Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP
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- Patrícia Sampaio César
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1 SUMÁRIO Página: 1/5 1. OBJETIVO: Administrar medicamento por sonda enteral (pré ou pós pilórica) ou gastrostomia, em pacientes com impossibilidade ou dificuldade de deglutição. 2. APLICAÇÃO: Aos pacientes internados com sonda enteral (pré ou pós pilórica) ou gastrostomia e prescrição médica de medicamentos por esta via. 3. RESPONSABILIDADE:, farmacêutico, médico, técnico e auxiliar de enfermagem. 4. MATERIAIS: Medicamento, etiqueta, caneta, triturador de comprimidos, água potável (filtrada ou mineral), seringa de 20 ml (1 para cada medicamento e 1 para teste e lavagem da sonda), bandeja, estetoscópio, luvas de procedimento, gazes e saco plástico para resíduos. 1 2 DESCRIÇÃO AÇÕES AGENTES REFERÊNCIAS Confira na prescrição médica, as possíveis alergias medicamentosas e leia atentamente os medicamentos que devem ser administrados por via enteral. Prepare o medicamento no momento imediato à administração. 3 Faça a identificação do medicamento (etiqueta contendo o nome e sobrenome, leito, nome do medicamento, dose, horário, via de administração). 4 Faça um ponto com a caneta ao lado do horário de cada medicamento aprazado na prescrição transcrita na etiqueta. 5 Higienize as. 6 7 Retire o medicamento da gaveta do paciente e confira o nome, validade, dose necessária e apresentação. Se comprimido, retire da embalagem e coloque-o no triturador. Triture o comprimido até se tornar pó, diluir em 10 a 20 ml de água potável e aspire. 8 Se solução, aspire a dose prescrita e diluir em 10 a 20 ml de água potável. Cole a etiqueta de identificação na seringa com o 9 medicamento. Proteja a seringa com a própria embalagem, e nunca 10 coloque agulha (manter o bico da seringa voltado para parte da embalagem selada, protegendo-a). 11 Se houver mais de um medicamento no horário, realize cada procedimento separadamente, por seringa.
2 12 13 Reúna o material [medicamento(s), estetoscópio, luvas, água potável, gaze, seringa vazia] em uma bandeja. Leve a prescrição médica e a bandeja ao quarto do paciente e coloque-a em uma mesa auxiliar limpa. 14 Higienize as Confira o nome completo do paciente que consta na prescrição, no medicamento e a pulseira de identificação. Se pulseira indicativa de alergia, pergunte a ele a qual medicamentos ou confira no prontuário. Explique o procedimento ao paciente e/ou acompanhante / cuidador. Peça ao paciente para sentar-se ou eleve a cabeceira do leito (30 a 45 ). 18 Higienize as. Página: 2/5 19 Calce as luvas de procedimento. NR Em paciente com gastrostomia- abra o cateter, conecte seringa de 10 ml vazia e aspire para verificar a permeabilidade e se está locada (pela presença de resíduo gástrico). - Em paciente com sonda enteral, abra e conecte a seringa vazia na sonda e aspire, caso não haja retorno de resíduo, injete 10 ml de ar e ausculte o quadrante superior esquerdo do abdome (em sonda pós pilórica pode não haver resíduo ao aspirar). Verifique também se a fixação da sonda está correta e se não há deslocamento da sonda. Qualquer dúvida não continue o procedimento e solicite avaliação de um enfermeiro ou médico. A seguir adapte a seringa com o medicamento na sonda (pode usar gazes como apoio). 22 Injete lentamente toda a medicação Lave a sonda administrando no mínimo 15 ml de água potável (filtrada ou mineral) com pressão, para evitar a obstrução e feche a tampa da sonda. Atenção! Entre cada medicamento (se houver mais de um no mesmo horário) ou entre a dieta e o medicamento, e após o último medicamento administrado deve-se lavar a sonda com no mínimo 15 ml de água potável. COREN/SP 10 passos para a segurança do paciente 25 Desconecte a seringa e feche a sonda. 26 Retire as luvas de procedimento e descarte-as junto com os materiais utilizados em saco plástico para resíduos. PGRSS
