Desemprego. Copyright 2004 South-Western

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1 Desemprego 20

2 Desemprego Há dois tipos de desemprego: de curto prazo e de longo prazo. Desemprego de longo prazo: taxa natural de desemprego na economia. Por exemplo: tempo médio que leva para uma pessoa demitida ser realocada. Desemprego de curto prazo: desvios cíclicos em relação à taxa natural Por exemplo: demissões porque a economia está em recessão.

3 Desemprego Taxa Natural de Desemprego A taxa natural não desaparece nem mesmo no longo prazo, após eventuais ajustes de curto prazo. Desemprego é desperdício de fatores de produção, e espera-se que uma economia em bom funcionamento busque eliminar falhas de curto prazo. É a taxa típica de desemprego que a economia observa.

4 Desemprego Desemprego Cíclico Flutuações de curto prazo em torno da taxa natural. Está associada aos cíclos de crescimento da economia.

5 Desemprego Descrição do Desemprego Três questões: Como o governo mede a taxa de desemprego da economia? Como interpreter os dados de desemprego? Quanto tempo uma desempregado leva, em media, para obter emprego?

6 Medição do Desemprego A medição é feita pelo IBGE A cada mês, é feita uma amostra aleatória de um determinado número de indivíduos a partir de 16 anos. A pesquisa entra em contato com cada um deles para determinar se estão empregados ou não; se não, se estão procurando emprego ou não.

7 Medição do Desemprego A partir das respostas, o IBGE enquadra cada indivíduo em uma das seguintes categorias: Empregado Desempregado Fora da força de trabalho

8 Medição do Desemprego É considerado empregado uma pessoa que passou a maior parte da semana anterior em um emprego remunerado. É considerado desempregado quem está em demissão temporária, sem emprego, ou aguardando o início de um novo emprego. Quem não se enquadra em nenhuma dessas categorias é classificado como fora da força de trabalho.

9 Medição do Desemprego Força de Trabalho A força de trabalho é o número total de trabalhadores, empregados ou desempregados. Força de Trabalho = Empregados + Desempregados.

10 Emprego, Desemprego e Força de Trabalho no Brasil Copyright 2003 Southwestern/Thomson Learning Empregados (90 milhões) Força de Trabalho (101 milhões) População Em idade ativa (156 milhões) Desempregados (12 milhões) For a da força de trabalho (56 milhões)

11 Medição do Desemprego

12 Medição do Desemprego

13 Problemas na Medição do Desemprego É difícil fazer a distinção entre um desempregado e uma pessoa for a da força de trabalho. Desemprego oculto por desalento: pessoas que gostariam de obter emprego mas desistiram de procurar após busca sem resultados; não aparecem nas estatísticas de desemprego. Em menor escala, existem também falsos registros de desemprego por quem não está procurando emprego, de forma a obter seguro-desemprego.

14 Duração do desemprego A maior parte dos desempregados encontra emprego em um período curto de tempo. A maior parte do desemprego observada em um dado momento é de longo prazo. A maior parte do desemprego pode ser atribuída a um número relativamente baixo de trabalhadores que ficam desempregados por um longo período.

15 Desemprego Natural Se o mercado de trabalho fosse perfeito, os salários sempre ajustariam para equilibrar oferta e demanda por trabalho, e todos os trabalhadores teriam emprego.

16 Desemprego Natural Desemprego friccional é aquele que resulta do tempo de realocação de um trabalhador de um emprego para outro. A transição não é imediata: leva tempo até encontrar outra posição e iniciar de fato o trabalho.

17 Desemprego Natural Desemprego Estrutural é aquele que resultado de um mercado de trabalho que oferece um número de vagas insuficiente para todos que querem trabalhar.

18 Busca por Emprego Busca por Emprego Processo para que trabalhadores encontrem empregos adequados para suas habilidades e preferências. Quanto mais restritivas forem as habilidades e as preferências, mais tempo levará até a alocação do trabalhador em um empregado desejado.

19 Busca por Emprego Esse tipo de desemprego é diferente dos demais. Não é causado por um salário acima do valor que equilibra o mercado. É causado pelo tempo de busca pelo emprego adequado. Se a política pública não fizer essa distinção, pode ser feita de forma incorreta.

20 Desemprego Friccional Busca por emprego é inevitável porque a economia não é estática: as vagas de trabalho e as remunerações mudam ao longo do tempo. A demanda pode aumentar ou diminuir em cada setor da economia. Encontrar um emprego em novos setores pode tomar bastante tempo.

