Pró-Reitoria de Graduação Curso de Enfermagem Trabalho de Conclusão de Curso

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Pró-Reitoria de Graduação Curso de Enfermagem Trabalho de Conclusão de Curso"

Transcrição

1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Enfermagem Trabalho de Conclusão de Curso Prevalência e Eficácia do uso dos Espaçadores Artesanal e Industrial na Administração do Salbutamol na Emergência Pediátrica do GLENDA DE PAULA SILVA Hospital Regional da Asa Sul - HRAS Autoras: Anete Vieira dos Santos Gabrielle Paulino de Queiroz Orientador: Sérgio Augusto Coelho Diniz Nogueira Júnior REFLEXÕES SOBRE A POSSIBILIDADE OU NÃO DE A INVESTIGAÇÃO CRIMINAL SER REALIZADA DIRETAMENTE PELO MINISTÉRIO PÚBLICO Brasília - DF 2010

2 ANETE VIEIRA DOS SANTOS GABRIELE PAULINO DE QUEIROZ Prevalência e Eficácia do uso dos Espaçadores Artesanal e Industrial na Administração do Salbutamol na Emergência Pediátrica do Hospital Regional da Asa Sul - HRAS Monografia apresentada ao curso de graduação em Enfermagem da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Enfermagem. Orientador: Prof. Sérgio Augusto Coelho Diniz Nogueira Júnior Brasília 2010

3 Monografia de autoria de Anete Vieira Dos Santos e Gabriele Paulino de Queiroz, intitulada Prevalência e Eficácia do uso dos Espaçadores Artesanal e Industrial na Administração do Salbutamol na Emergência Pediátrica do Hospital Regional da Asa Sul HRAS, apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Enfermagem da Universidade Católica de Brasília, em 26/11/2010, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Profº. Sérgio Augusto Coelho Diniz Nogueira Júnior Orientador Farmácia UCB Profº. MSc. Maurício de Oliveira Chaves Examinador Enfermagem UCB Profº.MSc Eloá Fátima Ferreira de Medeiros Examinador Farmácia - UCB Brasília 2010

4 Dizem que dedicatória ou agradecimento é quando todo o amor do mundo resolve se exibir em frase... Por este motivo, dizemos a todos, nosso eterno- e insuficiente muito obrigado, agradecendo um a um em pensamentos traduzidos em escritas e emoções!

5 AGRADECIMENTO Primeiramente a Deus, pois sem Ele nada é possível. Aos nossos pais e irmãos por terem acreditado em nosso potencial. Aos nossos irmãos pelos estímulos que nos impulsionaram a buscar vida nova a cada dia, por ter aceitado se privar da nossa companhia pelos estudos por longo tempo e distância, concedendo a nos a oportunidade de nos realizar ainda mais. A Enfermeira Helen, que sempre esteve presente, apoiando-nos, incentivando-nos, dispensando paciência e compreensão ao longo do curso e pesquisa, por ter acreditado nos nossos sonhos, e ainda mais, por ter nos ajudado a torná-los realidade. A Direção do Hospital Regional da Asa Sul - HRAS representado pelo Dr. Alberto, às chefias médica e de Enfermagem por ter nos recebidos atenciosamente durante toda pesquisa. A todos os servidores da Emergência Pediátrica do HRAS, que direta ou indiretamente contribuiram para a realização deste trabalho. As coordenações dos cursos de Enfermagem e Farmácia da Universidade Católica de Brasília. A Professora Eloá e ao Professor Maurício por terem aceitado fazer parte da banca examinadora. Ao nosso orientador, professor Sérgio Augusto, pelos ensinamentos e auxílio à concretização dessa monografia; A todos os professores, pela paciência, dedicação e ensinamentos disponibilizados nas aulas, cada um de forma especial, contribuiu para a conclusão desse trabalho e conseqüentemente para nossa formação profissional, em especial a professora Socorro; Aos amigos que fizemos durante o curso, pela verdadeira amizade que construímos em particular aqueles que estavam sempre ao nosso lado (Aline Canuto, Karolliny, Luciana Aparecida, Patrícia Helen, Patrícia Melo e Rayane Alves), por todos os momentos que passamos durante estes poucos anos. Sem vocês essa trajetória não seria tão prazerosa; Por fim, gostaria de agradecer aos nossos amigos e familiares, pelo carinho e pela compreensão nos momentos em que a dedicação aos estudos foi exclusiva, a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que esse trabalho fosse realizado. Esta vitória também vos pertence!

6 A criatividade pode resolver qualquer problema. O ato criativo, a derrota do hábito pela originalidade, passa por cima de qualquer coisa. George Lois

7 RESUMO SANTOS, Anete Vieira Dos; QUEIROZ, Gabriele Paulino de. Prevalência e Eficácia do uso dos Espaçadores Artesanal e Industrial na Administração do Salbutamol na Emergência Pediátrica do Hospital Regional da Asa Sul HRAS. 49 f. Monografia (Graduação em Enfermagem) Universidade Católica de Brasília, Brasília, A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores, responsável por uma limitação variável do fluxo de ar aos pulmões e pela hiperresponsividade de tais vias. O tratamento é baseado na administração de antiinflamatórios e broncodilatadores, sendo os mais utilizados corticóides e b2-agonistas, respectivamente. O objetivo foi avaliar a prevalência e a eficácia do uso do salbutamol com espaçadores artesanais em comparação com espaçadores industriais. Foi estudada uma amostra de conveniência de 60 crianças em crise asmática com faixa etária de 0 a 12 anos de idade atendidas na Emergência Pediátrica do Hospital Regional da Asa Sul no período de setembro e outubro de 2010, alocadas aleatoriamente em dois grupos de tratamento, de acordo com o dispositivo inalatório (espaçador artesanal ou industrial) utilizado para a administração de salbutamol. Os parâmetros utilizados para comparação entre os grupos foram intensidade da dispnéia, uso da musculatura acessória, sibilância e saturação transcutânea de oxigênio, obtidos 20 minutos após administração do salbutamol. Verificou-se que a idade mais prevalente dos pacientes foi de 0 a 6 anos e que os espaçadores artesanais são mais prevalentes no serviço estudado e apresentam eficácia semelhante aos industriais. Palavras-Chave: Asma. Salbutamol. Espaçador artesanal. Espaçador industrial.

8 ABSTRACT Asthma is a chronic inflammatory disease of the lower airways, accounting for a variable restriction of airflow to the lungs and the hyper responsiveness of these ways. The treatment is based on the administration of anti-inflammatories and bronchodilators, being the most used corticosteroids and b2-agonists, respectively. The objective was to evaluate the prevalence and the effectiveness of the use of the salbutamol with homemade spacers compared with the industrially spacers. Was studied a convenience sample of 60 children in asthma attack with aged from 0-12 years old treated at the Pediatric Emergency of Hospital Regional of Asa Sul - HRAS, between September and October of 2010, randomly divided into two treatment groups according to the inhalation device (homemade spacers and industrials spacers) used for administration of salbutamol. The parameters used for comparison between the groups was the intensity of dyspnea, use of accessory muscle, wheezing and oxygen saturation obtained 20 minutes after administration of salbutamol. It was found that the most prevalent age of patients was 0-6 years and that homemade spacers are more prevalent in the service studied and have similar efficacy to industrials.

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Justificativa Objetivo Geral Objetivo Específico METODOLOGIA Tipo de Estudo Local da pesquisa Amostra Coleta de dados Análise dos dados Aspectos éticos da pesquisa Riscos e benefícios REFERENCIAL TEÓRICO Asma Imunopatogenia Tratamento farmacológico Salbutamol Dispositivo inalatório RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS DADOS CONCLUSÃO...41 REFERÊNCIAS...42 APÊNDICE A Questionário para coleta de dados...46 ANEXO A Parecer do CEP...47 ANEXO B Ilustrações...48

10 8 1 INTRODUÇÃO Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores, reversíveis espontaneamente ou com tratamento, caracterizada por hiperresponsividade e por limitação variável ao fluxo aéreo, que se manifestando por episódios recorrentes de sibilos, dispnéia, aperto no peito e tosse, principalmente à noite e pela manhã ao despertar. É resultante de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas (III Consenso Brasileiro no Manejo de Asma, 2002). No Brasil, de acordo com o Sistema Único de Saúde - SUS, a asma é a terceira causa de hospitalização, perfazendo, assim, cerca 370 mil internações ao ano (PNAD, 2003). A prevalência de asma no Brasil é de 24,3% em escolares de 6 e 7 anos de idade e 19% em adolescentes de 13 e 14 anos idade (PNAD, 2003). A administração de broncodilatadores (salbutamol, fenoterol, terbutalina e metaproterenol), sob a forma de aerossol tem sido reconhecida como a principal forma de tratamento das exacerbações agudas da asma, devido à sua ótima biodisponibilidade, pela deposição direta da substância no seu sítio de ação na via aérea, com menos efeitos colaterais sistêmicos (III Consenso Brasileiro no Manejo de Asma, 2002). O salbutamol é um fármaco da classe dos b2-agonistas de curta duração, sendo utilizado em tratamentos emergenciais de doenças respiratórias e foi padronizado pela Secretaria de Estado de Saúde SES do Distrito Federal DF aproximadamente há oito anos. Para administração desse fármaco em pacientes de 0 a 12 anos de idade é recomendado o uso de inaladores dosimetrados acoplados a um espaçador e adaptado a uma máscara facial para melhor administração da medicação. Os espaçadores foram padronizados pela SES no mesmo período do salbutamol, porém a quantidade de espaçadores industriais é insuficiente para atender a demanda nas emergências pediátricas/ses (SOUZA, 1996). Os espaçadores são dispositivos inalatórios, onde neles deve ser acoplado o aerossol dosimetrado para administração do salbutamol, utilizados no tratamento de algumas afecções respiratórias, principalmente a asma (SOUZA, 1996). Uma forma de possibilitar a administração do salbutamol em pacientes pediátricos, na ausência de espaçadores industriais, foi a confecção de espaçadores artesanais com materiais recicláveis, como garrafa Polietileno Tereftalato (PET). Esse trabalho visa estabelecer uma comparação do perfil de eficácia do uso de espaçadores artesanais e de espaçadores industriais na reversão de crises agudas de asma,

11 9 doença respiratória muito comum em pediatria e que necessita de atendimento de emergência para que não haja complicação do quadro do paciente.

12 Justificativa Ao observarmos a dificuldade na aquisição dos espaçadores industriais, a necessidade de utilização deste dispositivo na emergência pediátrica do Hospital Regional da Asa Sul e a proibição pelo Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do uso do instrumento em questão como única justificativa deste não ser material médico hospitalar, nos despertou a curiosidade de pesquisar a eficácia dos espaçadores artesanais em comparação aos industriais. No Distrito Federal, existe a padronização do dispositivo inalatório e do Salbutamol spray, porém não existe o fornecimento do primeiro pela SES para os usuários do Sistema Único de Saúde - SUS, são utilizados apenas espaçadores doados por Organizações Não Governamentais (artesanais) e por fornecedores de indústrias farmacêuticas (industriais). Com a dificuldade de aquisição dos industriais e a necessidade de utilização deste dispositivo em caso de emergência, o uso dos artesanais foi uma medida alternativa de relevância no sentido de atender a grande demanda de atendimentos nas unidades de saúde do DF. Com o aumento da utilização desses dispositivos artesanais, faz-se necessário a verificação do padrão de eficácia em relação aos dispositivos industriais, de modo a assegurar o sucesso da intervenção terapêutica e permitir instrumentos de fácil acesso e baixo custo.

13 Objetivo Geral Verificar a prevalência e a eficácia do uso de espaçadores artesanais e industriais na administração do salbutamol em emergência pediátrica do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS). 1.3 Objetivos Específicos Identificar a prevalência de utilização de espaçadores artesanais. Identificar a faixa etária prevalente entre as crianças atendidas na instituição pesquisada em crise asmática. Verificar os critérios de eficácia entre os espaçadores industriais e artesanais. Comparar a eficácia entre espaçadores industriais e artesanais na reversão da crise asmática.

