DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

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1 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO AUDIÊNCIA TRABALHISTA Prof. Antero Arantes Martins

2 AUDIÊNCIA UNA. Introdução. A própria Secretaria da Vara, independentemente de despacho do Juiz, procede a notificação (nome que se dá à citação no Processo do Trabalho) da reclamada. Trata-se de notificação postal que é acompanhada de cópia da petição inicial (só da petição, sem documentos). Após, o processo permanecerá em Cartório aguardando o dia designado para audiência. Segundo a CLT, a audiência é UNA, ou seja, para atender os Princípios da Celeridade e da concentração de atos, tudo deve ocorrer num só ato.

3 AUDIÊNCIA UNA. Introdução. Para facilitar o entendimento deste ato complexo, organizou-se o quadro abaixo, dividindo a audiência em sete passos. É importante entender a dinâmica da audiência.

4 AUDIÊNCIA UNA. Previsão da CLT 1. Comparecimento. 4. Prova oral 7. Sentença 2. Primeira tentativa de Conciliação 5. Debates Orais Finais 3. Defesa do Reú 6. Última tentativa de conciliação

5 AUDIÊNCIA TRIPARTIDA. 1. Comparecimento. 4. Prova oral 7. Sentença 2. Primeira tentativa de Conciliação 5. Debates Orais Finais 3. Defesa do Reú 6. Última tentativa de conciliação Sessão Inicial Sessão de instrução Sessão de julgamento

6 AUDIÊNCIA BIPARTIDA. 1. Comparecimento. 4. Prova oral 7. Sentença 2. Primeira tentativa de Conciliação 5. Debates Orais Finais 3. Defesa do Reú 6. Última tentativa de conciliação Audiência UNA. Sessão de julgamento

7 Audiência Una Nem sempre é possível realizar audiência UNA. Veja-se o exemplo de um processo que demande prova pericial. A perícia, por óbvio, não pode ser realizada em audiência. Portanto, neste caso o Juiz deve suspender o ato para realização da perícia. Também é possível o adiamento da audiência quando a parte convida a testemunha e esta não comparece (art. 825, parágrafo único da CLT). Neste caso, a sessão será suspensa para que a testemunha seja arrolada e posteriormente intimada pelo Juízo. Existem outras hipóteses de adiamento, citando-se as duas anteriores apenas a título de exemplo. Isto para demonstrar que a audiência é UNA por princípio, mas não é uma regra absoluta.

8 Audiência Una No Processo do Trabalho, o arquivamento corresponde à extinção do feito sem exame do mérito, por desinteresse da parte. Dando causa ao primeiro arquivamento, o reclamante pode propor uma segunda ação, desde que pague as custas do processo anterior. No segundo arquivamento, o reclamante pode propor uma terceira ação, desde que pague as custas do processo anterior e espere 06 meses. No terceiro arquivamento o reclamante não poderá propor uma quarta ação, perdendo o direito de ação por perempção.

9 Ausência do reclamante. Redação anterior Art. 844 O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o nãocomparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato Parágrafo único Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência. X IDEM Nova redação X 1 o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência. INEXISTENTE X 2 o Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. INEXISTENTE X 3 o O pagamento das custas a que se refere o 2 o é condição para a propositura de nova demanda.

10 COMPARECIMENTO À AUDIÊNCIA. PREPOSTO. Art. 843 [...] 3º O preposto a que se refere o 1º deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.

11 AUDIÊNCIA UNA. Revelia Se é a reclamada quem está ausente injustificadamente na audiência UNA ou inicial, a penalidade é a revelia nos termos do art. 844 da CLT. Revelia é um estado inercial do réu no processo equivalente à ausência de defesa. Sendo assim, o autor nunca pode ser revel. Não confundir revelia com confissão (presumir verdade um fato alegado pela parte contrária). A presunção de verdade dos fatos narrados na exordial é uma das conseqüências da revelia e não a própria revelia.

