O sistema Financeiro Europeu e Português novos ou velhos riscos? João Costa Pinto Maio 2016
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- Elias Lacerda Vilanova
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1 O sistema Financeiro Europeu e Português novos ou velhos riscos? João Costa Pinto Maio
2 I. OS MERCADOS FINANCEIROS DA ZONA EURO Estrutura dos mercados Impacto da crise financeira sub-prime Lançamento da União Bancária Política Monetária Única Movimento de Integração Financeira da Zona Euro II. A INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA NA ECONOMIA PORTUGUESA O MERCADO FINANCEIRO Evolução da Economia após adesão ao Euro Programa da Troika A situação atual do Mercado Bancário Reorganização do Sistema Financeiro 2
3 I. OS MERCADOS FINANCEIROS DA ZONA EURO Estrutura dos mercados Impacto da crise financeira sub-prime Lançamento da União Bancária Política Monetária Única Movimento de Integração Financeira da Zona Euro 3
4 I. OS MERCADOS FINANCEIROS DA ZONA EURO Sistema Financeiro da Zona Euro Estrutura atual Implicações Financiamento da atividade económica Propagação e transmissão dos efeitos da Política Monetária Única BCE Absorção de choques e propagação de riscos sistémicos Integração no movimento de globalização dos Mercados Financeiros Mundiais 4
5 Estrutura do setor financeiro (% PIB) Ativos setor bancário Obrigações soberanas e corporate Mercado Capitais EUA União Europeia China Japão Fonte: Verón & Wolff (2015) 5
6 Financiamento das Empresas (estrutura %) Crédito Dívida Titulada Fonte: Merler & Verón (2015) Euro Area Japão China União Reino Coreia EUA Europeia Unido 6
7 IMPACTO DA CRISE FINANCEIRA E LANÇAMENTO DA UNIÃO BANCÁRIA Desequilíbrios estruturais na Zona Euro Dívida e alavancagem-economias Periféricas Excedentes correntes-alemanha Baixo crescimento e desemprego Impacto da crise do sub-prime Sobre o Mercado da Dívida Soberana A situação das Economias Periféricas A questão Grega A União Bancária como resposta 7
8 Exposição à dívida pública (% ativo) Fonte: Banco Central Europeu Nota: última observação em Set15 8
9 Lançamento da União Bancária Lançada numa situação de emergência, para cortar a ligação entre risco soberano e risco bancário Não foi lançada como um passo no sentido de uma maior integração financeira, com o objetivo inicial de responder às necessidades de financiamento do relançamento económico e do crescimento 9
10 Lançamento da União Bancária (cont.) Consequências Lançada de forma apressada e incompleta Pressões adicionais sobre as economias devedoras periféricas Financiamento da economia Questões soberania/políticas Pressões sobre os bancos e os mercados bancários da Zona Euro 10
11 União Bancária Objetivos Centrais Cortar o círculo vicioso Bancos Estado Tornar os sistemas bancários mais estáveis e seguros Estrutura Institucional Mecanismo Único Supervisão (SSM) Mecanismo Único de Resolução (SRM) (Fundo-2024) Sistema Europeu de Garantia de Depósitos (EDIS) (Fundo-2024) Quadro Regulamentar Único (single rulebook) 11
12 A Condução da Política Monetária Única BCE Objetivos Instrumentos Impacto sobre a Zona Euro 12
13 Política Monetária Única BCE Objetivos Instrumentos Afastar os riscos de deflação Combater a fragmentação dos Mercados Intermediários e de Crédito Induzir uma alteração de expectativas e levar os agentes económicos a consumir e investir Injeção maciça de liquidez- (80BF/mês) (QE) - Aquisição de ativos Dívida Soberana Dívida Empresas - Linhas de financiamento de médio e longo prazos Corte das taxas de juro para níveis históricos (remuneração dos depósitos bancários a taxas negativas) Baixa das taxas de juro ao longo de toda a curva de rendimentos 13
14 Impacto da Política Monetária Única (BCE) Mercados Bancários Modelo negócio bancário / rentabilidade Bancos; Companhias de Seguros; Fundos de Pensões ( ) Aforradores Dívidas Soberanas Economias Excedentárias (Alemanha); Economias Periféricas Fluxos de Crédito Atividade Económica / Crescimento Políticas Fiscais; Políticas de Produtividade; Políticas de Competitividade (?) 14
15 Curva de taxas de juro da dívida da Alemanha (%) Fonte: Bloomberg 15
16 Integração Financeira da Zona Euro União Financeira Obstáculos Evolução Política Questões em aberto Dívida Crescimento União Monetária Euro BCE: política monetária única União Bancária Supervisão única SSM Mecanismo resolução SRM Sistema garantia de depósitos EDIS BCE: política monetária única União Capitais Enquadramento legal e regulamentar Quadro fiscal Segmentos de mercado a desenvolver ( ) 16
