PROFESSOR ARENILDO DOS SANTOS CURSO DE INTERPRETAÇÃO

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2 PROFESSOR ARENILDO DOS SANTOS CURSO DE INTERPRETAÇÃO

3 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. Este pequeno objeto que ora descrevemos encontra-se numa sala de aula e serve para escrever. Tem mais ou menos dez centímetros e lembra um lápis, estética e funcionalmente: uma de suas extremidades é menos grossa do que a outra e, para ser usado, precisa estar entre os dedos. É pressionado de encontro ao quadro, causando riscos que têm a forma pretendida por quem o manipula.

4 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. O material de que é feito, o gesso, confere-lhe peso e consistência insignificantes. À medida que é usado, vai se decompondo, sendo visível também a poeira que dele resulta. Não há variedade de modelos: qualquer um apresenta o formato básico. Diferentes são as cores, pois há os azuis, os amarelos, os vermelhos e outros mais. Está presente em todas as salas de aula convencionais, pois se trata de um valioso instrumento no exercício da atividade docente.

5 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. A) Quanto ao modo de construção 1) Descrição objetiva O descritor retrata o objeto de forma precisa e imparcial, limitando-se aos aspectos exteriores. (postura parnasiana) 2) Descrição subjetiva O redator, fazendo uso expressivo de adjetivações, descreve o objeto de forma emotiva, na tentativa de tornar o leitor seu cúmplice. (postura impressionista)

6 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. B) Quanto ao objeto descrito 1) Descrição estática Neste tipo de descrição, o objeto descrito está parado. Trata-se de observação detida e atenta, principalmente se o observador também estiver parado. Ex.: descrição de uma árvore. 2) Descrição dinâmica Neste tipo de descrição, o objeto descrito está em movimento, exigindo do observador muita concentração. Ex.: descrição de um gol, numa partida de futebol.

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8 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. Numa Descrição, devem-se evitar: 1) Comentários óbvios É preciso atribuir ao objeto descrito características que o individualizem. Construção inadequada:... o banheiro tinha quatro paredes, uma pia, um vaso e um chuveiro... Construção adequada:...as paredes do banheiro eram de um azul já meio desbotado pelo tempo, uma pia encardida, um vaso sem tampa e um chuveiro enferrujado...

9 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. 2) Circunlóquios - Rodeio desnecessário de palavras, circunlocução. Construção inadequada:... a casa era bonita, muito bonita, linda, uma graça, lindíssima, sensacional,... Construção adequada:... a casa era lindíssima...

10 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. Estrutura Quanto aos parágrafos, uma descrição tem que ser dividida em introdução (1 parágrafo), desenvolvimento (de 1 a 3 parágrafos) e conclusão (1 parágrafo). Obs.: Ao fazer uma descrição, procure facilitar o trabalho imaginativo do leitor. Por exemplo, se for descrever uma pessoa, faça-o de cima para baixo, ou seja, comece pelo rosto, cabelo, tronco, etc. Neste caso, se a descrição for subjetiva, faça a retratação física num parágrafo e, noutro, a retratação psicológica ou emocional.

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12 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. O braço dela é necessariamente duro, a exemplo dos pés, a fim de oferecer segurança. Seu encosto contrasta, pois é macio, fofo, quase liso. A parte de baixo também é macia e confortável. Esse objeto encontra-se em cada sala de aula e os alunos adoram sentar nele. Julgue cada afirmativa a seguir como C(certa) ou E(errada). a. O texto mescla passagens dissertativas, descritivas e narrativas. (C) (E)

13 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. b. Trata-se de exemplo de texto descritivo estático e impressionista. (C) (E) c. Há unidade temporal no texto. (C) (E) d. Há adjetivação direta e indireta no texto. (C) (E) e. No texto, o único sinônimo de "Esse objeto" é "nele". (C) (E)

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15 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. 2. Parafraseie conforme o modelo, com coerência. a. Ela estuda muito. (adjetivação indireta) Ela é estudiosa. (adjetivação direta) b. Ela come muito. c. Ela dorme muito. d. Ela namora muito.

16 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. e. Ela chora muito. f. Ela anda muito. g. Ela fala muito. h. Ela sua muito. i

17 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO.. Ela trabalha muito. j. Ela cansa muito.

18 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. (CESGRANRIO) A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, com uma portinha pequena. Logo à entrada um cheiro mole e salobro enojou-a. A escada, de degraus gastos, subia ingrememente, apertada entre paredes onde a cal caía, e a umidade fizera nódoas. No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de arame, parda do pó acumulado, coberta de teias de aranha, coava a luz suja do saguão. E por trás de uma portinha, ao lado, sentia-se o ranger de um berço, o chorar doloroso de uma criança. (Eça de Queirós. O Primo Basílio)

19 TIPOLOGIA BÁSICA: DESCRIÇÃO. Observando-se os recursos de estilo presentes na composição desse trecho, é correto afirmar que (A) o acúmulo de pormenores induz a uma percepção impessoal e neutra do real. (B) a descrição assume caráter impressionista, dando também dimensão subjetiva à percepção do espaço. (C) as descrições veiculam as impressões do personagem sem a interferência emotiva do narrador. (D) a carência de adjetivos confere caráter objetivo e real à representação do espaço. (E) o predomínio da descrição confere caráter expressionista ao relato, eliminando seus resíduos subjetivos.

20 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Narrar é contar uma história, uma sequencia de fatos (enredo) ocorridos em local e tempo determinados. Ao fazer uma narração, é preciso que o redator, se possível, deixe claro o que aconteceu?, por que aconteceu?, como aconteceu?, onde aconteceu?, quando aconteceu?, com quem aconteceu?. Com base nisso, eis os elementos essenciais a toda narração: 1) Narrador - Uma história pode ser contada por um narradorpersonagem (narração em primeira pessoa) ou um narradorobservador (narração em terceira pessoa). 2) Personagens - Não há narração sem personagens. O redator deve criá-los e, se for do seu interesse, pode distingui-los em protagonista, antagonista, secundário.

21 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. 3) Tempo - É importante que o redator deixe claro quando os fatos narrados se deram e em quanto tempo ocorreram. 4) Espaço - A localização física e geográfica dos fatos narrados é importante, a fim de facilitar a imaginação do leitor. Obs.: Cuidado. Nem toda narração é ficcional. Uma notícia de jornal, por exemplo, pode tematizar um fato que envolve um enredo, isto é, uma sequência de ações e de acontecimentos. Por essa razão, pode-se ter um texto simultaneamente informativo e narrativo.

22 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Noivo prende fugitivo na hora do casamento A igreja estava linda. Os familiares e amigos presentes. Flores diversas. Os pais de ambos visivelmente emocionados. Era o casamento. Em plena hora do casamento, o noivo abandonou a festa para prender o fugitivo de um acidente de carro. Richard e Sarah Cooney acabaram de se casar em Birmingham, Inglaterra, e ele viu a fuga. Não perdeu tempo e perseguiu um homem que tentou escapar até dominá-lo. A cerimônia já tinha acabado e o casal posava para fotografias do lado de fora da Igreja Saint Margaret Mary quando aconteceu o incidente.

23 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O marido ouviu o barulho dos carros batendo e dois homens envolvidos no acidente fugindo. Christopher Armstrong, padrinho na cerimônia e irmão de Sarah, correu atrás de um deles, enquanto Richard seguia o outro. Depois de alcançar o fugitivo em um parque, o noivo o entregou à polícia e voltou para a cerimônia. (Deu no Terra, maio de As notícia mais malucas do planeta. Alessandro Bender.)

24 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O primeiro parágrafo do texto, por sua estrutura e características, deve ser prioritariamente classificado como: (A) expositivo; (B) narrativo; (C) normativo; (D)argumentativo; (E) descritivo.

25 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Duas características - presentes no primeiro parágrafo - que são representativas do modo de organização discursiva que você assinalou na questão anterior são: (A) o fato e a opinião; (B) regras e exceções; (C) unidade temporal e adjetivações; (D) enredo e cronologia; (E) opiniões e considerações.

26 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O segundo parágrafo do texto, por sua estrutura e características, deve ser prioritariamente classificado como: (A) expositivo; (B) narrativo; (C) normativo; (D)argumentativo; (E) descritivo.

27 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O segundo parágrafo do texto, por sua estrutura e características, deve ser prioritariamente classificado como: (A) expositivo; (B) narrativo; (C) normativo; (D)argumentativo; (E) descritivo.

28 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O texto só não permite inferir a seguinte característica do noivo: (A) corajoso; (B) fiel; (C) herói; (D) impetuoso; (E) tenaz.

29 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. A cerimônia já tinha acabado e o casal posava para fotografias do lado de fora da Igreja Saint Margaret Mary quando aconteceu o incidente. O vocábulo destacado corresponde a: (A) após; (B) no momento em que; (C) depois de; (D) logo que; (E) antes de.

30 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Discurso Indireto- O narrador transmite, com suas próprias palavras, a fala dos personagens. O discurso indireto se caracteriza, no plano formal, pela presença dos chamados verbos "dicendi", ou seja, verbos declarativos do tipo falar, dizer, responder, argumentar, confessar, ponderar, expressar, etc., acompanhados, sobretudo, de orações subordinadas substantivas, quando o desejo é reproduzir a fala do personagem. Ex.: Filomena respondeu que não poderia, àquela altura dos acontecimentos, voltar atrás.

31 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Discurso Direto - O narrador interrompe a trajetória de sua narração, passando a palavra para os próprios personagens. O discurso direto, no plano formal, traz as falas dos personagens também precedidas dos chamados verbos declarativos, ou "dicendi". Em alguns casos, porém, tais verbos não são necessários, uma vez que o próprio contexto e alguns recursos de pontuação (dois pontos, travessão, aspas) ou gráficos (mudança de linha) já são suficientes para o anúncio de uma participação direta dos personagens.

32 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Observação: Quanto à pontuação, no discurso direto, é válido observar que dois-pontos e travessão são sinais marcantes desse tipo de discurso, assim como as aspas, podendo o narrador optar por várias combinações. Veja só: O pai perguntou ao filho: - Você foi à escola? - Você foi à escola? - o pai perguntou ao filho. O pai perguntou ao filho: "Você foi à escola?" "Você foi à escola?", perguntou o pai ao filho.

33 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Transposição de Discursos Direto Indireto Verbo no presente. Verbo no pretérito perfeito. Verbo no futuro do presente. Verbo no imperativo. Demonstrativos este(a), esse(a), isto, isso. Advérbio aqui. Verbo no pretérito imperfeito. Verbo no pretérito mais-que-perfeito. Verbo no futuro do pretérito. Verbo no subjuntivo. Demonstrativos aquele(a), aquilo. Advérbio ali.

34 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Transposição de Discursos Direto Indireto Verbo no presente. Verbo no pretérito perfeito. Verbo no futuro do presente. Verbo no imperativo. Demonstrativos este(a), esse(a), isto, isso. Advérbio aqui. Verbo no pretérito imperfeito. Verbo no pretérito mais-que-perfeito. Verbo no futuro do pretérito. Verbo no subjuntivo. Demonstrativos aquele(a), aquilo. Advérbio ali.

35 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Reescreva o conteúdo de cada item a seguir, transformando o discurso indireto em discurso direto. Leve em conta a adequação do registro linguístico. a) No momento em que Christopher viu os homens fugindo, ele disse à mulher que o aguardasse e que não tivesse medo.

36 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. b) Quando Christopher abateu um dos fugitivos, xingou-o dizendo que não adiantava tentar fugir.

37 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. c) O policial agradeceu a Christopher, afirmando que a polícia daquele lugar precisaria de homens com aquela coragem.

38 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. d) Quando a mulher viu o marido voltar, de longe gritou-lhe que não deixaria mais que ele se arriscasse daquela maneira e que o amaria para sempre.

39 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Aos vinte e sete dias do mês de março de dois mil e seis, no auditório da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos, realizou-se a sessão de análise dos resultados do seminário Gestão de Recursos Hídricos: Olhar o Futuro, com a presença dos organizadores do referido evento, sob a presidência do secretário nacional de recursos hídricos, João Bosco Senra, que participara da solenidade de encerramento, na sexta-feira anterior, quando afirmara que o Plano Nacional de Recursos Hídricos precisava ter a participação social, sem a qual os resultados seriam pífios. [...]

40 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Após a avaliação do êxito das atividades do seminário, Senra informou que quarenta e quatro reuniões públicas foram programadas para o corrente ano para apresentar o plano e discuti-lo com a sociedade civil, os gestores, as empresas de saneamento e os grandes setores consumidores de água, como agronegócio, campo industrial e setor elétrico. Nós tivemos uma ampla participação de todos os setores usuários na construção do plano, mas é importante eles incorporarem os princípios, as diretrizes e os programas já na fase de planejamento da sua ação de forma que essas ações sejam sustentáveis. [...]

41 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Após encerrados os debates acerca do tema, deliberou-se por remeter correspondências aos organismos cadastrados como preservadores dos recursos hídricos, a fim de que engrossassem o caudal dos esforços para o uso racional da água, apresentando novas alternativas de ação, compatíveis com o mundo globalizado em que vivemos. Ao término da reunião, lavrei o presente documento que, lido, aprovado e assinado por mim e pelo presidente, será encaminhado aos diversos organismos, prestando contas das atividades ocorridas no mês de março. Internet: (com adaptações).

42 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. (CESPE ANA) Com base no texto ao lado, julgue os itens subsequentes. Com relação à tipologia, constata-se que o texto é predominantemente narrativo. (C) (E)

43 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. (CESPE - CHESF) O objetivo atual foi justamente proporcionar uma técnica de aplicação de fácil manejo e de grande rendimento, propícia, portanto, para a proteção de grandes superfícies, contínuas ou descontínuas, explica o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, criador da técnica. Esse parágrafo pode ser reescrito, em discurso indireto, da seguinte maneira: O geólogo Álvaro Rodrigues, que criou uma técnica de aplicação de alto rendimento e fácil de ser manejada, explicou que o objetivo do uso dessa técnica é a proteção de grandes superfícies, sejam elas contínuas ou descontínuas. (C) (E)

44 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. (CESPE - MIN) Reis, alquimistas e exploradores sonharam com o dia em que encontrariam um elixir que os faria enganar a morte e abraçar a eternidade. A vontade de viver para sempre é o mote da Epop de Gilgamesh, uma das histórias mais antigas do mundo, segundo a qual Gilgamesh, rei da lendária cidade suméria de Uruk, encontra Utnapishtim, que lhe promete vida eterna, desde que fique acordado 6 dias e 7 noites. Por mais que a ideia de viver para sempre seja sedutora, ela nunca tinha conseguido atravessar a linha que separa a ficção científica do mundo real. Até que a ciência passou a se debruçar com afinco no estudo do envelhecimento e a perceber que logo chegaria o dia em que seria possível desacelerá-lo e até evitá-lo. Vanessa de Sá. Galileu. Maio/2006, p. 57 (com adaptações).

45 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. A respeito da tipologia textual, das ideias e das estruturas do texto acima, julgue os itens a seguir. a. O primeiro parágrafo do texto caracteriza-se como informativo e narrativo. (C) (E)

46 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. A vida não é uma comédia romântica Homem e mulher se conhecem numa sala de espera de médico. Ela, grávida; ele, esperando a mulher, que consulta com o médico. Ele oferece a Caras que estava lendo: - Quer dar uma olhada? - Acho que essa eu já vi. É nova? - Bom, é deste século... Os dois riem. E se apaixonam. Dessas coisas. Destino, química... Quem explica essas coisas? Se apaixonam, pronto. Mas não caem nos braços um do outro. Mesmo porque a barriga dela, de sete meses, não permitiria. Ficam apenas se olhando, atônitos com o que aconteceu. Pois junto com o amor súbito vem a certeza da sua impossibilidade.

