Financiamento da pesquisa: qual estratégia?
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- Cláudia Barreiro Pinhal
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1 Financiamento da pesquisa: qual estratégia? Wrana Panizzi Seminário Nacional de C&T do ANDES SN 17 e 18 de novembro de 2011 Universidade de Brasília
2 Sumário Bases conceituais da política de CT&I Novas tendências do desenvolvimento científico e tecnológico Marcos históricos de C&T no Brasil Etapas do avanço recente em C&T Últimos 5 anos e perspectivas Desafios de C,T&I no Brasil
3 Autonomia da Ciência X CT&I: Estratégias sócio-econômicas
4 Merton teórico da Sociologia da Ciência autonomia da ciência ignorar as considerações não ligadas ao progresso do conhecimento caráter público e universal da ciência
5 Bourdieu Campo científico como lugar de disputa monopólio da autoridade científica como capacidade técnica e como poder social falar e agir com legitimidade considera a relação com outros campos sociais o campo científico tem suas próprias regras e lógica de funcionamento as questões de outros campos de interação são refuncionalizadas e traduzidas para o próprio campo científico autonomia da ciência com interação
6 Hoje, como essas questões são tratadas? emergência de um novo modo de produção do conhecimento novo contrato social entre Universidade e Sociedade produção mais coletiva e em redes
7 Emergência de um novo modo de produção do conhecimento (Gibbons) situado no contexto da sua aplicabilidade pesquisar para resolver problemas práticos atividade transdisciplinar conhecimento produzido num contexto de aplicação (não acumulativo) heterogeneidade institucional não só para os pares, mas para os não produtores de conhecimento responsabilidade e validação social provoca mudanças na pesquisa das Universidades sua consolidação não implica na substituição do antigo modo o número de locais de pesquisa é maior competitividade internacional maior inovação
8 importância dos meios de comunicação e informação e a democratização da sociedade Um novo contrato social entre Universidade e Sociedade (Etzkowitz, Leydesdorf) substitui a idéia da produção só a longo prazo ênfase na relação Universidade, Empresa e Governo ciência não só como procura da verdade ciência na perspectiva da sua utilização novos códigos e padrões e suas interfaces políticas governamentais como suporte estabelecimento de sistemas legais novos criação de mecanismos na Universidade
9 Produção mais coletiva em redes (Latour, Woolgar, Knorr Cetina) redes socio-técnicas (pesquisadores, cientistas, técnicos das agências financiadoras, empresários, lideranças da sociedade civil, etc.) pesquisadores e pessoas que não fazem ciência mas dela dependem, referência para suas análises e posicionamentos interação entre os diferentes grupos não se resume só a conteúdos apenas cognitivos mas também de ordem social
10 Grande dificuldade: Indústria sem P&D Política industrial Tecnologia externa Grandes empreendimentos estatais Política de C&T Apoio individual para estudos e pesquisa CNPq e CAPES Substituição de importações Tempo integral nas universidades e institucionalização da pesquisa e da PG FUNTEC/BNDE;MEC/CAPES; FINEP e CNPq Ausência de política Esgotamento da Política Colapso do FNDCT e do fomento do CNPq Falta de sustentação do sistema de C&T
11 : Fase de transição no SNCT criação dos Fundos Setoriais de C&T início da recuperação do FNDCT novos formatos de financiamento estruturação de redes de pesquisa Programa de Núcleos de Excelência - PRONEX Institutos do Milênio editais universais
12 : Fase de transição no SNCT MCT- Política Nacional de CT&I MCT/FINEP-Ampliação dos recursos federais através dos Fundos Setoriais/FNDCT MCT/FINEP-Melhoria da gestão do FNDCT CNPq-Ampliação do número de bolsas e programas
13 Finalmente, estava em curso um processo de mudança cultural, com maior valorização do setor de C,T&I, e reconhecimento de seu potencial para contribuir decisivamente para o desenvolvimento econômico e social do País : Plano de Ação em C,T&I para consolidação do SNCT
14 Política de Estado Plano de Ação Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional Configuração da Política Gestão Compartilhada MCT/MDIC/MEC/MS/MAPA/MF/MP Política Econômica Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE Plano de Aceleração do Crescimento Infraestrutura PAC Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação - Plano CTI Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior PITCE Plano de Desenvolvimento da Saúde Plano de Desenvolvimento da Agropecuária
