Do direito a JUSTIÇA GRATUITA

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1 Do direito a JUSTIÇA GRATUITA Qualquer pessoa incapaz de arcar com os custos que uma lide judicial, pode, através de simples afirmativa, postular as benesses de tal prerrogativa, amplamente garantida pela Carta Constitucional vigente. "Necessitado dos benefícios da assistência judiciária é todo aquele que não tem condições econômicas para pagar as custas do processo e os honorários do advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, pouco importando que possua imóvel residencial, automóvel e linha telefônica. Agravo provido" (AI n , Minas Gerais, Rel. Juiz Tourinho Neto, in, "DJU" II, , pág ) Grifo nosso. "Justiça Gratuita - Concessão mediante simples afirmação, pela parte, de que não tem condições de suportar o pagamento da verba - inteligência do art.4 da Lei 1.060/50 que não conflita com o disposto no art.5, LXXIV da CF" (TRF - 1a. Região na RT 746/403)." "Para que a parte obtenha o benefício da assistência judiciária, basta a simples afirmação da sua pobreza, até prova em contrária" (RSTJ 7/414). AGRAVO - JUSTIÇA GRATUITA - PESSOA FÍSICA - CONCESSÃO. Inexiste óbice ao deferimento do benefício da justiça gratuita à pessoa física cuja situação econômica pode não permitir o pagamento das custas e dos honorários, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº da Comarca de CONTAGEM, sendo Agravante (s): SYLVIA LÚCIA TEIXEIRA DE SOUZA e Agravado (a) (os) (as): RENAULT DO BRASIL S.A. ACORDA, em Turma, a Quinta Câmara Civil do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais, DAR PROVIMENTO PARA CONCEDER A JUSTIÇA GRATUITA. Presidiu o julgamento o Juiz ARMANDO 1

2 FREIRE (2º Vogal) e dele participaram os Juízes EULINA DO CARMO ALMEIDA (Relatora) e FRANCISCO KUPIDLOWSKI (1º Vogal). A simples afirmação de hipossuficiência para arcar com as despesas judiciais é o bastante para ser concedido o pedido, tendo os tribunais pátrios decidido: "A declaração de pobreza apresentada pelo requerente do benefício da justiça gratuita presume-se verdadeira, devendo o juiz somente indeferir o pedido com fundadas razões (Revista dos Tribunais, 595/ ) PROCESSO CIVIL AGRAVO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA DEFERIMENTO EM QUALQUER FASE DO PROCESSO PROCURAÇÃO AD JUDICIA NÃO JUNTADA AOS AUTOS IRREGULARIDADE SOMENTE VERIFICADA PELO JULGADOR QUANDO DA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO NECESSIDADE DE OPORTUNIZAR À PARTE SANAR O DEFEITO APLICAÇÃO DO ARTIGO 13 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 1) Nos termos da Lei nº 1.060/50, o requerimento da assistência judiciária gratuita, tanto pode ser formulado quando do ajuizamento da causa, como em qualquer momento no curso do processo, bastando que o interessado dirija petição ao Juiz competente, afirmando ser pobre nos termos da Lei, do que decorre a presunção legal de pobreza, que somente poderá ser elidida ante a existência de fundadas razões que comprovem a ausência ou o desaparecimento dos requisitos indispensáveis à concessão do benefício. 2) Ante a ausência de qualquer motivo suficiente e capaz de justificar a denegação do pedido de gratuidade da justiça, merece integral reforma o decisum que, apóstal indeferimento, julgou deserto o recurso de apelação interposto pelo 2

