Michel Foucault: da anátomo-política do corpo humano à biopolítica da espécie humana

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1 Michel Foucault: da anátomo-política do corpo humano à biopolítica da espécie humana Fernando Danner* Resumo: O artigo relaciona o desenvolvimento das relações de produção capitalistas e a utilização da anatomo-política disciplinar e da biopolítica normativa enquanto procedimentos institucionais de modelagem do indivíduo e de gestão da população, em vista do desenvolvimento e da consolidação do capitalismo, a partir de Foucault. Palavras-chave: Foucault. Capitalismo. Anatomo-política. Biopolítica. A constituição do Estado moderno, com a gênese e o desenvolvimento das novas relações de produção capitalistas, leva, segundo Foucault, à instauração da anátomo-política disciplinar e da biopolítica normativa enquanto procedimentos institucionais de modelagem do indivíduo e de gestão da coletividade, de formatação do indivíduo e de administração da população. * Doutorando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

2 A anátomo-política e a biopolítica marcam o momento em que a vida humana entra em jogo nas estratégias e nos cálculos de poder dos Estados, cujo objetivo principal já não consiste mais, como no poder de soberania, em fazer morrer ou deixar viver ; e sim em fazer viver e deixar morrer, exercendo um poder que se investe sobre a vida humana, de alto a baixo e inversamente. A anátomo-política (ou disciplinas) age sobre o indivíduo naquilo que ele tem de mais íntimo, seu corpo, a fim de torná-lo o mais útil e dócil possível. A biopolítica toma, por sua vez, como objeto de sua intervenção a espécie humana, a própria vida dos indivíduos. E mais, estes dois processos tiveram uma importância central no processo de consolidação e do desenvolvimento do capitalismo moderno. Neste sentido, o artigo pretende mostrar que as sociedades modernas serão caracterizadas, por Foucault, como sociedades disciplinares e normativas, na medida em que o desenvolvimento do indivíduo e da sociabilidade se dá a partir dos condicionamentos do Panóptico, entendido enquanto o modelo basilar a partir do qual se dá a gênese deste indivíduo e desta população moderna. 1. O poder disciplinar e a formatação do homem moderno Vigiar e Punir e os cursos no Collège de France, na década de 1970, são as obras nas quais Foucault mostra como surgiram, a partir do século XVII, técnicas de poder centradas no corpo dos indivíduos, em que o principal objetivo era criar corpos submissos e dóceis, formatados: [...] ao corpo que se manipula, se modela, se treina, que obedece, responde, se torna hábil ou cujas forças se multiplicam (FOUCAULT, 1987, p. 117). A essas técnicas de poder que atingem o corpo dos indivíduos Foucault chamou de disciplinas. O que se entende por disciplinas? Por disciplinas, Foucault entende uma série de mecanismos de controle, de técnicas, de táticas, de estratégias para o exercício do poder, [...] que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que realizam a sujeição constante de suas forças e lhe impõem uma relação de utilidade-docilidade (FOUCAULT, 1987, p. 117). O surgimento da tecnologia disciplinar está diretamente rela- 60 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

3 cionado ao momento do nascimento da arte do corpo humano, que não visa apenas ao aumento de suas habilidades ou o aprofundamento de sua sujeição, [...] mas a formação de uma relação que, no mesmo mecanismo, o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente (FOUCAULT, 1987, p. 119). Têm-se aí aquilo que se poderia chamar de uma política das coerções, [...] que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos (FOUCAULT, 1987, p. 119). Dessa forma, o corpo humano é capturado em uma [...] maquinaria do poder que o esquadrinha, o desarticula e o recompõe (FOUCAULT, 1987, p. 119). As disciplinas fazem nascer a anatomia-política do corpo humano que é, ao mesmo tempo, uma mecânica do poder que permite perceber como se pode obter o controle dos corpos não para que façam o que se quer, mas para que operem como se quer, segundo a rapidez e a eficácia exigida. Pode-se dizer [...] que a coerção disciplinar estabelece no corpo o elo coercitivo entre uma aptidão aumentada e uma dominação acentuada (FOUCAULT, 1987, p. 119). As disciplinas são, portanto, uma anatomia política do detalhe (FOUCAULT, 1987, p. 120). Nada escapa de sua ação; elas agem naquilo de mais íntimo e particular que os humanos têm, o corpo, buscando torná-lo o mais dócil e submisso possível. No dizer de Foucault, A disciplina fabrica, assim, corpos submissos e exercitados, corpos dóceis. A disciplina aumenta as forças do corpo (em termos econômicos de utilidade) e diminui essas mesmas forças (em termos políticos de obediência). Em uma palavra: ela dissocia o poder do corpo; faz dele, por um lado, uma aptidão, uma capacidade, que ela procura aumentar, e inverte, por outro lado, a energia, a potência que poderia resultar disso, e faz dele uma relação de sujeição estrita (1987, p. 119). Como funcionam as disciplinas? Quatro características indicam o funcionamento das disciplinas. Em primeiro lugar, as disciplinas funcionam através da distribuição dos indivíduos no espaço. Isto é, os indivíduos são distribuídos através da inserção dos corpos em um espaço individualizado, classificatório, combinatório. O indivíduo é isolado em um espaço fechado, esquadrinhado e hierarquizado, no qual passa a ser capaz de realizar funções diferentes segundo o objetivo específico que se espera dele (MACHADO, Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

