Capacidade para o casamento, Impedimentos para o casamento, Parentesco, Causas suspensivas do casamento, Celebração do casamento

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1 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 12 DO CASAMENTO P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA TÍTULO I DO DIREITO PESSOAL SUBTÍTULO I DO CASAMENTO CAPÍTULO II DA CAPACIDADE PARA O CASAMENTO Art CAPÍTULO III DOS IMPEDIMENTOS Art CAPÍTULO IV DAS CAUSAS SUSPENSIVAS Art CAPÍTULO V DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO Art CAPÍTULO VI DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO Art Conceitos: Capacidade para o casamento, Impedimentos para o casamento, Parentesco, Causas suspensivas do casamento, Celebração do casamento A gama de responsabilidades advindas do casamento há de ser considerada na fixação da idade nupcial. Esta não deve ser guiada apenas pela capacidade de reprodução, mas definida primordialmente em função da maturidade necessária à compreensão dos múltiplos deveres que a comunhão de vida impõe. Nos países onde não há o divórcio, a permissão para o casamento de pessoas incapazes de assumirem, plenamente, os deveres impostos pela sociedade doméstica é uma temeridade, pois a lei civil não lhes dá, ordinariamente, chance de um outro consórcio (NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: Direito de Família. Rio de Janeiro: Forense, vol. 5, 7ª ed. 2016). No estabelecimento da idade nupcial destacam-se o desenvolvimento físico, necessário ao contato sexual e a reprodução, e, mais importante, o desenvolvimento psicológico para o adequado entendimento das responsabilidades e obrigações que derivam do casamento. Da Capacidade para o Casamento A capacidade ( ) é requisito do ato negocial, além da inexistência de impedimentos e cumprimento de formalidades especiais. Pressupostos do casamento, que dizem respeito à existência deste, são: diversidade de sexos, celebração do ato e consentimento. 13 Quanto à diversidade de sexos, tal pressuposto passou a ser questionado após a admissão, pelo Supremo Tribunal Federal, da união homoafetiva, ao julgar a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) nº 132, em 05 de maio de 2011, tanto que o Superior Tribunal de Justiça, por sua 4ª Turma, admitiu, por maioria de votos, a habilitação matrimonial entre pessoas de igual sexo (REsp , j. em ) NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: Direito de Família. Rio de Janeiro: Forense, vol. 5, 7ª ed. 2016). Art O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os

2 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 2 / 12 pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art (A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil ou submetida ao Juiz na hipótese de impugnação. Na sequência, estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital. Após, verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação). Art Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização. Art A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. Art Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. [esta parte do artigo é ineficaz por referir-se à incisos do artigo 107 do Código Penal revogados pela Lei / 2005: Art Extingue-se a punibilidade: (...) VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes, definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código; VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos no inciso anterior, se cometidos sem violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida não requeira o prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da celebração;] Dos Impedimentos A aptidão jurídica para se contrair matrimônio difere da exigida para a celebração dos negócios jurídicos em geral. Para estes, basta a capacidade de fato e, em determinados casos, exige-se ainda a legitimidade. Dada a importância do matrimônio e as suas múltiplas implicações, o Código Civil estabelece a respeito um grande elenco de impedimentos, guiado por imperativos morais e de eugenia. ( ) Impedimento não se confunde com incapacidade. A pessoa capaz para o casamento, dado que atingiu a idade núbil e se encontra em pleno gozo de suas faculdades mentais, pode estar impedida de convolar núpcias com determinadas pessoas, por exemplo, com os afins em linha reta ou colaterais até o terceiro grau. A incapacidade diz Orlando Gomes é geral, o impedimento circunstancial. Neste, o agente é capaz, mas carece de legitimidade para consorciar-se com determinada pessoa. A noção de legitimidade para a prática de negócio jurídico, atualmente adotada no Direito Privado, foi assimilada do Direito Processual, onde, para figurar em um dos polos da relação processual, a parte necessariamente deve ser legítima (NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: Direito de Família. Rio de Janeiro: Forense, vol. 5, 7ª ed. 2016). Parentesco Parentesco é a relação que une duas ou mais pessoas por vínculos de sangue (ascendência ou descendência = parentesco consanguíneo) ou por vínculos sociais (casamento = parentesco por afinidade). No parentesco em linha reta as pessoas descendem de modo direto (filho, neto, bisneto, etc) e no parentesco colateral as pessoas descendem de um ancestral comum (tios, primos, etc). Os vínculos são organizados em linhas e medidos em graus. O código civil brasileiro considera os parentes colaterais até o quarto grau, enquanto o parentesco direto não apresenta limites específicos. O grau é contado pelo número de gerações desde o ancestral comum e se presta à determinação da proximidades entre as pessoas consideradas em relação ao ancestral comum. Tipos de parentescos

