Transição demográfica
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- Natan Pais Barateiro
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2 Transição demográfica u Teoria da transição demográfica foi proposta considerando-se as relações entre crescimento populacional e desenvolvimento socioeconômico. u O desenvolvimento econômico e a modernização das sociedades são os principais responsáveis pelas mudanças nas taxas de natalidade e de mortalidade, com reflexos no crescimento populacional. Vasconcelos e Gomes,
3 Transição demográfica u Mudança de sociedade rural com altas taxas de natalidade e mortalidade para sociedade urbana com baixas taxas de natalidade e mortalidade, constitui a transição demográfica. Vasconcelos e Gomes,
4 Transição demográfica u Ao longo do processo de transição ocorrem fases de desequilibrio demográfico causado pelo descompaso entre as taxas de mortalidade e taxas de natalidade. u A transição demográfica não ocorre da mesma forma entre as diversas sociedades. u A transição demográfica acarreta mudanças importantes nas estruturas populacionais. Vasconcelos e Gomes,
5 Transição demográfica IBGE
6 Dinâmica da população e epidemiologia Mudanças, na estrutura demográfica da população, associadas com fatores como nascimento e morte, imigração e emigração Nascimentos Imigração População Mortes Emigração 6
7 A composição demográfica de uma população depende das taxas: v v v v v Taxa de fecundidade número de nascidos vivos, em determinado período, na população de mulheres em idade fértil (15-49 anos). Taxa de natalidade número de nascidos vivos em determinado período de tempo na população total. Taxa de fertilidade número de nascidos vivos que uma mulher gerou, isto é, reprodução real. Taxa de mortalidade número de mortes num determinado período de tempo na população total. Migração refere-se à movimentação dos indivíduos. 7
8 Fases da transição demográfica Hopfenberg 2014
9 Modelo clássico de transição demográfica Fase 1. Pré-transição As taxas de natalidade e de mortalidade são equivalentes e altas. A produção de alimentos é alta para manter as elevadas taxas de natalidade e uma população numerosa. Os problemas ambientais, de saúde e de saneamento básico e ambiental se intensificam, aumentando as taxas de mortalidade. 9
10 Modelo clássico de transição demográfica Fase 2. Início da transição Quando os cuidados com o saneamento básico e ambiental e a saúde melhoram, a população entra na Fase 2. A taxa de mortalidade reduz drasticamente, mas a de nascimento continua elevada, provocando aumento acelerado da população. 10
11 Modelo clássico de transição demográfica Fase 3. Transição final Quando o consumo médio de recursos por indivíduo aumenta, a população entra na Fase 3. A taxa de natalidade começa a declinar. 11
12 Modelo clássico de transição demográfica Fase 4. Pós-transição A população passa para a fase 4 quando as taxas de natalidade e mortalidade são baixas e equivalentes, mas o consumo de recursos continua exponencial. 12
13 Transição Demográfica Crescimento da população mundial
14 Transição Demográfica - Brasil Fonte: IBGE, Censos 2000 e
15 Transição Demográfica - Brasil IBGE
16 Transição Demográfica A Taxa de Mortalidade Infan<l (TMI) é calculada dividindo o número de óbitos de menores de um ano de idade, pelo número de nascidos vivos, mul<plicado por (na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado). IBGE
17 Transição Demográfica IBGE 2013
18 Transição Demográfica 18
19 Transição Demográfica IBGE
20 Transição Demográfica IBGE
21 Transição Demográfica Transição demográfica provoca alterações na estrutura etária da população. Bônus demográfico - período em que há elevada proporção de pessoas em idade potencialmente ativa, comparativamente aos demais grupos etários. Bônus demográfico favorece o desenvolvimento econômico, pelo predomínio de pessoas que produzem mais do que consomem na população. Bônus demográfico exige excelente cobertura e qualidade educacional, além de políticas de emprego, que consigam incorporar a população jovem no mercado de trabalho e criar o excedente econômico. 21
