FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM. Introdução a Psicoterapia

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1 FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM Introdução a Psicoterapia A Psicoterapia de orientação Psicanalítica ALUNOS: BRUNO CÉSAR O. LOPES KETLEY LAUAR PROFESSOR: CARLOS SCHUTTE JR DOCTUM TEÓFILO OTONI, 2010

2 A Psicoterapia de orientação Psicanalítica Introdução Em definição a palavra psicoterapia vem do grego designando o cuidado ou cura da mente e trata-se da aplicação do conhecimento psicológico visando o tratamento de algum incômodo, quer seja da ordem de transtornos psicopatológicos ou não. Existem diversos modelos de psicoterapia tendo como objetivo comum a melhoria da qualidade de vida de quem a busca, onde o sujeito pode ampliar seus recursos egóicos frente às adversidades, tomar uma direção na superação de suas insatisfações mediante o emprego de novos sentidos, de novas formas de se lidar com a vida. Dentre às psicoterapias, o presente trabalho abordará a que se serve da psicanálise para orientar a sua forma de visão e a direção de seu tratamento. Diferenças entre a Psicanálise e a Psicoterapia de orientação Psicanalítica A partir da premissa de que essa linha de psicoterapia se serve da psicanálise para exercer seu tratamento poderíamos precipitadamente estabelecer que a psicoterapia de orientação psicanalítica nada mas é que a aplicação da ciência que lhe dá base. Isto de alguma forma não seria totalmente errado, se tomarmos a teoria básica como núcleo de tal afirmativa, sendo que esta é a sustentação de ambas. Mas para além do referencial teórico existe a questão da forma como se aplica e ao que se busca com essa aplicação, e é aí que implica-se a grande diferença. Ambas concordam na teoria básica, mas divergem parcialmente no método e são completamente distintas nos objetivos. A Psicanálise, de acordo com o realizado por Freud, considerava a busca desinteressada da verdade sobre o sujeito, um estudo sistemático que resultaria numa teoria da personalidade e uma forma de pesquisa sobre o funcionamento psíquico e suas implicações, regulamentando a experiência psicanalítica, que pode ser considerado então como a psicanálise pura. A psicanálise aplicada à terapêutica seria como um método de tratamento, sendo que não se deveria trabalhar cientificamente em um caso durante o seu processo de tratamento. Ainda que aplicada à terapêutica, Freud considerava sua técnica como algo não invasivo, que não visava à educação ou moralização do sujeito sofredor, era, portanto, um compromisso com uma descoberta e não com um resultado específico. Já a Psicoterapia Psicanalítica, bebendo da fonte de saber que Freud postulou, seria o tratamento em si, uma busca deliberada da cura, e nesse caso partiria do sintoma tendo em um mente um resultado específico: A supressão do sintomático. Essa é a postura da psicologia que visa algo distinto da psicanálise: um ajustamento do sujeito em conformidade com a moral, com a sociedade. Enquanto a psicanálise tinha a cura como uma consequência, a psicoterapia psicanalítica a tinha como o objetivo. Na Psicanálise, portanto, não havendo o desejo de compreender, nem o de curar, não há o que forçar. A resistência e o resistido são aspectos da personalidade que se procura conhecer, como qualquer outro. Desse conhecimento resulta uma evolução cognitivo-afetiva que o sujeito utiliza como lhe aprouver. Segundo Jacques Lacan, em Televisão, o inconsciente é o ponto de partida para a grande diferenciação, sendo que sua estrutura é uma linguagem e forneceria duas vertentes, uma do sentido supostamente a vertente da análise - e outra a do desejo e sua insistente demanda. Tendo por base a vertente do sentido, a psicologia assim como alguns psicanalistas, fariam uso de interpretações, e preencheriam as lacunas no discurso do sujeito, estabelecendo para eles uma direção, onde haveriam sentidos que seriam tomados como bom senso e até mesmo como senso comum. O bom senso é o que opera na sugestão, e na linha de raciocínio proposta aí, estaríamos

