Autoimunidade e Doenças Auto-imunes: Bases Moleculares, Imunológicas e Diagnóstico

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Autoimunidade e Doenças Auto-imunes: Bases Moleculares, Imunológicas e Diagnóstico"

Transcrição

1 Autoimunidade e Doenças Auto-imunes: Bases Moleculares, Imunológicas e Diagnóstico Prof. Vanessa Carregaro Departamento de Bioquímica e Imunologia FMRP-USP Ribeirão Preto, 05 de Março de 2018

2 .. HORROR AUTOTOXICUS.. PAUL EHRLICH (*14/03/ /08/1915)... ATÉ PRÊMIO NOBEL EM FISIOLOGIA OU MEDICINA in recognition of their work on immunity

3 Fatores Desencadeantes da Autoimunidade

4 Doenças Autoimunes

5 Doenças Autoimunes Voltarelli JC. Imunologia Clínica na Prática Médica. Ed Atheneu, 2008

6 Base Genética da Autoimunidade 1- Associação de Alelos de HLA e Doeças Autoimunes

7 Doença Celíaca Doença crônica da parte superior do intestino delgado Causada pela ingestão de glúten (complexo proteico presente no trigo, aveia e cevada) Fatores genéticos: Alelo HLA-DQ2 do MHC de classe II 95% do pacientes Adaptado de Sollid, 2002

8 Caractarísticas Clínicas da DC Atrofia vilosa, Hiperplasia de cripta, Má absorção de alimentos, Diarréia crônica, Distensão abdominal, Perda de peso, Déficit de crescimento Normal Doença Celíaca

9 Fatores genéticos DC: HLA Meresse et al., Immunity 36, June 29, 201

10 Células TCD4 específicas para Glúten Meresse et al., Immunity 36, June 29, 201

11 Reposta Imune na DC

12 Base Genética da Autoimunidade 2- Associação Genéticas Não-HLA Selecionadas e Doeças Autoimunes

13 Base Genética da Autoimunidade 3- Mutações de Genes que causam Autoimunidade

14 Cronicidade

15 Desdobramento de epítopos

16 Desdobramento de epítopos no LES

17 Papel das Infecções no Desenvolvimento da Autoimunidade

18 Mediada por Anticorpos CÉLULAS OU TECIDOS IMUNOCOMPLEXOS

19 Doenças Autoimunes Mediadas por Anticorpos

20 Doença de Graves Antígeno alvo: TSH receptor para Mecanismo da doença: Anticorpos ligam-se ao R-TSH e estimulam sinalização intracelular Manifestações Hipertireoidismo clínicas:

21 Doença de Graves: Transmissão materno Fetal

22 Diagnóstico da Doença de Graves Visível aumento da tireóide; TSH, T3 e T4 livre; Ingestão de iodo radioativo; Imunoglobulina estimulante da tireoide (TSI) Anticorpos antiperoxidase tireoidiana (TPO) Anticorpos antirreceptores de TSH

23 Miastenia Grave Antígeno alvo: cadeia do receptor da nicotínico de acetilcolina que é expresso nas células musculares em junções esqueléticas neuromusculares Mecanismo da doença: Anticorpos bloqueiam o receptor de acetilcolina, impedindo a ligação do neurotransmissor e a transmissão neuromuscular Anticorpos direcionam a internalização e degradação intracelualr dos receptores Manifestações clínicas: Fraqueza muscular progressiva e paralisia. Pode levar à morte

24 Diagnóstico da Miastenia Grave Aspectos clínicos; Eletromiografia; anticorpos anti-rach Anticorpos anti-músculo estriado

25 Lupus Eritematoso Sistêmico Sistêmica, mediada por anticorpos 1 em cada 700 mulheres (20-60 anos) Anticorpos Anti-DNA e nucleoproteínas 10:1 (M/H) Defeito no clearance de células apoptóticas e imunocomplexos; Ativação policlonal de linfócitos B; Produção de auto- anticorpos. ERUPÇÕES NA PELE (ASA DE BORBOLETA) GLOMERULONEFRITE

26 Anemia HemolÍtica

27 Manifestações clínicas do Lupus Comprometimento cutâneo: lesão em asa de Borboleta ou vespertílio, com localização em regiões malares e dorso do nariz. Lesões crônicas discóides: iniciam como pápulas eritematosas que evoluem para tornando-se espessas e aderidas. Artrite:.É frequente e pode levar a deformidades articulares, como desvio ulnar dos dedos e os dedos em pescoço de cisne. Comprometimento hematológico: A leucopenia e a linfopenia são referidas em mais de 50% dos casos. Em alguns casos há ocorrência de plaquetopenia. Comprometimento renal: cerca de 10% dos pacientes com nefrite lúpica evoluem para insuficiência renal terminal. Comprometimento pulmonar: Febre, dispnéia e tosse, com ou sem cianose ou escarro hemoptóico podem ocorrer na pneumonite aguda lúpica. Vasculites: costume comprometer artérias de pequeno calibre ou de médio calibre ocasionando úlceras isquêmicas profundas ou necroses de polpas digitais. Hepatomegalia e esplenomegalia é descrita em 10-30% e 20% dos casos, respectivamente. Comprometimento do SNC e periférico: estado confusional agudo, psicose, cefaléia, mielopatia, convulsões e polirradiculo-neuropatia aguda inflamatória desmielinizante (Síndrome de Giullain-Barré). Voltarelli JC. Imunologia Clínica na Prática Médica. Ed Atheneu, 2008

28 Diagnóstico do LES

29 Artrite Reumatóide

30 Fatores artritogênicos

31 Imunopatogênese da AR

32 Imunopatogenia da AR Nature Review Immunology, Vol7, 2007,

33 Anti CD-20, CTLA-4, IL-6 Terapia

34 Outros imunobiológicos

35 Diagnóstico AR

36 Diagnóstico da AR

37 Quebra de tolerância: Deficiência de células CD4 + CD39 + em pacientes Artríticos não responsivos ao MTX (UR-MTX) Peres et al. PNAS 2015

