UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA Centro de Estudos e Investigação Científica RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2016
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- José Antunes Fragoso
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1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA Centro de Estudos e Investigação Científica RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2016
2 TÍTULO Relatório Económico de Angola 2016 AUTOR Universidade Católica de Angola EDITOR Universidade Católica de Angola Rua Pedro de Castro Van Dúnem, 24, Bairro Palanca, C.P Luanda Web site: PRÉ IMPRESSÃO LeYa, SA CAPA LeYa, SA IMPRESSÃO E ACABAMENTOS CEM LUANDA, JUNHO DE a EDIÇÃO 1. a TIRAGEM (1000 exemplares) Registado na Biblioteca Nacional de Angola sob o n. o 7954/2017
3 CENTRO DE ESTUDOS E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA (CEIC/UCAN) RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2016 PATRONO D. José Manuel Imbamba, Magno Chanceler da Universidade Católica de Angola DIRECTOR DO CEIC Alves da Rocha COORDENADORES Alves da Rocha Regina Santos Carlos Vaz Francisco Paulo Precioso Domingos Fernando Pacheco Ana Duarte (Instituto Superior Politécnico Lusíada de Benguela) Vissolela Gomes COM A COLABORAÇÃO DO CHRISTIAN MICHELSEN INSTITUTE Aslak Orre Odd Helge Fjeldstad Jan Isaksen CENTRO DE ESTUDOS E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA INVESTIGADORES PERMANENTES Alves da Rocha Francisco Paulo Nelson Pestana Osvaldo Silva Precioso Domingos Regina Santos Cláudio Fortuna Carlos Vaz Vissolela Chivunda Esperança Tchili INVESTIGADORES COLABORADORES Albertina Delgado Carlos Leite Eduardo Sassa Fernando Pacheco Luís Bonfim Gilson Lázaro José Oliveira Carlos Pinto Margareth Nanga ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS Margarida Teixeira Lúcia Couto Evadia Kuyota Afonso Romão Website do CEIC: ucan.org
4 ÍNDICE APRESENTAÇÃO... 7 INTRODUÇÃO A economia mundial e o enquadramento externo da economia angolana Política orçamental Os efeitos económicos da política orçamental O conteúdo do OGE 2016 e a sua execução. A influência do ciclo negativo do preço do petróleo Some more considerations on tax reform in Angola O sector monetário Introdução Objectivos da política monetária, condições para a sua eficácia e canais da sua transmissão A dimensão económica do sector financeiro nacional As relações entre a política monetária e a política orçamental e a necessidade da sua consideração para a sua definição concreta Nível geral da actividade económica Enquadramento geral Produto Interno Bruto: uma análise geral Análise sectorial do Produto Interno Bruto Agricultura, pecuária e florestas Comportamento da produção As políticas agrárias Indústria transformadora Comportamento da produção As políticas industriais Construção e obras públicas Comportamento da produção Transportes Considerações gerais A prestação de serviços de transporte As políticas de transportes O sector externo
5 5. Análise da competitividade da economia angolana A libertação dos mercados e as reformas administrativas como impulsionadoras do crescimento económico A competitividade de Angola na CEEAC e na África Subsariana Pobreza, desigualdade e desenvolvimento humano Introdução A pobreza em Angola Desigualdade de rendimentos e de riqueza e o Índice de Desenvolvimento Humano Emprego e produtividade Introdução Salários e desemprego Estimativas do desemprego e do valor da produtividade Políticas públicas de emprego e formação profissional Perspectivas de crescimento Introdução A economia mundial e dos principais parceiros económicos de Angola A economia angolana Aspectos gerais Os factores de risco Os quadros de referência do Governo As previsões A posição de Angola em diferentes índices internacionaiso Recapitulação dos principais acontecimentos económicos de Monografia da situação económica da província do Moxico Caracterização geográfica, administrativa e demográfica Diagnóstico dos sectores económicos Agricultura, silvicultura, pecuária e pescas Geologia, minas e indústria Comércio e turismo Construção, infra estruturas e transportes Energia e águas Diagnóstico estratégico da dimensão económica da província do Moxico Conclusões e recomendações BIBLIOGRAFIA
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7 APRESENTAÇÃO Angola encontra se, uma vez mais, numa encruzilhada tremenda. A transição da economia centralizada, ineficiente, planificada, burocrática e administrativa para a economia de mercado dependeu de nós próprios e foi uma opção política perante a ineficácia de resultados dos anos de socialismo. A transição da guerra para a paz dependeu igualmente de esforços internos mais ou menos violentos ainda que com envolvimento de uma parte da comunidade internacional. A transição de um sistema político de partido único para um outro multipartidário foi, da mesma forma, uma construção dos angolanos, ainda que se não possa falar de completa democracia (os índices internacionais classificam o regime político de Angola de autoritário). A viragem da presente situação financeira e económica do país grave, séria, de fundamentos ainda não totalmente explicados por quem politicamente o devia fazer já não depende de nós mesmos, mas da conjuntura internacional do preço do petróleo e da capacidade de contracção de empréstimos externos para financiar os avultados e crescentes défices orçamentais, financeiros e económicos. Pode estar a acontecer o fim do ciclo do petróleo em Angola, sem modelos de crescimento alternativos a curto prazo. O que leva a questionar: fim de ciclo, começo de quê? A diversificação da economia está em marcha, na opinião do Governo, do MPLA e de alguns empresários. Evidentemente que a diversificação sempre esteve em movimento, porque o estado normal das economias é crescer e diversificarem se. Normalmente, a diversificação económica (especialmente das exportações) é um processo demorado e exigente em disponibilidades financeiras (internas e externas), capital humano, capital social (competição na base de salários altos e preços baixos é o desafio a ser vencido, o que passa pela educação), produtividade, competitividade, Estado e Governo eficientes e limpos de corrupção e de tráfico de influências e de capacidade empresarial. A diversificação intensifica o crescimento, oportuniza mais emprego e pode ser magnânima com os salários. Assim sendo, a diversificação pode ser o começo e a viragem: começo de quê, viragem para onde? Fim de ciclo e viragem de estratégia num ambiente social muito difícil, muito provavelmente até, pelo menos, Porquê? A degradação das condições de vida da grande maioria da população é evidente, pois a situação financeira é de carência de recursos, a económica é de aumento do desemprego e retracção do crescimento da produção e inexistem mecanismos de mitigação social dos efeitos da crise. O ponto de acumulação destas disfuncionalidades é a desigualdade de rendimentos e de riqueza, que, de acordo com determinados indicadores, não tem diminuído e segundo outros índices até tem piorado, sendo de esperar que os efeitos da crise 7
