Contributo para a caracterização dos sarcomas dos tecidos moles do gato e identificação de factores de prognóstico

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1 ARTIGO DE REVISÃO REVISTA PORTUGUESA DE CIÊNCIAS VETERINÁRIAS Contributo para a caracterização dos sarcomas dos tecidos moles do gato e identificação de factores de prognóstico Characterization of soft tissue sarcomas in cats and prognostic factors identification a tribute Cristina Ochôa 1 *, Carlos Lopes 2 1 Laboratório de Patologia, Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, INRB-IP, Vairão VCD 2 Departamento de Patologia e Imunologia Molecular, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Porto Resumo: No presente trabalho foram analisados 62 sarcomas cutâneos do gato. Realizámos uma caracterização morfológica recorrendo a técnicas de histologia, histoquímica (Azul Alçião) e de imunohistoquímica com marcadores para os filamentos intermédios (vimentina, α actina de músculo liso, desmina e citoqueratina 14), para a proteína S-100 e para os linfócitos T (CD3). Foram estudadas algumas variáveis clínicas, incluindo a sobrevida dos animais, desenvolvendo esforços para a identificação de factores de prognóstico. As neoplasias ocorreram em gatos maioritariamente de raça Europeu Comum, de ambos os sexos, com idade média de 8,9 anos. A maioria dos sarcomas estava localizada na parede costal. Apresentaram frequentemente grau histológico elevado e padrão de crescimento infiltrativo. Observámos agregados linfocitários peritumorais em 58 neoplasias. Os fibrossarcomas foram o tipo histológico mais representativo do nosso estudo com 42 neoplasias, ocorrendo também 9 mixossarcomas, 8 fibro histiocitomas malignos de células gigantes, 2 tumores malignos das bainhas nervosas periféricas e um lipossarcoma mixóide. Três fibrossarcomas evidenciaram diferenciação cartilagínea e um fibrossarcoma era composto por células neoplásicas do tipo rabdomiossarcoma. As células neoplásicas revelaram padrão de imunomarcação característico dos miofibroblastos em todos os tipos histológicos. O valor da mediana para o tempo de sobrevida total para os gatos foi de 277 dias (9 meses) e para o tempo de sobrevida livre de doença de 198 dias (6 meses). O tamanho, o padrão de crescimento e a necrose das neoplasias foram associados ao prognóstico. Palavras chave: gato, sarcomas, factores de prognóstico. Summary: In this study, 62 feline soft tissue sarcomas have been evaluated by histopathology, histochemistry (Alcian Blue) and immunohistochemistry with intermediate filaments markers (vimentin, smooth muscle actin, desmin and cytokeratin 14), S-100 protein marker and CD3, a lymphoid T cell marker. We have also evaluated some clinical variables including cats survival, having developed efforts to identify prognostic factors. *Correspondência: cristina.ochoa@lniv.min-agricultura.pt Tel: ; Fax: Sarcomas affected mainly short haired breed cats, of both sexes, with 8,9 years old in inaverage.the most frequent anatomic location observed was the thoracic wall. The majority of the sarcomas presented high histological grade and infiltrative growth pattern. We observed peritumoral lymphocytic aggregates on 58 neoplasms. Fibrosarcoma was the most frequent histological type observed, 42 neoplasms. Moreover, 9 myxosarcomas, 8 giant cells malignant fibrous histiocytoma tumours, 2 malignant peripheral nerve sheath tumours and 1 myxoide liposarcoma, also ooccurred. Three fibrosarcomas showed cartilaginous differentiation and one fibrosarcoma was composed by "rhabdomyosarcoma-like" neoplastic cells. It was possible to identify myofibroblast immunopattern in all histological types. The median for time of global survival was 277 days (9 months) and for time of survival disease free was 198 days (6 months). Features such as tumour size, growth patterns and necrosis were associated with prognosis Keywords: cat; sarcomas, prognostic features. Introdução Os sarcomas dos tecidos moles aparecem com relativa frequência nos gatos. Classicamente, observam-se dois tipos distintos de apresentação clínica: a forma multicêntrica dos gatos jovens (geralmente com menos de 4 anos de idade), causado pelo Vírus do Sarcoma Felino (FeSV), um Oncornavírus da família Retroviridae, e uma forma solitária tanto nos jovens como nos adultos, em que o FeSV não parece estar implicado (Snyder, 1969; Brown et al., 1978; Hoover e Mullins, 1991; Pereira e Tavares, 1998). Em 1990 observou-se um aumento dos sarcomas solitários dérmicos e subcutâneos, em gatos de várias faixas etárias, localizados na porção dorsal do pescoço e na região interescapular (Hendrick e Goldschmidt, 1991) que diferiam das formas clássicas pela presença de infiltrado inflamatório peritumoral linfo-granulomatoso, semelhante ao descrito em reacções inflamatórias pós vacinais por Hendrick e Dunagan (1991) tendo sido designadas de "fibrossarcomas pós vacinais" 5