38 Comprometimento da atividade ATPase de células CD4 + CD39 + de pacientes UR-MTX Peres et al. PNAS 2015

39 Psoríase CD3 CD8 CD11c Sabat R, Philipp S, Höflich C, Kreutzer S, Wallace E, Asadullah K, Volk HD, Sterry W, Wolk K. Exp Dermatol Oct;16(10):

40 Imunopatogênese da Psoríase

41 Terapia: Imunobiológicos Frank O. Nestle, M.D., Daniel H. Kaplan, M.D., Ph.D., and Jonathan Barker, M.D. N Engl J Med 2009; 361:

42 Imunobiológicos para doenças não reumáticas

43 Diabetes Mellitus do tipo 1 Órgão específica, células Th1 e CD8 + Insulina Mais prevalente em Crianças CEGUEIRA, NEFROPATIA, VASCULOPATIA CÉLULAS BETA PANCREÁTICAS

44 Imunopatogenia na Diabetes do tipo I 1) Órgão Alvo: Pâncreas endócrino 2) Linfonodos pancreáticos 3) Homing para as ilhotas Nat. Rev. Immunol., v (2007)

45 Diagnóstico da Diabetes do tipo I verificação das alterações da glicose no sangue em jejum e após ingestão de grandes doses de açúcar em dois dias diferentes (curva glicêmica)

46 Esclerose Múltipla Doença inflamatória crônica Sistema Nervoso Central Auto-imune

47 Imunopatogênese da Esclerose Múltipla Nat. Rev. Immunol., v. 9 pag (2009)

48 Diagnóstico da EM 1. A observação dos sinais clinicos 3. O exame do LCR (Líquido cefalorraquidiano) por punção lombar

49 Manifestações clínicas da autoimunidade Resposta Imune

50

Glomerulonefrites Secundárias

Glomerulonefrites Secundárias Doenças sistêmicas nfecto-parasitárias Nefropatia da gravidez Medicamentosa doenças reumáticas, gota, mieloma, amiloidose, neoplasias SDA hepatite viral shistossomose Doenças Reumáticas Lupus eritematoso

Leia mais

Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal Disciplina de Imunologia MED 194

Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal Disciplina de Imunologia MED 194 Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal Disciplina de Imunologia MED 194 Monitor: André Costa Matos Tolerância e autoimunidade. Introdução:...

Leia mais

Reações de Hipersensibilidade

Reações de Hipersensibilidade UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Reações de Hipersensibilidade Conceito Todos os distúrbios causados pela resposta imune são chamados de doenças de Hipersensibilidade Prof. Gilson C.Macedo Classificação

Leia mais

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS REUMATOLOGIA

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS REUMATOLOGIA 2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS REUMATOLOGIA Questão nº: 21 São associações significativas entre antígeno leucocitário humano (HLA) dos seguintes tipos e doenças, EXCETO: a) HLAB27 e artrite reativa.

Leia mais

Profº André Montillo

Profº André Montillo Profº André Montillo Generalidades: É uma Doença Auto Imune em que ocorrerá a produção de Auto-Anticorpos Patogênicos e Complexos Antígeno-Anticorpo que danificam as células e tecidos do organismo Epidemiologia:

Leia mais

Hipersensibilidades e Alergias e doenças autoimunes

Hipersensibilidades e Alergias e doenças autoimunes Hipersensibilidades e Alergias e doenças autoimunes Reações de hipersensibilidade são mediadas por mecanismos imunológicos que lesam os tecidos. Tipos de doenças mediadas por anticorpos Dano causado por

Leia mais

Biologia. Transplantes e Doenças Autoimunes. Professor Enrico Blota.

Biologia. Transplantes e Doenças Autoimunes. Professor Enrico Blota. Biologia Transplantes e Doenças Autoimunes Professor Enrico Blota www.acasadoconcurseiro.com.br Biologia HEREDITARIEDADE E DIVERSIDADE DA VIDA- TRANSPLANTES, IMUNIDADE E DOENÇAS AUTOIMUNES Os transplantes

Leia mais

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27 Sumário parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27 1 Terapêutica: estratégia geral... 29 terminologia de doenças... 29 História do caso... 34 Disposição do fármaco... 39 Seleção do fármaco...

Leia mais

Pneumonia intersticial. Ana Paula Sartori

Pneumonia intersticial. Ana Paula Sartori Pneumonia intersticial com achados autoimunes: revisão Ana Paula Sartori ROTEIRO Pneumonia intersticial com achados autoimunes: revisão Ana Paula Sartori Doença Pulmonar Intersticial Consensos/Classificação

Leia mais

FISIOTERAPIA PREVENTIVA

FISIOTERAPIA PREVENTIVA FISIOTERAPIA PREVENTIVA DIABETES MELLITUS APOSTILA 5 DEFINIÇÃO É um distúrbio crônico, caracterizado pelo comprometimento do metabolismo da glicose e de outras substâncias produtoras de energia, bem como

Leia mais

Doença inflamatória da coluna vertebral podendo ou não causar artrite em articulações periféricas e inflamação em outros órgãos como o olho.