8 CEIC / UCAN agravem a disparidade de salários, rendimentos e riqueza. Assim, se a diversificação é uma viragem, cabe perguntar: ao serviço de quem? As perguntas anteriores fim de ciclo, começo de quê/começo de quê, viragem para onde/ /viragem para onde, ao serviço de quem cabem perfeitamente bem no processo de transição política pós José Eduardo dos Santos. O ano de 2016 marca o início do fim do ciclo político de um Presidente da República que esteve no poder durante 38 anos e que deixa o país numa encruzilhada crítica, do ponto de vista financeiro, económico e sobretudo social. O PIB por habitante em 2016, de pouco mais de USD 3500 (menos de USD 10 por dia), retrata bem alguns dos insucessos/atrasos económicos (dos quais os mais importantes são do domínio das reformas estruturais de mercado) registados e que tiveram consequências sociais indeléveis sobre as condições de vida da grande maioria da população. O seu ciclo político chega ao fim, mas não o do regime por si fundado, com o apoio persistente do seu partido. Ou seja, começa um novo ciclo político com um novo Presidente da República, esperando se que o novo modelo seja mais democrático, mais comprometido com a população e o combate à pobreza, mais desenvolvimentista, mais aberto a propostas de outros modelos de gestão económica e social que tenham como ponto forte a inclusividade das políticas. Um modelo social de mercado modelo muitas vezes repetido pelo Presidente cessante em diversas intervenções públicas, durante o seu mandato tem elementos económicos e sociais que se devem conjugar, através de políticas públicas diferentes, mas eficientes e eficazes, no sentido do progresso social da maioria esmagadora da população. A expressão crescer mais, para distribuir melhor do Programa Eleitoral do MPLA de 2012 pode ter sido uma boa aproximação desta necessária e importante conjugação entre os elementos económicos e sociais de um sistema de economia de mercado. Mas em Angola falhou completamente: o país nem cresceu mais (pelo contrário, em 2015 e 2016, segundo as Contas Nacionais, registou se não apenas uma assinalável quebra dos ritmos de crescimento do PIB, como se deu conta de episódios de recessão económica), nem se distribuiu melhor. Os coeficientes medidores da pobreza e da distribuição primária do rendimento nacional têm vindo a piorar, sendo preocupante como 60% da população pode viver com menos de USD 2 por dia com uma taxa de inflação superior a 40% em Dir se á que a abrupta e continuada queda do preço do petróleo é a razão essencial explicativa da actual crise. Mas não é verdade. O abaixamento do preço do barril de petróleo só veio pôr a nu as falhas de gestão económica num país que foi capaz de gerar cerca de USD 580 mil milhões de receitas de exportação do petróleo. Como se disse anteriormente, a mais importante prioridade definida pelo MPLA foi a da acumulação primitiva de capital e a criação de uma burguesia nacional capaz de disputar o poder financeiro às empresas estrangeiras existentes e comprando activos mobiliários e imobiliários nas praças estrangeiras e deixando o país sem USD 29 mil milhões colocados no exterior a título de transferências de capitais 1. Para além de se 1 Carlos Rosado de Carvalho Editorial do Semanário Expansão de 3 de Março de 2017: Os investimentos angolanos no estrangeiro e os maridos que comem fora de casa. 8
9 RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2016 não terem feito as reformas estruturais fundamentais, os próprios angolanos não têm confiança em si, nem no seu país. Estará a futura nova liderança do país interessada e capaz de mudar radicalmente este status quo? Admitindo que esta viragem pode acontecer, a dúvida seguinte é ao serviço de quem? Os resultados do intenso crescimento económico ocorrido entre 2002 e 2008 foram distribuídos de uma forma muito desigual e o IBEP 2008/2009 revelou que 60% do PIB (ou do rendimento nacional) foram captados por menos de 20% da população. A inaceitável e inexplicável crise nos hospitais ocorrida no final de 2015 e em 2016 é prova cabal de que o domínio social da economia angolana tem sido o parente pobre do crescimento económico, não colhendo a justificação oficial de que o Orçamento de Estado tem conferido verbas crescentes para o seu funcionamento e gestão. Ainda que possa ser verdade em termos puramente aritméticos, a questão fundamental é a da sua eficiência. A questão colateral é a da corrupção que grassa todos os serviços sociais do país. Que margem política o futuro Presidente da República terá para mexer e atrapalhar os poderosos interesses aqui instalados? No entanto, as mudanças são sempre de saudar e apoiar. Para isso é necessário que a nova liderança do país se abra a novas ideias, formatos e modelos. Foi então neste contexto de expectativas de mudanças e de incerteza que o ano económico de 2016 se desenrolou, apresentando um desempenho final reconhecidamente recessivo uma taxa de crescimento do PIB de 3,6% com consequências sociais muito adversas para a grande maioria da população, que não dispõe de meios que lhe permitam sobreviver em condições minimamente dignas. O Relatório Económico de 2016 manteve, no essencial, a mesma configuração da de anos anteriores, tendo, no entanto, reforçado os enfoques monetário e orçamental da política do Governo, na medida em que são as duas áreas por onde os ajustamentos estruturais terão de passar, para se criarem novos fundamentos macroeconómicos que possibilitem a passagem a um modelo novo de crescimento, para lá do petróleo. O Relatório Económico de 2016 não aborda a temática sobre a diversificação da economia, porque mantêm se as análises e conclusões avançadas em documentos semelhantes precedentes, reforçadas no livro Estudos Sobre a Diversificação da Economia Angolana, lançado no dia 13 de Março de 2017 na UCAN (resultado de um projecto de pesquisa específico sobre o tema). No entanto, os investigadores do CEIC e do CMI (nossos parceiros neste projecto de pesquisa) mantêm que a diversificação da economia a única forma de aumentar a capacidade de resiliência da economia nacional e de densificar a malha de relações inter e intra sectoriais (os famosos clusters) é a grande reforma estrutural que deve ser posta em prática rapidamente, em moldes serenos, pensados e racionais, pois os resultados exigem tempo e muito dinheiro e para que sejam sustentáveis e endogeneizáveis, apelativos de capital humano nacional. 9