2 na Classificação Histológica dos Tumores Mesenquimatosos da Pele e Tecidos Moles dos Animais Domésticos, da OMS (Hendrick et al., 1998). Para além da vacinação, a inoculação parentérica de substâncias como a penicilina, a metilprednisolona, a lufenurona ou utilização de material de sutura, também já foram associadas à formação dos sarcomas no gato (Gagnon, 2000; Cohen et al., 2001). Para alguns autores, estes sarcomas têm origem em mecanismos oncogénicos diferentes dos observados nos clássicos, constituindo uma entidade patológica distinta (Kass et al., 1993; Hendrick et al., 1994b; Doddy et al., 1996). Nesta hipótese, a vacinação induziria a inflamação crónica com transformação neoplásica das células mesenquimatosas participantes no processo de reparação, os fibroblastos e os miofibroblastos (Hendrick e Dunagan, 1991; Hendrick e Goldschmidt, 1991; Dubielzig et al., 1993; Esplin et al., 1993; Kass et al., 1993; Hendrick e Brooks, 1994; Hendrick et al., 1994a; Hendrick et al., 1994b; Doddy et al., 1996; Macy e Hendrick, 1996; Schultze et al., 1997). As citocinas e os radicais livres oxidantes libertados pelas células inflamatórias, a alteração dos factores de crescimento e dos seus receptores, o Vírus do Sarcoma Felino (FeSV), a activação de oncogenes, as mutações dos genes supressores tumorais e dos genes envolvidos na apoptose (Hendrick e Brooks, 1994) interrelacionados com as características genéticas do gato, produzirão efeitos mitogénicos e perda da homeostasia celular, aumentando a possibilidade de transformação neoplásica de células tão lábeis e heterógeneas como os miofibroblastos (Bergman, 1998; Doliger e Devauchelle, 1998; Hendrick, 1998a). O presente trabalho pretende ser um contributo para o estudo das características anatomoclínicas, dos factores de prognóstico e do padrão de imunorrectividade dos sarcomas, na tentativa de compreender melhor a sua biopatologia. Com esse propósito estudaram-se algumas variáveis clínicas como o sexo, idade, raça, localização tumoral e reuniram-se informações clínicas para o estudo da sobrevida. Não foi nosso objectivo estudar o processo de cancerização nem a histogénese, que exigiriam metodologias diferentes e menos disponíveis.para o estudo dos sarcomas utilizámos as técnicas de histologia convencional, histoquímica (Azul de Alçião) e de imunohistoquímica com marcadores para os filamentos intermédios (vimentina, α actina de músculo liso, citoqueratina 14) para a proteína S-100 e para os linfócitos T (CD3). Material e métodos Neste trabalho estudaram-se 62 sarcomas dos tecidos moles de gatos, recorrendo a amostras do arquivo histológico do Laboratório de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa (n=58) e do Sector de Diagnóstico Anatomohistopatológico do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária Campus Vairão (n=4). As neoplasias, diagnosticadas entre 1999 e 2001, estavam disponíveis em blocos de parafina. Foram eliminadas do estudo todas as neoplasias cujas peças apresentavam tamanho insuficiente, limites periféricos mal definidos e localização anatómica incerta, pelo que as preparações histológicas utilizadas eram representativas do tumor, continham margens tumorais definidas e áreas de pele íntegra para controlo interno. Para o estudo da macroscopia, características da superfície de corte e tamanho das neoplasias, foram consultados os registos laboratoriais. A partir dos blocos de parafina, efectuaram-se cortes de 4 µm em micrótomo rotativo para o estudo histopatológico, histoquímico e imunohistoquímico. Os dados clínicos considerados, tais como a idade à data da primeira cirurgia, o sexo, a raça e a localização das neoplasias, descritas nas folhas de requisição para análise, foram confirmados com os clínicos assistentes por telefone. Os animais do estudo foram sujeitos a excisão cirúrgica para extirpação do tumor primário, sem tratamento adicional. O seguimento clínico foi possível para 51 animais e a data do final do estudo foi 31 de Dezembro de Foram descartados, 8 animais por impossibilidade de acesso à sua ficha clínica, 2 por abandono das consultas sem que tivesse havido possibilidade de contactar os proprietários e 1 cuja colheita da neoplasia coincidiu com o acto de necrópsia, num total de 11 animais. Foram registadas as datas da cirurgia, da primeira recidiva e a eventual data da eutanásia ou morte natural, através de contacto telefónico com o clínico veterinário assistente. Quando alguma destas informações não estava disponível, e sempre que possível, foram contactados os proprietários dos animais. Os resultados ambíguos ou incompletos foram eliminados do estudo. Estas informações foram utilizadas para a determinação dos seguintes parâmetros: Tempo de sobrevida livre de doença o intervalo de tempo (em dias) desde a data da primeira excisão até à data declarada da primeira recidiva; Tempo de sobrevida total o intervalo de tempo (em dias) desde a data da primeira excisão até à data da morte do animal ou à data final do estudo. Características histopatológicas As preparações histológicas foram coradas pela coloração de Hematoxilina e Eosina (H&E) pelo procedimento de rotina. As neoplasias foram agrupadas em 5 tipos histológicos pelos critérios morfológicos observados e padrão imunofenótipico das células neoplásicas, com base na Classificação Histológica dos Tumores Mesenquimatosos da Pele e Tecidos Moles dos Animais Domésticos da Organização Mundial da Saúde (OMS) (Hendrick et al., 1998). 6

