PALAVRAS-CHAVE: Língua, Linguagem, Variações Regionais, LIBRAS, Surdo.

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1 As Variações Linguísticas da Língua Brasielira de Sinais: Características e Particularidades THE LANGUAGE VARIATIONS OF THE BRAZILIAN LANGUAGE OF SIGNS: CHARACTERISTICS AND PARTICULARITIES Renata Alves Orselli é mestre Semiótica e Tecnologia da Informática e Educação UBC-SP, pós-graduado em Língua Portuguesa PUC-SP e LIBRAS INICID/SP, graduada em Letras e Direito e Professora da Faculdade Integrada Campos Salles FICS2017. Renata.orselli@outlook.com RESUMO Este artigo enfoca as variações regionais da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS em diferentes estados do Brasil. Essa variação linguística está ligada diretamente aos níveis fonológicos (pronúncia), morfológico (palavra), sintático (sentenças), nos fatores sociais de idade, educação e situação geográfica bem como a constituição familiar que interfere na Libras criando o regionalismo. Considerando que todos esses fatores interferem na padronização da língua gestual, pois a língua de sinais ao passar literalmente de mão em mão adquire novos sotaques empresta e incorpora novos sinais, mescla-se com outras línguas adquirindo novas roupagens, esse fenômeno da variação e da diversidade está presente em todas as línguas vivas em movimento. É justamente na prática social de uso da linguagem entre surdo/surdo e surdo/ouvinte que é possível enxergar o multilinguismo. Este artigo vai partir de um analise de dois livros, o primeiro são as configurações de São Paulo, e o segundo os sinais de Porto Alegre. Serão coletadas as marcas do regionalismo, sinais com o mesmo significado, mas diferentemente sinalizados, sendo que o foco principal é a libras e sua variação nos diferentes estados do Brasil e como isso ocorre. PALAVRAS-CHAVE: Língua, Linguagem, Variações Regionais, LIBRAS, Surdo. ABSTRACT This article focuses on the regional variations of the Brazilian Sign Language - LIBRAS in different Brazilian states. This linguistic variation is directly related to phonological (pronunciation), morphological (word), syntactic (sentence) levels, social factors of age, education and geographical situation as well as the family constitution that interferes with the Libras creating regionalism. Considering that all these factors interfere in the standardization of the sign language, since the sign language when passing literally "from hand to hand" acquires new "accents" lends and incorporates new signs, merges with other languages acquiring new clothes, this phenomenon of the Variation and diversity is present in all living languages in motion. It is precisely in the social practice of using the language between deaf / deaf and deaf / listener that it is possible to see multilingualism. This article will start from an analysis of two books, the first are the configurations of São Paulo, and the second the signs of Porto Alegre. The marks of regionalism will be collected, signs with the same meaning, but differently

2 signaled, and the main focus is the pounds and their variation in the different states of Brazil and how it occurs. KEYWORDS: Language, Language, Regional Variations, LIBRAS, Deaf. INTRODUÇÃO O mundo dos surdos não tem fala. Não há como ouvir os sons da comunicação sem o uso da tecnologia, o que dificulta ou, muitas vezes, impossibilita o falar. Mas a comunicação natural existe através da língua de sinais. A linguagem é diferente, feita com as mãos e o corpo. Sabendo que eles podem apresentar seu funcionamento linguístico marcado pelo uso exclusivo da oralidade, uso exclusivo da língua de sinais ou uso de ambas, o objetivo do presente estudo é investigar a ocorrência de marcas da oralidade em diferentes regiões e como a marca da variação ocorre. Assim como a língua oral a língua de sinais também apresenta diferença na configuração dos sinais utilizada na mesma área geográfica. As variações linguísticas ocorrem devido à construção familiares, bem como as questões sociais, culturais e disposição geográfica de cada comunidade surda que variam as configurações das mãos. Com o passar do tempo, um sinal pode sofrer alterações decorrentes dos costumes da geração que o utiliza, salientando assim, o seu caráter de língua natural. Para Vygotsky (2008), o desenvolvimento das capacidades mentais e da língua não era aprendido seguindo uma ordem habitual, nem emergia por alteração da forma inicial. Possuía, sim, em vez disso, uma natureza social e imediata, manifestando-se do convívio de adultos e crianças e internalizando o instrumento cultural da língua para os processos de pensamento. O autor prossegue discorrendo sobre o salto dialético entre sensações e pensamento, um salto que requer a conquista de uma reflexão generalizada sobre a realidade, que é também a essência do significado das palavras.

