Positivo Informática registra crescimento de 151% da receita líquida de celulares

Transcrição

1 Positivo Informática registra crescimento de 151% da receita líquida de celulares Curitiba, 13 de maio de 2016 A Positivo Informática S.A. (BM&FBOVESPA: POSI3) anuncia hoje seus resultados do 1T16. As informações financeiras e operacionais a seguir se referem aos resultados consolidados da Positivo Informática S.A. e estão apresentadas em IFRS e em reais (R$). As comparações, exceto onde indicado, referem-se aos resultados do 1T15. DESTAQUES DO 1T16 Forte crescimento da venda de telefones celulares, com volume de 388 mil aparelhos, já representando 20% da receita líquida consolidada; Expansão de 266% das vendas de PCs sob a marca Positivo BGH, impulsionada pelas entregas de novos projetos educacionais da joint venture na África e na Argentina; Contínua captura de eficiência em pós-vendas; Normalização da rentabilidade da operação brasileira, retomando patamares anteriores à crise; Redução das despesas gerais e administrativas de 30%, mesmo sob efeito de elevada inflação e do dissídio coletivo; Crescimento de 4,3% do EBITDA Ajustado para R$ 30 milhões; Lucro Líquido Ajustado de R$ 16,1 milhões, revertendo o resultado ajustado negativo apresentado no 1T15; Boa evolução da redução do excesso de estoques; Monetização de R$ 22 milhões em ativos tributários, como reflexo do deslocamento da produção para Manaus; Redução do endividamento líquido para R$ 244,7 milhões, o menor fechamento trimestral desde o 2T13, reduzindo a relação Dívida Líquida / EBITDA Ajustado para 2,7x.

2 1) DESTAQUES FINANCEIROS Demonstrações de Resultados Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Receita Líquida 452,0 496,4 375,6-16,9-24,3 EBITDA Ajustado* 28,6 11,4 29,9 4,3 163,0 Lucro (Prejuízo) Líquido 11,5 (53,0) (10,4) -190,4-80,4 Lucro (Prejuízo) Líquido Ajustado** (10,2) (49,8) 16,1-257,0-132,3 Margem EBITDA Ajustada 6,3% 2,3% 7,9% +1,6 p.p. +5,7 p.p. Múltiplo Dívida Líquida - fim de período 270,1 264,6 244,7 EBITDA Ajustado - últimos 12 meses 129,8 90,1 90,9 Múltiplo Dívida Líquida / EBITDA Ajustado 2,1x 2,9x 2,7x * Ajustado pelo efeito caixa do hedge cambial dos insumos, pela adição de 50% do EBITDA da joint-venture IFSA e por itens não recorrentes reconhecidos no resultado do 1T15 e 4T15. Maiores detalhes na seção 4.3) EBITDA. ** Ajustado expurgando os efeitos da marcação a mercado dos instrumentos de hedge cambial e da atualização das obrigações em aberto denominadas em moeda estrangeira, ambos efeitos sem efeito caixa nos períodos. 2) CONTEXTO ATUAL DA INDÚSTRIA DE HARDWARE E DA COMPANHIA A demanda por dispositivos de hardware no Brasil se manteve desaquecida no 1T16, em função do quadro de aumento do desemprego, recessão e baixa confiança do consumidor, que atingiu nos primeiros meses de 2016 seu piso histórico desde o início da série do ICC-FGV, inibindo as vendas no varejo. Os mercados de governo e corporativo também iniciaram o ano de forma lenta, refletindo a contenção de despesas por órgãos públicos e a postergação de investimentos das empresas, que ainda aguardam uma definição do cenário político e sinais de retomada da atividade econômica. De acordo com a IDC, a queda do mercado de PCs atingiu 47% em relação ao 1T15, período em que a contração da demanda ainda não se apresentava tão profunda quanto a que foi observada a partir de abril. De fato, o 1T15 foi o trimestre de maior volume no mercado brasileiro de PCs no ano passado. Diante destes indicadores, há um importante fator que tem mitigado o impacto da conjuntura: ao contrário do que ocorreu em 2015, em 2016 os participantes do mercado de hardware puderam melhor dimensionar estoques e produção, atingindo um equilíbrio significativamente mais saudável entre oferta e demanda, recuperando, desta forma, os patamares de margem do setor em relação aos níveis baixos praticados nos últimos trimestres no Brasil. A Positivo Informática seguiu concentrando esforços em sua agenda de diversificação de receitas, recuperação de rentabilidade e aumento da geração de caixa, que a Administração entende ser fundamental para o desenvolvimento sustentável de longo prazo dos negócios companhia. Sobre esses pilares estratégicos, destacamos os seguintes avanços no 1T16: Diversificação de receitas Celulares: A companhia renovou seu recorde de faturamento de telefones celulares no 1T16, com receita líquida de R$ 75 milhões (+151%), impulsionada pela venda de smartphones. Adicionalmente, a companhia acredita ser capaz de manter uma taxa de crescimento anual de três dígitos neste segmento nos próximos trimestres, a julgar pelo grande volume de pedidos gerado pela boa aceitação da linha produtos e pela entrada em novos clientes, o que tem permitido um rápido crescimento em market share no mercado brasileiro. 2