17 II. A INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA NA ECONOMIA PORTUGUESA O MERCADO FINANCEIRO Evolução da economia portuguesa no pós-adesão ao Euro Programa da Troika Desenho e Impacto A situação atual do Sistema Bancário Reorganização do Sistema Financeiro no contexto da Zona Euro 17
18 Evolução da economia portuguesa no pós-adesão ao Euro Crescimento suportado por dívida bancária / alavancagem crescente Financiamento das empresas (PME s) através do crédito bancário de curto-prazo Hiper-bancarização da economia 18
19 Rácio Crédito / Recursos de Clientes Fonte: APB 19
20 Evolução dos mercados bancários Movimento de desalavancagem Crédito Bruto Portugal Área EURO Maio Setembro Depósitos % -24% -4% Maio Setembro % 6% 13% 20
21 PME S: Baixos níveis de fundos próprios Estruturas financeiras frágeis Cultura empresarial que muitas vezes tende a favorecer a acumulação patrimonial em vez da capitalização da empresa As nossas PMEs Regime fiscal que sempre tratou melhor a dívida das empresas do que os seus capitais e fundos próprios CONSEQUÊNCIAS (?) Oferta de financiamento em que a dívida bancária de curto prazo sempre assumiu uma posição predominante 21
22 Consequências Atomizado Tecido produtivo Pouco competitivo Empresas de pequena dimensão Baixa qualidade média de gestão Baixa produtividade Estruturas financeiras frágeis Baixos níveis de fundos próprios Dívida bancária de curto-prazo 22
23 Programa da Troika Front-loaded Movimento rápido de desalavancagem que reduzisse as necessidades de financiamento da economia Ação sobre as políticas fiscal e orçamental Imposição aos bancos de um programa de desalavancagem rápida Menos recurso ao BCE Obtenção de menores recursos no interbancário Conjunto complexo de reformas capazes na ótica do Programa de melhorar a competitividade externa Reorientar a economia para a produção de bens transacionáveis 23
24 Impacto global sobre os bancos e o mercado de crédito Contração dos fluxos de crédito Absorção de imparidades/destruição do capital bancário Queda rápida da rentabilidade Reação dos bancos Reforçar níveis de solvabilidade Critérios de risco mais estritos Fluxos de crédito redirecionados para a dívida soberana Melhorar níveis de rentabilidade Programas de redução de custos Atuação sobre margem financeira novas fontes de proveitos 24
25 Reação dos bancos Critérios de risco mais apertados Queda dos fluxos reais de crédito setores de imobiliário e construção Travagem dos fluxos de crédito à generalidade das PMEs Impacto macroeconómico Recessão e queda do PIB (1º momento) Subida rápida do desemprego Movimento lento e prolongado de relançamento da atividade económica 25
26 Rácio Crédito / Recursos de Clientes Fonte: APB 26
27 A situação atual do sistema bancário Liquidez Capital / solvabilidade Crédito Crédito global NPL Margem financeira 27
28 Estrutura de financiamento dos bancos portugueses vs outros países Fonte: APB 28
29 Margem Financeira (setor) 8,9% Margem financeira (BE) 7,9% 7,8% 7,9% 6,7% 5,4% 5,6% 2,9% S15 Euribor 3M (média) 4,6% 1,2% 0,8% 1,4% 0,6% 0,2% 0,2% 0,0% Fonte: Banco de Portugal 29
30 Evolução do custo dos DPs em Portugal desde 2007 Depósitos a prazo vs Euro3M (%) Dez - 07 Dez - 08 Dez - 09 Dez - 10 Dez - 11 Dez - 12 Dez - 13 Dez - 14 Set Taxa DPs Eur3M Spread Fonte: Banco de Portugal. Nota: a taxa de juro apresentada para os DPs é relativa a DPs (operações existentes) com prazo acordado até 2 anos. 30
31 Crédito em risco (Setor) e PIB nominal e real Crédito em risco (%) e PIB (Base 100=2010) Setor Portugal % 11% 12% 13% 99 14% 12% 10% 96 8% % 94 5% % 92 4% 90 2% T 2015 PIB nominal PIB Real Crédito em risco face a total do crédito bruto (%) 0% Fonte: APB 31
32 Rácio de Capital (setor bancário português) Core Tier1 / CET1 (Phased-in) 11,5% 12,3% 11,3% 11,6% 8,7% 7,4% dez10 dez11 dez12 dez13 dez14 set15 Fonte: Banco de Portugal e EBA Nota: Rácio CET1 Fully loaded para o setor nd Core Tier1 CET1 32
33 Reorganização do Sistema Financeiro Questões centrais Estabilização do mercado bancário Modernização do tecido produtivo e crescimento Financiamento da Economia Diversificação das fontes e dos instrumentos de financiamento PME s (PME s scoring rate) Desenvolvimento do mercado doméstico da dívida pública (política monetária BCE ) 33
34 Reorganização dos mercados financeiros no quadro da zona Euro Estabilização do mercado bancário Desenvolvimento do mercado de capitais Segmentos: Dívida pública Financiamento PME s Quadro fiscal Modelo de regulação Enquadramento jurídico/regulamentar (Zona Euro União Financeira (?)) 34
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