Elementos de um Sistema de Canais de Enchimento. Molde com Apartação Horizontal. Peça

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1 Aula 03: Escoamento de metais líquidos Canais de Enchimento 1. Introdução Configuração dos Canais de Enchimento elementos e suas funções. Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Escoamento de Metais em Canais. Turbulência e número de Reynolds. Lei da Continuidade. Perda de Cargas. Coeficiente de Perda de Cargas. 2. Elementos dos Relações de Escalonamento (relações de áreas) Sistemas Pressurizados e Sistemas Despressurizados. Bacia de Vazamento. Canal de Descida. Canais de Distribuição e Ataque. Posicionamento dos Ataques com Relação ao Canal de Distribuição. Sistemas Verticais de Enchimento. 3. Projeto dos sistemas de canais de enchimento Determinação do Tempo de Enchimento da Peça. - Determinação da Velocidade Método da Seção de Choque. Elementos de um Sistema de Canais de Enchimento Molde com Apartação Horizontal Introdução Canal de Base Peça Canal de Descida: Geralmente vertical e de seção transversal circular, direciona o metal da bacia de enchimento até o canal de base. Canal Base: Modifica a direção do metal através de um ângulo reto e envia para o canal de distribuição; Canal de Distribuição: Conduz o metal através do molde. Canais de Ataque: determinam a velocidade de enchimento da cavidade (peça). Existem outros elementos como filtros ou retentores de escórias que podem ser instalados entre o canal de distribuição e o canal de ataque com objetivo de reter drosses ou inclusões; 1

2 Introdução Introdução Sistema de canais horizontal composto de: (a) Copo ou funil, (b) Canal de descida, (c) Canal de distribuição, (d) Canais de Ataque. 2

3 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Turbulência e Número de Reynolds Re = (v.d) / υ v = velocidade do fluído d = diâmetro hidráulico do canal υ = viscosidade cinemática do líquido υ = µ / δ cm / s C.G.S. µ = viscosidade dinâmica (centipoise) δ = densidade do líquido (g/cm 3 ) Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Valores de Viscosidade Cinemática para alguns Líquidos Líquido Viscosidade Cinemática (cm /s) Temperatura ( 0 C ) Água 1,00 20 Alumínio 1, F 0 F 0 Cinzento 0, F 0 F 0 Branco 0, Cobre 0, Ferro 0, Fe - 0,75%C 1, Fe 3,4% C 1, Chumbo 0, Magnésio 0, Mercúrio 0, Ligas Metálicas 0,1/1,5 S =

4 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Fluxo Laminar Re < 2000 Fluxo Turbulento 2000 Re Fluxo Severamente Turbulento Re Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Fluxo de Metal na maioria dos casos Reais em Fundição Turbulento Critério no Cálculo de Canais de Enchimento Manutenção de Re < Consequência Prática Para Re < a turbulência é mais interna ao fluxo, com uma fina camada junto à parede Evita-se a quebra da camada de óxido formada na superfície do líquido e sua introdução no seio do líquido 4

5 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Turbulência do metal líquido durante o enchimento de uma peça fundida Desenho esquemático da formação de filmes de óxidos durante o escoamento turbulento de uma liga de alumínio Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Lei da Continuidade Em um canal fechado completamente cheio, a vazão é constante, independentemente de variações locais da velocidade ou da área transversal Q = v 1. A 1 = v 2. A 2 v 1 e v 2 = velocidades no pontos 1 e 2 (cm/s) A 1 e A 2 = áreas da seções transversais nos pontos 1 e 2 (cm 2 ) Q = vazão do líquido em todos os pontos do canal (cm 3 /s) 5

6 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Schematic illustrating the application of Bernoulli's theorem to a gating system Fonte: J.F. Wallace and E.B. Evans, Principles of Gating, Foundry, Vol 87, Oct Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Perdas de Carga Em todo o Sistema Real Ocorrência de perda por atrito decorrentes da interação entre as paredes dos canais e o líquido que possui certa viscosidade. Perdas localizadas devido às mudanças de direção e dimensões dos canais Em Fluxos Turbulentos Perdas adicionais devidos às características do fluxo Efeitos de atrito internos à massa líquida 6

