Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP
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- Elias Morais Antunes
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1 Página: 1/6 SUMÁRIO 1.OBJETIVO: Fazer a reposição de sangue e/ou componentes sanguíneos conforme a necessidade terapêutica dos pacientes. 2.APLICAÇÃO: Aos pacientes internados e ambulatoriais com prescrição médica de hemocomponente. 3.RESPONSABILIDADE: Enfermeiros, médicos, técnicos e auxiliares de enfermagem. 4.MATERIAIS: Termômetro clínico, esfigmomanômetro, estetoscópio, gaze, álcool à 70%, bandeja com hemocomponente equipo específico para infusão de hemocomponente ou filtro leucodepletor, luvas de procedimento, maleta/caixa apropriada para transporte, seringa com solução fisiológica, fita adesiva, tubo seco e tubo roxo (com EDTA), material de coleta de sangue. DESCRIÇÃO AÇÕES (passos) AGENTES REFERÊNCIAS 1 Verifique na prescrição médica qual hemocomponente e volume (unidades) a ser administrado. Enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem 2 Certifique que o paciente concordou com a transfusão. 3 Verifique no impresso de solicitação do hemocomponente, se está preenchido corretamente os dados do paciente e certifique-se quanto ao tempo programado para início da transfusão. para segurança do paciente- passo 5 Portaria MS nº Separe o material para coleta de amostra de sangue. 5 Identifique individualmente cada tubo com Nome completo, Leito e RH do paciente. 6 Higienize as mãos. 7 Confirme o paciente e o procedimento a ser realizado de coleta de amostra de sangue. Pulseira de identificação do paciente 8 Explique o procedimento de coleta de amostra de sangue ao paciente. POP Coleta de sangue 9 Colete amostra de sangue suficiente para um tubo seco e um tubo roxo (com EDTA). POP Coleta de sangue NR Higienize as mãos.
2 Página: 2/ Encaminhe o impresso de solicitação de hemocomponentes à Agência Transfusional com as amostras de sangue identificadas. Cheque na Agência Transfusional a disponibilidade do componente solicitado e tempo previsto de preparo. Verifique as condições clínicas e infusionais do paciente: sinais vitais e disponibilidade/características do acesso venoso. Verifique a necessidade de infusão de medicamentos pré- transfusionais e solicite o mesmo (se prescrito). Contínuo, auxiliar, técnico de enfermagem, enfermeiro, médico Enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem para a segurança do paciente Certifique-se da infusão da medicação pré transfusional (se prescrito). Solicite a busca do hemocomponente na Agência Transfusional. Na Agência Transfusional, confira o nome, RH, números das bolsas, identificação nominal em cada bolsa e tipo de equipo a ser usado. Anote os dados de recebimento. Receba a ficha de registros de transfusão. No transporte para o setor utilize caixa térmica rígida, apropriada para este procedimento. Cheque os dados da pulseira de identificação do paciente com as informações contidas na bolsa, por dois profissionais, antes de iniciar o procedimento (dupla checagem). Se paciente consciente, também pergunte o nome dele. Anexe o impresso Requisição Transfusional (RT)/ Registros de Transfusão na prescrição médica. 20 Higienize as mãos. 21 Verifique sinais vitais antes do início da transfusão. 22 Higienize as mãos. 23 Anote os valores dos sinais vitais Calce as luvas de procedimento (posto de enfermagem). Conecte o equipo apropriado à bolsa do hemocomponente. 26 Retire o ar e preencha todo o equipo. Enfermeiro, Médico Contínuo, auxiliar, técnico de enfermagem, enfermeiro, médico Enfermeiro/Médico e outro profissional de saúde que conheça os pacientes do setor Enfermeiro, médico, técnico ou auxiliar de enfermagem Enfermeiro Médico Impresso de Interconsulta com os dados transcritos da Prescrição Médica Impresso de Interconsulta com os dados transcritos da Prescrição Médica para segurança do paciente- passo 5 POPs - verificação de PA, pulso, T e FR Ficha de registros da transfusão. NR 32 instrução do fabricante (embalagem)