3 requerente, face a ausência de preparo. 3) Se o próprio Juiz, a quem compete verificar ex officio, a existência dos pressupostos de validade da relação processual, como as questões relativas à capacidade das partes e a regularidade de suas representações nos autos, não constatar oportunamente, a ausência de mandato procuratório do advogado de uma das partes, logicamente, ao tomar conhecimento deste vício, não poderá de forma arbitrária, simplesmente negar àquela, a prática de qualquer ato processual, como a interposição de recurso, sendo imperioso aplicar à hipótese, o artigo 13 do Código de Processo Civil, suspendendo o processo e marcando prazo razoável para ser sanado o defeito. 4) Com a apresentação do instrumento procuratório, quando interposição de Agravo, sana-se a irregularidade da representação nos autos, por ter-se operado a ratificação tácita dos atos já praticados, a teor do que dispõe o artigo 1.296, e seu parágrafo único do Código Civil, analogicamente aplicado ao caso. 5) Agravo provido. (TJAP Ag Câmara Única Macapá Rel. Juiz Luiz Carlos DJAP ) CIVIL E PROCESSO CIVIL RECURSO ESPECIAL LOCAÇÃO DESPEJO POR DENÚNCIA VAZIA JUSTIÇA GRATUITA LEI Nº 1.060/50 PESSOA JURÍDICA EMPRESA COMERCIAL LIMITADA REEXAME DE PROVA SÚMULA 07/STJ DISSÍDIO PRETORIANO PREJUDICADO 1 A gratuidade da Justiça, sendo um direito subjetivo público, outorgado pela Lei nº 1.060/50 e pela Constituição Federal, deve ser amplo, abrangendo todos aqueles que comprovarem sua insuficiência de recursos, não importando ser pessoa física ou jurídica. 2 Os arts. 2º, 4º e 6º da Lei nº 1.060/50, não se coadunam com as pessoas jurídicas voltadas para atividades lucrativas, pois não se incluem estas no rol dos necessitados. O auferimento de lucro, prima facie, afigura-se incompatível com a situação de 3

4 miserabilidade descrita na norma legal. A extensão do benefício deve ocorrer somente as pessoas jurídicas pias, filantrópicas, consideradas por lei socialmente relevantes, ou ainda, sem fins lucrativos. 3 Para conhecimento deste recurso, necessário seria o reexame de prova, porquanto a declaração de pobreza juntada aos autos, meio hábil para o deferimento da gratuidade da justiça, não faz prova inequívoca do alegado, diante dos fatos narrados na mesma e no v. acórdão atacado. Referida declaração apenas esclarece que a pessoa jurídica deixou de auferir valores suficientes para arcar com o ônus processual e de honorários advocatícios, deixando claro que, apesar da proclamada recessão econômica, obtém lucros. Aplicação da Súmula 07/STJ. 4 Eventual dissídio pretoriano prejudicado, posto ser necessário a análise da prova documental para, confirmado o estado alegado, confrontar os julgados divergentes. 5 Recurso não conhecido. (STJ REsp MG 5ª T. Rel. Min. Jorge Scartezzini DJU p. 174). EMENTA: JUSTIÇA GRATUITA DECLARAÇÃO DE MISERABILIDADE - PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE INDEFERIMENTO NECESSIDADE DE IMPUGNAÇÃO DA PARTE ADVERSA. A declaração de pobreza subscrita pela parte reveste-se de presunção juris tantum de veracidade, cabendo, ao ex adverso, o ônus de demonstrar, em incidente próprio, que o seu conteúdo não condiz com a realidade. Recurso provido e os benefícios da justiça gratuita concedidos. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento Nº , da Comarca de CONTAGEM, sendo Agravante (s): JOSÉ MARIANO FILHO e Agravado (a) (os) (as): ÂNGELO PINHEIRO ALVES. ACORDA, em Turma, a Segunda Câmara Cível do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais CONCEDER AO AGRAVANTE OS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA E DAR PROVIMENTO AO AGRAVO. Presidiu o julgamento o Juiz 4

5 EDGARD PENNA AMORIM (1º Vogal) e dele participaram os Juízes PEREIRA DA SILVA (Relator) e ALBERTO VILAS BOAS (2º Vogal). EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. Nos termos da Lei 1.060/50, basta a simples afirmação de pobreza para que a parte faça jus ao benefício da justiça gratuita. A declaração de pobreza goza de presunção de veracidade, cabendo à parte adversa comprovar o contrário, se for o caso, em procedimento próprio. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n , da Comarca de BELO HORIZONTE, sendo Agravante (s): MARIA DAS GRAÇAS DE RESENDE TERRA e Agravado (a) (os) (as): ETELVINO TEIXEIRA COELHO. ACORDA, em Turma, a Sexta Câmara Civil do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais DAR PROVIMENTO. Presidiu o julgamento o Juiz DÁRCIO LOPARDI MENDES (1º Vogal) e dele participaram os Juízes HELOÍSA COMBAT (Relatora) e VALDEZ LEITE MACHADO (2º Vogal). Para a concessão do benefício da justiça gratuita à pessoa física, basta a simples afirmação da parte de sua pobreza, até prova em contrário (STJ 1 a Turma, REsp MG, rel. Min. José Delgado, j , deram provimento, v.u., DJU , p. 211). (...) A declaração de insuficiência de recursos é documento hábil para o deferimento do benefício da assistência judiciária gratuita, mormente quando não impugnada pela 5