7 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Zonas com Desligamento de Fluxo Situações de Perda Localizada por Variação de Seção Ocorrência de Desligamento entre o fluxo e as paredes Aparecimento de regiões de baixa pressão Conseqüência Prática: aspiração de ar e gases resultando em defeitos. Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Aumento de seção Redução de seção Representação esquemática mostrando a formação de áreas de baixa pressão devido a variações abruptas na seção transversal de um conduto 7

8 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Situações de Perda Localizada por Mudança de Direção Ocorrência de Desligamento entre o fluxo e as paredes Aparecimento de regiões de baixa pressão Zonas com Desligamento de Fluxo Conseqüência Prática: aspiração de ar e gases resultando em defeitos. Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais (a) Turbulência devido a presença de canto vivo (b) Aspiração de ar devido a presença de canto vivo (c) Uso de arredondamentos minimizando a turbulência e a aspiração de ar. Esquema mostrando o fluxo de um fluído com mudança na direção do fluxo. 8

9 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Considerando-se as perdas por atrito, o cálculo da velocidade em algumas seções de área A, no sistema fica: v = 2. g. h. 1/ ( 1 + K n (A / A n ) 2 K n = coeficiente tabelado A = área do ponto onde ser quer a velocidade α = coeficiente global de perdas A n = áreas de perda Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais h Effect of pressure head and change in gate design on the velocity of metal flow. A, 90 bend; B, r/d = 1; C, r/d = 6; D, multiple 90 bends. The variables r and d are the radius of curvature and the diameter of the runner, respectively. J.G. Fonte: J. G. Sylvia, Cast Metals Technology, Addison-Wesley,

10 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Tipo de Perda Entrada da Bacia para o Canal de Descida Coeficiente Sem Concordância 0,75 Com Concordância 0,20 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Tipo de Perda Junção Descida/Distribuição Sem Concordância - Com Concordância - Sem Concordância - Coeficiente 2,0 1,5 1,5 Com Concordância - 1,0 10

11 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Tipo de Perda Coeficiente Junção em I 2,0 Junção Distribuição/Ataque Sem Concordância 2,0 Com Concordância 0,5 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes Globais de Perda sugeridos por Wallace e Evans para Sistemas Despressurizados Tipos de Sistemas Canal de Descida Afunilad o Canal de Descida Reto e Estrangulamento na Distribuição 01 Canal de Distribuição 0,90 0,73 02 Canais de Distribuição, com vários ataques, sem mudança de direção no canal 02 Canais de Distribuição, com vários ataques, mudanças de direção de 90 0 no canal 0,90 0,73 0,85 0,70 11

12 ELEMENTOS DOS SISTEMAS DE CANAIS Relações de Áreas ou Escalonamento Sistemas Pressurizados A seção menor corresponde aos Ataques Sistemas Despressurizados A seção menor corresponde ao Canal de Descida Idéia Básica Aumentar ou diminuir a velocidade do fluxo a partir da diminuição ou aumento das áreas Elementos dos Sistema Pressurizado Razão 1:0,75:0,5 Sistema Despressurizado Razão 1:3:3 12

13 Elementos dos Relação de Áreas (Escalonamento) Indica a proporção de área dos três componentes básicos do sistema Área Descida : Área Distribuição Área Descida Área Descida : Área Ataque Área Descida 1 : A 1 : A 2 Sistemas Pressurizados A 2 < 1 Sistemas Despressurizados A 2 > 1 Elementos dos Vantagens dos Sistemas Pressurizados Sistemas Mais Leves Sistemas é forçado a trabalhar cheio Maior Rendimento Metálico Favorece fluxo uniforme e separação de inclusões de escórias e areias 13

14 Elementos dos Desvantagens dos Sistemas Pressurizados Perigo de erosão do molde Aumento da Velocidade do Fluxo Provoca forte turbulência na entrada do jato de metal na cavidade da peça. Favorecimento à oxidação e formação de drosses. Aspiração de gases e ar em mudanças de seção e de direção Elementos dos Sistemas Despressurizados Indicados para ligas muito oxidáveis Desvantagens dos Sistemas Despressurizados Possibilidade de aspiração de ar nos alargamentos de seção. Possibilidade de preenchimento incompleto dos canais. Menor Rendimento Metálico 14

15 Elementos dos Copo ou Funil de Vazamento Utilizados para moldes de pequeno porte Bacias de Vazamento Elementos dos Vantagens da utilização de bacias de vazamento: Estabelece um fluxo mais regular, menos dependente do vazador. Favorece a retenção de inclusões. Dificulta a entrada de ar junto com o fluxo de metal. 15