3 Operações internacionais em joint venture (Positivo BGH): no 1T16, as vendas sob a marca Positivo BGH apresentaram forte crescimento, totalizando 140 mil PCs (+266%). Este resultado foi atingido graças à entrega de grandes volumes de computadores para projetos educacionais na Argentina e em Ruanda. Cumpre destacar que, por força da regulamentação contábil (IFRS 11 Joint Arrangements), este faturamento não é consolidado na receita divulgada pela companhia e seu resultado fica refletido unicamente na linha de Equivalência Patrimonial. No 1T16, a linha de equivalência patrimonial apresentou ganho líquido de R$ 29 milhões (+1.297%), impulsionada pela expansão das operações internacionais. Marcas premium Quantum e VAIO: no 1T16, a companhia reconheceu novas receitas com vendas de marcas recém introduzidas em seu portfólio, inexistentes no 1T15. Em setembro de 2015, a companhia lançou com sucesso a unidade de negócios Quantum, focada na venda direta de smartphones de alta configuração. Desde então, os produtos Quantum têm sido comercializados via comércio eletrônico próprio ( marketplaces e quiosques. Em outubro de 2015, foram iniciadas as vendas da marca VAIO. Foi a primeira parceria internacional neste formato anunciada pela VAIO Corporation. Desde então, a companhia passou a atuar no segmento high premium de notebooks, que tem como característica ser menos suscetível às flutuações do mercado. A entrada do novo portfólio não representou aumento de estrutura da companhia, uma vez que a VAIO continua responsável pelo desenvolvimento de produtos. Rentabilidade Nos últimos trimestres, a companhia implantou uma série de medidas voltadas à melhora de seus resultados. No início de 2016, em paralelo à normalização dos estoques na indústria, a companhia tem capturado os ganhos de eficiência operacional e auferido benefícios da redução do custo fixo, possibilitando a recuperação de sua rentabilidade. Normalização dos estoques na empresa e no mercado: a companhia tem praticado forte gestão das compras de insumos, com o objetivo de eliminar a geração de excesso de estoques. Estas ações contribuem para a melhora da margem de contribuição ao reduzir a necessidade de descontos para acelerar o escoamento de itens de giro lento em estoque. Adicionalmente, dado o reequilíbrio entre oferta e demanda no Brasil, o mercado doméstico tem operado com um patamar normalizado de preços. Redução do custo com assistência técnica e garantia: foram realizadas alterações na operação que geraram ganhos unitários da ordem de 25% no custo de pós-vendas da companhia. Entre as medidas, destaca-se a revisão da logística de peças de reposição, a maior concentração de serviço de reparos em locais mais próximos aos grandes centros consumidores e a implantação de inspeção adicional de qualidade na Ásia. Redução do custo fixo: ao longo de 2015, a companhia realizou cortes de despesas e de pessoal, de forma a adequar o tamanho de sua estrutura administrativa ao menor faturamento. Os gráficos a seguir mostram a recuperação da margem da companhia no 1T16, já em patamar superior ao observado antes do período das liquidações, que ocorreram no segundo semestre de A redução de 17% em um ano representa um ganho real de aproximadamente 25%, dada a elevada inflação entre os períodos. 3

4 Margem das Vendas¹ (% da Receita Líquida) Despesas Gerais e Administrativas (R$ milhões) -17% ¹Calculada pela receita líquida deduzida do CPV ajustado pelo hedge, das despesas com vendas e depreciações Geração de Caixa Plano de Monetização de Ativos Tributários (Projeto Manaus): em novembro de 2015, a companhia executou a migração da totalidade da produção de PCs e tablets de Curitiba para a Manaus, como parte do plano de monetização de ativos tributários, divulgado ao mercado em agosto do mesmo ano. Conforme detalhado na ocasião, o novo arranjo de fábricas proporcionará um importante influxo de caixa nos próximos anos. A razão é o diferimento do pagamento de impostos nas compras de insumos voltados à produção na Zona Franca de Manaus, que passa a ser pago na venda dos produtos acabados. Desta forma, espera-se uma redução significativa da geração de novos créditos tributários e, por conseguinte, uma aceleração do consumo do saldo de impostos federais a recuperar detido. Como efeito do plano, no 1T16 a companhia monetizou R$ 22 milhões de seus créditos tributários, conforme pode ser observado pela redução de mesmo montante da conta de Impostos a Recuperar. A monetização do trimestre representa 27,5% do total simulado para um ano no quadro abaixo, mesmo tendo sido um trimestre de baixo faturamento. Simulação de Eficiência Tributária¹ Caixa - R$ milhões Impostos a Recuperar Simulado Ano Realizado 1º Tri T15 (71) 80 (19) R$ 151 MM vs T16 +R$ 41 MM vs. 1T15 ¹Simulado com base na repetição do perfil de faturamento de 2015 nos próximos anos, no novo arranjo de plantas 4

5 Redução do excesso de estoques: em junho de 2015, companhia lançou medidas para reduzir o excesso de estoques então existente e, principalmente, evitar sua reincidência. Adicionalmente, foram realizadas promoções de produtos com maior tempo de inventário, majoritariamente no segundo semestre de No fechamento do 1T16, a companhia manteve seu conservadorismo na gestão de inventário e conseguiu manter a trajetória de queda do excesso de estoques, encerrando o período em R$ 83 milhões, redução de 43% em relação ao fim do 1T15. Ações para redução do estoque Excesso de Estoques (acima de 54 dias de produção)* R$ milhões * Para fins de apuração, consideramos como excesso o estoque que supera 54 dias de produção, que representa o tempo médio desde a entrada dos materiais em estoque até a expedição dos produtos acabados. Posição de Caixa e Dívida Líquida: as iniciativas de geração de caixa e a forte disciplina de capital de giro contribuíram para a redução da dívida líquida, que encerrou o 1T16 em R$ 245 milhões, o menor fechamento trimestral desde o 2T13. Também como parte de sua estratégia financeira conservadora, a companhia tem mantido elevada posição de caixa, com disponibilidades totais de R$ 491 milhões no fim do 1T16. Perspectivas A companhia inicia o ano com uma melhor perspectiva para o desenvolvimento de seus negócios. Os fatores-chave de melhoria de resultados para 2016 enumerados na última divulgação de resultados têm ocorrido acima do esperado. Elencamos a seguir os fatores que estão contribuindo para a melhoria dos resultados da companhia no ano: Celulares: o amadurecimento da operação de celulares será a principal conquista de Tem sido notável o avanço das vendas a novos clientes e a boa aceitação da nova linha de produtos. Conforme mencionado, a aceleração das vendas e volume de pedidos possui potencial para manter a atual taxa de crescimento anual de três dígitos nos próximos trimestres, acompanhado de um importante crescimento em market share no mercado brasileiro. 5