6 parte contrária, a quem incumbe o ônus da prova capaz de desconstituir o direito postulado (RTJ 158/963) (Código de Processo Civil e Legislação Processual em Vigor. Theotonio Negrão. 35. ed., São Paulo: Saraiva, nota 1c, do art. 4 o, da Lei 1.060/50. p. 1148). AGRAVO DE INSTRUMENTO - SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL - JUSTIÇA GRATUITA - POSSIBILIDADE. A pessoa natural, mediante simples afirmação de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família, tem direito de gozar dos benefícios da assistência judiciária, firmando-se, a partir de então, presunção iuris tantum de veracidade dessa alegação. Ao substituto deve ser concedido o benefício da gratuidade de justiça quando os substituídos declararem não terem condições de arcarem com as despesas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento, bem como de sua família (TAMG - AI n , 3 a Câm. Cív. Rel. Juíza Teresa Cristina da Cunha Peixoto. J ). AGRAVO DE INSTRUMENTO - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - PESSOA FÍSICA - CONCESSÃO - PRESUNÇÃO IURIS TANTUM. - Para que a parte obtenha o benefício da assistência judiciária, basta a 6

7 simples afirmação de sua pobreza, até prova em contrário. - A declaração de que a parte não está em condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios goza de presunção iuris tantum de veracidade (TAMG AI n , 6 a Câm. Cív. Rel. Juiz Dídimo Inocêncio de Paula. J ). ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - DECLARAÇÃO DE POBREZA - CONDIÇÃO PRESUMIDA DE NECESSIDADE. A declaração de pobreza, como previsto pela Lei 1.060/50, é suficiente para o deferimento da justiça gratuita, constituindo ônus da parte contrária comprovar que o requerente possuía condições de arcar com o pagamento das custas processuais sem prejuízo do sustento próprio e de sua família (TAMG AI n , 7 a Câm. Cív. Rel. Juiz Unias Silva. J ). JUSTIÇA GRATUITA DECLARAÇÃO DE POBREZA PRESUNÇÃO DEFERIMENTO. Não se confundem, para efeito de deferimento de justiça gratuita, a situação econômica e a situação financeira do requerente, porque o fato de ser possuidor de imóveis não implica a possibilidade de transmutá-los em moeda corrente e de tal forma arcar com as despesas processuais. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento Nº da Comarca de RIBEIRÃO DAS NEVES, sendo Agravante (s): EDIVALDO DE DEUS E COSTA e Agravado (a) (s): JOSÉ REIS ANTÔNIO DA COSTA. ACORDA, em Turma, a Nona Câmara Cível do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais DAR PROVIMENTO. Presidiu o julgamento o Juiz WALTER PINTO DA ROCHA e dele participaram os Juízes 7