3 Procedeu-se à avaliação do padrão de crescimento tendo-se considerado infiltrativo quando ocorria invasão e dissociação dos tecidos vizinhos pelas células neoplásicas ou expansivo quando as lesões apresentaram vários nódulos delimitados por uma fina cápsula de tecido conjuntivo. O grau histológico foi obtido adicionando os três valores da pontuação atribuídos para a diferenciação tumoral, contagem de mitoses e quantidade de necrose (ver Tabela 1), de acordo com um dos sistemas de graduação mais utilizados em Medicina Humana, o sistema FNCLCC (French Fédération Nationale des Centres de Lutte Contre le Cancer) (Fletcher et al., 2002) que tem sido adaptada em tumores animais (Couto et al., 2002; Bettini et al., 2003). Tabela 1 - Sistema de Graduação da FNCLCC: Definição de parâmetros (Adaptado de Fletcher et al., 2002) Diferenciação Tumoral: Pontuação 1: Células neoplásicas semelhantes ao tecido mesenquimatoso normal Pontuação 2: Células neoplásicas pouco diferenciadas, mas com alguma semelhança com tecido mesenquimatoso normal Pontuação 3: Células neoplásicas sem semelhança com tecido mesenquimatoso normal Contagem de Mitoses (em 10 campos a 400x): Pontuação 1: 0-9 Mitoses Pontuação 2: Mitoses Pontuação 3: 20 Mitoses Necrose Tumoral: Pontuação 0: ausente Pontuação 1: <50% Necrose Pontuação 2: 50% Necrose Grau Histológico: Grau 1: Total pontuação: 2,3 Grau 2: Total de pontuação: 4,5 Grau 3: Total de pontuação: 6,7,8 Quando presente, o infiltrado inflamatório intra e peritumoral foi avaliado em relação à intensidade, distribuição e tipo celular constituinte. A intensidade do infiltrado peritumoral foi avaliada qualitativamente (abundante, moderada, baixa ou ausente) pela observação dos agregados inflamatórios nos campos peritumorais em fraca ampliação (40x), à semelhança do realizado em outro estudo (Couto et al., 2002). Estudo histoquímico Foram avaliados os mucopolissacáridos em dez neoplasias com maior quantidade de estroma de natureza mixóide (9 mixossarcomas e um lipossarcoma mixóide). Fizeram-se dois cortes de 4 µm em micrótomo rotativo e as preparações histológicas foram submetidas em simultâneo à coloração Azul Alcião, a ph 1 e a ph 2,5 utilizando o "kit" de coloração (Bioóptica, ). Os corantes alcião unem-se aos polianiões constituídos por radicais sulfúricos e carboxílicos dos mucopolissacáridos, só reagindo com as mucinas ácidas. Para o procedimento de coloração seguiram-se as indicações do fabricante. Estudo imunohistoquímico Utilizou-se o método indirecto de Avidina-Biotina- Peroxidase (ABC) usando como cromogéneo o tetrahidrocloreto de 3 3 Diaminobenzina (DAB). As incubações foram realizadas em câmara húmida e as lavagens foram efectuadas numa solução de Tampão Tris Salino (TBS). Utilizou-se o tratamento térmico na recuperação antigénica. Para tal, os cortes foram colocados numa "cuvette" de plástico contendo Tampão Citrato de Sódio a 0,01 M (ph 6,0) e colocados em banho-maria a 99º C durante 20 minutos. Em seguida foram arrefecidos, durante 20 minutos e colocados em TBS. Após terem sido desparafinados e hidratados, os cortes colados em lâminas previamente revestidas com Poli-L-Lisina (Sigma) foram incubados durante 30 minutos numa solução aquosa de Peróxido de Hidrogénio a 3% (Merck) para a inibição da peróxidase endógena dos tecidos. Posteriormente para bloqueio de reacções inespecíficas, as preparações foram incubadas em soro normal, diluído a 1/5 em TBS. Utilizou-se soro normal de coelho (Dako, X0902) para os anticorpos monoclonais e soro normal de suíno (Dako, X0901) para os anticorpos policlonais. Seguiram-se as incubações com os anticorpos primários, de acordo com o descrito na Tabela 2. Após a exposição ao anticorpo primário, os cortes foram incubados durante 30 minutos com o anticorpo secundário biotinilado adequado, soro de coelho antiratinho (Dako, E0354) diluído a 1/400 (anticorpos monoclonais) ou soro de suíno anti-coelho (Dako, E0353) diluído a 1/500 (anticorpos policlonais). Os cortes foram incubados 30 minutos com o soro complexo Avidina-Biotina-Peroxidase (Dako, K0377) para amplificar o reconhecimento dos epítopes e utilizou-se o cromógeneo DAB (Dako, K0391) durante 8 minutos para visualizar a reacção. A reacção foi interrompida com água destilada e as preparações foram Tabela 2 - Anticorpos primários utilizados, diluições e tempos de exposição Anticorpo Tipo Referência Diluição Tempo de Incubação Anti-vimentina (Clone V9) Monoclonal Dako, M0725 1/50 60 minutos Anti-desmina (Clone D33) Monoclonal Dako, M0760 1/50 60 minutos Anti-α Actina de músculo liso (Clone 1A4) Monoclonal Dako, M0851 1/50 60 minutos Anti-S-100 Policlonal Dako, Z0311 1/ minutos Anti-citoqueratina 14 (Clone LL002) Monoclonal Serotec, MCA890H 1/10 Durante a noite Anti-CD3 Policlonal Dako, A0452 1/50 60 minutos 7