15 Plano de Ação Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional Política de Estado Principais atores institucionais Governo Política Financiamento Pesquisa & Serviço $ $ Formação de RH Pesquisa básica e aplicada Institutos Tecnológicos Centros de P&D Inovação P&D Universidades Empresas publicações conhecimento $ produtos novos, patentes
16 Alguns dados internacionais
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22 Política de CT&I recente Estímulo maior à pesquisa aplicada e tecnológica Constituição de projetos cooperativos entre as Universidades e outras Instituições públicas e privadas Estímulo à multidisciplinaridade Estabelecimento de programas temáticos Novas formas de financiamento para a ciência especialmente à tecnologia Estímulo à desconcentração da pesquisa territorialidade
23 Política de CT&I recente Incentivo à articulações e consolidação de redes de pesquisa Aplicabilidade, redes, interação com setor produtivo, multisciplinaridade Vertente aberta Formação de recursos humanos, diversidade de modelos de PG e de bolsas e incentivos Dimensão econômica e social Modelo misto de desenvolvimento científico e tecnológico
24 Desafios de CT&I no Brasil I) Dar continuidade ao processo de ampliação e aperfeiçoamento nas ações em ciência, tecnologia e inovação tornando-as Política de estado e não apenas de governo (mais instituições de pesquisa; melhorar marco legal; melhorar e agilizar processos-desburocratizar). II) III) Expandir com qualidade e melhorar a distribuição geográfica da ciência. Melhorar a qualidade da ciência brasileira e contribuir de fato para o avanço da fronteira do conhecimento.
25 Desafios de CT&I no Brasil IV) Fazer com que C,T&I se tornem efetivos componentes do desenvolvimento sustentável (atividades de P,D&I nas empresas e incorporação de avanços nas políticas públicas) V) Intensificar a divulgação de ações e iniciativas de C,T&I para o grande público. VI) Melhorar o ensino de ciência nas escolas e atrair mais jovens para as carreiras científicas.
26 Pontos para Debate e Reflexão Inclusão de novos atores (FAP, sociedade civil, ONG) Novo processo de negociação deve considerar: Diferenças regionais Prioridades Estaduais Interiorização Respostas as demandas sociais e econômicas
27 Pontos para Debate e Reflexão Mudança no modo da gestão passa a ser compartilhada governo Federal/Governo Estadual Manter o mérito e a qualidade da pesquisa Fortalecimento e ampliação do sistema de C&T&I Necessidade de capacitação das equipes tanto das FAP como dos órgão do governo Federal, em negociação, gestão, acompanhamento e avaliação
28 Pontos para Debate e Reflexão Necessidade de novas respostas da comunidade científica as demandas sociais e econômicas quais os impactos econômicos e sociais dos projetos Reforma das instituições acadêmicas frente ao novo cenário mundial Mudanças no patamar de financiamento aponta a necessidade de repensar a forma de contratação dos projetos - individual, com suporte da instituição sede, institucional? Qual o melhor modelo?
29 Os Grandes Desafios Científicos e Tecnológicos do Brasil Livro Azul Inovação, Sustentabilidade e Internacionalização Áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do País: agricultura, bioenergia, as tecnologias da informação e comunicação, saúde, exploração das reservas de petróleo e gás do Pré-Sal, tecnologia nuclear, espaço e defesa, e as tecnologias portadoras de futuro e outras energias. Sustentar, como política de Estado, o notável avanço da ciência brasileira, avançando ainda mais com a consolidação e expansão de novos grupos e instituições de pesquisa, promovendo a desconcentração regional. Acréscimo de investimentos em cooperação internacional, que tenha por objetivo uma produção científica nacional na fronteira do conhecimento Institucionalidade: PACTI/ integrado com as outras politicas governamentais como a PDP, Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde, PNE, PNPG, etc.; consolidação e desenvolviemnto das FAPs; Aprimorar o ambiente regulatório e fortalecer a função de articulação e de coordenação do sistema. Estimular a multi e interdisciplinaridade na investigação científica, adequando os instrumentos de avaliação e fomento. Adequar os marcos regulatórios que impactam a atividade de pesquisa e desenvolvimento.
30 Muito Obrigada!
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