CURSO CARREIRAS JURÍDICAS Nº 02

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CURSO CARREIRAS JURÍDICAS Nº 02"

Transcrição

1 CURSO CARREIRAS JURÍDICAS Nº 02 DATA 02/08/16 DISCIPLINA DIREITO CIVIL Família (MANHÃ) PROFESSORA REYVANI JABOUR MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 01/05 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes pontos: Bibliografia Relações jurídicas familiares - Casamento Bibliografia: Para o direito de família e segunda etapa Autora: Maria Berenice Dias. Livro: Direito das famílias. Relações jurídicas familiares As relações jurídicas familiares são as relações intersubjetivas e interpessoais que envolvem as pessoas que se vinculam umas as outras por laços de consanguinidade, afinidade e afetividade. A família pode ser definida como sendo essa relação intersubjetiva, porém desprovida de personalidade. Portanto, consequentemente, não possui capacidade para titularizar relações jurídicas, que são titularizadas por pessoas (naturais ou jurídicas).

2 No código civil de 1916 só havia uma maneira de constituição familiar legítima, que era por meio do casamento. Filhos legítimos apenas aqueles concebidos por pais casados. Com o advento da Constituição de 1988 que se concedeu juridicidade a outros tipos de união além do casamento. Foram reconhecidas como entidades familiares não apenas aquelas constituídas pelo casamento, como também a união estável entre pessoas que não estivessem impedidas de casar, mas que convivessem informalmente, pública, contínua e duradouramente com o mesmo objetivo das pessoas que se casavam. Também se referiu à família monoparental, constituída por um dos pais e seus filhos. Permaneceu, portanto, a dúvida se o que está previsto na CF como família trata-se de rol taxativo ou exemplificativo. Desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos que a família vem sendo considerada como a base da sociedade e merecedora de proteção especial do Estado. O STF, em maio de 2011, no julgamento de uma ADI e uma ADPF determinou que se estendesse às uniões homoafetivas as mesmas regras que disciplinam a união estável para suprir a omissão do legislador. Ainda não existe lei que discipline a união entre pessoas do mesmo sexo. Portanto, o STF usou de analogia para o julgamento das duas ações para suprir a omissão do legislador. Assim, as uniões homoafetivas têm os mesmos direitos e deveres das uniões estáveis, podendo, também, serem convertidas em casamento. Já havia, no STJ, antes de maio de 2011, decisões no mesmo sentido. Havendo, inclusive, decisão no sentido de que dois irmãos possam adotar (forma de colocação da criança em família substituta), conjuntamente, uma mesma criança. Duas pessoas só poderiam adotar conjuntamente se formassem uma família, portanto, se fossem casadas ou se mantivessem união estável comprovada a estabilidade da família. Portanto, se os companheiros podem adotar conjuntamente, desde que comprovada a estabilidade da família, os conviventes homoafetivos também passaram a poder adotar conjuntamente. Família anaparental Aquela constituída pela relação entre pessoas que não são casadas (casamento), não vivem como se fossem (união estável / homoafetivas), mas que estão vinculadas umas as outras por laços de consanguinidade, afinidade ou afetividade.

3 Existem várias decisões de tribunais e STJ permitindo que pessoa solteira que viva sozinha também possa alegar impenhorabilidade do bem de família. Porque também merece proteção e patrimônio mínimo que lhe assegure existência com dignidade. Nesse sentido, também existe família composta por uma pessoa só, chamada de família unipessoal. Atualmente já existe a família poliafetiva, constituída por mais de duas pessoas. Portanto, formas de família: Casamento; União estável / união homoafetivas; Família monoparental; Família anaparental; Família unipessoal; Família poliafetiva. Conclui-se que o rol trazido pela CF seria meramente exemplificativo. 1) Casamento: União formal entre pessoas que tenham o objetivo de buscar uma comunhão plena de vida. 1.1) Objetivo: Comunhão plena de vida. Já se considera a possibilidade de ser entre pessoas do mesmo sexo. Resp , RS/STJ. Antes o casamento servia para legitimar família e filhos, o que atualmente é possível com a união estável e, ainda, não há diferença entre filhos concebidos ou não na constância do casamento ou da união estável. O casamento é realizado, portanto, para propiciar felicidade às pessoas.

4 Nesse sentido, foi editada a EC 66, a qual passou a admitir divórcio direto, sem qualquer exigência de tempo mínimo de casamento, prévia separação (judicial ou administrativa) ou tempo mínimo de separação de fato. Divorciar passou a ser direito potestativo de todas as pessoas que estão casadas. Art , CC. O objetivo é estabelecer a comunhão plena de vida, baseada na igualdade de direitos e deveres entre os cônjuges. Art O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. 1.2) Natureza jurídica: Três teorias: a) Clássica: Defende que o casamento tem natureza negocial. O casamento é um contrato. Serve para constituir obrigações recíprocas a serem cumpridas pelos cônjuges. Nesse sentido, o momento consumativo ocorre quando há convergência de vontades, ou seja, quando os noivos manifestam, perante a autoridade celebrante, a vontade de constituir um vínculo conjugal. b) Supra individualista ou Institucional: Critica a Teoria Clássica, dizendo que casamento não é contrato. Não são as pessoas que se casam, mas é o Estado que casa as pessoas. Ato administrativo. O casamento é um ato administrativo porque é celebrado pelo Estado. Com o consentimento dos noivos ainda não haveria o casamento, pois não havia a manifestação da autoridade celebrante representando o Estado. Contudo, se o casamento fosse ato administrativo não estaria disciplinado pelo direito civil. c) Eclética ou Mista: Sustenta que o casamento é um ato complexo. Porque para existir é necessário da manifestação de vontade dos noivos mais a celebração pela autoridade competente, representando o Estado. A formalidade do casamento seria para sua existência.

5 Art , CC. Art O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados. Ressalvas do art , CC: Atualmente pode ser homem com homem e mulher com mulher. Juiz Autoridade que tenha atribuição para celebrar o casamento. Ex.: Juiz de paz. Há quem sustente que a Teoria adotada foi a eclética. Porém, há quem continue defendendo a natureza contratual do casamento, dizendo que a manifestação do Estado não tem natureza constitutiva, sendo de natureza apenas homologatória. Existe uma tendência cada vez maior de se defender o casamento como contrato. Art , CC. Proibida a interferência de outras partes. Art É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família. Ainda que seja contrato, trata-se de contrato especial. Porque está disciplinado pelo direito de família, não se constituindo vínculo obrigacional, mas relação jurídica familiar. Tem regramento próprio, dentro do direito de família. 1.3) Validade (aptidão): O casamento só será válido se as pessoas que manifestaram a vontade de constituir vínculo conjugal estiverem aptas a casar. Aptidão para o casamento requer: Idade núbia (idade mínima); Legitimação. Idade núbil: Idade mínima está exigida no art , CC. 16 anos completos. Art O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art