4 1992, p. 17). A disciplina exige a cerca, isto é, [...] a especificação de um local heterogêneo a todos os outros e fechado em si mesmo. Local protegido da monotonia disciplinar (FOUCAULT, 1987, p. 122). Elas procedem também pelo princípio da clausura. Este princípio é caracterizado pelo mecanismo da localização imediata ou do quadriculamento: cada indivíduo no seu lugar e, em cada lugar, um indivíduo. Com isso, evitase a distribuição dos indivíduos por grupos, decompõem-se as implantações coletivas e analisa-se as pluralidades confusas, maciças ou fugidias. O espaço disciplinar tende a se dividir em tantas parcelas quantos corpos ou elementos há a repartir (FOUCAULT, 1987, p. 123). O poder disciplinar caracteriza-se ainda pela regra das localizações funcionais: Lugares determinados se definem para satisfazer não só a necessidade de vigiar, de romper as comunicações perigosas, mas também de criar um espaço útil (FOUCAULT, 1987, p. 123). Por último, a disciplina se caracteriza pela posição na fila. Nela os corpos podem intercambiar-se entre si pelo fato de que cada um se define pelo lugar que ocupa na série e pela distância que o separa do outro. Ela individualiza os corpos por uma localização que não os implanta, mas os distribui e os faz circular numa rede de relações (FOUCAULT, 1987, p. 125). Em segundo lugar, a disciplina funciona pelo controle do tempo. As disciplinas realizam a sujeição do corpo ao tempo com o objetivo de produzir o máximo com o máximo de rapidez e de eficácia. Por isso, ela não se interessa tanto pelo resultado da ação e sim por todo o seu desenrolar. Nas palavras de Foucault: O tempo medido e pago deve ser também um tempo sem impureza nem defeito, um tempo de boa qualidade, e, durante todo o seu transcurso, o corpo deve ficar aplicado a seu exercício. A exatidão e a aplicação são, com a regularidade, as virtudes fundamentais do tempo disciplinar (1987, p. 129). As disciplinas realizam, ainda, a elaboração do ato em todos os seus elementos: É definida a posição do corpo, dos membros, das articulações; para cada movimento é determinada uma direção, uma amplitude, uma duração; é prescrita sua ordem de sucessão. O tempo penetra o corpo e, com ele, todos os controles minuciosos do poder (FOUCAULT, 1987, p. 129). 62 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

5 A disciplina estabelece também a correlação de um gesto específico com o corpo que o produz, de modo que o controle do corpo pelo poder disciplinar não consiste apenas em ensinar ou impor uma série de gestos definidos, mas, ao mesmo tempo, em estabelecer a melhor relação entre um gesto e a atitude do corpo, que é sua condição de eficácia e de rapidez, Dito por Foucault, [...] um corpo disciplinado é a base de um gesto eficiente (1987, p. 130). Ela realiza ainda a articulação do corpo com o objeto a ser manipulado: a disciplina define cada uma das relações que o corpo deve manter com o objeto que manipula. Dessa forma, [...] a regulamentação imposta pelo poder é, ao mesmo tempo, a lei de construção da operação. E, assim, aparece esse caráter do poder disciplinar: tem uma função menos de retirada que de síntese, menos de extorsão do produto que de laço coercitivo com o aparelho de produção (FOUCAULT, 1987, p. 131). As disciplinas também procedem pelo princípio da utilização exaustiva: organizam uma economia positiva do tempo, possibilitam a utilização sempre crescente do tempo: [...] importa extrair do tempo sempre mais instantes disponíveis e, de cada instante, sempre mais forças úteis (FOUCAULT, 1987, p. 131). Em terceiro lugar, a vigilância é um dos principais instrumentos de controle da disciplina. A vigilância dos corpos deve ser contínua, perpétua, permanente. É um poder que deve penetrar nos lugares mais recônditos e deve estar presente em toda a extensão do espaço. Foucault afirma que [...] o poder disciplinar é, com efeito, um poder que, em vez de se apropriar e de retirar, tem como função maior adestrar ; ou, sem dúvida, adestrar para retirar e se apropriar ainda mais e melhor. Ele não amarra as forças para reduzi-las; procura ligá-las para multiplicá-las e utilizá-las num todo (1987, p. 143). As disciplinas transformam corpos e forças inúteis em indivíduos eficientes e produtivos. Para Foucault: A disciplina fabrica indivíduos; ela é a técnica específica de um poder que toma os indivíduos ao mesmo tempo como objetos e como instrumentos de seu exercício. Não é um poder triunfante que, a partir de seu próprio excesso, pode-se fiar em seu superpoderio; é um poder modesto, desconfiado, que funciona a modo de uma economia calculada, mas permanente (1987, p. 143). As instituições disciplinares desenvolveram, portanto, uma maquinaria de controle que procedeu como um microscópio do comportamento. Com efeito, dada a sua eficácia, Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

6 O aparelho disciplinar perfeito capacitaria um único olhar a tudo ver permanentemente. Um ponto central seria, ao mesmo tempo, fonte de luz que iluminasse todas as coisas e lugar de convergência para tudo o que deve ser sabido: olho perfeito a que nada escapa e centro em direção ao qual todos os olhares convergem (FOUCAULT, 1987, p. 146). Com o advento do capitalismo, à medida que o aparelho de produção vai se tornando mais importante e mais complexo, à medida que há aumento do número de operários e a divisão social do trabalho, essas técnicas de controle se tornam muito importantes. A vigilância se torna, então, uma função definida que deve fazer parte integrante do processo de produção. Por isso, um pessoal especializado é indispensável para o bom andamento do processo de produção capitalista. A vigilância torna-se um operador econômico decisivo, na medida em que é, ao mesmo tempo, uma peça interna no aparelho de produção e uma engrenagem específica do poder disciplinar (FOUCAULT, 1987, p. 147). Em quarto e último lugar, a disciplina implica registro contínuo do conhecimento, pois, ao mesmo tempo em que exerce poder, produz saber. O conceito de exame torna-se ideia central para compreender este processo de registro do conhecimento. O exame inverte a economia da visibilidade no exercício de poder. Contrariando a ideia tradicionalmente corrente de que o poder seria aquilo que poderia ser visto, aquilo que se manifesta e que encontra o princípio de sua força no movimento com o qual se exibe, o poder disciplinar se exerce tornando-se invisível. Em compensação, impõe aos que estão sendo observados um princípio de visibilidade constante e obrigatória. No dizer de Foucault: Na disciplina, são os súditos que têm que ser vistos. Sua iluminação assegura a garra do poder que se exerce sobre eles. É o fato de ser visto sem cessar, de sempre poder ser visto, que mantém sujeito o indivíduo disciplinar. E o exame é a técnica pela qual o poder, em vez de emitir os sinais de seu poderio, em vez de impor sua marca a seus súditos, capta-os num mecanismo de objetivação (1987, p. 156). O exame faz a individualidade entrar em um campo documentário. A disciplina implica também registro constante dos corpos e dos dias. Com efeito, um poder de escrita torna-se peça integrante das engre- 64 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

