ANTÔNIO FERNANDO GAZZONI GAMA CONSULTORES ASSOCIADOS VISÃO ATUARIAL SOBRE O DESEMPENHO DOS PASSIVOS DAS EFPC
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- Evelyn Pedroso Paranhos
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1 ANTÔNIO FERNANDO GAZZONI GAMA CONSULTORES ASSOCIADOS VISÃO ATUARIAL SOBRE O DESEMPENHO DOS PASSIVOS DAS EFPC
2 SUMÁRIO I. OBJETIVOS E ESTATÍSTICAS II. METODOLOGIA III. RESULTADOS 2
3 CONTEXTUALIZAÇÃO Contexto atual 1 Projeta-se rentabilidade negativa em 2013, com forte influência da Renda Fixa Fonte: Abrapp 3
4 CONTEXTUALIZAÇÃO Contexto atual 2 A duration da maior parte (volume) dos títulos na carteira das EFPC é superior a 10 anos maior volatilidade Até 3 anos De 3 a 10 anos Superior a 10 anos 4
5 CONTEXTUALIZAÇÃO Contexto atual 3 Tais fatores, tidos como conjunturais, trouxeram impactos significativos aos resultados dos planos 4 Atentos a essa realidade, Governo e Sociedade Civil discutem, desde 2013, alterações às normas vigentes, em especial a Resolução CGPC 26/08. 5
6 CONTEXTUALIZAÇÃO Fatores determinantes para o equilíbrio dos planos Rentabilidade Longevidade Inflação Taxa juros atuarial Crescimento salarial 6
7 CONTEXTUALIZAÇÃO Fatores determinantes para o equilíbrio dos planos Comportamento em 2013 Rentabilidade 7
8 CONTEXTUALIZAÇÃO Fatores determinantes para o equilíbrio dos planos Comportamento em 2013 Longevidade 8
9 CONTEXTUALIZAÇÃO Fatores determinantes para o equilíbrio dos planos Comportamento em 2013 Inflação 9
10 CONTEXTUALIZAÇÃO Fatores determinantes para o equilíbrio dos planos Comportamento em 2013 Taxa juros atuariais CNPC 09/12 5% 5% 4% 23% 29% 31% 24% 6,00% 5,75% 5,50% 5,25% 5% 4,75% 4,50% 11% 61% 17% 49% 22% 43% 29% 30% % Taxa juros atuarial < 5% a.a. 5% a.a. 5 a 6% a.a. 6% a.a. Fonte: Abrapp 10
11 CONTEXTUALIZAÇÃO Fatores determinantes para o equilíbrio dos planos Comportamento em 2013 Crescimento salarial 11
12 OBJETIVOS Estudo GAMA x ABRAPP Analisar balancetes ano a ano por plano: dez/2009 a set/13 Determinar o nível de solvência ano a ano Analisar a evolução do passivo e dos fundos previdenciais no período Subsidiar as discussões quanto às adequações normativas em discussão 12
13 ESTATÍSTICAS Número de Entidades 242 CD: 267 Número de Planos: 740 BD: 267 CV:
14 ESTATÍSTICAS 700 Amostra x Mercado Investimentos (R$ Bi) Previc - Set/13 Abrapp - Jun/13 Amostra - Set/ Total de Investimentos Sob vários prismas, a amostra é suficientemente representativa. 14
15 SUMÁRIO I. OBJETIVOS E ESTATÍSTICAS II. METODOLOGIA III. RESULTADOS 15
16 METODOLOGIA Como calcular a solvência? Na LC 109/01, inciso III do Art. 3º, há referência ao dever do Estado em determinar padrões mínimos......com fins específicos de preservar a liquidez, a solvência... Contudo, na legislação previdencial brasileira inexiste uma definição clara de como a solvência de planos de EFPC deve ser calculada. Utiliza-se, portanto, conceitos gerais de contabilidade que buscam relacionar as obrigações ao patrimônio existente. Destaca-se, por oportuno, que é primordial que as hipóteses utilizadas pelo plano tenham sido testadas e estejam aderentes, na forma que preceitua a IN PREVIC 07/13. 16
17 METODOLOGIA Propomos três formas para calcular a solvência: 1 Solvência seca : Superávit Déficit Acumulado Provisões Matemáticas Totais Déficit Acumulado representa o Déficit do exercício (conta ) Não considera a existência de Déficits equacionados, de outros exercícios 17
18 METODOLOGIA Propomos três formas de calcular a solvência: Superávit Déficit Total 2 Solvência gerencial : Benefícios Concedidos + Benefícios a Conceder Déficit Total representa a soma do Déficit do exercício (conta ) com o Déficit Equacionado presente nas Provisões Matemáticas a Constituir (conta ) Na ocorrência de Serviço Passado nas PMaC ( ), considerou-se apenas o saldo que demonstrava esforço coletivo de Patrocinador e Participantes 18
19 METODOLOGIA Propomos três formas de calcular a solvência: 3 Solvência ampla : Superávit Déficit Total BC + BaC + Fundos Previdenciais Os Fundos Previdenciais ( ) podem ser utilizados para diversas finalidades dentre as previstas na CGPC 26/08. As regras de constituição e reversão dos fundos previdenciais deverão constar da nota técnica atuarial, do parecer atuarial e das notas explicativas às demonstrações contábeis, podendo prever-se, inclusive, sua reversão para cobertura de oscilações de risco, retornos de investimentos e troca de taxa de juros. 19