6 Enquanto forem menores de 18 dependerão de autorização dos pais ou representantes e, se houver recusa injustificada dos pais, de suprimento judicial. Autorização deve ser de ambos os pais, considerando que o poder familiar é exercido em igualdade de condições pelos dois. Se houver divergência a decisão cabe ao juiz. CC. Excepcionalmente, é permitido o casamento de menores de 16 anos, na forma do art , Art Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. O art prevê duas hipóteses: como forma de evitar aplicação e cumprimento de pena ou nos casos de gravidez. Contudo, com a reforma do código penal, não há mais o casamento como motivo de extinção da punibilidade. Portanto, a exceção é cabível apenas em caso de gravidez. Nessa hipótese, ainda que os pais autorizem, deve-se buscar o suprimento de idade diante da prova do estado gravídico da mulher. Legitimação: Estar legitimado a casar é igual a não estar impedido de casar. Legitimação Ausência de impedimentos matrimoniais. Previstos no art , CC. Art Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Cuidado para não confundir os impedimentos do art. 1521, CC, com as causas suspensivas do art. 1523, CC. Impedimentos Não podem. Suspensivos Não devem. Aqueles que não podem e insistirem no casamento estarão contraindo um casamento inválido. É nulo um casamento contraído com infringência de impedimento matrimonial. Os que não devem casar se insistirem no casamento ficarão sujeitos a uma sanção civil penalizadora no âmbito patrimonial, ficando sujeitos ao regime de separação obrigatória de bens.

7 Irmãos unilaterais Aqueles que possuem único tronco comum (apenas por parte de pai ou apenas por parte de mãe). Irmãos bilaterais ou germanos São os que possuem duplo tronco comum. Irmãos por parte de pai e por parte de mãe. Demais colaterais até o terceiro grau Tios e sobrinhos. Porém, de acordo com o Decreto Lei 3200/41 é permitido o casamento de tios e sobrinhos, conquanto se submetam a prévio exame médico (exame cariótipo 1 ). O CC não revogou o DL 3200 por se tratar de lei geral, a qual não pode modificar ou revogar lei especial, como o é o DL Pessoas casadas Mesmo que separadas de fato continuam com o estado civil de casadas, permanecendo o impedimento para outro casamento. Porém, não é empecilho para união estável. Todos esses impedimentos trazidos pelo art. 1521, CC, poderão ser alegados por qualquer pessoa capaz até o momento da celebração. Art. 1522, CC Impedimentos podem ser opostos até o momento da celebração por qualquer pessoa capaz. Se for pessoa incapaz Art. 1522, parágrafo único, CC. Portanto, qualquer que seja a forma que se leve ao conhecimento da autoridade celebrante a existência dos impedimentos, será obrigada a declarar. Nulo o casamento contraído com infringência de impedimentos matrimoniais. Nulidade absoluta. Não convalescendo com o transcurso do tempo. 1.4) Providências preliminares: Para conferir se as pessoas estão, realmente, habilitadas a casar ou não. As providências preliminares antecederão a celebração do casamento e terão o propósito de apurar se os noivos estão aptos a casar ou não. Serão adotadas em um processo administrativo chamado de Habilitação. Tramita perante o oficial de cartório de registro civil das pessoas naturais. Tem início a requerimento assinado de próprio punho pelos noivos ou por meio de procuradores. Não demanda capacidade postulatória de advogado. 1 Análise de compatibilidade genética.

8 Documentos Art. 1525, CC. Servem para provar idade núbil (ou suprimento de consentimento ou de idade) e ausência de impedimento matrimonial. Art O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: I - certidão de nascimento ou documento equivalente; II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra; III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio. Autorização do juiz Processo de jurisdição voluntária em que se requer que o juiz faça expedir um alvará autorizando o casamento. Domicílio Local onde correrá os proclames. Certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio Eventual. Apenas quando as pessoas que pretendam casas já haviam se casado antes. Para provar que não há mais impedimento. A separação por si só não autoriza o casamento. Termina com a sociedade conjugal, mas não rompe o vínculo matrimonial. O oficial do cartório de registro civil de posse do requerimento e de toda a documentação que o instruir fará publicar editais que serão fixados na sede do cartório, no domicílio dos noivos e na imprensa local, onde houver. Publicação de editais pelo prazo de 15 dias com o propósito de levar ao conhecimento das pessoas a pretensão do casamento. Concomitantemente ao prazo do edital os autos são remetidos ao Ministério Público para o parecer ministerial. Embora o CC discipline que os autos deverão ser enviados ao MP para oitiva e parecer do promotor de justiça, existe uma Resolução do CNMP em que dispensa os promotores de manifestarem nos processos de habilitação se as partes forem maiores e capazes. Transcorrido o prazo do edital e com parecer ministerial favorável, dentro do mesmo processo de habilitação o oficial do cartório de registro civil fará expedir uma certidão dando contas de que os noivos estão habilitados para casar. Essa certidão terá eficácia durante 90 dias, prazo em que o casamento necessariamente terá que ocorrer, sob pena da certidão expirar.

9 De posse dessa certidão é possível a designação de dia, hora e local para a celebração do casamento. 1.5) Cerimônia para celebração do casamento: Lugar: Pode ser realizada em qualquer lugar. Em regra, é realizada na própria sede do cartório de registro civil de pessoas naturais. Porém, pode ser realizado em outro edifício, sendo público ou particular. Portanto, pode ser realizada em qualquer lugar, desde que no momento as portas estejam abertas, para que se dê livre acesso a qualquer pessoa capaz que queira opor a existência de impedimentos matrimoniais. A CF conferiu ao casamento religioso os mesmos efeitos do casamento civil. O casamento civil é celebrado pela autoridade indicada pela lei de organização judiciária dos estados. Em MG é o juiz de paz. Enquanto o casamento religioso é celebrado pela autoridade religiosa. Se o casamento religioso for com os mesmos efeitos do casamento civil é porque as pessoas estavam habilitadas a casar, ou seja, é necessário o processo de habilitação para casar na igreja. O cartório será comunicado posteriormente para que se proceda ao registro. Art e 1.516, CC. Art O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. Art O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil. 1 o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação. 2 o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil. Comparecimento: Pessoalmente ou por meio de seus procuradores. É admissível casamento por procuração, passada por instrumento público lavrada no cartório de notas. Desde que cada noivo tenha seu próprio procurador, ambos os noivos podem estar representados por procuração.

10 Será necessário, para a celebração, de duas testemunhas. Passando para quatro testemunhas se um dos noivos não souber ou não puder assinar e o casamento for realizado em edifício particular. Necessário, ainda, a autoridade celebrante. A qual difere do oficial do cartório de registro civil das pessoas naturais. Quem preside o processo e habilita as pessoas para o casamento é o oficial registrador do cartório. Mas quem preside a cerimônia do casamento é a autoridade celebrante. Também é necessária a presença do oficial do cartório de registro civil. Assiste a todo ato de celebração para pré-constituir a prova de que o casamento ocorreu. Todo o ocorrido será lavrado em livro próprio, de onde se extrai a certidão de casamento. Estando todos os presentes se dá início à cerimônia, buscando a manifestação de vontade dos noivos. Art , e 1.535, CC. Art Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art Art A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular. 1 o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato. 2 o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever. Art Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados." O registro do casamento não tem natureza constitutiva. É de natureza declaratória, feito para dar publicidade ao novo estado civil das pessoas. 1.6) Efeitos do casamento: 1.6.1) Pessoais: Art , CC. Pelo casamento as pessoas irão assumir mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. Art , 1º, CC. Permissivo para alteração do nome, expressão de dignidade da pessoa humana. Permite que qualquer dos cônjuges, querendo, acrescente o sobrenome do outro ao seu.