3 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 3 / 12 Parentes em linha reta (consanguíneos) Ascendentes 1º grau: pais 2º grau: avós 3º grau: bisavós 4º grau: trisavós Descendentes 1º grau: filhos 2º grau: netos 3º grau: bisnetos 4º grau: trinetos Tabela de grau de parentesco fonte: - pg 33 Parentes em Linha Colateral (ancestral comum) 1º grau: Inexiste, pois os pais, que são parentes em linha reta, impedem a contagem deste grau 2º grau: irmãos 3º grau: tios e sobrinhos 4º grau: primos, sobrinhos-netos Parentes por Afinidade (casamento ou união estável) Ascendentes 1º grau: sogros, padrastos 2º grau: pais dos sogros 3º grau: avós dos sogros 4º grau: trisavós do cônjuge

4 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 4 / 12 Descendentes 1º grau: filhos do cônjuge 2º grau: filhos dos enteados 3º grau: bisnetos do cônjuge 4º grau: trinetos do cônjuge Em Linha Colateral 1º grau: Inexiste, pois os sogros, que são parentes por afinidade em linha reta, impedem a contagem deste grau 2º grau: cunhados 3º grau: sobrinhos Art Não podem casar: Impedimentos para o casamento I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Para melhor entendimento das relações de parentesco O filho de criação 1 "A figura do filho de criação sempre esteve presente em nossa cultura e em nossas famílias. O termo 'criação' desponta aqui como afeição, adoção, aceitação, sustento e guarda. Pode ser um parente distante ou o filho da empregada de confiança, ou um órfão, o filho da comadre, de um amigo pobre, de qualquer origem, enfim. Basta que se faça a opção de criar e ele será ungido com os cuidados de um filho." Ao longo do tempo, principalmente em se tratando de uma comunidade interiorana, esse filho passa a ser conhecido na cidade inteira, podendo até receber um apelido que o identifique com o seu pai ou com sua mãe, como José de Maurício, Maria de Creuza, ou qualquer outro indicativo da família que o abriga. Em casa, ele recebe todo o afeto que é dedicado aos filhos consanguíneos como amor, assistência material, lazer, tudo. 1 Lourival de J. Serejo Sousa, disponível no portal da Justiça Eleitoral consulta em 22/03/2017.