16 Elementos dos Seção longitudinal Ideal para uma Bacia de Vazamento Elementos dos Canal de Descida V = 2.g.h. 1/α Velocidade adquirida por um fluxo de metal em um canal de descida. h = distância a partir do nível do metal na bacia de vazamento Quanto mais o fluxo desce, maior será a sua velocidade, como a vazão ao longo do canal é constante. Necessidade de redução progressiva na área da seção transversal 16

17 Elementos dos Conicidade Ideal do Canal de Descida A h h x A x = ( h / x ). A n A x Caso não se altere a área da seção transversal, tem-se turbulência e aspiração de ar Elementos dos Depressão e aspiração de ar (a) (b) (c) Representação esquemática mostrando, (a) Fluxo natural de um fluído livre, (b) Aspiração de ar induzida pelo fluxo de líquido em um conduto com paredes retas, (c) fluxo de líquido em um conduto cônico. 17

18 Elementos dos Recursos a serem utilizados quando não é possível reduzir a seção do canal de descida Uso de macho estrangulador Estreitamento no início do canal de distribuição Elementos dos Canal de Descida Seção Transversal Sistemas Pressurizados Seções quadradas ou retangulares são melhores do que seções circulares no sentido de evitar a formação de vórtices. h A s A c. H / h A s A c H A c = Área dos Ataques A s = Área da Descida 18

19 Projeto de Ferramentais I Prof. Dr. Guilherme Verran Elementos dos Canais de Distribuição e Ataque Aspecto mais Importante Distribuição de Fluxo pelos diversos Ataques Fatores que influem na Distribuição do Fluxo : Relação de áreas (distribuição-ataque) Configuração do Canal de Distribuição Posicionamento do Canal de Descida Projeto de Ferramentais I Prof. Dr. Guilherme Verran Elementos dos Applying Bernoulli's theorem to flow from a runner at two ingates for a filled system and comparing velocity and pressure at the ingates for two runner configurations. (a) Same runner cross section at both ingates. (b) Stepped runner providing two different runner cross sections at each ingate. Source: J.F. Wallace and E.B. Evans, Principles of Gating, Foundry, Vol 87, Oct

20 Posicionamento dos Ataques em Relação ao Canal de Distribuição Localização dos Ataques na Parte Inferior do Canal de Distribuição Sistemas Pressurizados Elementos dos Localização dos Ataques na Parte Superior do Canal de Distribuição Sistemas Despressurizados Utilização de filtros cerâmicos Gating system designs for optimizing the effectiveness of ceramic filters in horizontally parted molds having sprue:filter:runner:ingate cross-sectional area ratios of 1:3-6:1.1:1.2 (a) and 1.2:3-6:1.0:1.1 (b). 20

21 Posicionamento dos filtros cerâmicos sistema de enchimento. Utilização de filtros cerâmicos Filtros de espuma cerâmica Filtro cerâmico tipo tela Filtro posicionado junto ao canal de descida 21

22 Several common filtration and flow modification devices (from left to right): strainer core, extruded ceramic filter, ceramic foam filter, mica screen, and woven fabric screen. The two types of ceramic filters are by far the most widely used. Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Sistema Simples Má distribuição de Fluxo Maior parte do metal passa pelo canal inferior. 22

23 Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Sistema com Angulo Diminui a Energia Cinética Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Sistema com Canal de Distribuição Invertido Equalização do fluxo através dos canais de ataque 23

24 Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Ataque de baixo para cima, permitindo um preenchimento mais brando da cavidade da peça (com mínima turbulência) Disciplina: Projeto de Ferramentais Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Geralmente o sistema de canais é divido em três partes para dimensionamento, dai se denomina relação de área entre estas partes, sendo: Primeiro número = canal de descida Segundo número = canal de distribuição Terceiro número = canais de ataque Ex: 1 : 4 : 4 24

25 Disciplina: Projeto de Ferramentais Diferentes Formas de Funis Disciplina: Projeto de Ferramentais Canal de Descida Os canais de descida são os pontos mais críticos, devido à aceleração da gravidade. Dependendo das alturas a velocidade do metal pode atingir 2 a 4 m/s. Campbell calculou a velocidade limite do fluxo de alumínio líquido para que não ocorresse a quebra da tensão superficial e inclusão de óxidos como sendo em 0,5m/s ou 50cm/s. O movimento turbulento e a pele de óxido no alumínio 25

