SONDA NASOGÁSTRICA 1. CONCEITO:
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- Marco Antônio Ávila Guimarães
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1 SONDA NASOGÁSTRICA 1. CONCEITO: É a introdução de uma sonda do tipo Levine pelo nariz até o estômago. Geralmente são curtas,podendo ser introduzidas pelo nariz(sng) ou pela boca(sog).a numeração varia de 14 à 18 para adultos. SONDAS ENTÉRICAS São sondas especiais para alimentação enteral em pacientes que não podem comer, mas cujo TGI apresenta absorção adequada.a mais utilizada é a Dubboff.
2 Possuem um peso de mercúrio ou chumbo na sua extremidade e é necessário aguardar 24 horas para que a sonda migre para o duodeno-colocar o paciente em DLD. IMPORTANTE: - Inspecionar a sonda à procura de danos e testar sua permeabilidade - Aumente a flexibilidade da sonda enrolando-a na mão ou imergindo-a em água morna - Enrijeça a sonda esfriando-a em gelo - Orientar o paciente quanto ao desconforto(náuseas e vômitos) e a necessidade da sua cooperação - Lubrificar a sonda com substância hidrossolúvel para facilitar inseri-la.evitar as lipossolúveis,pois pode ser aspirado causando a pneumonia lipóide - Após a inserção inspecionar se a sonda não ficou na boca ou torcida usando abaixador de língua e lanterna - Durante a inserção observar reações do paciente.a presença de desconforto respiratório,cianose e tosse indicam que a sonda está na árvore brônquica - Antes de inserir a sonda,realize exame físico nasal à procura de anormalidades - Em casos de sondagem orogástrica retirar próteses dentárias e deslizar a sonda sobre a língua - Se o paciente estiver inconsciente,incline o queixo na direção do peito para fechar a traquéia.à seguir avance a sonda entre as respirações para garantir que ela não irá penetrar na traquéia. 2. FINALIDADE: Descompressão do estômago no pós-operatório para evitar vômitos. Ação terapêutica no controle de hemorragias do trato gastrintestinal superior. Coletar conteúdo gástrico para exames. Aspirar secreção gástrica. Alimentação (gavagem) nas primeiras 48 horas em adultos Administrar medicação via oral. 3. MATERIAL: Bandeja Sonda gástrica Lubrificante Gaze Seringa de 20 ml ou 5 ml para crianças Copo com água Esparadrapo ou micropore Estetoscópio Saco para lixo Luva de procedimento Obrigatório o uso de óculos de proteção 4. DESCRIÇÃO DOS PASSOS: Reunir o material e levar para a unidade do paciente Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente, a fim de obter a sua cooperação e facilitar o procedimento
3 Posicionar o paciente em posição de Fowler (45 graus) Cortar esparadrapo/micropore para fixação e demarcação da sonda Calçar luvas Proteger o tórax do paciente com a toalha Medir a extremidade distal da sonda do lobo inferior da orelha à base do nariz e daí até o apêndice xifóide e acrescentar 5 cm, marcar com esparadrapo neste ponto. Examinar as fossas nasais a fim de verificar possíveis obstruções ou desvio de septo, selecionar a narina. Lubrificar a ponta da sonda com lubrificante e através de uma das narinas, introduzir a sonda, pedindo para o paciente ajudar engolindo quando a sonda estiver passando pela garganta (orofaringe). A posição do pescoço em flexão pode ajudar a direcionar a sonda para o esôfago. Introduzir até a marca do esparadrapo. Se sentir resistência, parar e escolher outra narina. Observar durante a passagem, tosse e cianose e, na presença destes, retirar a sonda imediatamente. Injetar 20 ml de ar rapidamente através da sonda auscultando o boborigmo na região epigástrica. Após verificação do posicionamento da sonda, fixa-la sem tracionar a narina Deixar o paciente confortável Recolher o material Deixar a unidade em ordem Retirar as luvas Fazer anotação na prescrição; ressaltando os gastos em impresso próprio. 5. CONSIDERAÇÕES GERAIS: Para certificar-se do posicionamento da sonda no estômago: Introduzir com auxílio de uma seringa de 20 ml de ar e ao mesmo tempo auscultar com estetoscópio o som produzido na cavidade gástrica. Se ouvir o som, a sonda está posicionada corretamente. Aspirar o conteúdo gástrico com auxílio de uma seringa. - OBS: Colocar a outra extremidade da sonda em um copo com água quando houver dúvidas do posicionamento da sonda, pois este procedimento pode causar aspiração do líquido para os pulmões. COMPLICAÇÕES PARA USO PROLONGADO DA SONDAGEM Lesão na narina, sinusite, esofagite, fístula esofagotraqueal, ulceração gástrica,infecção pulmonar(por dilatação do esôfago-refluxo-aspiração) e oral LAVAGEM GÁSTRICA 1.CONCEITO: É a limpeza do estômago realizada através de uma sonda nasogástrica ou orogástrica. 2. FINALIDADES: Remover substâncias tóxicas ou irritantes (superdosagens)