14 12 2 METODOLOGIA 2.1 Tipo de estudo Trata-se de uma pesquisa quantitativa prospectiva comparativa, que visa realizar um estudo transversal, por meio de dados estatísticos da emergência pediátrica do HRAS, para verifcar a eficácia dos dispositivos inalatórios na administração do salbutamol. Na pesquisa quantitativa os dados são colhidos por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas, já que devem garantir a uniformidade de entendimento dos entrevistados e conseqüentemente a padronização dos resultados (DIEHL, 2004). Na abordagem quantitativa aplica-se à dimensão mensurável da realidade, seus resultados auxiliam no planejamento de ações coletivas e são passíveis de generalização, principalmente quando as populações pesquisadas representam com fidelidade o coletivo (BIRGNARDI, 2007). 2.2 Local da pesquisa A pesquisa foi realizada na Emergência Pediátrica do Hospital Regional da Asa Sul HRAS, onde foram coletados dados de crianças em crise asmáticas por meio de questionários e da Guia de Atendimento Emergencial - GAE para avaliar a eficácia do uso de espaçadores artesanais em comparação com os industriais. A Emergência Pediátrica do HRAS funciona atualmente com um total de 30 leitos, sendo 04 destinados à pacientes graves, 02 de isolamento e 24 para manifestações em geral, 01 sala de reanimação com dois leitos. O setor conta também com 04 consultórios médicos, uma sala de triagem e uma sala de medicação para o atendimento de pacientes externos, sala de prescrição, punção lombar e de procedimentos. A equipe de enfermagem é composta por 43 técnicos/auxiliares de enfermagem e 10 enfermeiros. 2.3 Amostra Foram avaliadas um total de 60 crianças, menores de 12 anos, de ambos os sexos, sem distinção de etnia, entre agosto e outubro de 2010, no turno matutino (7h00 às 13h00), que

15 13 procuraram atendimento à unidade com sintomas característicos de asma. Foram excluídos pacientes em uso de corticóides inalatórios ou sistêmicos. 2.4 Coleta de Dados Foi utilizado um questionário (Apêndice A) para obtenção de dados significativos da crise asmática associada ao uso do espaçador artesanal e industrial na administração do salbutamol. Para se tornar possível a comparação entre os dispositivos pesquisados, os espaçadores industriais foram comprados e doados ao HRAS pelos pesquisadores e os artesanais foram doados pela Associação de Voluntários do Hospital de Base do Distrito Federal, instituição que já realiza tais doações aos HRAS. Referenciais teóricos e busca ativa nas Guias de Atendimento Emergencial GAE do Hospital Regional da Asa Sul foram utilizados para estabelecer critérios de comparação, permitindo assim avaliar a eficácia entre os diferentes dispositivos, quando usados em situações emergenciais e com administração do salbutamol. Os dados coletados da GAE apresentavam dados pessoais, patológicos, sintomatológicos e resultados dos pacientes observados. Com base na análise da GAE, preenchia-se o questionário da pesquisa. 2.5 Análise dos Dados As informações coletadas foram codificadas e armazenadas em um banco de dados no programa Microsoft Excel, sobre o qual ocorrerá o processamento estatístico simples, com gráficos elaborados e definidos. 2.6 Aspectos Éticos da Pesquisa Quanto aos aspectos éticos envolvidos no decorrer do trabalho, a pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa CEP e assim aprovada. Não foi necessário o termo de livre e esclarecido, pois não houve contato direto com os pacientes, sendo todos os dados coletados a partir das informações descritas pelos profissionais envolvidos no atendimento ao paciente, disponibilizadas na GAE. A idade dos pacientes permaneceu em sigilo.

16 Riscos e Benefícios Visto que o presente estudo envolve uma pesquisa com seres humanos, este naturalmente poderia ocasionar risco ou dano ao indivíduo. Sendo o trabalho, obstante de procedimentos interventivos, este não trouxe malefícios aos pesquisados, pois os dados foram coletados por meio da GAE. O trabalho pôde apresentar muitos benefícios: à instituição, reduzindo custos por meio do uso dos espaçadores artesanais; ao paciente, pois não houve custo para uso de um instrumento essencial na sua terapêutica; aos pesquisadores, por meio do enriquecimento de conhecimento teórico e prático, melhora do currículo em caso de publicação do trabalho; e acadêmicos em geral, pois terão acesso a mais uma fonte de informação para estudo.

17 15 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Asma A Asma é uma doença crônica, desencadeada por um processo de inflamação reversível, espontaneamente ou por tratamento farmacológico, e hiperresponsividade das vias aéreas inferiores, sendo caracterizada por episódios contínuos ou não, de sibilância, dispnéia, obstrução e edema das vias pulmonares, aumento da produção de muco, broncoespasmo, tosse excessiva com produção ou não de muco, que aumenta durante a noite ou nas primeiras horas ao acordar. (BRUNNER; SUDDARTH, 2009; CALIL, 2009; STIRBULOV; BERND; SOLÉ, 2006). A sibilância é caracterizada por um som chiado percebido na ausculta pulmonar. É um sintoma respiratório muito comum em crianças, podendo ser ou não resultante de problemas pulmonares (MARTINEZ et al., 1995). Já o broncoespasmo, segundo Boushey (1980), é uma excitação involuntária dos brônquios, promovendo assim uma bronconstrição. De acordo com especialistas reunidos pela American Thoracic Society, a dispnéia passou a ser definida como: Um termo usado para caracterizar a experiência subjetiva de desconforto respiratório que consiste de sensações qualitativamente distintas, variáveis em sua intensidade. A experiência deriva de interações entre múltiplos fatores fisiológicos, psicológicos, sociais e ambientais podendo induzir respostas comportamentais e fisiológicas secundárias (AMERICAN THORACIC SOCIETY, 1999). O uso da musculatura acessória pode ser explicado quando os músculos esternocleidomastóides estão visíveis e podem ser palpados durante a inspiração do paciente (PIOVESAN, D.M. et al., 2006). Durante a crise asmática, o espasmo, o edema e a hipersecreção são os fatores responsáveis pela obstrução brônquica com prejuízo das duas fases da respiração. Enquanto a inspiração se torna rápida e superficial, a expiração é longa e ineficaz, levando à hiperinsuflação pulmonar. Ocorre alteração da mecânica ventilatória com rebaixamento das cúpulas diafragmáticas, redução de seu trajeto durante os movimentos respiratórios prejudicando a ventilação basal. A caixa torácica adota uma atitude em inspiração, com diminuição da mobilidade costal. Em vista das alterações citadas, entram em ação os músculos acessórios da respiração (trapézio, escalenos, peitorais, esternocleidomastóideos), caracterizando a respiração torácica superior, que leva a um grande consumo de energia. Por essa razão, durante a crise, o asmático tende a adotar posturas que facilitam a ação dos músculos acessórios da respiração. Com esse padrão respiratório fica reduzida a expansão do

18 16 tórax inferior, a respiração torna-se ineficaz, aumenta progressivamente a tensão da musculatura acessória e o asmático entra em exaustão (CUNHA, 2005). Segundo a Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde (2000), cerca de pessoas são internadas com diagnóstico de asma por ano no Brasil, sendo a quarta causa de hospitalização pelo SUS e terceira entre jovens e crianças. Existem registros relacionados ao aumento do índice de internações por este motivo e que a prevalência da asma esteja crescendo mundialmente, abrangendo o Brasil (FIORI, 2001, GERGEN 1988). A mortalidade causada por asma ainda é moderada, porém vem crescendo em todo o mundo, como em países em desenvolvimento, correspondendo de 5 a 10% das mortes ocasionadas por problemas respiratórios, com elevado número de mortes em domicílio (CHATKIN, 1999). A asma é uma das doenças mais antigas, sendo muitas vezes, associadas a outras doenças como rinite, sinusite, refluxo gastroesofágico e dermatite atópica (CRUZ, 2005; IV CONSENSO BRASILEIRO NO MANEJO DA ASMA, 2006; BRITISH GUIDELINE ON THE MANAGEMENTE OF ASTHMA, 2008; GLOBAL STRATEGY FOR ASTHMA MANAGEMENT AND PREVENTION, 2008). Segundo Stirbulov, Bernd e Solé (2006), a asma é classificada em: intermitente, persistente leve, persistente moderada, persistente grave, de acordo com a freqüência dos sintomas diurnos e noturnos, e valores de Pico Expiratório Forçado - PEF ou Volume Expiratório Forçado - VEF (Tabela 1). Tabela 1 - Classificação da Gravidade da Asma Classificação Sintomas Sintomas diurnos noturnos Intermitente nenhum ou < <2/mês 2/semana Persistente 3-4/semana 3-4/mês Leve Persistente Diariamente >5/mês Moderado Persistente Contínuos Freqüente Grave PFE ou VEF1 >80% Variabilidade PEF <20% >80% 20-30% >60 e <80% >30% <60% >30% PEF Pico Expiratório Forçado (normal acima de 70%) VEF1 Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (normal acima de 80 %) Fonte: STIRBULOV; BERND; SOLÉ, 2006.

19 17 De acordo com os valores verificados em cada paciente, classifica-se a asma e determina-se uma abordagem terapêutica específica, tanto em crises agudas quanto na manutenção da estabilidade do quadro. Segundo a Global Initiative for Asthma (1995) e Lasmar (2000), 50 a 80% das crianças asmáticas apresentam o início dos sintomas durante os primeiros anos de vida. Grande parte das crianças asmáticas apresenta sibilos, sendo necessária uma intervenção terapêutica. Atualmente, ainda não há métodos seguros, específicos e de fácil utilização para diagnosticar a asma em crianças menores de cinco anos, sendo utilizada apenas observação simples dos parâmetros do quadro clínico, como é sugerido por Castro-Rodriguez e colaboradores (2000). Segundo Castro-Rodriguez e colaboradores (2000), os lactentes menores de um ano apresentam maior ocorrência de doenças respiratória com sibilos, podendo nesta faixa etária, o diagnóstico ser confundido com asma, sendo que, se os episódios de sibilância continuarem no segundo ano de vida aumentam a chance de confirmação desta doença. Dados da Pesquisa Nacional Por Amostras de Domicílios PNAD (2003) mostraram que na asma há uma prevalência maior entre os meninos com faixa etária até os nove anos de idade. A freqüência de sintomas em crianças até os cinco anos de idade está associada às características anatômicas e fisiológicas das vias aéreas que apresenta maior predisposição a desenvolver a doença (OECHAT, 2005; BARROS, 2006). 3.2 Imunopatogenia O indivíduo, ao entrar em contato com um alérgeno, estimula a síntese de Imunoglobulina E (IgE), e esta se ligará aos mastócitos presentes na mucosa respiratória. Com outra exposição ao alérgeno, haverá uma interação antígeno-anticorpo, desencadeando a liberação de mediadores anafiláticos, como histamina, triptase, prostaglandina D2, leucotrieno C4 (LTC4) e fator de ativação das plaquetas (FAP). Tais mediadores desencadeiam a constrição da musculatura lisa das vias respiratórias, reduzindo imediatamente o VEF1(BRUNNER; SUDDARTH, 2009). O contato subseqüente estimula também a produção e liberação de citocinas, como interleucina 4 e 5, fator estimulador das colônias de granulócito-macrófago (GN-CSF), fator de necrose tumoral (FNT) e fator de crescimento tissular (FCT) pelos linfócitos T e mastócitos. As citocinas atraem e ativam os eosinófilos e neutrófilos, incluindo a proteína catiônica eosinofílica (PCE), a proteína básica principal (PBP), as proteases e o fator de

20 18 ativação das plaquetas. São esses mediadores que desencadeiam os diversos sintomas da asma, como edema, hipersecreção de muco, constrição muscular lisa, hiperreatividade dos brônquios e redução do VEF (BRUNNER; SUDDARTH, 2009). O fluxograma disponível no anexo 8.1 pode ilustrar melhor a fisiopatogenia descrita acima. Os fatores de risco para o desenvolvimento da asma incluem: sexo masculino, crianças nascidas pré-termo e baixo peso ao nascer, fumo passivo, refluxo gastro-esofágico, poeira e bolor, baratas, renite, conjuntivite, dermatite atópica, alergia alimentar, pneumonia grave anterior e fator hereditário (OLIVEIRA, 2005). A inflamação das vias aéreas é desencadeada por fatores predisponentes (atopia e sexo masculino) associados a fatores causais (exposição a alérgenos em ambientes fechados ou ao ar livre, sensibilizadores ocupacionais) e/ou contribuintes (infecções respiratórias, poluição do ar, tabagismo ativo/passivo, outros), que levam a hiperresponsividade das vias aéreas e limitação do fluxo de ar, causando sibilos, tosse, dispnéia, aumento da pressão torácica e tendo como fatores exacerbantes os emocionais, os químicos (fármacos), os exercícios físicos abundante e as mudanças climáticas (OLIVEIRA, 2005). Tal inflamação leva a obstrução das vias aéreas, devido ao edema da mucosa, reduzindo assim o seu diâmetro, provocando estreitamento das vias aéreas devido a contração da musculatura lisa brônquica (brocoespasmo), causando assim um aumento da produção de muco. A broncoconstrição ocorre devido a um estímulo do receptor α-adrenérgico, resultando em uma diminuição no monofosfato cíclico de adenosina (AMPc), levando a um aumento dos receptores químicos liberados pelos mastócitos (BRUNNER; SUDDARTH, 2009). 3.3 Tratamento Farmacológico O tratamento farmacológico da asma pode ser dividido em dois eixos: tratamento de crises e tratamento de manutenção direcionado para reverter a obstrução e a inflamação das vias aéreas, corrigir a hipóxia e prevenir recorrências (HERBERT, 2005). Esse tratamento, de acordo com a fisiologia, é baseado em fármacos antiinflamatórios, como corticóides, cromonas e anatagonistas de leucotrienos e broncodilatadores das classes dos simpaticomiméticos, parassimpáticomiméticos e xantinas. A tabela 2 ilustra os fármacos representantes das classes farmacológicas supracitadas.

21 19 Tabela 2 Classificação dos fármacos Classificação Grupo Broncodilatador Simpaticomiméticos: -Curta duração -Longa duração -Outros Xantinas Parassimpaticolíticos Antiinflamatório Corticosteróides Cromonas Antagonistas de Leucotrienos Representantes salbutamol, fenoterol, terbutalina, metaprotenerol, salmeterol, formoterol, adrenalina, efedrina teofilina e aminofilina ipratrópio, oxitrópia, atropina, tiotrópio hidrocortisona, budesonida, prednisona, beclometasona, metilprednisolona cromoglicato sódico e nedocromil zileutono, zafirlucast, montelucast e pranlucast Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, De acordo com IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma (2006), o tratamento farmacológico para manutenção das crises pode ser conduzido de acordo com a classificação, conforme as tabelas abaixo: Tabela 3 Tratamento de manutenção inicial baseado na gravidade Gravidade Alívio Intermitente Beta-2 de curta duração 1ª escolha Alternativa Uso de corticóide oral Sem necessidade de medicamentos de manutenção Persistente leve Beta-2 de curta duração CI dose baixa Montelucaste Cromonas* Corticosteróide oral nas exacerbações graves Persistente moderada Beta-2 de curta duração CI dose moderada* a alta ou CI dose baixa a moderada associado a LABA Baixa a moderada dose de CI associada a antileucotrieno ou teofilina Corticosteróide oral nas exacerbações graves Persistente grave Beta-2 de curta duração CI dose alta* e CI dose alta + LABA Alta dose de CI + LABA, associados a antileucotrieno ou teofilina. Cursos de corticóide oral a critério de médico, na menor dose para se atingir o controle *Especialmente em crianças. CI: Corticosteróide inalatório; LABA: Beta-2 agonista de longa duração. Fonte: Stirbulov; Bernd; Sole, 2006.