26 Disciplina: Projeto de Ferramentais Canal de Descida Camada de óxido Velocidade na base do canal de descida (V): V = (2.g. h) 1/2 V = velocidade do líquido em queda (cm/s) g = aceleração da gravidade, 980 cm/s 2. h = altura de queda livre (cm) Disciplina: Projeto de Ferramentais Canal de Descida Velocidade do metal em função da altura de vazamento A velocidade limite de 50 cm/s é ultrapassada com uma altura de queda de 1,24 cm. 26

27 Disciplina: Projeto de Ferramentais Canal de Descida Formas para o Canal de Descida O uso de inclinações na ordem de no mínimo de 3 o já é suficiente. Canais de descida reto e cônico Disciplina: Projeto de Ferramentais. Canal de Descida Formas para o Canal de Descida A recomendação é sempre usar canais o mais baixo possível ou sistemas basculantes. Para canais de descida mais altos, melhor usar forma quadrada ou retangular, fazer um ângulo de saída neste canal de cerca de 15 a 20 o. Canal de descida redondo é o mais turbulento, o melhor é usar o trapezoidal. Secção transversal do canal de descida 27

28 Disciplina: Projeto de Ferramentais Canal de Descida Dimensionamento do canal de descida de forma a obter a conicidade necessária Disciplina: Projeto de Ferramentais Sistema de Canais Sistema sugerido pela AFS 28

29 Dimensionamento do Sistema de Canais Todo o cálculo de dimensões dos sistemas de canais baseiase nas equações: VAZÃO = VOLUME TEMPO VAZÃO = VELOCIDADE X ÁREA Portanto: e VOLUME = MASSA R DENSIDADE ÁREA = MASSA /(DENSIDADE X VELOCIDADE X TEMPO) (Equação 01) Variáveis importantes para projetos de Canais de Enchimento: Para obtenção de um bom projeto de canais de enchimento deve-se considerar: A orientação e a posição dos canais de descida; de distribuição e de ataque; O número de Canais de Ataque; Tempo e Velocidade ideais para o enchimento 29

30 Regras para Definir a posição dos Canais de Enchimento Os canais devem ser de tal modo que o metal ao passar no seu interior deve ter a máxima velocidade sem que atinja a turbulência, proporcionando um enchimento contínuo do molde. Os canais devem permitir que o metal ao penetrar no molde não encontre resistência de gases, facilitando a saída dos gases para o exterior ; Os canais devem ser posicionados de tal modo que não ataquem diretamente as partes frágeis ou mais aquecidas do molde ou machos, evitando desgaste destas partes. Caso o tempo de vazamento seja longo, ocorrerá um superaquecimento no local do ataque, devendo-se realizar uma prevenção contra rechupe. O sistema de canais devem ser de tal modo que dificultem a entrada de areia e escória na peça. Regras para Definir o Tempo e a Velocidade de Enchimento Deve-se considerar que um preenchimento lento pode levar a formação de zonas frias, ou sem preenchimento enquanto um enchimento rápido pode levar a inclusões de partículas sólidos e gasosas. A velocidade de transporte do metal fundido também tem papel crucial para decidir o melhor momento de enchimento. A velocidade geralmente varia dentro dos canais de enchimento e da cavidade do molde, e depende principalmente da pressão metalostática (pressão devido a altura de coluna de liquido do próprio metal) 30

31 Determinação do Tempo de Enchimento da Peça Wallace e Evans AFS Ferros Fundidos Cinzentos t = K f ( 1,4 + 0,7144. e ). m x 10-3 (Equação 02) t = tempo (s) e = espessura (cm) m = massa (g) K f = F / 40 F = Fluidez (cm) Tabelada em função da composição e do grau de superaquecimento Obs. : para peças acima de 450 Kg recomenda-se substituir m x 10-3 por 3 m x 10-3 na equação 2. Determinação da Velocidade Conforme visto anteriormente: v = 2. g. h. 1/α Como a altura efetiva em cada momento do preenchimento é diferente, pois o líquido acima do plano de distribuição e ataque exerce uma contrapressão, usa-se a velocidade média a partir do nível do ataque: V m = 2. g. ( h o / h 1 ). h 1 2 (Equação 03) h 1 = altura total disponível no sistema h 0 = altura da peça acima do nível do ataque 31