11 Essa faculdade deve ser exercida antes do casamento. Mas o STJ já admitiu que a alteração do nome pudesse ser feita também na constância do casamento. Resp , SC/STJ. Art , 2º, CC. Planejamento familiar, conjunto de ações que irá regular a fecundidade do casal. Decisão que cabe somente ao casal. Art Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. 1 o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro. 2 o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas. Art , CC. Exercício da direção da sociedade conjugal, exercida em igualdade de condições por ambos os cônjuges em sistema de cogestão. Havendo divergência entre os cônjuges caberá ao juiz decidir, considerando os interesses da família e dos filhos. Art A direção da sociedade conjugal será exercida, em colaboração, pelo marido e pela mulher, sempre no interesse do casal e dos filhos. Parágrafo único. Havendo divergência, qualquer dos cônjuges poderá recorrer ao juiz, que decidirá tendo em consideração aqueles interesses. Art. 5º, parágrafo único, II, CC. Prevê o casamento como hipótese de emancipação, que consiste em habilitar o menor de 18 anos a praticar pessoalmente os atos da vida civil sem a necessidade de estar representado ou assistido. Se as pessoas se casarem com menos de 18 anos de idade automaticamente estarão emancipadas. Todas as formas de emancipação são irreversíveis. Ainda que ocorra divórcio ou viuvez não retorna a incapacidade. Art. 5 o Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: II pelo casamento; Se o casamento for declarado nulo, vier a ser anulado ou invalidado: Caso tenha se casado com infringência de impedimento matrimonial o casamento é nulo, ainda que de boa-fé, mas, por ser de boa-fé, será um casamento putativo e, assim, ainda que nulo ou anulado continua produzindo efeitos de um casamento válido até o momento da invalidade. Os efeitos da sentença que declara o casamento nulo, quando putativo porque contraído de boa-fé, serão ex nunc. Em regra, quando o casamento é invalidado os efeitos são retroativos, retornando as pessoas ao estado inicial, como se nunca tivessem casado.

12 Se não há boa-fé não há putatividade e a sentença de invalidade produz efeitos ex tunc, como se a pessoa nunca tivesse casado e, portanto, nunca tivesse emancipado. Art , CC Deveres dos cônjuges. Art São deveres de ambos os cônjuges: I - fidelidade recíproca; II - vida em comum, no domicílio conjugal; III - mútua assistência; IV - sustento, guarda e educação dos filhos; V - respeito e consideração mútuos. Crítica O Estado não detém legitimidade para ditar a maneira como as pessoas devem conviver pelo fato de terem optado por oficializar a convivência conjugal. O descumprimento desses deveres não terá nenhuma repercussão nos planos de existência, validade ou eficácia do casamento. Domicílio conjugal De acordo com a lei as pessoas casadas devem morar no mesmo domicílio, salvo para atender a encargos públicos para o exercício da profissão ou para tratar de interesses particulares relevantes, à luz do disposto no art , CC. Art O domicílio do casal será escolhido por ambos os cônjuges, mas um e outro podem ausentar-se do domicílio conjugal para atender a encargos públicos, ao exercício de sua profissão, ou a interesses particulares relevantes. Mútua assistência Dever que se apresenta como fundamento jurídico para ação de alimentos que um dos cônjuges poderá pleitear em face de outro. O dever de mútua assistência é corolário da solidariedade que caracteriza a comunhão plena de vida. Sustento, guarda e educação dos filhos Não é dever dos cônjuges, é dever dos pais. Não é efeito do casamento, mas sim do poder familiar que os pais exercem sobre os filhos. Independe de estar ou não casados ) Patrimoniais: Deflagrando efeitos de ordem econômica. Ambos os cônjuges são responsável pelos encargos da família. Respondem na proporção de seus bens e rendimentos, independentemente do regime de bens. Art , CC.

13 Art Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial. Os demais efeitos estão vinculados ao regime de bens. Em regra, as pessoas casadas são livres para escolher o regime. Excepcionalmente, algumas pessoas não terão essa liberdade de escolher regime, porque a lei obriga que seja o da separação de bens. Portanto, existem duas espécies de regime de bens: a) Voluntário: resultou da escolha feita em um pacto antenupcial. Regime convencionado. Comunhão universal de bens; Separação de bens; Participação final nos aquestos. Os regimes voluntários são exemplificativos porque mediante a celebração de pacto antenupcial os noivos poderão convencionar o que melhor os aprouver. b) Legal: Decorrem da lei. Comunhão parcial de bens. Se os noivos não tiverem exercido a faculdade de convencionar o regime. Separação de bens. Para determinadas pessoas esse regime é obrigatório. Art e art , CC. Art É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; II da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº , de 2010) III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. Art Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o excônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.

Direito Civil. Do Casamento. Professora Alessandra Vieira.

Direito Civil. Do Casamento. Professora Alessandra Vieira. Direito Civil Do Casamento Professora Alessandra Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil CASAMENTO Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de

Leia mais

Direito Civil. Direito de Família. Prof. Marcio Pereira

Direito Civil. Direito de Família. Prof. Marcio Pereira Direito Civil Direito de Família Prof. Marcio Pereira Direito de Família O Direito de Família divide-se em quatro espécies: direito pessoal, direito patrimonial, união estável, tutela e curatela. Casamento

Leia mais

Causas suspensivas. 1 Causas Suspensivas: CASAMENTO PARTE III: CAUSAS SUSPENSIVAS. INEXISTÊNCIA, INVALIDADE E INEFICÁCIA. EFEITOS DO CASAMENTO.

Causas suspensivas. 1 Causas Suspensivas: CASAMENTO PARTE III: CAUSAS SUSPENSIVAS. INEXISTÊNCIA, INVALIDADE E INEFICÁCIA. EFEITOS DO CASAMENTO. CASAMENTO PARTE III: CAUSAS SUSPENSIVAS. INEXISTÊNCIA, INVALIDADE E INEFICÁCIA. EFEITOS DO CASAMENTO. Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima Não geram a nulidade ou anulabilidade do casamento; Norma inibitória:

Leia mais

DA CELEBRAÇÃO E DA PROVA DO CASAMENTO (ARTIGOS AO 1.547, DO CC)

DA CELEBRAÇÃO E DA PROVA DO CASAMENTO (ARTIGOS AO 1.547, DO CC) DA CELEBRAÇÃO E DA PROVA DO CASAMENTO (ARTIGOS 1.533 AO 1.547, DO CC) DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO A Celebração do Casamento é um ato formal, público e solene, que envolve a manifestação livre e consciente

Leia mais

O casamento é a união plena entre duas pessoas, na qual ambos têm os MESMOS direitos e deveres.

O casamento é a união plena entre duas pessoas, na qual ambos têm os MESMOS direitos e deveres. Casamento O casamento é a união plena entre duas pessoas, na qual ambos têm os MESMOS direitos e deveres. PRAZO PARA DAR ENTRADA No mínimo 40 (quarenta) dias antes da data prevista para celebração do casamento.