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48 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Como uma ferida fazendo casca em segundos. E como nenhum dos dois é um monstro de frivolidade, e como a vida não é uma comédia romântica, é uma coisa muito séria, e como eles não podem largar tudo e fugir, trocam informações rápidas, para pelo menos ter mais o que lembrar quando lembrarem aquele momento sem nenhum futuro, aquela quase loucura. Sim, é o primeiro filho dela. Menino. E a mulher dele? Está consultando o médico porque a gestação complicou, o parto talvez precise ser prematuro. Também é o primeiro filho deles. Filha. Menina. Que mais? Que mais? Não há tempo para biografias completas. Gostos, endereços, telefones, nada. A mulher dele sai do consultório. Ele tem que ir embora. Dá um jeito de voltar sozinho e perguntar o nome dela. Maria Alice. E o dele? Rogério! Rogério! E sai correndo, para nunca mais se encontrarem.

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50 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Mas se encontram. Três anos depois, na sala de espera de um pediatra. Ela chega com uma criança no colo. Ele está lendo uma revista. Talvez a mesma Caras. Os dois se reconhecem instantaneamente. Ele pega a mãozinha da criança. Pergunta o nome. É João Carlos. Caquinho. - Ele está com algum... - Não, não. Consulta normal. Ele é saudável até demais. Hiperativo. E a de vocês? O parto, afinal... - Foi bem, foi bem. Ela está ótima. Se chama Gabriela. Só veio fazer um checape. Eu não posso ficar lá dentro porque fico nervoso.

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52 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. E declara que não houve dia em que não pensasse nela, e no que poderia ter sido se tivessem saído juntos daquele consultório, anos atrás, e seguido seus instintos, e feito aquela loucura. E ela confessa que também pensou muito nele e no que poderia ter sido. E ele está prestes a pedir um telefone, um endereço, um sobrenome para procurar no guia, quando a mulher sai do consultório com a filha deles no colo e ele precisa ir atrás, e só o que consegue é um olhar de despedida, um triste olhar de nunca mais.

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54 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Mas se encontram outra vez. Dois anos depois, na sala de espera de um pronto-socorro. Ele com a mulher, ela com o marido. Ele leva um susto ao vê-la. O que houve? É o Caquinho. O cretino conseguiu prender a língua numa lata de Coca. Ele se emociona. A mulher dele não entende. De onde o marido conhece aquele Caquinho? E aquela mulher, que está perguntando se aconteceu alguma coisa com a Gabriela? Não foi nada, Gabriela só bateu com a cabeça na borda da piscina e está levando alguns pontos. E nem a mulher dele nem o marido dela entendem por que, ao chegar a notícia de que o Caquinho só ficará com a língua um pouco inchada, os dois se abraçam daquela maneira, tão comovidos. Depois, em casa, ele se explica: - Solidariedade humana, pô.

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56 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. A história não precisa terminar aí. Rogério e Maria Alice podem continuar se encontrando, de tempos em tempos, em salas de espera (dentistas, traumatologistas, psicólogos especializados em problemas de adolescentes, etc.) até um dia ela sair do quarto de hospital onde está o Caquinho, que teve um acidente de ultraleve, e avistá-lo na sala de espera da maternidade, e perguntar: - A Gabriela está tendo bebê? E ele fazer que sim com a cabeça, com cara de para onde foram as nossas vidas? Veríssimo. O globo, 13 de janeiro de 2008.

57 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Medos A menina precisava descer a ladeira para ir à escola. A mãe lhe disse que não tivesse medo, pois aqueles tiros logo parariam. Ela sabia que, se tivesse medo, a filha o herdaria. Era preciso não sentir medo. Seu medo era o de sentir medo. Confie em Deus... Minirretrato do cotidiano de muitos centros urbanos. A violência fazendo vítimas sociais e psicológicas. Pelo menos três grandes fobias têm, neste ainda princípio de século, caracterizado as mentes intelectualizadas.

58 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Uma é a homofobia, não no sentido recente e malformado, impregnado de matizes do universo das relações paranormais, tais como o homossexualismo. Em sentido lato e não estrito homo significa semelhante. De homossexual apreciação do mesmo gênero criou-se, pela comuníssima tendência à economia linguística, homo, ou seja, adepto do homossexualismo. Daí, homofobia, aversão ao homossexual.

59 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Homofobia, sim, no sentido de aversão ao semelhante, isto é, da mesma espécie. Antropofobia. Medo do outro. Misantropia. O indivíduo, nesta sociedade competitiva e selvática, modernização urbanizada da seleção natural, com toda a cadeia alimentar que lhe é peculiar, assombra-se com o próximo. A dramaticidade do cotidiano, em que se mesclam diferentes tipos pessoais da mesma espécie, cria no consciente da selva a necessidade de se estar em alerta, posicionando-se para fugir, defender-se, reagir ou atacar. Na cadeia, pode-se reconhecer a impotência ante o adverso, a restrição, a possibilidade de combater ou a vantagem oportunista.

60 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Também a monofobia é marca de nossos dias. A vida atribulada exige a atenção ao exterior. A selva urbana é o nosso habitat. A atenção tem de haver. Este sistema alucinante cria o medo do outro, mas é preciso estar em contato com o outro. É preciso criar motivos para a antropofobia. Quando não há monofobia, a misantropia vira caso patológico de alto grau. A monofobia equilibra, empurra para fora, num complexo de forças sorrateiras, invisíveis, disfarçadas nos sorrisos e vestimentas do cotidiano. Uma gangorra: como é difícil o equilíbrio.

61 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. A excessiva vivência do exterior gera o distanciamento do indivíduo de si mesmo, autodesconhecimento que gera despreparo na relação com as fobias mais naturais do ser humano. Desse despreparo vem talvez o maior dos medos: a tanatofobia. Existem centenas e centenas de religiões que apontam a morte como uma espécie de passagem: seja para o céu, seja para uma outra vida, seja para um outro estágio, etc. Ainda assim, o medo. O que acontece realmente quando se morre? A pluralidade de respostas não gera uma única convincente, o que justifica a tanatofobia.

62 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Não há como viver sem medos, mas talvez haja como conviver com eles sem deixá-los se transformar em nenhum tipo de patologia. A menina da ladeira tem medo do marginal, não das pessoas e do mundo; tem medo de ficar sem companhia, não (de ficar) sozinha consigo mesma; tem medo do tiro, não exatamente da morte. A consciência do medo pode inclusive gerar o medo do medo, o que também pode ser patológico. O ateu não se livra da crença por não crer na existência de Deus, pois ele crê na inexistência de Deus. Da mesma forma, não se pode tentar viver sem medo, pois isso revelaria medo do medo. O medo é necessário. O medo é freio que precisa, porém, ser freado para que cheguemos com vida à morte. Reflexões filosóficas. José Messias. Ed. Olympio. set. 2011

63 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. 1. Quanto à tipologia textual, a melhor classificação para o texto é: (A) descritivo; (B) narrativo; (C) argumentativo; (D) injuntivo; (E) científico.

64 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. A menina precisava descer a ladeira para ir à escola. A mãe lhe disse que não tivesse medo, pois aqueles tiros logo parariam. Ela sabia que, se tivesse medo, a filha o herdaria. Era preciso não sentir medo. Seu medo era o de sentir medo. Confie em Deus Quanto às referenciações presentes no primeiro parágrafo, pode-se afirmar que têm o mesmo referente os termos da alternativa: (A) menina (l. 1) mãe (l. 2) Ela (l. 3); (B) menina (l. 1) filha (l. 3) Seu (l. 4); (C) mãe (l. 2) Ela (l. 3) Seu (l. 4); (D) ladeira (l. 1) escola (l. 1) filha (l. 3); (E) medo (l. 2) o (l. 3) Seu (l. 4).

65 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. 3. Da mesma forma, não se pode tentar viver sem medo, pois isso revelaria medo do medo. Das palavras abaixo, a que tem o mesmo significado da expressão destacada é: (A) nictofobia (C) fobofobia (E) ombrofobia (B) fotofobia (D) batmofobia

66 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. 4. Predomina no parágrafo 3 a seguinte função de linguagem: (A)metalinguística (B) referencial (C) Conativa (D) Emotiva (E) fática

67 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Minirretrato do cotidiano de muitos centros urbanos. A violência fazendo vítimas sociais e psicológicas. Pelo menos três grandes fobias têm, neste ainda princípio de século, caracterizado as mentes intelectualizadas. (2º par.) 5. As fobias a que se refere o autor nessa passagem são: (A) homofobia antropofobia- misantropia (B) homofobia antropofobia monofobia (C) antropofobia misantropia monofobia (D) homofobia monofobia tanatofobia (E) antropofobia monofobia teofobia

68 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Releia: A dramaticidade do cotidiano, em que se mesclam diferentes tipos pessoais da mesma espécie, cria no consciente da selva a necessidade de se estar em alerta, posicionando-se para fugir, defender-se, reagir ou atacar. Na cadeia, pode-se reconhecer a impotência ante o adverso, a restrição, a possibilidade de combater ou a vantagem oportunista. Atentando-se para as construções paralelas presentes, pode-se afirmar que: (A) fugir está para reagir assim como defender-se está para atacar;

69 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. (B) fugir está para defender-se assim como reagir está para atacar; (C) fugir está para reconhecer a impotência ante o adverso assim como atacar está para a vantagem oportunista; (D) defender-se está para reagir assim como atacar está para fugir; (E) defender-se está para a possibilidade de combater assim como reagir está para reconhecer a restrição.

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71 PROFESSOR ARENILDO DOS SANTOS CURSO DE INTERPRETAÇÃO

72 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Narrar é contar uma história, uma sequencia de fatos (enredo) ocorridos em local e tempo determinados. Ao fazer uma narração, é preciso que o redator, se possível, deixe claro o que aconteceu?, por que aconteceu?, como aconteceu?, onde aconteceu?, quando aconteceu?, com quem aconteceu?. Com base nisso, eis os elementos essenciais a toda narração: 1) Narrador - Uma história pode ser contada por um narradorpersonagem (narração em primeira pessoa) ou um narradorobservador (narração em terceira pessoa). 2) Personagens - Não há narração sem personagens. O redator deve criá-los e, se for do seu interesse, pode distingui-los em protagonista, antagonista, secundário.

73 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. 3) Tempo - É importante que o redator deixe claro quando os fatos narrados se deram e em quanto tempo ocorreram. 4) Espaço - A localização física e geográfica dos fatos narrados é importante, a fim de facilitar a imaginação do leitor. Obs.: Cuidado. Nem toda narração é ficcional. Uma notícia de jornal, por exemplo, pode tematizar um fato que envolve um enredo, isto é, uma sequência de ações e de acontecimentos. Por essa razão, pode-se ter um texto simultaneamente informativo e narrativo.

74 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Noivo prende fugitivo na hora do casamento A igreja estava linda. Os familiares e amigos presentes. Flores diversas. Os pais de ambos visivelmente emocionados. Era o casamento. Em plena hora do casamento, o noivo abandonou a festa para prender o fugitivo de um acidente de carro. Richard e Sarah Cooney acabaram de se casar em Birmingham, Inglaterra, e ele viu a fuga. Não perdeu tempo e perseguiu um homem que tentou escapar até dominá-lo. A cerimônia já tinha acabado e o casal posava para fotografias do lado de fora da Igreja Saint Margaret Mary quando aconteceu o incidente.

75 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O marido ouviu o barulho dos carros batendo e dois homens envolvidos no acidente fugindo. Christopher Armstrong, padrinho na cerimônia e irmão de Sarah, correu atrás de um deles, enquanto Richard seguia o outro. Depois de alcançar o fugitivo em um parque, o noivo o entregou à polícia e voltou para a cerimônia. (Deu no Terra, maio de As notícia mais malucas do planeta. Alessandro Bender.)

76 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O primeiro parágrafo do texto, por sua estrutura e características, deve ser prioritariamente classificado como: (A) expositivo; (B) narrativo; (C) normativo; (D)argumentativo; (E) descritivo.

77 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Duas características - presentes no primeiro parágrafo - que são representativas do modo de organização discursiva que você assinalou na questão anterior são: (A) o fato e a opinião; (B) regras e exceções; (C) unidade temporal e adjetivações; (D) enredo e cronologia; (E) opiniões e considerações.

78 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O segundo parágrafo do texto, por sua estrutura e características, deve ser prioritariamente classificado como: (A) expositivo; (B) narrativo; (C) normativo; (D)argumentativo; (E) descritivo.

79 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O segundo parágrafo do texto, por sua estrutura e características, deve ser prioritariamente classificado como: (A) expositivo; (B) narrativo; (C) normativo; (D)argumentativo; (E) descritivo.

80 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. O texto só não permite inferir a seguinte característica do noivo: (A) corajoso; (B) fiel; (C) herói; (D) impetuoso; (E) tenaz.

81 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. A cerimônia já tinha acabado e o casal posava para fotografias do lado de fora da Igreja Saint Margaret Mary quando aconteceu o incidente. O vocábulo destacado corresponde a: (A) após; (B) no momento em que; (C) depois de; (D) logo que; (E) antes de.

82 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Discurso Indireto- O narrador transmite, com suas próprias palavras, a fala dos personagens. O discurso indireto se caracteriza, no plano formal, pela presença dos chamados verbos "dicendi", ou seja, verbos declarativos do tipo falar, dizer, responder, argumentar, confessar, ponderar, expressar, etc., acompanhados, sobretudo, de orações subordinadas substantivas, quando o desejo é reproduzir a fala do personagem. Ex.: Filomena respondeu que não poderia, àquela altura dos acontecimentos, voltar atrás.

83 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Discurso Direto - O narrador interrompe a trajetória de sua narração, passando a palavra para os próprios personagens. O discurso direto, no plano formal, traz as falas dos personagens também precedidas dos chamados verbos declarativos, ou "dicendi". Em alguns casos, porém, tais verbos não são necessários, uma vez que o próprio contexto e alguns recursos de pontuação (dois pontos, travessão, aspas) ou gráficos (mudança de linha) já são suficientes para o anúncio de uma participação direta dos personagens.

84 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Observação: Quanto à pontuação, no discurso direto, é válido observar que dois-pontos e travessão são sinais marcantes desse tipo de discurso, assim como as aspas, podendo o narrador optar por várias combinações. Veja só: O pai perguntou ao filho: - Você foi à escola? - Você foi à escola? - o pai perguntou ao filho. O pai perguntou ao filho: "Você foi à escola?" "Você foi à escola?", perguntou o pai ao filho.

85 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Transposição de Discursos Direto Indireto Verbo no presente. Verbo no pretérito perfeito. Verbo no futuro do presente. Verbo no imperativo. Demonstrativos este(a), esse(a), isto, isso. Advérbio aqui. Verbo no pretérito imperfeito. Verbo no pretérito mais-que-perfeito. Verbo no futuro do pretérito. Verbo no subjuntivo. Demonstrativos aquele(a), aquilo. Advérbio ali.

86 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Transposição de Discursos Direto Indireto Verbo no presente. Verbo no pretérito perfeito. Verbo no futuro do presente. Verbo no imperativo. Demonstrativos este(a), esse(a), isto, isso. Advérbio aqui. Verbo no pretérito imperfeito. Verbo no pretérito mais-que-perfeito. Verbo no futuro do pretérito. Verbo no subjuntivo. Demonstrativos aquele(a), aquilo. Advérbio ali.

87 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Reescreva o conteúdo de cada item a seguir, transformando o discurso indireto em discurso direto. Leve em conta a adequação do registro linguístico. a) No momento em que Christopher viu os homens fugindo, ele disse à mulher que o aguardasse e que não tivesse medo.

88 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. b) Quando Christopher abateu um dos fugitivos, xingou-o dizendo que não adiantava tentar fugir.

89 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. c) O policial agradeceu a Christopher, afirmando que a polícia daquele lugar precisaria de homens com aquela coragem.

90 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. d) Quando a mulher viu o marido voltar, de longe gritou-lhe que não deixaria mais que ele se arriscasse daquela maneira e que o amaria para sempre.