10 CEIC / UCAN Criou se um capítulo novo (na circunstância, o sexto) para se tratar, mesmo que de modo resumido, a situação social da população, num contexto de abaixamento sistemático do valor do rendimento médio por pessoa desde O capítulo intitula se Pobreza, desigualdade e desenvolvimento humano. A análise da competitividade é apresentada através de um estudo comparativo entre Angola, a SADC, a CEEAC e a África Subsariana. Por intermédio de uma bateria de indicadores macroeconómicos relevantes que foi possível quantificar com recurso às estatísticas internacionais (em especial o Regional Economic Outlook, Sub Saharan Africa de Abril de 2017, do Fundo Monetário Internacional). O objectivo desta pesquisa, que está prevista no Programa de Actividades do CEIC para 2017, de uma forma bem mais desenvolvida e aprofundada, é a de fornecer contribuições para a próxima adesão de Angola à Zona de Livre Comércio da SADC anunciada para A questão investigativa é: tem a economia nacional capacidade de se integrar em Zonas de Livre Comércio e competência para disputar franjas dos mercados comunitários de elevada exigência? Os amplos benefícios económicos e sociais associados às economias de escala próprias de mercados alargados e de grande dimensão só poderão ser repartidos de forma relativamente equilibrada entre as partes integrantes se cada uma souber aproveitar, com destreza, as respectivas vantagens comparativas. Na abordagem sectorial do PIB e apesar de ser o principal responsável pela crise financeira e económica do país dado que a sua influência na gestão macroeconómica do crescimento ainda é importante e mesmo decisiva, tendo em atenção o seu relevante peso nas exportações e ainda o único produto que verdadeiramente conta para o saldo da balança comercial, decidiu se retirar do Relatório Económico a análise do sector petrolífero e do gás. O Relatório de Energia vai passar a ser o local privilegiado de análise do sector petrolífero, nas suas diferentes vertentes que passarão a constar desse documento do CEIC. As perspectivas de crescimento da economia angolana, apresentadas no capítulo 8, foram elaboradas na base do modelo estrutural existente no CEIC (um modelo IS LM BP). Como se sabe, existem mais de ene projecções sobre a economia nacional. É um cardápio completo de hipóteses, objectivos e políticas. Evidentemente que o MODUCAN, (assim se chama o modelo da Universidade Católica de Angola) se baseia em hipóteses e considerandos próprios, que, em alguns casos, diferem dos admitidos por alguns organismos internacionais. Nesse mesmo capítulo faz se uma apresentação resumida do modelo de previsão macroeconómica. As projecções abarcam o período 2017/2021, fazendo se uma comparação com os valores disponibilizados por algumas agências internacionais, especialmente o Fundo Monetário Internacional. Resolveu se, desta vez, monografar a província do Moxico para completar o ciclo de monografias das províncias do corredor do Lobito. 10
11 INTRODUÇÃO A actual situação financeira de Angola tende a ficar cada vez mais grave, sendo difícil vislumbrar se o que vai acontecer até final da década. Há algumas certezas: a) Falta estrutural de divisas, devida à queda do preço do barril do petróleo (USD 30, Bloomberg 11 Fevereiro 2017) e à inexistência de alternativas sustentáveis de geração de receitas de exportação. A consultora Business Monitor Internacional (BMI) considera que o aumento de produção de petróleo em Angola nos próximos anos e consequente receita de exportação deverá ser insuficiente para compensar os preços baixos que a indústria enfrenta (LUSA, 12 de Fevereiro 2017). b) Exíguas receitas fiscais do Estado (assiste se agora a uma autêntica caça ao imposto, disfarçada de campanha de sensibilização cívica quanto à obrigatoriedade de se cumprir com este preceito constitucional, continuando os contribuintes sem saber a quem servirá o seu sacrifício de redução do seu rendimento disponível, já de si exíguo, pois continua a assistir se à atribuição de obras públicas de avultadíssimos valores monetários a empresas e empresários fiéis ao regime político e para cujo financiamento os nossos impostos serão seguramente canalizados). c) Aumento da dívida pública (Estado e empresas públicas, muitas de racionalidade e viabilidade económica duvidosa, apenas persistindo por decisão política e enquanto veículos de tráfico de influências), com um custo diário estimado em 28,5 milhões de dólares ( milhões no final do ano) e cujo montante total pode chegar aos 62,3% do PIB, segundo estimativas da Economist Intelligence Unit (da prestigiadíssima Revista Económica The Economist). Dos 10 mil milhões de dólares identificados no OGE de 2015 como financiamento externo necessário para cobrir o défice fiscal, 9,5 mil milhões foram praticamente conseguidos e estão a ser ou serão aplicados na construção de duas barragens, da nova marginal, na reconfiguração urbanística de Luanda. No briefing do Africa Monitor de 8 de Fevereiro de 2017 está apresentada a lista das origens deste colossal financiamento (valores em mil milhões de USD): 6 (nova linha da China negociada aquando da última visita do Chefe de Estado àquele país), 1,5 (lançamento do empréstimo obrigacionista em euros, com uma taxa de juro de 9,5% ao ano e uma maturidade de 10 anos), 0,450 (empréstimo do Banco Mundial), 0,500 (empréstimo da Société Général), 0,500 (empréstimo do BBVA), 0,250 (empréstimo da Goldman & Sachs) e 0,250 um outro empréstimo concedido pela Gemcorp Capital. Um total de 9450 milhões de dólares. Este montante 11