12 Ausência da Reclamada. Redação anterior Nova redação INEXISTENTE X 4 o A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se: I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. INEXISTENTE X 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.

13 AUDIÊNCIA UNA. Confissão Vimos que a audiência de continuação é chamada de audiência de instrução. Se a parte for ausente nesta audiência de instrução, não se aplica o art. 844 da CLT e sim a Súmula 74 do C. TST. Esta confissão é presumida de admite prova em contrário. Veremos mais adiante, em provas que a confissão pode ser presumida ou absoluta.

14 Tentativas obrigatórias de conciliação O objetivo de todo processo é solucionar o conflito e trazer paz social. O Processo do Trabalho envolve conflito de classes (capital x trabalho) e este conflito é mais sensível às instabilidades sociais. Por conta desta característica, o Processo do Trabalho tem como prioridade a conciliação entre as partes. Sendo assim, o juiz tem obrigação de tentar a conciliação no processo em duas oportunidades, sob pena de nulidade. A primeira, logo que as partes atendem ao pregão, antes mesmo de receber a defesa (2º passo) e a última após o término dos debates orais, antes do julgamento (6º passo).

15 Tentativas obrigatórias de conciliação Se a conciliação for alcançada, interrompe-se o restante do procedimento. Será lavrada ata com os termos da conciliação e, após a homologação do juiz, tal valerá como decisão que extingue o processo com exame de mérito irrecorrível. Este termo somente poderá ser atacado por via da ação rescisória, regida pelo art. 966 do Código de Processo Civil/2015. Apenas o INSS pode recorrer, caso entenda que na conciliação houve fraude às contribuições previdenciárias.

16 DEFESA Redação anterior Art Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. X IDEM Nova redação INEXISTENTE X Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência. (NR) INEXISTENTE X ART. 841, 3 o Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. (NR)

17 Defesa do réu. Segundo procedimento previsto na CLT a defesa do réu é apresentada oralmente e no prazo de vinte minutos. A praxe, entretanto, substituiu tal procedimento pela entrega da defesa escrita. A notificação (nome que se dá à citação no Processo do Trabalho) é um ato de duplo efeito, eis que dá noticia ao réu da existência da ação e lhe convoca a respondê-la e sob pena de revelia. Defender-se não é uma obrigação do réu, porque ninguém é obrigado a litigar. Diz-se que a defesa é um ônus do réu, porque em não o fazendo se sujeita aos efeitos da revelia.

18 EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. Redação anterior Art Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. Nova redação X Art Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo. INEXISTENTE X 1 o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção. INEXISTENTE X 2 o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. INEXISTENTE X 3 o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente. INEXISTENTE X 4 o Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente. (NR)

19 Exceção. No sentido amplo, toda a defesa do réu é exceção, eis que se destina a excluir de seu campo jurídico a pretensão do autor, mediata ou imediata. O sentido estrito (exceções processuais) é que será aqui visto. A exceção processual, também chamada de instrumental, é o modo de atacar um dos pressupostos processuais específicos do Juiz. Não se dirige à parte contrária, mas à pessoa ou órgão jurisdicional por onde tramita a ação. Exceção, portanto, é o meio de defesa destinado a afastar o juiz da causa.

20 Exceção de incompetência Já vimos que a incompetência pode ser absoluta ou relativa. A incompetência absoluta não é argüível por exceção e sim em preliminar de contestação. A incompetência relativa é argüível por esta via porque é prorrogável, exigindo-se, portanto, da parte, expressa recusa. A exceção deve ser apresentada por petição escrita. O Juiz pode indeferir liminarmente, se manifesta for a improcedência ou inepta for a peça. Caso contrário, abrirá prazo de 24 horas para resposta, mas usualmente é feita na própria audiência para não acarretar na interrupção do ato. Se necessário, far-se-á dilação probatória (prova oral e pericial, já que a documental deve acompanhar a exceção).

