Internacionalização Contábil: Uma introdução
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- Vítor de Santarém Ribeiro
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1 Internacionalização Contábil: Uma introdução Milton da Silva Pereira Internacionalização Contábil Introdução e breve apresentação
2 International Financial Reporting Standards
3 Constituição do IASC (International Accountand Standard Committee) Acordo de constituição do IASC celebrado pelos representantes dos órgãos de classe de contabilidade na Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Holanda, Reino Unido/Irlanda e Estados Unidos. EVOLUÇÃO
4 O IASC é transformado em IASB (International Accounting Standards Board) É constituída a Fundação IASB. Em 1º de abril de 2001, o novo IASB assume as suas responsabilidades de definição de normas do IASC. As normas do IASB são adotadas pelo IASB. Projeto de Lei /01 que deu origem à lei /07 EVOLUÇÃO
5 Acordo de Convergência IASB e FASB (Financial Accaunting Standards Board) A Europa passa a exigir a adoção do IFRS pelas empresas abertas a partir de 2005; O IASB e o FASB publicam um acordo conjunto sobre convergência; Surge a Lei Sarbanes-Oxley (Sarbox ou SOX). EVOLUÇÃO
6 Criação do CPC Resolução CFC 1.055/05 do CFC, cria o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) IBRACON Edita a NPC 27, que descreve a forma de apresentação e divulgação das Demonstrações Contábeis; A deliberação 488 da CVM obriga as cias abertas a cumprirem a NPC 27. EVOLUÇÃO
7 O FASB x IASB - acordo político; O Brasil edita a Lei /07; A CVM o BACEN e SUSEP EVOLUÇÃO
8 O Brasil antecipa o processo de convergência internacional para todos os tipos societários. Entra em prática! A CVM, BACEN e SUSEP divulgam que as normas brasileiras estão alinhadas às normas internacionais. EVOLUÇÃO
9 A lei estendeu às sociedades de grande porte as disposições relativas à escrituração e elaboração das demonstrações contábeis. ENTIDADES AFETADAS
10 S.A. Grande Porte Ativo Total >240 MM ou Faturamento >300MM D+ ABRANGÊNCIA
11 Toda e qualquer entidade é uma sociedade? O novo código civil (NCC) Art. 44, defini 5 tipos: 1. as associações; 2. as fundações; 3. as organizações religiosas; 4. os partidos políticos; 5. Sociedades. A EXPRESSÃO SOCIEDADE
12 PORTAS ABERTAS A CVM, o Bacen e demais órgãos e agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas. Esta entidade deverá ser majoritariamente composta por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades representativas de sociedades submetidas ao regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta Lei, de sociedades que auditam e analisam as demonstrações financeiras, do órgão federal de fiscalização do exercício da profissão contábil e de universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida atuação na área contábil e de mercado de capitais. Art 5 o, Lei 11638/07
13
14 ABRASCA Associação Brasileira das Companhias Abertas; APIMEC NACIONAL Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais; BOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo; CFC Conselho Federal de Contabilidade; FIPECAFI Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras ; e IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. ENTIDADES PARTICIPANTES DO CPC
15 o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais. OBJETIVO DO CPC
16 Uma vez que o CFC aprova uma norma do CPC, ela torna-se obrigatória a todo o tipo de entidade. O processo de convergência é para todas as entidades. Esta em vigor desde 2010, inclusive para as pequenas empresas. APROVAÇÃO DO CFC
17 As normas expedidas deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. NOVO CAMINHO
18 Quando CFC aprovar as normas CPC harmonizadas com os padrões internacionais, as regras serão obrigatórias para todas das entidades, a menos que o próprio CPC estabeleça exceções. Veja o exemplo a seguir... EXTENSÃO DOS IMPACTOS
19 EXEMPLO RESOLUÇÃO CFC Nº /07 - Aprova a NBC T Redução ao Valor Recuperável de Ativos. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade, em conjunto com outras entidades, é membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), criado pela Resolução CFC nº /05; CONSIDERANDO que o CPC tem por objetivo estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de contabilidade e divulgar informações dessa natureza, visando permitir a emissão de normas uniformes pelas entidadesmembro, levando sempre em consideração o processo de convergência às normas internacionais;