8 LUCIANO PINTO (Relator), MÁRCIA DE PAOLI BALBINO (1ª Vogal) e MARINÉ DA CUNHA (2º Vogal). AGRAVO - JUSTIÇA GRATUITA - PESSOA FÍSICA - CONCESSÃO. Inexiste óbice ao deferimento do benefício da justiça gratuita à pessoa física cuja situação econômica pode não permitir o pagamento das custas e dos honorários, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº da Comarca de CONTAGEM, sendo Agravante (s): SYLVIA LÚCIA TEIXEIRA DE SOUZA e Agravado (a) (os) (as): RENAULT DO BRASIL S.A. ACORDA, em Turma, a Quinta Câmara Civil do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais, DAR PROVIMENTO PARA CONCEDER A JUSTIÇA GRATUITA. Presidiu o julgamento o Juiz ARMANDO FREIRE (2º Vogal) e dele participaram os Juízes EULINA DO CARMO ALMEIDA (Relatora) e FRANCISCO KUPIDLOWSKI (1º Vogal). EMENTA: JUSTIÇA GRATUITA DECLARAÇÃO DE MISERABILIDADE - PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE INDEFERIMENTO NECESSIDADE DE IMPUGNAÇÃO DA PARTE ADVERSA. A declaração de pobreza subscrita pela parte reveste-se de presunção juris tantum de veracidade, cabendo, ao ex adverso, o ônus de demonstrar, em incidente próprio, que o seu conteúdo não condiz com a realidade. Recurso provido e os benefícios da justiça gratuita concedidos. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento Nº , da Comarca de CONTAGEM, sendo Agravante (s): JOSÉ MARIANO FILHO e Agravado (a) (os) (as): ÂNGELO PINHEIRO ALVES. ACORDA, em Turma, 8

9 a Segunda Câmara Cível do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais CONCEDER AO AGRAVANTE OS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA E DAR PROVIMENTO AO AGRAVO. Presidiu o julgamento o Juiz EDGARD PENNA AMORIM (1º Vogal) e dele participaram os Juízes PEREIRA DA SILVA (Relator) e ALBERTO VILAS BOAS (2º Vogal). EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. Nos termos da Lei 1.060/50, basta a simples afirmação de pobreza para que a parte faça jus ao benefício da justiça gratuita. A declaração de pobreza goza de presunção de veracidade, cabendo à parte adversa comprovar o contrário, se for o caso, em procedimento próprio. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n , da Comarca de BELO HORIZONTE, sendo Agravante (s): MARIA DAS GRAÇAS DE RESENDE TERRA e Agravado (a) (os) (as): ETELVINO TEIXEIRA COELHO. ACORDA, em Turma, a Sexta Câmara Civil do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais DAR PROVIMENTO. Presidiu o julgamento o Juiz DÁRCIO LOPARDI MENDES (1º Vogal) e dele participaram os Juízes HELOÍSA COMBAT (Relatora) e VALDEZ LEITE MACHADO (2º Vogal). EMENTA: JUSTIÇA GRATUITA POBREZA AFIRMAÇÃO NOS AUTOS - DIREITO ASSEGURADO. A simples afirmação da parte interessada, nos autos, de que, nos termos da Lei 1.060/50, não está em condições de pagar as custas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou da família, lhe garante, até prova robusta em contrário, a concessão da Justiça Gratuita. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento Nº da Comarca de OURO BRANCO, sendo Agravante (s): CECÍLIA DA CRUZ e 9

10 Agravado (a) (s): WALÉRIA MAGALHÃES FREITAS SILVA.ACORDA, em Turma, a Sétima Câmara Cível do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais DAR PROVIMENTO. Presidiu o julgamento o Juiz JOSÉ AFFONSO DA COSTA CÔRTES e dele participaram os Juízes GUILHERME LUCIANO BAETA NUNES (Relator), UNIAS SILVA (1º Vogal) e D. VIÇOSO RODRIGUES (2º Vogal). JUSTIÇA GRATUITA DECLARAÇÃO DE POBREZA PRESUNÇÃO DEFERIMENTO. Não se confundem, para efeito de deferimento de justiça gratuita, a situação econômica e a situação financeira do requerente, porque o fato de ser possuidor de imóveis não implica a possibilidade de transmutá-los em moeda corrente e de tal forma arcar com as despesas processuais. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento Nº da Comarca de RIBEIRÃO DAS NEVES, sendo Agravante (s): EDIVALDO DE DEUS E COSTA e Agravado (a) (s): JOSÉ REIS ANTÔNIO DA COSTA. ACORDA, em Turma, a Nona Câmara Cível do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais DAR PROVIMENTO. Presidiu o julgamento o Juiz WALTER PINTO DA ROCHA e dele participaram os Juízes LUCIANO PINTO (Relator), MÁRCIA DE PAOLI BALBINO (1ª Vogal) e MARINÉ DA CUNHA (2º Vogal). 10