O Orçamento Geral do Estado e a Programação Macroeconómica
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- Diego Paiva Carreira
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1 O Orçamento Geral do Estado e a Programação Macroeconómica 1
2 Enquadramento 1. O Orçamento Geral do Estado é o documento que consolida o exercício previsional de todas a receitas e de todas as receitas de um Estado; 2. Para o preparo do Orçamento Geral do Estado, são necessários alguns pressupostos, sendo eles um conjunto de indicadores de natureza macroeconómica dentre os quais; a) A taxa de crescimento do PIB esperada para o ano em causa; a) O conhecimento da expectativa de crescimento do PIB por Sectores b) A taxa de crescimento dos preços domésticos/inflação; c) A taxa de crescimento dos agregados monetários; d) A expectativa de preços de exportação; e) A expectativa da taxa média de cambio. 3. Agregam-se ainda outros importantes pressupostos: a) O quadro legal permite fazer o enquadramento das receitas públicas do Estado como órgão central ou das Administrações Locais(autarquias) b) Alinhamento com os objectivosdo Plano de Governação em vigor, para o caso de Angola, o PND 2
3 Enquadramento 1. O Plano Nacional de Desenvolvimento, para o caso de Angola aponta para 5 importantes objecticvos: a) Melhoria da qualidade de vida; b) Inserção da Juventude na vida activa da sociedade; c) Desenvolvimento do sector privado; d) Garantia de pressupostos básicos necessários ao desenvolvimento; e) Inserção competitiva de Angola o contexto Internacional 2. Os objectivosdo Plano de Governação, permitem concretizar a visão programática do orçamento. O Orçamento é composto por programas e obedece uma hierarquia. 3
4 Classificação da Despesa Na visão programática do Orçamento, a despesa é organizada do seguinte modo: Programas Subprogramas Projectos Actividade Categoria Económica Natureza Económica Despesa Corrente Despesa de Capital Pessoal Bens & Serviços Transferências Correntes Subsídios Juros Despesas de Capital não Financeiro Despesas de Capital Financeiro 4
5 Classificação da Despesa 1. As despesas podem ser vistas como DESPESAS DE FUNCIONAMENTO-aquelas despesas permanentes das instituições públicas inscritas nas respectivas actividades básicas e 2. DESPESAS DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO-são despesas das unidades Orçamentais que contribuem, directa ou indirectamente, para o Desenvolvimento. 3. A receitas podem ser vistas em termos de tributos, receitas de índole patrimonial, receitas de capital, doações ou ainda receitas de financiamento 5
6 O Equilíbrio do Orçamento 1. O Equilíbrio do Orçamento decorre da relação de igualdade das Entradas e Saídas, ou seja das Receitas e Despesas; 2. Quando as despesas excedem a receita fiscal, o deficit faz parte das entradas e quando as receitas Fiscais excedem as despesa, o Superavit faz parte das saídas; 3. O excesso de despesas sobre as receitas fiscais determina a necessidade de financiamento; 4. A necessidade de financiamento é coberta com endividamento interno e ou externo: a) Acordos de mutuo; b) Linhas de crédito; c) Emissão de Títulos de Divida Pública ou Bilhetes do Tesouro d) Utilização de reservas decorrentes de superavits em exercícios passados 6
7 Princípios a Observar na Execução do Orçamento 1. A observância dos princípios da unicidade e da universalidade, constituem importantes aspectoscentrados na eficiência da execução do Orçamento e na eficácia quanto aos seus objectivos; 2. O orçamento deve compreender, em uma única peça, todas as receitas e despesas públicas, evidenciando, portanto, o seu resultado equilibrado, deficitário ou superavitário. 3. Observância aos princípios: a) Unicidade; b) Anualidade c) Universalidade; d) Não transitividade; e) Especificação/Descrição f) Transparência g) Equilíbrio h) Publicidade 7
8 Etapas dominantes no Processo de Elaboração do Orçamento Teste de Consistência Base de Calculo da Despesa e Alinhamento da Despesa às Prioridades e Politicas de Governação Determinação das Necessidades de Financiamento Fixação do Limite da Despesa Definição de Objectivos Definição do Quadro Macroeconómico 8
9 A relevância da Programação Macroeconómica 1. Sendo o Orçamento uma previsão, a programação macroeconómica é usada ex-antepara preparar o orçamento, porem é ainda usada no decorrer da implementação/execução do Orçamento, com objectivo de monitorar o comportamento dos principais agregados macroeconómicos, permitindo deste modo corrigir o Orçamento; 2. O exercício da Programação Macroeconómica, compreende acções de acompanhamento e revisão inter-temporaldos principais agregados macroeconómicos, e o ajustamento dos demais indicadores ao comportamento dos principais agregados; 3. O exercício da programação obedece intervalos trimestrais, podendo ser feito ainda para intervalos mais curtos (Exemplo, a gestão da Liquidez semanalmente) 9
10 A Execução da Despesa 1. Na execução da despesa, observam-se quatro fazes: a) Solicitação do bem ou serviço; b) Pesquisa de preços; c) Cabimentação, d) Liquidação; e) Pagamento 2. A despesa pode ser executada na ópticado Compromisso ou na ópticade Caixa, a diferença entre as duas ópticas, permitem-nos apurar o volume de atrasados Internosdo Estado (obrigações de pagamento de curto prazo) 10
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