Leia mais

Horário para entrada do processo de habilitação no cartório: das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Horário para entrada do processo de habilitação no cartório: das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO E COMARCA DE JOINVILLE Rua Blumenau 953, 5º Andar, fone: (47) 3026-3760 REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS, INTERDIÇÕES E TUTELAS, TÍTULOS

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 18/09/2017. Parentesco. Os parentes em linha reta são os ascendentes e os descendentes, os graus na linha

Leia mais

Horário para entrada do processo de habilitação no cartório: das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Horário para entrada do processo de habilitação no cartório: das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO E COMARCA DE JOINVILLE Rua Blumenau 953, 5º Andar, fone: (47) 3026-3760 REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS, INTERDIÇÕES E TUTELAS, TÍTULOS

Leia mais

Relativamente incapaz

Relativamente incapaz FIT/UNAMA Curso: Bacharelado em Direito Aula 05: Emancipação Disciplina: Teoria Geral do Direito Civil Professora Dra. Nazaré Rebelo E-mail: professoranazarerebelo@gmail.com EMANCIPAÇÃO Emancipação é a

Leia mais

Escrito por Administrator Dom, 15 de Novembro de :29 - Última atualização Qua, 04 de Janeiro de :11

Escrito por Administrator Dom, 15 de Novembro de :29 - Última atualização Qua, 04 de Janeiro de :11 INFORMAÇÕES PARA HABILITAÇÃO DE CASAMENTO DIVORCIADO 1. DOCUMENTOS: 1.1. Certidão de Casamento com averbação de divórcio, original e cópia simples; 1.2. Cópia simples da petição inicial, sentença e certidão

Leia mais

ROTEIRO DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA PARA ANALISTA DO BACEN NOÇÕES GERAIS

ROTEIRO DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA PARA ANALISTA DO BACEN NOÇÕES GERAIS ROTEIRO DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA PARA ANALISTA DO BACEN NOÇÕES GERAIS 1) Espécies de Entidade familiar a. Família matrimonial (casamento). b. Família informal (união estável). c. Família monoparental

Leia mais

O PROCESSO DE HABILITAÇÃO E A CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO CIVIL

O PROCESSO DE HABILITAÇÃO E A CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO CIVIL O PROCESSO DE HABILITAÇÃO E A CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO CIVIL Isis Kopczynski Ribeiro (UEPG) e-mail: isiskr@hotmail.com 1 Orientadora: Prof a. Dra. Jeaneth Stefaniak (UEPG) 2 Resumo: A presente pesquisa

Leia mais

DIREITO CIVIL IX FAMÍLIA I

DIREITO CIVIL IX FAMÍLIA I DIREITO CIVIL IX FAMÍLIA I CASAMENTO PUTATIVO EMBORA NULO OU ANULÁVEL FOI CONTRAÍDO EM BOA-FÉ, ART. 1.561 CC. REQUISITOS: SUBJETIVO (BOA-FÉ) E A CIRCUNSTÂNCIA DO CASAMENTO SER CONSIDERADO NULO OU ANULÁVEL

Leia mais

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85 Sumário Nota do Autor à lfi edição, xiii 1 Introdução ao Direito de Família, 1 1.1 Compreensão, 1 1.2 Lineamentos históricos, 2 1.3 Família moderna. Novos fenômenos sociais, 5 1.4 Natureza jurídica da

Leia mais

Introdução ao Direito de Família Casamento e União Estável Formalidades Preliminares. Habilitação para o Casamento

Introdução ao Direito de Família Casamento e União Estável Formalidades Preliminares. Habilitação para o Casamento Sumário 1 Introdução ao Direito de Família 1.1 Compreensão 1.2 Lineamentos Históricos 1.3 Família Moderna. Novos Fenômenos Sociais 1.4 Natureza Jurídica da Família 1.5 Direito de família 1.5.1 Características

Leia mais

Do Casamento Conceito clássico. Do Casamento. Do Casamento Conceito. Do Casamento Conceito. Do Casamento Natureza Jurídica. Do Casamento Conceito

Do Casamento Conceito clássico. Do Casamento. Do Casamento Conceito. Do Casamento Conceito. Do Casamento Natureza Jurídica. Do Casamento Conceito Do Casamento Conceito clássico Do Casamento O casamento é ato solene pelo qual duas pessoas de sexos diferentes se unem para sempre sob a promessa recíproca de fidelidade no amor e da mais estreita comunhão

Leia mais

Horário para entrada do processo de habilitação no cartório: das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Horário para entrada do processo de habilitação no cartório: das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO E COMARCA DE JOINVILLE Rua Blumenau 953, 5º Andar, fone: (47) 3026-3760 REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS, INTERDIÇÕES E TUTELAS, TÍTULOS

Leia mais

Modificações no Estatuto das Famílias

Modificações no Estatuto das Famílias Modificações no Estatuto das Famílias Projeto de Lei 2.285/2007, apensado ao PL 675/2007 PROJETO ORIGINAL deputado Sérgio Barradas (PT-BA) Art. 91 Constituindo os pais nova entidade familiar os direitos

Leia mais

DCV 0411 Direito de Família. Critério de Correção da Prova Bimestral 1º semestre de Turma 21

DCV 0411 Direito de Família. Critério de Correção da Prova Bimestral 1º semestre de Turma 21 DCV 0411 Direito de Família Critério de Correção da Prova Bimestral 1º semestre de 2016 Turma 21 1. Casamento nuncupativo é o que se realiza quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida,

Leia mais

Escrito por Administrator Dom, 15 de Novembro de :28 - Última atualização Qua, 04 de Janeiro de :05

Escrito por Administrator Dom, 15 de Novembro de :28 - Última atualização Qua, 04 de Janeiro de :05 INFORMAÇÕES PARA HABILITAÇÃO DE CASAMENTO SOLTEIRO 1. DOCUMENTOS: 1.1. Certidão de Nascimento, original e cópia simples, essas não poderão conter rasuras nem emendas; 1.2. Cópia simples da identidade e

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Das várias espécies de casamento Marcus Vinícius Pessoa Cavalcanti Villar* Da celebração do casamento Com a habilitação, os interessados requererão ao juiz competente pela legislação

Leia mais

7. Casamento inválido. 7. Casamento inválido -> Casamento Inexistente. São de três espécies: Requisitos de Exisitência:

7. Casamento inválido. 7. Casamento inválido -> Casamento Inexistente. São de três espécies: Requisitos de Exisitência: 7. Casamento inválido São de três espécies: A) Casamento Inexistente B) Casameto Nulo 7. Casamento inválido -> Casamento Inexistente Requisitos de Exisitência: 1. Deferença de sexo 2. Consentimento 3.