91 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Aos vinte e sete dias do mês de março de dois mil e seis, no auditório da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos, realizou-se a sessão de análise dos resultados do seminário Gestão de Recursos Hídricos: Olhar o Futuro, com a presença dos organizadores do referido evento, sob a presidência do secretário nacional de recursos hídricos, João Bosco Senra, que participara da solenidade de encerramento, na sexta-feira anterior, quando afirmara que o Plano Nacional de Recursos Hídricos precisava ter a participação social, sem a qual os resultados seriam pífios. [...]

92 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Após a avaliação do êxito das atividades do seminário, Senra informou que quarenta e quatro reuniões públicas foram programadas para o corrente ano para apresentar o plano e discuti-lo com a sociedade civil, os gestores, as empresas de saneamento e os grandes setores consumidores de água, como agronegócio, campo industrial e setor elétrico. Nós tivemos uma ampla participação de todos os setores usuários na construção do plano, mas é importante eles incorporarem os princípios, as diretrizes e os programas já na fase de planejamento da sua ação de forma que essas ações sejam sustentáveis. [...]

93 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Após encerrados os debates acerca do tema, deliberou-se por remeter correspondências aos organismos cadastrados como preservadores dos recursos hídricos, a fim de que engrossassem o caudal dos esforços para o uso racional da água, apresentando novas alternativas de ação, compatíveis com o mundo globalizado em que vivemos. Ao término da reunião, lavrei o presente documento que, lido, aprovado e assinado por mim e pelo presidente, será encaminhado aos diversos organismos, prestando contas das atividades ocorridas no mês de março. Internet: (com adaptações).

94 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. (CESPE ANA) Com base no texto ao lado, julgue os itens subsequentes. Com relação à tipologia, constata-se que o texto é predominantemente narrativo. (C) (E)

95 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. (CESPE - CHESF) O objetivo atual foi justamente proporcionar uma técnica de aplicação de fácil manejo e de grande rendimento, propícia, portanto, para a proteção de grandes superfícies, contínuas ou descontínuas, explica o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, criador da técnica. Esse parágrafo pode ser reescrito, em discurso indireto, da seguinte maneira: O geólogo Álvaro Rodrigues, que criou uma técnica de aplicação de alto rendimento e fácil de ser manejada, explicou que o objetivo do uso dessa técnica é a proteção de grandes superfícies, sejam elas contínuas ou descontínuas. (C) (E)

96 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. (CESPE - MIN) Reis, alquimistas e exploradores sonharam com o dia em que encontrariam um elixir que os faria enganar a morte e abraçar a eternidade. A vontade de viver para sempre é o mote da Epop de Gilgamesh, uma das histórias mais antigas do mundo, segundo a qual Gilgamesh, rei da lendária cidade suméria de Uruk, encontra Utnapishtim, que lhe promete vida eterna, desde que fique acordado 6 dias e 7 noites. Por mais que a ideia de viver para sempre seja sedutora, ela nunca tinha conseguido atravessar a linha que separa a ficção científica do mundo real. Até que a ciência passou a se debruçar com afinco no estudo do envelhecimento e a perceber que logo chegaria o dia em que seria possível desacelerá-lo e até evitá-lo. Vanessa de Sá. Galileu. Maio/2006, p. 57 (com adaptações).

97 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. A respeito da tipologia textual, das ideias e das estruturas do texto acima, julgue os itens a seguir. a. O primeiro parágrafo do texto caracteriza-se como informativo e narrativo. (C) (E)

98 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. A vida não é uma comédia romântica Homem e mulher se conhecem numa sala de espera de médico. Ela, grávida; ele, esperando a mulher, que consulta com o médico. Ele oferece a Caras que estava lendo: - Quer dar uma olhada? - Acho que essa eu já vi. É nova? - Bom, é deste século... Os dois riem. E se apaixonam. Dessas coisas. Destino, química... Quem explica essas coisas? Se apaixonam, pronto. Mas não caem nos braços um do outro. Mesmo porque a barriga dela, de sete meses, não permitiria. Ficam apenas se olhando, atônitos com o que aconteceu. Pois junto com o amor súbito vem a certeza da sua impossibilidade.

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100 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Como uma ferida fazendo casca em segundos. E como nenhum dos dois é um monstro de frivolidade, e como a vida não é uma comédia romântica, é uma coisa muito séria, e como eles não podem largar tudo e fugir, trocam informações rápidas, para pelo menos ter mais o que lembrar quando lembrarem aquele momento sem nenhum futuro, aquela quase loucura. Sim, é o primeiro filho dela. Menino. E a mulher dele? Está consultando o médico porque a gestação complicou, o parto talvez precise ser prematuro. Também é o primeiro filho deles. Filha. Menina. Que mais? Que mais? Não há tempo para biografias completas. Gostos, endereços, telefones, nada. A mulher dele sai do consultório. Ele tem que ir embora. Dá um jeito de voltar sozinho e perguntar o nome dela. Maria Alice. E o dele? Rogério! Rogério! E sai correndo, para nunca mais se encontrarem.

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102 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Mas se encontram. Três anos depois, na sala de espera de um pediatra. Ela chega com uma criança no colo. Ele está lendo uma revista. Talvez a mesma Caras. Os dois se reconhecem instantaneamente. Ele pega a mãozinha da criança. Pergunta o nome. É João Carlos. Caquinho. - Ele está com algum... - Não, não. Consulta normal. Ele é saudável até demais. Hiperativo. E a de vocês? O parto, afinal... - Foi bem, foi bem. Ela está ótima. Se chama Gabriela. Só veio fazer um checape. Eu não posso ficar lá dentro porque fico nervoso.

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104 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. E declara que não houve dia em que não pensasse nela, e no que poderia ter sido se tivessem saído juntos daquele consultório, anos atrás, e seguido seus instintos, e feito aquela loucura. E ela confessa que também pensou muito nele e no que poderia ter sido. E ele está prestes a pedir um telefone, um endereço, um sobrenome para procurar no guia, quando a mulher sai do consultório com a filha deles no colo e ele precisa ir atrás, e só o que consegue é um olhar de despedida, um triste olhar de nunca mais.

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106 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. Mas se encontram outra vez. Dois anos depois, na sala de espera de um pronto-socorro. Ele com a mulher, ela com o marido. Ele leva um susto ao vê-la. O que houve? É o Caquinho. O cretino conseguiu prender a língua numa lata de Coca. Ele se emociona. A mulher dele não entende. De onde o marido conhece aquele Caquinho? E aquela mulher, que está perguntando se aconteceu alguma coisa com a Gabriela? Não foi nada, Gabriela só bateu com a cabeça na borda da piscina e está levando alguns pontos. E nem a mulher dele nem o marido dela entendem por que, ao chegar a notícia de que o Caquinho só ficará com a língua um pouco inchada, os dois se abraçam daquela maneira, tão comovidos. Depois, em casa, ele se explica: - Solidariedade humana, pô.

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108 TIPOLOGIA BÁSICA: NARRAÇÃO. A história não precisa terminar aí. Rogério e Maria Alice podem continuar se encontrando, de tempos em tempos, em salas de espera (dentistas, traumatologistas, psicólogos especializados em problemas de adolescentes, etc.) até um dia ela sair do quarto de hospital onde está o Caquinho, que teve um acidente de ultraleve, e avistá-lo na sala de espera da maternidade, e perguntar: - A Gabriela está tendo bebê? E ele fazer que sim com a cabeça, com cara de para onde foram as nossas vidas? Veríssimo. O globo, 13 de janeiro de 2008.

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111 Dissertação Brasileiro se realiza em arte menor.(1) Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. (2) Em compensação, a caricatura ou a canção popular, (3) por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos.(4) Outras artes, ditas menores, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela.(5) Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta.

112 Dissertação Mas são menores diante do quê? (6) É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma europeia: a epopeia, o romance, a sinfonia, as belas artes em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, lá também onde quer que seja esse lugar nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil.

113 Dissertação Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto Um homem célebre, ele nos mostra Pestana,(7) compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas menores (8) por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]

114 Dissertação O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte. (9) Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. (10) Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas qualidades artísticas dos desfiles nacionais...

115 Dissertação Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira ( Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime. ), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola produtores de miudezas da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos. (11) (Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Ideias que desafiam o senso comum)

116 Dissertação 1.(TRE-MS-Técnico Judiciário) De acordo com o texto, (A) a arte brasileira não produziu expoentes de vulto como Shakespeare ou Mozart, tendo sua maior expressão em eventos populares, como o carnaval e o futebol. (B) a literatura brasileira é realmente bastante pobre, pois é expressão de um meio limitado, com linguagem pouco expressiva, inadequada a grandes obras de arte. (C) as novelas e as crônicas são os gêneros mais cultivados pelos autores brasileiros, por seu forte apelo popular, além da simplicidade de temas e de linguagem.

117 Dissertação 1.(TRE-MS-Técnico Judiciário) De acordo com o texto, (D) a produção artística brasileira, embora possa ser considerada de menor expressão, apresenta grandes vultos em suas diversas e variadas manifestações. (E) as manifestações artísticas nacionais são mais aceitas por critérios europeus do que por valores típicos brasileiros, o que as empobrece sobremaneira.

118 Dissertação 2. (TRE-MGS-Técnico Judiciário) Segundo o texto, está correto o que se afirma em: (A) O 1º parágrafo aponta a tese que será desenvolvida em todo o texto, até seu final, de modo plenamente coerente. (B) Entende-se o 2º parágrafo como a real proposição do texto, na defesa das manifestações da arte brasileira. (C) Machado de Assis e Caetano Veloso são citados, no 3º parágrafo, como exemplos de expressões, respectivamente, do maior e do menor em nossa literatura.

119 Dissertação 2. (TRE-MS-Técnico Judiciário) Segundo o texto, está correto o que se afirma em: (D) Embora seja habitual, tanto entre brasileiros quanto entre estrangeiros, considerar-se o carnaval como arte (5º parágrafo), suas manifestações não devem ser vistas como artísticas. (E) O autor concorda com Antonio Candido, ao considerar, no último parágrafo, a pobreza da produção artística brasileira, em qualquer de seus aspectos.

120 Dissertação 3. (TRE-MS-Técnico Judiciário) Um título adequado ao texto seria: (A) A pequena grande produção artística brasileira. (B) Manifestações populares de arte menor no Brasil. (C) Apelo popular define o que seja arte brasileira. (D) Ibope determina valor artístico de manifestações populares. (E) A norma europeia ainda é predominante na arte brasileira.

121 Implícitos Ao lado de cada item abaixo, aponte objetivamente o implícito. a) Já parou de chover? b) Já começou a chover? c) Chove ainda? d) Choveu na cidade do Rio também.

122 Implícitos Ao lado de cada item abaixo, aponte objetivamente o implícito. e) Ih, ela voltou para o marido. f) O marido não mais a traiu. g) O marido insistiu na reconciliação.

123 Implícitos Por vezes, o implícito pode (depende, óbvio, da intenção do locutor) conter alguma malícia, implicando uma pergunta complexa, comprometedora. Aponte, em cada item a seguir, o implícito. a) Lávia, você já traiu seu namorado com outra mulher? b) Você concorda com a ideia de que o idiota do Lula não sabe governar o país? c) Você me daria um beijo na boca aqui na frente de todos?

124 Implícitos Por vezes, o implícito pode (depende, óbvio, da intenção do locutor) conter alguma malícia, implicando uma pergunta complexa, comprometedora. Aponte, em cada item a seguir, o implícito. d) Você trairia seu marido só por vaidade? e) Você pode me dizer com quem me traiu? f) Quando você falou mal de mim?

125 Implícitos MAR SANGRENTO A foca da Groenlândia é um dos mamíferos marinhos mais caçados do mundo. O Canadá está entre os poucos países que permitem a matança e onde o governo fornece subsídios e estabelece uma cota para a caça. Em 2003, o número foi recorde 350 mil animais mas, segundo os ambientalistas, as mortes vão muito além. Várias focas atingidas escapam para morrer logo depois e os filhotes órfãos não conseguem sobreviver. (Revista Superinteressante, agosto-2003)

126 Implícitos A foca da Groenlândia é um dos mamíferos marinhos mais caçados do mundo ; infere-se dessa frase do texto que: (A) o mamífero marinho mais caçado do mundo é a foca da Groenlândia; (B) a caça da foca da Groenlândia deve trazer vantagens para seus praticantes; (C) a foca da Groenlândia só é caçada em momento de reprodução; (D) há outros mamíferos marinhos que não são caçados; (E) há focas em outras regiões que também são muito caçadas.

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129 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Medos A menina precisava descer a ladeira para ir à escola. A mãe lhe disse que não tivesse medo, pois aqueles tiros logo parariam. Ela sabia que, se tivesse medo, a filha o herdaria. Era preciso não sentir medo. Seu medo era o de sentir medo. Confie em Deus... Minirretrato do cotidiano de muitos centros urbanos. A violência fazendo vítimas sociais e psicológicas. Pelo menos três grandes fobias têm, neste ainda princípio de século, caracterizado as mentes intelectualizadas.

130 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Uma é a homofobia, não no sentido recente e malformado, impregnado de matizes do universo das relações paranormais, tais como o homossexualismo. Em sentido lato e não estrito homo significa semelhante. De homossexual apreciação do mesmo gênero criou-se, pela comuníssima tendência à economia linguística, homo, ou seja, adepto do homossexualismo. Daí, homofobia, aversão ao homossexual.

131 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Homofobia, sim, no sentido de aversão ao semelhante, isto é, da mesma espécie. Antropofobia. Medo do outro. Misantropia. O indivíduo, nesta sociedade competitiva e selvática, modernização urbanizada da seleção natural, com toda a cadeia alimentar que lhe é peculiar, assombra-se com o próximo. A dramaticidade do cotidiano, em que se mesclam diferentes tipos pessoais da mesma espécie, cria no consciente da selva a necessidade de se estar em alerta, posicionando-se para fugir, defender-se, reagir ou atacar. Na cadeia, pode-se reconhecer a impotência ante o adverso, a restrição, a possibilidade de combater ou a vantagem oportunista.

132 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Também a monofobia é marca de nossos dias. A vida atribulada exige a atenção ao exterior. A selva urbana é o nosso habitat. A atenção tem de haver. Este sistema alucinante cria o medo do outro, mas é preciso estar em contato com o outro. É preciso criar motivos para a antropofobia. Quando não há monofobia, a misantropia vira caso patológico de alto grau. A monofobia equilibra, empurra para fora, num complexo de forças sorrateiras, invisíveis, disfarçadas nos sorrisos e vestimentas do cotidiano. Uma gangorra: como é difícil o equilíbrio.

133 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. A excessiva vivência do exterior gera o distanciamento do indivíduo de si mesmo, autodesconhecimento que gera despreparo na relação com as fobias mais naturais do ser humano. Desse despreparo vem talvez o maior dos medos: a tanatofobia. Existem centenas e centenas de religiões que apontam a morte como uma espécie de passagem: seja para o céu, seja para uma outra vida, seja para um outro estágio, etc. Ainda assim, o medo. O que acontece realmente quando se morre? A pluralidade de respostas não gera uma única convincente, o que justifica a tanatofobia.

134 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Não há como viver sem medos, mas talvez haja como conviver com eles sem deixá-los se transformar em nenhum tipo de patologia. A menina da ladeira tem medo do marginal, não das pessoas e do mundo; tem medo de ficar sem companhia, não (de ficar) sozinha consigo mesma; tem medo do tiro, não exatamente da morte. A consciência do medo pode inclusive gerar o medo do medo, o que também pode ser patológico. O ateu não se livra da crença por não crer na existência de Deus, pois ele crê na inexistência de Deus. Da mesma forma, não se pode tentar viver sem medo, pois isso revelaria medo do medo. O medo é necessário. O medo é freio que precisa, porém, ser freado para que cheguemos com vida à morte. Reflexões filosóficas. José Messias. Ed. Olympio. set. 2011

135 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. 1. Quanto à tipologia textual, a melhor classificação para o texto é: (A) descritivo; (B) narrativo; (C) argumentativo; (D) injuntivo; (E) científico.