5 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 5 / 12 O que falta, então, para que o filho de criação seja oficialmente reconhecido como filho? Apenas o ato de adoção legal, pois a adoção de fato está consumada no dia-a-dia, por anos e anos de convivência. O mais importante é que os pais adotivos, que fizeram livremente a opção de receber esse filho, mantenham tal vínculo até a morte. Se o tratamento que é dispensado ao filho consanguíneo é o mesmo dado ao seu irmão de criação, não há como negar essa relação filial e admitir as suas consequências, notadamente sob a perspectiva da igualdade constitucional. Com razão Rolf Madaleno quando leciona: "Os filhos são realmente conquistados pelo coração, obra de uma relação de afeto construída a cada dia, em ambiente de sólida e transparente demonstração de amor à pessoa gerada por indiferente origem genética, pois importa ter vindo ao mundo para ser acolhida como filho de adoção por afeição.". Nessa mesma linha de entendimento, Maria Christina de Almeida afirma: o elo entre pais e filhos é, principalmente, socioafetivo, moldado pelos laços de amor e solidariedade, cujo significado é muito mais profundo do que o do elo biológico.. O alcance do artigo do Código Civil No ato de aplicar a lei, deve o intérprete buscar o contexto da norma em consonância com as peculiaridades do caso concreto. Então, com apoio na lógica do razoável, encontrará a conclusão mais justa, que corresponda à efetiva aplicação da lei e atenda ao anseio de justiça. Diz o artigo do Código Civil: O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou de outra origem. A expressão ou outra origem tem a mesma natureza de tantas outras que caracterizam o novo Código Civil, onde se encontram inúmeras expressões de conteúdo jurídico indeterminado que desafiam o intérprete para definir o seu alcance. Nem se pode objetar alegando que a expressão outra origem significa somente adoção, como constava da redação original do artigo. No momento em que foi substituída pelo legislador, pretendeu-se que a nova redação tivesse uma abrangência maior que a adoção, para alcançar também os filhos da reprodução heteróloga, os filhos de criação etc. É sabido que a afetividade afirmou-se hoje como o paradigma do amor autêntico que orienta todas as questões de Direito de Família. Em relação aos filhos de criação é coerente afirmar-se que se trata de um parentesco socioafetivo, devendo esta ideia de afetividade abrigar-se na expressão outra origem do art , do Código Civil. Ao juiz caberá concretizar essa norma, com fundamento nos princípios constitucionais e nos valores sociais da comunidade. A doutrina tem contribuído muito bem para a elucidação da mens legis do art , no que pertine ao alcance da ideia de parentesco. Paulo Luiz Netto Lôbo entende que constituem parentescos de outra origem os parentescos por afinidade e por adoção.. Sílvio Rodrigues faz a seguinte análise do artigo em referência: Pelo artigo 1.593, será natural o parentesco consanguíneo ou de outra origem, assim acrescentado no texto quando da redação final elaborada pela Câmara dos Deputados, para contemplar a situação da inseminação artificial, em que o próprio Código também considera a paternidade presumida, com resultado idêntico à filiação consanguínea (art.1.597).

6 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 6 / 12 Em comentários ao referido artigo, em obra coordenada por Heloísa Maria Daltro Leite deparamo-nos com esta conclusão mais aberta, que se direciona para nosso propósito: Tem-se, assim, no art do novo Código Civil, elementos para a construção de um conceito jurídico de parentesco em sentido amplo, no qual o consentimento, o afeto e a responsabilidade terão papel relevante, numa perspectiva interdisciplinar.. Em novembro de 2004, civilistas de todo o país, reuniram-se no auditório do STJ para estudo do atual Código Civil e, ao final do encontro, emitiram enunciados, dentre os quais um referente ao artigo 1593, de autoria do Des. Luiz Felipe Brasil Santos (TJ-RS), com a seguinte redação: A posse do estado de filho (parentalidade socioafetiva) constitui modalidade de parentesco civil.. Esse enunciado consolidou o entendimento que alcança a pretensão buscada por este estudo. Art Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz. Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo. Das causas suspensivas Art Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. Art As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins. As causas suspensivas para o casamento são de inspiração patrimonial. Habilitação para o casamento O casamento de quem não atingiu os dezoito anos requer a autorização dos pais ou tutor. 23 A hipótese não se aplica aos maiores de dezesseis e menores de dezoito anos que se emanciparam por uma das causas previstas no art. 5º, parágrafo único, do Código Civil. A emancipação (...), confere à pessoa a plena capacidade de fato, podendo praticar negócios jurídicos em geral, inclusive casar-se. De notar-se, também,

7 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 7 / 12 que os menores não são representados por seus pais ou tutores, mas simplesmente autorizados, isto porque o casamento, ( ) é um ato essencialmente pessoal. (NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: Direito de Família. Rio de Janeiro: Forense, vol. 5, 7ª ed. 2016). Casamento de militares. O militar é livre para casar-se, mas o art. 144 do Estatuto dos Militares (Lei nº 6.880/1980) apresenta algumas restrições. Os Guardas-Marinha e Aspirantes a Oficial dependem de autorização do Ministro da Pasta correspondente. Igualmente as praças especiais. Se o militar pretender casar-se com pessoa de outra nacionalidade dependerá do Ministro da Força Armada respectiva. A violação da restrição impõe apenas sanções militares; não torna o casamento nulo ou anulável (NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: Direito de Família. Rio de Janeiro: Forense, vol. 5, 7ª ed. 2016). Art O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: I - certidão de nascimento ou documento equivalente; II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra; III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio. Art A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público. Parágrafo único. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz. Art Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver. Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a publicação. Art É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens. Art Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas. Art O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu. Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé. Art Cumpridas as formalidades dos arts e e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação. Art A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado. Celebração do casamento