3 Assim, indivíduos da mesma cultura partilham de um sistema de signos, ou seja, a mesma língua, permitindo que eles interajam entre si. Essa língua, esses signos, ou palavras, têm um significado mais ou menos comum para os membros dessa comunidade, mas teria sentido distinto de pessoas para pessoa. Por exemplo, quando se fala cachorro, todos têm em mente um significado razoavelmente comum. Contudo, para cada membro dessa comunidade, esse mesmo significado pode sustentar diferentes fatos psicológicos em relação ao cão. Alguém pode, pensado em cão, associar a palavra ao medo, mordida, segundo suas referências em relação às suas experiências. Em suma, o que é falado, pensado pelo indivíduo e generalizado pelos outros em diferentes situações gera a construção de conceitos, que serão ressignificados nas novas experiências desses indivíduos. Portanto, devido à formação de cada sujeito e o meio do qual está inserido, possibilitará a criação de um novo vocabulário e por sua vez a ampliação e formação do regionalismo. Entretanto, é importante que o usuário saiba quando se trata de uma variação regional, pois as variações apresentam particularidades sutis na configuração dos sinais já em outros casos os sinais são completamente diferentes, porém com o mesmo significado. A CONSTRUÇÃO DAS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS Segundo o sociolinguista Marcos Bagno (2002 p. 10) as variações linguísticas estão presente no discurso da comunidade ouvinte assim como nos usuários da libras, pois segundo Quadros & Karnopp (2010 p. 22) o significado individual das palavras e do agrupamento das palavras nas sentenças, pode apresentar variações regionais e sociais nos diferentes dialetos de uma língua, isto é, apesar dessas variações, existem limites nos significados de cada expressão não podendo usar as expressões para significar o que bem entendem, pois se fizerem serão mal-

4 interpretados ou não compreendidos, portanto, o(s) significado(s) de uma expressão linguística apresentam características comuns compartilhadas entre os usuários da língua. Considerando que vários fatores levam a formação do regionalismo, assim como idade, situação geográfica e familiar que a língua adquire novos sotaques e coloca outros sinais criados na prática social de uso da linguagem que podem identificar essas variações. A aquisição de uma língua natural se processa de acordo com métodos próprios, em função da natureza das línguas envolvidas. Este processo de aquisição é semelhante, quer nas línguas verbais, quer nas línguas gestuais, utilizando apenas modalidades de produção e percepções diferentes: O homem nasce com a capacidade inata para a linguagem e a sua aquisição processa-se de forma natural, desde que este esteja inserido num meio linguístico adequado (Amaral, Coutinho & Martins, 1994 p. 41). Portanto, as variações regionais em Libras dão estímulo à criação de novos sinais e permite o contato com outras regiões e repercute na ampliação do léxico e na formação do regionalismo. ASPECTOS LINGUÍSTICOS E DISCURSIVOS NA LÍNGUA DE SINAIS As variações linguísticas podem ser descobertas nos parâmetros que compõem os sinais, pois uma mudança sutil poderá alterar seu significado dificultando a compreensão do interlocutor. No nível fonológico, as unidades mínimas são compostas por: configurações de mão (CM), movimento (M), locação (L), orientação manual (Or) e expressão não manual (ENM). Segundo Ferreira-Brito (1995), são as diversas formas que a(s) mão(s) toma(m) na realização do sinal. As configurações de mão formam um conjunto em cada língua de sinais. Entretanto, na língua brasileira de sinais ainda não foi identificado quais configurações de mão compõem o conjunto de fonemas e alofones, ou seja, as possíveis variantes utilizadas no

