Crescimento sustentado e desenvolvimento da economia portuguesa
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- Nicholas Barroso Gorjão
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1 Crescimento sustentado e desenvolvimento da economia portuguesa Carlos da Silva Costa Congresso Nacional dos Economistas Reinventar Portugal na Nova Economia Global 8 outubro 2013
2 Crescimento sustentado e desenvolvimento da economia portuguesa I. O ajustamento macroeconómico Esquema da Apresentação II. III. IV. Desafios de médio prazo da economia portuguesa Potenciar a utilização da capacidade instalada Melhoria endógena do padrão de especialização intrasetorial V. Melhoria endógena do padrão de especialização intersetorial VI. Investimento Direto Estrangeiro VII. Sistema Nacional de Inovação numa lógica de procura 2
3 I. O ajustamento macroeconómico Comparação com anteriores programas de assistência financeira Ajustamento do desequilíbrio externo em linha com os programas anteriores Saldo da Balança Corrente e Capital (%PIB) Taxa de Câmbio Efetiva Real (com base em ctup) sem desvalorização da taxa de câmbio 160 Exportações de Bens e Serviços 115 Procura Externa sem crescimento da procura externa t: ano do início do programa (variável=100 em t-1 e dados em termos reais, exceto onde indicado) Fonte: Banco de Portugal 3
4 I. O ajustamento macroeconómico Comparação com anteriores programas de assistência financeira Contração da despesa interna superior à observada nos programas anteriores refletindo perceção de queda muito acentuada do rendimento permanente PIB 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 Taxa de Desemprego (variação em p.p.) desalavancagem das empresas e particulares contração do consumo público Aumento mais marcado do desemprego do que nos programas anteriores Consumo Privado 0, FBCF t: ano do início do programa (variável=100 em t-1 e dados em termos reais, exceto onde indicado) Fonte: Banco de Portugal 4
5 I. O ajustamento macroeconómico Comparação com anteriores programas de assistência financeira Saldo primário estrutural das AP's (%PIB) Ajustamento orçamental entre de 7 p.p. superior ao observado no ajustamento de t: ano do início do programa (variável=100 em t-1) Nota : Saldo primário estrutural é corrigido dos efeitos cíclicos e ajustado de medidas temporárias e efeitos especiais. Fonte: Banco de Portugal 5
6 I. O ajustamento macroeconómico Influência dos ventos contrários no cenário macroeconómico Cenário macroeconómico contra-factual a variação do PIB em 2013 já seria marginalmente positiva o défice orçamental situarse-ia abaixo de 5 por cento em 2013 a dívida pública estaria a estabilizar o emprego seria cerca de 1.5 p.p. superior ao observado nos últimos 3 anos (acum.) Procura externa 6,3 6,4 6,6 2,8 6,7 7,0 17,3 PIB -1,0-2,1 0,1 0,3 1,1 1,8 3,3 Consumo privado -3,2-5,1-1,4 0,1 0,4 0,7 1,2 Consumo público -5,1-4,8-2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 FBCF -10,2-13,1-6,4 0,3 1,2 2,0 3,5 Exportações 8,7 8,4 12,7 1,8 5,2 6,9 14,5 Importações -4,4-3,8 5,9 0,9 2,9 3,9 7,8 Variáveis orçamentais (em % PIB) Saldo orçamental -4,3-6,0-4,7 0,1 0,4 1,2 Dívida pública 108,0 122,2 123,5-0,3-1,6-4,4 Outras variáveis Cenário Macroecómico contra-factual com procura externa PAEF inicial Diferença face ao verificado/estimado IHPC 3,6 3,0 1,2 0,0 0,2 0,5 0,7 Emprego -1,4-3,8-2,8 0,1 0,4 0,8 1,4 Balança de bens e serviços (em % PIB) -3,5 1,1 4,2 0,3 1,1 2,1 Balança corrente e de capital (em % PIB) -5,5 2,0 5,6 0,3 1,2 2,6 Fonte: Banco de Portugal 6
7 II. Desafios de médio prazo da economia portuguesa Crescimento económico sustentado Coesão Social Absorção do desemprego estrutural Investimento produtivo no setor dos transacionáveis - Aumento da produtividade - Criação de empregos 4 linhas atuação Otimização da capacidade produtiva instalada Aumento da produção Melhoria endógena do padrão de especialização intra-setorial Inovação incremental Melhoria endógena do padrão de especialização inter-setorial Inovação radical Atrair Investimento Direto Estrangeiro 7