Doença inflamatória da coluna vertebral podendo ou não causar artrite em articulações periféricas e inflamação em outros órgãos como o olho. O termo reumatismo, embora consagrado, não é um termo adequado para denominar um grande número de diferentes doenças que tem em comum o comprometimento do sistema músculo-esquelético, ou seja, ossos, cartilagem,

Leia mais

Lúpus eritematoso sistêmico com acometimento neurológico grave: Relato de Caso

Lúpus eritematoso sistêmico com acometimento neurológico grave: Relato de Caso Lúpus eritematoso sistêmico com acometimento neurológico grave: Relato de Caso Eduardo Lopes 1 ; Antônio Carlo Klug Cogo¹; Carolina Dolinski¹; Patrícia Formigheri Feldens²; Fabio Cardoso³, Lucas Pereira

Leia mais

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) UMA REVISÃO 1

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) UMA REVISÃO 1 LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) UMA REVISÃO 1 Tainara Jungton Bönmann 2, Danielle Monteiro 3, Renata Cardozo 4, Andressa Ferreira 5, Hiam Hamaoui Macht 6, Bruna Comparsi 7. 1 Trabalho de conclusão de

Leia mais

Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Avaliação do paciente com queixa osteoarticular. Objetivos. Diagnóstico preciso. Terapêutica adequada e sem demora. Não realização de exames desnecessários. Abordagem.

Leia mais

Doença de Addison DOENÇA DE ADDISON

Doença de Addison DOENÇA DE ADDISON Enfermagem em Clínica Médica Doença de Addison Enfermeiro: Elton Chaves email: eltonchaves76@hotmail.com DOENÇA DE ADDISON A insuficiência adrenal (IA) primária, também denominada doença de Addison, geralmente

Leia mais

Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma série de antígenos próprios.

Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma série de antígenos próprios. Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma série de antígenos próprios. Autoimunidade fisiológica: Remoção de hemácias senescentes Doença Autoimune é uma síndrome provocada

Leia mais

Regulação hormonal 15/11/2018. Regulação hormonal. Glândula pineal

Regulação hormonal 15/11/2018. Regulação hormonal. Glândula pineal Regulação hormonal Regulação hormonal Sistema endócrino Manutenção da homeostasia Hormônios Substâncias (proteicas ou lipídicas) transportadas pelos sangue até as células ou tecido- alvo; Especificidade;

Leia mais

Lúpus Eritematoso Sistêmico - sinais e sintomas

Lúpus Eritematoso Sistêmico - sinais e sintomas Lúpus Eritematoso Sistêmico - sinais e sintomas Lúpus Eritematoso Sistêmico - sinais e sintomas Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune de causa ainda desconhecida que pode afetar a pele,

Leia mais

Imunidade adaptativa (adquirida / específica):

Imunidade adaptativa (adquirida / específica): Prof. Thais Almeida Imunidade inata (natural / nativa): defesa de primeira linha impede infecção do hospedeiro podendo eliminar o patógeno Imunidade adaptativa (adquirida / específica): após contato inicial

Leia mais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais Bio12 Unidade 3 e Controlo de Doenças Que desafios se colocam ao controlo de doenças? Capítulo 1.1. Defesas específicas e não específicas De que forma poderá o organismo humano defenderse das agressões

Leia mais

Perfil para transtornos musculares Perfil para enfermidades ósseas Perfil funcional tireodiano

Perfil para transtornos musculares Perfil para enfermidades ósseas Perfil funcional tireodiano Perfil para transtornos musculares Perfil para enfermidades ósseas Perfil funcional tireodiano Prof. Dr. Fernando Ananias Para diagnosticar um infarto do miocárdio, duas das condições abaixo devem estar

Leia mais

DOENÇAS AUTO IMUNES OBJETIVO CONHECER ALGUMAS DOENÇAS AUTO IMUNES MAIS COMUNS CONECHER ALGUNS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICOS MAIS UTILIZADOS

DOENÇAS AUTO IMUNES OBJETIVO CONHECER ALGUMAS DOENÇAS AUTO IMUNES MAIS COMUNS CONECHER ALGUNS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICOS MAIS UTILIZADOS OBJETIVO CONHECER ALGUMAS DOENÇAS AUTO DOENÇAS AUTO IMUNES IMUNES MAIS COMUNS CONECHER ALGUNS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICOS MAIS UTILIZADOS CONHECER A FORMA DE TRATAMENTO Prof. Msc. Eliana Alvarenga NESSES PACIENTES

Leia mais

Imunidade adaptativa celular

Imunidade adaptativa celular Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada Disciplina RIM 5757 Integração Imunologia Básica-Clínica Imunidade adaptativa celular Cássia

Leia mais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais Bio12 Unidade 3 e Controlo de Doenças Que desafios se colocam ao controlo de doenças? Capítulo 1.1. Defesas específicas e não específicas De que forma poderá o organismo humano defenderse das agressões

Leia mais

EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE

EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE EXAMES LABORATORIAIS Coerências das solicitações; Associar a fisiopatologia; Correlacionar os diversos tipos de exames; A clínica é a observação

Leia mais

Funções efetoras de linfócitos Th1. Downloaded from: StudentConsult (on 1 December :52 PM) 2005 Elsevier

Funções efetoras de linfócitos Th1. Downloaded from: StudentConsult (on 1 December :52 PM) 2005 Elsevier Funções efetoras de linfócitos Th1 Downloaded from: StudentConsult (on 1 December 2008 06:52 PM) 2005 Elsevier Figure 8-40 Quais as características de um macrófago ativado por citocinas de Th1? - Apresenta

Leia mais

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: SINTOMAS E TRATAMENTO SANTO, José Mauro B. de 1 PEDER, Leyde D. 2 SILVA, Claudinei M. 3 RESUMO O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) talvez seja a mais característica das doenças

Leia mais

LÚPUS: PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS NO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA

LÚPUS: PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS NO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA LÚPUS: PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS NO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA AMORIM, Polyana Gonçalves 1 JÚNIOR, Vicente de Paulo Dalbão 2 RODRIGUES, Raphael Cardoso 3 INTRODUÇÃO O lúpus é uma doença autoimune, no qual