4 Tabela 3 - Classificação histológica dos sarcomas observados Tipo histológico Total n (%) Parede costal Outras localizações Mixossarcoma 9(14,5) 9 0 Fibrohistiocitoma maligno de células gigantes 8(12,9) 6 2 Tumor maligno das bainhas nervosas periféricas 2(3,2) 1 1 Lipossarcoma mixóide 1(1,6) 1 0 TOTAL 62 (100) 52 (86,7) 10 (13,3) contrastadas com Hematoxilina de Gill, durante 5 minutos, desidratadas, clarificadas e montadas com Entellan (Merck). Para todas as proteínas avaliadas utilizaram-se controlos positivos adequados e para controlo negativo utilizou-se o procedimento habitual referido anteriormente, tendo-se substituído o anticorpo primário por TBS. A imunorreactividade foi avaliada qualitativamente tendo-se considerado positiva quando a marcação ocorria no citoplasma das células neoplásicas independentemente do grau de intensidade, com excepção para a proteína S-100 em que a marcação nuclear também foi considerada. Análise estatística Os resultados foram expressos em frequências absolutas e relativas (percentagens) e para as variáveis numéricas foi calculada a média, desvio padrão, mediana e valores mínimo e máximo. As variáveis contínuas foram estudadas através dos testes t de Student ou ANOVA. Quando necessário, as variáveis foram categorizadas, utilizando a média como valor "cut off" nas variáveis numéricas. A sobrevida global foi calculada pelo método de Kaplan-Meier. Os dados foram censurados quando os gatos estavam vivos no final do estudo. As variáveis: tamanho, padrão de crescimento, necrose e grau histológico das neoplasias, foram relacionadas com o tempo de sobrevida total. Foram calculadas as medianas da sobrevida total para cada uma das categorias, e as diferenças entre os grupos foram comparadas pelo teste de log-rank, com o objectivo de estudar a sua importância como possíveis factores de prognóstico. As associações encontradas foram consideradas significativas para valores de p <0,05. os animais apresentavam neoformações cutâneas distribuídas maioritariamente na parede costal (86.7%) ocorrendo também na mama (6,5%, n=4), no membro (3,2%, n=2), na axila (1,6%, n=1), no sacro (3,2%, n=2) e na zona inguinal (1,6%, n=1). Dos 51 gatos utilizados no estudo de sobrevida, 4 apresentaram sintomas de metástases (7,8%), recorrendo à consulta com estado de saúde precário, com dispneia grave (confirmação radiográfica em 2 casos) e linfadenomegália inguinal num caso. O valor da mediana do tempo de sobrevida total foi de 277 dias (9 meses), variando entre os 19 a 1263 dias (42 meses). No final do estudo o total de animais mortos foi de 38 (74,5%). Permaneciam vivos 13 animais (25,5%). Dois destes casos apresentaram tempos de sobrevida superiores a 1000 dias. Foram observadas recidivas em 44 casos (86,3%) e o tempo mediano do seu aparecimento foi de 198 dias (6,6 meses), variando entre 19 a 515 dias. Apenas 3 animais apresentaram tempos de primeira recidiva superiores a 1 ano. Caracterização das neoplasias Os sarcomas foram agrupados em fibrossarcomas, mixossarcomas, fibrohistiocitoma maligno de células gigantes, tumores malignos das bainhas nervosas periféricas e lipossarcoma mixóide (Tabela 3). Os fibrossarcomas (Figura 1) foram o tipo histológico mais representativo do nosso estudo, num total de 42 neoplasias. Eram caracterizados por densidade celular elevada e células neoplásicas fusiformes, com acentuado pleomorfismo citonuclear organizados em feixes multidireccionais. Resultados No nosso estudo utilizámos 62 gatos, com idades compreendidas entre os 8 meses e os 20 anos, à data da cirurgia, sendo a média de idade de 8,9 anos (desvio padrão=2,9). As neoplasias ocorreram em 32 machos (51,6%) e 30 fêmeas (48,4%). A raça Europeu Comum foi a predominante, 49 gatos (79,0%), estando também representadas as raças Siamesa (14,5 %, n= 9), Persa (4,9%, n=3) e Bosque da Noruega (1,6%, n=1). Todos Figura 1 - Fibrossarcoma composto por feixes multidireccionados de células neoplásicas fusiformes. Anisocitose e hemorragia. H&E.100x 8

5 Dentro deste grupo, destacámos três neoplasias (Figura 2), multinodulares, compostas por pequenas células indiferenciadas misturadas em ilhotas de cartilagem hialina que ocupavam a quase totalidade das massas neoplásicas. Nos fibro-histiocitomas malignos, variante de células gigantes (Figura 5) observámos a presença de abundantes células gigantes multinucleadas do tipo osteoclasto, num substrato de células neoplásicas fusiformes, de núcleos ovóides a redondos. Figura 2 - Fibrossarcoma evidenciando diferenciação cartilagínea. H&E, 200x Outra das neoplasias (Figura 3) enquadrada neste grupo era composta na sua totalidade por células redondas bastante atípicas, com citoplasma claro, eosinófilo e abundante, com um ou dois núcleos, encostados à periferia, sugerindo