20 SUMÁRIO I. OBJETIVOS E ESTATÍSTICAS II. METODOLOGIA III. RESULTADOS 20
21 RESULTADOS: DÉFICIT X SUPERÁVIT Número de planos em déficit x superávit (setembro) Total de Planos em Déficit Total de Planos em Superávit Total de Planos com resultado igual a Zero 122 Entidades possuíam ao menos um plano em déficit em set/13. 21
22 RESULTADOS: NÍVEL DE DÉFICIT TOTAL Número de planos por nível de déficit total Déficit Total >10% Déficit Total >15% Déficit > 10% Déficit > 15% (setembro) 22
23 Evolução absoluta do déficit e superávit e impactos no resultado 80 Déficit x Superávit (R$ Bi) Resultado Superávit Déficit RESULTADOS: DÉFICIT E SUPERÁVIT (setembro) 8 23
24 Evolução absoluta do déficit e superávit e impactos no resultado sem outliers 60 Déficit x Superávit (R$ Bi) Resultado Superávit Déficit RESULTADOS: DÉFICIT E SUPERÁVIT Os outliers distorcem os resultados. Aqui temos uma visão mais real dos resultados dos planos. 24
25 Níveis de solvência sem outliers RESULTADO: NÍVEIS DE SOLVÊNCIA 110% 106% 109% 106% 105% Seca Gerencial Ampla 107% 107% 105% 105% 103% 103% 100% 98% 96% Até setembro! 25
26 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% 105% 110% 115% 120% 125% 130% 135% 140% 145% 150% 155% 160% 165% 170% 175% RESULTADOS: DISTRIBUIÇÃO DA SOLVÊNCIA Número de planos BD por nível de solvência em set/ Linha dos 85% Linha dos 90%
27 NÍVEL DE SOLVÊNCIA: BRASIL X OUTROS PAÍSES 110%¹ 98% Embora não sejam diretamente comparáveis (metodologias de contabilização e apuração de solvência variam), vê-se que o Brasil possui um nível de solvência médio superior a de alguns países desenvolvidos. 95%² Em linhas gerais, observou-se no mundo tendência oposta a que vimos no Brasil em %³ ¹ Segundo Aon Hewitt, jan/14. ² Segundo Mercer, dez/13. Funding levels of pension plans sponsored by S&P 1500 companies ³ Segundo JLT EB, dez/13. FTSE100 firms. 27
28 PROJEÇÃO PASSIVO Nível de solvência gerencial projetada (sem outliers) Como o passivo dos Planos BD evoluirá até 2017 em cada um destes cenários? (1) Rentabilidade projetada 28 Desconto projetado Cenário A (neutro) Segue patamares da CNPC 09/12 Cenário B 4,00% a.a. real CNPC 09/12 Cenário C 6,00% a.a. real CNPC 09/12 Considerou-se, ainda, que os Planos BD adotam atualmente uma taxa de desconto atuarial de 5,15%, que é a media apurada na 2a Edição da Pesquisa Raio-X, e que todas as demais premissas (tábuas, crescimento salarial, base cadastral etc.) seguirão constantes. (1) Estudos realizados pela GAMA, com base nos dados fornecidos pela ABRAPP
29 PROJEÇÃO PASSIVO Nível de solvência gerencial projetada (sem outliers) 104% Gerencial histórica Cenário A Cenário B Cenário C 102% 100% 98% 96% 94% 92%
30 COMENTÁRIOS FINAIS Dados de set/13 já evidenciavam mudança drástica nos patamares de déficit e solvência a que estávamos habituados. Há diferentes metodologias possíveis para apuração da solvência. O primordial é que a informação seja frequentemente acompanhada e publicamente disponibilizada. Projeções demonstram que os próximos anos serão de lenta retomada ou mesmo de piora. Há que se buscar um equilíbrio nas normas editadas quando a realidade era outra, a fim de propiciar um ajuste no sistema, sem traumas 30
31 Resoluções 13/13 e 26/08 (medidas emergenciais): COMENTÁRIOS FINAIS Artigo 28: a alteração do nível de déficit permitido, para 15%, está consubstanciada nos números e projeções apresentados. Artigo 29: déficit deve ter tratamento isonômico ao superávit, conferindo igual responsabilidade às partes em ambos casos Artigo 30: ajustes necessários para dar consonância às demais mudanças, sendo as principais: Propiciar que várias sejam as formas, concomitantes ou não, utilizadas no equacionamento do déficit; Conferir tratamento equânime no equacionamento do déficit, no que se refere a parcela de responsabilidade dos participantes e assistidos, sendo que, caso sejam reduzidos benefícios a conceder, igual esforço deverá advir das contribuições extraordinárias dos assistidos. 31
32 Obrigado pela atenção e participação! Antônio Fernando Gazzoni Diretor-Presidente GAMA Consultores Associados 32
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