22 Transição Demográfica Lee e Mason (2010, 2012) - segundo bônus demográfico. Decorre do incentivo à acumulação do capital por indivíduos que vivem em uma geração com menor número de filhos e maior esperança de vida. Aumento do nível de poupança e de capital leva a um período de rápido crescimento do produto por trabalhador, podendo compensar os efeitos negativos do envelhecimento populacional. 22
23 Transição Demográfica Ambiente e mudanças demográficas As alterações na estrutura etária levam à otimização da relação entre produtores e consumidores na sociedade, mas aumentam a vulnerabilidade ambiental. Consumo exponencial tem impacto negativo sobre o uso dos recursos naturais e a intensificação da produção não necessariamente melhora a qualidade de vida. 23
24 Transição Demográfica Problemas decorrentes da maior proporção de idosos na população: Necessidade de recursos para atender as demandas desta população Efeitos diretos nos serviços de saúde (consultas, exames, medicamentos, internações, etc.) Seguridade social 24
25 25
26 Transição epidemiológica Teoria da transição epidemiológica foca: v Mudanças complexas nos padrões de saúde e doença. v Interações entre estes padrões e seus determinantes demográficos, econômicos e sociais. v Ocorre em paralelo com a transição demográfica e desenvolvimento tecnológico. v Doenças infecciosas agudas diminuem. Doenças crônicodegenerativas aumentam como causa primária de morbidade e mortalidade. Omran,
27 Transição epidemiológica Engloba três mudanças básicas: Diminuição das doenças transmissíveis, com o aumento das não transmissíveis e agravos por causas externas; Deslocamento da carga de morbimortalidade dos grupos mais jovens para os grupos mais idosos; Mudança de uma situação em que predomina a mortalidade para outra na qual a morbidade é dominante. Schramm et al,
28 Transição epidemiológica 1. A teoria da transição epidemiológica começa com a premissa principal de que a mortalidade é fator fundamental na dinâmica populacional. 2. Durante a transição, ocorre uma mudança de longo prazo nos padrões de mortalidade e morbidade, onde as pandemias de doenças infecciosas são gradualmente deslocadas por doenças degenerativas e causas externas. Ø Era da Pestilência e da Fome. Ø Era das doenças infecciosas. Ø Era das doenças crônico-degenerativas. 28
29 Transição epidemiológica Os determinantes da transição de doenças infecciosas para crônicodegenerativas são complexos. «Biológicos indicam o equilíbrio complexo entre patógenos, ambientes e hospedeiros. «Socioeconômicos, políticos e culturais - padrões de vida, hábitos de higiene e nutrição. «Medidas preventivas e curativas específicas usadas para combater doenças. Incluem a melhoria do saneamento básico, imunização e desenvolvimento de terapias específicas. 29
30 Transição epidemiológica 3. Durante a transição epidemiológica, as mudanças mais profundas nos padrões de saúde e de doença ocorrem entre crianças e mulheres jovens. 4. As mudanças nos padrões de saúde e doença que caracterizam a transição epidemiológica estão estreitamente associadas às transições demográficas e socioeconômicas que constituem o complexo de modernização da sociedade humana. 30
31 Transição epidemiológica 31
32 Transição Epidemiológica - Brasil Pode-se colocar o Brasil no terceiro estágio de desenvolvimento demográfico Indicadores Estágios de transição demográfica e doenças I II III IV Fecundidade alta alta decrescente baixa Mortalidade alta decrescente decrescente baixa % por Doenças infecciosas e parasitárias alta decrescente decrescente baixa % por Doenças crônica- degenerativas baixa crescente crescente alta Esperança de vida ao nascer baixa crescente crescente alta população estacionária crescente crescente estacionária % de crianças alta crescente decrescente baixa % de idosos baixa baixa crescente alta 32
33 Transição Epidemiológica - Brasil Características do Brasil Cerca de 28 óbitos por habitantes Redução da mortalidade por causas infecciosas Aumento da prevalência de doenças crônico-degenerativas e causas externas 33
34 Transição Epidemiológica - Brasil Tendências das principais causas de morte no Brasil ( ) 34
35 Transição Epidemiológica - Brasil Principais causas de morte no Brasil e regiões (2003) 35
36 Transição Epidemiológica - Brasil Tendências das principais causas de morte no Brasil ( ) 36
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