Edital. 5.2 Michel Foucault e o problema da historicidade do direito O modelo do poder soberano e as penas físicas (Primeira Parte).
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- Ian Aragão Silva
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1 Prof. Nogueira
2 Edital 5.2 Michel Foucault e o problema da historicidade do direito O modelo do poder soberano e as penas físicas (Primeira Parte) A reforma humanista do direito penal e a generalização das penas (Segunda Parte) Ilegalidade e ilegalismo.
3 Edital 5.3 O direito e as instituições disciplinares (Terceira parte) Norma jurídica e normalização disciplinar As funções da disciplina Os instrumentos do poder Panoptismo e sociedade disciplinar.
4 Estrutura do Livro Suplício (5.2.1) Punição (5.2.2 e 5.2.3) Disciplina (5.3)
5 Retomando Suplício Suplício pena corporal, dolorosa, bárbara, pública, ritualística e marcante Processo inquisitorial secreto, previa a hierarquia entre as provas (confissão) e utilizava a tortura como meio de prova. Execução pública faz do condenado arauto de sua própria execução, reproduz a cena da confissão e relaciona o crime ao suplício.
6 Retomando Punição Monarquia-> cerimonial de soberania demonstração do poder do príncipe. Juristas reformadores-> processo para requalificar os indivíduos como sujeitos de direito. Instituição carcerária-> técnica de coerção dos indivíduos / treinamento do corpo.
7 Os Corpos Dóceis Conceito: Dócil é o corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado.
8 Os Corpos Dóceis Momento histórico: séculos XVII e XVIII Fórmulas gerais de dominação
9 Os Corpos Dóceis Momento histórico: séculos XVII e XVIII O momento histórico da disciplina é o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente o aumento de suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente.
10 Os Corpos Dóceis Disciplina: arte que atua sobre o corpo humano aumento das habilidades aprofundamento da sujeição construção de um mecanismo que sirva ao mesmo tempo aos dois objetivos relacionando-os.
11 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 1) Distribuição dos indivíduos no espaço Cerca Cada um no seu quadrado
12 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 1) Distribuição dos indivíduos no espaço Localizações funcionais Posição na fila / lugar ocupado numa classificação
13 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 2) Controle das atividades Horário Elaboração temporal do ato
14 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 2) Controle das atividades Relação entre gesto e atitude global do corpo Relação entre corpo e objeto
15 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 2) Controle das atividades Utilização exaustiva do corpo
16 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 3) Organização das gêneses Técnica para a apropriação do tempo Reversão em lucro ou utilidade do tempo
17 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 4) Composição das forças O efetivo deve ser superior à soma das forças Formação tática
18 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 4) Composição das forças Não há individualidade humana, há preenchimento de espaços O corpo é uma parte de um todo
19 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 4) Composição das forças Sincronia entre as partes Sistema preciso de comando
20 Os Corpos Dóceis Modus operandi: 4) Composição das forças A ordem deve ser suficiente para provocar o comportamento desejado
21 Os recursos para o bom adestramento 1) A vigilância hierárquica Encaixe espacial de vigilância hierarquizada Controle interior articulado e detalhado Não foi inventada, mas massificada no século XVIII
22 Os recursos para o bom adestramento 2) A sanção normalizadora Na essência de todos os sistemas disciplinares há um pequeno mecanismos penal As disciplinas estabelecem uma infrapenalidade
23 Os recursos para o bom adestramento 2) A sanção normalizadora - micropenalidades Tempo (atrasos) Maneira de ser (grosserias) Atividade (desatenção)
24 Os recursos para o bom adestramento 2) A sanção normalizadora - micropenalidades Sexualidade (indecência) Discurso (tagarelice)