21 Exceção de impedimento ou suspeição. Ao Juiz cabe declarar-se, ex officio, impedido ou suspeito, cabendo à parte apresentar a exceção quando o Juiz assim não procede. Impedimento: Presunção absoluta de parcialidade do Juiz. Suspeição: Presunção relativa de parcialidade do Juiz; É preciso, entretanto, dizer que na hipótese do Juiz suspeito, se não for recusado via exceção, válida é a sua decisão.

22 Exceção de impedimento e suspeição. O motivo da recusa deve estar elencado nos artigos 144 (impedimento), 145 (suspeição) ou 147 (impedimento. Juizes parentes) do CPC/2015. É bom dizer que o impedimento e suspeição aplicam-se ao Ministério Público, ao serventuário, ao perito e ao intérprete. Recebida a exceção o Juiz pode acolhe-la e declarar-se impedido ou suspeito.

23 Reconvenção. Reconvenção é a ação do réu, contra o autor, no mesmo feito e Juízo em que é demandado. A reconvenção representa o meio adequado ao réu que, não se conformando em apenas resistir, passa a um contra-ataque, deduzindo nova pretensão em relação ao autor. Como toda a ação, a reconvenção está sujeita às condições da ação e aos pressupostos processuais.

24 Reconvenção. O art. 343 do CPC/2015 estabelece que a reconvenção é apresentada na contestação, rompendo com a tradicional posição de ser apresentada em peça em apartado. Prosseguirá nos autos da ação principal, e será com esta julgada. Não se confunde com compensação. Na compensação, o excesso do crédito do réu não autoriza a condenação do autor pela diferença. A reconvenção é instituto de direito processual, não importa em reconhecimento do crédito do autor, autoriza a condenação do reconvindo no excesso do crédito. Além disto, a reconvenção pode versar sobre direitos não obrigacionais e seu acolhimento não importa em rejeição da ação principal.

25 Contestação. Conceito: Contestação é o instrumento processual utilizado pelo réu para opor-se, formal ou materialmente, à pretensão deduzida em Juízo pelo autor. (Humberto Theodoro Júnior). Contestação é a peça de resistência que o réu apresenta ao pedido formulado na ação. É a espécie mais comum de defesa, razão pela qual é, incorretamente, confundida com esta última. Vimos que a petição inicial apresenta dois pedidos, o imediato e o mediato. A contestação pode resistir aos dois pedidos e é dividida em várias espécies, que serão examinadas separadamente.

26 Contestação. Contestação ritual ou processual: É a contestação destinada a resistir ao pedido imediato, ou seja, à pretensão de entrega da tutela jurisdicional. Neste tipo de contestação a reclamada não está discutindo o mérito da causa. Está sustentando que por alguma razão a tutela jurisdicional não pode ser entregue. As matérias que podem ser alegadas neste tipo de contestação estão relacionadas no art. 337 do Código de Processo Civil de 2015 e são chamadas de preliminares. Isto porque a alegação destas matérias deve ser feita antes da discussão do mérito da causa.

27 Contestação. Contestação de mérito: Como o próprio nome diz, a contestação de mérito é aquela que visa resistir ao pedido mediato, ou seja, ao próprio mérito da causa. Não está mais relacionada com vícios processuais, mas sim com a pretensão que o reclamante dirige diretamente à reclamada. Será contestação de mérito direta quando a reclamada negar o fato constitutivo do direito do autor, ou seja, aquele que foi narrado na exordial para sustentar o pedido.

28 Contestação. Ocorre contestação de mérito indireta quando a reclamada, em sua defesa, admite o fato constitutivo de seu direito e alega outro que seja modificativo, extintivo ou impeditivo deste direito. Extintivo: O direito nasce e morre. Modificativo: O fato gera situação jurídica diversa da pretendida pelo autor. Impeditivo: O fato não permite que o direito nasça.