5 país. O sinal de DIFERENTE, por exemplo, pode ser produzido com a configuração 34 ou 35 conforme o quadro de configurações. Quadro das configurações de mãos C.M Quadro retirado do livro Língua de Sinais: instrumento de avaliação, p.63 O movimento (M) é um parâmetro complexo que envolve uma ampla séria de formas e direções, desde os movimentos intensos da(s) mão(s), pulsos ou movimentos direcionados no espaço horizontal ou vertical. Segundo Ferreira-Brito (1995 p. 64) observa que:...para ocorrer o movimento é necessário haver um objeto e um espaço, sendo que, nas línguas de sinais a representação do objeto é (são) a(s) mão(s) do enunciador, enquanto o espaço em que o movimento se realiza (espaço do enunciador) é o entorno do corpo do enunciador. Os movimentos podem ser usados como morfemas, isto é, eles podem ser incorporados (afixados) a um sinal (raiz).

6 A locação (L) é o espaço em frente ao corpo ou a uma região do próprio corpo em que os sinais são articulados (Ferreira-Brito, 1995). A autora usa o termo ponto de articulação e o classifica em dois tipos, conforme o espaço onde os sinais são articulados: os sinais que são articulados no espaço neutro, próximo do corpo, e os que se aproximam de uma determinada região do corpo como cabeça, cintura ou ombro. Portanto, a locação é um dos elementos que constituem o sinal. A locação pode apresentar certa variação, por exemplo, o sinal de SABER realizado na têmpora no mesmo lado da mão que a configura, porém em outro contexto o mesmo sinal pode ser produzido mais baixo, na altura da bochecha. É uma espécie de processo fonológico análogo ao observado na fala quando há troca de som: /bolu/ ao invés de /bolo/. A orientação manual (Or) segundo a autora é a direção da palma da mão durante o sinal, ou seja, voltada para cima, para baixo, para frente etc. Durante a execução do movimento, a orientação da mão não pode se modificar. Para Quadros e Karnopp (2004) consideram a orientação da mão uma unidade fonológica, pois há mudança no significado de sinais quando a orientação da mão muda. Por exemplo, o verbo TELEFONAR, com a orientação do dorso da mão virada para frente, significa EU-TELEFONAR-VOCÊ, se for virada para o sinalizador, significa VOCÊ-TELEFONAR-EU. Assim, o participante e o objeto mudam de acordo com a orientação da palavra da mão. As expressões não manuais (ENM) referem-se aos movimentos da face, dos olhos, da cabeça ou tronco. As expressões não manuais marcam às diferenciações entre itens lexicais e sintáticas, por exemplo, sentenças interrogativas, exclamativas etc. além de dar vida ao sinal e entonação. AS VARIAÇÕES REGIONAIS DA LÍNGUA ORAL E DA LÍNGUA GESTUAL

7 Segundo Possenti (2001) as concepções da língua podem ser divididam em três pressupostos: 1 A relação entre unidade linguística e unidade política e o processo de identidade e nacionalidade; 2 A difusão de língua (s) por meio de instrumentos controlados, usados pelo ensino, ambientes naturais ou estrangeiros; 3 A capacitação em línguas, mediante programas específicos de formação. A primeira se dá na utilização efetiva tanto em escala nacional, quanto em escala mundial, isto é, quanto mais a língua é utilizada mais ela é viva e, se não usada, corre o risco de sua extinção, assim, o seu uso determina o grau de revitalização. Por outro lado, o mundo globalizado e capitalista está inserido em um mercado internacional e multiculturalista, por consequência, num canteiro linguístico, onde a política e a economia são usadas por meio das línguas oficializadas no âmbito estaduais. A língua materna é aquela que aprendemos em casa e que a temos como inata. Ao ingressar na escola, o primeiro objetivo dela é ensinar a ler e a escrever, mas a língua materna oral bem como a capacidade de comunicar e construir frases complexas com qualquer falante da língua portuguesa. No entanto, é na primeira série escolar que o aluno deverá adquirir as habilidades de leitura e escrita, mas, na realidade, o número de crianças que são reprovadas sem saber escrever ou ler corretamente é muito grande. Assim, as aulas de português não deveriam se reduzir em aulas gramaticais ; no lugar delas, deveria haver a aplicação de um material variado (jornal, revista, literatura etc.) em alta escala. Possenti (2001, p.143, 144) observa que a escrita constante, várias vezes por dia, todos os dias, faz com que o aprendizado melhore. Os professores que atuam hoje e que têm formação de mais de vinte anos aprenderam, na universidade, a considerar a língua como um fenômeno homogêneo, iniciando-se numa

