Receita líquida de telefones celulares atinge R$ 176 milhões no 3T16, crescimento de 149%

Transcrição

1 Receita líquida de telefones celulares atinge R$ 176 milhões no 3T16, crescimento de 149% Curitiba, 10 de novembro de 2016 A Positivo Informática S.A. (BM&FBOVESPA: POSI3) anuncia hoje seus resultados do 3T16. As informações financeiras e operacionais a seguir se referem aos resultados consolidados da Positivo Informática S.A. e estão apresentadas em IFRS e em reais (R$). As comparações, exceto onde indicado, referem-se aos resultados do 3T15 e 9M15. DESTAQUES DO 3T16 E 9M16 Companhia apresenta mais um trimestre com resultados satisfatórios, na visão da Administração, mesmo sob uma conjuntura altamente desfavorável para o consumo no Brasil; Ganho de market share no mercado de celulares, alavancado por smartphones, atingindo 5,2%¹ no 3T16 (+2,0 p.p.), sendo: Smartphones: 4,7% (+2,7 p.p.) e feature phones: 8,7% (-19,9 p.p.); Positivo assume a 5ª posição no ranking de maiores vendedores de smartphones no Brasil; Diversificação da receita com telefones celulares, que atingiram 42,6% do faturamento consolidado no 3T16 (+26,6 p.p.); Contínua redução das despesas gerais e administrativas recorrentes de 36,7% no 3T16 e de 29,9% nos 9M16, mesmo sob o efeito da alta inflação; EBITDA Ajustado de R$ 33,0 milhões no 3T16 (+2,8%) e de R$ 107,8 milhões nos 9M16 (+36,8%), com margem de 8,0% (+2,1 p.p.); Lucro Líquido de R$ 5,5 milhões no 3T16 (+342,8%) e de R$ 7,7 milhões nos 9M16, revertendo o prejuízo de R$ 26,9 milhões registrado nos 9M15; Forte evolução dos projetos de geração de caixa, com redução de R$ 69 milhões em excesso de estoques e monetização de créditos tributários de R$ 60 milhões nos 9M16; Expansão na África: novo projeto educacional no Quênia para fornecimento de computadores e tablets para estudantes; Redução do endividamento líquido para R$ 209,9 milhões, o menor nível em quatro anos, e relação Dívida Líquida / EBITDA Ajustado de 1,8x. ¹ Fonte: IT Data (Base: 3T16)