32 h 0 = 0 h 1 h 0 h 1 h0 h h o Velocidade de enchimento (cm/s) ,2 h 1 0,4 h 1 0,6 h 1 0,8 h 1 Altura de vazamento (mm) Velocidade da menor seção do sistema em função da altura disponível (h 1 ) e da altura da peça acima do nível dos ataques (h 0 ) Método da Seção de Choque Elementos que precisam ser discriminados: 1- altura do canal de entrada (ou de descida) H (cm) 2- altura da peça C (cm) 3- altura da peça acima da seção de choque B (cm) 4- peso da peça+massalotes P (Kg) - Inicialmente determina-se a altura efetiva (H ef ) H ef = H - b 2 / 2c P = Peso de todo o sistema a ser enchido (peça+masalotes) H ef = altura efetiva K = constante do material ( cm 5/2 / Kg 1/2 ) Ferro Fundido 4,86 Aços 10,6 Bronzes 5,34 Alumínio 8,25 - Calcula-se então a S c (seção de choque) S =K c P H ef 32

33 Aula 03_a: Escoamento de metais líquidos Fluidez 1. Introdução - Definição de Fluidez Ensaios de Fluidez 2. Fatores que influenciam na fluidez Temperatura de Vazamento (Superaquecimento) Modelo de Solidificação Composição Química Materiais do Molde Temperatura do Molde 3. Resultados Experimentais PROPRIEDADES DOS METAIS LÍQUIDOS Fluidez: propriedade determinante da maior ou menor aptidão de um material metálico preencher adequadamente a cavidade de um molde de modo a permitir a obtenção de peças fundidas. Casos Críticos: peças que apresentam paredes muito finas o fluxo de metal líquido precisa percorrer distâncias muito grandes grandes perdas de carga e de temperatura (peças com geometrias tipo placa). 33

34 ENSAIO DE FLUIDEZ O método mais aceito para medir a fluidez de uma liga é o que utiliza um molde cujo canal é uma espiral, tornando o molde muito compacto e menos suscetível ao desnivelamento. (Campbell, 1991) Modelo esquemático da espiral para o teste de fluidez (Campbell, 1991) FATORES QUE INTERFEREM NA FLUIDEZ METALÚRGICOS Temperatura de Superaquecimento T v = C Fluidez (%) T v = C Silício (%) 34

35 FATORES QUE INTERFEREM NA FLUIDEZ METALÚRGICOS Temperatura de Superaquecimento É definida como a diferença entre a temperatura de vazamento e a temperatura líquidus. Quanto maior o superaquecimento maior a redução da viscosidade. (Di Sabatino, 2005) A elevação da temperatura de superaquecimento, retarda a nucleação e o crescimento de grão na frente de avanço do metal no interior do canal (Di Sabatino, 2005; Qingyou, 2005) FATORES QUE INTERFEREM NA FLUIDEZ METALÚRGICOS Modelo de Solidificação e Composição Química Fluidez (cm) T = 800ºC cobre (%) Máxima Fluidez no ponto de composição eutética Solidificação Progressiva Mínima Fluidez em composições referentes a Regiões de Grandes Intervalos de Solidificação Solidificação Extensiva 35

36 FATORES QUE INTERFEREM NA FLUIDEZ METALÚRGICOS Modelo de Solidificação Solidificação Progressiva Solidificação Extensiva Melhor Fluidez Ilustração da influências do modelos de solidificação sobre a fluidez (Di Sabatino, 2005) FATORES QUE INTERFEREM NA FLUIDEZ METALÚRGICOS Modelo de Solidificação As restrições causadas pelos cristais que crescem com superfícies irregulares em ligas com grande intervalo de solidificação é muito maior quando comparada a solidificação progressiva dos metais puros e ligas eutéticas. (Campbell,1991; Ravi, 2007) 36

37 FATORES QUE INTERFEREM NA FLUIDEZ METALÚRGICOS Composição Química Composição e elementos de liga - apresentam influência na viscosidade, tensão superficial, intervalo e modelo de solidificação. (Ravi, 2007) Interferem na fluidez. Efeito dos elementos de liga na fluidez do alumínio puro vazado em molde de areia, usando diferentes temperaturas de superaquecimento. (Ravi, 2007) FATORES QUE INTERFEREM NA FLUIDEZ CARACTERÍSTICAS DO MOLDE Materiais do molde A fluidez do alumínio medida no molde de espiral confeccionado com sílica foi superior ao confeccionado com areia de zircônia, este fato se dá em função do elevado poder de coquilhamento da zircônia (50% maior). (Ravi, 2007) Em testes de fluidez realizados a vácuo o alumínio apresentou maior fluidez no tubo de inox que no tubo de quartzo. (Ravi, 2007) 37