8 gramática formal (sobretudo estrutural), e tomando a sentença como seu território máximo de atuação (CASTILHO, 1998 p.12). Com as novas propostas e teorias lançadas por diferentes correntes da linguística contemporâneas, a reação dos professores é de espanto e perplexidade e, em muitos casos, de recusa total. Em consequência, a rejeição de um novo sistema de ensino. Os professores que atuam nos cursos universitários e que entram em contato com essa nova proposta científica, não conseguem transformar em instrumento pedagógico efetivo para uso em sala de aula. Mesmo que alguns terminem seus cursos e queiram renovar o ensino da língua materna, vão entrar em choque com as estruturas de um sistema educacional obsoleto, pouco flexível e muito burocrático, de forma que acaba frustrando os novos educadores. Em detrimento do fracasso que ocorre nas instituições de ensino em relação à língua materna, foram feitos inúmeros trabalhos contendo discussões e propostas para uma melhoria efetiva nessa terrível situação em que se encontra o ensino no Brasil. Coseriu (1979) enfatiza a sua tríplice oposição que colabora em derrubar o conceito rígido do sistema linguístico. Ele cita que neste conjunto de fatores que impedem a prática pedagógica de ter sucesso está na compreensão restrita sobre o caráter dinâmico da língua e sua diversidade. Coseriu afirma ser possível fazer a distinção na língua de três séries de características, conforme o grau de abstração e de formalização: 1) - as características concretas, variáveis e invariáveis, dos fatos linguísticos observados nas infinitas manifestações individuais a fala; 2) - a característica normal, comum e mais ou menos constante, independentemente da função específica dos objetos primeiro grau de abstração: a norma; 3) - as características indispensáveis, isto é, funcionais segundo grau de abstração: o sistema.

9 Tendo em vista que a norma gramatical é obsoleta e antiquada, não se pode simplesmente substituir essa norma tradicional por outra atualizada, uma vez que a função da escola é ensinar a gramática, mas introduzir um novo conceito que vem sendo desenvolvido nas áreas da linguística e da educação, o conceito de letramento. Segundo Soares (1999, p.3) letramento é: Estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e de escrita que circulam na sociedade em que vive, conjugando-as com as práticas sociais de interação oral. A autora ressalta que a escrita traz consequências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas e linguísticas para o indivíduo que aprende a usá-la. Diante disso, o ensino deve ter como objetivo levar o aluno a adquirir um grau de letramento cada vez mais elevado, desenvolver nele várias habilidades e um comportamento de leitura e escrita. O ensino tradicional no Brasil limita-se a ensinar a escrita e a leitura aos alunos que estão iniciando o seu alfabetizado, tornando o uso da gramática tradicional mecânica, descontextualizadas, artificial e incoerente. Segundo Soares (1998, p.18), o problema não é só ler e escrever, mas levar a criança ou adulto a fazer o uso da leitura e da escrita envolvendo práticas sociais de leitura e escrita. Em relação ao ensino de Libras, cada país usa sua própria língua de sinais nas comunidades surdos, diferente da língua usada na mesma área geográfica. Isto ocorre porque essas línguas são independentes das línguas orais; foram produzidas dentro das comunidades surdas. Portanto, cada país tem sua própria língua, seja na língua oral ou de sinais, por exemplo, no Brasil, a língua oral é o português e na língua de sinais é a Libras; na França a língua oral é o francês e na língua de sinais é a Língua de Sinais Francesa LSF e assim por diante. Desse modo, por não ser uma língua de sinais universal, pode-se observar nas figuras os diferentes pontos de articulação, movimento etc. Como a palavra (sinal) NOME:

10 Língua de Sinais Americana ASL Língua de Sinais Brasileira - Libras Além disso, dentro de um mesmo país há variações regionais, por exemplo, na língua oral a palavra mandioca nome pelo qual é conhecida a espécie comestível e mais largamente difundia do gênero Manihot, composto por diversas variedades de raízes comestíveis. O nome dado ao manihot é maniva, de origem do oeste do Brasil (sudoeste da Amazônia). No Brasil a maniva possui muitos sinônimos usados em diferentes regiões: aipi, aipim, castelinha, macaxeira, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre e variedades como aiapuã e caiabana, ou nomes que designam apenas a raiz, como caarina. Todas se referem ao mesmo produto, mas o nome varia conforme a região, isso não significa que não conhecem, mas pelo fato de não conseguir fazer referência ao nome recebido em determinado lugar é necessário explicar para que seja compreendido. No Brasil, a Libras apresenta dialetos regionais, ou seja, apresenta as variações de sinais de uma região para outra no mesmo país. A variação é observada quando os diferentes sinais significam a mesma palavra, em alguns casos não somente o ponto de articulação (PA) é diferente como também a própria

11 configuração das mãos (CM), já outras regiões o único parâmetro de articulação diferente é a CM. Ex: O Sinal da cor verde: essa variação regional é configurada completamente diferente da outra para o mesmo significado. Rio de Janeiro São Paulo Curitiba A variação social tem variações nas configurações das mãos e/ou no movimento, porém não modifica o sentido do sinal. O ponto de articulação, movimento, orientação e direção são iguais; o que vai determinar a variação, nesse caso, é somente a configuração das mãos. Observe o sinal de avião do estado de São Paulo e do Rio de Janeiro. Sinal de avião SP Sinal de avião do RJ Portanto, os usuários da língua podem incluir o literal e o não-literal das expressões nos seus discursos, observando que o uso demasiado, provavelmente, será mal interpretado ou não compreendido. Assim, o significado, ou significados, de uma expressão linguística deve

12 apresentar características comuns compartilhadas entre os usuários da língua para que o interlocutor seja compreendido. CONSIDERAÇÕES FINAIS A língua de sinais tem seu próprio aspecto estrutural e o significado dos sinais depende da sua articulação, expressão não-manual/corporal, movimento e orientação cujas particularidades não são encontradas na língua oral-auditiva. A língua de sinais usa a modalidade vísuo-espacial a qual se distingue da modalidade oral-auditiva utilizada pelas línguas orais como a língua portuguesa. A língua de sinais tem características próprias quanto aos aspectos estruturais, por exemplo, a falta de acentuação gráfica, frases curtas, uso do verbo no infinitivo, ausência do gênero masculino e feminino, plural nas palavras, variações regionais etc. Todos esses aspectos são configurados de forma particular em Libras, ou seja, plural é realizado com a intensidade do movimento ou repetição; o gênero masculino e feminino é um único sinal para ambos, os sinais são configurados diferentes conforme a região, idade etc. Portanto a diferença entre a língua oral e a língua vísuo-espacial não está somente no seu aspecto estrutural e sim na aquisição da língua e do pensamento, ou seja, de que forma o aluno adquiriu o conhecimento, no meio do qual está inserido entre outros fatores. O processo de ensino/aprendizagem é de suma importância, pois o aluno surdo terá a oportunidade de aprender e desenvolver a escrita. Assim, dentro do contexto heterogêneo da surdez existe a participação ativa dos seus diversos falantes que trazem suas contribuições linguístico-culturais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

13 BAGNO, M & STUBBS, M. & GAGNÉ, G. Língua Materna letramento, variação & ensino. 1 ª ed, São Paulo: Parábola, CAPOVILLA, C.F. Enciclopédia Ilustrada Trilingue - Língua de Sinais Brasileira. Vol. I e II, 2 a..ed. São Paulo, COSERIU, E. Teoria da Linguagem e Linguística Geral. Rio de Janeiro: Presença/EDUSP PCNs Parâmetros Curriculares Nacionais Lei , de 24 de abril de TANYA, A F. Libras em Contexto. Programa Nacional de apoio à educação dos Surdos. 1 o.ed. Brasilia: Mec, Seesp, QUADROS, M. R. & KARNOPP, B. L. Língua de Sinais Brasileira Estudo Linguísticos. Porto Alegre: Armed, QUADROS, R. M. DE. Língua de Sinais: instrumento de avaliação. Porto Alegre: Armed, VYGOTSKY, Lev. S. Pensamento e Linguagem. 4ªed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

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