12 CEIC / UCAN destina se, como referido, a cobrir o défice fiscal de 2015 e de O défice fiscal inscrito no OGE de 2016 é de 5,5% do PIB, ou sejam, 710,9 mil milhões de kwanzas (cerca de 4,7 mil milhões de dólares). O Fundo Monetário Internacional é mais optimista; 4,1% do PIB ou 3,9 mil milhões de dólares 2. No entanto, a busca de novos financiamentos e a contratação de novas linhas de crédito vão iniciar se de novo para se compensar a falta de dinheiro do Estado. A desvalorização cambial aumentando se em kwanzas as receitas fiscais petrolíferas podia ser usada como um instrumento de redução do défice orçamental, num cenário de cortes mais ousados, generalizados e profundos das despesas do Estado (não serão excessivos 35 Ministros e 70 Secretários de Estado?) Em 2001 e depois de um processo complexo de reajustamento dos efectivos da Função Pública foi declarado, oficialmente, o fim dos funcionários fantasmas, mas parece que voltaram a aparecer e em situações mais descabidas do que no passado. É perfeitamente possível mais austeridade na actividade do Estado sem prejudicar as transferências e as prestações sociais para os mais pobres. Por esta via, o endividamento público podia ser travado, em defesa das gerações futuras, melhor focado em prioridades de investimento público mais racionais e com um efeito de contágio sobre a economia e a sociedade muito maior e vigoroso e podia ser muito mais selectivo, reduzindo o efeito de crowding out. Evidentemente que teria de ser feita uma gestão inteligente do trade off com a taxa de inflação. d) Em quanto pode o país endividar se? O que pode significar este crescente endividamento para as gerações futuras e a sua capacidade tributária? Em quanto o seu rendimento disponível expectável será afectado e, com ele, o seu nível de vida? e) As taxas de juro para financiamentos internacionais estão a aumentar, podendo tornar incomportável a obtenção de empréstimos externos (fala se que o lançamento de novos títulos da dívida pública só será possível a taxas de juro superiores a 10%). A presente situação económica caracteriza se, igualmente, por muitas dificuldades. De um país, que oficial e partidariamente, se dizia com bases económicas sólidas e fundamentos macroeconómicos sustentáveis, passou se para uma situação, hoje e futuramente, onde não existe capacidade disponível para se crescer às mesmas taxas anuais médias de um passado ainda relativamente presente. As oportunidades dadas por esse intenso crescimento foram desperdiçadas em proveito da simples acumulação de dinheiro, tendo se deixado o sistema produtivo sem bases defensáveis para a fundação de uma outra economia, baseada na agricultura e na criação e maximização do valor agregado interno. As reformas económicas de mercado das quais provavelmente a diversificação era a mais relevante não foram feitas ou foram marcadas por um ritmo lento, numa expectativa, afinal errada, de que o preço do petróleo seria eternamente alto, propiciando receitas fiscais e de 2 Fundo Monetário Internacional Angola: Consultas de 2016 ao Abrigo do Artigo IV, 7 de Fevereiro de
13 RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2016 exportação inesgotáveis. Em algum momento do processo de crescimento económico falharam aspectos essenciais para o incremento da produtividade a base da eficiência e da competitividade e a única fonte não inflacionista de financiamento da melhoria das remunerações do trabalho tais como, a armadura científica e tecnológica, as novas tecnologias da informação e comunicação, os recursos humanos altamente qualificados, etc. Como já noutras circunstâncias o CEIC tem defendido, faltou visão estratégica para que esta situação fosse evitada, ou, pelo menos, mitigada nos tremendos efeitos sociais que está a desencadear. Há também algumas certezas: a) Baixa intensidade de crescimento do PIB, pelo menos até 2021 (taxa média anual entre 2017 e 2021 de 1,4%) 3. Se não forem criadas outras condições básicas e essenciais para se inverter este ciclo de crescimento económico de baixa intensidade e de desaceleração estrutural da dinâmica evolutiva da economia nacional que já vai relativamente longo, já que se iniciou em 2009, ainda que com alguns episódios fugazes com taxas de crescimento ligeiramente acima de 4% então o futuro apresenta se sombrio. O crescimento diminuiu significativamente de 2015 para 2016, conforme já anotado, podendo apontar se como uma das causas o abrandamento muito acentuado da actividade não petrolífera (de 8,2% em 2014, para 1,5% em 2015 e 1,1% em 2016), dado que os sectores industrial, da construção e dos serviços se ajustaram aos cortes no consumo privado e no investimento público num contexto de disponibilidade mais limitada de divisas, e do fraco desempenho da agricultura face ao seu potencial devido a choques da oferta. Receia se que em 2017 a situação possa piorar, porque, e ainda de acordo com a análise do Fundo Monetário Internacional: Os indicadores de actividade económica de alta frequência apontam para um abrandamento mais profundo em 2016, tendo a confiança empresarial atingido os níveis mais baixos já registados no segundo e terceiro trimestres de b) Encerramento de muitas empresas que não conseguem trabalhar sem importações. Ainda que não se saiba qual o verdadeiro conteúdo importado da produção nacional, tem se a desconfiança de que é elevado, porque, entretanto, a agricultura familiar foi devotada à condição de marginalidade no processo de crescimento da economia. c) Incremento do desemprego, por força do fecho de muitas pequenas e médias empresas, mas igualmente devido ao facto do crescimento económico estar a patinar (o OGE Fundo Monetário Internacional: Angola Consultas de 2016 ao abrigo do Artigo IV, 7 de Fevereiro de 2017, página 45, Cenário Base Ilustrativo de Médio Prazo Num cenário mais optimista, a taxa média anual de crescimento do PIB poderá atingir 2,4% ainda assim inferior à taxa de crescimento demográfico, estimada pelo INE em 3,1%. Até pelo menos 2021 a economia nacional estará para além do estado estacionário de Solow, com quebras anuais das condições gerais de vida entre 1,7% e 0,7%, o que, em termos acumulados, significa que, no geral, a população vai ficar mais pobre. 4 Fundo Monetário Internacional: Angola Consultas de 2016 ao abrigo do Artigo IV, 7 de Fevereiro de