6 ,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% Evolução Market Share Positivo Celulares (Brasil) Projeção do Mercado Brasileiro de PCs e Celulares (US$ bilhões 2016E) 4,3% 3,2% 3,4% 2,2% 1,4% 1,3% 0,3% 3T14 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 Fonte: IT Data Fonte: IDC Retomada das vendas no mercado brasileiro de governo: após um início de ano lento, as vendas a clientes de governo no Brasil estão sendo retomadas a partir do 2T16. A companhia possui uma carteira de entregas no Brasil de cerca de 200 mil equipamentos, com configurações robustas e elevados preços médios, dos quais apenas 35 mil foram entregues no 1T16. A cobertura do risco cambial destas vendas já foi majoritariamente coberta, mitigando significativamente o risco de deterioração de margem no momento do reconhecimento de sua receita. Plano de monetização de ativos tributários: a companhia deverá acelerar a monetização de créditos tributários com a migração de parte da produção de celulares para a nova fábrica em Manaus, a partir de maio de Caso se confirme a forte expansão de vendas de aparelhos, a geração de caixa do projeto deve a superar em 2016 os R$ 80 milhões simulados para um ano. Redução do excesso de estoque: a geração de caixa em 2016 tende a ser favorecida pela continuidade da curva de queda do excesso de estoques. A companhia encerrou o 1T16 com R$ 83 milhões em excesso de estoques, redução de 67% em relação ao pico registrado em setembro de Maior conservadorismo na operação de PCs no Brasil: a companhia tem adotado firmes controles sobre a operação de computadores, em especial no mercado de varejo, com o objetivo de minimizar riscos de sobra de inventário e proteger a rentabilidade. Tais ações incluem a priorização da margem em detrimento de volume e a adoção de um portfolio mais enxuto. Continuidade do plano de redução do custo fixo: em abril de 2016, foi concluída uma reestruturação dos cargos gerenciais, culminando na redução de 20% destas posições de liderança da companhia no Brasil. O efeito desta segunda etapa de cortes deverá ser refletido nos resultados a partir do 2T16. Ampliação das operações internacionais: as operações internacionais sob a marca Positivo BGH, fruto da joint venture da companhia com o grupo argentino BGH, devem ser expandidas em Desde o início das entregas para um projeto educacional em Ruanda, a companhia tem prospectado oportunidades em outros países do continente com boa receptividade. No momento, a companhia está em fase avançada de discussões acerca de novos contratos de grande porte para fornecimento de PCs e tablets para estudantes na região. 6

7 3) VOLUMES E RECEITAS 3.1) VOLUMES No 1T16, as vendas de PCs registraram volume de 313,6 mil equipamentos, praticamente estável na comparação anual. As vendas de computadores no Brasil recuaram 37,7%, acompanhando a retração do mercado causada pela crise econômica, não representando, portanto, alteração de market share. As vendas na Argentina e em Ruanda, sob a marca Positivo BGH, cresceram 265,6%, impulsionadas pela entrega de grandes projetos envolvendo laptops educacionais. Os telefones celulares novamente apresentaram forte expansão, fechando o 1T16 com um total de 388,4 mil aparelhos comercializados, praticamente o dobro do realizado há um ano. O crescimento das vendas foi favorecido pelo bom desempenho dos smartphones, com aumento de 149,7%, e a boa desenvoltura no mercado de varejo, distribuidores e nas novas frentes de vendas diretas (e-commerce, marketplaces e quiosques). As vendas de tablets reduziram 79,2% em relação ao 1T15, basicamente em função da decisão da companhia em restringir a venda deste form fator no Brasil. A companhia decidiu vender tablets no varejo apenas em projetos pontuais e sob encomenda. Nos mercados corporativos e de governo continua a atuar normalmente. Esta decisão de atuação mais restrita no varejo se deu pela baixa competitividade das empresas participantes do mercado oficial no segmento de entrada (que é o mais volumoso) e pela dominância de empresas que atuam de forma heterodoxa do ponto de vista tributário, o chamado mercado cinza. Volume de Vendas Var% Var% Hardware (unidades) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 PCs ,0-8,2 Desktops ,7-47,5 Notebooks ,8 14,7 Canal ,0-8,2 Varejo ,8-24,1 Governo ,5 15,8 Corporativo ,1-35,6 Marca ,0-8,2 Positivo ,7-35,0 Positivo BGH (Joint Ventures) ,6 87,2 Telefones Celulares ,9 18,5 Smartphones ,7 24,0 Feature Phones ,2 13,5 Tablets ,2-72,0 Positivo ,4-87,1 Positivo BGH (Joint Ventures) ,7-52,5 7

8 Participação dos Dispositivos nas Vendas (unidades) PCs e Tablets Telefones Celulares Composição da Receita Líquida de Hardware Produto Canal NB 35,2% Outros 8,7% Outros 12,3% NB 33,4% Gov. 41,6% Gov. 32,0% DT 40,1% TC 6,6% TB 9,4% TB 0,6% TC 19,9% DT 33,8% Varejo 43,4% Corp. 15,0% Corp. 8,1% Varejo 59,9% 1T15 1T16 1T15 1T16 NB: Notebooks TB: Tablets DT: Desktops TC: Telefones Celulares Corp : Corporativo Gov.: Governo Varejo: 59,9% da receita líquida no 1T16 R$ 221,3 milhões (+14,6%) As vendas no varejo registraram 135,7 mil PCs no 1T16, redução de 29,8% em relação ao 1T15. O volume foi representado por 100,8 mil notebooks (-28,7%) e 34,9 mil desktops (-32,7%). A redução em PCs está alinhada com o desempenho desfavorável do mercado, tendo em vista a queda da atividade econômica e da confiança do consumidor brasileiro, e ao fraco giro de produtos nas lojas durante o quarto trimestre de 2015, inibindo assim o reabastecimento dos canais nos meses de janeiro e fevereiro. As vendas de telefones celulares cresceram 96,9% no 1T16, totalizando 388,4 mil unidades. O aumento de volume foi gerado pela maior entrega no mercado de varejo, distribuidores e nas novas frentes de vendas diretas (e-commerce, marketplaces e quiosques). Para os próximos trimestres, a Companhia espera uma forte aceleração de vendas, com um avanço significativo de participação de mercado. 8