3 sugerindo ao sintoma que fosse extinto, a custo do sujeito que o expressava. Se tal intervenção visa suprimir uma forma de expressão de um conflito, de um desejo não-dito, ela suprime com isso uma parte do que constitui esse sujeito, algo que diz dele, e é ai que Lacan aponta brilhantemente, que a psicoterapia estanca. Mesmo que faça algum bem este acaba por ser temporário e que conduz ao pior. É pela vertente do desejo que, segundo Lacan, o sujeito deve ser escutado, desejo esse imerso no sintoma que nada mais é que um nó de significantes, ou seja, um nó formado por vários fatores e representações que se condensam pelo grau de importância afeto-subjetiva e por uma ligação que não satisfaz a lógica racional, não satisfazendo, portanto, ao sentido. A ética da Psicanálise Dizer de uma ética que orienta a psicanálise é dizer da direção em que ela considera seu observador e seu objeto de estudo, direção esta chamada desejo. Do grego ethos vem dizer da morada humana, a identidade profunda do ser, o conjunto de traços psicológicos do sujeito, enfim, seu modo de ser, sentir e de agir únicos. Pensar uma ética da psicanálise na direção do desejo, é pensar que esse modo de ser único diz de uma relação única, entre o sujeito e o desejo. Nesse sentido ela toca o nosso real, naquilo em que por medo se mascara e naquilo em que por não suportarmos escancaramos. A ética da psicanálise reconhece no desejo, o centro da experiência humana, diferente da tradicional, em que o sujeito está a serviço dos bens e dos costumes. A essa tradição chamamos de moral, que do latim mos designa o costume, o conjunto de normas e regras sociais adquiridas por hábito. A moral é, portanto, uma forma padronizada de ser, sentir e de agir, uma gaiola para os desejos humanos, visto a implicação dos juízos de valor que faz dos mesmos. A dimensão moral se firma no sentimento de obrigação, pelo qual concebe um sujeito culpado em relação a seu desejo, enquanto a dimensão ética da psicanálise situa o desejo, tal qual um bem a ser alcançado. A partir do superego, a dificuldade de harmonizar o desejo com o próprio julgamento traz uma experiência moral para o sujeito e um sentimento de culpa que podem se tornar duros e cruéis, e Freud interpretou o sofrimento humano à luz desse superego, mal estar na civilização. O crédito moral dado às demandas vindas da cultura tem um valor representativo para o sujeito, por que a moralidade se sustenta no juízo de valor que os outros têm ou fazem dele, e nesse sentido, nenhum de nós deseja ser menosprezado pelo outro. Nisso o sujeito passa a um caráter repressivo, comparando-se com o outro e distanciando de si, em um esforço para atender as reivindicações morais da cultura. Se a psicoterapia se serve da psicanálise para cuidar do que demanda o sujeito, deve se servir também de sua ética, implicando o psicoterapeuta a respeitar o outro em sua singularidade e deixar que a moral e os bons costumes imperem em outro reinado. As indicações e contra-indicações ao tratamento psicanalítico De uma maneira ou de outra se servir da psicanálise no atendimento gera implicações em que tipo de casos ela seria a mais ou a menos indicada. Todos os tipos de situações podem ocorrer durante o curso de uma psicoterapia,

