Aula 11 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões
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- Ana Vitória Santiago Carneiro
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1 Universidade Federal do ABC Aula 11 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões AESTS002 AERONÁUTICA I-A
2 Suporte ao aluno Site do prof. Annibal: ts002-aeronautica-i-a
3 Tópicos desta aula Forças que agem em um avião. Peso e centro de massa. Sustentação (Parte 1/2)
4 Forças que agem em um avião em voo Em voo, são quatro as forças que agem num avião: Peso (W) Sustentação (L) Arrasto (D) Tração (T) Resultante Aerodinâmica: R L D
5 Forças que agem em um avião em voo
6 Forças que agem em um avião em voo
7 Peso Consideramos que o peso total do avião esteja concentrado no CG. A posição do CG depende da localização e do peso dos componentes fixos (estrutura, motor, sistemas, etc) e dos componentes não fixos (ocupantes, carga, combustível, etc). Tanto o peso do avião quanto a posição do CG são parâmetros muito importante para operação, desempenho e segurança do voo. O peso máximo de decolagem (MTOW Maximum Take Off Weight) é limitado pela resistência estrutural do avião, pela meteorologia, e pelas condições da pista (comprimento, tipo de pavimentação, gradiente, etc). A posição do CG afeta a estabilidade & controle e a performance do avião. Carga alar (wing loading) => W/S (Peso do avião/área da asa).
8 Peso
9 Peso
10 Sustentação É a componente da resultante aerodinâmica perpendicular ao vento relativo. Produção da sustentação => Princípio de Bernoulli e terceira lei de Newton.
11 Sustentação Não é necessário que o ar passe por um tubo fechado para aplicação do princípio de Bernuille. Qualquer superfície que modifique o escoamento causará o mesmo efeito do Venturi. Mesmo se removemos a parte superior, a velocidade acima da curvatura será aumentada e a pressão diminuída.
12 Sustentação Não é necessário que o ar passe por um tubo fechado para aplicação do princípio de Bernuille. Qualquer superfície que modifique o escoamento causará o mesmo efeito do Venturi. Mesmo se removemos a parte superior, a velocidade acima da curvatura será aumentada e a pressão diminuída.
13 Sustentação: Aerofólio O perfil da asa tem o nome de aerofólio. Ele é projetado de forma a aproveitar o princípio de Bernouille. A curvatura superior (extradorso) faz com que o ar seja mais acelerado que na parte inferior (intradorso) => A pressão é menor no extradorso que no intradorso. Essa diferença de pressão é a principal fonte de sustentação. ( ¾) A contribuição da terceira lei de Newton é devido à deflexão para baixo do ar que atinge o intradorso. ( ¼).
14 ada Limite TEORIA DE VOO Camada Limite SUSTENTAÇÃO Boundary Layer É a parte do escoamento adjacente à superfície, formando uma camada onde os efeitos viscosos são dominantes. Se o ar fosse perfeito, sem viscosidade, quando entrasse em contato com uma superfície sólida, ele manteria sua velocidade, como na figura abaixo.
15 Camada Limite SUSTENTAÇÃO Entretanto, o ar é um fluido real, e este apresenta viscosidade. Assim, a parte da camada em contato com a superfície tem velocidade nula, e a medida que a distância entre a camada e a superfície aumenta, o perfil de velocidade também aumenta, como mostrado na figura abaixo.
16 Camada Limite No início do escoamento, próximo ao bordo de ataque, a camada limite é laminar, pois os filetes de ar descrevem trajetórias paralelas e não se tocam. No decorrer do escoamento, os filetes vão perdendo energia devido aos efeitos viscosos, a camada limite aumenta de espessura, e o escoamento transiciona de laminar para turbulento. No escoamento turbulento existe troca de energia entre as diferentes camadas. A transição de laminar para turbulento pode ser natural ou induzida.