25 Os recursos para o bom adestramento 2) A sanção normalizadora - micropenalidades Servem à correção Sistema duplo: gratificação / sanção Divisão segundo classificações marca desvios e hierarquiza as qualidades
26 Os recursos para o bom adestramento 3) Exame Hierarquia (vigilância) + Sanção (normalização) Visibilidade através da qual o indivíduo é diferenciado e sancionado
27 Os recursos para o bom adestramento 3) Exame Relações de poder que constituem um saber Comparação perpétua responsável pela sanção e pela gratificação (escola)
28 Os recursos para o bom adestramento 3) Exame Inversão da ordem natural: o poder fica invisível e impõe aos que submete a visibilidade obrigatória Documentação de individualidades
29 Os recursos para o bom adestramento 3) Exame Objetivação dos sujeitos Sujeição dos objetos
30 O Panoptismo 1) Conceito O panóptico de Benthan é uma figura arquitetural formada pela composição de um anel periférico e de uma torre central
31 O Panoptismo 1) Conceito Consiste em um esquema arquitetônico que permite a vigilância constante. A torre visualiza o anel e o inverso não ocorre
32 O Panoptismo 2) Efeito Evita massas compactas e zonas de invisibilidade Evita o contato Evita violências recíprocas
33 O Panoptismo 2) Efeito Induz um estado consciente e permanente de visibilidade Vigilância permanente em seus efeitos ainda que descontínua em suas ações
34 O Panoptismo 2) Efeito Poder visível e inverificável Funcionamento automático e desindividualizado do poder
35 O Panoptismo 2) Efeito Ver / ser visto-> no anel se é totalmente visível sem jamais ver e na torre, vê-se tudo sem nunca ser visto Garantia da ordem
36 O Panoptismo 3) Emprego Bom para prisões Excelente para fábricas, escolas, hospitais Sorria, você está sendo filmado
37 O Panoptismo 4) Inovação Torna inútil as cerimônias, rituais e marcas Cria uma aparelhagem cujos mecanismos internos asseguram a dissimetria (desequilíbrio)
38 O Panoptismo 4) Inovação Qualquer um faz funcionar a máquina (mesmo a expectativa de uma pessoa) Cria uma sujeição real a partir de uma relação fictícia
39 O Panoptismo 4) Inovação É o fim das correntes, barras e fechaduras pesadas. Substituição das casa de segurança pelas casas de certeza
40 O Panoptismo 4) Inovação Possibilita a realização de experiências laboratório do poder Serve para modificar o comportamento e treinar indivíduos, verificando seus efeitos
41 O Panoptismo O Panóptico é uma máquina maravilhosa que, a partir dos desejos mais diversos, fabrica efeitos homogêneos de poder
42 O Panoptismo O esquema panóptico é um intensificador para qualquer aparelho de poder: assegura sua economia (em material, em pessoal, em tempo); sua eficácia por seu caráter preventivo, seu funcionamento contínuo e seus mecanismos automáticos
43 A sociedade disciplinar 1) Conceito Sociedade controlada através da observação
44 A sociedade disciplinar 2) Causas A extensão progressiva dos dispositivos de disciplina ao longo dos séculos XVII e XVIII Generalização disciplinar
45 A sociedade disciplinar 2) Causas Inversão funcional: neutralizar <-> aumentar as capacidades do todo Capilaridade dos mecanismos disciplinares-> tendência a se desistitucionalizar, sair das fortalezas fechadas
46 A sociedade disciplinar 2) Causas Estatização dos mecanismos de disciplina: grupos privados <-> poder público
47 A sociedade disciplinar 3) Objetivos Tornar o exercício do poder o menos custoso p o s s í ve l p o l i t i c a m e n t e ( d i s c r i ç ã o ) e economicamente (baixo custo) Elevar ao máximo seus efeitos sociais
48 A sociedade disciplinar 3) Objetivos Fazer crescer ao mesmo tempo a docilidade e a utilidade de todos os elementos do sistema
49 4) Momento histórico Ascensão da burguesia A sociedade disciplinar Iluminismo (as luzes que descobriram as liberdades inventaram as disciplinas) Século XVIII
50 A sociedade disciplinar 5) Instituições: Prisões Quartéis Hospitais
51 A sociedade disciplinar 5) Instituições: Escolas Oficinas (fábricas)
52 A sociedade disciplinar 6) Atualmente: Tecnologia
53 Contato professornogueira.wordpress.com
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