21 Política Pública para Busca por Emprego O governo pode afetar o tempo necessário para que desempregados encontrem novos empregos. Exemplos: Agênicas de emprego: facilitam o encontro de firmas e candidatos. Programas de treinamento: facilitam a re-inserção no mercado. Seguro-desemprego: melhora as condições no período de busca. Aumenta o tempo médio de busca por emprego, mas também aumenta a chance de que se encontre um emprego adequado.

22 Política Pública para Busca por Emprego Desemprego estrutural ocorre quando a quantidade ofertada de trabalho supera a quantidade demandada. É uma das principais explicações para longos períodos de desemprego.

23 Política Pública para Busca por Emprego Causas do Desemprego Estrutural Salário-Mínimo Sindicatos Salário-Eficiência

24 Salário Mínimo Quando o salário mínimo é maior do que o nível que equilibra oferta e demanda, gera desemprego.

25 Desemprego decorrente de salário acima do nível de equilíbrio Copyright 2003 Southwestern/Thomson Learning Salário Excesso de Trabalho (Desemprego) Oferta de Trabalho Salário Mínimo Salário de Equilíibrio Demanda por trabalho 0 L D L E L S Trabalho

26 Sindicatos e Negociação Coletiva Um sindicato é uma associação de trabalhadores que negocia com as firmas sobre salário e condições de trabalho. A taxa de sindicalização no Brasil costuma ficar entre 15% e 20% (a despeito de um número de sindicatos alto para padrões internacionais). Um sindicato é um cartel de trabalhadores, com todos os custos e benefícios associados ao exercício de poder de mercado.

27 Sindicatos e Negociação Coletiva Negociação coletiva é o processo pelo qual firmas e sindicatos chegam a um acordo. Na ausência de acordo, o sindicato busca punir a firma de alguma forma (greves, operação padrão). Uma greve é simplesmente a retirada temporária dos trabalhadores sindicalizados da força de trabalho da firma.

28 Sindicatos e Negociação Coletiva Uma greve melhora a vida de alguns trabalhadores e piora a de outros. Trabalhadores em sindicatos (insiders) obtêm benefícios (salários acima do equilíbrio de mercado), enquanto os não-sindicalizados (outsiders) ficam com o custos (maior taxa de desemprego). No Brasil, grande parte dos trabalhadores não possui emprego formal. Em última instância, o benefício da sindicalização é decrescente na competitividade do mercado de trabalho.

29 Teoria de Salário-Eficiência Salário-Eficiência é um salário acima do nível de equillíbrio que as firmas pagam para incentivar a produtividade do trabalhador. As firmas se tornam mais eficientes ao pagar um salário acima do equilíbrio de mercado.

30 Teoria de Salário-Eficiência Alguns motivos para a firma pagar acima do valor de equilíbrio: Saúde do Trabalhador: trabalhadores mais bem-pagos são mais produtivos por terem melhores condições físicas. Rotatividade do Trabalhador: trabalhadores mais bem-pagos tem menos chance de mudra de emprego, o que obrigaria a firma e pagar novamente o custo de treinamento e adaptação.

31 Teoria de Salário-Eficiência Esforço: Salários mais altos induzem o trabalhador a se esforçar mais (se houver risco de demissão, ou seja, de perda do salário mais alto do que o equilíbrio de mercado). Qualidade: salários mais altos atraem um grupo melhor de candidatos. Esses dois temas são estudadas na área de informação assimétrica, que rendeu cinco Prêmios Nobel nos últimos vinte anos.

32 Desemprego Cíclico Desemprego cíclico ocorre quando a economia cresce abaixo da media de longo prazo (em particular, quando está em recessão). Uma forma de combater esse desemprego é estimular a economia para que se recupere. Tipicamente isso é feito através de políticas que aumentam a demanda da economia (por exemplos, aumento de gastos públicos) para que a produção possa ser vendida, evitando desemprego e capacidade ociosa.

33 Desemprego Cíclico Políticas para estímulo da demanda funcionam, por definição, quando o problema é falta de demanda. Tipicamente, esse é um fenômeno de curto prazo: no longo prazo, a economia oscila em torno da taxa de crescimento da produtividade. Estímulo à demanda não funciona quando o problema é limite de oferta, e não falta de demanda: nesse caso, estímulo à demanda gera inflação (pois a demanda aumenta e não pode ser acompanhada por aumento da oferta). A política pública deve diferenciar desemprego por problemas de oferta ou problemas de demanda.

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