7 nagens da disciplina. O exame, graças ao aparelho escrito que o acompanha, abre duas possibilidades correlatas: de um lado, a constituição do indivíduo como objeto descritível, analisável, não para reduzi-lo a traços específicos, mas para mantê-lo em seus traços singulares, em sua evolução particular, em suas evoluções ou capacidades próprias, sob um controle de um poder permanente; de outro lado, a constituição de um sistema comparativo que permite a medida de fenômenos globais, a descrição de grupos, a caracterização de fatos coletivos, a estimativa dos desvios dos indivíduos entre si e sua distribuição numa população (FOUCAULT, 1987, p. 158). O exame, com todas as suas técnicas documentárias, faz de cada indivíduo um caso. Um caso se constitui, ao mesmo tempo, como um objeto para o conhecimento e uma tomada para o poder. O caso [...] é o indivíduo tal como pode ser descrito, mensurado, medido, comparado a outros, e isso em sua própria individualidade; e é também o indivíduo que tem que ser treinado e re-treinado, tem que ser classificado, normalizado, excluído, etc. (FOUCAULT, 1987, p. 159). Foucault assinala que os procedimentos disciplinares fazem da individualidade registrada, documentada, um meio de controle e de dominação dos indivíduos. Estes registros são tomados pela tecnologia disciplinar não simplesmente como memória futura, mas como documento para uma eventual utilização. Ou seja, nos procedimentos disciplinares, os registros documentários funcionam [...] como processo de objetivação e de sujeição (FOUCAULT, 1987, p. 159). O exame também está no centro dos processos que constituem o indivíduo como efeito e objeto de poder, como efeito e objeto de saber. Diz Machado: A ação sobre o corpo, o adestramento do gesto, a regulação do comportamento, a normalização do prazer, a interpretação do discurso, com o objetivo de separar, comparar, distribuir, avaliar, hierarquizar, tudo isso faz com que apareça pela primeira vez na história esta figura singular, individualizada o homem como produção do poder. Mas também, e ao mesmo tempo, como objeto de saber. Das técnicas disciplinares, que são técnicas de individualização, nasce um tipo específico de saber: as ciências humanas (1992, p. 20). O indivíduo é um produto da disciplina; uma realidade fabricada por ela. No dizer de Foucault: O indivíduo é, sem dúvida, o átomo Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

8 fictício de uma representação ideológica da sociedade; mas é também uma realidade fabricada por essa tecnologia específica de poder que se chama disciplina (1987, p. 161). É por isso que não se pode tomar o poder somente em termos negativos: o poder exclui, reprime, recalca, mascara, censura, abstrai, esconde, etc. (FOUCAULT, 1987, p. 161). Na realidade, para Foucault, [...] o poder produz; ele produz realidade; produz campos de objetos e rituais da verdade. O indivíduo e o conhecimento que dele se pode ter se originam nessa produção (1987, p. 161). O panóptico, de Jeremy Bentham, é a figura arquitetural dessa nova tecnologia disciplinar. O panóptico é uma máquina de vigilância que possibilita que alguns indivíduos consigam vigiar eficiente e permanentemente o comportamento de muitos. É isto que passamos a ver O panóptico de Jeremy Bentham O panóptico, idealizado por Jeremy Bentham no século XIX, funciona com base em três elementos arquitetônicos principais: 1) um espaço circular e fechado; 2) uma divisão em celas; e 3) uma torre central. Diz Foucault: O princípio é conhecido: na periferia uma construção em anel; no centro, uma torre; esta é vazada de largas janelas, que se abrem sobre a face interna do anel; a construção periférica é dividida em celas, cada uma atravessando toda a espessura da construção; elas têm duas janelas, uma para o interior, correspondendo às janelas da torre; outra, que dá para o exterior, permite que a luz atravesse a cela de lado a lado. Basta então colocar um vigia na torre central e em cada cela trancar um louco, um doente, um condenado, um operário ou um escolar. Pelo efeito da contraluz, pode-se perceber da torre, recortando-se exatamente sobre a claridade, as pequenas silhuetas cativas nas celas da periferia. Tantas jaulas, tantos pequenos teatros, em que cada ator está sozinho, perfeitamente individualizado e constantemente visível. O dispositivo panóptico organiza unidades espaciais que permitem ver sem parar e reconhecer imediatamente. Em suma, o princípio da masmorra é invertido; ou, antes, de suas três funções trancar, privar de luz e esconder, só se conserva a primeira e suprimem-se as outras duas. A plena luz e o olhar de um vigia captam melhor que 66 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

9 a sombra, que finalmente protegia. A visibilidade é uma armadilha. [...] Cada um, em seu lugar, está bem trancado em sua cela, de onde é visto de frente pelo vigia; mas os muros laterais impedem que entre em contato com seus companheiros. É visto, mas não vê; objeto de uma informação, nunca sujeito numa comunicação. A disposição de seu quarto, em frente da torre central, lhe impõe uma visibilidade axial; mas as divisões do anel, essas celas bem separadas, implicam uma invisibilidade lateral. E esta é a garantia da ordem (1987, p ). O panóptico é um verdadeiro produtor de individualidades. Nele, a multidão é abolida em prol de um grande número de individualidades separadas. O mais importante deste dispositivo é sua capacidade de induzir os indivíduos a um estado permanente de visibilidade que assegura perfeitamente o funcionamento automático do poder. Diz Foucault: Daí o efeito mais importante do Panóptico: induzir no detento um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do poder. Fazer com que a vigilância seja permanente em seus efeitos, mesmo se é descontínua em sua ação; que a perfeição do poder tenda a tornar inútil a atualidade de seu exercício; que esse aparelho arquitetural seja uma máquina de criar e sustentar uma relação de poder independente daquele que o exerce; enfim, que os detentos se encontrem presos numa situação de poder de que eles mesmos são os portadores. Para isso, é ao mesmo tempo excessivo e muito pouco que o prisioneiro seja observado sem cessar por um vigia; muito pouco, pois o essencial é que ele se saiba vigiado; excessivo, porque ele não tem necessidade de sê-lo efetivamente (1987, p ). Assim, justifica-se a afirmação de Bentham de que o poder deve ser visível e inverificável. Visível, na medida em que o detento terá sempre diante de seus olhos a torre de onde está sendo vigiado. Inverificável, pois o detento nunca deve saber se está sendo observado, mas deve ter certeza que pode sempre vir a sê-lo. Portanto, [...] o panóptico é uma máquina de dissociar o par ver-ser visto: no anel periférico, se é totalmente visto, sem nunca ver; na torre central, vê-se tudo, sem nunca ser visto (FOUCAULT, 1987, p. 167). O panóptico é um dispositivo que automatiza e desindividualiza o poder. Seu princípio de funcionamento não reside tanto numa pessoa, mas sim na distribuição espacial dos corpos, no jogo de olhares a que es- Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