Leia mais

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Prof. Dr. Helio José Montassier

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Prof. Dr. Helio José Montassier REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE Prof. Dr. Helio José Montassier Ppais. OBJETIVOS da Aula de Hipersensibilidades:- 1- Compreender a classificação de reações de hipersensibilidade 2- Conhecer as doenças associadas

Leia mais

Resposta imune inata e adaptativa. Profa. Alessandra Barone

Resposta imune inata e adaptativa. Profa. Alessandra Barone Resposta imune inata e adaptativa Profa. Alessandra Barone Resposta imune Resposta imunológica Reação a componentes de microrganismos, macromoléculas como proteínas, polissacarídeos e substâncias químicas

Leia mais

Prof. Gilson C. Macedo. Fases da resposta de células T. Principais características da ativação de células T. Sinais necessários

Prof. Gilson C. Macedo. Fases da resposta de células T. Principais características da ativação de células T. Sinais necessários Ativação de Linfócitos T Para que ocorra ação efetora das células T há necessidade de ativação deste tipo celular. Prof. Gilson C. Macedo Fases da resposta de células T Fases da resposta de células T Ativação

Leia mais

Sessão televoter anemias. Joana Martins, Manuel Ferreira Gomes António Pedro Machado

Sessão televoter anemias. Joana Martins, Manuel Ferreira Gomes António Pedro Machado Sessão televoter anemias Joana Martins, Manuel Ferreira Gomes António Pedro Machado Investigação do doente com anemia Anemia Anemia VS, PCR Electroforese das Hb Ferro sérico, ferritina CTFF Vitamina B12

Leia mais

Fisiologia do Sistema Endócrino

Fisiologia do Sistema Endócrino Fisiologia do Sistema Endócrino Hormônios hipofisários anteriores Hormônios hipotalâmicos: Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) Hormônio liberador de tireotrofina (TRH) Hormônio liberador de corticotrofina

Leia mais

Centro de Infusão do H9J. Nilton Salles Rosa Neto

Centro de Infusão do H9J. Nilton Salles Rosa Neto Centro de Infusão do H9J Nilton Salles Rosa Neto Introdução O tratamento de doenças reumáticas sofreu mudança notável nos últimos 15 anos: maior compreensão de mecanismos e causas; permitiu tratar a causa

Leia mais

Reações de Hipersensibilidade. Profa.Alessandra Barone Prof. Archangelo P. Fernandes

Reações de Hipersensibilidade.  Profa.Alessandra Barone Prof. Archangelo P. Fernandes Reações de Hipersensibilidade www.profbio.com.br Profa.Alessandra Barone Prof. Archangelo P. Fernandes Reações de hipersensibilidade Sensibilidade termo que define a imunidade pela condição clínica do

Leia mais

SISTEMA CARDIO-RESPIRATÓRIO

SISTEMA CARDIO-RESPIRATÓRIO SISTEMA CARDIO-RESPIRATÓRIO Ênfase em tecido sanguíneo e imunidade SISTEMA SANGUÍNEO 1. Sangue 2. Vasos sanguíneos 3. Coração 1 1. SANGUE Tecido conjuntivo: apresenta grande quantidade de substância intercelular(plasma).

Leia mais

Diabetes Mellitus Tipo 1

Diabetes Mellitus Tipo 1 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO Diabetes Mellitus Tipo

Leia mais

Tópicos de Imunologia Celular e Molecular (Parte 2)

Tópicos de Imunologia Celular e Molecular (Parte 2) IMUNOLOGIA BÁSICA Tópicos de Imunologia Celular e Molecular (Parte 2) Prof. M. Sc. Paulo Galdino Os três outros tipos de hipersensibilidade ( II, III e IV) têm em comum uma reação exagerada do sistema

Leia mais

PROCESSO SELETIVO UNIFICADO DE RESIDÊNCIA MÉDICA 2018 PADRÃO DE RESPOSTAS PRELIMINAR PROVA PARA ESPECIALIDADELIDADES PEDIÁTRICAS

PROCESSO SELETIVO UNIFICADO DE RESIDÊNCIA MÉDICA 2018 PADRÃO DE RESPOSTAS PRELIMINAR PROVA PARA ESPECIALIDADELIDADES PEDIÁTRICAS PROCESSO SELETIVO UNIFICADO DE RESIDÊNCIA MÉDICA 2018 PADRÃO DE RESPOSTAS PRELIMINAR PROVA PARA ESPECIALIDADELIDADES PEDIÁTRICAS Situação-Problema 1 A) Peso inferior ao esperado OU Baixo peso OU Comprimento

Leia mais

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição O diabetes surge de um distúrbio na produção ou na utilização da insulina por isso é considerado um distúrbio endócrino provocado pela falta de produção ou de ação

Leia mais

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto ESCLEROSE MÚLTIPLA: EXPERIÊNCIA CLÍNICA DO CENTRO DE REFERÊNCIA DO HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSE DO RIO PRETO, SÃO PAULO Waldir Antonio Maluf Tognola Definição

Leia mais

Cronograma das Atividades Didáticas FCFRP/USP 1º semestre de 2018 Integral / _X _ Noturno

Cronograma das Atividades Didáticas FCFRP/USP 1º semestre de 2018 Integral / _X _ Noturno Cronograma das Atividades Didáticas FCFRP/USP 1º semestre de 2018 Integral / _X _ Noturno Nome da Disciplina ou Módulo: Atenção Diagnóstica em Doenças Hematológicas, Imunológicas, Metabólicas e Endocrinológicas

Leia mais

Elementos básicos da auto-imunidade em Reumatologia

Elementos básicos da auto-imunidade em Reumatologia O reumatologista revisita os: Elementos básicos da auto-imunidade em Reumatologia INTRODUÇÃO Diversas doenças reumatológicas têm como substrato fisiopatológico a auto-imunidade, os eventos chaves no seu