9 Os tablets, por sua vez, apresentaram redução de 41,7%, com volume de 22,7 mil unidades. O principal fato causador do recuo foi a decisão da companhia de restringir a venda deste formato no varejo brasileiro, preservando assim sua rentabilidade. Governo: 32,0% da receita líquida no 1T16 R$ 118,1 milhões (-36,3%) O 1T16 apresentou crescimento das entregas ao mercado de governo, totalizando 164,5 mil PCs (+93,5%). O volume foi impulsionado pelas grandes entregas de laptops educacionais nas operações internacionais em joint venture sob a marca Positivo BGH, em projetos na Argentina e em Ruanda, representadas por 91,5 mil e 37,3 mil unidades, respectivamente. No Brasil, foi realizado volume de 35,6 mil PCs (-50,7%). Carteira de entregas 2016: a companhia abre o ano com uma carteira de projetos de 500 mil PCs e tablets para entrega no Brasil, na Argentina, no Uruguai e em Ruanda, sob as marcas Positivo e Positivo BGH. Corporativo: 8,1% da receita líquida no 1T16 R$ 29,8 milhões (-55,4%) As vendas corporativas no 1T16 apresentaram uma redução de 72,5% em relação ao 1T15, totalizando 15,1 mil PCs e tablets. Este volume está representado por 20,8 mil PCs (-52,9%) e 7,9 mil tablets (-2,4%). As vendas de PCs foram afetadas pelas postergações de investimentos por parte das empresas diante do cenário econômico adverso. 3.2) PREÇO MÉDIO Apresentamos a seguir os fatores que influenciaram a variação de preço médio dos produtos no 1T16 em relação ao 4T15: Desktops: +14,8%, em função do repasse de preços e maiores configurações médias, refletidas no aumento da proporção de equipamentos com processadores da família Core i da Intel nos mercados de varejo e de governo. Notebooks: +16,2% em relação ao 4T15, decorrente de menores vendas promocionais, repasse de preços e maiores configurações médias. Tablets: +31,7%, em função de menores vendas promocionais com a finalidade de reduzir o excesso de estoques, efetivadas em maior volume no 4T15. Telefones celulares: -6,1% vs. o 4T15 em função da maior proporção de vendas de smartphones com a marca Positivo, o qual possui ticket médio inferior. 9

10 Preço Médio Var% Var% Positivo (1) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Dólar Médio do Período (2) 2,8618 3,8332 3, ,9 0,7 Desktops Em R$ 1.695, , ,7 31,6 14,8 Em US$ 589,4 506,6 577,9-2,0 14,1 Notebooks Em R$ 1.040, , ,3 21,5 16,2 Em US$ 365,6 284,1 327,4-10,4 15,2 Tablets Em R$ 485,3 334,7 440,9-9,1 31,7 Em US$ 164,5 86,9 114,9-30,2 32,2 Telefones Celulares Em R$ 177,5 237,0 222,6 25,4-6,1 Em US$ 59,7 61,7 57,4-3,9-7,0 ¹Considera apenas os produtos comercializados no mercado brasileiro. ²Cálculo da companhia, ponderado pela venda mensal para reduzir distorções sazonais, com base na PTAX Venda do BACEN. 3.3) RECEITA BRUTA A receita bruta registrou R$ 415,9 milhões no 1T16, redução de 21,3% em relação ao 4T15 e redução de 14,9% na comparação anual. Receita Bruta Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Receita Bruta Total 488,4 528,3 415,9-14,9-21,3 Hardware Produto 481,2 519,2 409,3-14,9-21,2 Desktops 193,1 229,5 139,2-27,9-39,3 Notebooks 171,1 161,7 140,4-17,9-13,2 Telefones Celulares 35,0 77,7 86,5 146,9 11,3 Tablets 47,2 16,6 2,8-94,0-83,1 Outros 34,8 33,7 40,4 15,9 19,7 Hardware Canal 481,2 519,2 409,3-14,9-21,2 Varejo 219,4 258,6 263,4 20,1 1,9 Governo 190,6 197,3 113,3-40,6-42,6 Corporativo 71,2 63,3 32,6-54,2-48,5 Tecnologia Educacional 7,2 9,1 6,6-8,7-27,7 3.4) DEDUÇÕES SOBRE A RECEITA BRUTA As deduções da receita bruta, compostas por impostos e devoluções, totalizaram R$ 40,3 milhões no 1T16 correspondendo a 9,7% do faturamento, aumento de 2,2 p.p. em relação ao 1T15 em decorrência da nova cobrança do diferencial de alíquota de ICMS para vendas diretas interestaduais.. 10

