NOVOS DESENHOS DE PLANOS QUE VISEM MELHORIA DE RENDA SEM AUMENTO DE RISCO PARA O PATROCINADOR

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1 NOVOS DESENHOS DE PLANOS QUE VISEM MELHORIA DE RENDA SEM AUMENTO DE RISCO PARA O PATROCINADOR

2 AGENDA 1. POR QUE PENSAR EM NOVOS DESENHOS? 1.1 MUDANÇAS SOCIAIS, DEMOGRÁFICAS E ECONÔMICAS 1.2 EVOLUÇÃO DAS MODALIDADES DE PLANOS 2. POSSÍVEIS SOLUÇÕES 3. PRÓXIMOS PASSOS 2

3 NOVAS ABORDAGENS PARA NOVOS DESAFIOS O mundo está em constante mudança As soluções de ontem precisam ser repensadas para que correspondam às necessidades atuais 3

4 POR QUE PENSAR EM NOVOS DESENHOS? Mudanças sociais, demográficas e macroeconômicas Evolução das modalidades dos planos e dos anseios de patrocinadores e participantes Novas necessidades previdenciais e demanda por novas modelagens 4

5 Mudanças sociais, demográficas e macroeconômicas: uma breve análise 5

6 PRINCIPAIS DESAFIOS: LONGEVIDADE Expectativa de vida (projeção) 90 73,4 anos 81,3 anos Projeção de aumento de 11% (7,9 anos) em 40 anos (incremento médio de 0,20 idade por ano) Fonte: Banco Mundial/IBGE 6

7 PRINCIPAIS DESAFIOS: ENVELHECIMENTO Pirâmide etária intervalo de 100 anos Fonte: IBGE 7

8 PRINCIPAIS DESAFIOS: QUEDA DA REPOSIÇÃO Teto do INSS tem se aproximado do salário mínimo Fonte: A Gazeta 05/04/2014 8

9 PRINCIPAIS DESAFIOS: VOLATILIDADE Observa-se maior volatilidade inclusive em setores tidos como previsíveis! EVOLUÇÃO IMA-B 2010 À 2014 Fonte: Marcelo d Agosto - Economática 9

10 Evolução das modalidades dos planos e dos anseios de patrocinadores e participantes 10

11 TENDÊNCIAS Diminuição de planos estruturados na modalidade Benefício Definido e criação de planos de Contribuição Variável e Contribuição Definida. MODALIDADE DOS PLANOS PREVIDENCIAIS: EVOLUÇÃO PERCENTUAL Fonte: Relatório PREVIC 2013 Ref. Dez/1993 a Dez/13 11

12 TENDÊNCIAS Mesma situação se repete em outros países! 12

13 DESAFIOS NOS PLANOS CD Responsáveis por gerir sua própria poupança, as pessoas subestimam seus fatores de risco, como longevidade... EXPECTATIVA DE VIDA REAL E PROJETADA, REINO UNIDO, Fonte: Chris Shaw, Population Trends. Office for National Statistics 13

14 DESAFIOS NOS PLANOS CD Responsáveis por gerir sua própria poupança, as pessoas subestimam seus fatores de risco, como longevidade... BRASILEIRO POUPA METADE DO QUE PRECISA PARA SE APOSENTAR ANOS Expectativa de vida: [VALOR] anos Poupança: 12 anos Expectativa de vida ao se aposentar Tempo previsto de duração das economias Fonte: HSBC O futuro da Aposentadoria: Uma nova realidade 14

15 DESAFIOS NOS PLANOS CD... e em geral demonstram não possuir a educação financeira necessária para poupar o necessário. 15

16 EM RESUMO: MODALIDADES DE PLANO BD Riscos para patrocinador, especialmente, levaram a seu declínio CD Isenta patrocinador de riscos, mas não proporciona cobertura adequada CV Híbrido nacional, mas ainda há riscos para participantes e patrocinadores O mundo precisa de uma nova solução 16