136 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. A menina precisava descer a ladeira para ir à escola. A mãe lhe disse que não tivesse medo, pois aqueles tiros logo parariam. Ela sabia que, se tivesse medo, a filha o herdaria. Era preciso não sentir medo. Seu medo era o de sentir medo. Confie em Deus Quanto às referenciações presentes no primeiro parágrafo, pode-se afirmar que têm o mesmo referente os termos da alternativa: (A) menina (l. 1) mãe (l. 2) Ela (l. 3); (B) menina (l. 1) filha (l. 3) Seu (l. 4); (C) mãe (l. 2) Ela (l. 3) Seu (l. 4); (D) ladeira (l. 1) escola (l. 1) filha (l. 3); (E) medo (l. 2) o (l. 3) Seu (l. 4).

137 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. 3. Da mesma forma, não se pode tentar viver sem medo, pois isso revelaria medo do medo. Das palavras abaixo, a que tem o mesmo significado da expressão destacada é: (A) nictofobia (C) fobofobia (E) ombrofobia (B) fotofobia (D) claustrofobia

138 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. Minirretrato do cotidiano de muitos centros urbanos. A violência fazendo vítimas sociais e psicológicas. Pelo menos três grandes fobias têm, neste ainda princípio de século, caracterizado as mentes intelectualizadas. (2º par.) 4. As fobias a que se refere o autor nessa passagem são: (A) homofobia antropofobia- misantropia (B) homofobia antropofobia monofobia (C) antropofobia misantropia monofobia (D) homofobia monofobia tanatofobia (E) antropofobia monofobia teofobia

139 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. 5. Releia: A dramaticidade do cotidiano, em que se mesclam diferentes tipos pessoais da mesma espécie, cria no consciente da selva a necessidade de se estar em alerta, posicionando-se para fugir, defender-se, reagir ou atacar. Na cadeia, pode-se reconhecer a impotência ante o adverso, a restrição, a possibilidade de combater ou a vantagem oportunista. Atentando-se para as construções paralelas presentes, pode-se afirmar que: (A) fugir está para reagir assim como defender-se está para atacar;

140 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. (B) fugir está para defender-se assim como reagir está para atacar; (C) fugir está para reconhecer a impotência ante o adverso assim como atacar está para a vantagem oportunista; (D) defender-se está para reagir assim como atacar está para fugir; (E) defender-se está para a possibilidade de combater assim como reagir está para reconhecer a restrição.

141 TIPOLOGIA BÁSICA: DISSERTAÇÃO AVANÇADA. 6. Predomina no parágrafo 3 a seguinte função de linguagem: (A)metalinguística (B) referencial (C) Conativa (D) Emotiva (E) fática

142 TIPOLOGIA BÁSICA: FUNÇÕES DA LINGUAGEM. FUNÇÃO CENTRADA NO(A) EXEMPLO Emotiva Na primeira pessoa, no locutor. Diários, blogs, etc. Apelativa / Conativa Na segunda pessoa, no interlocutor. Comerciais de televisão. Fática No canal de comunicação. Alô! Está me ouvindo? Referencial No contexto situacional. Notícia de jornal. Poética Na construção. Poemas. Metalinguística No código de comunicação. Dicionário.

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146 Dissertação argumentativa. Nos grandes centros urbanos, a violência entre os adolescentes ainda é preocupante, produto talvez de uma sociedade que testemunha toda sorte de crimes, tanto na vida real quanto em programas televisivos. Devido a isso, cada pessoa tende a responder de forma ríspida e agressiva a qualquer outra que circunstancialmente lhe funcione como rival. Hoje em dia os grandes centros urbanos do Brasil são palcos de ações marginais: sequestros, roubos de carro, assaltos a mão armada, balas perdidas, etc. A insegurança paira nas ruas. Tudo pode acontecer. Por isso, cada pessoa se vê obrigada a viver em alerta, pronta para se defender e também para atacar, se for conveniente.

147 Dissertação argumentativa. As autoridades falam muito, e pouco agem. A violência, por vezes, só muda de lugar, transferência de estatísticas, num jogo para favorecer a situação, numa tentativa de se perpetuar no poder. A violência não está restrita às ruas; ela invade os domicílios familiares por meio da televisão, que sobretudo nas novelas e filmes - entretenimentos de maior audiência - estampa em todos os horários cenas de selvageria, tiroteios, torturas, assassinatos a sangue frio, etc."

148 Dissertação expositiva. Segundo dados estatísticos recentes divulgados pelo IBGE, aumenta, a cada dia, no Rio de Janeiro, o número de jovens que se tornam, da noite para o dia, pais, sem que, para isso, estejam preparados. Os dados se baseiam em estatísticas dos hospitais da cidade, as quais apontam, de ano para ano, um crescimento no número de adolescentes e, até mesmo, pré-adolescentes que procuram aqueles nosocômios para darem à luz, tendo como parceiros jovens que beiram as suas idades.

149 Dissertação expositiva. Num primeiro instante, vem logo a ideia de que isso se restringe às classes baixas. Não é o que provam os fatos. Esses casos de paternidade e maternidade precoces ocorrem em todas as classes sociais, não só nos centros afastados e nas favelas, como também na zona Sul, onde, facilmente, se esbarra, nos calçadões, com grávidas que, entrevistadas por uma revista popular, confessaram que ainda decoram seus quartos com bonecas e bichinhos de pelúcia.

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152 Ferramentas argumentativas. No trabalho de organização do texto dissertativo, os recursos mais comuns são: analogia, oposição ou contraste (antítese), testemunho (citação), definição, ilustração (exemplos, dados estatísticos), comparações em geral. Em um texto, esses recursos aparecem, por muitas vezes, combinados.

153 Ferramentas argumentativas. O homem entra com o trabalho e a mulher com a graça é frase emblemática de casamentos tradicionais em cerimônias católicas. Na atualidade, porém, frases como essa perderam seu encanto, já que a mulher participa cada vez mais da vida social, lideradas por figuras bem sucedidas socialmente como Marta Suplicy, Rosinha Garotinho e Dilma: todas chegaram ao poder.

154 Ferramentas argumentativas. Antigamente, a mulher que trabalhava fora era criticada; hoje, porém, o alvo de preconceitos é justamente a mulher que restringe seus afazeres ao lar, assemelhando-se a uma Amélia. É um consenso ou quase isso que a mulher de hoje deve mesmo buscar seu espaço profissional, deixando o casamento para um objetivo segundo ou terceiro.

155 Ferramentas argumentativas. Alguns dados, entretanto, são preocupantes. Entre as mulheres divorciadas, segundo pesquisa realizada por uma associação de classe na cidade de São Paulo, cerca de 70% das mais de 700 entrevistadas trabalhavam fora ao longo do casamento, o que permite estabelecer certa relação de causa e efeito perigosa. Casamentos em que a mulher trabalha fora estão mais propícios ao fim precoce, imprevisto; ao divórcio, enfim.

156 Ferramentas argumentativas. Esse e outros aspectos devem ser pensados. Não se trata de voltarmos no tempo, mas algo precisa ser feito, pois a família é o principal elo social. Se, para a mulher trabalhar fora, a sociedade tiver de pagar com desintegrações familiares e tudo o que decorre daí como, por exemplo, desajustes nas relações com os filhos, não vale a pena. A mulher já não mais enche de graça o lar e, por isso, ela perdeu a graça.

157 Ferramentas argumentativas. No texto, defende-se um ponto de vista. A defesa está prioritariamente calcada no seguinte recurso argumentativo: (A) Exemplificação de reconhecimento público (B) Citação de uma autoridade (C) Analogia envolvendo certa conotação (D) Estatística de dados apurados (E) Definição conceitual e funcional

158 Ferramentas argumentativas. Os chimpanzés são humanos, embora os humanos repilam a ideia. Geneticistas americanos descobriram que homens e chimpanzés compartilham de até 99,4% de seu código genético. Autoridades, no assunto, como os pesquisadores da Wayne State University, em Detroit, nos EUA, afirmam não hesitar em defender a inclusão do macaco no gênero humano. Nesse fragmento textual, predomina o seguinte recurso argumentativo: (A) comparação (B) analogia (C) citação (D) exemplo (E) definição

159 Ferramentas argumentativas. O homem vive em sua jaula. A jaula não é uma casa, um apartamento, um escritório, um quarto de hotel de luxo ou de pensão barata. A jaula é o próprio homem. Exígua ou ampla, pouco importa: jaula. E nela vivem, em estranha promiscuidade, as mais sanguinárias feras, as serpentes mais venenosas, os batráquios mais repugnantes, ao lado dos animais domésticos, os pássaros canoros, as aves da mais bela plumagem, os insetos mais deslumbrantes... Poderíamos chamar os habitantes desse jardim-zoológico de instintos, sentimentos, emoções.

160 Ferramentas argumentativas. Nesse fragmento textual, predomina o seguinte recurso argumentativo: (A) comparação (B) analogia (C) citação (D) exemplo (E) definição

161 Ferramentas argumentativas. O jogador brasileiro vai jogar na Europa por dinheiro; só por isso. O choque cultural é muito grande: desde o idioma até os hábitos característicos do cotidiano. Há, no Brasil, uma liberdade de comportamento, certa espontaneidade, uma alegria nata: nada disso se encontra com facilidade na Europa. O caso Adriano é bem exemplar. Realizado financeiramente na Europa, nunca, porém, sentiu-se bem lá. Voltou, não mais quis voltar, continua aqui, ainda que perdendo muito dinheiro.

162 Ferramentas argumentativas. No texto anterior, defende-se uma tese. entre as alternativas: Identifique-a (A) Nenhum brasileiro vive bem na Europa. (B) O jogador brasileiro pode viver bem nos EUA. (C) Pelé é um ex-jogador bem sucedido que jamais jogou em clube europeu. (D) Há jogadores brasileiros que, na Europa, jogam melhor do que no Brasil. (E) O sonho do jogador brasileiro é ganhar dinheiro na Europa.

163 Ferramentas argumentativas. Para defender sua tese, o autor do texto se serve prioritariamente do seguinte recurso argumentativo: (A) Analogia (B) Argumento de autoridade (C)Definição (D)Perguntas sucessivas (E) Interlocução

164 Ferramentas argumentativas. Não é coerente afirmar que o ateu em nada crê. Em termos etimológicos, ateu significa ausência de Deus: a é um prefixo que indica ausência, tal qual em afônico, por exemplo; teu vem de teo, Deus. Portanto, ateu é aquele que não crê em Deus ou em entidades religiosas. Isso, porém, não quer dizer que o ateu em nada creia. Ele pode crer, por exemplo, em forças naturais que, de alguma forma, mesmo sem intervenção divina, favorecem alguns. No texto acima, verifica-se uma tese, cujo argumento principal é um(a): (A) Analogia (B) Argumento de autoridade (B) Definição (D) Metáfora (C)Interlocução

165 Ferramentas argumentativas. Os políticos perderam o crédito com o eleitor brasileiro. Se é que em algum dia o tiveram. Eleições vão, eleições vêm, e a realidade é sempre a mesma: promessas não cumpridas, denúncias de corrupção, mensalões, etc. O povo participa das eleições muito mais por obrigação social, temendo represálias. Essa é a grande verdade. Ninguém vota acreditando de fato em mudanças. No máximo, vai com uma mínima esperança. O descrédito é tamanho. Quem, passados dois ou três anos, se lembra de em quem votou para vereador, deputado ou senador? Quem se lembra das propostas de seu candidato? Quem acompanha a atuação política dos eleitos? A resposta (e não as respostas) a essas perguntas e a outras similares comprova o descrédito.

166 Ferramentas argumentativas. No texto anterior, verifica-se uma tese, cujo argumento principal é um(a): (A) Analogia (B) Argumento de autoridade (C) Definição (D) Metáfora (E) Interlocução

167 Ferramentas argumentativas.

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170 Texto para análise. Trair é natural Homens são polígamos por natureza. Mulheres são naturalmente infiéis. O casamento, em grande parte das vezes, nada mais é do que uma fachada, mantida em nome de benefícios sociais. Soa como um discurso polêmico e antiquado que poucos admitiriam aceitar se confrontados com as puladas de cerca do companheiro. Mas é precisamente o que faz uma boa parte das pessoas evocando seus ancestrais da savana, afirma a mais nova linha de estudo da biologia evolutiva.

171 Texto para análise. A tese é apresentada no recém-lançado O mito da monogamia (Ed. Record), do zoólogo David P. Barash e da psiquiatra Judith Eve Lipton. O casal sim, eles são casados defende a ideia de que o macho Homo sapiens, por natureza, polígino, ou seja, tende a ter muitas parceiras. Embora não seja poliândrica com muitos parceiros a fêmea tampouco é totalmente monogâmica e, ocasionalmente, trai. Resumindo, os seres humanos não são naturalmente monógamos.

172 Texto para análise. Ocorre que a maioria das sociedades modernas estabeleceu a monogamia como modelo. Como conciliar instintos primitivos aos benefícios e conveniências sociais do casamento? A fidelidade de fachada parece ter sido a resposta encontrada pela espécie humana, dizem os pesquisadores, cujo livro foi elogiado pela Nature, uma das revistas científicas mais importantes do mundo. Presos a um arranjo monogâmico, os seres humanos buscariam relações extraconjugais. Escondidos, claro. Reportagem de Roberta Jansen. O Globo, 19 de agosto de 2007.

173 Texto para análise. 1. Homens são polígamos por natureza. Mulheres são naturalmente infiéis. Inclui-se nesse segmento do texto a seguinte ideia: (A) Homens traem mais as mulheres do que as mulheres aos homens. (B) Homens traem menos as mulheres do que as mulheres aos homens. (C) Homens e mulheres se traem na mesma medida. (D) Homens e mulheres são infiéis. (E) O mundo está perdido, pois ninguém presta.

174 Texto para análise. 2. Homens são polígamos por natureza. Mulheres são naturalmente infiéis. O casamento, em grande parte das vezes, nada mais é do que uma fachada, mantida em nome de benefícios sociais. O terceiro período do texto, em relação aos dois primeiros, apresenta prioritariamente o seguinte valor semântico: (A) causa (B) consequência (C) finalidade (D) proporção (E) comparação

175 Texto para análise. 3. À luz do texto, a paráfrase mais adequada para o título Trair é natural é: (A) Trair é um direito (B) Trair é um dever (C) Trair é bom (D) Trair é nato (E) Trair não é imoral

176 Texto para análise. 4. Na frase A natureza do homem é polígama, porque ele, costumeiramente, tem mais de uma mulher. O raciocínio apresenta um argumento em que (A) se faz presente uma falsa analogia; (B) há confusão na relação causa-efeito; (C) se apresenta como costumeiro um fato indiscutivelmente raro; (D) há franca anfibologia; (E) se evidencia a absoluta ausência de lógica em cada afirmativa.

177 Texto para análise. Natural não significa bom ou inevitável Existe uma preocupação crescente entre os cientistas de que determinados estudos possam ser usados para legitimar antigos preconceitos. Entender as bases de algo é uma coisa; outra é usar essa compreensão para justificar algo frisa David P. Barash. Para o zoólogo, é fundamental entender tudo o que diz respeito aos seres humanos, incluindo o seu comportamento. Mas não se trata de arrumar desculpas para as nossas tendências mais infelizes. As pessoas têm uma boa dose de controle sobre suas vidas e não devem ser absolvidas de suas responsabilidades colocando a culpa em seus genes. Idem, ibidem.

178 Texto para análise. 5. Em relação ao conteúdo do texto Trair é natural, o conteúdo do texto acima representa, prioritariamente, um(a): (A) contradição; (B) ressalva; (C) exemplificação; (D) explicação; (E) argumento.