4 3. DESCRIÇÃO DOS PASSOS: Reunir o material e levar par a unidade do paciente Orientar o paciente sobre o procedimento e sua finalidade Calçar as luvas Executar técnicas de SNG ou orogástrica Aspirar na seringa o SF 0,9% Conectar a seringa na sonda dobrada, desdobra-la e introduzir a solução (pode-se também conectar um equipo ao frasco de soro e liga-la ao soro) Desconectar a seringa da sonda e deixar fluir o líquido no recipiente graduado Proceder a técnica quantas vexes for necessário, até que o líquido drenado fique com aspecto claro Deixar o paciente confortável Recolher o material e deixar a unidade em ordem Retirar as luvas Fazer anotação na prescrição indicando horário, líquido infundido e drenado, aspecto do líquido drenado e reações do paciente. 4. CONSIDERAÇÕES GERAIS: Durante o procedimento, posicionar o paciente em decúbito lateral esquerdo Observar as reações do paciente durante o procedimento, tais com:dispnéia, cianose, palidez Observar cuidados na passagem da SNG ou orogástrica Certificar-se do posicionamento correto da sonda para evitar possíveis complicações, tais como: aspirações de líquido gástrico, bradicardia, asfixia. Se a quantidade drenada for menor que a quantidade infundida, reposicionar a sonda até que a quantidade restante da solução saia. Medir o líquido drenado, anotando as características. GAVAGEM 1. CONCEITO: É o suporte nutricional feito através da alimentação por SNG ou SNE. 2. FINALIDADE: Alimentar pacientes impossibilitados de deglutir, pacientes graves e inconscientes e fornecer suporte calórico a pacientes desnutridos. 3. NORMAS: - Equipo simples de dieta enteral e a seringa de 20 ml deveram ser trocados a cada 24 horas, sempre antes da administração da dieta das 09:00 hs. - O equipo de bomba de infusão para dieta enteral deverá ser trocado a cada 2 4 horas. - O equipo deve ser rotulado com a data, hora e assinatura do profissional. - È obrigatório a checagem das dietas administradas em formulário próprio.
5 - A validade da dieta após manipulação é de 24 hs. - A validade da dieta fora do refrigerador é de 4 horas, contando com o tempo de administração. 4. MATERIAL: Bandeja Frasco com dieta 1 equipo de macrogotas Luva de procedimento Saco coletor Seringa de 20 ml Copo com água Estetoscópio 5. DESCRIÇÃO DOS PASSOS: Reunir o material Conferir se a dieta está de acordo com a prescrição, observar validade e composição Observar a temperatura da dieta, que deverá estar morna Colocar o paciente em posição de Fowler, mantendo nesta posição por 1 hora após o término da administração Certifique-se que a sonda esta no estômago, acoplando a seringa de 20 ml contendo ar na extremidade da sonda. Injete o ar na sonda conforme se ausculta o abdômen do paciente com o estetoscópio Verifica presença de estase gástrica Conectar o equipo de soro no frasco Retirar o ar do equipo Explicar o procedimento ao paciente Conectar o equipo na sonda, dobrando-a para evitar a entrada de ar. Abrir o equipo, deixando a dieta correr não muito rápida Injetar 20 a 50 ml de água filtrada com a seringa; após o término da dieta, a fim de lavar a sonda. Fechar a sonda Manter o paciente em decúbito elevado ainda por algum tempo Deixar o paciente confortável Recolher o material e deixar o ambiente em ordem Checar na prescrição e fazer anotação de possíveis intercorrências e gastos em impresso próprio. CONSIDERAÇÕES GERAIS: 1. Estimular o paciente a sentar e a deambular, quando a situação permitir, para auxiliar a digestão 2. Deve ser observada e anotada a presença da diarréia ou obstipação intestinal em pacientes com dieta por sonda. Caso ocorra uma das alternativas o médico, a enfermeira e nutricionista devem ser avisados. 3. O alimento deve ser administrado aquecido.