22 20 As etapas de tratamento de manutenção dos pacientes asmáticos baseiam-se no estado de controle no qual o paciente se encontra e de acordo com a classificação da gravidade da asma. Por exemplo, para um paciente com asma persistente, a etapa 2 para o tratamento inicial. Já para pacientes com asma moderada ou grave, a etapa 3 é recomendada como recurso terapêutico inicial. Caso o paciente não consiga controle adequado em determinada fase, avança-se para a etapa seguinte. O esquema farmacológico para cada etapa está descrito na tabela 4. Tabela 4 Etapas do tratamento de manutenção da asma baseadas no estado de controle Etapas de tratamento educacional em asma e controle ambiental Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Beta-2 de curta Beta-2 de curta Beta-2 de curta Beta-2 de curta Beta-2 de curta duração S/N duração S/N duração S/N duração S/N duração S/N Selecione uma Selecione uma Adicionar 1 ou Adicionar 1 ou das opções das opções mais em relação mais em relação abaixo abaixo a etapa 3 a etapa 4 Opção CI baixa dose CI baixa dose + Moderada ou Corticóide oral preferencial LABA. Em alta dose de CI dose baixa crianças < de 6 + LABA anos, dose moderada de CI Outras opções Antileucotrienos CI dose Antileucotrienos Anti-IgE moderada, CI Teofilinas baixa dose + antileucotrienos, CI dose baixa + teofilinas S/N: Se necessário; CI: corticosteróide inalatório; LABA: Beta-2 agonista de longa duração Fonte: Stirbulov; Bernd; Sole, O tratamento farmacológico utilizado nas crises de asma inclui os agonistas dos receptores adrenérgicos ou agentes simpaticomiméticos e agentes anticolinérgicos, ou parassimpaticolíticos, utilizados como broncodilatadores, e os corticosteróides inalatórios, utilizados como antiinflamatórios (KATZUNG, 2007). Os agentes simpaticomiméticos atuam no relaxamento da musculatura lisa inibindo a liberação dos mediadores broncoconstritores pelos mastócitos, o estravasamento microvascular e acelera o transporte mucociliar por meio da estimulação da atividade ciliar. Eles estimulam a adenililciclase, aumentando assim a formação do AMPc intracelular (KATZUNG, 2007).

23 21 Há fármacos simpaticomiméticos que não apresentam seletividade exclusiva a receptores β2, agindo de modo a estimular outros receptores adrenérgicos. Dentre os principais fármacos destacam-se: efedrina, epinefrina, isoproterenol (KATZUNG, 2007; HERBERT, 2005). Há dois tipos de beta 2 agonistas, os de longa duração e os de curta duração. Os de longa duração são aqueles utilizados no tratamento de manutenção dos sintomas da asma, tendo tempo de ação superior a 12 horas. E os de curta duração são utilizados na reversão de crises, gerando alívio imediato, variando seu tempo de ação entre 2 a 6 horas (KATZUNG, 2007; HERBERT, 2005). Dentre os fármacos simpaticomiméticos utilizados no tratamento da asma, e que são agonistas seletivos dos receptores beta2-adrenérgicos, destacam-se o sabutamol, a terbutalina, o metaproterenol e o fenoterol (Berotec ). Esses fármacos são eficazes após a administração por via inalatória ou oral, tendo ação de curta duração, ou seja, rápida, entre 15 a 30 minutos e persistindo até 6 horas (KATZUNG, 2007; HERBERT, 2005). Outra classe utilizada na terapêutica da asma são os metilxantínicos, que tem como representantes: a metilxantina, a teofilina, teobromina e a cafeína. Estas substâncias são alcalóides encontradas no chá, cacau e café, cuja a principal representante é a teofilina. Tem como função o relaxamento da musculatura lisa, a inibição da fosfodiesterase, que desse modo aumenta o camp, e consequentemente promove um efeito direto e indireto na via de hiperpolarização da concentração de cálcio intracelular, favorecendo os elementos de contração e antagonizando os receptores de adenosina (HERBERT, 2005). Os fármacos parassimpaticolíticos (anticolinérgicos) atuam bloqueando a broncoconstrição decorrente do estímulo vagal sobre receptores muscarínicos M1, M2 e M3 existentes na musculatura lisa dos brônquios superiores. São mais utilizados em casos de asma desencadeada por fatores emocionais. Tem como principais representantes, o ipratrópio, oxitrópio, tiotrópio e atropina (HERBERT, 2005). Os corticóides são antiinflamatórios e imunossupressores responsáveis pela inibição da produção de citocinas e são eficazes na redução da atividade brônquica, aumentando o calibre das vias aéreas e diminuindo a freqüência dos sinais clínicos da doença. Essa classe apresenta importantes características farmacodinâmicas, como: alta potência intrínseca, alta deposição pulmonar, longo tempo de permanência em tecido broncopulmonar e ser constituída por pequenas partículas (FILHO, 2010). O tratamento de urgência inicia-se com corticóide sistêmico, a metilprednisolona ou corticóide oral, a prednisona. Para controle, são administrados os corticóides inalatórios, que

24 22 produzem efeitos adversos sistêmicos diminuídos, tendo como principais representantes a beclometasona, budesonida, flunisolida, fluticasona, mometasona e itriasinolona (FILHO, 2010a). As cromonas têm ação antiinflamatória e antialérgica de ação seletiva, inibindo a degranulação dos mastócitos em respostas a diversos estímulos. Elas agem principalmente nas superfícies onde são aplicadas, por isso são tão eficazes (FILHO, 2010a). Os antagonistas de leucotrienos são direcionados para o tratamento da asma induzida por exercício físico e ar frio, por uso de aspirina e na prevenção e controle da asma leve persistente. Atuam na redução da freqüência da exacerbação da doença, no calibre das vias respiratórias, na reatividade brônquica e na inflamação das vias respiratórias (FILHO, 2010b). Os leucotrienos (LT), mediadores originados da metabolização do ácido araquidônico, são formados pela ação da 5-lipooxigenase no ácido araquidônico e são sintetizadas por várias células inflamatórias das vias respiratórias. A metabolização do ácido araquidônico ocorre inicialmente por meio da ativação da 5-lipooxigenase, interagindo com outra proteína chamada proteína ativadora da 5-lipooxigenase, formando o HPETE, precursor do LTA4. O LTA4 sob a ação da enzima LTA4 hidrolase, forma o LTB4, enquanto por outra via resultam os leucotrienos sulfidopepitídicos (LTC4, LTD4 e LTE4). As ações desses mediadores consistem no aumento da produção do muco e diminuição do calibre das vias aéreas pela contração da musculatura lisa. Os fármacos que agem nessa via são: montelucaste, zafilucaste, zileutona (FILHO, 2010b) Salbutamol É um fármaco disponibilizado na forma de sulfato de salbutamol e é comercializado como Aerolin, sendo indicado no alívio do espasmo brônquico (contração brônquica), em crise asmática e em Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOCs). É contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade ao fármaco, arritmias cardíacas, gestantes, pois promove relaxamento intra-uterino; na forma de xarope são contra-indicados para diabéticos, pois contém açúcar na fórmula (KATZUNG, 2007). Esse fármaco, um agonista beta 2 seletivo dos receptores adrenérgicos, é o simpaticomimético mais administrado no tratamento do asmático e está disponível em inaladores dosimetrados. Ele propicia broncodilatação, quando inalados, atingindo magnitude máxima de 15 a 30 minutos, persistindo até 6 horas. Age relaxando a musculatura dos brônquios, facilitando a abertura das vias aéreas para entrada e saída de ar nos pulmões. Esse

25 23 mecanismo alivia a dispnéia, sibilância, tosse, propiciando assim, uma respiração mais produtiva (FILHO, 2010b). O fármaco é contra-indicado no caso de hipersensibilidade ao sulfato de salbutamol ou a algum de seus componentes e deve ser administrado com cuidado em pacientes com epilepsia, hipertireoidismo, doenças cardiovasculares, diabetes melittus e hipocalemia. Não pode ser diluído em água destilada, pois pode causar broncoconstrição e seu uso injetável em gestantes potencializa o risco de doenças cardiovasculares (BRASIL, 2008). De acordo com Formulário Terapêutico Nacional (2008), o esquema de tratamento para as crianças asmáticas é feito de acordo com a classificação da asma: - Asma aguda 3 a 5 microgramas/kg, subcutânea ou intramuscular, a cada 12 horas. 250 microgramas/kg de solução inalante, diluídos em 3 ml de salina estéril, via respiratória, repetidos a cada minutos, até a melhora do quadro. - Asma leve intermitente ou persistente No caso de crianças acima de 4 anos, administrar 100 a 200 microgramas (1 a 2 jatos do aerossol), via respiratória, por demanda ou a cada 4-6 horas ou 250 microgramas (solução inalante), via respiratória, diluídos em 2,5 ml de salina normal, por demanda ou a cada 4-6 horas. No caso de crianças abaixo de 4 anos, administrar 100 a 150 microgramas de solução inalante, diluídos em 3 ml de salina estéril, a cada 4-6 horas. - Asma moderada Nebulização com sulfato de salbutamol 0,15 mg/kg combinado com brometo de ipratrópio 0,25 mg, diluídos em 3 ml de salina normal, por 5 a 15 minutos, seguida da mesma dose de sulfato de salbutamol, administrada em duas vezes a cada 20 minutos. - Asma grave No caso de crianças acima de 18 meses, a dose deve ser de 2,5 mg de salbutamol por solução inalante, repetida até 4 vezes ao dia, podendo aumentála até 5 mg. A avaliação médica da efetividade do fármaco é imprescindível, pois pode vir a existir necessidade de um tratamento alternativo.

26 24 Os procedimentos a serem realizados quando uma criança chega ao serviço de emergência com crise aguda de asma são anamnese e exame físico. A anamnese deve ser realizada de modo completo sobre a clínica da criança, em especial quando a mesma encontra-se com dificuldades respiratórias. O pai ou responsável deve ser questionado sobre a crise atual (duração dos sintomas, o motivo que desencadeou a crise, se faz uso de medicações entre outros) e também sobre crises anteriores (a última internação por asma, se já foi intubado, freqüência das internações entre outros) (PASTORINO, 2002). O exame físico deve ser feito com o objetivo de encontrar algumas alterações nas vias aéreas inferiores e superiores, na freqüência respiratória e cardíaca, no nível de consciência, na fala, se o paciente encontra-se cianótico ou não, se faz uso da musculatura acessória. (PASTORINO, 2002). Segundo Pastorino, a avaliação da gravidade da crise asmática é realizada por meio do escore Wood-downes, conforme tabela abaixo (tabela 5): Tabela 5: Escore de gravidade da crise asmática de Wood Downes. Variável Cianose Murmúrio vesicular Utilização da 0 Escore 1 Nenhuma Normal Em ar ambiente Desigual ou ausente Em 40% de O2 Diminuído musculatura Nenhuma Moderada Máxima acessória Sibilos expiratórios Função cerebral Nenhuma Normal Moderado Deprimido ou Acentuado Coma 2 agitado Fonte: Wood DW et al. Am J Dis Child 1972; 123: A avaliação da gravidade é mensurada pela soma do escore Wood Downes. Se menor que 5, significa paciente em crise leve, se maior ou igual a 5, indica falência respiratória iminente (crise moderada), se maior ou igual a 7, exprime falência respiratória (crise grave) (PASTORINO, 2002). O paciente deve ser observado também quanto ao nível de saturação de oxigênio Sat. O2 que deve ser maior que 92%. Quando menor que o valor de referência significa insuficiência respiratória, sugerindo que o mesmo deva ser internado e é indicado raio-x de tórax (PASTORINO, 2002).

27 25 O paciente deve ser orientado quanto à utilização adequada do aerossol junto ao espaçador. O inalador deve ser agitado antes de utilizar e quando estiver conectado ao espaçador, durante os intervalos e ser conservado à temperatura ambiente, não podendo estar exposto à altas temperaturas ou próximo a chama, sob risco de explosão. O inalador também não pode ser perfurado. O bocal deve ser lavado toda semana, mantendo a higiene adequada para uso, utilizando sabão neutro e deixando secar naturalmente, deve-se ter cuidado com o contato com os olhos. O medicamento só deve ser utilizado em casa, caso haja uma pessoa capacitada para diluí-lo corretamente. O sulfato de salbutamol é incompatível com ampicilina sódica, dimenidrinato e pantoprazol sódico (BRASIL, 2008). O salbutamol pode ser diluído em soro fisiológico e administrado por meio de nebulizadores manuais, porém as partículas geradas por um nebulizador são maiores que as geradas por um inalador dosimetrado. Em função disso, essa forma de administração é menos eficaz, considerando o tratamento por nebulização apenas quando o paciente não for capaz de coordenar de forma segura a inalação por um inalador dosimetrado (FILHO, 2010b). O medicamento está disponível também na forma de comprimido, tendo como esquema 1 a 2 comprimidos, 2/3 vezes ao dia (FILHO, 2010b). Os pacientes não relatam muitos problemas com relação ao uso deste medicamento, porém quando ocorrem, as mais comuns são: tremores pouco intensos nas mãos, cefaléia, taquicardia, nervosismo, astenia, podendo cessar com a continuidade do tratamento (FILHO, 2010b). 3.4 Dispositivo Inalatório O dispositivo é um dos principais meios para administração de fármacos inalatórios, por possuir uma boa relação risco-benefício em comparação aos demais. Esse perfil se deve à ação direta dos fármacos na mucosa da via respiratória, que permite efeito máximo em pequenas doses, ou seja, ação rápida dos broncodilatadores e menor índice de efeitos colaterais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2002). O aerossol é uma suspensão de partículas sólidas e gotículas de líquido no ar, que, por serem muito pequenas, se depositam facilmente na mucosa das vias aéreas inferiores. A deposição pulmonar média de um aerossol varia de 6 a 30%, dependendo do dispositivo, do fármaco, da técnica de uso e do nível de obstrução das vias aéreas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2002).