179 Texto para análise. 6. Leia: Eu não traí você. Somos casados, saí com outro homem, mas não traí você. Isso que eu fiz não é traição. Só se pode trair quando há amor. Não amo você. Você não me ama. Ambos sabemos disso. Identifique no trecho acima: a) a tese: b) o argumento:

180 Texto para análise.

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183 Polifonia. Antes da chamada Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 1998), quem era flagrado na caça ou no tráfico de animais silvestres não tinha direito à fiança. Era prisão na certa, tanto para o criminoso quanto para o flagelado pela fome que caçava para comer. Com a mudança na lei, as coisas ficaram mais leves, principalmente para aqueles que lucram com o tráfico. Para agentes do Ibama e membros de ONGs, o crime só não cresce mais por causa de campanhas de conscientização e de ações de fiscalização baseadas em denúncias. As campanhas e a repercussão das apreensões são fundamentais para o aspecto educativo, admite Luís Antônio Gonçalves de Lima, chefe da fiscalização do Ibama em São Paulo.

184 Polifonia. Com o abrandamento da legislação ambiental, em especial do Código de Fauna (Lei 5.197, de 1967), cresceu o número dos criadouros de animais silvestres. Os bichos neles criados podem ser vendidos. Ângela Branco, chefe da Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre da Prefeitura de São Paulo, diz não ser contra os criadouros, mas que não deveria ser estimulada a posse de animais silvestres. Isso prejudica o esforço de anos de trabalho de conscientização. A veterinária ressalta que ao abrandamento da lei deveria corresponder uma fiscalização mais intensa dos criadouros e do comércio para evitar a legalização de animais que são capturados ilegalmente. Ela cita que há muitos casos de adulteração de anilhas, as pulseiras de identificação colocadas nas pernas das aves.

185 Polifonia. (NCE Auditor MS) No texto aparecem muitas vozes; assinale a afirmativa que NÃO está de acordo com as vozes presentes no texto: (A) a voz prioritária é a do autor do texto; (B) aparecem também vozes de autoridades constituídas; (C) algumas vozes trazem autoridade ao texto; (D) outras vozes são de menor valia, como a do flagelado pela fome; (E) vozes das ONGs colaboram para distintos pontos de vista.

186 Polifonia.

187 Intertextualidade.

188 . Intertextualidade.

189 . Intertextualidade.

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192 Principais falhas de interpretação textual. ATENÇÃO: EM QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO, OS PRINCIPAIS ERROS EXPLORADOS PELOS AUTORES DE PROVAS SÃO: EXTRAPOLAÇÃO (quando uma afirmativa vai além do que o texto afirma); RESTRIÇÃO (quando uma afirmativa restringe o que o texto afirma) e CONTRADIÇÃO (quando uma afirmativa contradiz o que o texto afirma). É o que vamos treinar a partir de agora.

193 Principais falhas de interpretação textual. O leitor está cansado de más notícias? Quer uma boa? Lá vai: somos gentis. Os brasileiros, ou, pelo menos, entre os brasileiros, aqueles que nasceram ou vivem na cidade do Rio de Janeiro, podem se vangloriar de ostentar, com chancela acadêmica, o título de campeões mundiais de gentileza. Um estudo de pesquisadores americanos sobre o comportamento das pessoas na rua, em face de alguém precisando de ajuda, em 23 cidades de 23 países diferentes, deu Rio de Janeiro na cabeça. O estudo, levado a cabo por Robert V. Levine e Karen Philbrick, ambos da Universidade Estadual da Califórnia, e Ara Norenzayan, da Universidade de Michigam foi engenhoso e minucioso.

194 Principais falhas de interpretação textual. O que se testou, em experiências realizadas entre 1992 e 1997, foi o comportamento dos transeuntes diante de três situações: um cego que tenta atravessar a rua; alguém com um problema na perna, mancando fortemente, que deixa cair uma pilha de revistas e não consegue levantá-la; e alguém que inadvertidamente deixa cair uma caneta do bolso.

195 Principais falhas de interpretação textual. Os cariocas passaram brilhantemente pelo triplo teste. Em 93% dos casos, tiveram reação positiva: ajudaram o cego a atravessar a rua, o homem com problema na perna a recolher as revistas, e alertaram o que tinha perdido a caneta do ocorrido. Em último lugar ficou Kuala Lumpur, capital da Malásia, com apenas 40% de reações positivas. Nova York fez jus à fama de abrigar gente impaciente e mal-educada, e ficou em penúltimo lugar, com 45%. Roma foi melhor, mas também não se mostrou grande coisa: 63% de reações positivas, e um medíocre 16.º lugar entre as 23 cidades. (texto extraído da revista Veja)

196 Principais falhas de interpretação textual. 1. Acerca das ideias veiculadas no primeiro parágrafo a melhor afirmativa é: (A) é habitual a imprensa passar ao leitor boas notícias. (B) o Rio foi uma das cidades mais bem colocadas na pesquisa de solidariedade realizada por americanos. (C) O Rio de Janeiro foi a única cidade brasileira inclusa na pesquisa dos americanos. (D) Robert V. Levine e Karen Philbrick não participaram do estágio inicial da pesquisa. (E) Robert V. Levine e Karen Philbrick são os pesquisadores que levaram a cabo a pesquisa americana

197 Principais falhas de interpretação textual. 2. Ao interpretar um texto, o candidato tem de ser cauteloso: sua interpretação não pode extrapolar, restringir ou contradizer o escrito. Tal cautela, entretanto, não deve inibir o "conhecimento de mundo". O candidato tem de servir-se dele para perceber os implícitos, os subentendidos, conteúdos das entrelinhas, sem os quais uma interpretação não é eficiente. Releia: "O leitor está cansado de más notícias? Quer uma boa? Lá vai: somos gentis." A partir dessas frases que principiam o texto, pode-se subentender alusão à seguinte realidade social:

198 Principais falhas de interpretação textual. (A) Os leitores, hoje em dia, só se interessam por más notícias. (B) Em geral, as notícias fornecidas pelos jornais são más, isto é, aludem aos aspectos negativos do cotidiano social. (C) A nossa imprensa manipula as notícias, mostrando o que há de ruim, escondendo o que há de bom. (D) Notícias más cansam os leitores, os quais também querem entretenimento, ainda que isso represente fuga da realidade. (E) Ninguém é de ferro. Uma notícia boa de vez em quando cai bem.

199 Principais falhas de interpretação textual. 3. A maneira como principia o texto, dirigindo-se ao leitor, deixa clara a seguinte intenção do autor: (A) individualizar o leitor, a fim de que o texto ganhe ares de conversa íntima. (B) dar a ideia de que ele, autor, pode influenciar no transcurso diário do leitor. (C) lembrar ao leitor alguma relação de parentesco entre ele leitor e o autor. (D) dar um toque de formalidade ao texto, marcando a distância entre: eu/escritor; você/leitor. (E) generalizar o leitor, por meio de linguagem familiar, a fim de que o texto ganhe ares de uma conversa informal.

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202 Principais erros de interpretação textual.

203 Principais erros de interpretação textual. Quem nunca ouviu falar em retórica? O conceito de retórica tem sido desfigurado, ainda mesmo entre pessoas de escolaridade confiável. Neste vocábulo, há quem veja algo de pejorativo ou de inferiorizante. Esta é, de fato, a compreensão vulgar; os dicionários a registram em segundo plano, priorizando a retórica propriamente considerada como arte arte da eloquência, de bem argumentar, de dizer.

204 Principais erros de interpretação textual. Por isso mesmo, foi matéria de ensino nas universidades da Idade Média e ainda no século XVIII, convindo notar que integrou, no Brasil, currículos escolares respeitáveis, sob a inspiração de um desígnio ao mesmo tempo superior e prático: formar peritus dicenti o perito no dizer. Não se objete que estou pondo em pauta exemplos anacrônicos. Em 1953, quando a Academia Sueca distinguiu Winston Churchill, proporcionando-lhe a consagração universal do Prêmio Nobel, justificou a láurea com esta concisão: Pela sua fulgurante oratória.

205 Principais erros de interpretação textual. O que afinal convém é estabelecer a diversificação dos valores. Há retórica e retórica. A antiga terá sido o empório da ênfase, o cacoete do verbalismo, a verbiagem, a congestão da palavra. Outra retórica será a eloquência intrínseca, fruto, e às vezes flor, da cultura literária, da educação do gosto, do polimento intelectual. Torno a evocar o velho e sempre novo Churchill. Quando falou ao seu povo sobre o quase milagre que foi a rápida formação da Real Força Aérea da Inglaterra, para o contra-ataque à Alemanha nazista, o primeiro-ministro mobilizou, na hora certa, o justo orgulho e a gratidão de homens, mulheres e até crianças do Reino Unido com aquelas palavras de ouro maciço: Nunca tantos deveram tanto a tão poucos.

206 Principais erros de interpretação textual. Pouco antes, creio, já o tribuno modelar, no auge da guerra, confessava shakespearianamente à Grã-Bretanha que só poderia prometer, naquela altura, sangue, suor e lágrimas. O ingrediente da sua retórica, que inflamaria o nosso Castro Alves, belo retórico, foi a própria dureza da sinceridade total. Não é demais assinalar: ao lançar a sua promessa trágica, não incidiu na fealdade do grito, do estrepitoso. Na arte oratória de Churchill, a retórica, muitas vezes, estava na própria concisão. Marcos Almir Madeira membro da Academia Brasileira de Letras. Glossário: áurea: diploma; empório: mercado; verbiagem: falatório longo, mas com pouco sentido.

207 Principais erros de interpretação textual. 1. As afirmativas abaixo dizem respeito ao conceito de retórica. A que NÃO está de acordo com as afirmações do autor é: (A) Pessoas de escolaridade confiável é que têm deturpado o conceito de retórica. (B) os dicionários apontam a possibilidade de o vocábulo retórica ser usado com valor pejorativo. (C) o vocábulo retórica pode não ser usado com intenção pejorativa. (D) A retórica também está ligada à arte de argumentar. (E) A retórica também envolve a arte da expressão.

208 Principais erros de interpretação textual. 2. Não está de acordo com as ideias do autor: (A) No Brasil, a retórica já fez parte de currículos escolares importantes, inspirados no objetivo peritus dicenti. (B) O evento de 1953, envolvendo Winston Churchill, apesar de ser um óbvio exemplo anacrônico, registra um dos principais empregos de retórica. (C) Mesmo no que diz respeito à retórica como arte do discurso, ela não dever ser vista como um padrão único de discurso. (D) Churchill é exemplo atemporal de como fazer bom uso da retórica. (E) A concisão não é inimiga da retórica.

209 Principais erros de interpretação textual. 3. A única inferência autorizada pelo contexto é: (A) A retórica foi ensinada nas universidades brasileiras no século XVIII. (B) A retórica como arte argumentativa pode ser classificada sob um ponto de vista temporal: a antiga é sempre mal-intencionada; a atual, sempre o contrário. (C) A oratória não pode ser confundida com a retórica, já que são atividades completamente distintas. (D) A finalidade do discurso é um dos critérios de classificação da retórica. (E) A retórica tem princípio enganador, falacioso.

210 Principais erros de interpretação textual. 4. Observe: 1- É proibido falar ao celular em sala de aula, quando se trata de simulado, durante a sua realização. 2- É proibido falar ao celular em sala de aula, quando se trata de simulado. 3- É proibido falar ao celular em sala de aula. 4- É proibido falar ao celular. 5- É proibido falar. O percurso ideológico do 1 ao 5 está mais precisamente apontado na alternativa: (A) generalização; (B) especificação; (C) diminuição; (D) restrição; (E) limitação.

211 Principais erros de interpretação textual. 5. Que afirmativa abaixo generaliza ideia contida no texto? (A) A retórica pode ser usada para enganar. (B) A retórica pode ser usada para encantar. (C) A retórica pode ser usada para depreciar. (D) A essência da retórica é persuasiva. (E) A essência da retórica é falaz.

212 Principais erros de interpretação textual. 6. Há vários tipos de pergunta retórica. A do título do texto é do tipo que: (A) exemplifica uma cooptação; (B) propicia uma reflexão; (C) é respondida explicitamente no próprio texto; (D) tem resposta presumidamente óbvia; (E) sugere várias e diferentes respostas.

213 Principais erros de interpretação textual. 7. Em cada alternativa abaixo, você encontra um fragmento do que se lê acerca do verbete retórica, no Dicionário do Aurélio, Edição Eletrônica, Séc. XXI. O fragmento que mais se aproxima do conceito de retórica presente no primeiro parágrafo do texto é: (A) Eloquência ; oratória. (B) E. Ling. Estudo do uso persuasivo da linguagem, em especial para o treinamento de oradores. [...] (C) Tratado que encerra essas regras. (D) Adornos empolados ou pomposos de um discurso. (E) Discurso de forma primorosa, porém vazio de conteúdo.

214 Principais erros de interpretação textual.

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216 PROFESSOR ARENILDO DOS SANTOS CURSO DE INTERPRETAÇÃO

217 Texto preditivo: gênero. Textos Leão de 23/07 a 22/08 Regente: Sol Não deixe que a possessividade no amor a atrapalhe. Algum acontecimento pode fazer você querer acelerar as mudanças que já estão ocorrendo na sua vida. O que até agora era uma evolução pode se transformar numa revolução. Leão de 23/07 a 22/08 Regente: Sol Um acontecimento inesperado pode fazer você descobrir as verdadeiras intenções de uma pessoa em quem confia muito. Não se espante com a sensação de que, a qualquer momento, coisas que você não conhece podem mudar muito a sua vida.

218 Texto preditivo: gênero. 01. O horóscopo tem por objetivo construir informações válidas para todas as pessoas que tenham nascido num mesmo período de qualquer ano. Analisando as previsões presentes, pode-se afirmar que esse objetivo é conseguido pelo uso de palavras de sentido (A) indefinido e de termos que expressam generalização. (B) metonímico e de termos que expressam adversidade. (C) metafórico e de termos que expressam negação. (D) categórico e de termos que expressam condicionalidade. (E) alegórico e de termos que expressam consequência.

219 Texto preditivo: gênero. 02. O dinamismo semântico é atestado, por exemplo, pela polissemia de vocábulos como dever e poder que, dependendo dos contextos em que são utilizados, assumem diferentes sentidos. O uso do vocábulo poder nos textos de horóscopo acima (A) Indica possibilidade, mas, se substituído por dever, o sentido passaria a ser o de obrigatoriedade, certeza. (B) indica a eficácia da astrologia em fazer previsões acerca dos acontecimentos. (C) determina que a realização dos fatos previstos é inteiramente alheia à vontade e às atitudes do leitor. (D) projeta os fatos para o campo da possibilidade, relativizando o valor de verdade do que é enunciado. (E) evoca a discriminação dos acontecimentos, levando em consideração previsões anteriores.

220 Texto preditivo: gênero. (BANCA NCE/UFRJ) Noventa e sete por cento das espécies vivas, proteínas produzidas pelo corpo e bilhões de galáxias ainda não foram identificados. Quase nada sabemos da natureza do Universo, da origem da Vida, do funcionamento dos climas, do desenvolvimento do embrião e do cérebro. Provavelmente não se descobrirá ainda no século XXI de onde surgiu o Universo, nem como começou a vida na Terra, nem como o cérebro engendra o pensamento e a consciência, nem se outras formas de vida existem em outros lugares. Em compensação, outras questões que hoje não são formuladas serão resolvidas, pois se descobrirá que certas respostas consideradas definitivas estavam totalmente equivocadas.