10 tão submetidos os prisioneiros, nos mecanismos de vigilância utilizados, etc. Ele é um dispositivo de vigilância capaz de alcançar os resultados mais produtivos. Segundo Foucault, O panóptico é uma máquina maravilhosa que, a partir dos desejos mais diversos, fabrica efeitos homogêneos de poder (1987, p. 167). Esse mecanismo de vigilância faz com que uma sujeição real nasce mecanicamente de uma relação fictícia (FOUCAULT, 1987, p. 167). Ele funciona como uma espécie de laboratório de poder, isto é, uma maquinaria óptica graças à qual é possível fazer experiências e obter o controle e a manipulação do comportamento dos indivíduos. O panóptico é um local privilegiado para tornar possível a experiência com homens e para analisar com toda certeza as transformações que se pode obter neles (FOUCAULT, 1987, p. 169). O panóptico é, em última instância, o princípio de uma nova anatomia política que tem como finalidade não a instauração ou a manutenção de relações de soberania, mas as relações de disciplina. É por isso que não se pode confundir a disciplina com uma instituição ou com um aparelho (como, por exemplo, as instituições penitenciárias ou como as casas de correção do século XX): [...] ela é um tipo de poder, uma modalidade para exercê-lo, que comporta todo um conjunto de instrumentos, de técnicas, de procedimentos, de níveis de aplicação, de alvos; ela é uma física ou uma anatomia do poder, uma tecnologia (FOUCAULT, 1987, p. 177). Foucault diagnostica a formação da sociedade disciplinar. Segundo ele, está ligada a uma série de processos históricos no interior dos quais ela tem lugar. Entre estes processos se destacam os processos econômicos, os jurídico-políticos e os científicos. Vejamos cada um deles: Os processos econômicos. Para Foucault, as disciplinas caracterizamse como técnicas capazes de assegurar a ordenação das multiplicidades humanas. O que é próprio das disciplinas é que elas buscam estabelecer, em relação a estas multiplicidades humanas informes, uma tática de poder que obedece a três critérios fundamentais: primeiro, tornar o exercício de poder o menos custoso possível (economicamente, pelo pouco custo que acarreta; politicamente, pela sua descrição, sua invisibilidade, pelo pouca resistência que suscita etc.); segundo, as disciplinas buscam fazer com que os efeitos de poder sejam levados a seu máximo de inten- 68 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

11 sidade e estendidos a todos os indivíduos, sem exceção e sem fracasso; terceiro, as disciplinas buscam ligar o crescimento econômico do poder e o rendimento dos aparelhos no interior dos quais o poder se exerce; em outras palavras, seu objetivo é fazer crescer, em termos de docilidade e utilidade, os indivíduos integrados neste sistema. Esse triplo papel das disciplinas responde a dois fenômenos históricos muito precisos: de um lado, a grande explosão demográfica do século XVIII; de outro lado, o crescimento do aparelho de produção no processo de explosão demográfica. No caso do primeiro, a disciplina realiza um trabalho de fixação, controlando ou manipulando os grupos humanos; no do segundo, induz à rentabilidade. O desenvolvimento da tecnologia disciplinar marca o aparecimento de técnicas de poder que derivam de uma economia totalmente diversa. Essas técnicas de poder integram-se perfeitamente à eficácia do aparelho de produção, ao crescimento dessa eficácia e à utilização do que ela produz. No dizer de Foucault: As disciplinas substituem o velho princípio retirada-violência que regia a economia do poder pelo princípio suavidade-produção-lucro. Devem ser tomadas como técnicas que permitem ajustar, segundo esse princípio, a multiplicidade dos homens e a multiplicação dos aparelhos de produção (e, como tal, deve-se entender não só a produção propriamente dita, mas a produção de saber e de aptidões na escola, a produção de saúde nos hospitais, a produção de força destrutiva com o exército) (1987, p. 180). O desenvolvimento da tecnologia disciplinar está intimamente ligado ao processo de desenvolvimento da economia capitalista. Graças à tecnologia disciplinar, a economia capitalista conseguiu extrair o máximo de submissão das forças e dos corpos e, ao mesmo tempo, conseguiu colocar em funcionamento, através de regimes políticos muito precisos, de aparelhos ou de instituições muito diversas, toda essa maquinaria de produção. No entanto, para Foucault, o processo de desenvolvimento econômico no Ocidente não teria sido possível sem a correlata acumulação dos homens. Na verdade, estes dois processos, acumulação de homens e acumulação de capital, não podem ser separados, pois não seria possível resolver o problema da acumulação dos homens sem colocar em funcionamento um aparelho de produção capaz de mantê-los e de Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