28 26 Para que haja uma escolha adequada e eficaz do uso do dispositivo inalatório no tratamento emergencial da asma, deve-se atentar para a idade da criança, fatores econômicos, habilidade do paciente e da equipe ao utilizá-lo (HERBERT, 2005). Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2002) O espaçador é um dispositivo acessório desenvolvido para auxiliar na administração de fármacos em aerossóis dosimetrados, facilitando a coordenação no momento da aplicação, diminuindo a deposição de partículas na boca e garganta, e conseqüentemente melhorando o aproveitamento do fármaco. (PEREIRA, 2007) Há diversos tipos de espaçadores para o uso pediátrico com vários tamanhos e formas, que são acoplados ao paciente por meio de máscaras ou terminação bucal e alguns possuem válvulas inalatórias. Porém, o alto custo destes dispositivos dificulta seu uso generalizado e, por esta razão, observa-se a improvisação com o uso de espaçadores a partir de garrafas e outros utensílios plásticos, visto que deve ser utilizado individualmente (PEREIRA, 2007). Observar as fotos ilustrativas 9.1, 9.2, 9.3 para um melhor entendimento. Devem ser seguidas algumas regras práticas básicas para um efeito eficaz no uso de espaçadores em crianças, como a utilização de detergente na lavagem diária dos dispositivos de plásticos para diminuição da carga eletrostática e para higiene do mesmo. Após o uso, é ideal lavar a região peribucal e escovar os dentes da criança, diminuindo o risco de candidíase orofaríngea. Deve-se administrar a medicação junto ao dispositivo na ausência de choro e em crianças com menos de cinco anos de idade, devem utilizar aerossóis com espaçadores e máscara, pois elas são incapazes de inalar a medicação na ausência destas medidas. Em tratamento domiciliar, é orientado aos familiares o uso correto do espaçador e do fármaco, mostrando a importância da educação do paciente quanto ao seguimento do tratamento, como por exemplo, a não exposição à elérgenos, e à adesão ao tratamento (FARIAS et al., 2009). 1. Quando utilizado adequadamente, tem como principais vantagens: não necessita de uma fonte de oxigênio ou ar comprimido para gerar aerossol, possui custo mais acessível, fácil manuseio, são portáteis de bolso e não lesa a camada de ozônio, demanda menor tempo na sua administração, maximiza a liberação e minimiza a deposição de medicamentos na orofaringe (AMRIGS 2002). A técnica correta para administração do salbutamol utilizando espaçador e aerossol dosimetrado em pediatria, segundo Pereira (2007), segue a seguinte ordem:

29 27 1. Retirar a tampa do aerossol dosimetrado; 2. Conectar o aerossol dosimetrado ao espaçador; 3. Agitar; 4. Dispor a extremidade do bocal verticalmente; 5. Expirar normalmente; 6. Conectar o bocal do espaçador na boca da criança ou adaptar a máscara sobre a boca e nariz; 7. Disparar o aerossol dosimetrado e orientar o paciente que inspire lenta e profundamente pela boca e em seguida pausar a inspiração por no mínimo 10 segundos; 8. Expirar e continuar a respiração normalmente durante 30 segundos, enquanto o aerossol está sendo agitada, para dar seqüência a série prescrita. O espaçador industrial é um reservatório de volume variável (80 a 700 ml), que é comercializado na forma de materiais plásticos inertes e atóxicos de elevada resistência a impactos, é praticamente inquebrável. Seu reservatório estoca o fármaco administrado e reduz o número de partículas de 10 μm que chegam e se depositam por impactação nas vias aéreas superiores. Estas partículas medem cerca de 1 a 5 μm, por isto são ideais, por depositarem-se nas pequenas vias aéreas e cumprirem seu papel terapêutico. A eficiência do espaçador depende do tamanho, volume, da presença de baixa carga eletrostática, de sua forma e, também, da boa utilização. O dispositivo dispõe de acessórios que são encaixados no spray do aerossol dosimetrado e na outra extremidade ao bucal ou a máscara, local onde a criança inala o fármaco. Após a administração de um a cinco jatos do spray em seu interior, é orientado a criança inspirar em ciclos respiratórios profundos. A inalação por meio do espaçador deve ser feita imediatamente, pois a meia-vida do fármaco liberada pelo spray, na câmara do espaçador, é menor que 10 segundos (RUBIM, 2000). Desenho esquemático do espaçador segundo Rubim (2000), segue ilustração abaixo: O corpo da câmara de inalação foi construído em monobloco, piriforme para evitar a perda ou dano de componentes durante o manuseio. A válvula inspiratória é unidirecional,

30 28 composta por três pequenas peças acessórias acopláveis entre si. Esta válvula que é conectada diretamente no interior do bocal, é recomendada apenas para crianças maiores de 3 anos, onde há também um outro acessório, que permite conectar a máscara facial ao corpo da câmara de inalação. A eliminação do ar expirado é realizada por meio de dois orifícios laterais situados no bocal, quando sem máscara ou local de adaptação da máscara facial ao corpo da câmara. O espaço morto existente, quando utilizado com máscara é semitransparente, maleável e anatômica, que se reduz ao menor volume possível. A matéria-prima nele empregada é suprida pela indústria nacional (RUBIM, 2000). A inalação de fármacos por meio de aerossóis resulta na deposição de menos de 20% do fármaco liberado. Os espaçadores maiores que 750 ml eliminam o efeito de inércia do aerossol, já os espaçadores menores de 50 ml reduzem a velocidade das partículas do aerossol inalado chegarem aos pulmões. Os modelos de espaçadores mais recentes são fabricados com material que não apresenta carga eletrostática, apresentando assim maior eficácia (O Manejo Clínico da Asma em Londrina, 2006). Como se pode observar na foto abaixo: Foto ilustrativa do espaçador industrial Os espaçadores artesanais disponíveis para os usuários asmáticos possuem diversos modelos, tamanhos e diferentes tipos de garrafas PET para sua composição. Tais dispositivos são desenvolvidos de modo artesanal e são semelhantes aos industrializados, onde é sugerido a confecção da aerocâmara ou espaçador, a partir de embalagens de plástico com custo zero (O Manejo Clínico da Asma em Londrina, 2006). Veja a seguir a foto de um dos modelos artesanais:

31 29 Foto ilustrativa do espaçador artesanal

32 30 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS DADOS Foram analisadas 60 crianças em crise asmática aguda no serviço de emergência do Hospital Regional da Asa Sul, no período de Setembro a Outubro de A seguir, apresenta-se o gráfico 1 relativo ao uso de espaçadores. Gráfico 1: Distribuição das crianças segundo o uso de espaçadores, % 20% Espaçador Industrial Espaçador Artesanal Fonte: O autor Das 60 crianças pesquisadas, 20% (12) fizeram uso do espaçador industrial e 80%(48) do espaçador artesanal. Os espaçadores industriais foram doados ao HRAS pelas pesquisadoras, pois o hospital só tinha disponíveis os espaçadores artesanais, que geralmente são doados por instituições não governamentais. Esse resultado é justificado por Pereira (2007), pois, segundo o autor, existem diversos tipos de espaçadores industriais para o uso pediátrico, com diferentes tamanhos e formas. São acoplados ao cliente por meio de máscaras ou terminação bucal e alguns possuem válvulas inalatórias, porém, esses dispositivos têm um alto custo, e, portanto, dificulta seu uso generalizado. Por essa razão, há a improvisação com o uso de espaçadores a partir de garrafas PET e outros utensílios plásticos, pois, deve ser utilizado individualmente. Nos gráficos seguintes serão apresentados os dados comparativos entre as crianças que utilizaram o espaçador industrial e as que usaram o artesanal para administração do salbutamol na reversão da crise asmática.

33 31 Gráfico 2: Distribuição das crianças em crise asmática, segundo o sexo e tipo de dispositivo utilizado na terapêutica, assistidas na emergência pediátrica do HRAS, no período de setembro e outubro de % 50% 50% 42% Feminino Masculino Esp. artesanais Esp. industriais Fonte: O autor Segundo os dados apresentados, pode-se observar que das crianças pesquisadas que utilizavam espaçadores artesanais, 50% (24) foram do sexo feminino e 50% (24) do sexo masculino. Já as que usaram os espaçadores industriais, 58% (7) foram do sexo feminino e 42%(5) masculino. Analisando o total de participantes, a maioria é do sexo feminino, levando em consideração a afirmação de Oliveira (2005), que diz que um dos fatores de risco para o desenvolvimento da asma inclui ser do sexo masculino. Pode-se inferir que esse fator por si só não prevalece, diante dos dados expostos pela presente pesquisa. Tabela 1 Freqüência de crianças em crise asmática atendidas no HRAS, que utilizaram espaçadores artesanais, segundo a faixa etária, no período de setembro e outubro Variáveis N % 0 a <2 anos 13 27,0 2 a <4 anos 17 36,0 4 a <6 anos 12 25,0 6 a <8 anos 02 4,0 8 a <10 anos 03 6,0 10 a <12 anos 01 2,0 Sibilância 01 2,0 Asma 47 98,0 Faixa etária Motivo da procura do serviço

34 32 Das 48 crianças em crise asmática, que fizeram uso de espaçadores artesanais, a maioria, 36% (17) foi da faixa etária de 2 a <4 anos, seguidos de 27%(13) de 0 a <2 anos e 25%(12) de 4 a <6 anos. Foi observado que a faixa etária com maior índice de crise asmática é de 0 a 6 anos de idade Dos participantes da pesquisa, apenas 1 (2%) chegou à emergência do hospital apresentando apenas episódio de sibilância, porém o restante dos participantes apresentavam a sintomatologia da crise asmática, ou seja, o motivo da procura pelo atendimento foi crise de asma. Tabela 2 Freqüência de crianças com crise asmática atendidas no HRAS, que utilizaram espaçadores industriais, segundo a faixa etária, no período de setembro e outubro Variáveis Faixa etária N % 0 ha <2 anos 2 17,0 2 a <4 anos 5 41,0 4 a <6 anos 3 25,0 6 a <8 anos 0 0,0 8 a <10 anos 0 0,0 10 a <12 anos 2 17,0 Sibilância 0 0,0 Asma ,0 Motivo da procura do serviço Conforme os dados apresentados na tabela 2, pode-se observar que a faixa etária de crianças mais assistida na Emergência foi de 2 a 4 anos, representado por 41%(5) da amostra, seguido respectivamente por 25%(3) de 4 a <6 anos, 17%(2) de 10 a<12, sendo que de 6 a 10 não houve nenhum caso. Das 100%(12) crianças que procuraram atendimento foram diagnosticadas com asma. Os dados coletados mostram claramente que nos dois grupos (crianças que usaram espaçadores artesanais e as que utilizaram os industriais), a faixa etária de 2 a 4 anos foi a mais assistida na emergência do HRAS no período pesquisado. Tais dados estão em concordância com Marques (1990), no qual em estudo realizado por ele, diz que 5 a 10% das crianças apresentam sintomas da asma na infância, podendo aparecer em qualquer idade e que desta quantidade, 80 a 90% das crianças com asma, apresentam os sinais e sintomas antes dos 4 a 5 anos de idade (MARQUES, 1990). E para Grumach (1989), os sintomas diminuem na

35 33 maioria das vezes após os 14 anos de idade (GRUMACH, 1989). Ou seja, pôde-se perceber após leitura do estudo anterior, que há uma incidência maior em crianças com idade inferior a 6 anos. Gráfico 3: Distribuição das crianças atendidas no HRAS, segundo o classificação do tipo de asma, % 75% Esp. Artesanais Esp. Industriais 17% 17% 8% 0% Leve Moderada Grave Fonte: O autor O gráfico 3 nos mostra a asma de acordo com a classificação baseado na intensidade dos sintomas apresentadas pelas crianças pesquisadas. Das 48 que usaram espaçadores artesanais, 83%(40) apresentavam asma do tipo leve, 17%(8) do tipo moderada e 0% grave. Dos 12 clientes que usaram os espaçadores industriais, 75%(9) apresentavam asma do tipo leve, 17%(2) do tipo moderada e 8%(1) grave. A maioria dos participantes, dos dois grupos, apresentou asma do tipo leve, talvez por procurar assistência médica logo no início da sintomatologia e pelos acompanhantes responsáveis saberem que os clientes são portadores da doença e logo procurar tratamento.

36 34 Gráfico 4: Distribuição das crianças pesquisadas, segundo uso de corticóide oral junto a primeira série do salbutamol. 98% 92% Sim Não 2% Esp. artesanais 8% Esp. industriais Fonte: O autor Como se pode observar no gráfico 4, 98%(47) das crianças que usaram na terapia salbutamol com espaçador artesanal, fez uso de corticóide oral e apenas 2%(1) não utilizou. Já o grupo dos clientes que usaram os espaçadores industriais, 92%(11) fizeram uso de corticóide oral e apenas 8%(1) não. Na soma dos participantes dos dois grupos, pode-se observar que a maioria das crianças asmáticas fez uso de corticóide oral seguindo assim os consensos para o manejo da asma, onde é recomendado o uso de corticóides o mais precocemente por via oral em episódios agudos de leves a moderada intensidade, visto que nos casos de exacerbação grave é obrigatório após a utilização de b2 agonista inalatório (III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002; WARNER, NASPITZ, CROPP, 1998). A ausência do corticóide na prescrição dos 2 indivíduos pode ter sido em função do desconhecimento do protocolo ou mesmo por intolerância do indivíduo ao fármaco.