221 Texto preditivo: gênero. O livro de onde foi retirado esse texto é um dicionário sobre o século XXI, publicado ainda no século XX, o que o mostra como um livro de profecias. Analise os itens a seguir: I - Noventa e sete por cento das espécies vivas, proteínas produzidas pelo corpo e bilhões de galáxias ainda não foram identificados ; II - Quase nada sabemos da natureza do Universo, da origem da Vida, do funcionamento dos climas, do desenvolvimento do embrião e do cérebro ; III - Provavelmente não se descobrirá ainda no século XXI de onde surgiu o Universo, nem como começou a vida na Terra ; IV - Em compensação, outras questões que hoje não são formuladas serão resolvidas.

222 Texto preditivo: gênero. O discurso preditivo se mostra inegável no(s) trecho(s): A) I II B) III IV C) IV D) II - III IV E) I - II - III - IV

223 Outros gêneros textuais. O pai lia o jornal notícias do mundo. O telefone tocou tirrim-tirrim. A mocinha, filha dele, dezoito, vinte, vinte e dois anos, sei lá, veio lá de dentro, atendeu: Alô! Dois quatro sete um dois cinco quatro. Mauro!!! Puxa, onde é que você andou? Há quanto tempo! Que coisa! Pensei que tinha morrido! Sumiu! Diz! Não!?! É mesmo? Que maravilha! Meus parabéns!!! Homem ou mulher? Ah! Que bom!... Vem logo. Não vou sair não. Desligou o telefone. O pai perguntou: Mauro teve um filho? A mocinha respondeu: Não. Casou. MORAL: JÁ NÃO SE ENTENDEM OS DIÁLOGOS COMO ANTIGAMENTE. Millôr Fernandes

224 Texto preditivo: gênero. O texto foi retirado de um livro de Millôr Fernandes, intitulado Novas fábulas fabulosas; o sinal mais visível de que o texto se aproxima de uma fábula é: A) ser uma narrativa muito curta; B) apresentar um tom humorístico; C) indicar uma moral sobre o texto lido; D) mostrar um diálogo entre personagens; E) ser escrita em linguagem popular.

225 Outros gêneros textuais. O pai lia o jornal notícias do mundo. O telefone tocou tirrim-tirrim. ; entre esses dois períodos poderia estar inserida uma conjunção em lugar do ponto e, nesse caso, o conectivo adequado seria: A) enquanto; B) mas; C) logo que; D) porém; E) quando.

226 Outros gêneros textuais. O diálogo registrado no texto encaminha-se para um sentido provável - de que alguém casou -, que é rompido pela conclusão; o segmento que concentra a quebra da expectativa é: A) que maravilha! B) meus parabéns!!! C) homem ou mulher? D) ah! Que bom! E) que coisa!

227 Outros gêneros textuais. O diálogo registra somente a fala da mocinha e não a fala do Mauro; só NÃO se pode inferir desse diálogo e do texto que: A) Mauro propôs-se a ir até a casa da mocinha; B) a mocinha e Mauro já não se viam há muito tempo; C) a mocinha já recebera a notícia do falecimento de Mauro; D) Mauro tem muitas novidades a contar; E) o pai da mocinha conhecia Mauro.

228 Outros gêneros textuais....sei lá, veio lá de dentro,... ; as duas ocorrências do vocábulo LÁ, nesse segmento do texto, indicam, respectivamente: A) negação/lugar; B) lugar/lugar; C) aproximação/distância; D) tempo/localização; E) dúvida/tempo.

229 Outros gêneros textuais. O pai lia o jornal notícias do mundo. O telefone tocou tirrim-tirrim. A mocinha, filha dele, dezoito, vinte, vinte e dois anos, sei lá, veio lá de dentro, atendeu: Alô! Dois quatro sete um dois cinco quatro. Mauro!!! Puxa, onde é que você andou? Há quanto tempo! Que coisa! Pensei que tinha morrido! Sumiu! Diz! Não!?! É mesmo? Que maravilha! Meus parabéns!!! Homem ou mulher? Ah! Que bom!... Vem logo. Não vou sair não. Desligou o telefone. O pai perguntou: Mauro teve um filho? A mocinha respondeu: Não. Casou. MORAL: JÁ NÃO SE ENTENDEM OS DIÁLOGOS COMO ANTIGAMENTE. Millôr Fernandes

230 Outros gêneros textuais. Entre duas falas da mocinha supõe-se uma outra fala de Mauro, EXCETO em: A) Alô / Dois quatro sete um dois cinco quatro; B) Dois quatro sete um dois cinco quatro / Mauro!!!; C) Pensei que tinha morrido! / Sumiu!; D) Diz! / Não!?!; E) Homem ou mulher? / Ah! Que bom!

231 Outros gêneros textuais.

232 Outros gêneros textuais. Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido. Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Responda: a) Qual é o gênero do texto ao lado? b) Qual é a função de linguagem predominante?

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235 O gênero piada. Piadas são historíolas (histórias concisas) que provocam humor calcadas em implícitos. Quando não se ri de uma piada, pode ser que ela seja ruim, mas pode ser também que ela não tenha sido plenamente entendida. Leia esta piada: Na viagem, a mãe ajuda a filha, que está enjoada. O cavalheiro ao lado pergunta: - Foi comida? - Foi, mas vai casar, responde a mãe. (Extraída do livro Os Humores da Língua, do linguista Sírio Possenti)

236 O gênero piada. Agora, assinale a alternativa que contém afirmativa inadequada acerca dessa piada: (A) nela está implícita a ideia de que a pergunta do cavalheiro não foi devidamente entendida; (B) o ponto central da piada é um equívoco, uma ambiguidade; (C) a palavra comida assume, no texto, dois sentidos: um formal; outro chulo. (D) a palavra comida, no contexto da piada, tem valor exclusivo de agente, isto é: comida causou enjoo ; (E) a última fala da piada traz implícita a ideia de que casamento é a reparação de um erro.

237 O gênero publicitário. ELES BLÁ, BLÁ, BLÁ E NÓS GLUB, GLUB, GLUB, GLUB. CHEGA DE ENCHENTE. ALMAP/BBDO O texto publicitário acima enfatiza uma oposição entre "eles" e "nós". Ambas só podem ser entendidas à luz de um contexto social. "Eles" e "nós" representam respectivamente: (A) os concorrentes e os autores (B) o povo e os autores (C) os autores do texto e o povo (D) os governantes e o povo (E) os estrangeiros e os nacionais

238 O gênero publicitário. O segmento blá, blá, blá deve ser entendido como: (A) O discurso literal dos políticos. (B) discurso de conteúdo sem sentido. (C) referência aos contadores de histórias sertanejos. (D) discurso sem engajamento racional. (E) discurso desprovido de veracidade, atribuído, pelo povo, aos políticos em geral.

239 O gênero publicitário. A leitura tem sido objeto de inúmeras pesquisas sob as mais diferentes abordagens. Ler é muito mais do que decodificar sinais, pois o leitor precisa ter consciência de que cada texto tem variados níveis de significação e que, além do que está explícito, existe toda uma gama de significações implícitas, muito mais sutis, diretamente ligadas à intencionalidade do produtor (KOCH: 2002, 159). Com base nisso, assinale a única inferência não permitida pela leitura do texto.

240 O gênero publicitário. (A) Houve pelo menos uma enchente na localidade a que diz respeito o anúncio. (B) Há um conceito negativo acerca das autoridades responsáveis por uma série de estragos decorrentes de enchente. (C) O povo local encontra-se esgotado diante da situação. (D) O autor do cartaz propõe uma mudança de fatos: nós blá, blá, blá e eles glub, glub, glub, glub. x (E) Paira a sensação de descaso, por parte das autoridades, em relação ao povo.

241 O gênero publicitário.

242 O gênero publicitário. O termo polifonia designa o fenômeno pelo qual, num mesmo texto, se fazem ouvir "vozes" que falam de perspectivas ou pontos de vista diferentes com as quais o locutor se identifica ou não. É a polifonia que permite o entendimento de inúmeros anúncios publicitários. A alternativa que explica a principal polifonia explorada no comercial acima é: (A) A palavra pimentão relaciona-se a bronzeamento exagerado ou exposição demasiada ao sol, que causa a vermelhidão da pele. (B) A palavra pimentão remete ao significado de tempero culinário, atiçando o paladar do leitor. (C) As expressões "Ai" e "Ui" remetem o leitor à ideia de dor.

243 O gênero publicitário. (D) Quando se lê sundown, pensa-se em bronzeador, óculos escuros, toalha, tanga, biquíni, sunga, sorvete, praia, etc. (E) Quando se lê sundown, pensa-se em acordar, isopor, água, chave, carro, estrada, engarrafamento, vendedor ambulante, etc.

244 O gênero publicitário. A estratégia de abordagem ao consumidor aponta diretamente para (A) a razão, lembrando ao leitor os efeitos nocivos da alta exposição à luz solar. (B) a emoção, apelando a um fato cultural brasileiro: culto ao corpo moreno, bronzeado. (C) um hábito: associação metafórica de comestíveis a ideias exclusivamente positivas. (D) uma crítica a outros produtos da mesma natureza. (E) uma advertência: ou usa o produto anunciado, ou sentirá dor sempre.

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247 Paráfrases: denotação/conotação. Denotação X Conotação Denotação: vínculo direto de significação (sem sentidos derivativos ou figurados) que um nome estabelece com um objeto da realidade. Conotação: conjunto de alterações ou ampliações que uma palavra agrega ao seu sentido literal (denotativo), por associações linguísticas de diversos tipos (estilísticas, fonéticas, semânticas), ou por identificação com algum dos atributos de coisas, pessoas e seres da natureza.

248 Paráfrases: denotação/conotação. Soniara é uma pessoa de cabeça quente (1) e, por isso, vive batendo a cabeça(2). Caiu de cabeça(3) na relação com o namorado, que vive com a cabeça no ar(4), não esquenta a cabeça(5) com nada, jamais perde a cabeça(6), e saiu da relação de cabeça erguida(7), apesar da cabeça virada (8) pelo rapaz. Ela nem sempre sabe onde tem a cabeça.(9)

249 Paráfrases: denotação/conotação. A linguagem figurada é usada, com frequência, na linguagem coloquial. Parafraseie cada expressão destacada acima, deixando-as com sentido denotativo e em conformidade com a norma culta. (1) (2) (3) (4) (5)

250 Paráfrases: denotação/conotação. Soniara é uma pessoa de cabeça quente (1) e, por isso, vive batendo a cabeça(2). Caiu de cabeça(3) na relação com o namorado, que vive com a cabeça no ar(4), não esquenta a cabeça(5) com nada, jamais perde a cabeça(6), e saiu da relação de cabeça erguida(7), apesar da cabeça virada (8) pelo rapaz. Ela nem sempre sabe onde tem a cabeça.(9)

251 Paráfrases: denotação/conotação. A linguagem figurada é usada, com frequência, na linguagem coloquial. Parafraseie cada expressão destacada acima, deixando-as com sentido denotativo e em conformidade com a norma culta. (6) (7) (8) (9)

252 Paráfrases: denotação/conotação. Parafraseie cada expressão destacada abaixo, deixando-as com sentido denotativo e em conformidade com a norma culta. (1) Ela pediu dinheiro ao pai, mas saiu com as mãos abanando. (2) Ou mãos à obra, ou ela vai ficar sem tutu. (3) Ela ficou de mãos atadas na situação. (4) O ex-ministro caiu, mas caiu de pé.

253 Paráfrases: denotação/conotação. (5) Todos estão com um pé atrás em relação ao time do Brasil. (6) Neymar faz gol com pé nas costas. (7) Ela bateu o pé com a mãe, mas quando viu que a coisa ia ficar preta, deu no pé. (8) Vasco joga mal, mas consegue vencer lanterna.

254 Paráfrases: denotação/conotação. (9) São Paulo deixa o Cruzeiro na ponta da tabela. (10) E quem disse que elas não entendem nada? Às vésperas da Copa, as mulheres botam suas manguinhas de fora e revelam paixão e conhecimento do esporte que encanta o mundo.

255 Paráfrases: denotação/conotação. (9) São Paulo deixa o Cruzeiro na ponta da tabela. (10) E quem disse que elas não entendem nada? Às vésperas da Copa, as mulheres botam suas manguinhas de fora e revelam paixão e conhecimento do esporte que encanta o mundo.

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258 Figuras de linguagem. 1. Símile ou comparação- Consiste numa comparação explícita, com a presença do elemento comparativo: como, tal qual, igual a, feito, que nem (coloquial), etc., entre duas palavras ou expressões. Ex.: Ela é bela como uma flor. 2. Metáfora- Consiste numa comparação implícita, numa relação de similaridade, entre duas palavras ou expressões. Ex.:Ela é uma flor.

259 Figuras de linguagem. 3. Antítese- Quando uma ideia se opõe a outra, sem impedi-la nem torná-la absurda. As ideias em si podem ser diametralmente opostas e até excludentes. Ex.: Estava mais morto do que vivo. 4. Paradoxo- É a antítese extremada, em que duas ideias que se excluem são apresentadas como ocorrendo ao mesmo tempo e no mesmo contexto, o que gera uma contradição (aparentemente) impossível. Ex.: Amor é ferida que dói e não se sente.

260 Figuras de linguagem. 5. Eufemismo- Volteio semântico que visa a suavizar uma expressão indelicada, forte ou inadequada em determinada situação. Ex.: Ele não está mais entre nós. (= morreu) 6. Hipérbole- Consiste no exagero ao se afirmar alguma coisa, com intuito emocional ou de ênfase. Ex.: Subi mais de mil e oitocentas colinas.

261 Figuras de linguagem. 7. Ironia- Figura de linguagem na qual aquilo que se diz não corresponde exatamente ao que se quer dizer, com intuito jocoso, cômico ou crítico. Ex.: Chegou cedo, heim! (para alguém atrasado) 8. Gradação- Muitas vezes, a cadeira semântica se ordena numa escala de grandeza ou de intensidade, constituindo uma gradação, que pode ser ascendente (do menos para o mais) ou descendente (do mais para o menos).ex.: Estava pobre, quebrado, miserável.

262 Figuras de linguagem. 9. Prosopopeia- Quando características humanas são atribuídas a algo inanimado ou a um animal. Não raro, aparecem os termos animismo e personificação com a mesma aplicação básica. Ex.: O vento rugia. 10. Sinestesia- Consiste na associação de palavras referentes a dois sentidos distintos: audição e visão, visão e tato, tato e paladar, paladar e olfato, etc. Ex.: Sentiu um toque doce.

263 Figuras de linguagem. 11. Metonímia- Consiste no emprego de uma palavra no lugar de outra, havendo entre ambas uma relação de contiguidade: parte pelo todo (Ele tem duzentas cabeças de gado na fazenda.); o continente pelo conteúdo (Passe-me a farofa.); o autor pela obra (Devolva o Neruda que você me tomou.); a marca pelo produto (Você me empresta o durex?); causa pelo efeito e vice-versa (O Sol faz mal.); o sinal pela coisa significada(balança no lugar de Justiça); o concreto pelo abstrato (Jorge é um bom garfo.); etc.

264 Figuras de linguagem. De acordo com a teoria vista, identifique a figura de linguagem predominante em cada item abaixo. a. Ele é esperto feito uma raposa. b. Ele é magro que nem um caniço. c. Ela é uma raposa. d. De repente, do riso fez-se o pranto. e. É um contentamento descontente. f. Já era um senhor. (= velho) g. Ela é uma garota de programa. h. Ele é soropositivo.

265 Figuras de linguagem. De acordo com a teoria vista, identifique a figura de linguagem predominante em cada item abaixo. i. Era pouco chegado a higiene. (= sujo) j. Chorar um rio de lágrimas. k. No Nordeste, há muitos severinos. l. Muito bonito, seu Fulano!(quando alguém errou) m. Coisinha linda! (para uma pessoa muito feia) n. Oba, jiló de novo! (uma pessoa que odeia jiló)

266 Figuras de linguagem. De acordo com a teoria vista, identifique a figura de linguagem predominante em cada item abaixo. o. Já lhe pedi isso um bilhão de vezes! p. Joguei o osso no lixo. q. Casa, cidade, nação, mundo, universo. r. Meu cachorro me sorriu latindo. s. O Lobo Mau e os Três Porquinhos. t. Era uma visão amarga. u. Ele tinha uma voz sombria.