2 1) DESTAQUES FINANCEIROS Demonstrações de Resultados Var% Var% Var% (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Receita Líquida 442,7 564,5 413,8-6,5-26, , ,9 0,5 EBITDA (2,1) 53,0 42, ,6-20,2 4,6 107, ,6 EBITDA Ajustado* 32,1 45,1 33,0 2,8-26,9 78,8 107,8 36,8 Lucro (Prejuízo) Líquido 1,2 12,6 5,5 342,8-56,7 (26,9) 7,7-128,7 6 5,6 0,0 Margem EBITDA Ajustada 7,3% 8,0% 8,0% +0,7 p.p. -0,0 p.p. 5,9% 8,0% +2,1 p.p. Múltiplo 3T15 2T16 3T16 Dívida Líquida - fim de período 294,2 226,2 209,9 EBITDA Ajustado - últimos 12 meses 110,3 117,7 119,1 Múltiplo Dívida Líquida / EBITDA Ajustado 2,7x 1,9x 1,8x * Ajustado pelo efeito caixa do hedge cambial dos insumos, pela adição de 50% do EBITDA da joint-venture IFSA e por itens não recorrentes reconhecidos no resultado do 3T15 e 2T16. Maiores detalhes na seção EBITDA. 2) CONTEXTO ATUAL DA INDÚSTRIA E DA COMPANHIA O mercado brasileiro de dispositivos apresentou mais um trimestre de volumes modestos. As vendas de computadores no país recuaram 31% em relação ao 3T15, segundo a IT Data, devido ao lento giro dos estoques nos canais de vendas, o que inibiu o reabastecimento por parte dos fabricantes. A queda de preços em diversas categorias de eletroeletrônicos proporcionada pela valorização do real não tem repercutido nas vendas. De fato, a demanda por bens duráveis segue enfraquecida no Brasil, dada a insegurança do consumidor diante da alta taxa de desemprego, que em setembro atingiu 11,8% (+2,9 p.p.), o maior patamar da série histórica da PNAD-IBGE, iniciada em O segmento governamental também contribuiu para a queda do mercado de PCs, devido ao baixo fluxo de licitações nos últimos meses. Adicionalmente, no 3T16, houve interrupção de entregas de alguns projetos, em atendimento à regulamentação que restringe atividades no período que antecede as eleições. A exceção foi o mercado de celulares, que cresceu 25% em relação ao 3T15 no Brasil. A categoria tem se beneficiado por ser considerada pelos consumidores como primeira necessidade, sofrendo menos em momentos de crise. Adicionalmente, há de se considerar a fraca base de comparação do 3T15, período em que houve baixo volume de entregas de celulares dos fabricantes para os canais de venda, após um primeiro semestre de abastecimento intenso. Considerando-se os dados acumulados de 2016, o mercado de celulares contraiu 11% em relação aos 9M15. A Positivo Informática concentrou esforços na operação de celulares e obteve um crescimento de 149% em termos de receita líquida, que registrou R$ 176 milhões no 3T16. Este faturamento foi recorde e representou 43% da receita consolidada da companhia. As principais iniciativas no 3T16 foram o lançamento dos smartphones Positivo Twist e a introdução da linha Quantum MÜV no varejo. Juntos, tais produtos estreantes representaram 42% da receita total de celulares no trimestre. Por sua vez, a receita da companhia com PCs e tablets registrou R$ 206 milhões no 3T16 (-39,3%), refletindo o efeito pontual das eleições no mercado de governo e a conjuntura altamente desfavorável no varejo. Portanto, a forte expansão do negócio de celulares permitiu à companhia compensar praticamente todos os efeitos da contração em computadores e registrar receita líquida consolidada de R$ 414 milhões no 3T16 (-6,5%) e de R$ 1,3 bilhão nos primeiros nove meses de 2016 (+0,5%). Em paralelo, a Positivo Informática manteve a trajetória de recomposição de margens, rígido controle do custo fixo e foco na geração de caixa, encerrando o 3T16 com uma dívida líquida de R$ 210 milhões, o menor patamar em quatro anos. 2

3 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 14, 0% 12, 0% 10, 0% 8,0 % 6,0 % 4,0 % 2,0 % 0,0 % Rentabilidade No 3T16, a companhia novamente manteve patamares normalizados de rentabilidade. Este processo tem sido alavancado por ações envolvendo cortes agressivos de custo fixo, ganhos de produtividade em fábrica e medidas para eliminação do excesso de estoques, reduzindo significativamente as vendas promocionais de itens de giro lento em inventário. Os gráficos a seguir evidenciam a recuperação da rentabilidade da companhia. No caso das despesas gerais e administrativas, a redução de 36,7% em um ano pode ser considerada muito significativa, considerando a elevada inflação entre os períodos. Margem das Vendas¹ (% da Receita Líquida) Despesas Gerais e Administrativas 2 (R$ milhões) 8,3% 5,2% 8,1% 4,8% 8,1% 9,6% 11,8% 25,6-50,7% -22,1% -36,7% 19,9 12,6 1T15 2T15 3T14 3T15 3T16 ¹Calculada pela receita líquida deduzida do CPV ajustado pelo hedge, das despesas com vendas e deprecações 2 Expurgando o histórico de itens extraordinários, de gastos com P&D e efeitos de depreciação e amortização. Ver item 4.2 Despesas Gerais e Administrativas Geração de Caixa A companhia tem se dedicado a dois projetos principais para incentivar a geração de caixa: (i) a monetização de impostos a recuperar e (ii) a redução do excesso de estoques. A seguir, estão apresentados os status de ambos os projetos. Plano de Monetização de Ativos Tributários (Projeto Manaus): em novembro de 2015, a companhia executou a migração da totalidade da produção de PCs e tablets de Curitiba para a Manaus, como parte do plano de monetização de ativos tributários, divulgado ao mercado em agosto do mesmo ano. Conforme detalhado na ocasião, o novo arranjo de fábricas proporciona um importante influxo de caixa. A razão é o diferimento do pagamento de impostos nas compras de insumos voltados à produção na Zona Franca de Manaus, que passa a ser pago na venda dos produtos acabados. Desta forma, há redução significativa da geração de novos créditos tributários e, por conseguinte, acelera-se o consumo do saldo de impostos federais a recuperar detido. Como efeito do plano, nos 9M16 a companhia monetizou R$ 60 milhões de seus créditos tributários, conforme pode ser observado pela redução de mesmo montante da conta de Impostos a Recuperar. Este montante já representa 75% do total simulado para um ano no quadro abaixo. 3