12 utilizá-los. Inversamente, o processo de aceleração da produção capitalista não teria sido possível sem o desenvolvimento de técnicas que tornassem úteis a multiplicidade cumulativa dos homens e de suas forças. Sem dúvida, a tecnologia disciplinar se constitui como uma célula do poder que contribuiu para o desenvolvimento e a acumulação das forças e do capital. Segundo Foucault: A disciplina é o processo técnico unitário pela qual a força do corpo é, com o mínimo de ônus, reduzida como força política e maximalizada como força útil. O crescimento de uma economia capitalista fez apelo à modalidade específica do poder disciplinar, cujas fórmulas gerais, cujos processos de submissão das forças e dos corpos, cuja anatomia política, em uma palavra, podem ser postos em funcionamento através de regimes políticos, de aparelhos e de instituições muito diversas (1987, p. 182). Os processos jurídico-políticos. Foucault afirma que, historicamente, o processo pelo qual a burguesia se tornou a classe politicamente dominante no decorrer do século XVIII estava baseado em um quadro jurídico explícito, codificado, formalmente igualitário, organizado por um regime parlamentar representativo. O desenvolvimento e a generalização dos dispositivos disciplinares levaram a uma inversão desse processo. A forma jurídica que garantia um sistema de direitos em princípio igualitário era sustentada por um conjunto de mecanismos miúdos, cotidianos e físicos, por uma série de sistemas de micropoderes essencialmente inigualitários e assimétricos que constituem as disciplinas. Com efeito, se no regime representativo a vontade de todos era instância fundamental da soberania, as disciplinas dão a garantia da submissão das forças e dos corpos. As disciplinas reais e corporais constituíram o subsolo das liberdades formais e jurídicas (FOUCAULT, 1987, p. 183). Para Foucault, temos de ver nas disciplinas e em todas suas técnicas uma espécie de contra-direito. Enquanto os sistemas jurídicos qualificam os sujeitos de direito, segundo normas universais, [...] as disciplinas caracterizam, classificam, especializam; distribuem ao longo de uma escala, repartem em torno de uma norma, hierarquizam os indivíduos em relação uns aos outros e, levando ao limite, desqualificam e invalidam (FOUCAULT, 1987, p. 183). As disciplinas são uma espécie de contra- 70 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

13 direito, pelo fato de que fazem funcionar, ao contrário do direito que fixa limites para o exercício do poder, [...] uma maquinaria ao mesmo tempo imensa e minúscula que sustenta, reforça, multiplica a assimetria dos poderes e torna vão os limites que lhe foram traçados (FOUCAULT, 1987, p. 184). Elas formam, na genealogia da sociedade moderna, com a dominação de classe que a atravessa, uma forma de contrapartida política das normas jurídicas segundo as quais era redistribuído o poder. Em outras palavras, as disciplinas, como um feixe de técnicas físico-políticas, se constituem numa série de mecanismos capazes de desequilibrar definitivamente e em qualquer parte as relações de poder que então em funcionamento. Os processos científicos. A grande novidade que a tecnologia disciplinar trouxe, principalmente a partir do século XVIII, é um nível a partir do qual formação de saber e majoração do poder se reforçam regularmente a partir de um processo circular. As disciplinas, a partir de então, atravessam um limiar tecnológico. O hospital, a escola e depois a oficina não foram simplesmente organizados e postos em funcionamento pela tecnologia disciplinar. Estas instituições se tornaram, graças às disciplinas, aparelhos de objetivação que valem como instrumentos de sujeição através dos quais qualquer crescimento de poder dá lugar a conhecimentos possíveis, à formação de um determinado saber. Graças também a esse sistema tecnológico foi possível formar no elemento disciplinar uma série de ciências como a medicina clínica, a psiquiatria, a psicologia da criança, a psicopedagogia, a racionalização do trabalho. Um duplo processo: de um lado, arrancada epistemológica a partir de um afinamento das relações de poder ; de outro, multiplicação dos efeitos de poder graças à formação e à acumulação de novos conhecimentos (FOUCAULT, 1987, p. 185). Com efeito, o poder posto em funcionamento pela tecnologia disciplinar, graças a seus mecanismos de controle, permite aumentar sempre mais e mais. É um poder direto e absolutamente físico, um poder que os homens exercem uns sobre os outros. É por isso que essas ciências do homem (como a psicologia, a pedagogia, a psiquiatria, a criminologia, etc.), [...] têm sua matriz técnica na minúcia tateante e maldosa das disciplinas e de suas investigações (FOUCAULT, 1987, p. 186). Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

14 2. O nascimento da biopolítica 2.1. Biopolítica e gestão da população No último capítulo de História da Sexualidade: a Vontade de Saber, intitulado Direito de Morte e Poder sobre a Vida, e Em Defesa da Sociedade, curso ministrado no Collège de France nos anos de 1975 e 1976, Foucault inicia uma série de análises sobre uma nova arte de governar, a biopolítica. Em História da Sexualidade, afirma que um dos privilégios atribuído ao poder soberano era o direito de vida e de morte. Esse poder derivava do velho princípio da patria potestas, que dava ao pai de família romano o direito de dispor livremente da vida de seus filhos e de seus escravos: a qualquer momento podia retirar-lhes a vida, já que lhes tinha dado (FOUCAULT, 1988, p. 127). Na relação soberano/súditos, o direito de vida e de morte só pode ser exercido nos casos em que a vida do soberano se encontra exposta: uma espécie de direito de réplica. Em caso de ser ameaçado por inimigos externos que desejam derrubá-lo ou contestar seus direitos, o soberano pode entrar em guerra e solicitar a seus súditos que tomem parte da defesa do Estado. Neste caso, [...] sem se propor diretamente à sua morte é-lhe lícito expor-lhes a vida : neste sentido, exerce sobre eles um direito indireto de vida e de morte (FOUCAULT, 1988, p. 127). Em contrapartida, se foi um de seus súditos que se levantou contra ele e infringiu as leis, pode exercer um poder direto sobre sua vida: pode até matá-lo como castigo. O direito de vida e de morte estava condicionado à defesa do soberano e à sua sobrevivência. Este direito, em última instância, é assimétrico, pois está sempre do lado da morte. Ou seja, [...] o direito que é formulado como de vida e de morte é, de fato, direito de causar a morte ou de deixar viver (FOUCAULT, 1988, p. 128). É pelo fato do soberano poder matar que exerce seu poder sobre a vida. Ora, no século XIX ocorreu uma marcante transformação do direito político. O velho direito de soberania, que consistia em fazer morrer ou deixar viver, é agora substituído por um novo, isto é, fazer viver e deixar morrer: [...] um poder que gere a vida e a faz se ordenar em função de seus reclamos (FOUCAULT, 1988, p. 128). Ao fim de História 72 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