3 Página: 3/6 27 Retire e descarte as luvas e Higienize as mãos Leve o hemocomponente em uma bandeja ao quarto do paciente. Oriente o procedimento ao paciente e forneça informações sobre possíveis reações transfusionais. 30 Higienize as mãos. Enfermeiro Médico 31 Calce as luvas de procedimento. NR Realize a assepsia com gaze e álcool a 70% no conector do dispositivo venoso e instale a bolsa. A via deve ser exclusiva. Verifique o tempo de infusão e controle o gotejamento correspondente. 34 Retire e descarte as luvas e higienize as mãos Permaneça os 15 primeiros minutos ao lado do paciente após a instalação observando possíveis sinais de reação transfusional. Verifique os sinais vitais e anote na Ficha de registros de transfusão. Observe o paciente a cada 30 ou 45 minutos durante a transfusão. Ao término da infusão, com o uso de luvas de procedimento, permeabilize o acesso venoso com solução fisiológica. Após a infusão, descarte a bolsa de sangue com equipo, em saco para resíduo infectante (branco) ou recipientes que evitem vazamentos/rupturas e estejam identificados para este fim. 39 Retire e descarte as luvas e higienize as mãos. 40 Ao término da transfusão, verifique os sinais vitais e anote na Ficha de registros de transfusão. Enfermeiro, médico, técnico ou auxiliar de enfermagem Observações do presente POP Ficha de Registro de Transfusão para a segurança do paciente POP permeabilização de acesso venoso NR32 NR32 POPs - verificação de PA, pulso, T e FR 41 Higienize as mãos. 42 Realize a anotação de enfermagem contendo: horário de início e término, registro dos sinais vitais, intercorrências e providências envolvidas na transfusão. Checar na prescrição médica. Em pacientes com registro de balanço hídrico, incluir o volume no espaço referente à Ganhos. Prescrição de enfermagem Ficha específica para Registro de Transfusão de hemocomponentes Evolução de enfermagem
4 Página: 4/6 RISCOS: Assistenciais: -Troca de bolsa (dados de identificação da bolsa não correspondente ao paciente). -Falha de algum registro na etiqueta de identificação da bolsa. -Reação transfusional. Ocupacionais: -Acidente do profissional de saúde por contato direto com hemocomponente. -Acidente com perfuro-cortante. Ambientais: -Descarte inadequado dos resíduos. Legais: -Falha na obtenção e registro de consentimento do paciente ou representante, para a realização da transfusão. -Falha no registro dos passos realizados no procedimento e de intercorrências. -Ações cíveis indenizatórias, decorrentes de falhas na realização do procedimento. Financeiros: -Custo adicional com tratamento ou aumento do tempo de internação devido a reação transfusional. -Custo adicional com tratamento ou aumento do tempo de internação devido a falha na realização do procedimento. *Gravidade (G): 1 a 4 e a Probabilidade (P): 1 a 4 Avaliação (G;P) (3;2) Mitigação (nºpasso) 1,2,5,7-9,12, ,18 18,21,29, 35,36,42 24,31, ,3,5,14,15,23,35,40, ,21,29, 35,36,40, OBSERVAÇÕES Os tipos de infusão são: Programada: com dia e hora marcada, em geral cirurgias, transfusões ambulatoriais ou procedimentos (ex:aférese). Rotina: transfusão de atendimento em até 24h. Urgência: transfusão de atendimento em até 3 h da solicitação à Agência Transfusional. Emergência: transfusão de atendimento imediato (deve ser acompanhado da ficha de co-responsabilidade, em que o médico assume os riscos de reações adversas transfusionais futuras, que possam decorrer desta). O tempo de infusão deve ser especificado em prescrição médica. Recomenda-se que a transfusão seja preferencialmente realizada durante o período diurno. Tempo de infusão dos hemocomponentes: Plaquetas infusão rápida (máximo 30 minutos). Crioprecipitado infusão rápida. Plasma - de 40 min à 1 hora, respeitando o tempo máximo de 4 h. Concentrado de glóbulos ou hemáceas de 1 a 2horas, respeitando o tempo máximo de 4h. Caso a bolsa ultrapassar o período de 4h de infusão, interromper a infusão, anotar e comunicar o médico sobre o volume infundido e o volume desprezado. Recomenda-se que o hemocomponente seja administrado em via exclusiva, desta forma, garantir uma nova via para ser exclusiva, ou suspender a administração de soroterapia, medicamentos ou NPT. Em caso de acesso periférico, PREFERENCIALMENTE, puncionar veia calibrosa com dispositivo compatível com a finalidade e idade do paciente.