8 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 8 / 12 Art Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art Art A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular. 1 Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato. 2 Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever. Art Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados." Art Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados: I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos cônjuges; II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos pais; III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento anterior; IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento; V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro; VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas; VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido. Art O instrumento da autorização para casar transcrever-se-á integralmente na escritura antenupcial. Art A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes: I - recusar a solene afirmação da sua vontade; II - declarar que esta não é livre e espontânea; III - manifestar-se arrependido. Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia. Art No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever. 1 A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato. 2 O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc [constituído para esta finalidade], será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado. Art Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral,

9 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 9 / 12 até segundo grau. Art Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de: I - que foram convocadas por parte do enfermo; II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo; III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher. 1 Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias. 2 Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário às partes. 3 Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará registrá-la no livro do Registro dos Casamentos. 4 O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração. 5 Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro. Art O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais. 1 A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos. 2 O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo. 3 A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias. 4 Só por instrumento público se poderá revogar o mandato. Exercício Prático Questão polêmica Naiara tem 17 anos está no 6 mês de gestação e o pai da criança chama-se Robson, que tem a mesma idade. Os dois namoram há aproximadamente um ano e, em consideração pelo bem estar futuro da criança, resolveram contrair matrimônio. O pai de Naiara é falecido e a mãe prontamente concedeu autorização para o casamento. Já a mãe de Robson resolveu investigar o passado de Naiara e descobriu que, antes do início do namoro com o filho, Naiara obtinha os ganhos financeiros necessários ao seu sustento como garota de programa, Frente ao fato, exigiu que o marido, que houvera consentido com casamento perante o Registro Civil competente, revogasse seu consentimento. Frente ao exposto, assinale a alternativa correta: A) A revogação do consentimento não é injusta e, por isso, Robson não poderá casar com Naiara. A

10 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 10 / 12 justificativa para a negativa do consentimento não ser injusta repousa no fato que a estrutura psicológica de Robson, pela argumentação da mãe, não seria forte suficiente para propiciar felicidade na vida conjugal. B) A revogação do consentimento é possível, mas o julgamento sobre ser justa ou injusta não repousa nos argumentos da mãe, mas deve levar em consideração os posicionamentos argumentativos de Naiara e Robson sobre seus próprios sentimentos. C) A revogação do consentimento não é possível, pois foi resultado da livre deliberação dos pais de Robson em um dado momento e, por isso, o conhecimento de fatos passados da vida de Naiara antes do inicio de seu relacionamento com Robson, não é justificadamente válido por configurar preconceito. D) A revogação do consentimento é possível, mas, dada a complexidade da questão, deverá ser submetida à apreciação do Juiz que, então, poderá suprir ou não o consentimento. Turn Off the Blue Light "Turn Off the Blue Light" é um associação irlandesa que defende a saúde, a segurança, a dignidade e os direitos civis e de exercício da profissão das profissionais do sexo da irlanda 2. A associação à organização é aberta a todos os interessados, mas o poder de voto e os cargos diretivos são de competência exclusiva das profissionais do sexo. Questões extraídas de concursos públicos (data do acesso: 22/03/2017). A reprodução das questões segue a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998), em especial os incisos III e VIII do artigo 46: "Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; (...) VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores." Concurso: Defensoria Pública do Estado da Bahia - Defensor Público Ano: 2016 Caderno: Prova A01 tipo 003 Questão: 47 Aplicação: Fundação Carlos Chagas Disponível em: João, atualmente com 20 anos de idade, foi diagnosticado com esquizofrenia. Em razão desta grave doença mental, João tem delírios constantes e alucinações, e apresenta dificuldades de discernir o que é real e o que é imaginário, mesmo enquanto medicado. Em razão deste quadro, em 2014, logo após completar 18 anos, sofreu processo de interdição, que culminou no reconhecimento de sua incapacidade para a prática 2 Consulta em 22/93/2017.