14 CEIC / UCAN Revisto previa uma variação real do PIB de 1,1% e para a economia não petrolífera de 1,2%, quando, na realidade e pela mesma ordem foram de 0,1% e de 1,1%). Na medida em que tem sido o sector não petrolífero o mais importante criador de emprego líquido, uma taxa na vizinhança de 1% expressando uma retracção do investimento privado é insuficiente para se terem incrementos significativos na taxa de emprego da economia. No entanto, as estatísticas oficiais sobre esta variável económico social já nos habituaram a uma inversão da Teoria Económica e da correlação entre crescimento e baixa do desemprego. Na verdade, parece que a economia angolana tem uma especial apetência para criar mais postos de trabalho justamente quando a sua dinâmica de crescimento se atenua. Como a Teoria do Emprego tem alicerces fortes e universalmente reconhecidos, então tem de se admitir, pelo menos em tese, que as informações estatísticas não expressam a realidade dos factos. No respectivo capítulo o sétimo, com o título Emprego e Produtividade, estas matérias encontram se estudadas e analisadas, como, de resto, em anos anteriores. Segundo o Fundo Monetário Internacional, As autoridades referiram que estão em vias de encerrar 48 empresas públicas que não estão operacionais e de privatizar outras 53. Além disso, um plano de reestruturação da Sonangol foi lançado em junho de 2016 a ser implementado ao longo de 24 meses. O Conselho de Administração recentemente nomeado planeia reorientar a Sonangol para os seus principais negócios de petróleo e gás, tornando a empresa mais transparente e eficiente 5. d) O Sistema Financeiro Nacional enferma de vícios, fraquezas e limitações várias, estando hoje marginalizado do sistema financeiro internacional, com graves consequências sobre o funcionamento normal da economia e a vida das pessoas. Ainda segundo o Fundo Monetário Internacional os vínculos do sector real ao sector financeiro são limitados. Os bancos comerciais foram afectados pelo abrandamento económico, conduzindo à elevação dos créditos malparados. Recentemente, os vínculos do crédito privado do sector financeiro ao sector real tornaram se menos significativos, em parte devido ao aumento de risco de crédito, com os bancos, em particular, reduzindo o crédito ao consumo e hipotecário, bem como o crédito à mineração e à construção. Historicamente, o nível de crédito ao sector privado tem sido relativamente baixo e os bancos têm canalizado menos de metade dos seus activos internos ao sector privado. À medida que o crescimento económico abranda, os bancos continuam a tornar as normas de concessão de crédito mais restritivas, o que pode atrasar, em termos marginais, uma recuperação da economia 6. e) Escassez generalizada de produtos em praticamente todas as superfícies de venda e no mercado paralelo. Está se a regressar ao passado da economia socialista esquemática, 5 Fundo Monetário Internacional: Angola Consultas de 2016 ao abrigo do Artigo IV, 7 de Fevereiro de Fundo Monetário Internacional: Angola Consultas de 2016 ao abrigo do Artigo IV, 7 de Fevereiro de
15 RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2016 com limitação na quantidade a comprar de vários produtos, o açambarcamento de outros produtos, a existência de filas para se poder comprar determinados bens, etc., ou seja, tudo o que se pensava ser passado, de repente transforma se em presente e não se vislumbra como regressar ao futuro num tempo próximo. f) A taxa de inflação vai permanecer em dois dígitos: desvalorização cambial, falta de produtos (excesso de procura), especulação, retracção da economia, etc. Receia se pela estabilidade social, pelo respeito dos direitos humanos (Angola recuou no Índice da Freedom House de 2016 (Semanário O Novo Jornal de 29 de Janeiro, página 6), pela melhoria das condições de vida da maioria da população e pela saúde da democracia. 15
16 CEIC / UCAN 1. A ECONOMIA MUNDIAL E O ENQUADRAMENTO EXTERNO DA ECONOMIA ANGOLANA As perspectivas económicas para 2016 foram influenciadas pelas preocupações quanto à capacidade de retoma do crescimento na China, que depois de um longo período de variação média anual do seu PIB em redor de 9,5%, passou para uma cadência mais suave de 6,5%. A alteração de algumas traves mestras do seu modelo de desenvolvimento foi a razão para essas preocupações, dado que não se tinha a certeza de que o mercado interno chinês pudesse apresentar condições equiparadas ao mercado internacional para garantir ritmos de variação do PIB capazes de puxar pela economia mundial. Hoje, a não ser que emirjam factos neste momento difíceis de prever, a China parece ter estabilizado a sua velocidade de crescimento e mantido a respectiva capacidade de influência sobre o comércio internacional. Outra preocupação para 2016 relacionou se com o comportamento do preço das principais commodities, que durante os últimos 4 anos foi sujeito a uma pressão em baixa, com reflexos significativos sobre a capacidade de crescimento de muitas economias africanas, cujas exportações e geração de receitas externas dependiam, num elevado grau, destes produtos de base. Para 2017, as instituições internacionais apontam para uma subida e estabilidade do seu valor. As taxas de juro nos Estados Unidos mantiveram se em níveis estimuladores do aumento do investimento e da diminuição do desemprego, o que pode vir a ser alterado durante No entanto, dois acontecimentos relevantíssimos marcaram 2016: o BREXIT e as eleições presidenciais americanas. Dois factos novos e de enorme relevância para 2017 e cujos efeitos económicos mundiais estão, por enquanto, longe de puderem ser avaliados com a precisão que as previsões económicas exigem. Na África Subsariana surgiram novos focos de tensão política que podem pôr em causa as expectativas de crescimento (Gâmbia, Sudão do Sul, Moçambique, África do Sul que irá escolher um novo líder do ANC em Dezembro de 2017, Burundi onde o desacordo quanto ao terceiro mandato do seu actual presidente Nkurunziza permanece, Zimbabwe, República Democrática do Congo, etc.). Ainda que se preveja uma retoma dos preços das matérias primas no mercado mundial, a instabilidade política pode atrasar, mais uma vez, a recuperação dos excelentes índices de crescimento registados entre 2003 e Também para a África Subsariana a nova 16