17 Desafio: o equilíbrio entre proteção do colaborador e risco para o patrocinador 17

18 AGENDA POR QUE PENSAR EM NOVOS DESENHOS? POSSÍVEIS SOLUÇÕES PRÓXIMOS PASSOS 18

19 POSSÍVEIS SOLUÇÕES Novos desenhos Adjustable Pension Plan - APP Collective Defined Contribution - CDC Defined Ambition - DA Plano Solidário sem risco para o patrocinador Fundo de Sobrevivência Gestão de riscos Educação Financeira e Previdenciária Securitização de riscos 19

20 ADJUSTABLE PENSION PLAN - APP Origem EUA criado pela consultoria Cheiron Características: - É, na essência, um Plano BD repensado - Oferece um benefício em BD ou um benefício Ajustável - O benefício BD funciona da forma já conhecida, mas é avaliado com base em uma taxa de juros menor e de baixo risco - O benefício ajustável oscila de acordo com a rentabilidade real dos investimentos. Se ultrapassar um teto, cria-se uma reserva. - O participante receberá o que for maior, entre BD e ajustável 20

21 ADJUSTABLE PENSION PLAN - APP Comportamento simulado do APP ao longo do tempo $14,000 $12,000 $10,000 $8,000 $6,000 $4,000 $2,000 $ Fonte: Cheiron Adjustable Benefit Shortfall Floor Benefit 21

22 ADJUSTABLE PENSION PLAN - APP Vantagens: - Tem camadas de proteção do benefício, garantindo um piso mínimo - Um eventual déficit seria mais gerenciável devido ao baixo piso de acumulação e à imunização dos benefícios concedidos Desvantagens: - Ainda há riscos, mesmo que relativamente menores - Benefício mínimo pode ser baixo, a depender das hipóteses utilizadas - Necessidade de contabilizar obrigação pós-emprego, conforme CVM 695/12 22

23 ADJUSTABLE PENSION PLAN - APP Aplicabilidade para o Brasil: - No Brasil, assim como nos EUA, enquadra-se como um plano de Benefício Definido - Face à baixa cultura financeira e previdenciária, seu público-alvo pode ter dificuldade de entender como o plano funciona - No entanto, não visualizamos empecilhos legais, embora o órgão supervisor das EFPC tenha se mostrado menos flexível do que o desejável no que diz respeito a novas modelagens de planos 23

24 COLLECTIVE DEFINED CONTRIBUTION - CDC Origem Holanda Características: - Grandes planos setoriais que funcionam de forma semelhante ao CD, mas não há contas individuais e sim o acúmulo em um fundo coletivo - Este fundo coletivo tem um objetivo, ex.: 1% da renda média da carreira do empregado por ano. Mas isto não é uma garantia! E sim uma meta - Para os patrocinadores, a contribuição é fixa (ex.: 10% da folha salarial) e não há mudanças de custeio para reequilíbrio do plano - Em caso de desequilíbrios, os participantes podem receber bônus (superávits) ou cortes (déficits) 24

25 COLLECTIVE DEFINED CONTRIBUTION - CDC Comportamento simulado do CDC e do CD ao longo do tempo, considerando um mesmo indivíduo que verteu 10% de seu salário por 25 anos Fonte: Aon Hewitt CDC, a new opportunity for UK pensions? 25

26 COLLECTIVE DEFINED CONTRIBUTION - CDC Vantagens: - Compartilhamento de riscos (característica do BD) aliado a custeio fixo para o patrocinador (característica do CD) - Melhor capacidade de tomar e gerir riscos, em razão da natureza coletiva do plano - Não há necessidade de contabilizar obrigação pós-emprego, cfe CVM 695/12 Desvantagens: - Transferências intergeracionais: o fato de o risco ser coletivo significa que diferentes gerações podem responder pelo equilíbrio de contas uma das outras - De forma semelhante, a saída e entrada de novos participantes afeta o equilíbrio e a divisão de riscos - Baixa flexibilidade individual para escolher níveis de contribuição e gerir perfis de Investimento 26