3 Página: 3/5 27 Higienize as. 28 Deixe o paciente confortável e o quarto organizado Recolha o material e despreze no expurgo, em lixo para resíduo infectante. Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel toalha e faça desinfecção com álcool à 70%. 31 Higienize as. 32 Cheque o horário da administração do medicamento. 33 Cheque o horário da administração do medicamento na prescrição médica, registre o procedimento realizado e intercorrências na anotação de enfermagem. Inclua o volume administrado no balanço hídrico, se houver indicação. Assine e carimbe. PGRSS SCIH SAE Prescrição/anotação de enfermagem RISCOS Assistenciais: Preparo incorreto do medicamento (nome do paciente, nome do medicamento, dose, via e horário) Administração de medicamento incorreto Obstrução do dispositivo por não lavar a sonda entre os medicamentos Administração de medicamento em via intravascular Não administração de algum medicamento Eventos Adversos Infecção Ocupacionais: Contaminação do profissional por manipulação inadequada de resíduos e/ou material biológico (conteúdo gástrico). Avaliação (G; P)* 4;2 Mitigação (nº passo) , ,19,26-31 *Gravidade (G): 1 a 4 e a Probabilidade (P): 1 a 4
4 Página: 4/5 OBSERVAÇÕES O termo via sonda enteral é utilizado de um modo geral para definir acesso ao sistema digestório por sonda oro/nasogástrica, nasoentérica e estomas de alimentação (gastrostomia e jejunostomia). É obrigatório escrever na etiqueta as informações referentes aos cinco certos, e elas não devem ser abreviadas. Além dos cinco certos, foram incorporados mais quatro passos de segurança, são eles: orientação ao paciente certo; documentação certa; compatibilidade entre medicamentos certa; direito à recusa do medicamento pelo paciente. Quando houver medicamentos de alta vigilância: deve-se fazer a dupla checagem dos dados e ter atenção redobrada. O paciente deve ser orientado sobre cada medicamento a ser administrado. Respeite seu direito de recusa, comunique ao médico e registre. O paciente deve ser mantido em decúbito de 30 o a 45 o durante o tempo em que é infundido o medicamento e por pelo menos 30 minutos após, para melhorar o esvaziamento gástrico. Todo o medicamento deve ser checado após a sua administração e, se não foi administrado, deve-se circular o horário e anotar o motivo, no espaço reservado para anotações de enfermagem. Se o medicamento for administrado fora do horário determinado, deve-se colocar o horário correto e checar. O aprazamento (horários de administração) deve ser realizado pelo enfermeiro e orientação do farmacêutico, considerando a interação medicamentosa. Evite se possível, horários de medicamentos que frequentemente interrompam a infusão da dieta. Todo medicamento deve ser checado imediatamente após sua administração. Quando o medicamento não for administrado, comunique o enfermeiro e/ou médico de plantão, circule o horário e anote o motivo no espaço reservado para anotações de enfermagem. Medicamentos administrados fora do horário determinado, comunique o enfermeiro e/ou médico de plantão, cheque e justifique na anotação de enfermagem. Medicamentos prescritos como se dor, se náuseas e vômitos, se febre e outros, comunique o enfermeiro e/ou médico de plantão o sintoma identificado, confirme a necessidade da administração, administre, cheque na prescrição médica e justifique na anotação de enfermagem. Verifique e registre os sinais vitais antes e após a administração de medicamentos que possam alterá-los. Verifique e registre a presença de dor antes e após da administração de medicamentos analgésicos. Verifique