Leia mais

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Departamento de Ciências Neurológicas Waldir Antonio Maluf Tognola

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Departamento de Ciências Neurológicas Waldir Antonio Maluf Tognola Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Departamento de Ciências Neurológicas Waldir Antonio Maluf Tognola Definição Doença crônica, inflamatória e degenerativa do Sistema Nervoso Central, com destruição

Leia mais

APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS DOS ANTICORPOS MONOCLONAIS EM DOENÇAS AUTO IMUNES

APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS DOS ANTICORPOS MONOCLONAIS EM DOENÇAS AUTO IMUNES APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS DOS ANTICORPOS MONOCLONAIS EM DOENÇAS AUTO IMUNES Tayara C. dos Santos 1, Daniel Sturaro 2 1 Discente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. 2 Docente

Leia mais

Diabetes Mellitus: Etiopatogenia. Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas

Diabetes Mellitus: Etiopatogenia. Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas Diabetes Mellitus: Etiopatogenia Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas Etiopatogenia do DM1 Diminuição da secreção insulínica (

Leia mais

Doenças Adquiridas do Neurônio Motor. Msc. Roberpaulo Anacleto

Doenças Adquiridas do Neurônio Motor. Msc. Roberpaulo Anacleto Doenças Adquiridas do Neurônio Motor Msc. Roberpaulo Anacleto ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA Unidade motora: Esclerose Lateral Amiotrófica Doença degenerativa e progressiva, afetando os neurônios motores

Leia mais

Prática 00. Total 02 Pré-requisitos 2 CBI257. N o. de Créditos 02. Período 3º. Aprovado pelo Colegiado de curso DATA: Presidente do Colegiado

Prática 00. Total 02 Pré-requisitos 2 CBI257. N o. de Créditos 02. Período 3º. Aprovado pelo Colegiado de curso DATA: Presidente do Colegiado 1 Disciplina IMUNOLOGIA PROGRAMA DE DISCIPLINA Departamento DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Carga Horária Semanal Pré-requisitos Teórica 02 Prática 00 Total 02 Pré-requisitos Unidade ICEB Código CBI126

Leia mais

RELAÇÃO DE PONTOS PARA A PROVA ESCRITA E AULA PÚBLICA

RELAÇÃO DE PONTOS PARA A PROVA ESCRITA E AULA PÚBLICA RELAÇÃO DE PARA A PROVA ESCRITA E AULA PÚBLICA Medicina / Semiologia Médica / Reprodução Humana / Ginecologia / Obstetrícia 1. Pré-natal de risco habitual; 2. Assistência ao parto eutócico; 3. Doença hipertensiva

Leia mais

Pâncreas O Pâncreas é um órgão do sistema digestivo e endócrino. Tem uma função exócrina (segregando suco pancreático que contém enzimas digestivas) e

Pâncreas O Pâncreas é um órgão do sistema digestivo e endócrino. Tem uma função exócrina (segregando suco pancreático que contém enzimas digestivas) e Projecto Tutorial - Diabetes Trabalho realizado por: Carlos Bernardo 2 º Ano Bioquímica No âmbito da Cadeira de M.E.T. III Ano Lectivo: 2007/2008 Pâncreas O Pâncreas é um órgão do sistema digestivo e endócrino.

Leia mais

EM MEDICINA INTERNA. curso de atualização AUDITÓRIO MUNICIPAL DE VILA DO CONDE PROGRAMA 18 A 23 DE NOVEMBRO DE 2019 HEMATOLOGIA CUIDADOS PALIATIVOS

EM MEDICINA INTERNA. curso de atualização AUDITÓRIO MUNICIPAL DE VILA DO CONDE PROGRAMA 18 A 23 DE NOVEMBRO DE 2019 HEMATOLOGIA CUIDADOS PALIATIVOS curso de atualização EM MEDICINA INTERNA AUDITÓRIO MUNICIPAL DE VILA DO CONDE 18 A 23 DE NOVEMBRO DE 2019 DOENÇAS AUTO-IMUNES CUIDADOS PALIATIVOS HEPATOLOGIA HEMATOLOGIA NEUROLOGIA PSIQUIATRIA OUTROS DOENÇAS

Leia mais

Imunologia. Diferenciar as células e os mecanismos efetores do Sistema imune adquirido do sistema imune inato. AULA 02: Sistema imune adquirido

Imunologia. Diferenciar as células e os mecanismos efetores do Sistema imune adquirido do sistema imune inato. AULA 02: Sistema imune adquirido Imunologia AULA 02: Sistema imune adquirido Professor Luiz Felipe Leomil Coelho Departamento de Ciências Biológicas E-mail: coelho@unifal-mg.edu.br OBJETIVO Diferenciar as células e os mecanismos efetores

Leia mais

Fundação Educacional Lucas Machado - FELUMA Faculdade Ciências Médicas - MG Concurso de Transferência 2016 PROGRAMA DE ANATOMIA (20 QUESTÕES)

Fundação Educacional Lucas Machado - FELUMA Faculdade Ciências Médicas - MG Concurso de Transferência 2016 PROGRAMA DE ANATOMIA (20 QUESTÕES) Fundação Educacional Lucas Machado - FELUMA Faculdade Ciências Médicas - MG Concurso de Transferência 2016 1 PROGRAMAS PARA A 2 ª SÉRIE DO CURSO DE MEDICINA PROGRAMA DE ANATOMIA (20 QUESTÕES) I Anatomia

Leia mais

Cronograma das Atividades Didáticas FCFRP/USP 1º semestre de 2019 Integral / _X Noturno