27 COLLECTIVE DEFINED CONTRIBUTION - CDC Aplicabilidade para o Brasil: - Definição de Plano CD segundo a CGPC 16/05: Art. 3 [...] aquele cujos benefícios programados têm seu valor permanentemente ajustado ao saldo de conta mantido em favor do participante, inclusive na fase de percepção de benefícios, considerando o resultado líquido de sua aplicação, os valores aportados e os benefícios pagos. - Portanto, a legislação brasileira não permite enquadrar o Plano CDC como um Plano CD - Então o CDC seria um BD, mas que não gera obrigações para o patrocinador? Ou uma nova modalidade? - É necessário reflexão e, certamente, revisão da LC 109/01 e Res. CGPC 26/08, para permitir ao patrocinador a adoção de um custeio fixo em um plano mutualista 27

28 DEFINED AMBITION - DA Origem UK proposto pelo Governo Inglês Características: - Trata-se de um conjunto de modelagens/propostas diferentes que buscam um meio termo na assunção de riscos por parte do patrocinador e participantes - As modelagens discutidas intencionam propiciar uma garantia de receber, no mínimo, o dinheiro que foi investido; - Inicialmente, discutiu-se a possibilidade de não indexar os benefícios concedidos pela inflação em planos BD, mas estas e outras propostas de flexibilização foram abandonadas - O que remanesce em discussão busca, essencialmente, viabilizar os planos CDC no país 28

29 DEFINED AMBITION - DA Visão Geral: - Surgiu em 2012 por demanda do Governo Inglês - Será apresentado no Brasil em 2014, no IV EGPC Evento GAMA de Previdência Complementar - Ainda não existe na prática. Os modelos permanecem em discussão Aplicabilidade para o Brasil: - Ainda não é possível saber, pois as propostas em estudo no Reino Unido não são conclusivas. - Tão logo chegue-se a uma ou mais propostas de modelagens, deve-se verificar a aplicabilidade para o Brasil 29

30 PLANO SOLIDÁRIO Origem Brasil Características: - É um plano CD durante toda a fase de acumulação e no momento da concessão o plano assegura uma renda vitalícia em cotas - O benefício passa então a ser corrigido pela rentabilidade e pela atualização das hipóteses demográficas. Anualmente, o benefício é ajustado pela inflação acrescida (ou decrescida) da rentabilidade real apurada - Todo desequilíbrio, seja ele superávit ou déficit, é levado à cota do plano, de forma que o mesmo fique sempre em equilíbrio 30

31 PLANO SOLIDÁRIO Vantagens: - Plano já em funcionamento desde Compartilhamento de riscos após a concessão aliado a custeio fixo para o patrocinador (característica do CD) - Não há riscos atuariais para o patrocinador Desvantagens: - Benefício pode ser mais baixo que um benefício obtido em outro plano por utilizar hipóteses conservadoras - Pressupõe escala para que o compartilhamento de riscos seja efetivo - Cota do plano oscila em função de outras variáveis além da rentabilidade, o que pode gerar dúvidas por parte dos participantes e assistidos 31

32 PLANO SOLIDÁRIO Aplicabilidade para o Brasil: - É aplicável sob o aspecto legal, uma vez que há um plano em funcionamento com esta modelagem, aprovado em 2005 pela então SPC 32

33 FUNDO DE SOBREVIVÊNCIA Origem Brasil Características: - Quando de sua concepção, o Governo Federal demandou à ABRAPP / GAMA auxílio para modelar um Plano de CD no qual o benefício de aposentadoria nunca se esgotasse (houvesse sempre uma renda, mesmo que mínima) - Com isto, propôs-se a criação de um Fundo de Sobrevivência, o qual receberia contribuições mensais oriundas de participantes e patrocinadores e seria utilizado em casos onde o benefício por renda certa se esgotasse antes do falecimento do assistido - O Plano conservou sua característica CD e foi aprovado pela PREVIC. 33

34 FUNDO DE SOBREVIVÊNCIA Rentabilidade Saldo de Conta Fundo de Sobrevivência Fundo de Oscilação Outros Fundos Inscrição no Plano: 33 anos 35 anos Data de Aposentadoria: 68 anos 25 anos Benefício Adicional: 93 anos Fonte: GAMA Consultores Associados 34