4 Simulação de Eficiência Tributária Caixa - R$ milhões Impostos a Recuperar 2015 Simulado Ano¹ Realizado nove meses 9M15 (71) 80 (66) M16 +R$ 151 MM vs R$ 126 MM vs. 9M15 ¹Simulado com base na repetição do perfil de faturamento de 2015 nos próximos anos, no novo arranjo de plantas Redução do excesso de estoques: no segundo semestre de 2015, foram lançadas medidas para reduzir o excesso de estoques então existente e evitar sua reincidência. No 3T16, a companhia manteve seu conservadorismo nas aquisições de insumos, encerrando o período com R$ 66 milhões de estoques em excesso, redução de 73,8% em relação ao fim do 3T15. Excesso de Estoques (acima de 54 dias de produção)* R$ milhões * Para fins de apuração, consideramos como excesso o estoque que supera 54 dias de produção, que representa o tempo médio desde a entrada dos materiais em estoque até a expedição dos produtos acabados. Posição de Caixa e Dívida Líquida: a companhia encerrou o 3T16 com uma dívida líquida de R$ 210 milhões, o menor nível em quatro anos. Também como parte de uma estratégia financeira conservadora, foi mantida elevada posição de caixa, com disponibilidades totais de R$ 451 milhões no fim do 3T16. 4

5 Perspectivas A companhia iniciou o quarto trimestre confiante em manter o bom andamento de seus pilares estratégicos de diversificação de receitas, normalização de rentabilidade e geração de caixa. A seguir, detalhamos os principais fatores que devem favorecer o alcance desses objetivos no último trimestre do ano: Celulares: a conquista de participação de mercado nos últimos trimestres tem gerado recorrência de pedidos e uma trajetória ascendente de faturamento desde o início do ano. Como consequência, a companhia espera manter a atual taxa de crescimento anual de três dígitos nos meses finais de A seguir, está apresentada a evolução da participação de mercado da Positivo Informática no mercado de smartphones. Cumpre destacar que o mercado brasileiro de smartphones é significativamente maior do que o de computadores e que a participação da companhia, embora crescente, ainda é relativamente pequena. Evolução Market Share Positivo Smartphones (Brasil)¹ Projeção do Mercado Brasileiro de PCs e Smartphones (US$ bilhões 2016E) 2 4,7% 10,6 3,6% 1,9% 1,6% 2,3% 3,4 0,6% 0,8% 12,3% 4,7% 1T15 2T15 PCs Smartphones Market Share Positivo 3T16 ¹Fonte: IT Data ²Fonte: IDC Retomada de entregas no mercado de governo: após um 3T16 marcado por interrupções de fornecimento em atenção à regulamentação para eleições, a companhia espera retomar entregas de seus projetos em carteira nos próximos meses e encerrar 2016 com um faturamento total no mercado de governo próximo de R$ 470 milhões. Nos 9M16, a receita líquida no segmento acumulou R$ 371 milhões. Expansão na África: a partir do 4T16, os produtos Positivo BGH passarão a ser fornecidos em um novo projeto educacional no continente africano. A joint venture entre a companhia e o grupo argentino BGH celebrou um acordo com o governo do Quênia, em parceria com uma universidade local, para o fornecimento de computadores e tablets para estudantes. O contrato prevê o fornecimento de até 324 mil dispositivos entre o 4T16 e 2017, com potencial de faturamento de até US$ 100 milhões para a sociedade estabelecida para este projeto. Início das vendas de produtos VAIO na América do Sul: em setembro de 2016, foi inaugurada a operação com a marca VAIO na Argentina, em operação administrada pela joint venture entre a companhia e a BGH. A sociedade está em fase de preparativos para iniciar as vendas no Chile e no Uruguai no primeiro semestre de