Cronograma das Atividades Didáticas FCFRP/USP 1º semestre de 2019 Integral / _X Noturno Cronograma das Atividades Didáticas FCFRP/USP 1º semestre de 019 Integral / _X Noturno Nome da Disciplina ou Módulo: Atenção Diagnóstica em Doenças Hematológicas, Imunológicas, Metabólicas e Endocrinológicas

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 293, DE 2009

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 293, DE 2009 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 293, DE 2009 Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, (que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências) para incluir

Leia mais

Outras Anemias: Vamos lá? NAC Núcleo de Aprimoramento científico Hemograma: Interpretação clínica e laboratorial do exame. Jéssica Louise Benelli

Outras Anemias: Vamos lá? NAC Núcleo de Aprimoramento científico Hemograma: Interpretação clínica e laboratorial do exame. Jéssica Louise Benelli Outras Anemias: A anemia por si só não é uma doença, e sim uma consequência de algum desequilíbrio entre os processos de produção e perda de eritrócitos, que leva a diminuição de hemoglobina. A inúmera

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º ANO

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º ANO . Em situação de desnutrição proteica severa, a pressão osmótica do plasma sanguíneo fica abaixo do normal e, consequentemente, ocorrera acúmulo de líquido intersticial nos tecidos periféricos do organismo

Leia mais

DIETOTERAPIA EM PACIENTES COM DOENÇA CELÍACA. RESUMO

DIETOTERAPIA EM PACIENTES COM DOENÇA CELÍACA.   RESUMO DIETOTERAPIA EM PACIENTES COM DOENÇA CELÍACA Bruno Nascimento da Silva 1 ; Karyne Barros Queiroz 1 ; Sabrina Kécia de Freitas Almeida 1 Edmir Geraldo de Siqueira Fraga 2 1 Discente do Curso de Biomedicina

Leia mais

PLANILHA GERAL - OITAVO PERIODO - FUNDAMENTOS DA CLINICA IV - 2º 2017

PLANILHA GERAL - OITAVO PERIODO - FUNDAMENTOS DA CLINICA IV - 2º 2017 Página 1 PLANILHA GERAL - OITAVO PERIODO - FUNDAMENTOS DA CLINICA IV - 2º 2017 Dia Data Hora Professor/GAD Sala Conteúdo Módulo Aula Inaugural Fisiopatologia das doenças respiratórias: edema, inflamação,

Leia mais

Faculdade da Alta Paulista

Faculdade da Alta Paulista Plano de Ensino Disciplina: Imunologia Curso: Biomedicina Período Letivo: 2017 Série: 2 Obrigatória (X) Optativa ( ) CH Teórica: 80h CH Prática: CH Total: 80h Obs: Objetivos: Saber diferenciar as respostas

Leia mais

SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS EM EQUINOS

SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS EM EQUINOS SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS EM EQUINOS INTRODUÇÃO A expansão neoplásica pode comprimir o tecido normal adjacente ou bloquear seu suprimento sanguíneo, tanto na origem quanto em sítios metastáticos, resultando

Leia mais

Revisão de Reumatologia PARTE II LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. Dr.Aleksander Snioka Prokopowitsch. Dr.Aleksander Snioka Prokopowitsch

Revisão de Reumatologia PARTE II LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. Dr.Aleksander Snioka Prokopowitsch. Dr.Aleksander Snioka Prokopowitsch Dr.Aleksander Snioka Prokopowitsch Graduado em Medicina pela USP Especialista em Clínica Médica e Reumatologia pelo HC FMUSP Doutor em Reumatologia pela FMUSP Médico Assistente da Divisão de Clínica Médica

Leia mais

PANCREAS A eliminação do suco pancreático é regulada, principalmente, pelo sistema nervoso. Quando uma pessoa alimenta-se, vários fatores geram

PANCREAS A eliminação do suco pancreático é regulada, principalmente, pelo sistema nervoso. Quando uma pessoa alimenta-se, vários fatores geram PANCREAS O pâncreas, uma importante glândula do corpo humano, é responsável pela produção de hormônios e enzimas digestivas. Por apresentar essa dupla função, essa estrutura pode ser considerada um órgão

Leia mais

Produção de raios-x, Interação com a Matéria, Proteção Radiológica, Instrumental Prof. Dr. Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques

Produção de raios-x, Interação com a Matéria, Proteção Radiológica, Instrumental Prof. Dr. Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques Produção de raios-x, Interação com a Matéria, Proteção Radiológica, Instrumental Prof. Dr. Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques Centro de Ciências das Imagens e Física Médica Departamento de Clínica Médica

Leia mais

Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase

Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase Projeto: Atualização em Farmacologia Básica e Clínica Curso: Farmacologia Clínica do Sistema Nervoso Autônomo Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase Prof. Dr. Gildomar

Leia mais

Espectro clínico. Figura 1 Espectro clínico chikungunya. Infecção. Casos Assintomáticos. Formas. Típicas. Fase Aguda. Fase Subaguda.

Espectro clínico. Figura 1 Espectro clínico chikungunya. Infecção. Casos Assintomáticos. Formas. Típicas. Fase Aguda. Fase Subaguda. Secretaria de Vigilância em Saúde Espectro clínico O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano, é em média de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias). O extrínseco, que ocorre no vetor,

Leia mais

PLANO DE ENSINO EMENTA

PLANO DE ENSINO EMENTA PLANO DE ENSINO DADOS DA DISCIPLINA Nome da Disciplina: Imunologia Curso: Farmácia Termo: 3º Carga Horária Semanal (h/a): 4 Carga Horária Semestral (h/a): 75 Teórica: 2 Prática: 2 Total: 4 Teórica: 30

Leia mais

MYASTENIA GRAVIS (Miastenia grave)

MYASTENIA GRAVIS (Miastenia grave) MYASTENIA GRAVIS (Miastenia grave) Amilton Antunes Barreira Depto. de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo EVENTOS DA TRANSMISSÃO