Leia mais

CASAMENTO. Vitor F. Kümpel PALESTRA CASAMENTO

CASAMENTO. Vitor F. Kümpel PALESTRA CASAMENTO PALESTRA CASAMENTO 1 1. VISÃO CONSTITUCIONAL - A Constituição Federal de 1988 inovou ao estabelecer novas formas constitutivas de família, além do casamento; - A família só era constituída pelo casamento;

Leia mais

Modular Direito de Família Disposições Gerais Sobre o Casamento Incapacidade e Impedimento Causas Suspensivas Fernando Viana

Modular Direito de Família Disposições Gerais Sobre o Casamento Incapacidade e Impedimento Causas Suspensivas Fernando Viana Modular Direito de Família Disposições Gerais Sobre o Casamento Incapacidade e Impedimento Causas Suspensivas Fernando Viana 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Leia mais

Modular Direito de Família Invalidade do Casamento Fernando Viana Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Modular Direito de Família Invalidade do Casamento Fernando Viana Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Modular Direito de Família Invalidade do Casamento Fernando Viana 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Invalidade do Casamento Casamento Nulo Art. 1.548. É nulo

Leia mais

Direito de Família. 2. Princípios de direito de família:

Direito de Família. 2. Princípios de direito de família: Direito de Família 1. Aspectos Constitucionais do direito de família: Houve uma constitucionalização do direito civil, como referido entre outras aulas. Ela começa pelo art. 226 da CRFB 1, o qual possui

Leia mais

I (revogado); II (revogado); III (revogado)...

I (revogado); II (revogado); III (revogado)... REDAÇÃO ATUAL Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte VII Casamento

Instituições de Direito Público e Privado. Parte VII Casamento Instituições de Direito Público e Privado Parte VII Casamento 1. Casamento Conceito Casamento é Instituição Antiquíssima, Já Registrado no Antigo Egito e Babilônia Casamento é o vínculo jurídico entre

Leia mais

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 5 DO PACTO ANTENUPCIAL

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 5 DO PACTO ANTENUPCIAL Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 5 DO PACTO ANTENUPCIAL P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA TÍTULO

Leia mais

ALGUNS ASPECTOS QUE DIFERENCIAM A UNIÃO ESTÁVEL DO CASAMENTO

ALGUNS ASPECTOS QUE DIFERENCIAM A UNIÃO ESTÁVEL DO CASAMENTO ALGUNS ASPECTOS QUE DIFERENCIAM A UNIÃO ESTÁVEL DO CASAMENTO José Ricardo Afonso Mota: Titular do Ofício do Registro Civil e Tabelionato de Notas da cidade de Bom Jesus do Amparo (MG) A união estável,

Leia mais

Código Civil Lei , 10 de Janeiro de 2002

Código Civil Lei , 10 de Janeiro de 2002 Código Civil Lei 10.406, 10 de Janeiro de 2002 DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento

Leia mais

Direito de Família. 1. Princípios do Direito de Família:

Direito de Família. 1. Princípios do Direito de Família: Direito de Família 1. Princípios do Direito de Família: a. Dignidade da Pessoa Humana (art.1º, III, CF/88) 1 : a pessoa humana deve ser tratada com dignidade. No âmbito do direito de família ressalta-se

Leia mais

DIREITO DE FAMÍLIA ROTEIRO DE AULA Profa. Dra. Maitê Damé Teixeira Lemos

DIREITO DE FAMÍLIA ROTEIRO DE AULA Profa. Dra. Maitê Damé Teixeira Lemos DIREITO DE FAMÍLIA ROTEIRO DE AULA Profa. Dra. Maitê Damé Teixeira Lemos Direito Matrimonial o Conceito: o Natureza jurídica do casamento: o Finalidades do casamento: o Princípios do casamento: o Esponsais

Leia mais

AULA 14. União estável. Concubinato. Arts a 1.727, CC. Art. 226, 3º, CF. Leis nº 9.278/96 e nº 8.971/94. 1

AULA 14. União estável. Concubinato. Arts a 1.727, CC. Art. 226, 3º, CF. Leis nº 9.278/96 e nº 8.971/94. 1 Quem junta com fé, casado é. (Sabedoria popular) AULA 14 União estável. Concubinato. Arts. 1.723 a 1.727, CC. Art. 226, 3º, CF. Leis nº 9.278/96 e nº 8.971/94. 1 BREVE HISTÓRICO CC/1916: UNIÃO ESTÁVEL

Leia mais

Sumário PALAVRAS PRÉVIAS... 5 PREFÁCIO... 7

Sumário PALAVRAS PRÉVIAS... 5 PREFÁCIO... 7 Sumário PALAVRAS PRÉVIAS... 5 PREFÁCIO... 7 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DE FAMÍLIA... 21 1.1. A FAMÍLIA ATRAVÉS DOS TEMPOS: DA GESTÃO MASCULINA AUTÔ- NOMA À INGERÊNCIA ESTATAL... 21 1.2. O AVANÇO DA INTERVENÇÃO

Leia mais

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões.

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões. Belo Horizonte 2015 No Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais são registrados os atos mais importantes da vida de uma pessoa, como o nascimento, o casamento e o óbito, além da emancipação, da

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 25/10/2017. Divórcio estrangeiro. O divórcio feito no estrangeiro precisava ser homologado no STF para

Leia mais

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ROBERTO REQUIÃO I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ROBERTO REQUIÃO I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2017 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 612, de 2011, de autoria da Senadora Marta Suplicy, que altera os arts.

Leia mais

Conceito de família. João Benício Aguiar. João Benício Aguiar

Conceito de família. João Benício Aguiar. João Benício Aguiar Conceito de família O que é família? Arranjos familiares: Família tradicional: pai, mãe e um ou mais filhos. Monoparental: composta por apenas um dos progenitores: pai ou mãe. Os motivos que possibilitam

Leia mais

Conceito: é a relação afetiva ou amorosa entre homem e mulher, não adulterina ou incestuosa, com estabilidade e durabilidade, vivendo ou não sob o

Conceito: é a relação afetiva ou amorosa entre homem e mulher, não adulterina ou incestuosa, com estabilidade e durabilidade, vivendo ou não sob o União Estável Conceito: é a relação afetiva ou amorosa entre homem e mulher, não adulterina ou incestuosa, com estabilidade e durabilidade, vivendo ou não sob o mesmo teto, com o objetivo de constituir

Leia mais

Sumário 1.1. A FAMÍLIA ATRAVÉS DOS TEMPOS: DA GESTÃO MASCULINA AUTÔ- NOMA À INGERÊNCIA ESTATAL... 21

Sumário 1.1. A FAMÍLIA ATRAVÉS DOS TEMPOS: DA GESTÃO MASCULINA AUTÔ- NOMA À INGERÊNCIA ESTATAL... 21 Sumário 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DE FAMÍLIA... 21 1.1. A FAMÍLIA ATRAVÉS DOS TEMPOS: DA GESTÃO MASCULINA AUTÔ- NOMA À INGERÊNCIA ESTATAL... 21 1.2. O AVANÇO DA INTERVENÇÃO ESTATAL E SUA INEFICIÊNCIA...

Leia mais

Referência Legislativa: artigos 3º ao 5º da Lei n /02 (Código Civil)

Referência Legislativa: artigos 3º ao 5º da Lei n /02 (Código Civil) AULA 07 PONTO: 06/07 Objetivo da aula: Pessoa natural. Conceito. Começo da personalidade natural. Individualização. Capacidade e incapacidade. Conceito. Espécies. Cessação da incapacidade. Pessoa natural.