267 Figuras de linguagem. De acordo com a teoria vista, identifique a figura de linguagem predominante em cada item abaixo. v. Fumarei um havana. w. Enquanto estudo tranquilo, você trabalha tenso. x. O cachorro ficou sentido com seu dono. y. Machado tem local de destaque na minha estante. z. Beberemos um porto, pois o Brasil venceu.

268 Figuras de linguagem. Insisto em comentar as vantagens e desvantagens do mundo virtual ; neste segmento do texto há um exemplo de linguagem figurada denominado: (A) silepse; (B) sinestesia; (C) metáfora; (D) metonímia; (E) antítese.

269 Figuras de linguagem. 1) Silepse de gênero: Com pronomes de tratamento, o adjetivo/predicativo faz a silepse. V. Ex.ª é atencioso. (referindo-se a homem) Outros exemplos: A criança caiu e não parou de chorar durante uma hora, coitadinho(menino). - Oi, ainda bem que você chegou; tinha alguém aqui bem saudosa.

270 Figuras de linguagem. 2) Silepse de número: Pode ocorrer a silepse de número com todo substantivo singular concebido como plural e, particularmente, com os termos coletivos. A ocorrência desta silepse acentua-se à medida que o verbo se distancia do sujeito coletivo. A multidão avançou, forçou o portão e, depois de horas, conseguiram entrar. Já toda a plateia estava indignada. Queriam logo o início do evento.

271 Figuras de linguagem. 3) Silepse de pessoa: Quando a pessoa que fala ou escreve se inclui num sujeito enunciado na 3ª. pessoa do plural, o verbo pode ir para a 1ª. pessoa do plural. Dizem que os fluminenses gostamos de samba. Todos geralmente o admiramos. Os professores tivemos uma reunião. Obs.: Também ocorre silepse de pessoa, quando queremos abranger a pessoa a quem nos dirigimos. Ex.: Os turistas sois bem-vindos.

272 Figuras de linguagem. Por vezes, tem-se o acúmulo de silepses. Veja: A seca atormenta a gente nordestina. Emigram, desolados, numa busca utópica de lugares melhores.

273 Figuras de linguagem. a. Leia atentamente a paráfrase: "Pode-se viver numa sociedade baseada no livro e, ainda assim, não ler, ou viver numa em que o livro seja mero enfeite e ser, no sentido mais profundo e verdadeiro da palavra, um leitor. Como sociedade, por exemplo, os gregos pouca importância dávamos a livros, mas individualmente, por certo, eram grandes leitores." Ela, a paráfrase, apresenta: (A) silepse de número (C) silepse de gênero (E) zeugma (B) silepse de pessoa (D) elipse

274 Figuras de linguagem. b.leia atentamente a paráfrase: "Pode-se viver numa sociedade baseada no livro e, ainda assim, não ler, ou viver numa em que o livro seja mero enfeite e ser, no sentido mais profundo e verdadeiro da palavra, um leitor. Como sociedade, por exemplo, o povo grego pouca importância dava a livros, mas individualmente, por certo, eram grandes leitores." Ela, a paráfrase, apresenta: (A) silepse de número (B) silepse de pessoa (C) silepse de gênero (D) elipse (E) zeugma

275 Figuras de linguagem. c. Leia atentamente a paráfrase: "Pode-se viver numa sociedade baseada no livro e, ainda assim, não ler, ou viver numa em que o livro seja mero enfeite e ser, no sentido mais profundo e verdadeiro da palavra, um leitor. Como sociedade, por exemplo, a população grega pouca importância dava a livros, mas individualmente, por certo, eram grandes leitores." Ela, a paráfrase, apresenta: (A) silepse de número apenas (B) silepse de pessoa apenas (C) silepse de gênero e de número (D) silepse de pessoa e de número (E) elipse

276 Figuras de linguagem. Leia: a) O pé da mesa quebrou. b) O céu da boca está com uma afta. c) A barriga da perna está inchada. d) Ele enterrou a agulha no dedo. A figura de linguagem predominante nas frases acima é:

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278 PROFESSOR ARENILDO DOS SANTOS CURSO DE INTERPRETAÇÃO

279 Interpretação e ambiguidades Liberdade Condicional Luiz Garcia

280 Interpretação e ambiguidades Na expressão liberdade condicional o termo principal deveria ser o segundo. Não haveria liberdade antecipada para condenados sem o preenchimento de condições relacionadas à periculosidade do presidiário. No Brasil, diferentemente de outros países, o benefício é praticamente automático. A única condição levada em conta é o tempo de reclusão. O condenado pode sair da prisão ao cumprir um terço da pena quando é primário e tem bons antecedentes (o que se avalia apenas pela sua folha corrida). Reincidentes saem na metade do tempo, e autores de crimes hediondos podem crer, costumam ser hediondos mesmo ao completarem dois terços. Acontece, e os casos de reincidência provam isso, que o tempo é juiz generoso; quase sempre, incompetente.

281 Interpretação e ambiguidades Não há mesmo em estados como Rio e São Paulo, imagine-se nos cafundós onde se perderam as botas de Judas um sistema de avaliação psicológica minimamente eficiente. Não há dinheiro para isso. Muito menos existem cá fora fiscais habilitados para acompanhar de perto o comportamento do ex-detento e decidir se está cumprindo as condições da liberdade. Nem as mínimas e óbvias, como lugar de moradia e trabalho. Um chefe do tráfico pode voltar para seus antigos domínios e viver como bem entender, até o momento de ser mais uma vez preso. Se for.

282 Interpretação e ambiguidades Como estão as coisas, policiais e carcereiros cumprem sem condicional pena parecida com aquela imposta pelos deuses antigos a Sísifo, condenado a incessantemente rolar uma rocha até o topo de uma montanha, de onde ela cairia de volta devido ao seu próprio peso. E Sísifo foi condenado injustamente igualzinho aos bons funcionários do nosso sistema penal. Por lógica elementar, o problema deveria ser enfrentado com uma legislação que estabelecesse condições minimamente inteligentes para libertação antecipada. Sísifo acharia graça se tivesse ânimo para rir de uma desgraça como a sua. (O globo, 5/9/2006)

283 Interpretação e ambiguidades 1. Marque a alternativa que indica a função prioritária da imagem que acompanha o texto: (A) reforçar a tese defendida pelo autor; (B) exemplificar a tese; (C) ilustrar uma possibilidade arrolada no texto; (D) trazer um pouco de humor para o debate; (E) facilitar a compreensão de quem não sabe ler.

284 Interpretação e ambiguidades 2. O objetivo prioritário do texto é: (A) apresentar uma solução para o problema da superlotação carcerária; (B) advertir o leitor quanto à possibilidade de ele conviver com um ex-presidiário que continua marginal; (C) chamar a atenção das autoridades competentes para um problema cada vez mais grave; (D) sugerir que a expressão Liberdade Condicional é menos adequada que Liberdade Vigiada; (E) mostrar que a legislação precisa ser repensada, no que diz respeito à concessão da chamada Liberdade Condicional.

285 Interpretação e ambiguidades 3. A alternativa que melhor resume a tese do texto é: (A) É preciso mudar a legislação, a fim de que a liberdade condicional seja atrelada a outros fatores, além do tempo de reclusão. (B) É preciso mudar a legislação, a fim de que os problemas brasileiros sejam solucionados. (C) A liberdade condicional favorece indistintamente os detentos, baseando-se apenas no tempo de reclusão. (D) De certa forma, policiais e carcereiros também cumprem pena. (E) O Brasil tem muita coisa errada.

286 Interpretação e ambiguidades 4. A melhor classificação para o texto lido é: (A) narrativo; (B) descritivo; (C) educativo; (D) argumentativo; (E) jornalístico.

287 Interpretação e ambiguidades 5. Quanto ao discurso de linguagem, pode-se afirmar que o texto: (A) é inteiramente impessoal; (B) apresenta traços de informalidade; (C) apresenta-se num nível culto; (D) é inteiramente informal; (E) é pessoal, com toques confessionais.

288 Interpretação e ambiguidades 6. A reescrita que não altera o sentido original é: (A) No Brasil, diferentemente de outros países, o benefício é praticamente automático. / No Brasil, diferentemente dos outros países, o benefício é praticamente automático. (B) A única condição levada em conta é o tempo de reclusão. / A condição levada em conta é o único tempo de reclusão. (C) Muito menos existem cá fora fiscais habilitados para acompanhar de perto o comportamento do ex-detento... / Existem cá fora muito menos fiscais habilitados para acompanhar de perto o comportamento do ex-detento...

289 Interpretação e ambiguidades 6. A reescrita que não altera o sentido original é: (D) Nem as mínimas e óbvias, como lugar de moradia e trabalho. /Nem as óbvias e mínimas, como trabalho e lugar de moradia. (E) Um chefe do tráfico pode voltar para seus antigos domínios e viver como bem entender, até o momento de ser mais uma vez preso. / Um chefe do tráfico pode viver como bem entender e voltar para seus antigos domínios, até o momento de ser mais uma vez preso.

290 Interpretação e ambiguidades 7. Na expressão liberdade condicional o termo principal deveria ser o segundo. Infere-se dessa passagem que o autor propõe: (A) uma alteração na ordem dos termos; (B) o termo principal, no fundo, já é o segundo; (C) o primeiro termo é secundário; (D) o primeiro termo deveria ser o segundo; (E) ênfase maior ao segundo termo.

291 Interpretação e ambiguidades 8. O valor gramatical e semântico de cada termo fica alterado com a inversão proposta em: (A) liberdade condicional condicional liberdade; (B) carcereiro policial policial carcereiro; (C) libertação antecipada antecipada libertação; (D) bons funcionários funcionários bons; (E) antigos domínios domínios antigos.

292 Interpretação e ambiguidades

293 Interpretação e ambiguidades 9. A finalidade prioritária do termo destacado em hediondos mesmo é: (A) ratificar o valor do adjetivo; (B) intensificar o adjetivo; (C) evitar ambiguidade; (D) criar uma hipérbole; (E) evitar um eufemismo.

294 Interpretação e ambiguidades 10. O autor faz o texto verbal se acompanhar de um texto não verbal. Neste, o autor explora um paradoxo que se encontra mais bem explicado em: (A) O ex-detento pode ou não voltar a ser marginal; (B) A arma carregada pelo ex-detento pode ou não ser verdadeira; (C) A Justiça pode ou não ser cega; (D) A cegueira pode levar a Justiça a gerar injustiça; (E) A balança pode ou não ser tendenciosa.

295 Interpretação e ambiguidades 11. Ocorre ambiguidade na seguinte frase: (A) Da cela, o detento viu o incêndio. (B) O detento, da cela, viu o incêndio. (C) O detento viu, da cela, o incêndio. (D) O detento viu o incêndio da cela. (E) Da cela, o incêndio foi visto pelo detento.

296 Interpretação e ambiguidades Acompanhe: Hoje eu tenho certeza de que você me traiu. Eu, hoje, tenho certeza de que você me traiu. Eu tenho hoje certeza de que você me traiu. Eu tenho certeza hoje de que você me traiu. Eu tenho certeza de que hoje você me traiu. Eu tenho certeza de que você me traiu hoje.

297 Interpretação e ambiguidades Acompanhe: Dependendo do contexto, o advérbio ao final de um período pode gerar ambiguidade. Compare: Só hoje eu percebi que você me ama. Eu só percebi que você me ama hoje. Eu percebi que você me ama hoje. Eu percebi hoje que você me ama. Eu percebi que você hoje me ama.

298 Interpretação e ambiguidades 12. Complete as frases abaixo, evitando ambiguidades. a) Minha vizinha adora sua cachorra, porque ela b) Meu namorado adora meu pé, porque ele c) A criançada adora a Disney, pois ela

299 Interpretação e ambiguidades 13. Explique a ambiguidade contida na seguinte narrativa: Ao saber que um sobrinho havia levado uma mordida, minha mulher perguntou: -Afinal, quem mordeu o Pedro? A resposta foi imediata: -Foi a cachorra da namorada do João.

300 Interpretação e ambiguidades Questões de concursos públicos - Ambiguidade 1. (NCE) A colocação das palavras e das expressões na construção das frases leva, em alguns casos, a significados diversos. À duplicidade de sentido, numa construção sintática, dá-se o nome de ambiguidade ou anfibologia. Das frases abaixo, aquela que apresenta duplicidade de sentido é: (A) A liberdade é sempre bem-vinda como um dos maiores valores. (B) A condenada, naquele presídio, discute sobre suas precárias condições. (C) O ser humano alimenta o sonho de ter liberdade. (D) Ninguém explica e ninguém entende a liberdade. (E) A conversa acontecia à luz de velas, com todo o sigilo.

301 Interpretação e ambiguidades

302 Interpretação e ambiguidades 2. (CESPE/UNB) Em todas as alternativas, o problema de ambiguidade que a primeira sentença apresentava foi satisfatoriamente eliminado, quando de sua reestruturação, EXCETO: (A) A repórter deixou a cidade alarmada./ A repórter saiu da cidade alarmada. (B) O balconista atendeu o cliente nervoso./o cliente nervoso foi atendido pelo balconista. (C) Vi o rapaz com o binóculo./através do binóculo, vi o rapaz. (D) Encontrei um velho conhecido./encontrei um antigo conhecido.

303 Interpretação e ambiguidades 3. (NCE) Ambiguidade ou anfibologia é a duplicidade de sentido numa construção sintática. A construção abaixo é ambígua. Vimos a paisagem do Cristo Redentor. Das frases a seguir, aquela que pode ter mais de um sentido é: (A) A irmã do meu colega separou do marido, quando ele começou a beber. (B) Respeito o meu chefe, mas não aprecio o temperamento dele. (C) O operário, depois de ser medicado, recebeu alta. (D) Discuto os valores religiosos, mas sem o apoio deles, eu não saberia viver. (E) A chuva, quando demora a cair, sentimos a falta dela.

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306 PROFESSOR ARENILDO DOS SANTOS CURSO DE INTERPRETAÇÃO

307 Inferências: treinamento. O direito de denunciar Zeca Borges não tem o que os franceses chamam de físico do papel. Parece um senhor bonachão, tomador de chope e bom de papo. Pode até ser tudo isso mas, principalmente, é a personificação da melhor coisa que a sociedade civil fez até hoje neste país pelo combate ao crime. Ele é o criador e administrador do Disque-Denúncia, que deu ao cidadão uma arma eficiente de colaboração com a polícia. No caso particular dos sequestros, a Secretaria de Segurança do Estado do Rio tem aproveitado a ajuda com eficiência: as grandes quadrilhas especializadas em sequestros de gente graúda foram varridas do mapa.

308 Inferências: treinamento. O sequestro é crime particularmente vulnerável à denúncia de cidadãos. Exige um cárcere, e isso tende a fazer com que o sequestrador se torne alvo de suspeitas. Ele é sempre um novo inquilino (não se conhecem casos de sequestradores que levem o trabalho para casa) com hábitos peculiares e pouco rotineiros. Expõe-se à desconfiança dos vizinhos, e daí à denúncia é um passo. Para que os cidadãos disquem para denunciar é importante, claro, que saibam que sequestros andam acontecendo. O que ocorrerá se os meios de comunicação o informarem disso. No Rio, há muitos anos jornais e emissoras de rádio e TV decidiram não dar ouvidos a pedidos de sigilo feitos por famílias de vítimas por exigência de sequestradores.