37 35 Gráfico 5: Distribuição das crianças com crise asmática, conforme a série de medicação utilizada, % 62% Esp. artesanais Esp. industriais 25% 19% 19% 0% 1 série 2 séries 3 séries Fonte: O autor De acordo o gráfico 5, pode-se observar que a maioria das crianças que fizeram uso de espaçador artesanal, 62%(30), e industrial, 75%(9), foram feitas 3 séries de salbutamol spray, obedecendo ao consenso, que estabelece o máximo de 800mcg/2kg/dose a cada 20 minutos ( 3 vezes em uma hora) (III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002). Gráfico 6: Distribuição das crianças em crise asmática assistida na emergência pediátrica do HRAS, segundo o números de jatos utilizados do fármaco no período de setembro e outubro de % 42% 42% 35% Esp. artesanais Esp. industriais 13% 3 jatos 4 jatos 16% 5 jatos Fonte: O autor Pode-se observar no gráfico 6, que com o dispositivo artesanal o número de jatos mais utilizados foi o de 4 jatos, representado por 52%, seguido respectivamente por 3 jatos 35%, e por fim 5 jatos 13%. O número de jatos utilizados com os dispositivos industriais houve semelhança na percentagem de administração, isto é, 42% entre 3 e 4 jatos, sendo o de 5 jatos

38 36 bem menos utilizados na terapêutica. Observa-se também que foi seguido o protocolo para manejo da asma que estabelece que o uso Salbutamol spray com espaçador 100mcg/jato deve ser administrado em doses: 50mcg/kg/dose ou 1jato/2kg/dose, máximo de 5 jatos a cada 20 minutos (III CONSENSO BRASILEIRO NO MANEJO DA ASMA, 2002). Gráfico 7: Distribuição do espaço de tempo entre séries salbutamol spray com auxilio de dispositivos artesanal e industrial em crianças com crise asmática atendidas no HRAS, no período de setembro e outubro, % 100% minutos minutos 0% 0% Esp. artesanais Esp. industriais Fonte: O autor Pode-se observar no gráfico 7, que 100% da amostra utilizou o intervalo de tempo de 20 minutos entre séries. O tempo preconizado é de 15 a 30 minutos entre séries, onde este é estabelecido a critério médico, dependo da intensidade da crise, pois é o tempo necessário para que o fármaco chegue aos pulmões (II CONSENSO DA ASMA, 1998). Gráfico 8: Distribuição da saturação percutânea verificadas ao término da administração da série de salbutamol spray 98% 92% Sim Não 2% Esp. artesanais Fonte: O autor 8% Esp. industriais

39 37 Analisando o gráfico 8, pode-se observar que 98%(47) das crianças assistidas em crise asmática e que fizeram uso do salbutamol spray utilizando o dispositiv artesanal apresentaram saturação percutânea de oxigênio superior a 92%. Em 92% (11) das crianças que fizeram uso do dispositivo industrial, verificou-se saturação percutânea superior 92%. Apenas 2% e 8%, representado por uma criança de cada grupo, artesanal e industrial, respectivamente, não melhorou seu nível de saturação, que deveria ser superior a 92%, sendo estes mantidos em tratamento conforme o que é preconizado pela IV Diretrizes Brasileiro para o Manejo da Asma (STIRBULOV, BERND SOLÉ, 2006). O percentual de saturação não foi o único parâmetro para avaliação da intervenção com o uso de salbutamol para controle da crise, sendo necessário um conjunto de achados clínicos, como sibilância, uso de musculatura acessória e dispnéia. Caso um paciente não obtivesse saturação suficiente, mantinha-se o tratamento prévio e acrescentava-se oxigênioterapia. Gráfico 9: Distribuição da utilização da musculatura acessória após terapêutica com salbutamol spray com auxilio do dispositivo industrial e artesanal em das crianças com crise asmática atendidas no HRAS, segundo o sexo, % 82% Sim Não 17% 4% Esp. artesanais Esp. industriais Fonte: O autor No gráfico 9, verificou-se que 96%(46) das crianças do grupo que utilizou espaçadores artesanais, após finalização das séries medicamentosas, não fizeram uso da musculatura acessória para respiração. No grupo que usou os espaçadores industriais, 82%(10) das crianças não necessitaram do uso da musculatura acessória para respiração, mesmo após a finalização da medicação prescrita e apenas 17% (2) ainda faziam uso da musculatura acessória.

40 38 O cliente em crise asmática, mesmo após a medicação, pode necessitar do uso da musculatura acessória. Isso depende da classificação da asma do indivíduo, ou seja, os pacientes que procuram assistência em crise grave ou moderada podem apresentar, ao término da série, essa necessidade (RODRIGUEZ, 2000). Gráfico 10: Distribuição da porcentagem de sibilância em crianças em crise asmática após a administração de série de salbutamol com o auxilio dos espaçadores artesanal e industrial que foram atendidas no HRAS. 60% 58% 40% 42% Sim Não Esp. artesanais Esp. industriais Fonte: O autor Dentre as crianças que utilizaram os espaçadores artesanais e industriais 60% (29) e 58%(7) respectivamente apresentaram sibilância leve. Não houve diferença entre o perfil apresentado pelo uso de espaçadores industriais quando comparado com os artesanais em termos percentuais. Sibilância, isoladamente, não é um parâmetro seguro de se determinar alta ou manutenção do tratamento, devendo-se observar também: freqüência respiratória, musculatura acessória, dispnéia e saturação.

41 39 Gráfico 11: Distribuição das crianças com dispnéia em crise asmática, após a terapêutica com salbutamol spray adaptado a um dispositivo artesanal e industrial. 77% 75% Sim 25% 23% Esp. artesanais Não Esp. industriais Fonte: O autor Os dados do presente gráfico nos mostram que o grau de broncodilatação, alcançado por pacientes submetidos à terapia com salbutamol com o auxílio dos dispositivos artesanais e industriais são semelhantes em eficácia. As crianças que utilizaram os espaçadores artesanais na administração do fármaco, 77%(37) não apresentaram dispnéia, assim como 75%(9) das que usaram o industrial. Gráfico 12: Distribuição dos resultados obtidos após administração do salbutamol spray com os dispositivos artesanal e industrial em crianças com crise asmática atendidas no HRAS, no período de setembro e outubro de % 92% Esp. artesanais Esp. industriais 2% Alta 8% Continuação do tratamento 0% 0% Óbito Fonte: O autor Conforme o gráfico 12, pode-se observar que o grupo que utilizou os espaçadores artesanais, 98%(47) receberam alta e apenas 2%(1) precisaram continuar o tratamento. No grupo dos que usaram os espaçadores industriais, 92%(11) tiveram alta após a intervenção e 8%(1) necessitou também da continuação do tratamento.

42 40 Do total de 60 participantes, 97%(58) das crianças com crise asmática assistida na emergência pediátrica do HRAS, que utilizaram a terapia com salbutamol, independente do tipo de dispositivo obtiveram alta e apenas 3%(2) continuaram o tratamento. Pode se observar que aqueles que tiveram que continuar são aqueles com asma de difícil controle, mesmo com doses máximas recomendadas dos fármacos. Não foram encontrados estudos semelhantes na literatura científica que pudessem servir de referencial teórico para comparação dos dados obtidos durante a pesquisa no que se referem à eficácia dos dispositivos inalatórios artesanais quando comparados aos dispositivos inalatórios industriais.

43 41 5 CONCLUSÃO Apesar de já ser padronizado pela Secretaria de Saúde o uso do espaçador dosimetrado para administração de salbutamol em crianças que apresentam crise asmática aguda e são assistidas na emergência pediátrica, a presente pesquisa constatou que o espaçador industrial não é disponibilizado para a instituição pública pesquisada. Só foi possível a realização da comparação proposta pelo trabalho, porque os pesquisadores forneceram os espaçadores industriais, para conseguir, então, coletar os dados necessários. Portanto, os espaçadores artesanais prevalecem nos atendimentos realizados. A faixa etária mais assistida no hospital pesquisado, durante o período de realização da pesquisa, foi a de 2 a >4anos de idade, tanto os que utilizaram os espaçadores artesanais, quanto os espaçadores industriais. Observando os dados em sua totalidade, a faixa etária em que predominou as crises agudas de asma foi de 0 a 6 anos de idade. Comparando os parâmetros clínicos, tais como saturação de oxigênio, dispnéia, sibilos e uso da musculatura acessória, entre os dois grupos, não houve diferenças significativas. Os critérios para a avaliação da eficácia entre os dois grupos (espaçador industrial e artesanal) foi a comparação dos parâmetros clínicos como o uso da musculatura acessória, dispnéia, sibilos e de saturação de oxigênio, entre os quais não mostraram diferença significativa após as doses de salbutamol, havendo assim equivalência clínica entre os dois. Podendo concluir que o inalador dosimetrado com espaçador artesanal pode ser utilizado na administração de salbutamol em crianças em crise asmática com a mesma eficácia do industrial e ainda possui uma vantagem: é gratuito. Constatou-se durante nossa pesquisa teórica que o uso de espaçadores artesanais juntamente ao salbutamol, é muito freqüente e de suma importância para reversão de crises asmáticas em pacientes pediátricos, assim como sua eficácia, que também esteve presente em muitas leituras por nós realizadas, mostrando assim que o dispositivo inalatório citado, realmente favorece a reversão destas crises, melhorando assim o sistema respiratório da criança, levando o paciente à alta hospitalar na maioria dos casos.

44 42 REFERÊNCIAS A consensus statement. Am J Respir Crit Care Méd. v. 159, p , AMERICAN THORACIC SOCIETY. Dyspnea: mechanisms, assessment, and management: A consensus statement. Am J Respir Crit Care Med 159: , BARROS, M.B.A.; CÉSAR, C.L.G.; CARANDINA, L.; TORRE, G.D. Desigualdades sociais na prevalência de doenças crônicas no Brasil, PNAD Ciência e Saúde Coletiva 2006;11(4): BIGNARDI, F.A.C. Reflexões sobre a pesquisa quantitativa e qualitativa: maneiras complementares de aprender a realidade. Comitê paulista para a década da cultura e da paz, BOECHA,T.J.L.; RIOS, J.L.; SANT'ANNA, C.C.; FRANÇA, A.T. Prevalência e gravidade de sintomas relacionados à asma em escolares e adolescentes no município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Jornal Brasileiro de Pneumologia 2005;31(2): BOUSHEY, H.A.; HOLTZMAN, M.J.; SHELLER, J.R.M.J.; NADEL, J.A. Bronchial hiperreactivity. Am Rev Respir Dis 1980;121: BRASIL. Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde, Estatísticas de Mortalidade, Brasília: MS, BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2008: Rename 2006 / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência. Brasília: Ministério da Saúde, p. : il. (Série B. Textos Básicos de Saúde). BRITISH THORACIC SOCIETY; SCOTTISH INTERCOLLEGIATE GUIDELINES NETWORK. British Guideline on the Managemente of Asthma, Disponibilizado no site: < Acesso em: 13/07/2010. BRUNNER, L.S. SUDDARTH, D.S. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, CALIL, A. M. O manejo de afecções respiratórias em pronto socorro: subsídios para a prática clínica de enfermagem. Nursing, São Paulo, v.1, n.128, p.35-39, Janeiro/2009. CASTRO-RODRIGUEZ, J.A.; HOLBERG, C.; WRIGHT, A.L.; MARTINEZ, F.D. A clinical index to define risk of asthma in young children with recurrent wheezing. American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine 2000;162:

45 43 CHATKIN, J.M.; MENNA BARRETO, S.; FONSECA, N. Trends in asthma mortality in young people in Southern Brazil. Ann Allergy Asthma Imunnol, p.82:287-92, CUNHA, A.P.N. da. et al. Efeito do alongamento sobre a atividade dos músculos inspiratórios na DPOC. Saúde book page, v.17, nov CRUZ, AA ET AL. Asma: um grande desafio. São Paulo. Editora Atheneu, DIEHL, A.A. Pesquisa em ciências aplicadas: métodos e técnicas. São Paulo:Prentice Hall, FARIAS, L.S; MARCH, M.F.B.P; PARENTE, A. A. et AL Terapia inalatória com espaçadores em crianças. Pulmão, Rio Janeiro, Supl 1, p.39- S44, FILHO, P. A. T. Tratamento da Asma Corticóides. Asma Brônquica, 2010a. Disponível em: < Acesso em: 12/05/2010. FILHO, P. A. T. Tratamento da Asma Modificadores de leucotrienos. Asma Brônquica, 2010b. Disponível em: < s.html>. A cesso em: 26/04/2010. FIORI, R.; FRISTCHER, C,C. Variação na prevalência de asma e atopia em um grupo de escolares de Porto Alegre/RS. J Pneumol, Rio Grande do Sul, v.27, p , GERGEN, P.J.; MULLALLY, D.I.; EVANS, R. National survey of prevalence of asthma among children in the United States, 1976 to Pediatrics, p.88:1-7, GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA. Global Strategy for Asthma Management and Prevention, National Institutes of Health, National Heart, Lung and Blood Institute, GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA GINA. Global Strategy for Asthma Management and Prevention, Disponibilizado no site: HERBERT, J. Difererentes dispositivos inalatórios na crise aguda de asma: umestudo randomizado, duplo-cego e controlado com placebo. J. Pediatr. Rio Janeiro, v. 81, n. 04, July/ Aug KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 10. ed. São Paulo: Mc Graw Hill, LASMAR, L.M.L.B.; FONTES, M.J.F.; GUERRA, H.L.; JENTZCH, N.S. Perfil da assistência pública à criança e ao adolescente asmático. Revista Médica de Minas Gerais 2000;10:

46 44 NATIONAL HEART, Lung, and Blood Institute, National Institutes for Health. Global strategy for asthma management and prevention: NHLBI/WHO workshop report. Bethesda: National Institutes of Health; revised OLIVEIRA, R. G. Pediatria. 3. Ed. Belo Horizonte: Blackbook, PEREIRA, L. F. F. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. III Consenso Brasileiro de Asma, MARTINEZ, F.D.; WRIGHT, A.L.; TAUSSIG, L.M.; HOLBERG, C.J.; HALONEN, M.; MORGAN, W.J. Asthma and wheezing in the first six years of life. The Group Health Medical Associates. N Engl J Med. v. 332, n. 3, p.133-8, PIOVESAN, D.M. et al. Avaliação prognóstica precoce da asma aguda na sala de emergência. J. Brás. Pneumol. v. 32, n. 1, p. 1-9, III CONSENSO BRASILEIRO NO MANEJO DA ASMA. AMRIGS, Porto Alegre, 46 (3,4): , jul dez RODRIGO, G.J.; RODRIGO, C. Rapid-onset asthma attack: prospective cohort study about characteristics and response to emergency department treatment. Chest. 2000;118(6): RUBIM, J.A.; SIMAL, C.J.R.; LASMAR. L.M.L.B.F., CAMARGOS, P.A.M. Deposição pulmonar de radioaerossol e desempenho clínico verificados com espaçador fabricado no Brasil, J Pediatr. Rio de Janeiro, 2000;76(6): SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. Revista AMRIGS, Porto Alegre, v. 46, n.3, S. 4, p , jul.-dez SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. J Pneumol. 2002;28 Suppl 1:1 28. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. IV Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, Disponibilizado no Congresso Brasileiro de Pneumologia em Fortaleza, SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Temas em Revisão Bases para a escolha adequada dos dispositivos inalatórios Disponível em: <

47 45 SOLÉ, D.; WANDALSEN, G.F.; CAMELO-NUNES, I.C.; NASPITZ, C.K. Prevalence of symptoms of asthma, rhinitis, and atopic eczema among Brazilian children and adolescents identified by the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC). Phase 3. J Pediatr. 2006;82: SOUZA LSF. Aerossolterapia na asma da criança. J Pediatr (Rio J) 1998;74: STIRBULOV, R; BERND, L.A.G.; SOLÉ, D. (Eds.). IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma. J. Bras Pneumol. v.32 (Supl 7): p , WARNER, J.O.; NASPITZ, C.K.; CROPP, G.J.A. Third International Pediatric Consensus Statement on the Management of Childhood Asthma. Pediatr Pulmonol. 1998;25:1-17. WEISS, K.B.; WAGENER, D.K. Changing patterns of asthma mortality. JAMA 1990;264:

48 46 APÊNDICE A Questionário para coleta e análise de dados Data: Sexo ( ) Feminino Idade (em anos) ( )0 2 Motivo do Serviço ( ) Masculino ( )2-4 ( )4-6 ( )6 8 ( ) Sibilância Tipo de asma ( Uso de Corticóide Oral Terapia ( ) 8 10 ( ) ( ) Asma ) Leve ( ) Moderada ( ) Grave ( ) Sim ( ) Não ( ) Espaçador Industrial ( ) Espaçador Artesanal Série ( Número de Jatos Intervalo de Tempo entre série )1 ( ( )3 )2 ( ( )4 ( )15-15 segundos )3 ( )5 ( ) segundos Após uso do espaçador Parâmetro de Eficácia Saturação > 92%? ( ) Sim ( ) Não Uso da musculatura acessória? ( ) Sim ( ) Não Sibilância? Dispnéia? ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não Resultado da Intervenção ( ) Alta ( ) Continuação do Tratamento ( ) Óbito

49 47 ANEXO A Parecer do CEP

50 48 ANEXO B Ilustrações Técnica de administração do salbutamol com espaçador Espaçador artesanal com máscara e aerossol Técnica de administração do salbutamol com espaçador Espaçador industrial com máscara e aerossol.

51 49 Técnica de administração do salbutamol com espaçador Espaçador artesanal com aerossol e sem máscara Técnica de administração do salbutamol com espaçador Espaçador industrial com aerossol e sem máscara

TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz

TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz A asma é uma das doenças crônicas mais prevalentes na infância e apresenta altas taxas de mortalidade e internações. Por

Leia mais

Asma Diagnóstico e Tratamento

Asma Diagnóstico e Tratamento 1ªs Jornadas de Pneumologia de Angola Respirar bem, Dormir bem, Viver melhor Asma Diagnóstico e Tratamento Margarete Arrais MD, Pneumologista Introdução Importante problema de saúde pública. Desde a década

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Rinite Alérgica é a inflamação aguda ou crônica, infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa

Leia mais

ASMA. FACIMED Curso de Medicina. Disciplina Medicina de Família e Comunidade. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

ASMA. FACIMED Curso de Medicina. Disciplina Medicina de Família e Comunidade. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues ASMA FACIMED Curso de Medicina Disciplina Medicina de Família e Comunidade Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Medicina de Família e Comunidade 5º Período Objetivos Ao final desta aula o aluno

Leia mais

Fisioterapia na Asma. Profª: Caroline de Campos Reveles Walkiria Shimoya Bittencourt

Fisioterapia na Asma. Profª: Caroline de Campos Reveles Walkiria Shimoya Bittencourt Fisioterapia na Asma Profª: Caroline de Campos Reveles Walkiria Shimoya Bittencourt Vias aéreas Inferiores Anatomia das vias aéreas condutoras Definição Doença respiratória crônica: Caracteriza-se por

Leia mais

Assistência Farmacêutica em Asma

Assistência Farmacêutica em Asma Caracterização Assistência Farmacêutica em Asma Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível

Leia mais

Asma Brônquica. Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência

Asma Brônquica. Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência Asma Brônquica Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência Conceito: Doença caracterizada por ataques agudos e recorrentes de dispnéia, tosse e expectoração tipo mucóide. A falta

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS Extremamente comuns. Caracterizadas por resistência aumentada ao fluxo de ar nas vias aéreas. DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA ENFISEMA

Leia mais

Asma: Manejo do Período Intercrise. Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria

Asma: Manejo do Período Intercrise. Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria Asma: Manejo do Período Intercrise Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria ASMA Doença Inflamatória Crônica Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores

Leia mais

Doença inflamatória crónica das vias aéreas de elevada prevalência. Uma patologias crónicas mais frequentes

Doença inflamatória crónica das vias aéreas de elevada prevalência. Uma patologias crónicas mais frequentes Tiago M Alfaro alfarotm@gmail.com 09/05/2014 Asma Doença inflamatória crónica das vias aéreas de elevada prevalência Uma patologias crónicas mais frequentes Heterogeneidade importante nas manifestações

Leia mais

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA. Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA:

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA. Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA: 12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA QUESTÃO 21 Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA: a) não há estudos sistematizados que avaliem a

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível

Leia mais

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com

Leia mais

CRISE ASMÁTICA NA CRIANÇA PROPOSTA DE NORMATIZAÇÃO DE TRATAMENTO PARA O CPPHO. Serviço de Pneumologia Pediátrica da Universidade Federal da Bahia

CRISE ASMÁTICA NA CRIANÇA PROPOSTA DE NORMATIZAÇÃO DE TRATAMENTO PARA O CPPHO. Serviço de Pneumologia Pediátrica da Universidade Federal da Bahia CRISE ASMÁTICA NA CRIANÇA PROPOSTA DE NORMATIZAÇÃO DE TRATAMENTO PARA O CPPHO Serviço de Pneumologia Pediátrica da Universidade Federal da Bahia Liana Vilarinho,2002 CRISE ASMÁTICA NA CRIANÇA PROPOSTA

Leia mais

Protocolo de Manejo da Asma

Protocolo de Manejo da Asma Clínica Médica Protocolo de Manejo da Asma Definição Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível

Leia mais

Uso de fármacos e dispositivos inalatórios para o manejo da Asma. Daniel Ramos Athouguia CRF MG

Uso de fármacos e dispositivos inalatórios para o manejo da Asma. Daniel Ramos Athouguia CRF MG Uso de fármacos e dispositivos inalatórios para o manejo da Asma Daniel Ramos Athouguia CRF MG 14.796 Conteúdo Princípios da Asma Medicamentos usados no manejo da Asma Dispositivos inalatórios usados no

Leia mais

PROTOCOLOS CLÍNICOS DA COOPERCLIM AM MANEJO DO TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA AUTOR: MÁRIO SÉRGIO MONTEIRO FONSECA

PROTOCOLOS CLÍNICOS DA COOPERCLIM AM MANEJO DO TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA AUTOR: MÁRIO SÉRGIO MONTEIRO FONSECA PROTOCOLOS CLÍNICOS DA COOPERCLIM AM MANEJO DO TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA AUTOR: MÁRIO SÉRGIO MONTEIRO FONSECA 1 INTRODUÇÃO A exacerbação da asma é uma causa freqüente de procura a serviços de urgência

Leia mais

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A número 06 - julho/2015 DECISÃO FINAL RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma

Leia mais

Fármacos com Ação na Rinite Alérgicas, Asma e Tosse

Fármacos com Ação na Rinite Alérgicas, Asma e Tosse UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas Departamento de Farmácia Fármacos com Ação na Rinite Alérgicas, Asma e Tosse Química Farmacêutica III Fármacos com Ação na Rinite Alérgicas,

Leia mais

ASMA. Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina

ASMA. Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina ASMA ANTONIO PINTO DE MELO NETO ESTUDANTE DE MEDICINA 6º SEMESTRE INTEGRANTE DA LIGA DO PULMÃO & MI ÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA ENFERMEIRO Abril/2014

Leia mais

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO APRESENTAÇÃO DA UNIDADE Objetivos educacionais da unidade Aqui, abordaremos como conduzir o paciente portador de asma para que permaneça no domicílio clinicamente estável e confortável. Serão tratados

Leia mais

Sílvia Silvestre 08/11/2017. Asma : abordagem e como garantir a qualidade de vida a estes pacientes

Sílvia Silvestre 08/11/2017. Asma : abordagem e como garantir a qualidade de vida a estes pacientes Sílvia Silvestre 08/11/2017 Asma : abordagem e como garantir a qualidade de vida a estes pacientes Sumário Introdução Conceito Diagnóstico Abordagem Qualidade de vida Questionários Aplicabilidade Conclusões

Leia mais

CASO CLÍNICO ASMA. Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre

CASO CLÍNICO ASMA. Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre CASO CLÍNICO ASMA Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre Dispnéia recorrente desde a infância, chiado no peito, dor torácica em aperto 2 despertares noturnos/semana por asma Diversas internações

Leia mais

ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA

ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA UNITERMOS Isadora Medeiros Kuhn Ana Carolina Gomes de Lucena Marcelo Velloso Fabris Leonardo Araújo Pinto ASMA; EXACERBAÇÃO DOS SINTOMAS; SONS RESPIRATÓRIOS;

Leia mais

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC Desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo ( parte não reversível) É progressiva Associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão, a partículas

Leia mais

ROTINA DE ASMA NO PSI HRAS

ROTINA DE ASMA NO PSI HRAS ROTINA DE ASMA NO PSI HRAS Dr. Fabrício Prado Monteiro. CONCEITO E INTRODUÇAO: A asma pode ser definida como uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. A inflamação crônica provoca um aumento da

Leia mais

Introdução. Corticoide inalado é suficiente para a maioria das crianças com asma.

Introdução. Corticoide inalado é suficiente para a maioria das crianças com asma. Introdução Corticoide inalado é suficiente para a maioria das crianças com asma. Alguns pacientes (poucos) podem se beneficiar do antileucotrieno como único tratamento. Se BD de longa ação: acima de 4

Leia mais

DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Resumo de diretriz NHG M26 (segunda revisão, julho 2007)

DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Resumo de diretriz NHG M26 (segunda revisão, julho 2007) DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Resumo de diretriz NHG M26 (segunda revisão, julho 2007) Smeele IJM, Van Weel C, Van Schayck CP, Van der Molen T, Thoonen B, Schermer T, Sachs APE, Muris JWM, Chavannes

Leia mais

Asma. Infantil. Sueli T T Siya

Asma. Infantil. Sueli T T Siya Asma Infantil Sueli T T Siya Epidemiologia da Asma Elevada morbidade e mortalidade Doença mais comum na infância 300 milhões de casos no mundo 250.000 mortes/ano 5% dos atendimentos no PA são de asma

Leia mais

Avaliação e Tratamento do Paciente com Asma Brônquica Evaluation and Treatment of the Patient with Bronchial Asthma

Avaliação e Tratamento do Paciente com Asma Brônquica Evaluation and Treatment of the Patient with Bronchial Asthma Avaliação e Tratamento do Paciente com Asma Brônquica Evaluation and Treatment of the Patient with Bronchial Asthma Oscarina da Silva Ezequiel Resumo A asma persiste nos dias atuais como importante problema

Leia mais

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS A DPOC se caracteriza por alterações progressivas da função pulmonar, resultando em obstrução ao fluxo aéreo. É constituída pelo enfisema, bronquite e asma. ENFISEMA É uma doença

Leia mais

Mediadores pré-formados. Mediadores pré-formados. Condição alérgica. Número estimado de afetados (milhões) Rinite alérgica Sinusite crônica 32.