35 FUNDO DE SOBREVIVÊNCIA Vantagens: - Modelagem simplificada que permite a qualquer Plano de CD a garantia de um benefício mínimo, transmitindo tranquilidade ao participante e isolando o risco de sobrevivência - Plano já aprovado pela PREVIC e em funcionamento Desvantagem: - É um benefício com custo relativamente elevado: de 10% a 15% do dinheiro vertido por participantes e patrocinador vai diretamente para o custeio do Fundo de Sobrevivência - O Fundo de Sobrevivência precisa ser gerido atuarialmente e utilizar hipóteses adequadas na sua composição, sob risco de desequilíbrio (embora relativamente pequeno, em razão de seu porte). - Este risco atuarial também leva à necessidade de contabilização de obrigações pós-emprego (CVM 695/12) 35

36 FUNDO DE SOBREVIVÊNCIA Aplicabilidade para o Brasil: - Plenamente aplicável sob o aspecto legal, tendo já sido aprovado pela PREVIC 36

37 AGENDA POR QUE PENSAR EM NOVOS DESENHOS? POSSÍVEIS SOLUÇÕES PRÓXIMOS PASSOS 37

38 PRÓXIMOS PASSOS PLANOS ATIVOS Gerir riscos ALM / LDI Ciclo de vida Estudos de aderência (BD ou CV) Alternativas para melhoria de benefícios sem aumento de riscos p/ patrocinador Seguros Aplicável a benefícios de risco Para programados, mudança legal Educação financeira Começar cedo a poupar e não parar Escalonamento contributivo poderia ajudar 38

39 PRÓXIMOS PASSOS NOVOS PLANOS ASPECTOS LEGAIS RISCOS PARA O PATROCINADOR GESTÃO ATUARIAL BENEFÍCIO AO EMPREGADO APP CDC SOLIDÁRIO FUNDO SOBREVIVÊNCIA Inicialmente, não há restrições Há riscos, mas menores que um BD tradicional Mais complexa que um BD Garantia de benefício mínimo Porém pode resultar em benefício baixo Carece de mudanças na legislação Não há riscos atuariais Mais simples que um BD Não há garantias, mas esperase benefício médio 30% superior ao CD Não há restrições Não há riscos atuariais Um pouco mais complexa que o CD Não há garantias, mas após concessão os riscos são menores que em um CD Não há restrições Baixos e apenas no fundo de sobrevivência Um pouco mais complexa que o CD Imune ao risco de sobrevida. No restante, é um CD tradicional 39

40 PRÓXIMOS PASSOS NOVOS PLANOS Alinhar expectativas Comparar as diferentes alternativas possíveis com a intenção do patrocinador e futuros participantes Aprofundar análise legal Analisar, dentre as alternativas exigentes, aquelas que são efetivamente permitidas pela legislação Submeter à análise da PREVIC 40

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42 CONTATOS ANTÔNIO FERNANDO GAZZONI DIRETOR PRESIDENTE CESAR LUIS DANIELI DIRETOR DE PREVIDÊNCIA, SAÚDE E SEGUROS cesar@gama-ca.com.br GUILHERME BRUM GAZZONI DIRETOR COMERCIAL E ADMINISTRATIVO guilherme@gama-ca.com.br JOÃO MARCELO BARROS LEAL M. CARVALHO DIRETOR DE OPERAÇÕES E PREVIDÊNCIA joao@gama-ca.com.br (61)

43 FUNDO DE SOBREVIVÊNCIA Exemplo Benefício contemplando 25 anos de pagamento Salário Benefício de Aposentadoria Acumulação de Saldo Desacumulação de Saldo Inscrição no Plano: 33 anos Data de Aposentadoria: 68 anos + 25 anos: 93 anos 43

44 FUNDO DE SOBREVIVÊNCIA Exemplo Benefício contemplando 30 anos de pagamento (+ 5 anos) Salário Benefício de Aposentadoria Benefício Adicional por Sobrevivência Fundo de Sobrevivência Acumulação de Saldo Desacumulação de Saldo Inscrição no Plano: 33 anos Data de Aposentadoria: 68 anos + 25 anos: 93 anos + 5 anos: 98 anos 44