6 Lançamentos de produtos de tecnologia médica: para 2017, está previsto o lançamento de dispositivos inovadores na área de saúde pela Hi Technologies, empresa que teve 50% de seu capital adquirido pela Positivo Informática no início de A companhia visualiza uma grande oportunidade no segmento, caracterizado pela forte ênfase em P&D, introdução de produtos inovadores e com propriedade intelectual protegida. Migração da fábrica de placas e baterias para Manaus: nos próximos meses está previsto o deslocamento da produção de placas mãe de computadores e smartphones e de baterias para smartphones para Manaus. Esta ação contribuirá para redução de custo e para acelerar a monetização de créditos tributários federais existentes. 3) VOLUMES E RECEITAS 3.1) VOLUMES No 3T16, as vendas de telefones celulares registraram 703,4 mil aparelhos, crescimento de 91,8% em relação ao 3T15. O volume foi impulsionado pelos smartphones, que atingiram o recorde trimestral de 536,5 mil unidades (+175,6%), em função do abastecimento da linha Positivo Twist nos canais a partir de julho e da introdução dos produtos Quantum no varejo a partir de agosto. As vendas de tablets reduziram 72,4% em relação ao 3T15, basicamente decorrente da decisão da companhia de restringir a venda deste formato no Brasil a projetos pontuais e sob encomenda no varejo. Nos mercados corporativos e de governo continua a atuar normalmente. Os computadores apresentaram redução de 51,4% no volume de vendas no 3T16. No Brasil, as vendas recuaram 37,8%, principalmente devido à forte contração no mercado de governo, que foi pontualmente afetado em atendimento à regulamentação que restringe entregas no período que antecede as eleições, realizadas em outubro no país. No varejo, a redução atingiu 37,0%, em linha com o desempenho do mercado doméstico. No mercado corporativo, as vendas de PCs cresceram 3,6%, acompanhando a retomada de entregas para atendimento a pequenas e médias empresas. As vendas sob a marca Positivo BGH reduziram 72,3% devido a menores entregas a clientes de governo no período, na Argentina e na África. Espera-se a recuperação de volumes no continente africano nos próximos trimestres devido ao início das entregas de novos contratos educacionais na região. Volume de Vendas Var% Var% Var% (em unidades) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Telefones Celulares ,8-5, ,9 Smartphones ,6 34, ,6 Feature Phones ,1-52, ,8 Tablets ,4-34, ,2 Positivo ,4-41, ,5 Positivo BGH ,6-30, ,7 PCs ,4-40, ,1 Desktops ,7-52, ,2 Notebooks ,9-34, ,2 PCs - por canal ,4-40, ,1 Varejo ,0-24, ,1 Governo ,3-69, ,2 Corporativo ,6 16, ,0 PCs - por marca ,4-40, ,1 Positivo ,8-37, ,4 Positivo BGH ,3-51, ,2 6