15 da Sexualidade: a Vontade de Saber, Foucault resume o processo pelo qual a vida humana entra em jogo nas estratégias políticas de poder dos Estados modernos: O homem, durante milênios, permaneceu o que era para Aristóteles: um animal vivo e, além disso, capaz de existência política; o homem moderno é um animal em cuja política sua vida de ser vivo está em questão (FOUCAULT, 1988, p. 134). Com efeito, as próprias guerras, que jamais assumiram proporções tão sangrentas e que levaram ao extermínio tantas pessoas como no século XIX, já não se travam mais em nome da defesa do soberano, mas sim da existência de todos. Apresentam-se agora como um poder que se exerce positivamente sobre a vida, que estimula e garante o seu crescimento, que empreende a sua gestão e a sua majoração, que garante a multiplicação de suas possibilidades, etc. Diz Foucault: As guerras já não se travam em nome do soberano a ser defendido; travam-se em nome da existência de todos; populações inteiras são levadas à destruição mútua em nome da necessidade de viver. Os massacres se tornam vitais. Foi como gestores da vida e da sobrevivência dos corpos e da raça que tantos regimes puderam travar tantas guerras, causando a morte de tantos outros. E, por uma reviravolta que permite fechar o círculo, quanto mais a tecnologia das guerras voltou-se para a destruição exaustiva, tanto mais as decisões que as iniciam e as encerram se ordenaram em função da questão nua e crua da sobrevivência. A situação atômica se encontra hoje no ponto de chegada desse processo: o poder de expor uma população à morte geral é o inverso do poder de garantir à outra sua permanência em vida. O princípio poder matar para poder viver, que sustentava a tática dos combates, tornou-se princípio de estratégia entre Estados; mas a existência em questão já não é aquela jurídica da soberania, é outra biológica, de uma população. Se o genocídio é, de fato, o sonho dos poderes modernos, não é por uma volta, atualmente, ao velho direito de matar, mas é porque o poder se situa e exerce ao nível da vida, da espécie, da raça e dos fenômenos maciços de população (1988, p. 129). O poder sobre a vida desenvolveu-se no decorrer do século XVII sob dois aspectos. O primeiro, como anteriormente vimos, centrou-se no momento histórico das disciplinas, no momento em que o corpo tornou-se objeto e alvo do poder pelo adestramento, a ampliação de suas aptidões, a extorsão completa de suas forças, o crescimento de sua utili- Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

16 dade e docilidade, em sua integração em sistemas de controle econômicos e eficazes. A esse momento Foucault chamou de anátomo-política do corpo humano. O segundo aspecto deste poder sobre a vida formou-se um pouco depois, por volta da metade do século XVIII, e centrou-se no corpo-espécie, no corpo transpassado pela mecânica do ser vivo e como suporte dos processos biológicos: o controle dos nascimentos e da mortalidade, a saúde da população, a duração da vida, a longevidade, etc. A esse processo Foucault chamou de uma biopolítica da população: [...] um poder cuja função mais elevada já não é mais matar, mas investir sobre a vida, de cima a baixo (FOUCAULT, 1988, p. 131). Para Foucault, o limiar de modernidade biológica de uma sociedade é o momento em que uma espécie entra em jogo nas estratégias políticas de um Estado: O homem, durante muito tempo, permaneceu o que era para Aristóteles: um animal vivo e, além disso, capaz de existência política; o homem moderno é um animal, em cuja política, sua vida de ser vivo está em questão (FOUCAULT, 1988, p. 134). Os dois processos, o anatômico e o biológico (ou biopolítico), constituíram-se nos pólos sobre os quais se deu a organização do poder sobre a vida. Foucault mostra que o velho princípio de soberania é recoberto pela [...] administração dos corpos e pela gestão calculista da vida (FOUCAULT, 1988, p. 131). A biopolítica não anula a anátomo-política. Ela a integra em seus mecanismos reguladores. A biopolítica age no nível [...] da vida dos homens, ou ainda, [...] ela se dirige não ao homem-corpo, mas ao homem vivo, ao homem ser vivo; no limite, se vocês quiserem, ao homem-espécie (FOUCAULT, 1999, p. 289). Na obra Em Defesa da Sociedade Foucault afirma: Logo, depois de uma tomada de poder sobre o corpo que se fez consoante o modo da individualização, temos uma segunda tomada de poder que, por sua vez, não é individualizante, mas que é massificante, se vocês quiserem, que se faz não do homem-corpo, mas do homem-espécie (1999, p. 289). O que vem a ser biopolítica? Nas palavras de Foucault, [...] tratase de um conjunto de processos como a proporção dos nascimentos e dos óbitos, a taxa de reprodução, a fecundidade de uma população, etc. (1999, p ). Com efeito, foi em torno desses processos, juntamen- 74 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

17 te com uma grande quantidade de problemas econômicos e políticos, que se constituíram, na segunda metade do século XVIII, os primeiros objetos de saber e os primeiros alvos de controle da biopolítica. Foi neste momento que se colocou em prática uma política da natalidade, uma espécie de intervenção nesses fenômenos de natalidade. Mas, a biopolítica não trata apenas do fenômeno da natalidade; trata-se também do problema da morbidade. Morbidade não simplesmente no sentido de epidemias, mas de algo diferente, que apareceu no fim do século XVIII: aquilo que se poderia denominar de endemias, ou seja, [...] a forma, a natureza, a extensão, a duração, a intensidade das doenças reinantes numa população (FOUCAULT, 1999, p. 290). As endemias devem ser encaradas como fatores permanentes de subtração das forças e, portanto, de diminuição do tempo disponível de trabalho, baixa de energias, aumento dos custos econômicos, tanto por causa da produção não realizada quanto dos tratamentos que podem custar. A endemia é [...] a morte permanente, que se introduz sorrateiramente na vida, a corrói perpetuamente, a diminui e a enfraquece (FOUCAULT, 1999, p. 291). Com efeito, o século XVIII prestou uma grande atenção a esses fenômenos e foi a partir deles que se introduziu uma nova medicina com a função de exercer maior controle da higiene pública, da saúde da população. Este processo contou com o apoio de organismos de coordenação dos tratamentos médicos, de centralização de informações, de normalização de saber, e que adquire também um aspecto de campanha de aprendizado da higiene e de medicalização da população, a fim de exercer maior controle em temas de reprodução, de morbidade, de natalidade, de doença da população, etc. (FOUCAULT, 1999, p. 291). Foi nestes processos que a biopolítica passou a intervir. Outro aspecto de intervenção da biopolítica diz respeito a todo um conjunto de fenômenos, uns universais e outros acidentais, que acarreta na expulsão dos indivíduos para fora do circuito produtivo em consequência da industrialização, da velhice, da incapacidade produtiva, além de problemas como os acidentes, as enfermidades, as anomalias diversas, que afetam os seres humanos. Em todo o caso, é em relação a esses fenômenos que a biopolítica vai introduzir não apenas instituições de assistência (que já existiam há muito tempo), mas mecanismos muito mais sutis, economicamente mais racionais do que a grande assistência que era vinculada à Igreja: mecanismos de seguros, de poupança individual e coletiva, de seguridade, etc. (FOUCAULT, 1999, p. 291). Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