Leia mais

Tabela 1 - Manifestações clínicas da DC em pacientes pediátricos (adaptada de

Tabela 1 - Manifestações clínicas da DC em pacientes pediátricos (adaptada de 7- ANEXOS Manifestações secundárias à DC não tratada DC com sintomas clássicos Distensão abdominal Anorexia Diarreia crónica ou recorrente Falha de crescimento ou perda de peso Irritabilidade Perda de

Leia mais

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Universidade Católica Portuguesa Viseu Instituto de Ciências da Saúde

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Universidade Católica Portuguesa Viseu Instituto de Ciências da Saúde DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Universidade Católica Portuguesa Viseu Instituto de Ciências da Saúde LICENCIATURA Ciências Biomédicas ÁREA DISCIPLINAR Patologia Humana ANO/SEMESTRE ANO LECTIVO 2.º Ano/1.º

Leia mais

COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE - MHC. Profa Valeska Portela Lima

COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE - MHC. Profa Valeska Portela Lima COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE - MHC Profa Valeska Portela Lima Introdução Todas as espécies possuem um conjunto de genes denominado MHC, cujos produtos são de importância para o reconhecimento

Leia mais

Imunidade a Tumores. Prof Vanessa Carregaro Departamento de Bioquímica e Imunologia FMRP-USP

Imunidade a Tumores. Prof Vanessa Carregaro Departamento de Bioquímica e Imunologia FMRP-USP Imunidade a Tumores Prof Vanessa Carregaro Departamento de Bioquímica e Imunologia FMRP-USP Ribeirão Preto Abril, 2018 Câncer Hipócrates, por volta do ano 400 a.c Câncer: As veias que irradiam a partir

Leia mais

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES AVANÇADAS Maio de 2013 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Conteúdo Definições atualmente utilizadas Diagnóstico Tratamento

Leia mais

Hematologia Clínica : bases fisiopatológicas

Hematologia Clínica : bases fisiopatológicas Para entender Hematologia: compartimento 1 = medula óssea ( MO), onde são produzidas as células sanguíneas compartimento 2 = sangue periférico (SP), onde circulam as células compartimento 3 = órgãos linfóides

Leia mais

Pergunte ao especialista. Dra. Eliane Focaccia Póvoa Mestre em Reumatologia pela UNIFESP Chefe SGBENIN GEXSP SUL

Pergunte ao especialista. Dra. Eliane Focaccia Póvoa Mestre em Reumatologia pela UNIFESP Chefe SGBENIN GEXSP SUL Pergunte ao especialista Dra. Eliane Focaccia Póvoa Mestre em Reumatologia pela UNIFESP Chefe SGBENIN GEXSP SUL Doenças Reumatológicas DOENÇAS DIFUSAS DO TECIDO CONJUNTIVO: Lupus Eritematoso Sistêmico

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO GENERALISTA. Os distúrbios da somatização são caracterizados por, EXCETO:

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO GENERALISTA. Os distúrbios da somatização são caracterizados por, EXCETO: 12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO GENERALISTA QUESTÃO 21 Os distúrbios da somatização são caracterizados por, EXCETO: a) Queixas somáticas recorrentes. b) Duração de queixas por muitos anos.

Leia mais

I Curso de Choque Faculdade de Medicina da UFMG INSUFICIÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS MODS

I Curso de Choque Faculdade de Medicina da UFMG INSUFICIÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS MODS I Curso de Choque Faculdade de Medicina da UFMG INSUFICIÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS MODS Alterações Hematológicas Anatomia. Circulação. Distribuição. Função. Adaptação x Disfunção. Alterações Hematológicas

Leia mais

FRAQUEZA MUSCULAR. Diagnóstico

FRAQUEZA MUSCULAR. Diagnóstico FRAQUEZA MUSCULAR Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira A fraqueza muscular é um problema comum, mas, freqüentemente, tem significados diferentes

Leia mais

Semiologia do aparelho osteoarticular. Professor Ivan da Costa Barros

Semiologia do aparelho osteoarticular. Professor Ivan da Costa Barros Semiologia do aparelho osteoarticular Professor Ivan da Costa Barros IMPORTÂNCIA CLÍNICA 10% das consultas médicas Mais de 100 doenças Complicações não articulares Geralmente auto limitado 1 em 5 americanos

Leia mais

Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) Antígeno leucocitário humano (HLA)

Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) Antígeno leucocitário humano (HLA) Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) Antígeno leucocitário humano (HLA) Prof. Dr. Leonardo Sokolnik de Oliveira Instagram @professor_leonardo Twitter @professor_leo Definição MHC / HLA Conjunto

Leia mais

AULA #3 IMUNOGLOBULINAS E SISTEMA COMPLEMENTO BMI0255

AULA #3 IMUNOGLOBULINAS E SISTEMA COMPLEMENTO BMI0255 AULA #3 IMUNOGLOBULINAS E SISTEMA COMPLEMENTO BMI0255 IMUNOGLOBULINAS - PROTEÍNAS SINTETIZADAS POR LINFÓCITOS B - COMPOSTAS POR DUAS CADEIAS PESADAS E DUAS CADEIAS LEVES - COMPOSTAS POR REGIÕES VARIÁVEIS

Leia mais

Imunossupressores e Agentes Biológicos

Imunossupressores e Agentes Biológicos Imunossupressores e Agentes Biológicos Imunossupressores Redução da resposta Imune Usos Clínicos Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Doenças autoimunes Transplantes de órgãos

Leia mais

Artrite Psoriásica. 15 Encontro Municipal / 13 Encontro Nacional de Psoríase 10 Encontro de Vitiligo 2017