11 3.5) RECEITA LÍQUIDA Receita Líquida Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Receita Líquida Total 452,1 496,4 375,6-16,9-24,3 Hardware Produto 445,3 487,9 369,3-17,1-24,3 Desktops 181,5 221,7 127,1-30,0-42,7 Notebooks 158,9 152,2 125,0-21,4-17,9 Telefones Celulares 29,8 65,6 74,8 150,7 14,0 Tablets 42,3 15,2 2,3-94,5-84,7 Outros 32,8 33,2 40,1 22,4 20,8 Hardware Canal 445,3 487,9 369,3-17,1-24,3 Varejo 193,2 235,2 221,3 14,6-5,9 Governo 185,3 194,9 118,1-36,3-39,4 Corporativo 66,8 57,7 29,8-55,4-48,4 Tecnologia Educacional 6,8 8,5 6,3-6,4-25,7 4) DESEMPENHO FINANCEIRO 4.1) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV) E LUCRO BRUTO Custo dos Produtos Vendidos Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Matéria Prima e Insumos (337,2) (376,0) (276,7) -17,9-26,4 Depreciação e Amortização (3,5) (15,7) (5,5) 55,1-65,2 Outros (17,5) (18,2) (11,5) -34,3-36,7 Total (358,2) (409,9) (293,7) -18,0-28,3 Conciliação CPV ajustado (+) Efeito caixa do hedge dos insumos* 11,5 (2,1) (1,0) -108,7-52,4 Total ajustado (346,7) (412,0) (294,7) -15,0-28,5 * Representa os valores recebidos (ou pagos) pela companhia em instrumentos de hedge cambial contratados para a cobertura dos insumos dolarizados. Tais valores são líquidos da variação cambial sobre as faturas em dólar. Custo dos Produtos Vendidos (% da Receita Líquida) 79,2% 80,5% 82,3% 82,6% 78,2% 76,7% 80,7% 78,4% 83,0% 78,5% 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 CPV CPV ajustado pelo hedge 11

12 O CPV ajustado pelo hedge representou 78,5% da receita líquida consolidada, redução de 4,5 p.p. em relação ao 4T15, refletindo a retomada do patamar normalizado das margens de contribuição e menor intensidade de vendas promocionais do excesso de estoques, que ocorreram em maior proporção no segundo semestre de Insumos A conta de matéria-prima e insumos com ajuste do hedge correspondeu a 73,9% da receita líquida no 1T16, redução de 2,2 p.p. em relação ao 4T15. A melhora decorreu da normalização da precificação, dado que houve significativa redução das vendas promocionais no início de A companhia entende que a análise desta conta com ajuste pelo resultado da variação cambial é a forma mais adequada para compreender a dinâmica das margens, pois a precificação é estabelecida considerando as posições de hedge contratadas, que são exigidas por política interna. Outros Os outros custos totalizaram 3,1% da receita líquida do 1T16, reduções de 0,8 p.p. e 0,6 p.p em relação ao 1T15 e ao 4T15, respectivamente, em função das ações realizadas pela companhia para obter ganhos em eficiência de custos com mão-de-obra e estrutura administrativa das fábricas. Lucro Bruto O lucro bruto registrou R$ 81,9 milhões no 1T16, acompanhado de margem bruta de 21,8%. Com os dados ajustados pelo hedge, a margem bruta registrou 21,5% no 1T16, aumento em 4,5 p.p quando comparado ao 4T ) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Operacionais Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Despesas com Vendas (77,8) (82,7) (59,7) -23,2-27,7 Despesas Gerais e Administrativas (28,6) (33,8) (23,7) -17,0-29,8 Resultado Financeiro 21,9 (14,1) (37,8) -272,9 168,1 Outras Receitas (Despesas) 0,3 (4,1) 0,3 4,5-107,8 Total (84,2) (134,7) (121,0) 43,7-10,2 Despesas com Vendas As despesas com vendas totalizaram R$ 59,7 milhões no 1T16 e corresponderam a 15,9% da receita líquida, redução de 1,3 p.p. em relação ao 1T15. A queda é decorrente dos ganhos de eficiência operacional com assistência técnica e garantia e menores despesas com P&D, que ocorreram em um patamar mais elevado no primeiro semestre de

13 Despesas com Vendas Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Marketing (25,4) (31,1) (25,5) 0,4-18,0 Assistência Técnica e Garantia (23,2) (25,7) (16,4) -29,2-36,1 Depreciação e Amortização (5,1) (6,5) (4,1) -20,8-37,0 Outros (24,0) (19,4) (13,7) -42,9-29,1 Total (77,8) (82,7) (59,7) -23,2-27,7 % da Receita Líquida 17,2 16,7 15,9-1,3 p.p. -0,7 p.p. Despesas com Vendas (% da Receita Líquida) Despesas de Marketing (% da Receita Líquida) 17,2% 16,2% 16,2% 16,7% 15,9% 5,6% 5,9% 6,7% 6,3% 6,8% 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 Despesas de Assistência Técnica e Garantia (% da Receita Líquida) Outras Despesas com Vendas (% da Receita Líquida) 5,1% 3,8% 4,9% 5,2% 4,4% 5,3% 5,1% 3,2% 3,9% 3,7% 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 Marketing Os investimentos em marketing totalizaram R$ 25,4 milhões no 1T16 e representaram 6,8% da receita líquida, crescimento de 1,2 p.p. em relação ao 1T15. O aumento está relacionado às maiores despesas com verbas de propaganda cooperada, em função do aumento de mix do mercado de varejo em 16,5 p.p na comparação anual. Assistência Técnica e Garantia Os recursos destinados à assistência técnica e garantia totalizaram R$ 16,4 milhões no 1T16 e representaram 4,4% da receita líquida, redução de 0,8 p.p. em relação ao 1T15, refletindo principalmente a queda da participação do governo no mix de vendas, os quais possuem maiores proporções de despesas desta natureza, e os ganhos de eficiência operacional com a centralização de serviços de reparo em conjunto com grandes clientes e melhorias na logística de envio de peças para reparo. 13

