NOVEMBRO/2016 RELATÓRIO ECONÔMICO NOVEMBRO/2016
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- Amália Marreiro Barata
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1 RELATÓRIO ECONÔMICO
2 ÍNDICE Indicadores Financeiros Pág. 3 Projeções Pág. 4-5 Cenário Externo Pág. 6 Cenário Doméstico Pág. 7 Renda Fixa e Renda Variável Pág. 8
3 INDICADORES FINANCEIROS Fonte: Santander Brasil Asset Management
4 PROJEÇÕES ECONOMIA GLOBAL Fonte: Santander Brasil Asset Management
5 PROJEÇÕES ECONOMIA BRASILEIRA Fonte: Santander Brasil Asset Management
6 CENÁRIO EXTERNO Inflação global com perspectivas de aceleração planos atuais e adiar ainda mais o próximo movimento de alta nas taxas de juros. Assim, ainda esperamos uma elevação nos juros americanos na reunião do Fed de dezembro. A inesperada vitória de Donald Trump nas eleições americanas traz um novo conjunto de incertezas à evolução da economia global. Durante toda a campanha, Trump detalhou muito pouco suas propostas, mas foi possível delinear dois pontos principais nas medidas econômicas visadas pelo novo presidente dos EUA: (i) expansão fiscal via redução de impostos e (ii) maior protecionismo nas relações com parceiros comerciais. Estes dois pilares trazem pressões de alta para o panorama de inflação nos Estados Unidos, o que pressionaria o Banco Central Americano (Fed) a executar um ciclo de aperto monetário mais forte do que esperado hoje pelos membros do Fed, cuja mediana das projeções aponta para duas altas de juros em 2017 e três em Tal cenário diminuiria o apetite para risco dos investidores e impactaria negativamente os ativos de economias emergentes. Os dados mais recentes de atividade nos EUA continuam apontando para um crescimento moderado, com criação forte e consistente de empregos e com pressões inflacionárias ainda muito baixas. Graças a essa conjuntura, o banco central americano estava se mostrando cada vez mais propenso a elevar as taxas de juros na sua última reunião de política de monetária, que acontecerá em dezembro. A vitória de Trump traz maior incerteza ao cenário prospectivo da economia americana, mas acreditamos que apenas uma deterioração significativa das condições financeiras ao longo das próximas semanas irá fazer o Fed se desviar de seus Na Zona do Euro e, em especial, no Reino Unido os dados recentes de atividade surpreenderam positivamente as expectativas do mercado. O crescimento do PIB de ambas as regiões se manteve robusto no 3º Trimestre de 2016 e houve também uma evolução bastante positiva nos indicadores de confiança, sinalizando que esta conjuntura mais favorável poderá continuar por pelo menos mais alguns meses. Dado este melhor panorama para a atividade, tanto o Banco Central Europeu (BCE) quanto o Banco Central Inglês (BoE) optaram por não fazer nenhuma alteração em suas respectivas políticas monetárias. Para o BCE, aumentar os estímulos é apenas uma questão de tempo, dado que o mesmo tem repetidamente sinalizado que uma política monetária expansionista é condição necessária para a continuidade deste cenário atual mais favorável. Já o BoE, que havia prometido executar uma política monetária bastante expansionista após o referendo do Brexit, passou a adotar uma postura mais neutra, dadas as surpresas positivas no cenário de crescimento e as expectativas de aceleração da inflação, devido à depreciação sofrida pela libra desde o referendo. Por fim, na China, os indicadores econômicos do terceiro trimestre vieram em linha com as expectativas de mercado. O PIB chinês cresceu 6,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a mesma taxa apresentada no 2º Trimestre de 2016, reforçando a percepção de que os estímulos do governo foram capazes de estabelecer um piso para o crescimento chinês. Esperamos que este panorama se estenda para 2017, dado que a transição da liderança política que ocorrerá no país no próximo ano oferece incentivos para que o governo continue buscando assegurar a estabilidade do crescimento chinês.