29 Contestação. Contestação de mera interpretação de direito: Por vezes a reclamada resiste ao pedido mediato apenas negando a conseqüência jurídica do fato narrado, sem discutir o fato em si. Nestes casos, a reclamada aceita o fato constitutivo e não alega nenhum outro fato, negando apenas a conseqüência jurídica.

30 AUDIÊNCIA UNA. Defesa do réu. Considerações finais Na contestação o réu deve alegar toda a matéria de defesa. Decorre daí o princípio da Concentração ou da Eventualidade. (Art. 306, CPC/2015). Não o fazendo, ocorre a preclusão. Além disto, ao réu cabe o ônus da defesa específica. Ao negar o fato constitutivo do direito do autor, deve atacar especificamente cada fato narrado na exordial, sob pena de se presumir verdadeiros os não impugnados.

31 Contestação. Na contestação o réu deve alegar toda a matéria de defesa. Decorre daí o princípio da Concentração ou da Eventualidade. (Art. 306, CPC/2015). Não o fazendo, ocorre a preclusão. Além disto, ao réu cabe o ônus da defesa específica. Ao negar o fato constitutivo do direito do autor, deve atacar especificamente cada fato narrado na exordial, sob pena de se presumir verdadeiros os não impugnados.

32 DIREITO DO TRABALHO TEORIA GERAL DA PROVA Prof. Antero Arantes Martins

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34 Fase probatória. Teoria Geral. Encerrada a fase postulatória, existe a possibilidade de não haver fase probatória, passando-se direto para a fase decisória. Não se confunde com a tutela antecipada do art. 303 e 304 do CPC/2015. O Julgamento antecipado da lide ocorre quando a produção de provas é desnecessária. Contestação de mera interpretação de direito. Contestação de mérito cuja prova seja exclusivamente documental

35 Fase probatória. Teoria Geral. O QUE É PROVA? Prova é a soma dos fatores de convicção capazes de convencer o Julgador da existência de um fato. No Direito Brasileiro não existe hierarquia entre as provas, cabendo ao juiz sua livre convicção. Assim, por exemplo, não se pode dizer que um documento tenha maior valor do que o depoimento de uma testemunha.

36 Fase probatória. Teoria Geral. O QUE PROVAR? Regra geral: Fato: Acontecimento do mundo físico; Controvertido: Alegado por uma parte e não aceito por outro; Não confessado; Não seja público e notório; Exceção: Hipótese do art. 376 do Código de Processo Civil de Direito Municipal, Estadual ou Estrangeiro, à qual somamos direito decorrente de norma coletiva.

37 Fase probatória. Teoria Geral. Há que se ter em mente que, em regra geral, a prova tem por finalidade demonstrar um fato ao juiz. De regra não se faz prova do direito. ( Da mihi factum dabo tibi ius ). Exceção se faz apenas à hipótese do art. 376 do Código de Processo Civil. a parte que invocar direito municipal, estadual, estrangeiro ou de norma coletiva (convenção coletiva, acordo coletivo ou sentença normativa), deve provar ao juiz a existência deste direito, juntando aos autos cópia autenticada da norma que invoca. O juiz tem obrigação de conhecer apenas o ordenamento jurídico federal

38 Fase probatória. Teoria Geral. FATO CONTROVERTIDO Fato controvertido é aquele fato alegado por uma das partes que não é aceito pela parte contrária. Para o estudo do ônus da prova é fundamental saber identificar o fato controvertido. Vejamos dois exemplos:

39 Fase probatória. Teoria Geral. EXEMPLO 1 O empregado afirma que fazia horas extras e não as recebia. O empregador contesta afirmando que as horas extras foram pagas. Não resta mais dúvidas que as horas extras foram realizadas. A dúvida reside no pagamento das mesmas. EXEMPLO 2 O empregado afirma que nem todas as horas extras foram pagas. O empregador contesta afirmando que todas as horas extras foram pagas. Não resta dúvida que houve pagamento. A dúvida reside na existência de horas extras além das pagas.