Mediadores pré-formados. Mediadores pré-formados. Condição alérgica. Número estimado de afetados (milhões) Rinite alérgica Sinusite crônica 32. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE HIPERSENSIBILIDADE : É uma resposta imunológica exagerada ou inapropriada a um estímulo produzido por um antígeno. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE

Leia mais

DPOC e Asma DPOC. A diminuição do VEF1 reflete a intensidade da obstrução.

DPOC e Asma DPOC. A diminuição do VEF1 reflete a intensidade da obstrução. DPOC e Asma DPOC De acordo com os Cadernos de Atenção Básica, no seu módulo de Doenças Respiratórias Crônicas (nº 25), DPOC é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível e tratável, caracterizada

Leia mais

Se tiverem qualquer dúvida, por favor sintam-se à vontade para interromper.

Se tiverem qualquer dúvida, por favor sintam-se à vontade para interromper. Se tiverem qualquer dúvida, por favor sintam-se à vontade para interromper. Intensa vascularização Intensa vascularização Células Epiteliais Músculo liso Controle da Respiração Mecanismos Orgão Metabólico

Leia mais

FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA

FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA Objetivos desta aula Discutir a abordagem da criança com dispneia na

Leia mais

25 de SETEMBRO de 2015 AUDITÓRIO II EMESCAM - VITÓRIA/ES

25 de SETEMBRO de 2015 AUDITÓRIO II EMESCAM - VITÓRIA/ES 25 de SETEMBRO de 2015 AUDITÓRIO II EMESCAM - VITÓRIA/ES ASSOCIAÇÃO CAPIXABA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE ACMFC ASMA NA INFÂNCIA BIANCA LAZARINI FORREQUE Residente R1 Residência de Medicina de Família

Leia mais

Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador: Dr. Marcos Cristovam

Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador: Dr. Marcos Cristovam HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE PEDIATRIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ LIPED-UNIOESTE RESIDÊNCIA MÉDICA DE PEDIATRIA Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador:

Leia mais

QUESTÃO 32. A) movimentação ativa de extremidades. COMENTÁRO: LETRA A

QUESTÃO 32. A) movimentação ativa de extremidades. COMENTÁRO: LETRA A QUESTÃO 32. Nas unidades de terapia intensiva (UTI), é comum os pacientes permanecerem restritos ao leito, ocasionando inatividade, imobilidade e prejuízo da funcionalidade. Nesse sentido, a mobilização

Leia mais

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - Exacerbação Aguda na Sala de Urgência

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - Exacerbação Aguda na Sala de Urgência Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - Exacerbação Aguda na Sala de Urgência Autores e Afiliação: Daniel Zoppi. Médico Assistente da Divisão de Emergências Clínicas do Departamento de Clínica Médica - FMRP/USP;

Leia mais

conhecer e prevenir ASMA

conhecer e prevenir ASMA conhecer e prevenir ASMA 2013 Diretoria Executiva Diretor-Presidente: Cassimiro Pinheiro Borges Diretor Financeiro: Eduardo Inácio da Silva Diretor de Administração: André Luiz de Araújo Crespo Diretor

Leia mais

Declaração sobre Potenciais Conflitos de Interesse

Declaração sobre Potenciais Conflitos de Interesse Declaração sobre Potenciais Conflitos de Interesse Participações nos últimos 5 anos: Investigador de estudos patrocinados pelas empresas Novartis e Boehringer Ingelheim; Palestrante de eventos patrocinados

Leia mais

VARIANTES DO TERMO ( apenas listar/ver + dados adiante) V1) asma brônquica integra este Glossário? ( ) SIM ( x ) NÃO V2)

VARIANTES DO TERMO ( apenas listar/ver + dados adiante) V1) asma brônquica integra este Glossário? ( ) SIM ( x ) NÃO V2) GLOSSÁRIO EXPERIMENTAL DE PNEUMOPATIAS DO TRABALHO Ficha de Coleta atualizada em junho de 2012 Foco: português/variantes/ficha =verbete/definições em coleta FICHA NÚMERO: ( ) TERMO REALITER ( x ) TERMO

Leia mais

ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE CONTROLE DA ASMA E RINITE DA BAHIA - PROAR DRA. LÍVIA FONSECA

ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE CONTROLE DA ASMA E RINITE DA BAHIA - PROAR DRA. LÍVIA FONSECA ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE CONTROLE DA ASMA E RINITE DA BAHIA - PROAR DRA. LÍVIA FONSECA ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA POR QUE? ASMA E RINITE ASMA e Saúde Pública

Leia mais

Asma em crianças Resumo de diretriz NHG M24 (segunda revisão, fevereiro 2014)

Asma em crianças Resumo de diretriz NHG M24 (segunda revisão, fevereiro 2014) Asma em crianças Resumo de diretriz NHG M24 (segunda revisão, fevereiro 2014) Bindels PJE, Van de Griendt EJ, Grol MH, Van Hensbergen W, Steenkamer TA, Uijen JHJM, Burgers JS, Geijer RMM, Tuut MK traduzido

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DOS MEDICAMENTOS NO TRATAMENTO DA ASMA RESUMO

A IMPORTÂNCIA DOS MEDICAMENTOS NO TRATAMENTO DA ASMA RESUMO Artigo apresentado no V Seminário de Pesquisas e TCC da FUG no semestre 2013-1 A IMPORTÂNCIA DOS MEDICAMENTOS NO TRATAMENTO DA ASMA João Batista Marinho de Assis ¹ Paulo Henrique Brito Alves ¹ Patrícia

Leia mais

SERIAM OS CORTICOÍDES INALATÓRIOS OS VILÕES DO CRESCIMENTO EM CRIANÇAS PORTADORAS DE ASMA? Cláudia dos Santos Martins Sarah Sella Langer

SERIAM OS CORTICOÍDES INALATÓRIOS OS VILÕES DO CRESCIMENTO EM CRIANÇAS PORTADORAS DE ASMA? Cláudia dos Santos Martins Sarah Sella Langer SERIAM OS CORTICOÍDES INALATÓRIOS OS VILÕES DO CRESCIMENTO EM CRIANÇAS PORTADORAS DE ASMA? Cláudia dos Santos Martins Sarah Sella Langer Introdução Asma é uma doença respiratória crônica frequente e que

Leia mais

ASMA: TRATAMENTO DA CRISE AGUDA

ASMA: TRATAMENTO DA CRISE AGUDA Alergia e Pneumologia Pediátrica Hospital Infan7l João Paulo II Hospital Felício Rocho www.alergopneumoped.com.br WILSON ROCHA FILHO ASMA: TRATAMENTO DA CRISE AGUDA Considerações iniciais Epidemiologia

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos - Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como

Leia mais

Classificação dos fenótipos na asma da criança. Cassio Ibiapina Pneumologista Pediatrico Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG,

Classificação dos fenótipos na asma da criança. Cassio Ibiapina Pneumologista Pediatrico Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Classificação dos fenótipos na asma da criança Cassio Ibiapina Pneumologista Pediatrico Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Declaração sobre potenciais conflitos de interesse De

Leia mais

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) Angélica Ferreira do Amaral Anna Gessyka Bernardo Monteiro Iraneide Araújo Silva Irismar Barros Maria Lúcia Lopes de Lima Tiago dos Santos Nascimento 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO APRESENTAÇÃO DA UNIDADE Objetivos educacionais da unidade Aqui, abordaremos como conduzir o paciente portador de asma para que permaneça no domicílio clinicamente estável e confortável. Serão tratados

Leia mais

ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA

ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA Prof. Dr. ALCINDO CERCI NETO ACESSO Deve significar acesso ao medicamento adequado, para uma finalidade específica, em dosagem correta, por tempo adequado e cuja utilização

Leia mais

PROGRAMA PARA CONTROLAR A ASMA SEGUNDA PARTE

PROGRAMA PARA CONTROLAR A ASMA SEGUNDA PARTE PROGRAMA PARA CONTROLAR A ASMA SEGUNDA PARTE O cuidado apropriado com a asma pode ajudar o paciente a prevenir a maior parte das crises, a ficar livre de sintomas problemáticos diurnos e noturnos e a manter-se

Leia mais

Asma aguda no pronto socorro. Fabricio Guilherme Wehmuth Pamplona Pneumologia Terapia Intensiva

Asma aguda no pronto socorro. Fabricio Guilherme Wehmuth Pamplona Pneumologia Terapia Intensiva Fabricio Guilherme Wehmuth Pamplona Pneumologia Terapia Intensiva Doença Inflamatória crônica das vias aéreas. Clinicamente: episódios recorrentes de dispnéia, constrição torácica e tosse. Caracterizada:

Leia mais

DEPARTAMENTO DE PUERICULTURA E PEDIATRIA. Divisão de Imunologia e Alergia Pediátrica. Divisão de Emergências

DEPARTAMENTO DE PUERICULTURA E PEDIATRIA. Divisão de Imunologia e Alergia Pediátrica. Divisão de Emergências DEPARTAMENTO DE PUERICULTURA E PEDIATRIA Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Divisão de Imunologia e Alergia Pediátrica Divisão de Emergências Protocolo para Atendimento de Crises de Asma Autores:

Leia mais

PEDIATRIA 1 AULAS TEÓRICAS. DOENÇAS ALÉRGICAS EM PEDIATRIA José António Pinheiro

PEDIATRIA 1 AULAS TEÓRICAS. DOENÇAS ALÉRGICAS EM PEDIATRIA José António Pinheiro PEDIATRIA 1 AULAS TEÓRICAS DOENÇAS ALÉRGICAS EM PEDIATRIA José António Pinheiro DOENÇAS ALÉRGICAS EM PEDIATRIA Asma alérgica Rinite alérgica Conjuntivite alérgica Eczema atópico Urticária e angioedema

Leia mais

HOSPITALIZAÇÕES E MORTALIDADE POR ASMA: É POSSÍVEL EVITAR? DR. GUILHERME FREIRE GARCIA ABRA MAIO DE DIA MUNDIAL DA ASMA

HOSPITALIZAÇÕES E MORTALIDADE POR ASMA: É POSSÍVEL EVITAR? DR. GUILHERME FREIRE GARCIA ABRA MAIO DE DIA MUNDIAL DA ASMA HOSPITALIZAÇÕES E MORTALIDADE POR ASMA: É POSSÍVEL EVITAR? DR. GUILHERME FREIRE GARCIA ABRA MAIO DE 2012- DIA MUNDIAL DA ASMA DIA MUNDIAL DA ASMA 1º DE MAIO DE 2012 EPIDEMIOLOGIA DA ASMA 300 milhões de

Leia mais

O PROFISSIONAL FARMACÊUTICO E SUA ATUAÇÃO NA ATENÇÃO AO PORTADOR DE ASMA RESUMO

O PROFISSIONAL FARMACÊUTICO E SUA ATUAÇÃO NA ATENÇÃO AO PORTADOR DE ASMA RESUMO O PROFISSIONAL FARMACÊUTICO E SUA ATUAÇÃO NA ATENÇÃO AO PORTADOR DE ASMA Suzieli Locks Cruz 1 Maria Gorete Nicolette Pereira 2 RESUMO A asma é uma doença inflamatória crônica pulmonar que gera um elevado

Leia mais

Data: 18/06/2013. NTRR 100/2013 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura. Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade

Data: 18/06/2013. NTRR 100/2013 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura. Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade NTRR 100/2013 a Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade Data: 18/06/2013 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Número do processo: 335.13.1151-3 Réu: Município de Itapecerica

Leia mais

Asma Brônquica. Profº. Enfº Diógenes Trevizan

Asma Brônquica. Profº. Enfº Diógenes Trevizan Asma Brônquica Profº. Enfº Diógenes Trevizan Conceito: Doença caracterizada por ataques agudos e recorrentes de dispnéia, tosse e expectoração tipo mucóide. A falta de ar ( dispnéia) ocorre devido ao edema

Leia mais

ASMA. Curso de Operacionalização de Unidades Sentinelas Caxias do Sul /RS 09 a 11/

ASMA. Curso de Operacionalização de Unidades Sentinelas Caxias do Sul /RS 09 a 11/ ASMA Curso de Operacionalização de Unidades Sentinelas Caxias do Sul /RS 09 a 11/07 2008 Luiz Carlos Corrêa Alves Médico Pneumologista Mestre em Saúde Pública /área saúde, trabalho e ambiente Responsável

Leia mais

Definição, epidemiologia e fisiopatologia

Definição, epidemiologia e fisiopatologia Definição, epidemiologia e fisiopatologia Definição A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível

Leia mais

ASMA EM IDADE PEDIÁTRICA

ASMA EM IDADE PEDIÁTRICA Curso de Atualização 2018 - ACES BM e PIN 11, 13, 18 de abril e 4 de maio 2018 Anfiteatro Hospital Pediátrico Coimbra ASMA EM IDADE PEDIÁTRICA José António Pinheiro Alergologia Pediátrica Hospital Pediátrico

Leia mais

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ALERGIA E IMUNOLOGIA

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ALERGIA E IMUNOLOGIA MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ALERGIA E IMUNOLOGIA OBJETIVOS Formar e habilitar médicos especialistas na área da Alergia e Imunologia com competências que os capacitem a atuar em diferentes níveis de complexidade,

Leia mais

Fármacos que actuam sobre o aparelho respiratório

Fármacos que actuam sobre o aparelho respiratório Fármacos que actuam sobre o aparelho respiratório ANTITÚSSICOS E EXPECTORANTES Reflexo de defesa em consequência da irritação das vias aéreas Antitússicos Expectorantes / mucolíticos Seca ou irritativa