14 Despesas Gerais e Administrativas No 1T16, as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 23,7 milhões, redução de 17,0% em relação ao 1T15 e de 29,8% em relação ao 4T15. No período, o montante de R$ 6,7 milhões foi reconhecido como despesas com P&D e valores extraordinários, relativos principalmente a custos e indenizações de processos rescisórios. Expurgando-se o histórico de itens extraordinários e de gastos obrigatórios com P&D, esta conta teria registrado R$ 17,1 milhões, redução de 30,0% em relação aos dados também ajustados do 1T15. Gerais e Administrativas Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Pessoal e Remuneração dos Administradores (12,7) (9,9) (10,3) -19,5 4,0 Depreciação e Amortização (3,7) (3,6) (3,5) -6,9-3,9 Outros (7,9) (7,3) (3,4) -57,7-54,1 Subtotal - pré itens extraordinários e P&D (24,4) (20,8) (17,1) -30,0-17,8 (+) Itens extraordinários e P&D (4,2) (13,0) (6,7) 58,4-48,8 Total Geral (28,6) (33,8) (23,7) -17,0-29,8 Resultado Financeiro O resultado financeiro do 1T16 ficou negativo em R$ 37,8 milhões, impactado pela perda na conta de variação cambial, proveniente de marcação a mercado de instrumentos de hedge de insumos e atualização das obrigações futuras com fornecedores em aberto em moeda estrangeira, ambas sem efeito caixa, no montante de R$ 26,5 milhões. A variação cambial negativa foi causada pela forte queda da cotação do dólar, que passou de R$ 3,90 para R$ 3,56 ao longo do trimestre (-9%). A proteção cambial contratada refere-se, principalmente, a projetos de governo já precificados para entrega no Brasil no 2T16 e 3T16. Desconsiderando a conta de variação cambial, o resultado financeiro do 1T16 totalizou um montante negativo de R$ 10,3 milhões, apresentado uma melhora em 9,5% na comparação anual, quando a soma de receitas e despesas financeiras resultou uma perda de R$ 11,4 milhões.. Resultado Financeiro Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Efeito caixa do hedge dos insumos 11,5 (2,1) (1,0) -108,7-52,4 Marcação a mercado e outros itens não caixa 21,8 (3,2) (26,5) -221,8 727,6 Subtotal - Variação Cambial (a) 33,3 (5,3) (27,5) -182,7 418,7 Receitas Financeiras 12,7 24,9 22,8 79,2-8,6 Despesas Financeiras (24,1) (33,7) (33,1) 37,3-1,9 Subtotal - Custo da Dívida e outros (b) (11,4) (8,8) (10,3) -9,5 16,8 Total Geral (a + b) 21,9 (14,1) (37,8) -272,7 167,8 4.3) EBITDA Apresentamos a seguir uma conciliação do EBITDA Ajustado com o efeito caixa do hedge dos insumos. Adicionalmente, conforme apresentado na última divulgação de resultados, no ano de 2015 a companhia 14

15 incorreu em uma série de despesas extraordinárias relacionadas à transferência da produção de PCs e tablets de Curitiba para Manaus, rescisões não orçadas e excedente de despesas de P&D. Tais itens extraordinários não se repetiram no 1T16 mas, para fins de justa comparabilidade, mantivemos os ajustes mencionados no histórico de ) Ganho caixa do hedge dos insumos: representa os valores recebidos (ou pagos) pela companhia em instrumentos de hedge cambial contratados para a cobertura dos insumos dolarizados. Tais valores são líquidos da variação cambial sobre as faturas em dólar. Por serem integralmente ligados aos insumos, a companhia entende que seu resultado é operacional. 2) Rescisões extraordinárias: referem-se à adequação do quadro de colaboradores ao menor patamar de receita, dado o cenário recessivo, e à migração de posições de trabalho de Curitiba para Manaus. 3) Excedente de despesas de P&D: são desembolsos com projetos de P&D exigidos pela Lei de Informática, regulados em cerca de 2% da receita da companhia. Tais despesas foram previamente contratadas com base em uma perspectiva de faturamento maior do que a realizada. Sendo assim, nos primeiros nove meses de 2015, já haviam sido reconhecidas despesas suficientes para cobrir a obrigação do ano. 4) Despesas Projeto Manaus: referem-se a gastos que não foram considerados como investimento. 5) EBITDA Joint Venture (IFSA): refere-se a metade do EBITDA apurado pelas operações na Argentina e Ruanda, cuja participação da companhia nestas sociedades é de 50%. Divulgamos este ajuste desde o 1T13, devido à introdução de uma regulamentação contábil que passou a tratar joint ventures pelo método de equivalência patrimonial, que é excluído do cômputo do EBITDA tradicional. EBITDA Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Lucro (Prejuízo) Líquido 11,5 (53,0) (10,4) 190,4-80,4 Depreciação e Amortização 12,5 26,6 13,1 4,9-50,7 Resultado Financeiro (21,9) 14,1 37,8-272,9 168,1 Equivalência Patrimonial (2,1) 4,9 (28,7) 1.297,0-690,5 IR e Contribuição Social 0,1 - - N/A N/A (1) Efeito caixa do hedge dos insumos 11,5 (2,1) (1,0) -108,7-52,4 (2) Rescisões extraordinárias 0,6 5,7 - N/A N/A (3) Excedente de despesas de P&D 7,0 1,5 - N/A N/A (4) Despesas - Projeto Manaus - 0,6 - N/A N/A (5) EBITDA IFSA (50%) 9,3 13,1 19,0 104,5 45,0 EBITDA Ajustado 28,6 11,4 29,9 4,3 163,0 Margem EBITDA Ajustada (%) 6,3 2,3 7,9 +1,6 p.p. +5,7 p.p. Múltiplo Dívida Líquida - fim de período 270,1 264,6 244,7 EBITDA Ajustado - últimos 12 meses 129,8 90,1 90,9 Múltiplo Dívida Líquida / EBITDA Ajustado 2,1x 2,9x 2,7x Assim, o EBITDA Ajustado totalizou R$ 29,9 milhões no 1T16, aumento de 4,3% em relação ao 1T15, principalmente em função da normalização da margem de contribuição combinada com a redução do custo fixo na operação brasileira, bem como o forte resultado apresentado com as operações internacionais em joint venture, instaladas na Argentina e em Ruanda. 15