8 III. Potenciar a utilização da capacidade instalada Aumentar a produção e redirecioná-la para os mercados externos Nos sectores produtores de bens transacionáveis continuar a redirecionar a sua produção para os mercados externos, otimizando a utilização da capacidade com vista ao aumento das quotas de mercado. No setor dos serviços potenciar a utilização da capacidade instalada através da prestação de serviços a não residentes. Para além do setor do turismo que tem revelado grande dinamismo, é necessário tirar maior partido da crescente mobilidade internacional dos indivíduos para potenciar as atividades de setores como a saúde e a educação e conhecimento. 8
9 IV. Melhoria endógena do padrão de especialização intra-setorial Aumento da escala; Aumento da produtividade e eficiência; Melhoria da segmentação de mercado; Aumento do valor acrescentado por ativo Restrições atuais do tecido produtivo português: - Elevado nível de endividamento das empresas - Fraca qualidade de gestão - Ausência de capacidade endógena das empresas de acompanhar os mercados e a inovação tecnológica 9
10 Elevada fragilidade financeira das empresas não financeiras Indicadores da situação financeira Empresas não financeiras Rácio de Autonomia Financeira Mediana 23,0 24,0 Média Ponderada 39,3 36,4 Juros em % do cash-flow Mediana 18,3 10,7 Média Ponderada 49,1 63,7 Dívida Financeira em % do EBITDA Mediana 281,0 367,1 Média Ponderada 670,6 1172,6 Fontes: Banco de Portugal; Gráficos reproduzidos do relatório do FMI Global Financial Stability Report April
11 V. Melhoria endógena do padrão de especialização inter-setorial Investimento em novos setores - Inovação radical - Impulsionar atividades de inovação e desenvolvimento - Criar ambiente favorável ao empreendedorismo - Desenvolver fontes de financiamento alternativas ao crédito bancário (ex. capital de risco) 11
12 VI. Investimento Direto Estrangeiro Criar condições que: - Atraiam fatores móveis de produção a nível internacional - Sejam capazes de reter os fatores móveis de produção nacionais A confiança mútua é maior nos países mais ricos e com menores desigualdades na distribuição de rendimentos. Júlio, Alves e Tavares (2013) mostram que melhorias no desempenho institucional em Portugal no sentido das melhores práticas europeias podem aumentar o IDE em cerca de 60%. 12
13 Inovação VII. Sistema Nacional de Inovação numa lógica de procura Valores, atitudes e comportamentos CAPACIDADE EMPRESARIAL ENDÓGENA Sistema nacional de inovação Qualidade de Governo INVESTIMENTO DIRECTO ESTRANGEIRO 13
14 Inovação Radical Produção Inovação Incremental VII. Sistema Nacional de Inovação numa lógica de procura Novos modelos Sistema de Inovação I&D Novos Processos Novos Produtos Novas Tecnologias 14
15 As empresas com I&D em Portugal Contributo relevante das exportações Rendibilidade das empresas com I&D superior à do total das empresas Peso das exportações no volume de negócios Empresas com rendibilidade positiva 100% 28% 33% 80% 81,3% 77,9% 20% 60% 17% 40% 57,5% 49,6% 20% Total de empresas Empresas com I&D 0% Total de empresas Empresas com I&D Fonte: Banco de Portugal (a partir de dados da Central de Balanços e da Balança de Pagamentos Tecnológica) 15
16 As empresas com I&D em Portugal Melhor situação financeira das empresas com I&D 25% Variação do crédito de IC residentes 30% Empresas com crédito vencido 20% 25% 15% 10% 5% 4,9% 4,4% 4,6% 5,5% 5,8% 6,2% 5,9% 6,5% 20% 15% 0% 10% -5% 5% -10% (1.º Trim.) Peso do crédito a empresas com I&D no crédito total Empresas com I&D Total 2013 (1.º Trim.) 0% (1.º Trim.) Empresas com I&D Total 2013 (1.º Trim.) Fonte: Banco de Portugal (a partir de dados da Central de Balanços e da Balança de Pagamentos Tecnológica) 16
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