a recomposição de seus saldos devedores desde o final da década de 40. Sem pretender ser irônico, força convir que cinqüenta anos deveria ser tempo suficiente para que o Banco do Brasil passasse a conferir ao então "cliente preferencial" tratamento condizente com sua reciprocidade, palavra essa tão comumente valorizada nos meios

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