16 4.4) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO Foi apurado prejuízo líquido contábil de R$ 10,4 milhões no 1T16, impactado pelo reconhecimento de perda sem efeito caixa na conta de variação cambial, de R$ 26,5 milhões, relacionada à marcação a mercado de instrumentos de hedge de insumos e à atualização das obrigações com fornecedores em dólar, majoritariamente relativos a projetos de governo já precificados com entrega prevista a partir do 2T16. Expurgando tais efeitos de variação cambial sem efeito caixa, a companhia apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 16,1 milhões, revertendo o resultado negativo com semelhante tratamento do 1T15. Resultado Financeiro Var% Var% (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 1T16 X 1T15 1T16 X 4T15 Lucro (Prejuízo) Líquido 11,5 (53,0) (10,4) -190,4-80,4 Marcação a mercado e outros itens não caixa 21,8 (3,2) (26,5) -221,8 727,6 Lucro (Prejuízo) Líquido Ajustado (10,2) (49,8) 16,1-257,0-132,3 5) CAPITAL DE GIRO O capital de giro financeiro, composto pelos estoques, contas a receber e fornecedores, totalizou R$ 379,7 milhões no fim do 1T16, redução de 32,8% em relação ao 1T15, devido às medidas adotadas pela companhia para otimização do capital empregado. Cumpre destacar que os estoques encerraram o 1T16 em R$ 369,2 milhões, o menor nível dos últimos 7 anos, fruto da nova política de compras, com viés mais conservador, além das vendas promocionais efetuadas no segundo semestre de 2015 com o objetivo de monetizar o excesso de inventário. Capital de Giro COM Materiais em Trânsito (R$ Milhões final do período) 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 Contas a Receber 392,8 414,0 309,1 277,8 252,7 Estoques 521,1 568,7 530,9 393,7 369,2 Fornecedores (348,9) (396,3) (359,8) (283,1) (242,2) Capital de Giro 565,0 586,4 480,2 388,4 379,7 Capital de Giro SEM Materiais em Trânsito (em dias final do período) (1) Em dias da receita líquida (2) Em dias do CPV 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 Contas a Receber (1) Estoques (2) Fornecedores (2) (66) (79) (71) (55) (57) Ciclo de Conversão de Caixa

17 O capital de giro representou 21,5% da receita líquida anualizada em 31/03/2016, redução de 4,4 p.p. em relação ao registrado no 1T15. Na comparação anual, o ciclo de caixa registrou melhora de 22 dias. Evolução do Capital de Giro (em % da receita líquida dos últimos 12 meses) Evolução do Ciclo de Conversão de Caixa (em dias) -4,4 p.p dias 25,9% 28,5% 24,4% 21,1% 21,5% T15 2T15 3T15 4T15 1T16 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 6) FLUXO DE CAIXA E DÍVIDA LÍQUIDA No 1T16 a geração operacional de caixa ficou positiva em R$ 26,7 milhões, favorecida pela otimização do capital de giro e pela monetização de R$ 22,2 milhões em créditos tributários, principalmente em função do projeto Manaus. Fluxo de Caixa Sintético (R$ milhões) 1T15 4T15 1T16 Lucro (Prejuízo) Líquido do Período 11,5 (53,0) (10,4) (+) Depreciação e amortização 12,5 26,6 13,1 Geração de Caixa Interna 24,0 (26,4) 2,7 (+) Capital giro operacional 84,1 91,8 8,9 (+) Outros ativos e passivos (71,2) 8,6 15,1 Geração de Caixa Operacional 36,9 74,0 26,7 (+) Investimentos (7,2) (44,5) (6,8) (+) Dividendos 0,0 0,1 0,0 Aumento (Redução) da Dívida Líquida (29,7) (29,6) (19,9) Dívida (Caixa) Líquida no Início do Período 299,8 294,2 264,6 Dívida (Caixa) Líquida no Final do Período 270,1 264,6 244,7 A geração de caixa auferida no 1T16 permitiu uma redução do endividamento líquido da companhia da ordem de R$ 25,4 milhões, queda de 9,4% em relação ao verificado no 4T15. A porção representada por linhas de financiamento de longo prazo atingiu 64,8%. 17

18 Evolução da Dívida Líquida Trimestral (R$ milhões)* 68,4% 68,7% 52,2% 68,6% 64,8% *Inclui saldo de instrumentos financeiros 7) INVESTIMENTOS Os investimentos totalizaram R$ 6,5 milhões no 1T16, sendo, em grande parte, relacionados a investimentos no desenvolvimento e adequação de soluções de TI para o Projeto Manaus, que demandou diversos ajustes no sistema integrado de gestão empresarial (ERP). Para o ano de 2016, a companhia deverá realizar investimentos de R$ 28,0 milhões, compreendendo, basicamente, o desenvolvimento de soluções em tecnologia educacional, aprimoramentos do sistema ERP e desembolsos gerais de manutenção de infraestrutura. 8) MERCADO DE CAPITAIS Performance das Ações As ações da Positivo Informática encerraram o 1T16 cotadas a R$ 1,48, indicando um valor de mercado de R$ 129,9 milhões. A performance da POSI3 no 1T16 está demonstrada na tabela a seguir. Parâm etros 1T16 Cotação de Fechamento (R$) 1,48 Cotação Mínima (R$) 1,22 Cotação Máxima (R$) 1,72 Variação POSI3-12,9% Variação Ibovespa 15,5% 18