17 RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2016 política económica de Trump poderá revelar se perversa, não apenas de uma forma indirecta através da China que acabará por crescer menos devido às barreiras alfandegárias sobre as suas exportações para a primeira economia mundial mas igualmente por algumas das opções anunciadas. As previsões sobre o crescimento económico mundial apresentadas pelas principais instituições financeiras internacionais, com destaque para o Fundo Monetário Internacional (World Economic Outlook, October 2016), não levam em conta os mais do que prováveis efeitos perversos da política económica de Donald Trump, até porque não é fácil, por enquanto, discernir claramente a sua verdadeira natureza. PREVISÕES DE CRESCIMENTO ECONÓMICO (%) Mundo 3,2 3,1 3,5 Economias avançadas 2,1 1,7 2,0 Estados Unidos 2,6 1,6 2,3 Euro Área 2,0 1,7 1,6 Alemanha 1,5 1,8 1,6 França 1,3 1,2 1,4 Itália 0,8 0,9 0,8 Espanha 3,2 3,2 2,6 Japão 0,5 1,0 1,2 Reino Unido 2,2 1,8 2,0 Canadá 1,1 1,4 1,9 Fonte: IMF, World Economic Outlook, April As economias avançadas irão crescer em 2017, no seu conjunto, 2,0%, com destaque evidente para os EUA (presume se que ainda sem a incorporação do efeito Trump), que vai responder por cerca de 40% desse crescimento, mantendo o estatuto de primeira economia do mundo. Não deixa de ser curioso que as previsões de crescimento para o Reino Unido minimizem o efeito BREXIT (a taxa passa de 1,8% em 2016, para 2% em 2017), embora as consequências mais negativas se as houver possam ocorrer depois de consumada a sua saída da União Europeia. Na verdade, como se irá também ver no capítulo das previsões económicas deste relatório, em 2018 se preveja uma redução para 1,5%. 17
18 CEIC / UCAN PREVISÕES DE CRESCIMENTO ECONÓMICO (%) Mundo 3,2 3,1 3,5 Rússia -3,7-0,2 1,4 China 6,9 6,7 6,6 Índia 7,6 6,8 7,2 Brasil -3,8-3,6 0,2 Nigéria 2,7-1,5 0,8 África do Sul 1,3 0,3 0,8 África Subsariana 3,4 1,4 2,6 Fonte: IMF, World Economic Outlook, April A Índia e a China podem vir a ser os países mais afectados com o retorno dos investimentos americanos realizados durante muito tempo nestes países, pelo que as taxas de crescimento previstas não consideram, por enquanto, a incidência deste fenómeno. O primeiro destes dois países pode mesmo vir a ser o mais prejudicado. No geral, para as chamadas economias emergentes, 2017 apresenta se, de acordo com as estimativas do Fundo Monetário Internacional, como de retoma face a No entanto, tudo vai depender dos efeitos da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. 18
19 RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA POLÍTICA ORÇAMENTAL 2.1 Os efeitos económicos da política orçamental A política orçamental é, provavelmente, a mais importante do leque das políticas públicas. Por várias razões, mas especialmente pelos sinais que dá ao país e aos agentes económicos (empresas e famílias) sobre como as receitas fiscais serão utilizadas (de que modo o Estado/Governo devolve esse dinheiro para a economia e sociedade) não se deve perder de vista que o Estado não gera rendimentos, nem produção, limitando se a ser um mero intermediário entre os contribuintes, que a título gratuito lhe entregam proporções diferenciadas dos seus rendimentos (salários, lucros e juros), e a economia (fomento do crescimento) e a sociedade (famílias) corrigindo os mecanismos da distribuição primária do rendimento nacional. O Estado/Governo acaba por ser um gestor destes mecanismos de aplicação das receitas dos impostos. Por isso é que tem de ser confiável, senão, por muitas campanhas que existam para estimular ou obrigar cidadãos e empresas a pagar tributos, a tendência será sempre a da evasão e fraude fiscal. O Estado tem de dar sinais muito concretos da sua competência, honestidade e transparência no uso de fundos públicos, de todos, para estimular o crescimento da economia e promover melhorias consistentes e sustentáveis no nível de vida dos cidadãos. É para isto que os Orçamentos de Estado e a política orçamental existem, e não para facilitar e estimular processos de enriquecimento dos agentes políticos da governação, seus familiares e amigos. Daí a necessidade de serem respeitadas regras de elaboração dos Orçamentos de Estado, como a da universalidade, a da especificidade, a da não consignação de receitas, a do orçamento bruto, a da anualidade e a do equilíbrio. Esta última é basilar: não se deve gastar mais do que se tem. É um princípio também aplicável aos orçamentos das empresas e das famílias. O seu incumprimento sistemático gera défices e cria dívida. Não necessariamente nefastos, dependendo de para onde o dinheiro vai. Ou seja, se o excesso de despesa for aplicado no aumento de capacidade de geração de rendimentos adicionais, então défice e dívida podem ser virtuosos e ser debelados nos ciclos económicos e financeiros seguintes. Exemplos: investimento público e privado em capital físico e investimento público e privado em capital humano (sobretudo educação, incrementando se a produtividade do factor trabalho e as respectivas remunerações). Como é do conhecimento geral, o Orçamento Geral do Estado de Angola tem registado défices fiscais sistemáticos desde 2003, perfazendo um acumulado em 2016 de 16,2% do 19
20 CEIC / UCAN PIB 7. Trata se de uma violação clara da regra do equilíbrio orçamental, só atenuada se os efeitos económicos das despesas públicas (crescimento económico e melhor distribuição do rendimento) forem positivos. Um aumento das despesas públicas provoca um incremento do produto nacional e do emprego, equivalendo a um efeito expansionista sobre a actividade económica 8. CORRELAÇÃO ENTRE GASTOS PÚBLICOS E PIB 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 20, ,0 60,0 Taxa crescimento gastos públicos (%) Taxa crescimento PIB nominal (%) Fonte: Ficheiros do CEIC com base em dados oficiais. Nota se uma correlação quase perfeita entre gastos públicos e evolução do PIB nominal, a despeito de em alguns períodos se apresentar desproporcionada e de sentido inverso, talvez devido à influência de outras variáveis como o investimento privado e o consumo das famílias, potencialmente aumentado pelas remunerações dos funcionários públicos. Na verdade, entre 2006 e 2009, os incrementos nominais nos gastos públicos foram superiores ao crescimento do 7 Na Europa do euro, o debate sobre o rigoroso cumprimento da regra do equilíbrio orçamental continua muito vivo, considerando a Comissão Europeia que todos os países não podem exceder o limite máximo de 1,5% ao ano, com tendência para zero dentro de alguns anos. A principal razão é a do endividamento excessivo, prejudicial ao andamento das economias. Joseph Stiglitz e Paul Krugman têm dado a sua opinião quanto à rigidez dos rácios do défice e da dívida pública, afirmando o primeiro que nenhum daqueles limites tem sustentação na Teoria Económica ou em indícios económicos, tudo dependendo, afinal, de para onde o dinheiro vai: se for para investimento, reforça se a economia. Se é verdade esta afirmação, acrescento que só o bom investimento do Estado tem esta capacidade. O mau investimento público prejudica a economia, introduz assimetrias entre sectores e regiões, facilita a corrupção e promove o tráfico de influências. Angola tem muito investimento público mau, devendo agora todos os cidadãos pagá lo através do aumento da dívida pública. 