4 e se configuram como obstáculo ao tratamento e podem, em circunstâncias descuidadas, gerar prejuízos ao sujeito que demanda o atendimento. Algumas condições foram propostas para que um determinado sujeito pudesse ser considerado como analisável, sendo que para isso era preciso que estabelecesse a transferência além da capacidade de analisá-la, o que vem a dizer da força do ego para não se entregar ao aparecimento das angústias e pulsões provenientes do processo. Isso também implica numa condição de idade, em que o sujeito situa-se em nem muito novo, nem muito velho, além de condições socioculturais. A partir da associação livre o sujeito faria as ligações entre sua relação terapêutica e a sua vida particular, comprometendo-se em consultas periódicas e pagamentos pontuais, que simbolicamente dizem do quanto ele investe na relação, bem como também em aceitar as interrupções das sessões. Nesses quesitos ela é indicada para pessoas que procuram um autoconhecimento, para pessoas que visam formação em psicanálise ou em psicoterapia psicanalítica, e em casos de psicopatologias. Podemos então nos situar dentro de dois grupos de sujeitos com respeito a quadros psicopatológicos, que vão de medianos a graves. A abordagem para quadros medianos implica em 2 sessões semanais em que se tratando de psicoterapia, visa o alívio ou remoção dos sintomas, maior flexibilidade egóica, solução de problemas de ajustamento, diminuição das inibições ou ineficácia adaptativa. A associação livre em casos assim é semi-diretiva, quando foge ao problema emergente, o psicoterapeuta o resgata a fim de que se mantenha o foco na questão. A frequência semanal pode variar de acordo com a demanda especifica, não sendo, portanto, um modelo rígido e a duração é indeterminada, sendo que a alta é dada de acordo com o grau de satisfação do sujeito: Quando o sujeito pensa que é feliz em viver, é suficiente, diz Lacan. Para quadros graves são estabelecidos em geral de 4 a 5 sessões semanais de acordo com a gravidade, de quadros neuróticos exarcebados em que o sujeito se encontra em níveis fantasiosos e angustiantes, com a finalidade de remover certas fixações e bloqueios favorecendo a uma melhoria dos sintomas, atenuação da rigidez e evolução da personalidade. Numa linguagem atual diríamos que estes sujeitos teriam direito a uma experiência psicanalítica, visto que no encontro entre dois inconscientes o do analisante e o do analista - resultaria numa dialética que tornaria a relação possível. Mas é necessário pontuar que vamos nos deparar com casos em que uma psicanálise seria impossível, visto o caráter refratário de certos sintomas, além de certas estruturas tanto psicológicas quanto socioculturais inviáveis por esse tipo de tratamento. Há quadros de neurose obsessiva grave em que o sujeito não se permite uma mobilização efetiva, e reconstrói de maneiras diversas as suas resistências à experiência psicanalítica, beirando ao quadro psicótico, que por sua vez não permite o uso da associação livre. Para quadros de psicose não se recomenda a psicanálise aplicada à terapêutica, mas Lacan orienta que não se deve recuar diante dela, levando o psicoterapeuta a se permitir ocupar um espaço em que ele nada mais fará além de ouvir e de deixar o sujeito realizar a sua construção delirante. A teoria Psicanalítica De Freud a Lacan Cremos não ser necessário fazer um resgate teórico da psicanálise, tendo em vista o foco deste trabalho e a atualização de muitos conceitos e posturas psicanalíticas. Contudo, aquilo que alicerça essa corrente de psicoterapia merece um destaque, em especial à sua evolução, de Freud a Lacan. Antes de abordar então de forma conceitual, cabe ressaltar que toda a estrutura teórica da psicanálise se constrói sobre a idéia de que o desejo é o motor da vida humana, e a partir desse motor se constrói o diferencial psicanalítico: O inconsciente.