Leia mais

1 Considerações Iniciais:

1 Considerações Iniciais: DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL E DO CASAMENTO: Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima 1 Considerações Iniciais: CC/16: indissolubilidade do vínculo matrimonial. - desquite: fim dever de fidelidade e

Leia mais

9/26/17. Contratos. ! Conceito: Contrato. Fontes obrigacionais no direito civil brasileiro. - Direito obrigacional

9/26/17. Contratos. ! Conceito: Contrato. Fontes obrigacionais no direito civil brasileiro. - Direito obrigacional Fontes obrigacionais no direito civil brasileiro! Lei! *! Atos ilícitos e o abuso de direito! Atos unilaterais! Títulos de crédito! Conceito: Contrato - Direito obrigacional - Relação jurídica transitória:

Leia mais

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL: FAMÍLIA E SUCESSÕES PROF.ª CARLA CARVALHO

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL: FAMÍLIA E SUCESSÕES PROF.ª CARLA CARVALHO XXII EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL: FAMÍLIA E SUCESSÕES PROF.ª CARLA CARVALHO XXII EXAME DE ORDEM DIREITO DE FAMÍLIA Temas recorrentes FAMÍLIA casamento; regime de bens partilha Alteração SUCESSÕES vocação

Leia mais

UNIÃO ESTÁVEL. 1 Introdução: 1 Introdução: 28/09/2014. União Estável vs. Família Matrimonializada. CC/16: omisso. CF/88: art.

UNIÃO ESTÁVEL. 1 Introdução: 1 Introdução: 28/09/2014. União Estável vs. Família Matrimonializada. CC/16: omisso. CF/88: art. UNIÃO ESTÁVEL Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima União Estável vs. Família Matrimonializada CC/16: omisso CF/88: art. 226, 3º Hoje: CC/02 (arts. 1.723 a 1.726) Concubinato. Já está superada a divergência

Leia mais

CASAMENTO E REGIMES DE BENS

CASAMENTO E REGIMES DE BENS CASAMENTO E REGIMES DE BENS Curso de Pós-Graduação Prof. Dr. Jorge Shiguemitsu Fujita 2017 CASAMENTO E REGIMES DE BENS 1 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS CC, arts. 1.639 a 1.688. 1.1. PACTO ANTENUPCIAL (CC, arts.

Leia mais

Aula 3 A Pessoa Natural 1ª Parte: Por Marcelo Câmara

Aula 3 A Pessoa Natural 1ª Parte: Por Marcelo Câmara Por Marcelo Câmara texto Sumário: 1 -texto A PESSOA NATURAL: 1.1 Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas. 1.2 A personalidade jurídica: modos de aquisição e perda. 1.2.1 Docimasia

Leia mais

CONVIVENTE: A PERSPECTIVA DE UM NOVO ESTADO CIVIL E SEUS REFLEXOS PARA O RCPN

CONVIVENTE: A PERSPECTIVA DE UM NOVO ESTADO CIVIL E SEUS REFLEXOS PARA O RCPN CONVIVENTE: A PERSPECTIVA DE UM NOVO ESTADO CIVIL E SEUS REFLEXOS PARA O RCPN RODRIGO TOSCANO DE BRITO Doutor e Mestre em Direito Civil pela PUC-SP. Professor de Direito Civil da UFPB e da Escola da Magistratura.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima Aula 07/08/2017 Regime de bens. Regime de bens. Pactos antenupciais: contrato realizado antes do casamento,

Leia mais

CURSO Delegado de Polícia Civil Nº13

CURSO Delegado de Polícia Civil Nº13 CURSO Delegado de Polícia Civil Nº13 DATA 18/08/2016 DISCIPLINA Direito Civil Família e Sucessões PROFESSORA Reyvani Jabour MONITORA Cleide Tibúrcio AULA 01/05 EMENTA CASAMENTO A Constituição de 1988 trouxe

Leia mais

Provimento nº 04/07-CGJ - Corregedoria Regulamenta Escrituras de Partilha, Separação e Divórcio Qui, 08 de Fevereiro de :51

Provimento nº 04/07-CGJ - Corregedoria Regulamenta Escrituras de Partilha, Separação e Divórcio Qui, 08 de Fevereiro de :51 Processo nº 0010-07/000091-0 Parecer nº 08/2007-SLA O desembargador Jorge Luís Dall Agnol, Corregedor-Geral da Justiça, no uso de suas atribuições, considerando a publicação da Lei nº 11.441/07, que alterou

Leia mais

Capacidade para o casamento, Impedimentos para o casamento, Parentesco, Causas suspensivas do casamento, Celebração do casamento

Capacidade para o casamento, Impedimentos para o casamento, Parentesco, Causas suspensivas do casamento, Celebração do casamento Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 12 DO CASAMENTO P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA TÍTULO I DO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Divórcio Direto Juliana Fernandes Altieri* 1.Conceito Segundo Maria Helena Diniz 1, o divórcio é a dissolução de um casamento válido, ou seja, a extinção do vínculo matrimonial,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Os direitos dos companheiros na união estável. Sandra Ressel * A União estável é um instituto que consiste na união respeitável, a convivência contínua, duradoura e pública, entre

Leia mais

EXERCÍCIO DIREITO DE FAMÍLIA

EXERCÍCIO DIREITO DE FAMÍLIA EXERCÍCIO DIREITO DE FAMÍLIA 1. São impedidos de casar a) os parentes colaterais até o quarto grau. b) os afins em linha reta e em linha colateral. c) o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado

Leia mais

Sucessão que segue as regras da lei quando: DIREITO DAS SUCESSÕES

Sucessão que segue as regras da lei quando: DIREITO DAS SUCESSÕES DIREITO DAS SUCESSÕES I. SUCESSÃO EM GERAL II. SUCESSÃO LEGÍTIMA III. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA IV. INVENTÁRIO E PARTILHA SUCESSÃO LEGÍTIMA 1. Conceito 2. Parentesco 3. Sucessão por direito próprio e por

Leia mais

Planejamento Patrimonial. Questionamento para mulheres de executivos

Planejamento Patrimonial. Questionamento para mulheres de executivos Planejamento Patrimonial Questionamento para mulheres de executivos Bueno, Mesquita e Advogados O Bueno, Mesquita e Advogados é um escritório de advocacia empresarial com foco em empresas familiares e

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º, DE 2007

PROJETO DE LEI N.º, DE 2007 PROJETO DE LEI N.º, DE 2007 Regulamenta o artigo 226 3º da Constituição Federal, união estável, institui o divórcio de fato. O Congresso Nacional decreta: DA UNIÃO ESTAVEL Art. 1º- É reconhecida como entidade

Leia mais

Princípios Básicos ENTRE OS CÔJUGES. Princípios Básicos. Princípios Básicos

Princípios Básicos ENTRE OS CÔJUGES. Princípios Básicos. Princípios Básicos DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔJUGES 1. Irrevogabilidade ATENÇÃO -> A imutabilidade do regime de bens não é, porém, absoluta no novo Código Civil. O art. 1639, 2º., admite a sua alteração. 1. Irrevogabilidade

Leia mais

Direito Civil. Do Regime de Bens. Prof. Marcio Pereira

Direito Civil. Do Regime de Bens. Prof. Marcio Pereira Direito Civil Do Regime de Bens Prof. Marcio Pereira Regime de Bens É o estatuto patrimonial que vigora entre os cônjuges durante o casamento. São aplicáveis os seguintes princípios: Princípio da variedade