imagens de células neoplásicas do tipo rabdomiossarcoma. Figura 5 - Fibro-histiocitoma maligno, variante de células gigantes. Células gigantes multinucleadas reactivas, não neoplásicas ou do tipo osteoclasto H&E.100x Os tumores malignos das bainhas nervosas periféricas caracterizaram-se pela presença de fascículos multidireccionados de células fusiformes pequenas, ocasionalmente justapostas em paliçada (Figura 6). Figura 3 - Fibrossarcoma composto por células neoplásicas pleomórficas com abundante citoplasma eosinofilico do tipo "rabdomiossarcoma". H&E.200x Os mixossarcomas (Figura 4) apresentaram estroma de mucopolissarídeos ácidos moderado a abundante. No geral, apresentaram áreas hipocelulares com células neoplásicas dispostas perpendicularmente a finos septos de tecido conjuntivo, e produção de mucina, para o centro da lesão, frequentemente necrosado. Figura 6 - Tumor Maligno das Bainhas Nervosas Periféricas, localizado no membro posterior e intimamente relacionado com a presença de nervos periféricos. Células neoplásicas justapostas em paliçada. H&E.100x O lipossarcoma mixóide (Figura 7) apresentava áreas menos densas, de matriz do tipo mixóide, com células de características fusiformes a poligonais. As células poligonais dispersas na matriz possuíam, por vezes, vacúolos lipídicos múltiplos e de variados tamanhos, que deformavam as células e indentavam o núcleo, revelando diferenciação no sentido do lipoblasto. Figura 4 - Mixossarcoma com estroma mixóide moderado. Anisocitose e anisocariose das células neoplásicas. H&E.100x Figura 7 - Lipossarcoma Mixóide. Estroma de natureza mixóide moderado, células estreladas e contendo vacúolos lipídicos. H&E.100x 9

6 Padrão de crescimento Observámos padrão de crescimento infiltrativo com invasão e dissociação dos tecidos vizinhos em 48 sarcomas. Os restantes apresentaram vários nódulos delimitados por uma fina cápsula de tecido conjuntivo e padrão de crescimento expansivo, estando representados nesta categoria cinco fibrossarcomas (dois dos quais com diferenciação cartilagínea), cinco mixossarcomas e quatro fibrohistiocitomas malignos de células gigantes. Imunorreactividade das células neoplásicas aos filamentos intermédios e proteína S-100 As células neoplásicas revelaram imunorreactividade de padrão difuso para o marcador vimentina em todos os tipos histológicos (Figura 8). Este filamento intermédio tradicionalmente associado a células mesenquimatosas, esteve presente numa grande variedade de células, tendo sido identificado em fibroblastos, condroblastos, células musculares lisas e endotélio. A expressão das células neoplásicas aos filamentos intermédios desmina, α actina de músculo liso e à proteína S-100 foi variável (Tabela 4), tendo sido utilizada na determinação da sua linha de diferenciação. O anticorpo anti-desmina apresentou marcação focal em quatro das neoplasias estudadas, ocorrendo também no músculo esquelético e de forma variável nos vasos. O marcador anti-α actina de músculo liso apresentou ampla distribuição nos sarcomas tendo-se observado imunorreatividade em todos os tipos histológicos. Foi possível identificar imunofenótipo miofibroblasto em todos os tipos histológicos, num total de 50 neoplasias, das quais 46 expressaram antigénios vimentina/α actina (tipo VA), 2 vimentina/α actina/desmina (tipo VAD) e 2 vimentina/desmina (tipo VD). O anticorpo anti-proteína S-100 foi útil na identificação dos tumores com origem nas baínhas nervosas periféricas. Estas neoplasias eram compostas por células intensamente imunorreactivas a este marcador (Figura 9). As células com diferenciação cartilagínea e lipoblástica também foram imunorreactivas a este marcador (Figuras 10 e 11). A imunorreactividade ao marcador citoqueratina 14 foi avaliada nas neoplasias localizadas na mama. Esta proteína, em geral presente nas células mioepiteliais Figura 8 - Fibrossarcoma Imunorreactividade ao marcador vimentina. Intensa marcação citoplasmática. ABComplex-HRP, 200X Figura 9 -Tumor maligno das bainhas nervosas periféricas. Imunorreactividade ao marcador proteína S-100. ABComplex-HRP, 100X Figura 10 - Fibrossarcoma. Imunorreactividade ao marcador proteína S-100. Intensa marcação das células de diferenciação cartilagínea. ABComplex-HRP, 100X Tabela 4 - Expressão dos marcadores desmina,α actina e proteína S-100 das células neoplásicas nos diferentes tipos histológicos. FMCG- Fibrohistiocitoma maligno de células gigantes. TMBN- Tumor maligno das bainhas nervosas. Tipo Histológico Desmina (n/t) α Actina (n/t) S-100 (n/t) % % % Fibrossarcoma 2/42 1/42 _ 7,1 6/42 12/42 18/42 85,7 2/42 _ 3/42 11,9 Mixossarcoma 1/9 11,1 1/9 1/9 1/9 33,3 1/9 11,1 FMCG _ 0 _ 1/8 5/8 75 2/8 25 TMBN _ 0 _ 1/2 1/ /2 100 Lipossarcoma _ 0 1/ /