Leia mais

Aparelho respiratório. Farmacologia

Aparelho respiratório. Farmacologia Aparelho respiratório Farmacologia Drogas utilizadas em doenças respiratórias I Drogas broncodilatadoras Betamiméticos: Ação curta: terbutalino, salbutamol. Ação longa: salmeterol, formoterol(*). Só via

Leia mais

1. CONTEXTUALIZAÇÃO EPIDEMIOLOGIA FISIOPATOLOGIA... 4

1. CONTEXTUALIZAÇÃO EPIDEMIOLOGIA FISIOPATOLOGIA... 4 Julho de 2015 ASMA SUMÁRIO 1. CONTEXTUALIZAÇÃO... 3 2. EPIDEMIOLOGIA... 3 3. FISIOPATOLOGIA... 4 4. DIAGNÓSTICO... 5 4.1 Espirometria... 5 4.2 Pico de fluxo expiratório (peak-flow)... 6 4.3 Avaliação do

Leia mais

Asma. Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Erich Vidal Carvalho 2 Publicação: Nov-2002 Revisão: Mai-2007

Asma. Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Erich Vidal Carvalho 2 Publicação: Nov-2002 Revisão: Mai-2007 1 - Qual a definição de asma? Asma Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Erich Vidal Carvalho 2 Publicação: Nov-2002 Revisão: Mai-2007 Asma tem sido definida, por diferentes autores, com base em suas características

Leia mais

Atividade Física, sistema respiratório e saúde

Atividade Física, sistema respiratório e saúde Atividade Física, sistema respiratório e saúde Prof. Dr. Ismael Forte Freitas Júnior ismael@fct.unesp.br Sistema Respiratório Formado por órgãos e tecidos que levam O 2 para a célula e removem CO 2 para

Leia mais

ASTHMA MANAGEMENT IN CHILDREN AT EMERGENCY ROOM MANEJO DA ASMA EM CRIANÇAS NA SALA DE EMERGÊNCIA

ASTHMA MANAGEMENT IN CHILDREN AT EMERGENCY ROOM MANEJO DA ASMA EM CRIANÇAS NA SALA DE EMERGÊNCIA ASTHMA MANAGEMENT IN CHILDREN AT EMERGENCY ROOM UNITERMOS MANEJO DA ASMA EM CRIANÇAS NA SALA DE EMERGÊNCIA MANEJO DA ASMA AGUDA EM CRIANÇAS; ASMA; EMERGÊNCIA Virgínia Tronco Vivian Paula Colling Klein

Leia mais

Departamento De Pediatria

Departamento De Pediatria Departamento De Pediatria Journal Club Pneumologia Elaborado por : Nércio Liasse, médico residente de Pediatria Tutora: Dra Josina Chilundo Corticoesteróides inalatório ou Montelucaste diário para pré-escolares

Leia mais

Dra. Adriana Vidal Schmidt Mestre em Pediatria (Alergia e Imunologia) UFPR Médica do Serviço de Alergia do Hospital Universitário Cajurú da PUC- PR Presidente do Departamento Científico de Alergia da Sociedade

Leia mais

PULMICORT budesonida

PULMICORT budesonida PULMICORT budesonida I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO PULMICORT budesonida APRESENTAÇÕES Suspensão estéril para nebulização de 0,25 mg/ml ou de 0,50 mg/ml em embalagens com 5 ou 20 frascos contendo 2 ml.

Leia mais

Asma aguda. Tratamento Dispositivos inalatórios. unesp. unesp

Asma aguda. Tratamento Dispositivos inalatórios. unesp. unesp Asma aguda Tratamento Dispositivos inalatórios Profa. Profa. Dra. Dra. Giesela Giesela Fleischer Fleischer Ferrari Ferrari Departamento Departamento de de Pediatria Pediatria Faculdade Faculdade de de

Leia mais

Direcção-Geral da Saúde

Direcção-Geral da Saúde Assunto: Para: Orientação Técnica sobre Exacerbações da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) Todos os Médicos Nº: 34/DSCS DATA: 19/11/08 Contacto na DGS: Direcção de Serviços de Cuidados de Saúde

Leia mais

AEROSSOLTERAPIA FISIOTERAPIA

AEROSSOLTERAPIA FISIOTERAPIA POT Nº: 015 AEROSSOLTERAPIA FISIOTERAPIA Edição: 12/2009 Versão: Adobe Reader 8.0 Data Versão: 12/2009 Página: 5 1- OBJETIVO Padronizar a utilização da aerossolterapia pela fisioterapia. 2- ABRANGÊNCIA

Leia mais

EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA DIAFRAGMÁTICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA DIAFRAGMÁTICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA DIAFRAGMÁTICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Resumo FERNANDA BOBIG. 1 ; MARCOS, G.R.J 2. A doença pulmonar obstrutiva crônica,

Leia mais

FATORES DE RISCO PARA ASMA GRAVE

FATORES DE RISCO PARA ASMA GRAVE 409 Protocolo 021 410 INTRODUÇÃO / RACIONAL A asma aguda é uma importante causa de procura aos serviços de pronto atendimento e de internações hospitalares, podendo evoluir para o óbito. Mesmo com a conscientização

Leia mais

Distúrbios Pulmonares Obstrutivos

Distúrbios Pulmonares Obstrutivos Distúrbios Pulmonares Obstrutivos Introdução Nesse capítulo discutiremos os dois principais distúrbios obstrutivos pulmonares: asma e DPOC. Abordaremos o que costuma ser mais cobrado em concursos sobre

Leia mais

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado Anexo II Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado 7 Conclusões científicas Resumo da avaliação científica do Kantos Master e nomes associados

Leia mais

Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy Global Initiative for Asthma

Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy Global Initiative for Asthma Asma Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy 2008 Global Initiative for Asthma 2010. www.ginasthma.org Mónica Oliva 4 Novembro 2010 CS Norton Matos, 11 Maio

Leia mais

ALICE GOMES M.M. TORRES SERVIÇO DE. Dispositivos de pó DEPTO DE FMRP - USP

ALICE GOMES M.M. TORRES SERVIÇO DE. Dispositivos de pó DEPTO DE FMRP - USP Dispositivos de pó DRA. LIDIA ALICE GOMES M.M. TORRES SERVIÇO DE PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA DEPTO DE PUERICULTURA E PEDIATRIA FMRP - USP Técnicas de administração de medicamentos por via inalatória Anatomia

Leia mais

CRITÉRIOS PARA AVALIAR A PERTINÊNCIA NAS INTERNAÇÕES CLÍNICAS EM ASMA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

CRITÉRIOS PARA AVALIAR A PERTINÊNCIA NAS INTERNAÇÕES CLÍNICAS EM ASMA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 0 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CIES - COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO DA REGIÃO CARBONÍFERA DE CRICIÚMA MINISTÉRIO DA SAÚDE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM REGULAÇÃO, CONTROLE, AVALIAÇÃO

Leia mais

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Sistema Respiratório e Exercício Programação Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Volumes e Capacidades Pulmonares ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA E SAÚDE Asma BIE DPOC Aula Prática (Peak Flow) Profa.

Leia mais

ASMA. + Que seguem por reações tardias, constituindo a resposta inflamatória crônica característica da perenidade da doença.

ASMA. + Que seguem por reações tardias, constituindo a resposta inflamatória crônica característica da perenidade da doença. 1 ASMA Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores na qual ocorre participação de muitas células e elementos celulares. A inflamação crónica está associada à hiperresponsividade brônquica

Leia mais

04/06/2012. Ache Eurofarma Genetech Boehringer AstraZeneca GSK Novartis Chiesi MSD TIOTRÓPIO NA ASMA UMA NOVA OPÇÃO?

04/06/2012. Ache Eurofarma Genetech Boehringer AstraZeneca GSK Novartis Chiesi MSD TIOTRÓPIO NA ASMA UMA NOVA OPÇÃO? TIOTRÓPIO NA ASMA UMA NOVA OPÇÃO? Dr Adalberto Sperb Rubin Pavilhão Pereira Filho Santa Casa de Porto Alegre UFCSPA Declaração de conflito de interesse Adalberto Sperb Rubin CREMERS 15842 De acordo com

Leia mais

Palavras-chave: asma, criança, adolescente, atenção integral.

Palavras-chave: asma, criança, adolescente, atenção integral. ATENÇÃO INTEGRAL A CRIANÇAS E ADOLESCENTES ASMÁTICOS: UMA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA BRAZ, Tatiane Oliveira 1 ; BORGES, Josiane Rodrigues 2 ; FERNANDES, Isabela Cristine Ferreira 3 ; COSTA, Lusmaia Damaceno

Leia mais

Diretrizes Clínicas Protocolos Clínicos

Diretrizes Clínicas Protocolos Clínicos Diretrizes Clínicas Protocolos Clínicos 021 Asma na Infância Última revisão: 05/08/2014 Estabelecido em: 30/09/2007 Responsáveis / Unidade José Semionato Filho Médico HIJPII Luís Fernando A. Carvalho Médico

Leia mais

entendendo as diretrizes profissionais

entendendo as diretrizes profissionais ASMA GRAVE entendendo as diretrizes profissionais Asthma UK Este guia inclui informações sobre o que a Sociedade Respiratória Europeia (ERS) e a Sociedade Torácica Americana (ATS) divulgaram sobre asma

Leia mais

ABORDAGEM CLINICA DA ASMA BRÔNQUICA

ABORDAGEM CLINICA DA ASMA BRÔNQUICA Medicina, Ribeirão Preto, 35: 134-141, abr. /jun. 2002 REVISÃO ABORDAGEM CLINICA DA ASMA BRÔNQUICA BRONCHIAL ASTHMA CLINICAL APPROACH Ana Carla S Araújo1; Elcio O Vianna2 & João Terra Filho2 1 Pós-graduanda.

Leia mais

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Prof. Dr. Helio José Montassier

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Prof. Dr. Helio José Montassier REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE Prof. Dr. Helio José Montassier Ppais. OBJETIVOS da Aula de Hipersensibilidades:- 1- Compreender a classificação de reações de hipersensibilidade 2- Conhecer as doenças associadas

Leia mais

Embalagem com frasco contendo 100 ml de xarope + 1 copo medida. Cada ml de xarope contém 0,3 mg de sulfato de terbutalina.

Embalagem com frasco contendo 100 ml de xarope + 1 copo medida. Cada ml de xarope contém 0,3 mg de sulfato de terbutalina. BRICANYL Broncodilatador sulfato de terbutalina I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO BRICANYL Broncodilatador sulfato de terbutalina APRESENTAÇÃO Embalagem com frasco contendo 100 ml de xarope + 1 copo medida.

Leia mais

HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS

HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS 1 A histamina é produzida pela descarboxilação do aminoácido histidina pela enzima histidinadescarboxilase, enzima presente nas células de todo organismo, inclusive nas células

Leia mais

REANIMAÇÃO DO RN 34 SEMANAS EM SALA DE PARTO - Direitos autorais SBP PRÉ E PÓS-TESTE. Local (Hospital e cidade)

REANIMAÇÃO DO RN 34 SEMANAS EM SALA DE PARTO  - Direitos autorais SBP PRÉ E PÓS-TESTE. Local (Hospital e cidade) PRÉ E PÓS-TESTE Data / / PRÉ-TESTE PÓS-TESTE Curso Médico Curso Profissional de Saúde Local (Hospital e cidade) Nome do aluno 01. Quais situações abaixo indicam maior possibilidade de o recém-nascido (RN)

Leia mais

Anafilaxia. Pérsio Roxo Júnior. Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria

Anafilaxia. Pérsio Roxo Júnior. Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria Anafilaxia Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria 1 Definição Reação de hipersensibilidade grave, de início súbito e que pode levar à morte Síndrome

Leia mais

ASSOCIAÇÃO ENTRE ASMA E RINITE ALÉRGICA EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO NORDESTE

ASSOCIAÇÃO ENTRE ASMA E RINITE ALÉRGICA EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO NORDESTE ASSOCIAÇÃO ENTRE ASMA E RINITE ALÉRGICA EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO NORDESTE Julia Torres de Holanda; Isabelle Galvão de Oliveira; Joena Hérica Sousa Vieira; Jéssica Mariana Pinto de Souza; Maria do Socorro

Leia mais

03/03/2015. Acúmulo de Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Inflamação Aguda.

03/03/2015. Acúmulo de Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Inflamação Aguda. Acúmulo de Leucócitos Os leucócitos se acumulam no foco inflamatório seguindo uma sequência de tempo específica Neutrófilos (6-12 h) Monócitos: Macrófagos e céls. dendríticas (24-48 h) Linfócitos e plasmócitos

Leia mais

ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE

ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE Sexo feminino, 22 anos, estudante, parda Asmática desde bebê, em uso regular de: formoterol 12 mcg tid + budesonida 800 mcg bid + azatioprina 50mg bid + prednisona 40mg qd + azitromicina 3x/semana + budesonida

Leia mais

Reações de Hipersensibilidade

Reações de Hipersensibilidade UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Reações de Hipersensibilidade Conceito Todos os distúrbios causados pela resposta imune são chamados de doenças de Hipersensibilidade Prof. Gilson C.Macedo Classificação

Leia mais

Page 1 O PAPEL DAS ATIVIDADES MOTORAS NO TRATAMENTO DA ASMA CRIANÇA ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES MOTORAS

Page 1 O PAPEL DAS ATIVIDADES MOTORAS NO TRATAMENTO DA ASMA CRIANÇA ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES MOTORAS ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS O PAPEL DAS ATIVIDADES MOTORAS NO TRATAMENTO DA ASMA OBJETIVOS: Aumentar a mobilidade torácica Melhorar a mecânica respirátoria Reduzir o gasto energético da respiração Prevenir

Leia mais