20 CONSIDERANDO que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis EXEMPLO aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos; RESOLVE: Art. 1º Aprovar a NBC T Redução ao Valor Recuperável de Ativos, para aplicação aos exercícios encerrados a partir de dezembro de Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. Brasília, 29 de novembro de Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim Presidente
21 E F E I T O FCONT (RTT) XBRL extensible Business Reporting Language NF-e CT-e DANFE Central de Balanços T R I B U T Á R I O Neutralidade EFD (PIS/COFI NS/Social) ECD SPED EFD NFS-e E-Lalur
22 Orientadas em princípios e julgamento NORMAS MAIS SUBJETIVAS
23 Agora, as normas contábeis serão orientadas por princípios, e não por enorme conjunto de regras detalhadas e, como conseqüência, haverá necessidade cada vez maior do julgamento por parte do profissional de contabilidade, quer como elaborador de demonstrações, quer como auditor. A lei não menciona de maneira expressa, essas novas tendências, porém, ao exigir que a normatização contábil seja feita, daqui para frente, em direção às normas internacionais, abraça toda essa filosofia. Outra conseqüência dessa convergência é a adoção da filosofia de que as normas contábeis devem ser centradas muito mais nos princípios e nos objetivos do que se pretende obter como informação do que num enorme conjunto de regras a serem observadas. Primazia da essência sobre a forma
24 A Primeira norma não tem número é CPC 00 o objetivo das demonstrações contábeis; as características qualitativas que determinam a utilidade das informações contidas nas demonstrações contábeis; a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que compõem as demonstrações contábeis; e os conceitos de capital e de manutenção do capital. ESTRUTURA CONCEITUAL
25 PRESSUPOSTOS BÁSICOS Regime de competência Continuidade
26 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DCs Compreensibilidade Relevância Materialidade Confiabilidade Representação adequada Primazia da essência sobre a forma Neutralidade Prudência Integridade Comparabilidade Limitações na relevância e na confiabilidade das informações Tempestividade Equilíbrio entre custo e benefício Equilíbrio entre características qualitativas Visão verdadeira e apropriada
27 ATIVO É resultado de eventos passados Passado PASSIVO Deriva de eventos já ocorridos É um recurso controlado pela entidade Presente é uma obrigação presente da entidade se espera que resultem futuros benefícios econômicos Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. Futuro A liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos; Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.
28 Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. Em alguns países o termo provisão é também usado no contexto de itens tais como depreciação, redução de ativos ao valor recuperável e créditos de liquidação duvidosa: estes são ajustes dos valores contábeis de ativos. Item 7 do CPC 25 NOVOS CONCEITOS
29 Se a Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos, que nome passa a ter as contas redutoras do ativo, que são contabilizadas com base em estimativas, como por exemplo: Provisão para Créditos de liquidação Duvidosa; Provisão para perdas de estoque; Provisão para desvalorização de ativos, etc. Podem conter o seguinte prefixo: Perdas Estimadas... Perdas Estimadas para Créditos de liquidação Duvidosa; Perdas Estimadas de estoque; Perdas Estimadas de desvalorização de ativos, etc. Contas redutores do Ativo
30 Três elementos vão nortear essa nova classificação, onde os ativos que estejam sobre o CONTROLE da entidade, auferindo os BENEFÍCIOS que ele produz e correndo os RISCOS que ele carrega. Controle Riscos Benefícios PARA SER UM ATIVO
31 Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade; e Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade. CONCEITOS DE RECEITAS E DESPESAS
32 RECEITAS DESPESAS - PL + + ATIVO - +PASSIVO - DRE
33 CONJUNTO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 1. Balanço Patrimonial 2. Demonstração do Resultado do Exercício 3. Demonstração dos Resultados Abrangentes 4. Demonstração das Mutações do PL 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa 6. Demonstração do Valor Adicionado (agregado) 7. Notas Explicativas 8. Relatório da Administração CPC 26