7 CENÁRIO DOMÉSTICO Ajuste fiscal avançando, com inflação em desaceleração Os sinais da evolução do ajuste fiscal no Congresso continuam positivos. Durante o mês de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que impõe um teto aos gastos do governo. Nos dois turnos de votação, a medida obteve o apoio de aproximadamente 75% do total dos votos, o que evidencia a amplitude da base aliada do governo e, consequentemente, sua atual força política. A PEC do teto dos gastos agora segue para o Senado para votação em dois turnos. A expectativa é de que, assim como no Câmara, o apoio à medida seja elevado e que, até meados de dezembro, a PEC seja também aprovada pelo Senado. Com o processo de aprovação da PEC dos gastos chegando em seu final, acreditamos que o governo Temer começará a concentrar seus esforços na Reforma da Previdência, enviando até o final do ano sua proposta para a apreciação do Congresso e votação ao longo de Vale destacar também a dinâmica mais benigna da inflação no curto-prazo, bastante influenciada por uma menor pressão nos preços de alimentos nos últimos dois meses, após o forte choque observado ao longo de Junho e Julho. Para 2016, nossas projeções apontam para uma alta de 6,8% no IPCA. Em relação à inflação no médio prazo, nossa visão permanece bastante otimista. O elevado grau de ociosidade no mercado de trabalho e a expectativa de um cenário mais favorável para a evolução da taxa de câmbio, permitirão uma inflação mais baixa nos preços dos serviços e dos bens industriais, respectivamente. Ademais, as perspectivas para a oferta de alimentos em 2017 também são animadoras, o que levará a uma menor pressão nos preços desses itens. Por isso, revisamos nossa projeção para o IPCA em 2017 de 5,0% para 4,7%. Por outro lado, os indicadores de atividade no último trimestre surpreenderam negativamente as expectativas do mercado. Apesar da melhora observada na confiança dos agentes desde o início do ano, os dados de produção e vendas permanecem mostrando sinais de fraqueza. Nesse sentido, destacamos a performance da produção industrial e das vendas no varejo, que no 3º Trimestre de 2016 apresentaram um desempenho mais fraco do que o observado no trimestre anterior. Continuamos a acreditar que a recuperação substancial observada dos indicadores de confiança será convertida em um maior crescimento do PIB, mas tal transmissão parece que ocorrerá de forma mais lenta do que a observada em outros períodos de retomada da atividade. Outro acontecimento importante do último mês foi a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB), que optou por cortar a taxa de juros em 25 pontos base, conforme esperado pelo mercado. Com isso, a taxa Selic atingiu o patamar de 14,0% ao ano. O BCB optou por um início de ciclo gradual de afrouxamento monetário, à espera de uma dinâmica mais benigna da inflação de serviços e da continuidade do avanço das medidas fiscais no Congresso. Em relação a esses dois fatores, acreditamos que a evolução ao longo das próximas semanas será bastante favorável, pois a inflação de serviços continua apresentando sinais desaceleração e o ajuste fiscal continua avançando com celeridade no Congresso. Assim, apesar da comunicação mais cautelosa após a última reunião, acreditamos que as condições econômicas às vésperas da próxima reunião do Copom, no final de novembro, permitirão que o BCB acelere o ritmo de cortes, reduzindo a Selic em 50 pontos base e fazendo com que a Selic encerre o ano em 13,50%. A combinação de uma dinâmica mais benigna para a inflação com a obtenção de novos avanços em relação ao ajuste fiscal assegurará a continuidade da queda ao longo do próximo ano e esperamos que os juros encerrem 2017 em 10,75%.
