GENERÔS TEXTUAIS NA ESCOLA: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS NO PROJETO PIBID.

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Maria do Mar de Vieira Cerveira
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1 GENERÔS TEXTUAIS NA ESCOLA: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS NO PROJETO PIBID. Luana Sardinha Lourenço Universidade Sagrado Coração, Bauru/SP Vivian Palomo de Paula Universidade Sagrado Coração, Bauru/SP Orientadores Helena Aparecida Gica Arantes Universidade Sagrado Coração, Bauru/SP Lívia Maria Ribeiro Leme Anunciação Universidade Sagrado Coração, Bauru/SP Comunicação oral Relato de Experiência RESUMO Introdução Este trabalho tem como objetivo relatar as experiências vividas no Projeto PIBID no mês de abril de 2014, com alunos de uma escola municipal de uma cidade do interior de São Paulo, na qual o tema abordado foram os gêneros textuais. Trabalhar os diversos gêneros textuais com crianças é de extrema importância, pois expande o universo social e cultural dessas crianças. De acordo com Borges (2012): Os gêneros textuais têm sido objeto de estudo constante por parte dos pesquisadores preocupados com uma prática que privilegie a interação verbal e as diversas situações de interlocução. 1

2 Por isso, é importante trabalhar os gêneros textuais, pois é a partir do seu entendimento que possibilita ao leitor a uma melhor interação verbal. Baltar (2006) afirma que: (...) a competência que os falantes/escritores e os ouvintes/ leitores de uma determinada língua devem desenvolver em si é uma competência discursiva e interacionista. Essa competência discursiva é a capacidade que um usuário de uma língua tem de interagir com outro usuário, a partir da apropriação dos gêneros textuais para a consequente produção de textos empíricos que circulam nas diversas esferas sociais. Com isso, os gêneros textuais além de possibilitar uma melhor interação verbal, possibilitam a produção de textos mais elaborados, na qual é de extrema importância para crianças em idade escolar. Método Os dados foram obtidos através da contação de histórias e outras atividades lúdicas que despertaram o interesse dos alunos pela literatura como fonte de informação e recreação, bem como coletados semanalmente e descritos nos diários de campo. A turma foi dividida em dois grupos: A (1º, 2º e 3º anos) e B (4º e 5º anos). Utilizamos de alguns gêneros textuais como fábulas, contos e história em quadrinhos, para nortearem nossa discussão. Resultados e discussões Na primeira semana, iniciamos o assunto fábulas com o grupo B contando a fábula da galinha dos ovos de ouro e encenamos com uma galinha de pelúcia. Logo após, para tornar a aula mais divertida, confeccionamos ovos de EVA, na qual enfeitaram seus ovos com lantejoulas, lápis de cor e canetinhas. Para finalizar, como os alunos precisam praticar a matemática, fizemos quadrados enumerados de um a dez para uma dinâmica dos ovos, na qual enquanto cantávamos a música da galinha do vizinho, os alunos tinham que colar a quantidade de ovos que a música falava, no respectivo quadrado enumerado, 2

3 porém não tivemos sucesso, pois eles estavam muito agitados devido a competição que havia, o que não nos possibilitou fazer a dinâmica de acordo. Segundo Baltar (2004, p.176): A competência que os falantes/escritores e os ouvintes/leitores de uma determinada língua devem desenvolver em si é uma competência discursiva e interacionista. Com o grupo A, contamos a mesma fábula, porém com uma atividade mais prazerosa e de acordo com a idade deles (6 a 8 anos) que envolvesse criatividade e imaginação. Percebemos que os alunos, de modo geral, gostaram muito da atividade proposta e foi através da dinâmica realizada que fixamos o conhecimento sobre o que era a fábula. Na segunda semana, iniciamos o assunto contos com grupo B com o conto dos três porquinhos e da chapeuzinho vermelho. Como os alunos precisam praticar a escrita, o conto foi apresentado por meio de um vídeo, na qual o pausamos no final da história para que os alunos utilizassem da imaginação e escrevessem um final diferente para a história. Após, encenamos o conto dos três porquinhos e da chapeuzinho vermelho com máscaras que levamos para eles, a fim de tornar a atividade mais prazerosa e utilizar do lúdico para fixação do conhecimento. Em Dallabona et. al. (2004, p. 107): O lúdico permite um desenvolvimento e uma visão de mundo mais real. Por meio das descobertas e da atividade, a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Com o grupo A, o mesmo vídeo foi apresentado, porém a atividade que fizeram foram cruzadinhas, a fim de utilizarem a atenção para procurarem personagens do conto. Os alunos também fizeram a encenação do conto com as máscaras que levamos, porém houve alguns desinteresses no início, mas aos poucos os alunos foram se soltando e tiveram uma boa participação. Por fim, gostaram tanto de fazer a encenação que pediram para fazer de novo na próxima semana e prometemos que iríamos fazer mais encenações na última semana. 3

