A sociedade disciplinar em Foucault. Professor Guilherme Paiva

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1 A sociedade disciplinar em Foucault Professor Guilherme Paiva

2 Reflexão metodológica A Verdade Jurídicas: e as Formas conferência proferida no Rio de Janeiro, em Pesquisa histórica sobre a formação de domínios do saber a partir de práticas sociais (Foucault, Michel Foucault ( ) 1996, p.7).

3 Reflexão metodológica Foucault (1996, p.8) quer mostrar como as práticas sociais podem [ ] engendrar domínios de saber que não somente fazem aparecer novos objetos, novos conceitos, novas técnicas, mas também fazem nascer formas totalmente novas de sujeitos e de sujeitos do conhecimento. Análise histórica (primeiro eixo metodológico): a verdade tem uma história (Foucault, 1996, p.8).

4 Reflexão metodológica A formação de domínios de saber sobre o indivíduo normal ou anormal, dentro ou fora da regra, produzido a partir de práticas sociais do controle e da vigilância, no contexto do século XIX (Foucault, 1996, p.8). Análise dos discursos (segundo eixo metodológico): os fatos de discurso são vistos como jogos estratégicos [ ] de dominação e luta (Foucault, 1996, p.9).

5 Reflexão metodológica Reelaboração da teoria do sujeito: crítica à concepção da filosofia ocidental acerca do sujeito como fundamento do conhecimento. Análise de Foucault (1996, p.10-11): constituição histórica de um sujeito de conhecimento através de um discurso tomado como um conjunto de estratégias que fazem parte das práticas sociais.

6 Reflexão metodológica Práticas judiciárias: modos de arbitragem e reparação dos danos, das responsabilidades, das formas de julgamento, definem tipos de subjetividade e formas de saber (Foucault, 1996, p.11). Formas jurídicas: evolução no campo do direito penal como lugar de origem de um determinado número de formas de verdade (Foucault, 1996, p.12).

7 Reflexão metodológica Formas de verdade: o inquérito (apropriado pela Filosofia no período do século XV ao XVIII e as ciências, incluindo Geografia, Botânica, Zoologia e Economia); e o exame, associado ao contexto da formação da sociedade capitalista (originando ciências como a Sociologia, a Psicologia, a Psicopatologia, a Criminologia e a Psicanálise) (Foucault, 1996, p.12).

8 Reflexão metodológica Referência ao filósofo alemão Friedrich Nietzsche: análise histórica da própria formação do sujeito e da formação de saberes sem admitir a preexistência de um sujeito do conhecimento (Foucault, Nietzsche ( ) 1996, p.13).

9 Reflexão metodológica O conhecimento é uma invenção do ser humano, assim como a religião é uma invenção. Religião, poesia e conhecimento: inventadas por meio de obscuras relações de poder (Foucault, 1996, p.15). Conhecimento: não faz parte da natureza humana (Foucault, 1996, p.17). Conhecimento e mundo: são heterogêneos (Foucault, 1996).

10 Reflexão metodológica Heterogêneos Mundo Natureza humana Conhecimento Conhecimento e natureza: relação de luta, de dominação, de subserviência, [ ] de poder (Foucault, 1996, p.18).

11 Reflexão metodológica Conhecimento: dominação e relação de poder. Segundo Foucault (1996, p.23), se quisermos realmente conhecer o conhecimento [ ] devemos compreender quais são as relações de luta e de poder. Análise de Foucault (1996): formação de domínios de saber, história da verdade e constituição de sujeitos do conhecimento a partir de relações de poder.

12 Reforma do sistema penal na Europa O controle dos indivíduos, essa espécie de controle penal punitivo dos indivíduos ao nível de suas virtualidades não pode ser efetuado pela própria justiça, mas por uma série de outros poderes laterais, à margem da justiça, como a polícia e toda uma rede de instituições de vigilância e de correção a polícia para a vigilância, as instituições psicológicas, psiquiátricas, criminológicas, médicas, pedagógicas para a correção. É assim que, no século XIX, desenvolve-se, em torno da instituição judiciária [...] uma gigantesca série de instituições que vão enquadrar os indivíduos ao longo de sua existência [...] (Foucault, 1996, p.86).

13 Reforma do sistema penal na Europa Final do século XVIII e início do século XIX: reforma do sistema penal, reformulação da teoria penal e formação da sociedade disciplinar. O crime ou a infração penal é a ruptura com a lei, lei civil explicitamente estabelecida no interior de uma sociedade pelo lado legislativo do poder político (Foucault, 1996, p.80).

14 Reforma do sistema penal na Europa Panopticon: modelo arquitetônico da sociedade disciplinar que tem como referência a teoria utilitarista do filósofo inglês Jeremy Bentham ( ).