7 Participação dos Dispositivos nas Vendas (unidades) PCs e Tablets Telefones Celulares 7,3% 8,6% 27,6% 20,4% 16,3% 60,0% 50,3% 73,3% 54,5% 50,4% 22,0% 29,2% 29,3% 31,4% 19,5% 46,9% 52,8% 50,6% 46,8% 53,1% 47,2% 49,4% 53,2% 23,7% 76,3% Tablets Notebooks Desktops Feature Phones Smartphones Composição da Receita Líquida de Dispositivos Produto Canal DT 44,6% NB 26,5% Outros 6,1% Outros 6,1% NB 25,1% Varejo Gov. 50,3% 35,6% DT 24,8% Gov. 15,8% Varejo 65,8% TB 6,6% TB 0,7% TC 16,2% TC 43,3% Corp. 14,1% Corp. 18,4% 3T15 3T16 3T15 3T16 NB: Notebooks TB: Tablets DT: Desktops TC: Telefones Celulares Corp : Corporativo Gov.: Governo 3.2) PREÇO MÉDIO Apresentamos a seguir os fatores que influenciaram a variação de preço médio em reais dos produtos no 3T16 em relação ao 2T16: Desktops: -5,9%, refletindo a queda do dólar, o aumento de vendas de equipamentos sem monitor e a menor proporção de entregas a clientes de governo, que usualmente apresentam configurações, serviços e tempo de garantia superiores aos praticados no varejo. Notebooks: -9,3%, em função da queda do dólar e do aumento da proporção de vendas para o varejo de de configurações de entrada. Tablets: -41,5%, decorrente da menor proporção de vendas de equipamentos de maior configuração no mercado corporativo, que no 2T16 foi expepcionalmente elevada, bem como da queda do dólar. Telefones celulares: +27,7% relacionado ao avanço da proporção de smartphones Quantum e Positivo, que representaram 76,3% no 3T16, crescimento de 23 p.p. em relação ao 2T16. 7

8 Preço Médio Var% Var% Var% Positivo (1) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Dólar Médio do Período (2) 3,0822 3,8610 3, ,1-9,8 3,2568 3,2478-0,3 Desktops Em R$ 2.095, , ,1 14,4-5, , ,7 30,2 Em US$ 597,7 732,5 737,2 23,3 0,6 908,0 887,6-2,3 Notebooks Em R$ 1.073, , ,9 16,0-9, , ,1 27,2 Em US$ 310,4 392,7 383,7 23,6-2,3 466,4 513,5 10,1 Tablets Em R$ 355,0 616,7 360,8 1,7-41,5 442,3 577,5 30,6 Em US$ 98,2 175,0 111,2 13,3-36,5 204,0 212,5 4,2 Telefones Celulares Em R$ 215,2 219,9 280,8 30,5 27,7 194,4 220,8 13,6 Em US$ 61,9 62,7 86,5 39,6 37,9 109,3 114,4 4,7 ¹Considera apenas os produtos comercializados no mercado brasileiro. ²Cálculo da companhia, ponderado pela venda mensal para reduzir distorções sazonais, com base na PTAX Venda do BACEN. 3.3) RECEITA BRUTA A receita bruta registrou R$ 465,7 milhões no 3T16, redução de 5,0% em relação ao 3T15, devido à queda de 58,6% no faturamento no mercado de governo, em função das eleições. A receita no varejo foi impulsionada pelo forte desempenho dos celulares, cuja receita bruta avançou 150,2%. Nos 9M16 a receita bruta registrou R$ 1.503,5 milhões, crescimento de 2,4%. Receita Bruta Var% Var% Var% (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Receita Bruta Total 490,3 621,9 465,7-5,0-25, , ,5 2,4 Dispositivos por tipo 484,1 609,2 458,9-5,2-24, , ,4 2,1 Desktops 214,2 261,0 114,5-46,6-56,1 616,7 514,7-16,5 Notebooks 130,3 163,0 113,6-12,8-30,3 469,7 416,9-11,2 Telefones Celulares 79,0 164,4 197,5 150,2 20,2 176,4 448,4 154,2 Tablets 31,8 13,7 4,7-85,1-65,5 101,5 21,2-79,1 Outros 28,9 7,2 28,6-1,0 296,5 82,6 76,2-7,8 Dispositivos por canal 484,1 609,2 458,9-5,2-24, , ,4 2,1 Varejo 247,3 343,5 305,2 23,4-11,1 732,6 912,1 24,5 Governo 168,5 200,9 69,8-58,6-65,3 509,9 383,9-24,7 Corporativo 68,3 64,8 83,9 22,8 29,4 204,3 181,3-11,3 Tecnologia Educacional 6,1 12,7 6,8 10,9-46,5 20,8 26,1 25,4 3.4) DEDUÇÕES SOBRE A RECEITA BRUTA As deduções da receita bruta, compostas por impostos e devoluções, totalizaram R$ 51,9 milhões no 3T16 e corresponderam a 9,2% do faturamento, aumento de 1,4 p.p. em relação ao 3T15 em decorrência da nova cobrança do diferencial de alíquota de ICMS para vendas diretas interestaduais desde janeiro de