e registre qualquer tipo de reação apresentada pelo paciente após a administração do medicamento. Todos os incidentes relacionados a medicamentos devem ser notificados à Diretoria de Enfermagem (Notificação de incidente relacionado ao procedimento, ou à medicação). São considerados incidentes: evento adverso, erro, quase erro e não conformidade. EPIs devem ser utilizados de acordo com a indicação determinada para cada paciente conforme as diretrizes preconizadas pelo SCIH. Antes de triturar os comprimidos, certifique-se com um farmacêutico se eles podem ser triturados. Sempre que possível, utilize medicamentos na apresentação solução para prevenir a obstrução e facilitar a infusão, e lembre-se de diluir. Medicamentos bucais, sublinguais, com revestimento entérico ou de liberação lenta não podem ser triturados. Atente para os sítios de absorção de certas drogas para evitar que sejam administradas em porção do digestivo onde não serão absorvidos (principalmente em pacientes com jejunostomia). Nunca feche o dispositivo, sem antes lavar o sistema. A lavagem da sonda após a administração do medicamento é fundamental para evitar complicação mecânica da sonda (obstrução). Atente para o momento correto da administração. Levar em consideração o conteúdo gástrico, a necessidade de jejum e por quanto tempo (antes e após a administração), além da possibilidade de interação entre a medicação e a dieta em uso, e a medicação e outras medicações a serem administradas no mesmo horário. Nunca misture um medicamento com a dieta do paciente, ou com outro medicamento. Em pacientes imunodeprimidos é recomendado uso de água estéril na diluição dos medicamentos e lavagem da sonda, pois é isenta de qualquer microorganismo. ATENÇÃO - o volume de água potável (filtrada ou mineral) a ser administrado para lavagem da sonda e diluição de medicamentos deve ser calculado considerando a idade e estado clínico do paciente
5 Página: 5/5 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: 1. Carmagnani MIS et al. Procedimentos de Enfermagem- guia Prático. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro McConnell EA. Administering medication through a gastrostomy tube. Nursing.2002; 32(12): Matsuba CST. Boas práticas de enfermagem em nutrição e terapia nutricional enteral In:Viana DL. Boas práticas de enfermagem. EdYendis. São Paulo Bankhead R, Boullata J, Brantley S et al. Enteral nutrition practice recommendations. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition.2009;33(2): Forest-Lalande L. Gastrostomias para nutrição enteral. Tradução por: Elisabeth Dreyer. Campinas: Editora Lince; ELABORAÇÃO Elaborado por: Revisado por: Aprovado por: 2004 e 2007 Maria Laura L. P. Siciliano- COREN/SP:82395 Angelica G. S. Belasco COREN/SP: Profa. Dra. Maria Isabel S. Carmagnani - COREN: Maria das Graças Leite COREN/SP: Flávio Trevisani Fakih - COREN/SP: Diretora de Enfermagem do HSP FlávioTrevisani Fakih- COREN/SP:29226 Fernanda Crossera Parrera - COREN/SP: Luiza Hiromi Tanaka- COREN/SP: Lais Tambelli Friendlander Coren/SP: Katia Kazumi Kitazuka Coren/SP: GEDEME (Grupo de Estudos de Enfermagem em Medicamentos) Sara Turi Batazim Coren/SP: Leila Blanes Coren/SP: Sara Turi Batazim COREN/SP Celina Mayumi Morita Saito- COREN/SP: Luciana de Oliveira Matias COREN/SP:80938 Nathalia Perazzo Tereran- COREN/SP:99953 Leila Blanes - COREN/SP: Fabiana S Augusto - COREN/SP: Profa. Dra. Maria Isabel S. Carmagnani - COREN: Diretora de Enfermagem do HSP Bianca S. Svicero CRF/SP: Angelica G. S. Belasco COREN/SP: Diretora de Enfermagem do HSP GEDEME (Grupo de Estudos de Enfermagem em Medicamentos) Leila Blanes - COREN/SP: Angelica G. S. Belasco COREN/SP: Diretora de Enfermagem do HSP
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