O QUE SÃO REDES? O QUE SÃO REDES SOCIAIS? REDES SOCIAIS - PARA QUÊ? COMO FORMAR REDES?
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- Rafael Botelho Caldas
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1 O QUE SÃO REDES? O QUE SÃO REDES SOCIAIS? REDES SOCIAIS - PARA QUÊ? COMO FORMAR REDES? Marilene Maia marilene@unisinos.br
2 O QUE SÃO REDES
3 A origem etimológica da palavra REDE A palavra REDE é bem antiga e vêm do latim retis, significando o entrelaçamento de fios com aberturas regulares que formam uma espécie de tecido. A partir da noção de entrelaçamento, malha e estrutura reticulada, a palavra rede foi ganhando novos significados ao longo dos tempos, passando a ser empregada em diferentes situações.
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21 A morfologia da rede e as dinâmicas da conectividade Densidade: a trama das conexões: O que determina a existência de uma rede não são os pontos (nós), em si mas as linhas (relações) que os conectam. Logo,a densidade da rede depende da quantidade de conexões que os pontos estabelecem entre si. Quanto mais os pontos se ligam mutuamente maior a densidade da rede e maior sua capacidade produtiva (potencial relacional).
22 A morfologia da rede e as dinâmicas da conectividade (Martinho 2003):
23 Propriedades morfológicas Não- linearidade=> poder de expansão Configuração aberta=>poder de agregação Dinamismo organizacional=>poder de conectividade permanente Conexões produzem conexões e, novos pontos conectados, incorporam ao sistema as conexões que carregam!
24 A multiplicidade de caminhos -É a garantia da liberdade de estabelecer conexões -Da mesma forma, ela é o que impede o desmantelamento da rede quando da perda de contatos -A multiplicidade de caminhos promove o fenômeno regenerativo das redes: quando pontos são suprimidos o sistema reorganiza-se porque outras possibilidades de caminho existem.
25 Quadro Analítico-propositivo REDES SOCIAIS PROPÓSITO - TELEOLOGIA finalidades, intencionalidades onde se quer chegar com a Rede social VALORES AXIOLOGIA princípios referenciais que inspiram e dão direção às construções da Rede Social AGENTES ONTOLOGIA pessoas e organizações que protagonizam o processo de Rede Social FOCO EPISTEMOLOGIA referências teóricas que dão sustentação às perspectiva explicativa e propositiva da Rede Social LOCO e METODOLOGIA PRAXIOLOGIA caminho das idéias e das ações balizadoras do processo da Rede Social
26 Redes sociais A rede sugere uma teia de vínculos, relações e ações entre indivíduos e organizações. Elas se tecem ou se dissolvem continuamente em todos os campos da vida societária, estão presentes na vida cotidiana (nas relações de parentesco, nas relações de vizinhança, nas relações comunitárias), no mundo dos negócios, na vida pública e entre elas. O que explica a existência de múltiplas redes são as necessidades humano- sociais que colocam em movimento a busca de interação e formação de vínculos afetivos, de apoio mútuo, para empreendimentos etc. Uma rede envolve processos de circulação, articulação, participação, cooperação. As redes podem assumir características mais duradouras ou efêmeras, vínculos mais densos ou mais tênues, simples ou complexos.
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28 No passado, o conceito de rede já era utilizado na gestão dos serviços sociais públicos. Acompanhava o modelo de gestão da época, ou seja, um modelo centralizado e caracterizado pela hierarquização e padronização na oferta de serviços. Falávamos, na época, em rede escolar, rede de unidades básicas de saúde, rede hospitalar todas elas, no geral, subordinadas a uma organizaçãomãe. A rede era então percebida como uma cadeia de serviços/produtos similares tal qual se expressava também na gestão empresarial. Queremos afirmar que o conceito de rede não é novo. A novidade está na utilização do conceito de rede para caracterizar a sociedade contemporânea e os novos modelos de gestão dos negócios privados ou públicos em escala local ou global.. Vivemos hoje em uma sociedade complexa, multifacetada, tecida pela velocidade das mudanças e, sobretudo, pelo maior acesso à informação e ao consumo o que alterou padrões socioculturais e aumentou o grau de incerteza dos indivíduos e das organizações (Nogueira; 1997).