5 Página: 5/6 A infusão poderá ser feita em conjunto com SF 0,9% em alguns casos específicos. A bolsa de hemocomponente deve ser instalada assim que chega no setor. Nunca aquecer o hemocomponente na unidade de internação. Nunca permanecer com a bolsa do hemocomponente na Unidade ou deixar em geladeira. A geladeira para armazenamento de hemocomponentes deve ser exclusiva e com controle rigoroso de temperatura. Caso o início da infusão não aconteça dentro de 30 minutos devolver a (s) bolsa(s) à Agência Transfusional. As plaquetas devem permanecer em agitação contínua enquanto não forem infundidas no paciente. A capacidade de filtragem do leucodepletor deve ser respeitada: 1 unidade de concentrado de glóbulos vermelhos e 6 unidades de plaquetas, observando a orientação do fabricante. O hemocomponente deve ser administrado em equipo específico com filtro padrão. O filtro leucodepletor deverá ser utilizado quando houver indicação médica. Nunca infundir a bolsa sob pressão mecânica (Exemplo: apertar com as mãos, com o manguito do esfigmomanômetro, etc). Para infusão em pacientes de transplante de medula óssea, observar Tabela de Hemotransfusão ABO (doador/receptor), lembrando que entre doador/receptor pode não haver o mesmo isotipo sangüíneo. No caso do hemocomponente ser filtrado na Agência Transfusional não há necessidade do uso de filtro de leucócitos à beira do leito. Quando o hemocomponente for administrado em cateter central, administrar 20 ml de SF 0,9% em bolus antes e depois da infusão para a lavagem do cateter. Caso o paciente apresente febre antes de iniciar a transfusão, cabe ao médico a liberação da transfusão ou não. Em caso de sinais de reação transfusional (Todas devem ser notificadas): Sinais e Sintomas: Aumento de um grau na temperatura corporal, calafrios, tremores, rush cutâneo, alterações respiratórias (dispnéia, taquipnéia, hipóxia, sibilos), taquicardia, mudança na pressão arterial (hipotensão ou hipertensão), lesões de pele, prurido, dor torácica e abdominal, icterícia ou qualquer outra manifestação sistêmica, náuseas com ou sem vômito. Avaliar a possibilidade de reação hemolítica, TRALI, anafilaxia e sepse relacionada à transfusão, situações nas quais são necessárias condutas de urgência. Condutas na presença de reação transfusional: - Interrompa imediatamente a administração. - Comunique o médico. - Preencha o formulário de Notificação de Reação Transfusional. - Colha amostra de sangue para prova cruzada (10 ml em tubo seco) e o coombs (5 ml em tubo roxo -com EDTA) do receptor de local (membro) diferente do utilizado para a infusão do hemocomponente. - Encaminhe à Agência Transfusional a bolsa (se não foi descartada) juntamente com o material coletado e o formulário de notificação de reação transfusional preenchido. Em caso de falha na realização dos passos do POP, deve-se preencher o impresso da diretoria de Enfermagem de Notificação de Incidentes Relacionados à Medicações (que inclui hemocomponentes), e encaminhar ao encarregado ou gerente do serviço ou supervisor. Em eventos adversos graves, notificar em formulário específico a Diretoria.
6 Página: 6/6 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: 1. Nettina SM. Práticas de Enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Smeltzer SCO, Bare BG. Bruner & Suddarth Tratado de Enfermagem médico-cirúrgico. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, vol. 1, pag Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Ministério da Saúde. 14 de junho de ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.d.o.u. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 10 de dezembro de Portaria MS nº 1.353,de 13 de junho de Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia para o uso de hemocomponentes. Brasilia: Editora do Ministério da Saúde Guia para a hemovigilância no Brasil: Marco conceitual e operacional da hemovigilância al_anvisa2015.pdf?mod=ajperes 11. Instrução Normativa da ANVISA nº 1, de 17 de março de Elaborado por: Revisado por: Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. Carmagnani- Leila Blanes - COREN/SP: COREN/SP: Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Diretora de Enfermagem do HSP Bruna Tirapelli COREN/SP: Enfermeira Encarregada do TMO e Hematologia Maristela M. Miyazaki- COREN/SP: Enfermeira Encarregada do Hemocentro do HSP Kátia Kazumi Kitazuka - COREN/SP: Enfermeira do Grupo Assessor da Diretoria de Enfermagem do HSP Flávio Trevisani Fakih COREN: Escritório da Qualidade/HSP e Comitê de Enfermagem em Segurança do Paciente/HSP Akemi Kuroda Chiba - CRF: Farmacêutica Bioquímica Hemocentro-Unifesp
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