38 FATORES QUE INTERFEREM NA FLUIDEZ CARACTERÍSTICAS DO MOLDE Temperatura do molde Efeito da temperatura do molde e temperatura de vazamento na fluidez do Al e suas ligas em molde de aço. (Ravi, 2007) Resultados de pesquisa sobre fluidez realizada no LabFund/DEM/PGCEM/Udesc Modelo Proposto: enchimento contra a gravidade com redução gradativa na seção do corpo de prova. KRAMEL, Marcelo. Estudo da fluidez de ligas Al-Si: Efeitos de tempetatura de vazamento e da qualidade do metal líquido. Dissertação de Mestrado PGCEMUDESC,

39 Resultados de pesquisa sobre fluidez realizada no LabFund/DEM/PGCEM/Udesc Bacia de Vazamento Modelamento do conjunto fundido: mostrando os diferentes componentes do sistema de canais de enchimento Canal de Descida Canal de Distribuição Canal de Ataque KRAMEL, Marcelo. Estudo da fluidez de ligas Al-Si: Efeitos de tempetatura de vazamento e da qualidade do metal líquido. Dissertação de Mestrado PGCEMUDESC, Resultados de pesquisa sobre fluidez realizada no LabFund/DEM/PGCEM/Udesc PROJETO DO MOLDE METÁLICO Método proposto por Fuoco para placas fundidas em coquilha com partição vertical; Canais de descida, distribuição e ataque tipo faca; Sistema divergente 1:2:2; O sistema diminui a velocidade por atrito, reduzindo a velocidade e a turbulência. KRAMEL, Marcelo. Estudo da fluidez de ligas Al-Si: Efeitos de tempetatura de vazamento e da qualidade do metal líquido. Dissertação de Mestrado PGCEMUDESC,

40 Resultados de pesquisa sobre fluidez realizada no LabFund/DEM/PGCEM/Udesc MOLDE METÁLICO KRAMEL, Marcelo. Estudo da fluidez de ligas Al-Si: Efeitos de tempetatura de vazamento e da qualidade do metal líquido. Dissertação de Mestrado PGCEMUDESC, Resultados de pesquisa sobre fluidez realizada no LabFund/DEM/PGCEM/Udesc Método para medição da máxima distância de fluidez KRAMEL, Marcelo. Estudo da fluidez de ligas Al-Si: Efeitos de tempetatura de vazamento e da qualidade do metal líquido. Dissertação de Mestrado PGCEMUDESC,

41 Resultados de pesquisa sobre fluidez realizada no LabFund/DEM/PGCEM/Udesc Influência do modelo de solidificação uso de ligas com diferentes intervalos de solidificação. 140 Cavidade Cheia T 130ºC T 80ºC T 130ºC 120 Distância de Fluidez (mm) Comportamento típico Intervalo de solidificação O Silício teve pouca influência c/ maior grau de superaquecimento Al puro Liga 356 Liga Comportamento semelhante Grau de superaquecimento (ºC) T liquidus Al puro = 660ºC T liquidus Liga 356 = 615ºC T liquidus Liga 413 = 580ºC KRAMEL, Marcelo. Estudo da fluidez de ligas Al-Si: Efeitos de tempetatura de vazamento e da qualidade do metal líquido. Dissertação de Mestrado PGCEMUDESC, Resultados de pesquisa sobre fluidez realizada no LabFund/DEM/PGCEM/Udesc Influência da qualidade do banho contaminação do banho pela adição de cavacos 140 Cavidade Cheia 120 Distância de Fluidez (mm) Redução na fluidez das ligas c/ cavaco % % 98% % 88% Liga 413 Liga 413 (30%) Liga 413 (50%) Comportamento semelhante Grau de superaquecimento (ºC) T liquidus Liga 413 = 580ºC KRAMEL, Marcelo. Estudo da fluidez de ligas Al-Si: Efeitos de tempetatura de vazamento e da qualidade do metal líquido. Dissertação de Mestrado PGCEMUDESC,

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