15 Reforma do sistema penal na Europa O Panopticon era um edifício em forma de anel, no meio do qual havia um pátio com uma torre no centro. O anel se dividia em pequenas celas que davam tanto para o interior quanto para o exterior. Em cada uma dessas pequenas celas, havia segundo o objetivo da instituição, uma criança aprendendo a escrever, um operário trabalhando, um prisioneiro se corrigindo, um louco atualizando sua loucura, etc. Na torre central havia um vigilante. Como cada cela dava ao mesmo tempo para o interior e para o exterior, o olhar do vigilante podia atravessar toda a cela [...] (Foucault, 1996, p.87).

16 O modelo arquitetônico do Panopticon de Jeremy Bentham

17

18 Prisão de Petite Roquete, Paris (criada em 1830).

19 Penitenciária de Stateville, Estados Unidos (criada em 1925).

20 Colégio La Salle, Brasília (DF).

21 A sociedade disciplinar Panoptismo: forma de vigilância individual e contínua, em forma de controle de punição e recompensa e em forma de correção, isto é, de formação e transformação dos indivíduos em função de certas normas (Foucault, 1996, p.103). Vigilância: exercida por diversas instituições estatais e privadas.

22 A sociedade disciplinar Vigilância constante em instituições como escolas, prisões, hospitais psiquiátricos e casas de correção. Organizaram-se técnicas laterais ou marginais, para assegurar, no mundo industrial, as funções de internamento, de reclusão, de fixação da classe operária [...] (FOUCAULT, 1996, p.111).

23 A sociedade disciplinar A fábrica não exclui os indivíduos; liga-os a um aparelho de produção. A escola não exclui os indivíduos; mesmo fechando-os; ela os fixa a um aparelho de transmissão do saber. O hospital psiquiátrico não exclui os indivíduos; ligaos a um aparelho de correção, a um aparelho de normalização dos indivíduos. O mesmo acontece com a casa de correção ou com a prisão. Mesmo se os efeitos dessas instituições são a exclusão do indivíduo, elas têm como finalidade primeira fixar os indivíduos em um aparelho de normalização [...] (Foucault, 1996, p.114).

24 A sociedade disciplinar Finalidade da rede de instituições: ligar os indivíduos aos aparelhos de produção, formação, reformação ou correção da força de trabalho, caracterizadas por Foucault (1996, p.114) como instituições de sequestro.

25 A sociedade disciplinar A fábrica não exclui os indivíduos; liga-os a um aparelho de produção. A escola não exclui os indivíduos; mesmo fechando-os; ela os fixa a um aparelho de transmissão do saber. O hospital psiquiátrico não exclui os indivíduos; ligaos a um aparelho de correção, a um aparelho de normalização dos indivíduos. O mesmo acontece com a casa de correção ou com a prisão. Mesmo se os efeitos dessas instituições são a exclusão do indivíduo, elas têm como finalidade primeira fixar os indivíduos em um aparelho de normalização [...] (Foucault, 1996, p.114).

26 A sociedade disciplinar Controle na sociedade capitalista: sobre a totalidade, ou a quase totalidade do tempo dos indivíduos (Foucault, 1996, p ). Na sociedade capitalista é necessário que o tempo seja oferecido ao aparelho de produção; que o aparelho de produção possa utilizar o tempo de vida, o tempo de existência do ser humano (Foucault, 1996, p.116).

27 A sociedade disciplinar Controle do tempo dos indivíduos: realizado por mecanismos do consumo e da publicidade (Foucault, 1996, p.118). Função das instituições de sequestro: controle, formação e transformação do corpo do indivíduo (Foucault, 1996, p.116). O corpo: na sociedade do século XIX, deve ser formado, reformado, corrigido [...] (Foucault, 1996, p.119).

28 A sociedade disciplinar Primeira função do sequestro: extrair o tempo das pessoas para transformar o tempo de vida em tempo de trabalho (Foucault, 1996, p.119). Segunda função do sequestro: transformar o corpo do indivíduo em força de trabalho. Terceira função: polivalente constituição (econômico, de político, um poder judiciário e epistemológico).

29 A sociedade disciplinar Sociedade capitalista: necessidade de transformação da força de trabalho em força produtiva. O trabalho não constitui a essência do ser humano, como sustentaram Hegel e Marx (Foucault, 1996). Não há sobre-lucro sem sub-poder (Foucault, 1996, p.125). O corpo dos indivíduos: transformado pelas instituições de sequestro.

30 A sociedade disciplinar Segundo Foucault (1987, p.229), a lei é feita para alguns e se aplica a outros; [...] em princípio ela obriga a todos os cidadãos, mas se dirige principalmente às classes mais numerosas e menos esclarecidas [...] ; desse modo, nos tribunais não é a sociedade inteira que julga um de seus membros, mas uma categoria social encarregada da ordem sanciona outra fadada à desordem [...].

31 Referências Bibliográficas: FOUCAULT, Michel. A verdade e as jurídicas. Rio de Janeiro: Nau Ed., formas. Vigiar e Punir. São Paulo: Vozes, 1987.

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