8 Nomeadamente pelo investimento público. Sendo em infra-estruturas físicas estradas, caminhos -de ferro, portos, escolas e hospitais, etc., o efeito final sobre o rendimento pode ter um lag menor do que em capital humano, incluindo a investigação, mais exigente em tempo para se induzirem melhorias no produto potencial. 20
21 RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2016 PIB nominal (provavelmente pouca eficácia dos mesmos, prevalência de influências negativas, internas e externas, sobre a economia (crise económica internacional 2008/2009, queda do preço do petróleo), enquanto no período 2009/2011 parece registar se o efeito multiplicador das despesas do Estado sobre a economia (Ky,g>1). No intervalo temporal 2011/2014, o efeito reprodutivo das despesas públicas é neutro (Ky,g=1). Esperava se, tal como a Teoria Económica o sugere, que uma redução no valor dos gastos públicos tivesse efeitos mais devastadores sobre o PIB (anos 2013, 2015 e 2016). Porém, em 2009, a teoria funcionou: uma redução de 14,5% nas despesas do Estado induziu menor crescimento numa quantidade de 26,5%. Já para 2015 e 2016, embora prevaleça a correlação negativa, os impactos negativos sobre a actividade económica são de menor extensão. As evidências empíricas anteriores são insuficientes para se deduzir uma teoria da ineficiência dos gastos públicos em Angola. Há que investigar mais, desdobrando se a actividade financeira do Estado (medida pelos seus gastos correntes e investimentos) noutras variáveis (salários dos funcionários civis e militares quais os de maior efeito multiplicador sobre a economia? despesas de funcionamento, despesas sociais, etc.). Por exemplo, é possível medir o impacto das transferências do Estado para as famílias sobre a distribuição do rendimento e a melhoria das suas condições de vida, conseguindo se, assim, uma escolha pública mais criteriosa (no Relatório de Fundamentação do OGE 2017 prevêem se 1920,6 mil milhões de kwanzas para os sectores sociais e 1012,6 mil milhões de kwanzas para a defesa e segurança: porquê? Que critérios foram usados? Não terão as despesas sociais um efeito multiplicador sobre a economia maior do que as orientadas para a defesa e segurança? Qual a componente importada de cada uma delas (quanto maior for, maiores as perdas para o exterior em favor dos países exportadores)? Estão disponíveis metodologias e algoritmos facilitadores duma abordagem orçamental mais criteriosa e as instituições do Estado têm informação estatística suficiente para tornar as escolhas públicas mais racionais. Assim sendo, que efeitos sobre a actividade económica decorreram dos aumentos dos gastos públicos no período 2002/2016? Considerando valores para parâmetros como a propensão marginal ao consumo (=86%), ao investimento (27%) e à importação (44%), a taxa de poupança (14%) 9 e a taxa de imposição fiscal (30%), é possível ter uma aproximação dos efeitos dos défices fiscais sobre a economia nacional, através do multiplicar keynesiano das despesas públicas (=1,19). 9 De acordo com o Fundo Monetário Internacional (Regional Economic Outlook, Sub-Saharan Africa, October 2016), a taxa de poupança em Angola é muito baixa, rondando não mais do que 3% do PIB entre 2014 e Em 2012, o seu valor foi de 26,9% do PIB, graças à actividade do sector petrolífero. Auferindo 60% da população menos de 2 dólares diários de rendimento, a sua preferência é para consumo (necessidades básicas), ficando a capacidade/propensão de poupar para outras classes sociais. Lembra se, no entanto, que em 2015 a remuneração média mensal do factor trabalho no país foi de aproximadamente AKZ (equivalente a USD 413, à taxa de câmbio oficial média desse ano). 21
22 CEIC / UCAN SIMULAÇÃO DOS EFEITOS MULTIPLICADORES DAS DESPESAS PÚBLICAS Incremento PIB com Ky,g de 1,19 Incremento real do PIB -156,7 1079,1 5267,5 4875,5 6634, ,3-6361,7-1252, ,4 8547,5-116,3 3880, ,9-6637,6 847,7 6776, , , , , , , , ,1-713,5 1971, ,6-2974,6 % de participação -18,5 15,9 32,3 38,8 51,0 74,0 27,1-7,0 52,6 58,1 16,3 196,8 101,4 223,1 Influência de outros factores (X, C) Fonte: Cálculos do CEIC. 1004,4 5697, ,5 7685,4 6370,5 5966, , , ,4 6158,6-597,2-1908,6 343,3 3663,0 Tal como já tinha sido anteriormente sublinhado, confirma se a influência positiva dos gastos públicos sobre o nível geral da actividade económica, de onde se destacam os investimentos públicos, físicos e humanos. Porém, a conclusão não deve de imediato ser no sentido do seu incremento sistemático, porquanto existem outros considerandos a respeitar, como a capacidade de endividamento do Estado para cobrir os consequentes défices fiscais, a regra do equilíbrio orçamental e a eficiência da actividade do Estado. Um Ky,g igual a 1,19 pode ser sintoma da existência de filtros na economia impeditivos de o multiplicador assumir um valor mais relevante: elevada taxa de pobreza responsável por uma propensão marginal ao consumo excessivamente alta (evidentemente que o consumo privado é também um factor de crescimento, mas com desfasamentos temporais superiores aos do investimento, donde efeitos menos expressivos e com maiores tempos de espera) 10, taxa média de imposição fiscal alta, afectando o rendimento disponível das famílias e empresas e por arrastamento a sua disponibilidade de investimento (as famílias não consomem apenas, também investem em habitação e bens de consumo duradouro) e uma elevada exposição ao exterior medida pelo coeficiente de importação (Angola produz muito pouco e por isso os efeitos económicos directos e indirectos dos gastos do Estado perdem se a favor dos países exportadores). Da observação da tabela anterior retiram se aspectos curiosos: a) Até 2008, dentro do período 2003/2016, a relação entre gastos públicos e nível geral da actividade apresenta se tal como a Teoria Económica ensina, tendo aumentado a sua percentagem de participação nos incrementos do PIB. A percentagem de 74% em 2008 indiciava já a necessidade de a política orçamental ser contracíclica, devido aos efeitos da crise económica internacional. 