9 3.5) RECEITA LÍQUIDA Receita Líquida Var% Var% Var% (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Receita Líquida Total 442,7 564,7 413,8-6,5-26, , ,9 0,5 Dispositivos por tipo 437,1 557,9 407,3-6,8-27, , ,2 0,5 Desktops 194,9 241,0 101,0-48,2-58,1 576,4 469,1-18,6 Notebooks 116,0 151,1 102,4-11,8-32,2 429,0 378,5-11,8 Telefones Celulares 70,8 145,4 176,2 148,8 21,2 152,9 396,3 159,2 Tablets 28,7 13,3 2,9-89,9-78,2 92,4 18,5-80,0 Outros 26,6 7,1 24,8-6,6 249,7 76,6 72,0-6,0 Dispositivos por canal 437,1 557,9 407,3-6,8-27, , ,4 0,5 Varejo 220,0 308,1 267,9 21,7-13,1 648,4 797,3 23,0 Governo 155,7 188,3 64,7-58,5-65,7 489,6 371,1-24,2 Corporativo 61,3 61,5 74,8 21,9 21,6 189,4 166,0-12,3 Tecnologia Educacional 5,7 6,8 6,5 15,1-4,6 19,5 19,7 1,1 4) DESEMPENHO FINANCEIRO 4.1) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV) E LUCRO BRUTO Custo dos Produtos Vendidos Var% Var% Var% (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Matéria Prima e Insumos (345,0) (388,1) (262,1) -24,0-32,5 (1.027,3) (927,0) -9,8 Depreciação e Amortização (5,3) (4,7) (4,2) -20,8-9,9 (13,6) (14,4) 6,0 Outros (13,8) (13,0) (14,3) 3,4 10,2 (45,3) (38,8) -14,4 Total (364,2) (405,8) (280,7) -22,9-30,8 (1.086,2) (980,2) -9,8 Conciliação CPV ajustado (+) Efeito caixa do hedge dos insumos* 17,3 (19,9) (13,5) -178,0-32,2 27,8 (34,7) -224,8 Total ajustado (346,9) (425,7) (294,2) -15,2-30,9 (1.058,4) (1.014,9) -4,1 * Representa os valores recebidos (ou pagos) pela companhia em instrumentos de hedge cambial contratados para a cobertura dos insumos dolarizados. Tais valores são líquidos da variação cambial sobre as faturas em dólar. Custo dos Produtos Vendidos (% da Receita Líquida) 82,3% 78,4% 83,0% 82,6% 78,6% 78,2% 75,4% 71,9% 71,1% 67,8% CPV CPV ajustado pelo hedge 9