7 (Figura 12), o padrão de crescimento expansivo (Figura 13) e a ausência de necrose (Figura14) revelaram-se factores de prognóstico favoráveis. Não foram observadas diferenças significativas entre a sobrevida total e o grau histológico (p=0,32). Figura 11 - Lipossarcoma mixóide. Imunorreactividade ao marcador proteína S-100. Intensa marcação das células de diferenciação lipoblástica. ABComplex-HRP, 200x da mama, não foi evidenciada nestes sarcomas. Assim excluímos a hipótese de estarmos a abranger no nosso estudo mioepiteliomas malignos da mama. Graduação histológica Dos 62 sarcomas do nosso estudo, 51 apresentaram grau histológico 3 (82,3%), 10 apresentaram grau 2 (16,1%) e uma apresentou grau 1 (1,6%). O grau histológico esteve associado à localização tumoral (p=0,02), tendo-se verificado que 88,4% das neoplasias de grau 3 e 70% das neoplasias de grau 2 estavam localizadas na parede costal. Os mixossarcomas, os fibrohistiocitomas malignos de células gigantes e o lipossarcoma mixóide da nossa série de neoplasias apresentaram sempre grau 3. Infiltrado inflamatório A presença de infiltrado inflamatório peritumoral foi observada em 58 neoplasias. Era constituído por células do tipo linfo-plasmocitário e macrofágico, organizado em agregados foliculares linfogranulomatosos, perivasculares ou em pequenos folículos. Observámos linfócitos imunorreactivos ao anticorpo anti-cd3, o que sugere a presença dos linfócitos T nestes agregados. Em 20 neoplasias (32,3%) observou-se a presença de linfócitos intratumorais. Em 12 neoplasias, foi possível observar grandes quantidades de neutrófilos nas proximidades de áreas necrosadas. Em duas neoplasias localizadas na parede costal, observaram-se aglomerados de células macrofágicas, compatíveis com células espumosas. O infiltrado inflamatório esteve associado a neoplasias localizadas na parede costal (p=0,000001) e de elevado grau histológico (p=0,03). Estudo dos factores de prognóstico O tamanho (p=0,02), o padrão de crescimento (p=0,04) e a necrose das neoplasias (p=0,05) influenciaram a sobrevida dos animais. As menores dimensões Figura 12 - Curva de sobrevida e o efeito do tamanho das neoplasias (p=0,02). Figura 13 - Curva de sobrevida e o efeito da variável patológica padrão de crescimento (p=0,04). Figura 14 -Curva de sobrevida e o efeito da variável patológica necrose (p=0,05). Discussão Os sarcomas estudados ocorreram em gatos com idade média de 8,9 anos, não se observando predisposição entre sexos, o que está de acordo com a literatura consultada (Kass et al, 1993 ;Hendrick et al., 1994b; Doddy et al., 1996; Lester et al., 1996; Davidson et al., 1997; Cronin et al., 1998; Doliger e 11

8 Davauchelle, 1998; Hershey et al., 2000; Cohen et al., 2001; Couto et al., 2002; Kobayashi et al., A raça Europeu Comum foi a mais frequentemente observada neste estudo. Este facto pode reflectir a sua maior frequência em Portugal. No entanto, existem vários estudos em que o mesmo foi observado (Brown et al., 1978; Bostock e Dye, 1979; Davidson et al., 1997; Cronin et al., 1998; Hershey et al., 2000; Cohen et al., 2001; Kobayashi et al., 2002). As neoplasias estavam preferencialmente localizadas em áreas anatómicas para a vacinação (parede costal). Estas apresentaram características histopatológicas de maior malignidade relativamente às localizadas em outras regiões. Este facto, também observado em estudos anteriores (Doddy et al., 1996) sugere origem iatrogénica para estas neoplasias (Hendrick e Goldschmidt, 1991; Doliger et al., 1992; Kass et al., 1993; Esplin et al., 1993; Gruffydd-Jones e Sparkes, 1994; Hendrick et al., 1994b; Doddy et al., 1996; Davidson et al., 1997; Macy e Hendrick, 1996; Cohen et al., 2001; Doliger e Devauchelle, 1998; Gagnon, 2000; Gobar e Kass, 2002). Neste estudo, os gatos foram sujeitos ao tratamento cirúrgico para a extirpação do tumor primário, sem recurso a terapias adicionais e apresentaram valor mediano para a sobrevida total de 277 dias (9 meses), ou seja menor sobrevida do que a apresentada em estudos anteriores (Brown et al., 1978; Bostock & Dye, 1979; Davidson et al., 1997; Hershey et al., 2000). Têm sido publicados vários trabalhos sobre a utilização de múltiplas modalidades terapêuticas, tendo-se observado aumento dos tempos de sobrevida total para os gatos recorrendo à radioterapia neoadjuvante (Macy & Bergman, 1995; Couto & Macy, 1998; Cronin et al., 1998; Doliger & Devauchelle, 1998), radioterapia adjuvante (Couto & Macy, 1998; Bregazzi et al., 2001), radioterapia intersticial e imunogenoterapia (Macy & Bergman, 1995; Doliger & Devauchelle, 1998). Outros tratamentos incluíram a criocirurgia e a imunoterapia adjuvante com ou sem quimioterapia, mas sem grande sucesso (Brown et al., 1978; Miller et al., 1991). A utilização da quimioterapia adjuvante com ou sem radioterapia já foi avaliada, mas a sua importância permanece controversa. Foram utilizados vários agentes quimioterápicos, como a metotrexato (Brown et al., 1978), adriamicina (Macy & Bergman, 1995; Doliger & Devauchelle, 1998), doxorrubicina (Cronin et al., 1998; Barber et al., 2000; Cohen et al., 2001; Kobayashi et al., 2002), vincristina (Brown et al., 1978; Kobayashi et al., 2002), ciclofosfamida (Brown et al., 1978; Cohen et al., 