17 Camada Limite + Aerofólios
18 Aerofólios Aerofólios são formas especialmente concebidas para produção de forças aerodinâmicas úteis na interação com o ar em movimento (vento relativo). Lembrando que a asa só produz sustentação (e arrasto) quando tem movimento relativo ao ar. Os aerofólios são usados na produção de reações úteis... Além na sustentação na asa, são usados pelas hélices para produção de tração, pelo estabilizador horizontal para produção de sustentação (positiva ou negativa), estabilizador vertical (minimização de arrasto), leme e profundor.
19 Aerofólios
20 Aerofólios
21 Aerofólios
22 Aerofólios: tipos e aplicações
23 Terminologia do Aerofólio Bordo de ataque (Leading edge): Parte dianteira do aerofólio. Bordo de fuga (Trailing edge): Parte traseira do aerofólio. Linha da corda (Chord line): Linha reta que passa pelos bordos de ataque e fuga. Corda (Chord): Distância entre os bordos de ataque e fuga. É a dimensão característica do aerofólio. Extradorso (Upper surface): Parte superior do aerofólio. Intradorso (Lower surface): Parte inferior do aerofólio. Ângulo de ataque (Angle of attack): É o ângulo formado entre a linha de corda e o vento relativo. Linha de curvatura média (Mean camber line): É a linha média entre o extradorso e o intradorso. Curvatura ou arqueamento (Camber): É a distância máxima da linha de curvatura média à corda, medida em porcentagem da corda.
24 Desenho de Aerofólios 1. Estabelece-se o bordo de ataque e o bordo de fuga: a corda fica entre estes pontos. 2. Adiciona-se a linha da corda. Bordo de ataque Linha da corda Linha da corda Bordo de fuga 3. Adiciona-se a espessura sobre a linha de curvatura para obter o extradorso. Extradorso 4. Adiciona-se a espessura sob a linha de curvatura para obter o intradorso. Intradorso 5. Forma final do aerofólio.
25 Aerofólios
26 Área da asa: É toda área entre os bordos de ataque e fuga, de ponta a ponta, incluindo a parte compreendida entre a fuselagem. (S) TEORIA DE VOO Terminologia da Asa Envergadura (wing span): É a distância de uma ponta da asa à outra. (b) Alongamento (Aspect Ratio): é a razão entre o quadrado da envergadura pela área da asa. Æ = b 2 /S Quanto maior o alongamento, maior a capacidade da asa produzir sustentação e reduzir o arrasto. Porém, um alongamento muito elevado pode ocasionar esforços aeroelásticos críticos que podem demandar um aumento no peso estrutural. Corda média geométrica: S/b
27 Terminologia da Asa
28 Terminologia do Aerofólio Espessura (Thickness): É a maior distância entre o extradorso e o intradorso. Num perfil simétrico, a linha de curvatura média coincide com a corda, e, portanto, o arqueamento é igual a zero. Vento Relativo Tem a mesma direção, porém sentido contrário à trajetória da aeronave. Sua velocidade é a mesma da aeronave.
29 Ângulo de ataque Não confundir o ângulo de ataque a com o ângulo de arfagem (pitch angle) q.
30 Ângulo de Incidência Formado pela linha de corda e o eixo longitudinal do avião.
31 REFERÊNCIAS UTILIZADAS NESTA AULA 11.1 Richard S. Shevell, Fundamentals of Flight, Printice-Hall, Newton Soler Saintive, Teoria de Voo, Editora Asa, 3ª Edição, Daniel P. Raymer, Aircraft Design: A Conceptual Approach, AIAA Education Series, 2nd Edition, Luiz Pradines, Fundamentos da Teoria de Voo, Edições Inteligentes, Theodore A. Talay, Introduction to the Aerodynamics of Flight, NASA SP-367, John D. Anderson Jr, Introduction to Flight, 5th Edition, McGraw Hill, H. H. Hurt Jr, Aerodynamics for Naval Aviators, Direction of Commander, Naval Air Systems Command, 1965.
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