6 VERIFICAÇÃO DE ESTASE GÁSTRICA 1. FINALIDADE: Avaliar se a dieta esta sendo bem absorvida. 2. MATERIAS: Luvas de procedimento Seringa de 20 ml Copo descartável ( para desprezar o resíduo maior que 20 ml.) Óculos de proteção EPI s se necessário 3. DESCRIÇÃO DOS PASSOS: Reúne os materiais Lave as mãos Explica o procedimento ao paciente e familiar Calçar as luvas de procedimento Paciente adulto: Aspirar o conteúdo gástrico com uma seringa de 20ml: - se o resíduo for maior que 250 ml, reinfundir o volume máximo de 300 ml, anotar o volume em impresso próprio e comunicar ao suporte nutricional ou enfermeiro do setor para suspensão da dieta do horário. Paciente em VNI (ventilação não invasiva): - Se for igual ou menor que 100 ml, reinfundir o resíduo e infundir a dieta, anotar o volume em impresso próprio. - Se o volume for maior que 100 ml, reinfundir um volume máximo de 200 ml e suspender a próxima dieta, anotar o volume e reavaliar no próximo horário. Paciente pediátrico ( prematuro, RN): - Se o resíduo for maior que 50% do volume total, reinfundir o volume comunicar ao enfermeiro do setor para suspensão da dieta do horário. Se for menor que 50% do volume total, reinfundir o resíduo anotar o volume e infundir a próxima dieta. e anotar o procedimento e os materiais gastos em impresso próprio. MEDICAÇÃO VIA SONDA-NASOGÁSTRICA/ENTERAL 1. FINALIDADE: Utilizar a via digestiva para absorção dos medicamentos em pacientes impossibilitados ou com dificuldade de deglutir. É feita através da introdução do medicamento na sonda nasogástrica.
7 2. MATERIAL: Bandeja contendo: Luvas de procedimento Triturador de comprimido Cálice graduado Seringa de 20 ml Estetpscópio Medicamento prescrito Copo com água filtrada 3. DESCRIÇÃO DOS PASSOS: Conferir a prescrição e reunir o material Triturar e diluir o medicamento Aspirar o medicamento diluído com uma seringa de 20 ml Identificar a seringa com o rótulo Levar a bandeja até o quarto e coloca-a na mesinha de cabeceira Explicar o procedimento ao paciente Solicitar ao paciente que fique sentado ou coloca-lo em posição de Fowler Testar a permeabilidade da sonda Abrir a sonda e adaptar a seringa Injetar lentamente toda a medicação Introduzir 10 a 20 ml de água filtrada após a medicação Deixar a sonda fechada Recolher o material, desprezando o que for descartável no lixo Checar o horário na prescrição médica. 4. CONSIDERAÇÕES Os comprimidos devem ser bem triturados e a sonda bem lavada após sua administração, para que não seja obstruída. RETIRANDO A SONDA NASOGÀSTRICA 5. MATERIAL Bandeja Seringa de 10 ml Gaze SF0,9% Luva de procedimento Toalha Saco para lixo 6. DESCRIÇÃO DOS PASSOS:
8 Levar o material para unidade do paciente Explicar o procedimento ao paciente, informando que isso pode causar certo desconforto nasal, bem como espirros e náuseas Deixar o paciente na posição semi-sentado. A seguir, proteger com uma toalha ou pano transversalmente sobre o peito Calçar as luvas Conectar a seringa de 10 ml na sonda com SF 0,9% e injetar, para garantir que a sonda não tenha conteúdos gástricos que possam irritar os tecidos durante a remoção. Retirar o micropore ou esparadrapo do nariz Faça um grampo na sonda, dobrando-a em suas mãos Peça ao paciente para segurar a respiração para fechar a epiglote. A seguir retire a sonda delicadamente Despreze a sonda no saco de lixo Com a gaze embebida no SF 0,9%, remova os resíduos dos adesivos do micropore de seu nariz Deixar o paciente confortável Recolher o material Deixar a unidade em ordem Retirar as luvas Fazer anotações na prescrição.
Consiste no processo de introdução de uma sonda apropriada através da cavidade nasal ou oral até o estômago.
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