ALICE GOMES M.M. TORRES SERVIÇO DE. Dispositivos de pó DEPTO DE FMRP - USP
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1 Dispositivos de pó DRA. LIDIA ALICE GOMES M.M. TORRES SERVIÇO DE PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA DEPTO DE PUERICULTURA E PEDIATRIA FMRP - USP
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3 Técnicas de administração de medicamentos por via inalatória Anatomia das vias respiratórias: 23 gerações de brônquios até os respiratórios. Diâmetro dos b. respiratórios: 0,5mm Partículas respiráveis ou dose de partícula fina: menores que 5 micra. Rev Port Imunoalergologia vol.25 no.1 Lisboa mar. 2017
4 Dispositivos de pó São os chamados ativados pela respiração Não necessitam coordenação Precisam ser utilizados com fluxo inspiratório suficiente para: Vencer a resistência própria do aparelho. Gerar fluxo para separar o carreador da substância ativa J Aerosol Med Pulm Drug Deliv Dec;30(6):
5 Dispositivos de pó seco para inalação foram um grande avanço no tratamento da asma... MAS SERÁ QUE TODOS OS DISPOSITIVOS EM PÓ PODEM SER USADOS POR CRIANÇAS?
6 Dispositivos inalatórios para uso em Pediatria Nebulizadores Aerosóis pressurizados ( com ou sem aerocâmaras) Inaladores de pó seco multidose: turbohaler, diskus, pulvinal, Inaladores de pó seco dose individualizada: aerolizer, diskhaler.
7 Inaladores de pó seco: não são iguais! Grande disponibilidade da droga para alguns modelos. Maior deposição na orofaringe e cordas vocais que o spray = maior absorção oral e possibilidade de efeito sistêmico. Facilidade de transporte e não necessita higienização Não se pode soprar dentro do dispositivo: cuidado com a umidade ( Treat Respir Med 2006;5: ).
8 Inaladores de pó J Aerosol Med Pulm Drug Deliv Dec;30(6): Fluxo é gerado pelo paciente: técnica, força, condição de saúde, doença de base: o tamanho da partícula (1-5U). Pesquisas: carreadores menores e menos hidrofóbicos, para diminuir a influência do fluxo. Aparelhos de menor resistência precisam de menor gradiente de pressão para gerar um pico de fluxo inspiratório maior. Tem menor relação com a coordenação da respiração.
9 Dispositivos ativados pela respiração J Aerosol Med Pulm Drug Deliv Dec;30(6):
10 Resistência dos dispositivos A resistência do dispositivo tem relação com a dificuldade da criança para aspiração e deposição? 1 June 2014 Volume 9 Issue 6 e99304
11 1 June 2014 Volume 9 Issue 6 e99304
12 Inaladores de pó seco x idade Cinco Seis Sete Oito Nove Dez - Treze Treze - Dezessete Certo Errado De Boeck JACI 1999; 103:763-8
13 Deposição das diversas drogas HFA 52% Fluticasona, pó 12% Fluticasona, spray 16% Budesonida, pó 28% Budesonida, spray 22-28% Newman S. Respir Med. 2006; Leach CL et al. Chest. 2002; Borgström Padrão L et al. Eur obtido Respir; 85 Hirst segundos PH. Respir Med. 2001; Thorsson L. J Clin Pharmacol. 2001; Thorsson após a L. inalação Eur Respir J
14 Inaladores de pó 1. Droga está ligada a um diluente (lactose ou albumina) >>> melhora as propriedades de aerossolização das drogas. 2. O fluxo turbulento criado entre o fluxo inspiratório e a resistência do aparelho provocam a dissociação entre droga e carreador. 3. Sistema binário e hidrofóbico: facilita a dispersão das partículas, não a deposição. RESPIRATORY CARE JULY 2017 VOL 62 NO 7
15 Carreadores de cada marca Symbicort turbuhaler: lactose Seretide/ Flixotide diskus: lactose Fluir: lactose Clenil pulvinal: lactose + estearato de Mg. Fluticaps : lactose. Alenia: lactose Atenção: Podem conter resquícios de proteína do leite de vaca>>>cuidado com alérgicos.
16 Inaladores de pó dose individualizada Aerolizer, diskhaler Diskhaler forneceria grande quantidade de partículas respiráveis (40%), com fluxo alto, mas foi encontrada pequena quantidade de lactose na porção de partícula fina. Aerolizer teria uma deposição intermediária entre o turbohaler e o spray pressurizado. Pouco dispendioso Ambos tem alguma dificuldade de manuseio: tempo, complexidade, etc...
17 Dispositivos unidose: aerolizer
18 Dispositivos inalatórios multidose- Diskus Uso fácil e agradável: contam-se as doses. Fluticasona ou associada ao salmeterol Fluticasona diskus tem a terceira melhor deposição nos pulmões. Martin et al, Am J Respir Crit Care Med 2002; 165: )
19 DISPOSITIVOS MULTIDOSE
20 Dispositivos inalatórios para uso em pediatria Pulvinal: inalador de média/alta resistência = turbohaler Partículas pouco variáveis em tamanho Carreador: lactose Drogas: beclometasona, salbutamol.
21 Particularidades na criança: grande variabilidade de padrões ventilatórios 1. Débitos inspiratórios são baixos: 0-40 L/min, os volumes correntes são pequenos. 2. Não entendem que precisam inspirar ao invés de expirar. 3. A frequência respiratória elevada, a inspiração por via nasal e o choro (inspiração forçada) podem reduzir a fração de deposição 4. Todos os estudos focam no fluxo inspiratório, mas poucos estudaram a resistência ao fluxo aéreo do dispositivo. 5. Sem estudos recentes para a influência que a doença tem sobre o fluxo aéreo, que altera muito nos adultos. PLOS ONE 1 June 2014 Volume 9 Issue 6 e99304
22 Inaladores de pó: dificuldades Outros fatores que influenciam o pico de fluxo inspiratório: 1. Horário do dia 2. Sintomas da asma: ocorre aumento da variabilidade do pico de fluxo inspiratório em vigência de sintomas respiratórios. 3. Deposição também é pior e irregular se houver ventilação variável. 4. Voluntariedade: melhora com a idade % das crianças retém o fluxo por 3 segundos e 47% por 6 ou mais segundos 1 June 2014 Volume 9 Issue 6 e99304
23 Conclusões 1. A via inalatória é uma via efetiva e importante para o tratamento das doenças respiratórias, com poucos efeitos colaterais. 2. Houve grande avanço no tratamento da asma com a introdução dos dispositivos para pó seco, com tecnologia bem avançada buscando melhor dispersão e deposição das drogas. Podem ser divididos em monodose ou multidose. 3. Entretanto, deposição e eficácia dependem de uma serie de fatores, que podem ser críticos na criança. 4. A geração de partículas respiráveis pode não ser efetiva se o fluxo inspiratório não for adequado.
24 Conclusões 1. Outros fatores a serem considerados é a resistência do aparelho e a presença de um diluente que pode ser agressivo para algumas crianças 2. A eficácia na criança ainda depende de outros fatores: adequação do procedimento, se a criança consegue reter o conteúdo pelo tempo adequado, se existem doenças de base que podem afetar o fluxo e a distribuição do medicamento. 3. Considerar ainda que a inalação pode ainda propiciar maior absorção oral e possibilidade de efeito sistêmico do corticóide >> crescimento. 4. Crianças maiores têm maior possibilidade de sucesso com a utilização dessa medicação por causa da capacidade de geração do fluxo.
25 Obrigada!!
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