5 Essa palavra não foi criada por Freud, ela já era abordada pelos pensadores gregos, contudo o brilhantismo Freudiano esteve em demonstrar que ela era um sistema que fazia parte do aparelho psíquico, regido por leis e por uma lógica próprias. A descoberta contudo, mediante os recursos da época era uma afronta ao paradigma vigente, ao qual vigorava o pensamento aristotélico, de uma lógica formal principiada em uma identidade e uma não contrariedade dos fatos. Mas o que Freud aponta é que a lógica da identidade (uma Rosa cor de rosa por ex.) e da não contrariedade (chovia, portanto, estava molhado) não vigoram no inconsciente, regido por uma lógica distinta, que abrigava impulsos ambíguos e não se relacionava necessariamente a identidades e sim a representações de coisas. Acreditamos que gastar algumas palavras a mais no conceito de inconsciente se deve a sua constante incompreensão: Não se trata do submundo psíquico, algo por debaixo da consciência que abriga o lixo do ser humano, o lugar do caos e da abstração, mas sim de uma outra estrutura, diferente da estrutura consciente, mas igualmente capturável através da leitura de sua linguagem. É fazendo uso da lingüística e da lógica que Lacan, após reler Freud, afirma que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, e que os analistas deveriam reaprender a escutá-lo, visto que haviam corrompido o que Freud ensinara. Podemos então conceituar o inconsciente como o produto da função simbólica, onde as representações de coisas guardam sua integridade, sendo por assim dizer atemporais uma parte do aparelho psíquico regido de uma lógica própria e sustentado pelas pulsões, se prestando como centro fundante das outras partes do aparelho psíquico. A lógica do inconsciente, diferentemente da formal, dá lugar a uma outra forma de ordenar as coisas, em que ambigüidades coexistem e os contrários podem se ligar por entrelaçamentos de cunho afetivo. Todos os conteúdos que se encontram a nível inconsciente só são acessíveis a nível consciente através de representantes, que são tomados ao nível da linguagem: falada, escrita, corporal e pelas manifestações inconscientes - sonhos, atos falhos, lapsos de memória, chistes e sintomas. A partir de suas representações temos acesso às pulsões que se ligam ao conteúdo manifesto. O inconsciente é necessariamente uma linguagem, que formado por símbolos (signos) se agrupam em representações (palavras e imagens) formando grupos (cadeias significantes) para servir de veículo (ato) à descarga pulsional. Como está regido pelo que é chamado de princípio do prazer, não tolera níveis altos de energia e sempre que há um acúmulo de tensão, busca nos representantes os meios de descarregar. Sua energia, contudo, não se esgota, estando sempre em disposição para as possibilidades de descarrego, e caso não haja uma descarga motora, ela fica contida, buscando um outro meio de se expressar. È nessa contenção que ocorre a formação de um sintoma, que como Lacan afirma...é a inscrição do simbólico no real, e é justamente o real que permite efetivamente desatar aquilo em que consiste o sintoma: um nó de significantes. Para Lacan, o desejo é a necessária relação do ser com a falta e o que dá corpo a este desejo é a função simbólica, tomada pela idéia de significante da lingüística de Saussure: Uma realidade psíquica produzida por uma imagem acústica. Essa imagem acústica ao que ele ensina, não é o som pronunciado ao enunciar uma palavra, assim como um significado atribuído a ela não é o objeto real. Sendo assim um significante é uma representação de uma coisa percebida, que se torna uma realidade psíquica e recebe um significado variável de acordo com o afeto ao qual se liga. Nesse sentido, o sintoma Lacaniano é uma representação construída por uma cadeia de matéria significante, cadeias não de sentido, mas sim de gozo. Na época de Freud esse sintoma se estruturava no sujeito a partir da primazia das idéias do complexo de Édipo e do complexo de Castração, conceituados a seguir de maneira sucinta: O complexo de Édipo caracteriza-se por sentimentos ambíguos de amor e hostilidade direcionados às figuras parentais - à mãe e ao pai ou a figuras que representem a função exercida pelos dois. A ilusão que o bebê tem de possuir proteção e amor total, a partir dos