10 O actual modelo de crescimento económico de Portugal passou a considerar o consumo privado como um factor relevante pela via do aumento de rendimentos das famílias (reposição de salários, descongestionamento e aumento de pensões e reformas (modelo centrado na redistribuição do PIB)). Os resultados ainda são incipientes, continuando as exportações (sobretudo de serviços) e o investimento privado (o investimento público tem severas restrições orçamentais impostas pelo cumprimento das metas do défice fiscal estabelecidas por Bruxelas) a serem os principais motores. 22
23 RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2016 b) Em 2010, operou se um ajustamento desfasado na economia: o Estado, devido à quebra das suas receitas em 2009, viu se obrigado a diminuir os seus gastos (donde a sua influência negativa sobre o PIB de 1252 milhões de dólares) e o sector privado (investimento e exportações) garantiu o essencial do incremento de milhões de dólares do PIB. c) Em 2011 e 2012, a Teoria Económica voltou a funcionar, com percentagens importantes de influência dos gastos públicos sobre o crescimento do nível geral da actividade económica, respectivamente 52,6% e 58,1% de incremento do PIB. d) A partir de 2013, o PIB nominal contraiu se significativamente, iniciando se um ciclo de redução sustentada do PIB nominal, ocorrendo, do mesmo modo, uma diminuição dos gastos públicos, menos proporcional, o que explica o peso de outros factores, igualmente em crise de crescimento. e) Os outros factores considerados neste exercício são: as exportações (especialmente de petróleo), o investimento privado petrolífero e algum não petrolífero, o consumo das famílias (continua se a aguardar a publicação das contas nacionais 2013/2015) e as transferências a título de reformas, pensões e abonos de família. Os investimentos públicos em capital físico e capital humano têm sido objecto de controvérsia, em especial os aplicados em obras públicas executadas por empresas chinesas 11. A qualidade das mesmas tem sido o principal elemento de crítica e a comprová lo a reduzida durabilidade de muitos milhares de quilómetros de vias rodoviárias (alguns em reconstrução pelas mesmas empresas chinesas), diminuindo a sua rendibilidade económica e utilidade social. O incremento do stock de capital público físico e humano está computado em USD ,7 milhões no período 2002/2016. Muito dinheiro retirado, pela via dos impostos, aos rendimentos das famílias e aos lucros das empresas. A maior parte dos esperados efeitos económicos destes investimentos incide, especialmente, sobre a actividade da economia não petrolífera, cujo PIB registou uma variação, naquele mesmo período, de USD ,1 milhões. A rendibilidade média dos gastos de capital do Estado é, portanto, de 1,6 significando que por cada unidade de investimento público se geram 0,6 unidades de produto não petrolífero. O melhoramento deste rácio depende da qualidade das obras de infra estruturas, do seu custo de construção (talvez 20% a 25% se perdem em comissões), da sua fiscalização e da sua correcta programação. Se em cada ciclo de investimento público se perdem 20% a título de bónus e comissões, então desde 2012 que se transferiram USD milhões para intermediários e facilitadores da contratação pública. Do lado das receitas fiscais, o Governo tem privilegiado o seu aumento, como forma de controlar os défices orçamentais, sem cuidar dos seus efeitos sobre a economia e continuando a 11 A última estimativa do acumulado de dívida à China é de 12,5 mil milhões de dólares, não sendo claro se com o novo aeroporto e as respectivas vias de acesso novamente autorizado o seu início ou devendo recorrer se a novos empréstimos. O recente Fórum China Angola teve uma representação chinesa significativa. 23
24 CEIC / UCAN manter despesas públicas de elevado montante sem introduzir reformas fundamentais, como a diminuição do número de funcionários públicos (para além da identificação de cerca de considerados fantasmas nada mais se fez), de modo a ajustar as suas remunerações à sua real produtividade, o ajustamento e a reestruturação dos Ministérios e a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos e às empresas (tal como se encontra, e mesmo considerando os realinhamentos introduzidos no seu funcionamento no âmbito de vários programas de reforma administrativa desde há mais de 25 anos, a Administração do Estado ainda não é amiga dos cidadãos e dificulta bastante a criação e funcionamento de grande parte das empresas que estão afastadas do círculo político do MPLA). A Reforma Tributária, que aparentemente no seu essencial terminou, manteve taxas elevadas para alguns impostos, impendentes sobre as famílias e as empresas, reduzindo se os respectivos rendimentos disponíveis, de onde se retiram consumos privados (também alavanca do crescimento económico, ainda que por vias indirectas) e investimento privado, variável directa de aumento do PIB presente e potencial. EVOLUÇÃO COMPARADA DO PIB E RECEITAS FISCAIS 200,0 150,0 100,0 50,0 0, ,0 100,0 Taxa crescimento receitas tributárias Taxa crescimento PIB nominal (%) Fonte: Ficheiros do CEIC, com base em dados oficiais. Do gráfico anterior retira se que parece valer a pena aumentar impostos, dado que em Angola a correlação com o PIB é positiva: quanto mais elevada a variação das receitas tributárias maior o crescimento do produto. É assim? A Teoria Económica diz o contrário (Curva de Laffer, multiplicadores de Keynes, fiscalidade neoliberal, coeficiente de Colin Clark). No entanto, as informações financeiras do Estado, entre 2003 e 2017, apontam para um ajustamento perfeito entre aumento da fiscalidade e incremento do PIB. Mas este relacionamento positivo exige uma acrescida investigação: tipo de impostos que mais contribuíram para o aumento das receitas 24
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