18 Os processos relacionados à espécie humana e seu meio de existência (problemas de geografia, de clima, de hidrografia) causam uma série de efeitos na vida da população em geral. Entre eles estão os problemas decorrentes das epidemias ligadas à existência de pântanos, da vida na cidade e das relações com o ambiente e os efeitos que causa na população. É desse conjunto de fenômenos (de natalidade, de morbidade, de incapacidades biológicas, dos efeitos oriundos do meio) que a biopolítica vai extrair seu saber e fixar o campo de intervenção de seu poder. A instauração da biopolítica, esse poder que se lança sobre a vida do homem, do homem-espécie, faz com que uma série de fenômenos importantes sejam levados em conta. Em primeiro lugar, o aparecimento de um elemento novo e sobre o qual a biopolítica vai exercer o seu poder, a população. Não mais o indivíduo-corpo, como era característico do poder disciplinar, mas a população. Segundo Foucault, um [...] corpo múltiplo, corpo com inúmeras cabeças, se não infinito pelo menos necessariamente numerável (1999, p. 292). A biopolítica trata da população. A população surge como problema político, como problema a um só tempo científico e político, como problema biológico e como problema de poder. O segundo aspecto é a natureza dos fenômenos que começam a ser levados em conta. São fenômenos coletivos que só aparecem com efeitos econômicos e políticos e que só se tornam pertinentes no nível da massa. São fenômenos que se desenvolvem essencialmente na duração da vida, que devem ser considerados num certo limite de tempo relativamente longo (FOUCAULT, 1999, p. 293). São fenômenos que aparecem em série e que, em relação aos indivíduos, são fenômenos aleatórios que ocorrem numa população em toda a sua duração. O terceiro aspecto dessa nova tecnologia de poder, a biopolítica, é todo um mecanismo de previsões, de estimativas estatísticas, de medições globais. A biopolítica se ocupa com uma série de intervenções em relação a esses fenômenos no que eles têm de globais: vai ser preciso baixar a morbidade, vai ser preciso prolongar a vida, vai ser preciso estimular a natalidade (FOUCAULT, 1999, p. 293). Trata-se de estabelecer mecanismos reguladores para fixar equilíbrio, manter uma média, estabelecer uma espécie de homeóstase, assegurar compensações em relação a esses fenômenos globais que perpassam a população. A biopolítica intervém na vida da população, nos processos biológicos do homem-espé- 76 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

19 cie, estabelecendo sobre eles uma espécie de regulamentação. Em oposição ao sombrio e terrível poder de soberania, que consistia em poder de fazer morrer e em poder de deixar viver, surge uma nova tecnologia de poder: poder biológico e científico que age sobre a população enquanto tal, sobre o homem enquanto ser vivo, sobre o homem-espécie. A biopolítica é um poder de regulamentação para fazer viver e deixar morrer. Com efeito, o poder torna-se cada vez menos o direito de fazer morrer e cada vez mais o direito de intervir para fazer viver, na maneira de viver e no como da vida, já que intervém, sobretudo para aumentar a vida, para controlar seus acidentes, suas eventualidades, suas deficiências (FOUCAULT, 1999, p. 295). A morte é o limite, a extremidade do poder.. O poder só terá domínio sobre a morte de modo geral, em sentido estatístico, global. Aquilo sobre o qual o poder terá controle não é a morte, é a mortalidade. Enquanto que no poder de soberania a morte era a forma mais manifesta do poder absoluto do soberano, agora, ao contrário, a morte é o momento em que o indivíduo escapa do alcance de qualquer poder e volta para si, ensimesma-se em sua parte mais privada. Nesse sentido, o poder já não mais conhece a morte; a deixa de lado. Para resumir, o poder que tinha como elemento organizador a soberania teria se tornado inoperante para controlar o corpo econômico e político de uma sociedade em vias, a um só tempo, de explosão demográfica e de industrialização. Foucault afirma que o poder de soberania se tornava falho na medida em que dele escapavam muitas coisas, tanto no detalhe quanto na massa. Foi justamente para recuperar esse detalhe que, na segunda metade do século XVII e no início do século XVIII, foi instalada a instituição (escola, quartéis, fábricas, oficinas, hospitais, etc.) pela tecnologia disciplinar (ou anátomo-política) sobre o corpo individual para torná-lo dócil e útil. Por outro lado, na segunda metade do século XVIII e no século XIX, aparece uma nova tecnologia de controle global, populacional, do homem-espécie, uma biopolítica da espécie humana e de todos os seus processos biológicos. Diz Foucault: Temos, pois, duas séries: a série corpo-organismo-disciplina-instituições; e a série população-processos biológicos-mecanismos regulamentadores-estado. Um conjunto orgânico institucional: a organo-disciplina da instituição, se vocês quiserem, e, de outro lado, um conjunto biológico e estatal: a bio-regulamentação pelo Estado (1999, p. 298). Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