2001 Kobayashi et al., 2002) e a carboplatina (Kobayashi et al., 2002). O nosso estudo parece reforçar a ideia de que a cirurgia por si só, não parece ser suficiente, no tratamento dos sarcomas felinos reforçando a necessidade de pesquisar novas formas de tratamento. A utilização destas terapias em Medicina Veterinária, é, no entanto condicionada pela sua grande exigência quer em recursos económicos quer técnicos, sendo a extirpação cirúrgica a principal terapêutica. A precocidade da intervenção e a extensão alargada da exerése são factores que contribuem para o sucesso do tratamento cirúrgico (Brown et al., 1978; Bostock & Dye, 1979; Davidson et al., 1997; Devauchelle et al., 1997; Doliger & Devauchelle, 1998; Couto & Macy, 1998; Hershey et al., 2000). No nosso estudo 86,3% dos gatos apresentaram recidivas. A frequência de recidivas foi superior à descrita em outros estudos, que ronda os 30 a 60% (Couto & Macy, 1998; Hershey et al., 2000; Cohen et al., 2001; Kobayashi et al., 2002). O tempo mediano do seu aparecimento foi de 198 dias (6,6 meses). Foram registadas quatro mortes associadas a metastização neoplásica dos sarcomas, correspondendo a 7,8% dos animais avaliados neste estudo. Este valor pode ser um número abaixo do valor real, pois, alguns animais permaneciam em risco no final do estudo e não foram clinicamente avaliados e noutros casos, a sua detecção não foi possível pela ausência de necrópsias. Alguns estudos sugerem que a metastização destas neoplasias seja mais frequente, do que inicialmente se pensava, atingindo 10 a 25% dos gatos (Couto & Macy et al., 1998; Cronin et al., 1998; Hershey et al., 2000; Kobayashi et al., 2002). Pela sintomatologia descrita as metástases ocorreram sobretudo no pulmão e nos linfonodos. Estudos anteriores citam os pulmões como os órgãos mais afectados, seguidos dos linfonodos regionais, rim, baço, intestino, pele, esqueleto e fígado (Brown et al., 1978; Bostock & Dye, 1979; Hendrick et al., 1994b; Esplin et al., 1996; Davidson et al., 1997; Couto & Macy, 1998; Cronin et al., 1998; Hershey et al., 2000; Kobayashi et al., 2002). Os fibrossarcomas representaram 67,7% das neoplasias estudadas. Foram na sua maioria, morfologicamente semelhantes ao "fibrossarcoma pós-vacinal felino", descrito na Classificação Histológica dos Tumores Mesenquimatosos da Pele e Tecidos Moles dos Animais Domésticos da OMS (Hendrick et al., 1998). No entanto, dentro deste grupo, incluímos neoplasias com características morfológicas particulares. Três fibrossarcomas evidenciaram diferenciação cartilagínea e um fibrossarcoma era composto por células neoplásicas do tipo rabdóide. A criação em classificações futuras, dos subtipos histológicos - condrossacoma e de sarcoma do "tipo rabdomiossacoma"- para os sarcomas pós vacinais no gato, permitiria caracterizar com mais pormenor, neoplasias com características semelhantes às observadas neste estudo. Estes tipos histológicos já foram referenciados na literatura, tendo-se identificado também os osteossarcomas e os hemangiossacomas (Hendrick & Brooks, 1994; Macy & Bergman, 1995; Doddy et al., 1996; Lester et al., 1996; Coyne et al., 1997; Hershey et al., 2000; Cohen et al., 2001). 12

9 As neoplasias do nosso estudo eram maioritariamente compostas por miofibroblastos, reconhecidos pelo padrão de imunomarcação. As células neoplásicas expressaram antigénios vimentina/α actina (tipo VA), vimentina/α actina/desmina (tipo VAD) e vimentina/ desmina (tipo VD). É geralmente aceite que os miofibroblastos representam células "transicionais" entre fibroblastos e células musculares lisas sendo caracterizados pelos seus imunofenótipos diversos, podendo ocorrer variações dentro da mesma lesão à medida que esta progride (Mentzel e Fletcher, 1997). Na literatura consultada encontramos referências da ocorrência de sarcomas miofibroblásticos no gato (Dubielzig et al., 1993; Doliger & Devauchelle, 1998), assim como da presença de miofibroblastos, estreitamente associadas aos sarcomas felinos (Hendrick & Brooks, 1994; Hendrick et al., 1994b; Doddy et al., 1996; Couto et al., 2002). Já foi possível, inclusive, a identificação dos miofibroblastos em estudos de ultraestrutura (Dubielzig et al., 1993; Hershey et al., 2000; Madewell et al., 2001). Com o advento da imunohistoquímica, os miofibroblastos foram reconhecidos com maior frequência numa grande variedade de tecidos normais e patológicos. As cicatrizes e as fibromatoses, pelo menos inicialmente são compostas por miofibroblastos proliferativos, contudo à medida que as lesões envelhecem ou hialinizam, as células com as características de fibroblastos maduros tornam-se progressivamente mais predominantes (Mentzel & Fletcher, 1997; Coffin & Fletcher, 2002). Os miofibroblastos, além de participarem em respostas reparativas e na resposta estromal de neoplasias, representam ainda um componente importante de numerosas neoplasias mesenquimatosas malignas e benignas (Miettinen, 1988; Roche, 1990; Mentzel & Fletcher, 