Referencial para Elaboração de Projetos Estruturantes

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Amanda Castilho Belo
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1 Referencial para Elaboração de Projetos Estruturantes Rogério Allegretti Brasília, abril de 2005

2 Sumário Considerações Preliminares Tema Principal Mapeamento Conceitual Fluxo Metodológico Algumas Questões Considerações Finais

3 Universo das MPEs Das 4,1 milhões de empresas formais no Brasil: 98 % são MPEs 20 % do PIB 45 % da Força de Trabalho Formal ~ 12 % das Exportações

4 Universo das MPEs Informalidade: 9,5 milhões de negócios informais 12 milhões de empregados sem registros

5 Universo das MPEs Taxa de Mortalidade 35 % 46 % 56 % 1 Ano 2 Ano 3 Ano Tempo de Existência

6 Barreiras para as MPEs Ganhos da Escala Produtiva Investimento em P&D Capacidade Inovativa Retenção de Mão de Obra

7 Aprimoramento da Atuação Amadurecimento conceitual e operacional Setor Cadeia Produtiva Empresa Território Regional Local Um olhar que se amplia

8 Qual é o problema? Stephen Kanitz, na Veja Em minha experiência, e na da maioria das pessoas que trabalham no dia-a-dia, uma vez definido qual é o verdadeiro problema, o que não é fácil de fazer, a solução não demora muito a ser encontrada

9 Tema Principal A problemática está refletida no objetivo geral do projeto: Promover a inserção competitiva e sustentável de MPEs na Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás

10 Trajetórias Possíveis Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui Isso depende bastante de onde você quer chegar, disse o Gato O Lugar não me importa muito..., disse Alice Então não importa que caminho você vai tomar..., disse o Gato A Fábula de Alice no País das Maravilhas

11 Trajetórias Possíveis Pontos a considerar: Heterogeneidade das MPEs Grau de dependência das MPEs Tipo de tecnologia utilizada

12 Trajetórias Possíveis Possibilidades de desenvolvimento e inserção: MPEs vinculadas a grandes e médias empresas MPEs em modelos cooperativos MPEs independentes em mercados competitivos

13 Mapeamento Conceitual Articulação Mobilização Crescimento Desenvolvimento Conectividade Inovação Competitividade Aprendizagem Sustentabilidade Conhecimento

14 Competitividade Capacidade da empresa formular e implementar estratégias concorrenciais que lhe permitam ampliar ou conservar de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado (Kupfer, 1992)

15 Crescimento Processo que assegura a expansão de estruturas e que, embora seja complementar ao processo de desenvolvimento, desse se distingue por seu caráter fundamentalmente quantitativo. Assim é que é possível a ocorrência de crescimento, sem que se registrem indicadores de desenvolvimento (Luz, 2003)

16 Desenvolvimento Processo que, sendo inicialmente concomitante à fase de crescimento, mesmo após haver cessado de crescer, se caracteriza por: a) capacidade permanente de articulações seletivas b) capacidade gradativa de sustentabilidade c) Capacidade de desenvolver o contexto em que está inserido (Luz, 2003)

17 Sustentabilidade É a propriedade de um processo que além de continuar existindo no tempo é capaz de: a) manter padrão positivo de qualidade b) apresentar no menor espaço possível de tempo, autonomia de manutenção (contar com as próprias forças) c) pertencer a uma rede de coadjuvantes também sustentáveis d) promover a dissipação de estratégias e resultados, em detrimento de qualquer tipo de concentração e centralidade (Luz, 2003)

18 O Jogo Competição

19 As regras do jogo Articulação Conectividade Cooperação Aprendizagem

20 Capacidade para participar do Jogo Competitividade

21 Dimensões da Competitividade Empresarial Estrutural Sistêmica Liderança Cliente Gestão Custos Mercado Acesso à Educação Preço e Conexões Conhecimento da Pessoas Cadeia Produtiva Infra-estrutura Processos Articulação Setorial Legislação Produtos Dinâmica da Resultados concorrência Tributos Interações com Crédito Tecnologia instituições de apoio

22 Arranjos Produtivos Locais Aglomerados de agentes econômicos, políticos e sociais, localizados em um mesmo território, com foco em um conjunto específico de atividades econômicas e que apresentam (ou têm condições de fomentar) vínculos expressivos de interação, cooperação e aprendizagem direcionada para o enraizamento da capacitação social e da capacitação inovativa, essencial para a competitividade e sustentabilidade. Fonte: RedeSist

23 Arranjo Produtivo Local AD MPE UNIVERSIDADE SEBRAE MPE SINDICATO MPE MPE Fórum ÂNCORA COMPRADORA MPE BANCO MPE MPE SENAI Centro de Pesquisa ÂNCORA Fornecedora

24 A Direção do Esforço Maior Capacidade de Coordenação das Decisões

25 Desenvolvimento e Aprendizagem Contínua Licenciamentos Controles Básicos AP C D Básico Recursos A P C D Qualidade Certificação AP C D Intermediário AP C D Inovação AP C D Classe Mundial Avançado

26 Projeto Estruturante É o ponto de partida do empreendimento Define a estrutura inicial que pode evoluir, por auto-referência e auto-organização, levando o empreendimento a se desdobrar ao longo do tempo, de forma autônoma e transformadora (Allegretti, 2004)