6 cuidados intensivos que recebe por sua condição frágil, alimentam uma fantasia de onipotência, de segurança e de garantia. Esta proteção é relacionada de maneira mais significativa à figura materna, sendo ela o seu primeiro objeto de amor. Contudo, a mãe se relaciona com um outro que impede que a atenção dada ao bebê seja exclusiva e aí se dá a quebra desse sentimento de onipotência que o Eu infantil insiste em fantasiar, pela inserção de um Pai, representante de uma interdição ao desejo de amor e de completude narcísica. De acordo com a visão da época essa interdição levaria a criança a reprimir esses sentimentos ambíguos direcionados às figuras parentais e numa fase posterior de seu desenvolvimento, quando a sua compreensão da realidade tivesse apreendido os valores culturais, passasse a reprovar a existência dos mesmos, tornando-os fonte de sofrimento. O alicerce de um sintoma na clínica Freudiana estava compreendido nesta fase do desenvolvimento humano, onde o sujeito repetiria constantemente a ambigüidade de seus sentimentos em suas relações, transferindo aos objetos seus sentimentos de amor e ódio, em busca do encontro com o objeto de amor perdido e o retorno à experiência de satisfação. A transferência em Freud é a atualização, de sentimentos, atitudes e condutas inconscientes, por parte do entrevistado, que correspondem a modelos que este estabeleceu no curso do desenvolvimento, especialmente na relação interpessoal com seu meio familiar o que para Lacan difere-se por considerar que nem todo mundo se relaciona a partir dessa idéia. Para Lacan a transferência é o sujeito colocar o analista no lugar de um Sujeito suposto saber: A pessoa quando procura o psicoterapeuta fantasia que ele seja detentor de um saber e que possua os meios de enunciá-lo, mas não se trata de um saber qualquer e sim saber sobre a pessoa, uma suposição de que a figura do profissional saiba tudo sobre ele e o que ele está sentindo. O paciente supõe na figura do psicoterapeuta o alguém que saiba sobre ele, assim como em outros tempos atribuiu às figuras parentais essa suposição. Tipos de estruturas psíquicas e psicopatologias Dizer de uma estrutura clínica em psicoterapia é diferente de dizer de um quadro clínico. Enquanto o primeiro refere-se a uma determinada ordenação e aos elementos que fazem um conjunto específico, a segunda refere-se a um dado momentâneo, de características visíveis. Falar de estrutura psíquica é tratar dos elementos que a compõe e a forma como se distribuem, termo empregado na psicanálise a partir de Lacan, que identificou na neurose, na psicose e na perversão três modalidades distintas de falta que determinam a forma de defesa empregada pelo sujeito. Na neurose a defesa resultaria da castração ou do recalque, na psicose seria resultante da privação ou forclusão e na perversão resultante da denegação ou frustração. Cada uma dessas modalidades de falta (castração, forclusão e denegação) atravessa o indivíduo e o impele a se posicionar frente à ameaça do trauma, ou melhor dizendo, da angústia que será sentida frente à ruptura da completude mãe/bebê. A castração, lei que opera interditando o desejo incestuoso e a ilusão de completude, fundamenta-se pela falta de um objeto imaginário, sendo uma ação simbólica que rompe com a ilusão de par complementar e com a satisfação plena. O agente dessa ruptura é um agente real, encarnado pela mãe que introduz a criança outro elemento (além deles dois), que lhes servirá de intermediário e marcará que entre um e o outro há uma incompreensão, elemento este chamado por Lacan de Nome do- Pai. A partir desse corte resulta a neurose e suas três derivações: a histérica, em que há a insatisfação do desejo, e a excitação sexual é desligada de sua representação e se instala no corpo; a obsessiva, como uma impossibilidade de realização do desejo devido à permanência da excitação sexual no

7 aparelho psíquico, mas deslocada de representação; e a fóbica, como evitação do desejo, por conta da emergência da angústia resultante do confronto com o objeto de desejo do outro. Já na privação o sujeito se vê ressentido da ausência do objeto simbólico. Há uma ação real, uma falta real sobre a qual o simbólico não tem efeito e uma cadeia significante fica impossibilitada de ser construída, visto que a pulsão não se fixa. O que resulta daí é a psicose e suas derivações: a paranóia, a esquizofrenia e a psicose maníacodepressiva, atualmente chamada de Transtorno afetivo bipolar. Na última e não menos importante modalidade de falta, a frustração, é sentida imaginariamente pelo sujeito como um dano, um prejuízo. O sentimento de ter sido lesado por não ter algo que é seu por direito é algo contínuo e a reivindicação desse direito não tem fim e não se respeita leis e interdições