Leia mais

SENADO FEDERAL ROJETO DE LEI DO SENADO Nº 62, DE 2010

SENADO FEDERAL ROJETO DE LEI DO SENADO Nº 62, DE 2010 SENADO FEDERAL ROJETO DE LEI DO SENADO Nº 62, DE 2010 Acrescenta 5º ao art. 110 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), a fim de facilitar a substituição, no registro civil

Leia mais

Casamento. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Casamento. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Casamento Casamento É a união permanente entre o homem e a mulher, de acordo com a lei, a fim de se reproduzirem, de se ajudarem mutuamente e de criarem os seus filhos. Washington de Barros Monteiro Capacidade

Leia mais

PONTO 1: Direito de família introdução PONTO 2: Casamento PONTO 3: Regime de bens PONTO 4: Dissolução do casamento. 1. Direito de família introdução:

PONTO 1: Direito de família introdução PONTO 2: Casamento PONTO 3: Regime de bens PONTO 4: Dissolução do casamento. 1. Direito de família introdução: 1 PONTO 1: Direito de família introdução PONTO 2: Casamento PONTO 3: Regime de bens PONTO 4: Dissolução do casamento 1. Direito de família introdução: O direito de família é relacionado com o casamento

Leia mais

Estatuto da Criança e do Adolescente

Estatuto da Criança e do Adolescente DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR O ECA define três modalidades de família. São elas: NATURAL (art. 25, Caput) EXTENSA OU AMPLIADA (art. 25, único) SUBSTITUTA (art. 28) NATURAL Entende-se por família natural

Leia mais

Pensão por Morte. Prof. Danilo Ripoli

Pensão por Morte. Prof. Danilo Ripoli Pensão por Morte Prof. Danilo Ripoli Definição: A pensão por morte é o benefício da previdência social devido aos dependentes do segurado em função da morte deste. Será devido ao conjunto de dependentes

Leia mais

Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS

Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS Turma e Ano: Master A (2015) Matéria/Aula: Direito Civil Família e Sucessões Aula 03 Data: 12.02.2015 Professor: Andréa Amin Conteúdo: Casamento: visão civil constitucional; natureza jurídica; coonceito;

Leia mais

índice 5 nota de apresentação 17 nota de apresentação à 2ª edição 19 quadro de abreviaturas 21

índice 5 nota de apresentação 17 nota de apresentação à 2ª edição 19 quadro de abreviaturas 21 ÍNDICE índice 5 nota de apresentação 17 nota de apresentação à 2ª edição 19 quadro de abreviaturas 21 I. Reconstituição de assentos 23 em geral 25 modelo de auto de notícia 25 1. Reconstituição havendo

Leia mais

GUIA PRÁTICO DO DIVÓRCIO Do começo ao Fim de um Casamento

GUIA PRÁTICO DO DIVÓRCIO Do começo ao Fim de um Casamento GUIA PRÁTICO DO DIVÓRCIO Do começo ao Fim de um Casamento Dra. Deborah Calomino - Advogada calomino@lostadocalomino.com.br Pág. 1 Lostado & Calomino - Advogados Contato Fone: (13) 3222-5688 Fone: (11)

Leia mais

A mulher casada antes e depois do 25 de Abril:

A mulher casada antes e depois do 25 de Abril: A mulher casada antes e depois do 25 de Abril: A evolução da sua situação jurídica em Alexandra Teixeira de Sousa Maio de 2011. A mulher casada antes e depois do 25 de Abril: evolução da situação jurídica

Leia mais

Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS

Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS Turma e Ano: Master A (2015) Matéria/Aula: Direito Civil Família e Sucessões Aula 04 Data: 12.02.2015 Professor: Andréa Amin Conteúdo: Celebração por Autoridade; Celebração; Provas do casamento; casamento

Leia mais

DIREITO DE FAMILIA. Casamento, regime de bens, dissolução. Relações de parentesco. Multiparentalidade.

DIREITO DE FAMILIA. Casamento, regime de bens, dissolução. Relações de parentesco. Multiparentalidade. DIREITO DE FAMILIA Casamento, regime de bens, dissolução. Relações de parentesco. Multiparentalidade. NATUREZA JURIDICA DO CASAMENTO 1C- DOUTRINA INDIVIDUALISTA 2C- CORRENTE INSTITUCIONAL 3C- CORRENTE

Leia mais

DIREITO CIVIL IX FAMÍLIA I

DIREITO CIVIL IX FAMÍLIA I DIREITO CIVIL IX FAMÍLIA I PARENTESCO RELAÇÃO QUE VINCULA ENTRE SI PESSOAS QUE DESCENDEM UMAS DAS OUTRAS, OU DE AUTOR COMUM (CONSANGUINIDADE), QUE APROXIMA CADA UM DOS CÔNJUGES DOS PARENTES DO OUTRO (AFINIDADE),

Leia mais

REQUERIMENTO DE PENSÃO

REQUERIMENTO DE PENSÃO Versão 14 REQUERIMENTO DE PENSÃO SEGURADO (A) Segurado(a): CPF nº: Cargo: Órgão de origem: DATA DO ÓBITO: / / Ativo: ( ) Inativo: ( ) Falecimento motivado por acidente de qualquer natureza ou doença profissional

Leia mais

Família e o mundo jurídico: repercussão do Código Civil de 2002 nas relações familiares.

Família e o mundo jurídico: repercussão do Código Civil de 2002 nas relações familiares. BuscaLegis.ccj.ufsc.br Família e o mundo jurídico: repercussão do Código Civil de 2002 nas relações familiares. Rebeca Ferreira Brasil Bacharela em Direito pela Universidade de Fortaleza -Unifor Os direitos

Leia mais

Memorial da Habilitação de Casamento ILMO. SR. REGISTRADOR DO CARTÓRIO DE OFÍCIO ÚNICO DE CASIMIRO DE ABRREU ESTADO DO DO RIO DE JANEIRO

Memorial da Habilitação de Casamento ILMO. SR. REGISTRADOR DO CARTÓRIO DE OFÍCIO ÚNICO DE CASIMIRO DE ABRREU ESTADO DO DO RIO DE JANEIRO Memorial da Habilitação de Casamento ILMO. SR. REGISTRADOR DO CARTÓRIO DE OFÍCIO ÚNICO DE CASIMIRO DE ABRREU ESTADO DO DO RIO DE JANEIRO Dizem e, que, tendo ajustado o seu casamento, apresentam os documentos

Leia mais

Natureza jurídica da família:

Natureza jurídica da família: Família Conceito de família família é um grupo de pessoas ligadas entre si por relações pessoais e patrimoniais resultantes do casamento, da união estável e do parentesco ( 4º do art. 226, CF). Comentários

Leia mais

DECRETO Nº 3.596, DE 28 DE OUTUBRO DE 2014.

DECRETO Nº 3.596, DE 28 DE OUTUBRO DE 2014. DECRETO Nº 3.596, DE 28 DE OUTUBRO DE 2014. Dispõe sobre o regulamento e disciplina os procedimentos de recadastramento obrigatório dos aposentados e pensionistas do SANTAFÉPREV Instituto Municipal de

Leia mais

UNIÃO ESTÁVEL. Profª. Danielle Nunes

UNIÃO ESTÁVEL. Profª. Danielle Nunes UNIÃO ESTÁVEL Profª. Danielle Nunes 1 PRIMEIRAS NORMAS Decreto lei nº. 7.036/1944, que reconheceu a companheira como beneficiária de indenização no caso de acidente de trabalho de que foi vítima o companheiro.