40 DIREITO DO TRABALHO AULA 14 ÔNUS DA PROVA Prof. Antero Arantes Martins

41 ÔNUS DA PROVA. Sabendo então a finalidade da prova e seus princípios, resta saber A quem cabe a incumbência de prová-lo ao juízo? Qual a conseqüência de não conseguir realizar tal prova?

42 ÔNUS DA PROVA. A segunda pergunta é mais fácil de ser respondida. Se a parte deveria provar um fato e não o faz, terá uma decisão desfavorável naquele ponto. A primeira pergunta está ligada à teoria do ônus da prova, e é respondida com a análise do art. 818 da CLT combinado com o art. 373 do Código de Processo Civil de Se o fato controvertido for o constitutivo do direito, o ônus da prova é do reclamante; Se o fato controvertido for o modificativo, extintivo ou impeditivo do direito, o ônus da prova é da reclamada. Art. 373 do CPC/2015 e Art. 818 da CLT

43 ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO X FATO MODIFICATIVO, EXTINTIVO E IMPEDITIVO

44 ÔNUS DA PROVA. Petição Inicial Os fatos narrados na inicial são os que constituem o direito pretendido no pedido. Fatos Constitutivos Contestação Negar o Fato Constitutivo. O fato constitutivo, neste caso, é o controvertido e, portanto, o ônus da prova é do reclamante. (CONTESTAÇÃO DE MÉRITO DIRETA) Aceitar o fato constitutivo e alegar outro, extintivo, impeditivo ou modificativo. Neste caso o fato constitutivo não é mais controvertido e, portanto, não precisa ser provado. Passa a ser do réu o ônus de provar o novo fato que alegou. (CONTESTAÇÃO DE MÉRITO INDIRETA)

45 ÔNUS DA PROVA. Exemplo de contestação de Mérito Direta: Inicial Trabalhou na Reclamada Sem Registro. Contestação Não trabalhou na Reclamada A contestação nega o fato constitutivo da inicial. Portanto o ônus da prova é da Reclamante.

46 ÔNUS DA PROVA. Exemplos de Contestação de Mérito Indireta: Inicial Fez horas extras e não recebeu Contestação As horas extras foram pagas A contestação apresenta uma um fato extintivo de direito do autor. Portanto o ônus da prova é da Reclamada

47 ÔNUS DA PROVA. Exemplos de Contestação de Mérito Indireta: Inicial Trabalhou na Reclamada sem Registro Contestação Trabalhou na Reclamada como autônomo A contestação apresenta uma um fato modificativo de direito do autor. Portanto o ônus da prova é da Reclamada

48 ÔNUS DA PROVA. Exemplos de Contestação de Mérito Indireta: Inicial Fazia as mesmas funções que o paradigma e recebia menos Contestação Quando o autor foi contratado o paradigma contava com mais de dois anos de função. A contestação apresenta uma um fato impeditivo de direito do autor. Portanto o ônus da prova é da Reclamada

49 ÔNUS DA PROVA. A Contestação determina de quem é o ônus da prova Contestação de Mérito Direta Ônus da Prova do Reclamante Contestação de Mérito Indireta Ônus da Prova da Reclamada

50 ÔNUS DA PROVA. FATO POSITIVO X FATO NEGATIVO e INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

51 ÔNUS DA PROVA. Aquele que afirma a existência do fato tem que provar. Isto porque obrigar à parte a provar que algo nunca aconteceu seria imprimir um ônus excessivo à ela. Por isso, via de regra, não se admite ônus da prova negativa no processo.