o agente simbólico fica assim atado e sem ação efetiva que possibilite ao sujeito suportar a falta imposta pelo real, e isto chama-se perversão. Aplicação de técnicas do método psicanalítico Não costuma-se fazer uso de paliativos na condução do tratamento, mas também não se faz objeção se o quadro demandar um intervenção medicamentosa, mesmo que essa ação seja vista como uma máscara para o sintoma. O ponto de partida para toda psicoterapia são as entrevistas preliminares, a partir da qual faremos o diagnóstico estrutural bem como o psicodiagnóstico, estudando minuciosamente o sujeito para que possamos determinar alguns pontos iniciais do curso do atendimento e o possível prognóstico. Também se estabelece nesse período o contrato de atendimento, que refere-se ao preço e a quantidade de sessões, ficando a critério do psicoterapeuta formalizá-lo ou não. Essa flexibilidade, de um ponto de vista psicanalítico, deixa o desejo de ser analisado a critério do analisante, e o compromisso para tal não é obrigatório. Nessa primeira etapa o sujeito é deixado à vontade, determinando o curso da entrevista, onde traz as suas questões das formas mais variadas, estando ainda frente a frente com o psicoterapeuta, que oportunamente o questiona sobre determinado conteúdo a fim de investigar mais a respeito. Estar diante de uma outra pessoa que supostamente sabe o que o sujeito tem nem sempre é tarefa fácil, especialmente quando se deve tocar em assuntos dolorosos e vergonhosos a respeito de si mesmo, e neste sentido as entre-vistas levam o sujeito a vencer algumas de suas inibições e a estabelecer a transferência em direção ao psicoterapeuta. A partir disso o uso do divã é um momento de passagem, das entrevistas preliminares para a análise, e essa mudança de postura do sujeito na clinica reflete uma mudança de postura no real. O olhar do psicoterapeuta tem como foco o sujeito e assim sua escuta se faz atenta no que se costuma chamar de atenção flutuante, para que o método de associação livre tenha uma direção capturável. Nessa direção dada pelo sujeito situações específicas de sua vida retornam à sua percepção, e nesse recordar o sujeito repete sentimentos, atitudes e condutas inconscientes em seu relacionamento com o psicoterapeuta, que oportunamente faz uso da devolução desses conteúdos expressos. A psicanálise em um uso equivocado, fazia da devolução o meio da interpretação do psicoterapeuta se valer, preenchendo as lacunas do discurso do sujeito e atribuindo sentido ao que para ele não teria. Com esse mecanismo os profissionais corromperam a análise fazendo dela um mecanismo de identificação com a figura do psicoterapeuta. Lacan, propondo um retorno à Freud, estabelece que cabe ao sujeito interpretar o que diz, e sendo assim a devolução se torna algo mais simples, onde se frisa alguma palavra ou frase que o próprio sujeito disse, implicando-o em seu desejo através de seu discurso: Foi isso que você disse. Nessa relação entre discurso e devolução o psicoterapeuta pontua frases que possivelmente apontam para forças egóicas bem como retifica algumas passagens que transmitem enganos de interpretação, por parte do sujeito e não do analista. Lacan, em sua atuação, trouxe polêmica ao fazer do corte da sessão uma magistral ferramenta de

8 intervenção: No auge da associação, simbolicamente no momento de gozo, a sessão era interrompida, para que toda aquela situação fosse apreendida com a magnitude afetiva que tivesse e o significado, atribuído a posteriori pelo sujeito, pudesse conduzí-lo sozinho. Nesse ponto o diferencial da clínica lacaniana, especialmente da que ficou vigorada como segunda clínica diz respeito a uma psicanálise fora-do-sentido, referindo-se a idéia de que o significante e o significado são de uma ordem sem fim, sendo assim nunca se encerrariam em algo concreto, levando o sujeito a constantemente atribuir sentidos e a reinventar a vida. Referências - MILLER-Jacques-Allain. A psicanálise pura, psicanálise aplicada à terapêutica e a psicoterapia, Curso: o Lugar e o laço: Outubro de 2009, - MILLER-Jacques-Allain, As contra-indicações ao tratamento psicanalítico, Revista Opção Lacaniana nº. 25, outubro de SIMON,Ryad - Concordâncias e divergências entre psicanálise e psicoterapia psicanalítica. Disponível em: - HISGAIL, Fani. A ética da Psicanálise. Disponível em: - BATTAGLIA,Laura. A estrutura básica do Psiquismo. O livro de ouro da psicanálise, Rio de janeiro: Ediouro, LACAN, Jacques. Televisão. 1974

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