19 Alocação das Ações em Circulação Em 31 de março de 2016, a companhia contava com 4,9 mil pessoas físicas em sua base acionária, detentoras de 38,3% das ações em circulação. Os investidores institucionais detinham 51,7% do freefloat, conforme apresentado a seguir: Alocação do Free-Float Institucional Estrangeiro 44,6% Institucional Local 7,2% Varejo 38,3% Tesouraria 10,0% 31/03/2016 Contato RI Lincon Lopes Ferraz Diretor de RI Beatriz Tokarski Analista de RI ir@positivo.com.br Tel: (+55 41) Website de RI: Teleconferência 1T16 Segunda-feira, 16 de maio de > Português 10h30 (horário de Brasília) 09h30 (horário NY) Ligações originadas no Brasil: (11) Ligações originadas no exterior: 55 (11) Código: Positivo > Inglês 11h30 (horário de Brasília) 10h30 (horário NY) Ligações originadas nos Estados Unidos: 1 (877) Ligações originadas em outros países: 1(412) Código: Positivo Sobre a Positivo Informática: Criada em 1989, a Positivo Informática (BM&FBOVESPA: POSI3) tem presença nacional e internacional, oferecendo as mais avançadas soluções de tecnologia, da fabricação de computadores ao desenvolvimento de ferramentas educacionais. A companhia atua com dois segmentos de negócios: Hardware e Tecnologia Educacional. No portfólio do segmento de Hardware, a empresa oferece uma linha completa de computadores (desktops e notebooks), tablets e telefones celulares. Para dar suporte a todas as suas atividades conta com uma rede de assistências técnicas cobrindo a totalidade das cidades brasileiras, além da CRP - Central de Relacionamento Positivo. No segmento de Tecnologia Educacional, a Positivo Informática é reconhecida pelo pioneirismo no desenvolvimento e pela qualidade das soluções tecnológicas em seus três segmentos de atuação: ensino particular, ensino público e varejo. As soluções educacionais da Positivo Informática estão presentes em mais de 14 mil escolas e são exportadas para mais de 40 países. Positivo Informática na Internet: 19

20 (Em R$ mil) 1T15 4T15 1T16 RECEITA BRUTA DE VENDAS DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO Var% 1T16 x 1T15 Var% 1T16 x 4T15 Venda de produtos ,1-21,3 Prestação de serviços ,9-21,3 DEDUÇÕES SOBRE VENDAS ,9-21,3 Devoluções e descontos comerciais ,7 128,7 Impostos e contribuições ,0-8, ,6 26,3 RECEITA LÍQUIDA ,9-24,3 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS E SERVIÇOS PRESTADOS ,0-28,3 LUCRO BRUTO ,7-5,4 (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Com vendas ,2-27,7 Gerais e administrativas ,0-29,8 Receitas financeiras ,2-8,6 Despesas financeiras ,3-1,9 Variação cambial e monetária ,8-419,5 Outras receitas (despesas) operacionais líquidas ,5-107, ,7-10,2 RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ,0-690,5 LUCRO OPERACIONAL ,3-80,4 LUCRO LÍQUIDO APTES DOS EFEITOS TRIBUTÁRIOS ,3-80,4 Provisão para Imposto de Renda (139) - - 0,0 0,0 Provisão para Contribuição Social ,0 0,0 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos ,0 0,0 LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO ,4-80,4 20

21 BALANÇO PATRIMONIAL (R$ mil) ATIVO 31/03/ /12/ /03/2015 PASSIVO 31/03/ /12/ /03/2015 CIRCULANTE Disponibilidades CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Contas a receber Fornecedores Estoques Salários e encargos a pagar Impostos a recuperar Provisões Adiantamento diversos Impostos e contribuições Impostos diferidos CP Dividendos a pagar Saldo de instrumentos financeiros Partes Relacionadas Receita diferida Saldo de instrumentos financeiros Outros créditos Partes Relacionadas Outras contas a pagar Total do circulante Total do circulante NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Exigível à Longo Prazo Empréstimos e Impostos a recuperar financiamentos Tributos diferidos Outras Provisões Outros créditos Provisão para contigências Investimentos Impostos diferidos LP Investimentos - Joint Venture Outros contas a pagar Imobilizado líquido Intangível líquido Total do não circulante Total do não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reserva de capital Reserva de lucros Ações em tesouraria Ajuste de avaliação patrimonial Total do patrimônio líquido TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

22 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (Em R$ mil) 1T15 4T15 1T16 (Prejuízo) Lucro Líquido do Período (53.022) (10.409) Reconciliação do lucro líquido com o caixa obtido nas operacões: Depreciação e Amortização Ganho (perda) no valor justo dos instrumentos financeiros (32.290) Provisão para riscos trabalhistas, tributários e cíveis (1.369) Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para estoques obsoletos (5.402) Stock Options Ganho/perda na alienação de imobilizados - (271) - Juros sobre empréstimos (59.456) Variação cambial (74.689) Atualização monetária - - (4.081) Imposto de renda e contribuição social diferidos Equivalência patrimonial (2.053) (28.680) (Aumento) diminuição de ativos: Contas a receber Estoques (43.396) Impostos a recuperar (19.494) (5.558) Adiantamentos diversos (2.121) (5.842) Outros ativos (5.220) (3.304) 786 Aumento (diminuição) de passivos: Fornecedores (83.437) (24.985) Contas a pagar e provisões (1.385) (16.699) Obrigações tributárias (4.928) Outros passivos (18.808) (23.898) Caixa líquido obtido das (aplicado nas) atividades Operacionais FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimento de dividendos Aquisição do Investimento - - (300) Aquisição de imobilizado (1.607) (7.779) (2.056) Aumento do Intangível (5.586) (36.717) (4.440) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (7.193) (38.609) (6.796) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Saldo de pagamento de dividendos - (5.815) - Empréstimos (pagos)/captados, líquido (76.981) Partes relacionadas (11.112) (5.639) Ações em tesouraria Caixa líquido obtido das (aplicado nas) atividades de financiamento (73.722) AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES NO PERÍODO (66.461) CAIXA E EQUIVALENTES NO INICIO DO PERÍODO Variação cambial sobre caixa e equivalentes - - (2.142) CAIXA E EQUIVALENTES NO FINAL DO PERÍODO

23 Algumas das afirmações aqui contidas se baseiam nas hipóteses e perspectivas atuais da administração da Companhia que poderiam ocasionar variações materiais entre os resultados, performance e eventos futuros. Os resultados reais, desempenho e eventos podem diferir significativamente daqueles expressos ou implicados por essas afirmações, como um resultado de diversos fatores, tais como condições gerais e econômicas no Brasil e outros países; níveis de taxa de juros e de câmbio, mudanças em leis e regulamentos e fatores competitivos gerais (em bases global, regional ou nacional). 23