29 Neste complexo de fatores, talvez o principal, para nossa reflexão, é que a gestão das necessidades humano-sociais dos cidadãos também se alterou. Assim, tem estado na ordem do dia o debate sobre a gestão do social, tanto pelo Estado, quanto pela Sociedade Civil e também pelo Mercado. As novas e antigas demandas sociais, o agravamento da pobreza e da desigualdade e, ao mesmo tempo, os déficits públicos para dar conta dessas mesmas demandas exigem um novo compromisso social entre Estado, sociedade civil e iniciativa privada. A revolução informacional ocorrida nas últimas décadas, aliada ao processo de descentralização ocorrido no âmbito das atribuições do Estado, forneceu as bases para mudanças substantivas que viriam a ocorrer nos modelos de gestão social e na própria alteração no conceito de rede aplicado à gestão pública.
30 Neste cenário, muito se tem falado sobre ação em rede. A rede pressupõe uma vocação cooperativa, uma forma de organização horizontal. Também por isso, outros termos introduziram-se em nosso vocabulário de ação e gestão pública: articulação, negociação, complementaridade... Ganham visibilidade na ação publica os diversos sujeitos do fazer social: o Estado, a sociedade civil, a iniciativa empresarial (o mercado), a comunidade e o próprio público-alvo da ação pública. Estes sujeitos solicitam uma relação democrática, horizontal, participativa e pró-ativa.
31 Deste modo, a ação social caminha e se produz em redes alimentadas por fluxos contínuos de conhecimento, informação e interação. A noção de rede se caracteriza como convergente e movente: interconecta serviços, organizações governamentais e não-governamentais, comunidades locais, regionais, nacionais e mundiais; mobiliza parcerias e ações multi-setoriais; constrói participação; mobiliza vontades e implementa pactos de complementaridade entre atores sociais, organizações, projetos e serviços. Instaura um novo valor: o da cooperação. As parcerias ganham imensa importância nesse modo de pensar e realizar a ação social pública. As parcerias asseguram maior sustentabilidade e legitimidade política à ação. Introduzem a dimensão da cooperação e da participação conjunta, possibilitando o encontro de diferentes atores em diferentes estágios de organização. Ampliam as possibilidades de cada organização, acrescentando conhecimentos, redefinindo focos. Possibilitam o aproveitamento do potencial de cada organização participante. Trabalhar juntos é o grande desafio.
32 É condição para o desenvolvimento de parcerias a clara definição de objetivos e possibilidades de ganhos para todos os parceiro. A parceria é condição para se navegar em rede.parcerias e redes sugerem uma arquitetura de complementaridade na ação que implica: nova cultura no fazer social público (socializar o poder, negociar, trabalhar com autonomias, flexibilizar, compatibilizar tempos heterogêneos e múltiplos dos atores e processos de ação...) as redes precisam ser induzidas, considerando as vantagens em termos de articulação e atendimento mais integral e integrado. São especialmente relevantes as redes de base local, que dão novo sentido à dimensão territorial do atendimento e têm forte capacidade de mobilização social. o acesso e o uso de tecnologias de informação que assegurem velocidade, interatividade e pró-atividade dos agentes e organizações que se movem na rede.
33 Pressupostos da gestão social em rede somente a articulação/combinação de ações entre políticas, inter-setorial, intergovernamental e entre agentes sociais potencializa o desempenho das ações no campo social e nas políticas públicas. Arranca cada ação do seu isolamento e assegura uma intervenção agregadora, totalizante, includente. Articulação Participação Ênfase no cidadão Autonomias solidárias Controle público
34 REDES SOCIAIS Rede Social espontânea Rede Integrada Redes Sóciocomunitárias CMDCA CT Política de proteção a infância e adolescência Proteção de acordo com o ECA Rede Pública institucional Rede Privada
35 Só se sabe o que se aprende e só se aprende o que se cria. Só se cria o que se partilha e, portanto, só se aprende através da partilha de criar saberes em situações de reciprocidades de vivências, de idéias, de valores, de sensibilidades e de significados. (BRANDÃO, 2002)
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