309 Inferências: treinamento. A experiência mostrou que isso não aumentava os riscos para os sequestrados, e sim criava um risco insuportável para os bandidos. E, literalmente, esse crime deixou de compensar. Infelizmente, isso é comprovado também pelo confronto com a atitude dos meios de comunicação de São Paulo, que não apenas atendem a todos os pedidos de sigilo sobre sequestros como dão pouca importância ao registro de crimes em geral. E lá, mesmo sem o problema das favelas enquistadas em todos os cantos da cidade, crimes como o sequestro estão em alta. Cada um publica o que acha relevante, e não estou aqui para ensinar o ofício a ninguém. Mas os órgãos de comunicação de lá, se gerenciados por pessoas inteligentes, certamente mudarão sua filosofia ante a divulgação de crimes. Luiz Garcia O Globo, 15 de novembro de 2005.

310 Inferências: treinamento. 1. De acordo com o que é lido no texto, pode-se afirmar que Zeca Borges: (A) é um senhor bonachão; (B) gosta de tomar chope e de papear; (C) personificou uma utopia sociedade civil; (D) criou e administra o Disque-Denúncia; (E) é um policial que merece respeito da população.

311 Inferências: treinamento. 2. Ainda de acordo com o que é lido no texto, outra afirmativa que se pode fazer é que Zeca Borges: (A) em nada ajudou a Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro; (B) ajudou a diminuir o número das ocorrências criminosas no Estado do Rio de Janeiro; (C) criou o Disque-Denúncia, que inibiu, sob certo aspecto, o número de sequestros no Estado do Rio de Janeiro. (D) demonstrou que qualquer cidadão pode ter participação direta na prevenção dos crimes no Estado do Rio. (E) é solidário com a dor do povo.

312 Inferências: treinamento. 3. Não está de acordo com as informações do texto: (A) O Disque-Denúncia tem colaborado com a polícia. (B) As quadrilhas especializadas em crimes foram eliminadas do Rio de Janeiro. (C) O Disque-Denúncia por si só não é suficiente para o combate ao sequestro. (D) No Rio de Janeiro, os meios de comunicação também têm sua participação positiva no combate a sequestros. (E) Em São Paulo, os meios de comunicação têm posturas diferentes de algumas adotadas no Rio de Janeiro.

313 Inferências: treinamento. 4. As alternativas abaixo poderiam ser organizadas num percurso generalizador, isto é, do mais particular ao mais geral. Assinale a frase que representa o mais geral. (A) O Disque-Denúncia ajuda a polícia. (B) O Disque-Denúncia ajuda a polícia no combate ao crime especializado. (C) O Disque-Denúncia ajuda a polícia no combate ao crime. (D) O Disque-Denúncia ajuda a polícia no combate ao crime especializado em sequestros de pessoas importantes. (E) O Disque-Denúncia ajuda a polícia no combate ao crime especializado em sequestros de pessoas.

314 Inferências: treinamento. Inferir é ler nas entrelinhas, isto é, tirar conclusões a partir do que é dito no texto; explicitar o que está implícito. Mas cuidado: é comum e errôneo, em atos de inferência, extrapolar. É preciso inferir o devidamente autorizado pelo que está escrito. Em muitos casos, a inferência está calcada numa pressuposição. Assim, quando se afirma que alguém já não fuma, ao mesmo tempo se está passando essa informação e a inferência (pressuposição) de que ele já fumou em outra época.

315 Inferências: treinamento. 5. O texto não respalda a seguinte inferência: (A) Quanto maior o período de permanência de sequestradores em um cárcere, maior é a tendência de que se tornem alvo de suspeitas. (B) Emissoras de rádio e TV levaram anos discutindo até decidirem não dar ouvidos a pedidos de sigilo feitos por famílias de sequestradores. (C) O sequestro de pessoas ricas e/ou famosas deixou de compensar no Rio de Janeiro. (D) Quando a imprensa não registra crimes em geral, de alguma forma ela contribui para a violência. (E) Em São Paulo, a imprensa tem por hábito a não divulgação de sequestros, o que tem incentivado a ação de sequestradores.

316 Inferências: treinamento. 6. Em cada alternativa abaixo há uma afirmação e um pressuposto por ela autorizado, exceto: (A) O Disque-Denúncia ainda ajuda a polícia. Pressuposto: o Disque-Denúncia já ajudou a polícia. (B) Mais um caso de sequestro foi solucionado pelo Disque- Denúncia. Pressuposto: Centenas de outros casos de sequestros já foram solucionados pelo Disque-Denúncia. (C) O Disque-Denúncia ainda não conseguiu solucionar o problema relacionado ao tráfico de drogas. Pressuposto: O Disque-Denúncia vem tentando solucionar o problema relacionado ao tráfico de drogas.

317 Inferências: treinamento. (D) O Disque-Denúncia já não ajuda tanto no combate ao crime. Pressuposto: O Disque-Denúncia já ajudou mais no combate ao crime. (E) O Disque-Denúncia quer tornar mais ativa sua participação no combate à violência. Pressuposto: O Disque-Denúncia tem ativa participação no combate à violência.

318 Inferências: treinamento. 7. No cotidiano, são várias as frases com pressupostos. Na maioria das vezes, são proferidas sem reflexão crítica; noutras, revelam preconceito, discriminação, malícia. Em que alternativa abaixo não há pressuposição negativa? (A) Ele é negro, mas tem alma branca. (B) Ele é um político, mas pode confiar nele. (C) É um negro de caráter. (D) Andam sempre juntos, mas não são namorados. (E) Ela é uma boa moça. Não namora ninguém.

319 Inferências: treinamento. 8. Às vezes, uma mensagem (publicitária, comercial, charge, tira, etc.) envolve imagens, as quais também precisam ser lidas e compreendidas. Observe, por exemplo, o texto ao lado:

320 Inferências: treinamento. Sob o ponto de vista dos chefes, o dito popular que mais se aproxima do que é tematizado na imagem é: (A) O que vem de baixo não me atinge. (B) A união faz a força. (C) Uma mão lava a outra. (D) Mais vale um passarinho na mão do que dois voando. (E) Do barro vieste, ao barro voltarás.

321 Inferências: treinamento. Vemos hoje políticos dizerem que tudo que recai sobre eles é mentira. Quando são desmentidos, o que temos visto com muita regularidade, ninguém se desculpa. Será que a verdade sumiu da vida política? O Globo, 25 de setembro de RAUL BEZERRA COSTA FILHO (via Globo Online, 20/9), Sobradinho, DF 9. Só não está de acordo com as ideias inferidas ou referidas no texto: (A) Há políticos que mentem. (B) Certamente há políticos que não mentem. (C) Pode haver políticos que não mentem. (D) Não tem sido raro provar mentiras de políticos. (E) Têm sido repetitivos os casos de políticos mentirosos.

322 Inferências: treinamento.

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324 PROFESSOR ARENILDO DOS SANTOS CURSO DE INTERPRETAÇÃO

325 Dedução/indução. Quando se fala em processos de raciocínio, alude-se basicamente aos indutivos e dedutivos. A indução é um processo mental que parte de raciocínios menos universais para outros mais universais. Veja: Eu sou professor. O professor é um educador. Logo, eu sou um educador.

326 Dedução/indução. A dedução é um processo mental que parte de raciocínios mais universais para outros menos universais. Veja: Todo professor é um educador. Eu sou professor. Logo, eu sou um educador. Silogismo: raciocínio cuja conclusão decorre logicamente de premissas.

327 Dedução/indução. 1. Classifique cada texto a seguir como Dedutivo ou Indutivo. a) O médico afirma que o genérico Dipirona faz o mesmo efeito produzido pela Novalgina. Por isso, ele diz nem titubear: quando precisa prescrever algum medicamento, aconselha sempre o genérico, já que, além de não se perder em termos de qualidade, ganha-se em termos de bolso.

328 Dedução/indução. b) As pessoas ficam estarrecidas sem razão. A corrupção no Brasil nunca foi novidade. Além disso, ela não é exclusividade nossa. A corrupção está dentro do homem. Por isso, em maior ou menor grau, há corrupção em todo país do mundo. Por que no Brasil seria diferente?

329 Dedução/indução. c) Ih, menina, você está gripada, encatarrada? Beba um chazinho de raiz de mangueira. Eu tomei e, no mesmo dia, pus tudo pra fora. d) Namorei o Sífocles, ele me traiu. Depois, namorei o Bernaldo, também me traiu. Aí namorei o Afrôncio, também me traiu. Não confio mais em homem algum.

330 Dedução/indução.

331 Dedução/indução. Bastidores do poder - Veja lá o que você vai fazer, hein... - Lá vem você com essas advertências sem sentido. - Sem sentido? Com sentido. Além de você, tenho outros colegas com que me preocupar. Você é a minha amizade mais antiga. Não vá me decepcionar. Poupe-me. Quero que enxergue além do presente; ponha-se lá na frente, no futuro. Entendido? - Sei lá... É muita responsabilidade. O país está em jogo. Eu sou só um deputado que...

332 Dedução/indução que com a minha ajuda foi eleito. Até os mais novos têm tido mais serenidade do que você. O que está havendo? - Tá bem Está bem mesmo? Consciência tranquila? - Ah, isso é que isso é que sim. Coloque na sua cabeça: que fiz eu? Só peguei dinheiro com empresários para financiar nossas campanhas. Só isso. Não matei, não roubei, só isso. (Crônica veiculada recentemente na Internet. Autoria desconhecida.)

333 Dedução/indução. 1. A palavra lá aparece quatro vezes no texto. Ela denota, respectivamente, os seguintes sentidos: (A) realce, realce, realce e realce; (B) realce, lugar, tempo e negação; (C) realce, realce, tempo e negação; (D) realce, lugar, lugar e negação; (E) realce, lugar, tempo e realce.

334 Dedução/indução. 2. Além de você, tenho outros colegas com que me preocupar... Quero que enxergue além do presente;... As ocorrências da palavra além nas passagens transcritas têm valores semânticos discriminados respectivamente em: (A) adição e transposição; (B) adição e adição; (C) exclusão e transposição; (D) adição e exclusão; (E) exclusão e adição.

335 Dedução/indução. 3. Na última fala, a repetição de só visa a fortalecer a ideia de: (A) impunidade; (B) restrição; (C) inocência; (D) honestidade; (E) solidão.

336 Dedução/indução. 4. Um julgamento atento do leitor leva-o à conclusão de que, na última fala, a estratégia argumentativa usada pelo locutor para convencer o interlocutor está calcada numa: (A) troca da causa pelo efeito; (B) simplificação exagerada; (C) generalização excessiva; (D) fuga do assunto; (E) analogia inadequada.

337 Dedução/indução. 5. Eu fumo porque, sempre que tento parar de fumar, tenho vontade de fumar, já que o gosto da nicotina me vem à boca. O texto acima apresenta incoerência de sentido resultado de: (A) simplificação exagerada; (B) generalização excessiva; (C) fuga do assunto; (D) analogia inadequada; (E) confusão na relação de causa e efeito.

338 Dedução/indução. 6. O caixa dois para campanhas eleitorais é legítimo, legal. Ilegal é a lei que não permite algo legítimo. O texto acima apresenta incoerência de sentido resultado de: (A) troca de causa e efeito; (B) simplificação exagerada; (C) generalização excessiva; (D) fuga do assunto; (E) analogia inadequada.

339 Dedução/indução. 7. Dilma, vai falar hoje sobre a crise no PT? Crise? Que crise? Alcançamos a melhor relação com os investidores internacionais, nos últimos vinte anos. O chamado risco Brasil tem caído significativamente. O Brasil é um país cada vez mais confiável. Levando-se em conta o (fictício) diálogo, pode-se apontar alguma incoerência na (fictícia) resposta de Dilma, já que ela apresenta: (A) troca de causa e efeito; (B) simplificação exagerada; (C) generalização excessiva; (D) fuga do assunto; (E) analogia inadequada.

340 Dedução/indução. 8. Assim como, por maior que seja a tempestade, o sol torna a aparecer, persistirei na minha tranquilidade, certa de que a tempestade vai passar. Também por isso não me pronuncio sobre a crise. Levando-se em conta o atual contexto sociopolítico, pode-se apontar alguma incoerência na (fictícia) fala de Dilma, já que ela apresenta prioritariamente uma: (A) troca de causa e efeito; (B) simplificação exagerada; (C) generalização excessiva; (D) fuga do assunto; (E) analogia inadequada.

341 Dedução/indução. No Brasil existem 8 milhões de pessoas que têm diabetes. E outros 162 milhões que podem não ter. Diabetes mata mais do que a Aids. É uma doença tão grave que é a quarta causa de morte no país. A Organização Mundial de Saúde calculou que até o ano de 2025 mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrerão com o diabetes. E boa parte deste número serão de brasileiros. No Brasil a SBD, Sociedade Brasileira de Diabetes, criada pelos maiores especialistas em diabetologia do país, atua permanentemente no campo de prevenção e controle do diabetes.

342 Dedução/indução. Preste atenção: o melhor remédio para combater o diabetes e suas causas é usar a cabeça. Para mudar este quadro, você precisa mudar os hábitos alimentares e o estilo de vida. Evite a obesidade e tenha uma atividade física regular. Faça sempre a coisa certa: em caso de dúvidas, consulte um especialista. E nunca esqueça que evitar o diabetes é uma questão de bom senso. Praticar exercícios, e ter uma alimentação saudável e equilibrada: esse é o melhor caminho para viver feliz, com ou sem diabetes. Lutar contra a obesidade previne o diabetes: coma menos, caminhe mais. O Globo, 23 de novembro de 2004.

343 Dedução/indução. Pela natureza do texto, pode-se afirmar que seu autor pretende, prioritariamente: (A) informar (B) convencer (C) ensinar (D) prever (E) questionar

344 Dedução/indução. Em relação à estrutura interna, identifique o recurso linguístico utilizado para expressar um dado efeito de sentido. (A) Na segunda frase do texto, o sujeito está implícito, a fim de que haja uma ambiguidade estilística. (B) A partir do terceiro parágrafo, enfatiza-se a segunda pessoa do discurso, em tom de advertência. (C) Na primeira frase do texto, os substantivos apresentam um paralelismo de ações que se sucedem no tempo. (D) O emprego da segunda pessoa ratifica uma atitude imperativa, de ordem. (E) A divisão em parágrafos visa a tornar o texto mais persuasivo.

345 Dedução/indução. Assinale a alternativa que apresenta o melhor entendimento do objetivo do texto. (A) O texto pretende discutir sobre os maus hábitos alimentares. (B) O texto apresenta o exímio trabalho que a SBD, Sociedade Brasileira de Diabetes, realiza permanentemente. (C) O texto discorre sobre os males causados pela falta de uma atividade física regular. (D) O texto quer provar que a Aids é uma doença, na prática, menos perigosa do que o que se imagina. (E) O texto pretende advertir os leitores da necessidade de se evitar o diabetes.

346 Dedução/indução. "No Brasil existem 8 milhões de pessoas que têm diabetes. E outros 162 milhões que podem não ter." Com base no título transcrito, só não se pode afirmar que: (A) A primeira frase tem valor de fato; a segunda, de hipótese. (B) O número "8 milhões" deve ser entendido como número aproximado. (C) O número "162 milhões" deve ser entendido como número aproximado. (D) O texto permite inferir que "162 milhões" brasileiros podem estar com diabetes. (E) No Brasil, o número de pessoas não diabéticas ainda é muito maior do que o de pessoas diabéticas.

347 Dedução/indução. "Quem mudar seus hábitos alimentares não terá diabetes. O leitor mudará seus hábitos alimentares. O leitor não terá diabetes." Este silogismo, considerando-se o que é dito no texto, NÃO é verdadeiro porque: (A) as premissas não são verdadeiras. (B) um dos termos do silogismo possui ambiguidade. (C) a conclusão não é uma decorrência lógica da premissa. (D) a organização dos termos está fora da disposição padrão. (E) o autor pressupõe que haja um leitor, o qual efetivamente não existe.

348 Dedução/indução. FEIRA DA PROVIDÊNCIA DE 1 A 5 DE DEZEMBRO RIOCENTRO RIO DE JANEIRO DE 12H ÀS 23H QUEM É DO BEM VAI

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