11 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 11 / 12 de todos os atos da vida civil, sendo-lhe nomeado curador na pessoa de Janice, sua mãe. Entretanto, ele é apaixonado por Tereza e deseja com ela se casar. Afirmou que em sinal de seu amor, quer escolher o regime da comunhão total de bens. Levando em consideração o direito vigente, João (A justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica): A) Não poderá contrair matrimônio de forma válida e nem celebrar pacto antenupcial para a escolha do regime de bens ainda que tenha o consentimento de sua genitora, pois o casamento seria inexistente em razão de vício da vontade. B) Poderá contrair matrimônio de forma válida independentemente do consentimento de sua curadora, mas depende da sua assistência para celebrar validamente pacto antenupcial para a escolha do regime de bens. C) Poderá contrair matrimônio de forma válida e celebrar pacto antenupcial para a escolha do regime de bens, independentemente do consentimento de sua curadora. D) Não poderá contrair matrimônio de forma válida e nem celebrar pacto antenupcial para a escolha do regime de bens, ainda que contasse com o consentimento de sua curadora, pois o casamento será nulo de pleno direito por ausência de capacidade. E) Poderá contrair matrimônio de forma válida independentemente do consentimento de sua curadora, mas não poderá celebrar validamente pacto antenupcial para a escolha do regime de bens no caso, pois a lei impõe o regime da separação obrigatória à espécie. Concurso: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul - Médico Psiquiatra Ano: 2016 Caderno: Único Questão: 61 e 62 Aplicação: Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Disponível em: Com relação ao casamento, e considerando as disposições do Código Civil, assinale a alternativa INCORRETA. (A justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica) A) O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. B) A pessoa com deficiência mental ou intelectual, mesmo em idade núbil, não poderá contrair matrimônio. C) O tutor ou o curador, seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos não devem casar com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela e não estiverem saldadas as respectivas contas. D) O casamento religioso que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. E) Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz Quanto aos impedimentos para o casamento, tendo em vista as disposições do Código Civil, assinale a

12 Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 12 / 12 alternativa INCORRETA (A justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica).. A) Não podem casar os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil. B) O adotante não pode casar com quem foi cônjuge do adotado, e tampouco o adotado pode casar com quem foi cônjuge do adotante. C) O adotado não pode casar com o filho do adotante. D) O cônjuge sobrevivente não pode casar com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. E) Os afins em linha colateral não podem casar entre si. Concurso: Tribunal de Justiça do Estado do Piauí - Escrivão Judiciário Ano: 2015 Caderno: Tipo 1 - Branca Questão: 77 Aplicação: FGV Projetos Disponível em: _Escrivao_Judicial_(JUD-ESC)_Tipo_1.pdf Clara, professora universitária, vive com Paula há 15 anos. O relacionamento é público, e dentre os demais familiares e amigos, Paula e Clara são reconhecidas como um casal. Elas compartilham o domicílio, as despesas cotidianas e as responsabilidades do dia a dia. Na universidade em que Clara leciona, há um acordo coletivo que reconhece aos cônjuges, companheiros e descendentes dos funcionários o direito a cursar com bolsa integral os cursos superiores lá oferecidos. Sobre a questão, é correto afirmar que, conforme o entendimento firmado no STF, as uniões entre pessoas do mesmo sexo (a justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica): A) Devem gozar do mesmo status jurídico das uniões heterossexuais. Portanto Paula terá direito ao curso com bolsa integral; B) Por falta de previsão legal ou constitucional, não devem gozar do status jurídico de família. Portanto, Paula não terá direito à bolsa integral; C) Não constituem família, embora não haja vedação legal para tanto. Portanto, Paula não terá direito à bolsa; D) Não constituem família, entretanto há uma parceria econômica entre elas. Portanto, Paula terá direito à concessão da bolsa integral; E) São consideradas família, mas não são equiparadas aos efeitos civis da união estável. Portanto, Paula não terá direito à bolsa.

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