1997). Para alguns autores, os sarcomas miofibroblásticos são provavelmente mais frequentes do que se pensava e incluem grande variedade de formas clínico-patológicas. O estabelecimento do miofibroblasto como tipo celular distinto não só veio aumentar o nosso entendimento da biologia das células mesenquimatosas e da sua plasticidade fenotípica, como também veio permitir uma melhor caracterização das lesões mesenquimatosas reactivas, benignas ou malignas (Mentzel & Fletcher, 1997; Couto et al., 2002). A presença de infiltrado inflamatório peritumoral foi observada em 93,5% dos sarcomas do nosso estudo. Alguns autores sugerem que a pseudocápsula de miofibroblastos, geralmente presente nestas neoplasias, será responsável por exercer uma barreira mecânica que impede a penetração de linfócitos e de macrófagos na massa neoplásica, formando-se agregados foliculares peritumorais (Couto et al., 2002). Os folículos linfóides observados na periferia dos tumores revelaram a presença de linfócitos com imunofenótipo T. Esta observação está de acordo com o descrito em estudos anteriores (Hendrick, 1998b; Couto et al., 2002). A caracterização da população linfocitária, associada a este tipo tumoral parece importante para desvendar o papel que desempenham na patogenia, já que a inflamação pode ter um papel preponderante na carcinogénese e na progressão tumoral. Os linfócitos T activados e os macrófagos produzem várias citocinas indutoras de angiogénese e providenciam mitogénios potentes para os fibroblastos, influenciando diversas actividades enzimáticas envolvidas na remodelação da matriz extra-celular (Tazawa et al., 2003; Pikarsky E. et al., 2004). Hendrick, (1998b) identificou imunorreactividade a factores de crescimento, tais como PDGF (factor de crescimento derivado das plaquetas) em linfócitos e ao seu receptor nos macrófagos associados aos sarcomas pós vacinais do gato. Estes dados sugerem que os linfócitos secretam PDGF para o recrutamento de macrófagos e causam proliferação de fibroblastos. Os factores de crescimento representam reguladores importantes no crescimento celular normal e neoplásico e podem indicar auto-estimulação do crescimento tumoral e reflectir comportamento biológico mais adverso (Calonje e Fletcher, 1995). A localização tumoral (Bostock e Dye, 1979; Hendrick et al., 1994b; Hershey et al., 2000), o índice mitótico (Bostock e Dye, 1979), o tipo de excisão cirúrgica (Bostock e Dye, 1979; Hershey et al., 2000; Cohen et al., 2001; Kobayashi et al., 2002), as margens cirúrgicas livres de células neoplásicas (Cronin et al., 1998, Doliger e Devauchelle, 1998; Hershey et al., 2000; Kobayashi et al., 2002), o tamanho da neoplasia, a presença de metástases e a precocidade da radioterapia adjuvante (Cohen et al., 2001) já foram significativamente associados com a sobrevida total. Foi objectivo do nosso trabalho reconhecer factores de prognóstico associados aos sarcomas nos parâmetros estudados. As neoplasias de menores dimensões, com padrão de crescimento expansivo e ausência de necrose estiveram associadas a melhor prognóstico. Estas características permitem uma abordagem cirúrgica mais eficaz. A necrose está também relacionada com o rápido crescimento neoplásico e elevado tamanho das neoplasias. Estes factores já foram relacionados, por outros autores, com tempos de sobrevida menores (Bostock e Dye, 1979; Davidson et al., 1997; Cronin et al., 1998; Hershey et al., 2000; Cohen et al., 2001; Kobayashi et al., 2002). Esta observação permite-nos sugerir que o tamanho das neoplasias seja considerado na avaliação do estadiamento dos gatos, à semelhança do que ocorre em outras espécies (Clemo et al., 1994; Queiroga e Lopes, 2002). O grau histológico não revelou associação estatística significativa com a sobrevida total à semelhança do observado num estudo anterior (Davidson et al., 1997). Este facto pode ser atribuído à tendência da maioria dos sarcomas apresentarem grau elevado de 13

10 malignidade. A determinação do grau histológico foi baseada na observação histológica das neoplasias e não exigiu procedimentos diferentes para além dos convencionais utilizados num laboratório de Histopatologia. Desta forma sugere-se a sua aplicação nos diagnósticos de rotina. A caracterização do grau histológico disponibiliza ao clínico informação adicional sobre a agressividade biológica destas neoplasias. Estudos futuros são necessários para a sua avaliação, de forma a ser considerado como factor de prognóstico para os sarcomas, tal como observado em Medicina Humana (Jensen et al., 1998; Fletcher et al., 2002). Agradecimentos Ao Prof. Doutor Júlio Carvalheira pela colaboração prestada na análise estatística dos dados; à Cláudia Capela e à Fátima Falcão pela colaboração na realização dos procedimentos técnicos. Bibliografia Barber LG, Sorenmo KU, Cronin KL, Shofer FS (2000). Combined doxorrubicin and cyclophosphamide chemotherapy for nonresectable feline fibrosarcoma. 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