20 Foucault afirma que uma das consequências do desenvolvimento do biopoder foi a grande importância assumida pela norma em relação ao sistema jurídico da lei. A lei não pode deixar de ser armada e, por esta via, sua arma por excelência é a morte. Aos que a violam, ela responde, pelo menos como último recurso, com a ameaça da morte. Um poder como este, que tem como tarefa principal a garantia da vida, terá a necessidade de mecanismos contínuos, reguladores e corretivos. Isso não quer dizer que a lei ou as instituições judiciárias tendam a desaparecer, mas que, por um lado, a lei cada vez mais tende a funcionar como norma e que, por outro, as instituições judiciárias tendem a se integrar em um conjunto de aparelhos (médicos, administrativos, etc.), cujas funções são essencialmente reguladoras. Uma sociedade normalizadora é o efeito histórico de uma tecnologia de poder centrada na vida (FOUCAULT, 1988, p. 135). Foi a norma que conseguiu estabelecer controle entre o elemento disciplinar do corpo individual e o elemento regulamentador de uma multiplicidade biológica. A norma é aquilo que se pode aplicar tanto a um corpo que se deseja disciplinar quanto a uma população que se deseja regulamentar. A sociedade de normalização é uma sociedade onde se cruzam a norma disciplinar e a norma da regulamentação. Para Foucault, a sociedade de normalização conseguiu cobrir toda essa superfície que vai do orgânico ao biológico, do corpo à população, mediante a instauração dessas duas tecnologias, disciplinar e regulamentadora (1999, p. 302) O racismo de estado Foucault questiona essa tecnologia de poder que se lança sobre a vida, que tem por objeto e objetivo a vida. Pergunta-se sobre o exercício do direito de morte (que, por outro lado, é a possibilidade para que os outros vivam) em um sistema político centrado em um biopoder disciplinar ou regulamentador. Como um poder como a biopolítica pode matar se, na verdade, trata-se de um poder que tem por objetivo o aumento da vida, o prolongamento de sua duração, a multiplicação de suas possibilidades, ou ainda a possibilidade de desviar seus acidentes ou de compensar suas deficiências? Como um poder como este pode solicitar a morte, não apenas dos inimigos externos, mas dos próprios cidadãos 78 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

21 internos, se se trata de um poder que tem por objetivo melhorar a vida? Como exercer o direito de morte sobre os indivíduos numa sociedade perpassada pelo biopoder? (FOUCAULT, 1999, p ). Foucault detecta o aparecimento de um elemento novo, o racismo. A emergência do biopoder inseriu o racismo nos mecanismos de controle do Estado. Foi nesse momento que o racismo se inseriu como mecanismo fundamental de poder nos Estados modernos, o que faz com que quase não haja funcionamento do Estado moderno que não passe pelo racismo. O que é o racismo? Em primeiro lugar, por racismo se deve entender um meio de introduzir NO domínio sobre a vida um corte entre o que deve viver e o que deve morrer. O aparecimento do racismo, a distinção das raças, a hierarquia de uma raça sobre as outras, a qualificação de uma raça como boa e das outras como ruins ou inferiores, tudo isso aparece como [...] uma maneira de defasar, no interior de uma população, uns grupos em relação aos outros (FOUCAULT, 1999, p. 304), uma espécie de censura de tipo biológico realizada no interior de uma população. Para Foucault, esse processo permitirá tratar da população como uma mistura de raças ou, dito de outra forma, permitirá subdividir uma população em sub-grupos, raças. A função do racismo é, por excelência, [...] fragmentar, fazer censuras no interior desse contínuo biológico a que se dirige o biopoder (FOUCAULT, 1999, p. 305). Em segundo lugar, o racismo tem um papel positivo no sentido de que não privilegia apenas um indivíduo, mas uma espécie inteira. Por isso, [...] quanto mais você matar, mais você fará morrer, ou quanto mais você deixar morrer, mais, por isso mesmo, você viverá (FOUCAULT, 1999, p. 305). Todavia, a relação entre se você quer viver, é preciso que você faça morrer, é preciso que você possa matar não foi inventada nem pelo racismo nem pelo Estado moderno. Deriva de uma relação militar e guerreira: para viver, é preciso que você massacre seus inimigos. O racismo vai fazer funcionar esse princípio de vida e de morte não mais através de uma relação de tipo militar ou guerreira, mas de uma forma totalmente nova, de tipo biológico. No dizer de Foucault: Quanto mais as espécies inferiores tenderem a desaparecer, quanto mais os indivíduos anormais forem eliminados, menos degenerados haverá em relação à espécie, mais eu não enquanto indivíduo, mas enquanto espécie viverei, mais forte serei, mais vigoroso serei, mais poderei proliferar (1999, p. 305). Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

22 O extermínio do outro, da raça ruim, da raça inferior, do indivíduo degenerado ou anormal, não é simplesmente a garantia da vida do indivíduo melhor, mas também aquilo que vai deixar a vida em geral mais sadia e mais pura. O princípio quanto mais você matar, mais você fará morrer, mais você viverá está diretamente vinculado não à vitória sobre os adversários políticos, mas aos perigos, externos e internos, em relação à população e para a população. O tirar a vida está diretamente vinculado [...] à eliminação do perigo biológico e ao fortalecimento, diretamente ligado a essa eliminação, da própria espécie ou da raça. Nessa perspectiva, o racismo se caracteriza como a única possibilidade aceitável de tirar a vida em uma sociedade de normalização. Em resumo, [...] a função assassina do Estado só pode ser assegurada desde que o Estado funcione no modo do biopoder, pelo racismo. O racismo é a condição sine qua non para que se possa exercer o direito de matar (FOUCAULT, 1999, p. 306, em todas as citações do parágrafo). Considerações finais Para Foucault, a anátomo-política e a biopolítica foram dois instrumentos de poder postos em prática pela sociedade moderna em vias de explosão demográfica e também pelo crescimento do aparelho de produção capitalista. A anátomo-política é um poder que se exerce sobre o corpo dos indivíduos com o objetivo principal de criar corpos submissos e dóceis. Ela está intimamente ligada ao processo de desenvolvimento da economia capitalista, pois, graças a ela, foi possível a extração das forças e a submissão total dos corpos. Graças ao poder disciplinar, a sociedade capitalista conseguiu colocar em funcionamento, através de regimes políticos, de aparelhos ou de instituições muito diversas, essa máquina de produção. A biopolítica, por sua vez, é um poder que se exerce ao nível do homem-espécie, da população. Ela trata dos fatores relacionados aos nas- 1cimentos e aos óbitos, à taxa de reprodução, à fecundidade de uma população, aos fatores relacionados ao clima, etc, enfim, aos processos relacionados à saúde da população. A biopolítica inverte a lógica subjacente ao poder de soberania: do fazer morrer e o deixar morrer para o faz 80 Revista Filosofazer. Passo Fundo, ano XVIII, n. 34, jan./jun

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