52 ÔNUS DA PROVA. Deve-se tomar cuidado ao distinguir um fato negativo de uma afirmação. Para se caracterizar fato negativo, devese considerar a universalidade do fato. Ex: Ao negar a prestação de serviço pelo Reclamante, a Reclamada nega a existência de qualquer relação de trabalho com o Reclamante. Assim, o ônus da prova é do Reclamante Ao contrário, quando a Reclamada nega o vínculo de emprego, ela não alega fato negativo. Na realidade ela faz uma afirmação: O Reclamante prestou serviços para mim, MAS não era de natureza empregatícia. Por isso o ônus da prova é da Reclamada.

53 ÔNUS DA PROVA. Algumas vezes, contudo, ocorre a inversão do ônus da prova. Ou seja, o ônus da prova que normalmente seria de uma parte, respeitando os artigos 373 do CPC/2015 e 818 da CLT, passa a ser de outra. Essa hipótese é uma exceção, admitida no processo do trabalho em dois casos, as súmulas 338, III e 212 do TST Tal inversão não se faz pela hipossuficiência do empregado, nem pela aplicação do princípio do In Dubio Pro Operario, mas sim pela existência de alguma presunção. Súmula 212 do TST Súmula 338, III do TST

54 ÔNUS DA PROVA. Outro caso específico de inversão do ônus da prova no Processo do Trabalho ocorre com a Súmula 443 do C. TST, no caso de dispensa de empregado portador de doença crônica que cause estigma ou preconceito. A inversão do ônus da prova ocorre quando existe uma presunção em favor daquele que normalmente teria a incumbência de provar a alegação. Assim, já se presume verdadeiro aquilo que a parte alega, cabendo a outra parte realizar a prova.

55 ÔNUS DA PROVA. O CPC de 2015 concedeu ao Juiz, explicitamente, a possibilidade de inverter o ônus da prova conforme as circunstâncias do caso concreto, acolhendo o Princípio da aptidão da prova. Anteriormente a hipótese mais próxima era encontrada no CDC em favor do consumidor. A Lei /2017 transpoôs tal previsão legal para a CLT no parágrafo 1º do art Vamos verificar o dispositivo:

56 ÔNUS DA PROVA. Art O ônus da prova incumbe: I ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante. 1 o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 2 o A decisão referida no 1 o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido. 3 o A decisão referida no 1 o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. (NR)

57 ÔNUS DA PROVA. Princípio da aptidão. Inversão do ônus da prova. Situação em que, pela regra anterior, seria de uma parte, passa à outra. 1 o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. De regra será aplicado em favor do trabalhador, por ter o empregador maior facilidade na produção da prova. 2 o A decisão referida no 1 o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido. Questão: A decisão do Juiz instrutor em não inverter o ônus da prova o Juiz julgador está vinculado a esta decisão? E o Tribunal? Caso não esteja, qual a solução. 3 o A decisão referida no 1 o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. (NR)

58 ÔNUS DA PROVA. Além das duas regras anteriores (constitutivo x modificativo, impeditivo ou extintivo e não se admitir ônus da prova negativo), há também uma terceira regra. O magistrado se utilizará de seus conhecimentos comuns e técnicos, na ausência de regras particulares, para determinar o que deverá ser provado, conforme diz o artigo 375 do CPC/2015. É o dispositivo que traduz a máxima do direito: o ordinário se presume, o extraordinário se prova e o absurdo se rejeita de plano Art. 375 do CPC

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60 PRINCÍPIIOS

61 Fase probatória. Princípios. A Temática probatória é norteada por princípios. São eles: Contraditório e da ampla defesa Unidade da Prova Oralidade Proibição da Prova Obtida Ilicitamente Livre Convencimento do Juiz Necessidade da Prova Aquisição Persuasão Racional Imediação In Dubio Pro Operario Próximo