8 MERCADO Renda Fixa O cenário internacional foi marcado por um maior questionamento da eficácia de políticas monetárias (juros negativos) nas economias maduras, gerando volatilidade e pressionando as taxas de juros principalmente nas economias desenvolvidas. Como consequência desse movimento, e também das incertezas sobre as eleições nos EUA e da provável elevação da taxa de juros em dezembro pelo FOMC, o dólar americano se fortaleceu perante a cesta das principais moedas de países desenvolvidos. De qualquer maneira, permanece um ambiente de elevada liquidez global, porém com uma maior volatilidade no curto prazo. continua se mostrando duradoura. Os preços de alimentos e a redução no preço da gasolina seguiram nessa direção. Ademais, os investidores seguem projetando um cenário de inflação mais positivo no médio prazo, ancorando a projeção de inflação na meta para os anos de 2018 em diante. Essas condições, aliadas à aprovação da PEC 241 com maioria expressiva na Câmara dos Deputados, possibilitaram o início da queda da taxa SELIC. No entanto, a linguagem do BC foi conservadora, indicando que a magnitude e tamanho do ciclo de queda irão depender da continuidade da melhora fiscal e da inflação de serviços, em particular. No cenário doméstico, a recente surpresa positiva nos números de inflação corrente Renda Variável O Ibovespa encerrou o mês de outubro com forte valorização de 11,2% em reais, ou 13,5% em dólares. Tal desempenho foi muito superior à média dos mercados emergentes e do principal índice acionário dos Estados Unidos, o S&P 500, que, em dólares, caíram 0,8% e 2,0%, respectivamente. Os resultados do terceiro trimestre das empresas começaram a ser divulgados em outubro e, até o momento, os destaques positivos foram: Itaú, que apresentou lucros acima do esperado pelo mercado e inadimplência mais controlada; Usiminas, que se beneficiou do aumento de preços do aço no mercado local; e Vale, que apresentou custos mais controlados e preços mais altos de venda do minério. CIO Eduardo Castro Do lado negativo, temos o resultado de Ambev, que apresentou volumes mais baixos, assim como o de JBS, que teve seu plano de reestruturação vetado pelo BNDES. Por fim, vale destacar a performance positiva das ações da Metalúrgica Gerdau e da Cia Vale, ambas se beneficiando dos preços mais altos do aço e do minério de ferro, respectivamente. Departamento Econômico Ricardo Denadai Danilo Passos Clayton Calixto
9 DISCLAIMERS LEIA O PROSPECTO, O FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES, LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS E O REGULAMENTO ANTES DE INVESTIR. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos - FGC. Para avaliação de performance de fundos de investimentos é recomendada uma análise de 12 meses, no mínimo. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e regulamento do fundo de investimento pelo investidor antes de aplicar seus recursos. As informações contidas neste documento são publicadas apenas para auxiliar os usuários, podem não ser adequadas aos objetivos de investimentos específicos, situação financeira ou necessidades individuais dos receptores e não devem ser considerados em substituição a um julgamento próprio e independente do investidor. Por ter sido baseado em informações tidas como confiáveis e de boa fé, não há nenhuma garantia de serem precisas, completas, imparciais ou corretas. As opiniões, projeções, suposições, estimativas, avaliações e eventuais preço (s) alvo(s) contidos no presente material referem-se a data indicada e estão sujeitos a alterações a qualquer tempo sem aviso prévio. Este documento não é, e não deve ser interpretado como, uma oferta de venda ou solicitação de uma oferta de compra de qualquer título ou valor mobiliário. Nem o Santander e nem qualquer sociedade por ele controlada ou a ele coligada podem estar sujeitos a qualquer dano direto, indireto, especial, secundário, significativo, punitivo ou exemplar, incluindo prejuízos provenientes de qualquer maneira, da informação contida neste material. Este material é para uso exclusivo de seus receptores e seu conteúdo não pode ser reproduzido, redistribuído publicado ou copiado de qualquer forma, integral ou parcialmente, sem a expressa autorização prévia do Santander. Este material foi elaborado em nome da Santander Brasil Asset Management, e de suas sociedades controlada no Brasil, para uso exclusivo no Mercado Brasileiro, sendo destinado a pessoas físicas e jurídicas residentes no País, e está sujeito às regras e supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil.
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