34 Ativo Ativo Circulante Realizável a LP Permanente Investimentos Imobilizado Diferido Ativo Ativo Circulante Ativo Não circulante Realizável a LP Investimentos Imobilizado Intangível ESTRUTURA DO ATIVO
35 Passivo Passivo Circulante Exigível a LP Resultado de Exercícios futuros Participação minoritária Patrimônio Líquido Capital Reservas LPA Passivo Passivo Circulante Não Circulante Minoritários Patrimônio Líquido Capital Reservas AAP PA ESTRUTURA DO PASSIVO
36 Balanço Patrimonial Ativo Circulante Não Circulante.Realizável LP.Investimentos.Imobilizado.Intangível Passivo Circulante Não Circulante Patrimônio Líquido
37 PRINCIPAIS CONTAS ALTERADAS Disponível Aplicações Financeiras Títulos Descontados Ativo Permanente Propriedades p/investimento Ativo Diferido Ativo Intangível Exigível a Longo Prazo Resultado Exercícios Futuros Reserva de Subvenções Reserva de Incentivos Fiscais Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial Lucros Acumulados Não controladores Resultado Não Operacional Caixa e Equivalentes de Caixa Investimentos Financeiros Passivo Garantia de Financiamento Não existe mais Novo grupo Não existe mais Novo grupo Não Circulante Reclassificado (PC ou PNC) DRE DRE Suspensa Novo grupo Totalmente Distribuído Dentro do PL do Controlador Não existe mais Novo Limite: O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Art. 199, Lei 6.404/76
38 Por Natureza DRE ou DRP Receitas Outras Receitas Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração Consumo de matérias-primas e materiais Despesa com benefícios a empregados Depreciações e amortizações Outras despesas Total da despesa Resultado antes dos tributos Por Função Receitas Custo dos produtos e serviços vendidos Lucro bruto Outras receitas Despesas de vendas Despesas administrativas Outras despesas Resultado antes dos tributos CPC 26,
39 Governo Sócios Empregado Financiadores VALOR ADICIONADO PRODUZIDO DFC Opera cional Inves timen tos Finan ciame ntos CPC 03 (Direto ou Indireto) CPC 09 DFC x DVA
40 No Brasil, a prática comum é de se utilizar as tabelas fornecidas pela legislação do imposto de renda. Em outras palavras, o que se faz no Brasil não é uma depreciação econômica, mas sim uma depreciação fiscal. As depreciações relativas ao Ativo Imobilizado também sofrerão profundas modificações. A Lei nº estabelece que as depreciações de tais ativos deverão respeitar a vida útil econômica dos bens No Brasil não se utiliza a depreciação econômica Vida útil econômica é o período de tempo estimado tecnicamente em que se espera obter benefícios futuros de um ativo. DEPRECIAÇÃO
41 Se o bem tem uma taxa de depreciação permitida pela legislação fiscal, ex. 10%aa Faz-se a depreciação pelo valor nominal total Depreciação Fiscal faz-se a depreciação em dez anos sem se considerar qualquer outro detalhe o valor residual igual a zero Não interessa se esse bem tem uma vida útil de 5 ou 10, ou 15 anos para a sua empresa DEPRECIAÇÃO
42 Espera-se que as depreciações a serem consideradas pelas empresas a partir do ano de 2008 reflitam, de forma absolutamente adequada, o desgaste ou a perda de valor econômico que tais bens estejam sofrendo. Não se espera encontrar mais nas DRE registros de depreciações que sejam feitos simplesmente porque a legislação fiscal nos autoriza. Espera-se que os ativos que tenham para a empresa uma vida útil de 30 ou 40 anos não sejam depreciados em 5 ou 10 anos apenas porque a Receita Federal autoriza. O registro contábil deverá refletir a realidade da vida útil de cada bem, considerando o seu valor de recuperação. DEPRECIAÇÃO
43 Os contabilistas utilizarão de forma mais constante sua capacidade de julgamento, e isso poderá criar grandes dificuldades, afinal subjetividade é algo inerente às pessoas, portando sem condições para fixação de regras. Assim, serão de todo recomendável que esteja presente, cada vez mais, a máxima proferida pelo prof. Sérgio de Iudícibus: Subjetivismo Responsável
44 Não esperem receitas de como isso deverá ser feito. Nós teremos que treinar muito Todos nós deveremos aprender isso de forma conjunta. não esperem metodologia s Esse tipo de procedimen to, afetará muito a vida dos contadores teremos que aprender muito Só assim ter-se-a demonstrações que representam de forma adequada, o resultado de qualquer atividade. não esperem regras É isso que se espera dos contadores, atuais e futuros, é isso que se espera das futuras demonstrações contábeis. Mensagem da Fipecafi
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