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL PENSÃO - CONCESSÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL PENSÃO - CONCESSÃO UFAL Dados Básicos do Instituidor SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL PENSÃO - CONCESSÃO Siape: O servidor era beneficiário da GEAP? NÃO SIM,

Leia mais

RESOLUÇÃO N º 22, DE 09 DE JUNHO DE 2011.

RESOLUÇÃO N º 22, DE 09 DE JUNHO DE 2011. RESOLUÇÃO N º 22, DE 09 DE JUNHO DE 2011. ALTERA Resolução de nº. 01 de 30 de março de 2004, que estabelece critérios e documentação necessários á inscrição no Plano Fisco A Diretoria da CASSIND-CAIXA

Leia mais

UNIÃO ESTÁVEL: IMPLICAÇÕES TEÓRICAS

UNIÃO ESTÁVEL: IMPLICAÇÕES TEÓRICAS UNIÃO ESTÁVEL: IMPLICAÇÕES TEÓRICAS CAMILA DE OLIVEIRA BELONI BOLSISTA UEMS¹ LÍDIA MARIA GARCIA GOMES TIAGO DE SOUZA ORIENTADORA² ¹Estudante do Curso de Direito da UEMS, Unidade Universitária de Paranaíba;

Leia mais

QUADRO COMPARATIVO. Redação Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

QUADRO COMPARATIVO. Redação Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. QUADRO COMPARATIVO Código Civil/2002 Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental,

Leia mais

CARTILHA INFORMATIVA SOBRE:

CARTILHA INFORMATIVA SOBRE: CARTILHA INFORMATIVA SOBRE: As consequências patrimoniais dos principais regimes de bens quando da morte de um dos cônjuges. Material produzido por Felipe Pereira Maciel, advogado inscrito na OAB/RJ sob

Leia mais

Conteúdo: Negócio Jurídico: Elementos; Planos; Teoria das Nulidades.

Conteúdo: Negócio Jurídico: Elementos; Planos; Teoria das Nulidades. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 12 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Negócio Jurídico: Elementos; Planos; Teoria das Nulidades. 3. NEGÓCIO JURÍDICO: 3.4

Leia mais

PRESSUPOSTOS DA ATIVIDADE EMPRESARIAL

PRESSUPOSTOS DA ATIVIDADE EMPRESARIAL PRESSUPOSTOS DA ATIVIDADE EMPRESARIAL Requisitos Art. 972, Cod. Civil. Pressupostos: 2 elementos: capacidade civil e ausência de impedimento. Capacidade civil. Impedimentos são dados pela lei. Ex: sociedade

Leia mais

Direito da Criança e do Adolescente

Direito da Criança e do Adolescente CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito da Criança e do Adolescente 1) CESPE - PJ (MPE RR)/MPE RR/2012 Direito da Criança e do Adolescente Assinale a opção correta a respeito dos institutos da guarda,

Leia mais

Problemática da equiparação do Casamento com a União Estável para fins sucessórios

Problemática da equiparação do Casamento com a União Estável para fins sucessórios Problemática da equiparação do Casamento com a União Estável para fins sucessórios Por André Muszkat e Maria Letícia Amorim* Casamento e união estável são dois institutos jurídicos distintos, apesar de

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015 Antes de ser um fato jurídico, a adoção é um fato social, praticado desde o início da humanidade; Provimento de herdeiro x permanência

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 452, DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 452, DE 2015 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 452, DE 2015 Acrescenta o art. 92-A ao Capítulo X da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), para disciplinar o procedimento administrativo de interdição.

Leia mais

Direito Civil Prof. Conrado Paulino Rosa

Direito Civil Prof. Conrado Paulino Rosa DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 1. Direito de representação: Por direito próprio: o Herdeiros descendentes recebem de forma direta, sucedendo por cabeça ou por direito próprio, sem nenhuma representação entre

Leia mais

CONSULADO-GERAL DO BRASIL EM TÓQUIO CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO

CONSULADO-GERAL DO BRASIL EM TÓQUIO CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO A celebração de casamento no Consulado é possível somente entre brasileiros A presença dos dois nubentes é obrigatória para a apresentação dos documentos DOCUMENTOS A APRESENTAR

Leia mais

*PROJETO DE LEI N.º 7.897, DE 2010 (Do Sr. Manoel Junior)

*PROJETO DE LEI N.º 7.897, DE 2010 (Do Sr. Manoel Junior) CÂMARA DOS DEPUTADOS *PROJETO DE LEI N.º 7.897, DE 2010 (Do Sr. Manoel Junior) Acrescenta o art. 32-A à Lei nº 6.515, de 23 de dezembro de 1977, de modo a permitir que, após a averbação do divórcio, as

Leia mais

TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO EXTREMAMENTE IMPORTANTES!!! CASAMENTO CIVIL (Brasileiros)

TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO EXTREMAMENTE IMPORTANTES!!! CASAMENTO CIVIL (Brasileiros) TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO EXTREMAMENTE IMPORTANTES!!! CASAMENTO CIVIL (Brasileiros) PREENCHER O FORMULÁRIO - MEMORIAL - DE CASAMENTO (MODELOS NAS FL 4, 5 E 6), ASSINAR E RECONHECER FIRMA DAS ASSINATURAS

Leia mais

TJ-SP. Escrevente Técnico Judiciário. Prof. Guilherme Rittel

TJ-SP. Escrevente Técnico Judiciário. Prof. Guilherme Rittel TJ-SP Escrevente Técnico Judiciário Prof. Guilherme Rittel EDITAL DIREITO PROCESSUAL PENAL: Código de Processo Penal - com as alterações vigentes até a publicação do Edital - artigos 251 a 258; 261 a 267;

Leia mais

REGISTRO CIVIL NATURAIS MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION

REGISTRO CIVIL NATURAIS MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION Capacidade é a aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações, e exercer, por si ou por outrem, atos da vida civil. Todas as pessoas

Leia mais

COM BASE NA CERTIDÃO LOCAL DE CASAMENTO

COM BASE NA CERTIDÃO LOCAL DE CASAMENTO REGISTRO DE CASAMENTO COM BASE NA CERTIDÃO LOCAL DE CASAMENTO Este serviiço requer agendamento através do siite: www..consullado..ch REGRAS GERAIS O casamento celebrado por autoridade estrangeira é considerado

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Revisão Criminal. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Revisão Criminal. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Revisão Criminal Gustavo Badaró aula de 10.11.2015 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Condições da ação 3. Pressupostos processuais 4. Procedimento 1. NOÇÕES

Leia mais

Direito Civil. Direito das Sucessões. Prof. Marcio Pereira

Direito Civil. Direito das Sucessões. Prof. Marcio Pereira Direito Civil Direito das Sucessões Prof. Marcio Pereira Sucessões (art. 1.784 do CC) É a transmissão de bens, direitos e obrigações de uma pessoa para outra que se dá em razão de sua morte. Aberta a successão,

Leia mais