27 Projeto Estruturante Resultados (Projeção e Avaliação) Metodologia (Referencial) Implementação (Capacidade)

28 Lógica da Cadeia Produtiva Lógica do APL Projeto Estruturante Mapeamento de Rede Delimitação e Corte da Cadeia Planejamento Estratégico Agenda Referencial Metodológico Negociação / Convênio AP C D Piloto (s): Cinturão Local Âncora - MPE Interesses e Necessidades Diagnóstico Empresarial Indicadores Lógica do PCF Planejamento e e Ações

29 Característica Nº de nós Nº de ligações Nº Biunívocas % Biunívocas Nº Gargalos Resultados Mapeamento de Rede

30 Mapeamento de Rede Relatório Formal Descritivo Aspectos Quantitativos Aspectos Qualitativos Parecer Técnico: Caracterizações Interpretações Recomendações

31 A Rede e o Impacto na Estratégia A estratégia passa a se vista como propriedade emergente da rede. Algo que surge das interconexões entre os nós da rede que define o empreendimento. Algo que brota da sua dinâmica. (Allegretti, 2004)

32 A Rede e o Impacto na Gestão de Projetos O papel do gestor de projetos que opera segundo esta lógica é tecer a rede, estabelecer o contexto adequado para permitir a emergência das estratégias e cuidar para que a criatividade e a capacidade inovativa da rede não se deteriore. (Allegretti, 2004)

33 Delimitação e Corte da Cadeia Abordagem Setorial Compreensão da Cadeia Delimitação/Corte Projeto Estruturante - Rede de Governança - Projeto de Capacitação de Fornecedores Abordagem Local Lógica do APL Sustentabilidade ao processo de inserção das MPE na Cadeia Produtiva

34 DELIMITAÇÃO E CORTE DA CADEIA IDENTIFICAÇÃO DAS INTERFACES - Formas de contratação - Freqüência dos contratos - Qualidade do relacionamento - Níveis de incerteza nas relações - Níveis de racionalidade - Influência do oportunismo - Mecanismos de coordenação - Outros parâmetros relevantes FORNECEDOR EMPRESA FOCAL CLIENTE IDENTIFICAÇÃO DOS ELOS: - Capacidades técnicas - Capacidades produtivas - Níveis de atendimento - Qualidade - Preço -Prazo - Flexibilidade - Outros parâmetros relevantes

35 2 n 1 n n 1 2 n 1 2 n n n 2 1 n 2 1 C o n s u m I d o r f I n a l 2 Fornecedor 2 Fornecedor 1 Indústria Distribuidor Varejista Consumidor 1 Empresa focal Membros da CS s da empresa focal Não membros da CS s da empresa focal Processos gerenciados Processos monitorados Processos dos não membros CADEIAS PRODUTIVAS E DE SUPRIMENTOS

36 Projeto Capacitação de Fornecedores Associações Sindicatos Articula, Sensibiliza e Mobiliza Centros Tecnológicos SEBRAE MPE Parceiro Executivo Empresas Âncoras Universidades Escolas Técnicas Agentes de Fomento

37 Objetivo do Projeto Desenvolvimento Local Empresarial Estrutural Desenvolvimento Setorial Competitividade Marketing Inovação Produção Gestão Resultados Ética Responsabilidade Social Relacionamento com Âncoras e Instituições Conexões dos Elos da Cadeia Resultados

38 Tipos de Projetos Integrar Médias e Grandes Empresas Fortalecer Cadeias de Fornecimento Locais Integrar MPE do mesmo Estágio na Cadeia de Valor Aumentar Compras Regionais Estimular Desenvolvimento Local Capacitar Fornecedores Cadastrados Desenvolver Novos Fornecedores Capital Social Formação de Redes

39 Objetivos Específicos Grau de Dependência Ou Importância Critérios para seleção de Fornecedores Desenvolvimento de Produto/Processo/Gestão Necessidade de Melhoria Tecnológica Por Setor de Atividade

40 Ênfase dos Projetos Mudança: Ênfase na Atitude Empreendedora das MPE; Melhoria da Qualidade e Produtividade dos Fornecedores; Implementação de Modelos de Gestão; Melhoria da Relação Técnico- Comercial Cliente- Fornecedor; Estabelecimento de Relações de Longo Prazo; Incremento na capacidade de Inovação Tecnológica dos Fornecedores; Redução de Custos com Desenvolvimento de Produtos; Eliminação de Exclusividade no Fornecimento; Consolidação de um Cinturão de Fornecedores na Região; Aumento do Volume de Compras na Região; Indução de Competitividade; Indução de Desenvolvimento Local.

41 Elementos da Negociação O que o SEBRAE deseja O que a empresa âncora deseja Interesses subjetivos (baseados em julgamento) Interesses objetivos (mensuráveis) O que cada parte ganha Existem outros stakeholders Quais são os principais apelos

42 Elementos da Negociação Agregando valor à negociação Um bom projeto Comunicação Orçamento Valor e Preço Tempo de Negociação Fechamento

43 Negociação Alianças Estratégicas I m p o R t â n c i a Terceirizar Fazer Desenvolver Desativar 1 Competência Relativa 4 Hamel e Prahalad (1994)

44 1. Quais os papéis dos gestores frente à realidade dos projetos? 2. Quais os interesses das partes? 3. Quais os fatores limitantes do relacionamento entre as partes? 4. Qual o grau de alinhamento dos interesses das partes com o objetivo do projeto? Questões

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