62 Fase probatória. Princípios. Princípio do contraditório e ampla defesa. Como em todos os atos processuais, estes princípios são igualmente aplicáveis às provas. Consistem na garantia conferida às partes de acompanhar todas as provas dos autos (contraditório) e sobre estas apresentar manifestação (ampla defesa). Ex: Realizar perícia de insalubridade sem permitir a entrada do empregado nas dependências da empresa viola o princípio do contraditório. Juntada de documento nos autos sem vista da parte contrária viola o princípio da ampla defesa. Voltar

63 Fase probatória. Princípios. Princípio do contraditório e ampla defesa. Como em todos os atos processuais, estes princípios são igualmente aplicáveis às provas. Consistem na garantia conferida às partes de acompanhar todas as provas dos autos (contraditório) e sobre estas apresentar manifestação (ampla defesa). Ex: Realizar perícia de insalubridade sem permitir a entrada do empregado nas dependências da empresa viola o princípio do contraditório. Juntada de documento nos autos sem vista da parte contrária viola o princípio da ampla defesa. Voltar

64 Fase probatória. Princípios. Princípio da necessidade da prova. É preciso que: a) o fato seja relevante para o deslinde da lide e; b) o fato não tenha sido confessado, não seja incontroverso e nem notório. Art Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias. Voltar

65 Fase probatória. Princípios. Princípio da unidade da prova. A prova deve ser analisada em seu conjunto, ou seja, é a soma dos fatores probantes colhidos nos autos. Não deve ser interpretada isoladamente. Voltar

66 Fase probatória. Princípios. Princípio da Proibição da prova obtida ilicitamente. Art. 5º, LVI, CF: são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. Tem aplicabilidade mitigada pelos Princípios Gerais da razoabilidade e proporcionalidade, a ponto de não se invalidar totalmente a prova. Ex: Gravação clandestina feita pela empregada que se destina a provar assédio sexual. Voltar

67 Fase probatória. Princípios. Princípio do livre convencimento do Juiz. As provas não tem valor tarifado e sim aquele que é conferido a elas pelo Juiz quando do julgamento. (Art. 131, CPC). Arts. 371 e 372 do CPC/2015 Voltar

68 Fase probatória. Princípios. Princípio da Persuasão racional. Tem sido confundido com o Princípio do Livre convencimento do Juiz. Não é correto. Livre convencimento é a capacidade que o Juiz tem de atribuir mais valor a uma prova do que a outra, independentemente de sua natureza (oral, documental, pericial). Art. 489, 3º do CPC/2015: 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé. Voltar

69 Fase probatória. Princípios. Princípio da Persuasão racional. Persuasão racional é a demonstração lógica do convencimento do Juiz no julgamento da causa. Está mais ligado ao Princípio da Motivação das decisões judiciais. Sempre existiu no ordenamento jurídico brasileiro, mas, o CPC de 2015, no art. 489, estabeleceu rigorosos critérios para tal demonstração, o que será estudado na aula própria. Voltar

70 Fase probatória. Princípios. Art São elementos essenciais da sentença: II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. Voltar

71 Fase probatória. Princípios. Princípio da Oralidade. Trata-se de Princípio Geral do Direito Processual do Trabalho. Art O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas. Voltar

72 Fase probatória. Princípios. Princípio da Imediação O Juiz, como diretor do processo, colhe direta e imediatamente as provas dos autos, sendo-lhe facultado interrogar os litigantes e determinar a produção de provas. Voltar

73 Fase probatória. Princípios. Princípio da Aquisição. Uma vez produzida, a prova é adquirida pelo processo, sendo irrelevante a parte que a produziu. Art O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. Voltar

74 Fase probatória. Princípios. Princípio in dubio pro operario Grande divergência jurisprudencial e doutrinária: 1ª corrente: É Princípio de Direito Processual que mitiga a teoria do ônus da prova de sorte que havendo prova inconclusiva há que se reconhecer o fato alegado pelo trabalhador. 2ª corrente: É Princípio de Direito Material que orienta a interpretação do direito, restando inabalável a teoria do ônus da prova. Voltar

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