Artrite Psoriásica. 15 Encontro Municipal / 13 Encontro Nacional de Psoríase 10 Encontro de Vitiligo 2017 Artrite Psoriásica 15 Encontro Municipal / 13 Encontro Nacional de Psoríase 10 Encontro de Vitiligo 2017 Dra. Andrea B. V. Lomonte Reumatologista - Centro Paulista de Investigação Clínica Artrite psoriásica

Leia mais

Ontogênese de linfócitos T

Ontogênese de linfócitos T Ontogênese de linfócitos T Linfócitos T Linfócitos T Os linfócitos T formados durante o desenvolvimento intratímico são: Linfócitos T (TCR γδ) Linfócitos T (TCR αβ) CD4+ CD8+ T reguladores Linfócitos NKT

Leia mais

Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo

Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo 30 de Outubro de 2012 Reumatismo 1. O que é reumatismo? Reumatismo é um termo genérico e popularmente usado para designar uma variedade de distúrbios e doenças

Leia mais

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS CONCURSO PARA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PATOLOGIA Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo SÃO PAULO/SP Departamento de Patologia, 1º andar, sala 1154 20 e 21 de MAIO DE 2016 GABARITO PROVA TEÓRICA

Leia mais

NOME GÊNERO IDADE ENDEREÇO TELEFONE

NOME GÊNERO IDADE ENDEREÇO TELEFONE HISTÓRIA CLÍNICA PARA INVESTIGAÇÃO DE URTICÁRIA DATA / / NOME GÊNERO IDADE ESTADO CIVIL RAÇA ENDEREÇO TELEFONE PROFISSÃO 1. ANTECEDENTES A) história familiar: Urticária angioedema Doenças da tireóide Asma,

Leia mais

Resposta Imune Humoral Dr. Carlos R Prudencio

Resposta Imune Humoral Dr. Carlos R Prudencio Resposta Imune Humoral Dr. Carlos R Prudencio O Sistema Imune e os agentes infecciosos Técnicas sorológicas e de biologia molecular no diagnóstico de agentes infecciosos Órgãos do sistema linfóide Introdução:

Leia mais

Complementação de Reumatologia

Complementação de Reumatologia - GESEP I-Poliartrites com Repercussões Sistêmicas Complementação de Reumatologia A. R. S. de Sjögren E. S. P. (Esclerodermia) L. E. S. D. M. T. C. (Doença Mista do Tec. Conjuntivo) Vasculites Polidérmatomiosite

Leia mais

Sistema Endócrino. Prof. Mateus Grangeiro

Sistema Endócrino. Prof. Mateus Grangeiro Sistema Endócrino Prof. Mateus Grangeiro HORMÔNIOS Moléculas mediadoras, liberadas pelas glândulas endócrinas, capazes de conduzir determinada informação entre uma ou mais células. Natureza química variada

Leia mais

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho!

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho! Nenê assim rapidamente leva trombada Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho! Nenê assim rapidamente leva trombada Nefrítica Nefrótica Assintomática GN rapidamente progressiva Trombótica

Leia mais

Tireoidopatias e Hepatite C

Tireoidopatias e Hepatite C Tireoidopatias e Hepatite C IV Workshop Internacional de Atualizacão Em Hepatologia 15 e 16 de Maio de 2009 Serviço de Endocrinologia e Metabologia Universidade Federal do Paraná Dra Gisah Amaral de Carvalho

Leia mais

PROJETO LAAI: LUPUS ELABORAÇAO DE UM FOLDER

PROJETO LAAI: LUPUS ELABORAÇAO DE UM FOLDER 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO PROJETO LAAI: LUPUS

Leia mais

BIOQUÍMICA E METABOLISMO DOS MICRONUTRIENTES NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL

BIOQUÍMICA E METABOLISMO DOS MICRONUTRIENTES NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL BIOQUÍMICA E METABOLISMO DOS MICRONUTRIENTES NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL Profa. Dra. Maria Rosimar Teixeira Matos Docente do Curso de Nutrição da UECE TERAPIA NUTRICIONAL Suprir as necessidades

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DISCIPLINA: RFM Fisiologia Humana

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DISCIPLINA: RFM Fisiologia Humana UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DISCIPLINA: RFM 0006 - Fisiologia Humana Docente responsável: Profa Dra Lucila L K Elias Bibliografia: BERNE. Fisiologia. GUYTON, A.C.

Leia mais

Caso Clínico 1. HD: Síndrome Retroviral Recente

Caso Clínico 1. HD: Síndrome Retroviral Recente Caso Clínico 1 Mulher, 36 anos. Final Nov 2015- febre, adenomegalia cervical, cefaleia, náuseas. Relação sexual desprotegida nos últimos 30 dias. Anti HIV+ CD4+ 1.830 cel/mm³ (47%); CD8+ 904 cel/mm³ (23.2%);

Leia mais

PLANILHA GERAL - OITAVO PERÍODO - FUNDAMENTOS DA CLINICA IV - 1º 2018

PLANILHA GERAL - OITAVO PERÍODO - FUNDAMENTOS DA CLINICA IV - 1º 2018 Página 1 PLANILHA GERAL - OITAVO PERÍODO - FUNDAMENTOS DA CLINICA IV - 1º 2018 Dia Data Hora Professor/GAD Sala Conteúdo Módulo Coordenador de FC IV AULA INAUGURAL: Apresentação da UC, Plano de Ensino

Leia mais

Esclerodermia: Causas Desconhecidas e Ainda sem Tratamento

Esclerodermia: Causas Desconhecidas e Ainda sem Tratamento Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Esclerodermia: Causas Desconhecidas e Ainda sem Tratamento "A esclerodermia, doença que acomete 30

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA. Hormônios. Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA. Hormônios. Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA Hormônios Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina Profa. Dra. Nereide Magalhães Recife, 2004 Interação

Leia mais