4 Percebemos que nesta semana, todos os alunos dos grupos A e B, adoraram o assunto e as atividades que proporcionamos sobre contos. Na terceira semana, as atividades foram feitas com ambas as turmas no laboratório de informática, na qual trabalhamos com as histórias em quadrinhos. Para que os alunos pudessem conhecer como montar uma história em quadrinhos, apresentamos para eles o programa HQ, na qual eles deveriam montar uma história em quadrinhos com o tema lixo. Visando tornar a história mais interessante, eles deveriam criar um super-herói que conscientizava as pessoas sobre a produção do lixo e seu impacto no meio ambiente. Apesar do tempo escasso que tínhamos para trabalhar com ambas as turmas, tivemos bons resultados neste dia, pois surgiram muitas histórias interessantes e a maioria já sabia como utilizar o programa. Este dia foi muito produtivo e gratificante e as crianças adoraram montar histórias em quadrinhos e conhecer mais este gênero textual. Na quarta fizemos as atividades com o grupo A e B, na qual retomamos os gêneros textuais já trabalhados. Para finalizarmos o tema, lemos vários livros, alguns de fábulas, outros de contos e também algumas histórias em quadrinhos a fim de que os alunos percebessem as diferenças em cada gênero textual apresentado. Francisco Junior (2013, p.201) afirma que: É importante que os educandos conheçam os diferentes gêneros textuais, mobilizando variados recursos de leitura, sendo a importância de se trabalhar com a diversidade dos gêneros textuais. Como os alunos adoraram a encenação que havíamos feito na semana do conto, a fim de proporcionar o divertimento, pedimos para que os alunos escolhessem algumas histórias que contamos para montarmos máscaras sobre aquelas histórias e por fim, fazermos a encenação deles. Considerações finais As atividades foram feitas com o objetivo de que os alunos pudessem, a partir do novo conhecimento, melhorar a produção de textos e a capacidade de desenvolver um discurso mais elaborado. 4

5 Com isso, os alunos puderam conhecer alguns dos gêneros textuais para que assim, pudessem ampliar seu conhecimento em relação aos diversos gêneros textuais existentes. Diante do exposto, podemos afirmar que é de extrema importância trabalhar os gêneros textuais nas escolas, pois atingimos o objetivo principal que é introduzir a capacidade de elaboração de textos e da desenvoltura das crianças em relação ao discurso. Podemos assim afirmar, pois após o mês de abril de 2014, os alunos elaboraram textos cada vez melhores e começaram a se comunicar de maneira mais adequada. Palavras-chave: Gêneros textuais; Livro; PIBID; Relatos do PIBID; Experiências do PIBID. REFERÊNCIAS BALTAR, Marcos. A competência discursiva e gêneros textuais: uma proposta pedagógica para a LPI. Trab. linguist. apl. 2006, vol.45, n.2, pp BORGES, Flávia Girardo Botelho. Os gêneros textuais em cena: uma análise crítica de duas concepções de gêneros textuais e sua aceitabilidade na educação no Brasil. Rev. bras. linguist. Apl. 2012, vol.12, n.1, pp DALLABONA, S.R.; MENDES, S.M.S. O lúdico na educação infantil: Jogar, brincar, uma forma de educar. Revista de Divulgação Técnico-Científica do ICPG, Santa Catarina, Vol. 1, N. 4, p Jan./Março FRANCISCO JUNIOR, Wilmo Ernesto. Produção textual em diferentes gêneros: um caso na formação de professores de química. Educ. rev. 2013, vol.29, n.2, pp

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