10 O CPV ajustado pelo hedge representou 71,1% da receita líquida consolidada, redução de 7,3 p.p. em relação ao 3T15, refletindo a retomada do patamar normalizado das margens de contribuição. Insumos A conta de matéria-prima e insumos com ajuste do hedge correspondeu a 66,6% da receita líquida no 3T16, redução de 7,4 p.p. em relação ao 3T15. A melhora decorreu da normalização das margens precificadas para venda, dado que no segundo semestre de 2015 a companhia realizou vendas promocionais de itens de giro lento em inventário. A taxa média do dólar na internalização registrou R$ 3,24 no 3T16, redução de 6,2% em relação ao 3T15. A companhia entende que a análise desta conta com ajuste pelo resultado do hedge e da variação cambial é a forma mais adequada para compreender a dinâmica das margens, pois a precificação é estabelecida considerando as posições de hedge contratadas, que são exigidas por política interna. Outros Os outros custos totalizaram 4,5% da receita líquida do 3T16, aumento de 1,3 p.p. em relação ao 2T16, em função da menor diluição dos custos fixos causado pela redução da receita entre os períodos e da maior contratação de serviços terceirizados de instalação de equipamentos para um projeto envolvendo uma rede nacional de agências bancárias no Brasil. Lucro Bruto O lucro bruto registrou R$ 136,6 milhões no 3T16, acompanhado de margem bruta de 32,2%. Com os dados ajustados pelo resultado do hedge e da variação cambial, a margem bruta registrou 28,9% no 3T16, aumento em 7,3 p.p quando comparado ao 3T ) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Operacionais Var% Var% Var% (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Despesas com Vendas (71,8) (93,2) (78,1) 8,8-16,2 (222,8) (231,1) 3,7 Despesas Gerais e Administrativas (23,5) (25,6) (25,0) 6,3-2,4 (73,5) (74,4) 1,2 Resultado Financeiro 8,1 (28,4) (19,9) -345,1-29,7 (3,7) (86,1) 2.241,6 Outras Receitas (Despesas) 0,3 0,4 0,3 3,1-31,7 0,1 1, ,6 Total (86,9) (146,8) (122,8) 41,3-16,3 (299,8) (390,5) 3.334,2 Despesas com Vendas As despesas com vendas totalizaram R$ 78,1 milhões no 3T16 e corresponderam a 18,9% da receita líquida, crescimentos de 2,7 p.p e 2,4 p.p. em relação ao 3T15 e 2T16, respectivamente. Ambas as variações foram causadas pelo aumento das despesas com marketing, devido ao maior desembolso com verbas de propaganda cooperada e rebate, com a finalidade de combater os efeitos de enfraquecimento da demanda. 10

11 Despesas com Vendas Var% Var% Var% (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Marketing (29,5) (35,8) (34,8) 18,0-3,0 (81,7) (96,1) 17,6 Assistência Técnica e Garantia (21,7) (26,5) (19,3) -10,9-27,1 (62,2) (62,3) 0,2 Depreciação e Amortização (6,6) (3,7) (3,2) -51,3-13,8 (17,7) (11,0) -37,8 Outros (14,1) (27,1) (20,8) 47,9-23,2 (61,2) (61,7) 0,8 Total (71,8) (93,2) (78,1) 8,8-16,2 (222,8) (231,1) 3,7 % da Receita Líquida 16,2 16,5 18,9 +2,7 p.p. +2,4 p.p. 16,5 17,1 +0,5 p.p. Despesas com Vendas (% da Receita Líquida) Despesas de Marketing (% da Receita Líquida) 16,2% 16,7% 15,9% 16,5% 18,9% 6,7% 6,3% 6,8% 6,3% 8,4% Despesas de Assistência Técnica e Garantia (% da Receita Líquida) Outras Despesas com Vendas (% da Receita Líquida) 4,9% 5,2% 4,4% 4,7% 4,7% 3,2% 3,9% 3,7% 4,8% 5,0% Marketing Os investimentos em marketing totalizaram R$ 34,8 milhões no 3T16 e representaram 8,4% da receita líquida, crescimento de 1,7 p.p. em relação ao 3T15. O aumento está relacionado às maiores despesas com propaganda cooperada, em função do aumento da proporção de faturamento no varejo em 15,5 p.p na comparação anual, mercado que leva maiores provisões de verbas comerciais. No período, foi realizado o lançamento do Quantum FLY para o mercado nacional. O aparelho possui alta configuração, tornando-se o topo de linha da Quantum, com a missão de manter o sucesso e o bom desempenho de vendas das linhas Quantum GO e Quantum MÜV. O Quantum FLY vem com o sistema operacional Android 6.0 Marshmallow, processador Deca-Core de 2.1Ghz, 3GB de memória RAM, 32GB de memória interna, tela Full HD de 5.2", câmera traseira de 16 MP e frontal de 8 MP, ambas com flash. Está disponível a partir de R$ 1.449,00. 11

12 Quantum FLY Assistência Técnica e Garantia Os recursos destinados à assistência técnica e garantia totalizaram R$ 19,3 milhões no 3T16 e representaram 4,7% da receita líquida, redução de 0,2 p.p. em relação ao 3T15, acompanhando a menor proporção de vendas no mercado de governo, que usualmente possuem prazo de garantia mais longo e serviços de pós-venda com maior custo e complexidade, em relação ao mercado de varejo. Despesas Gerais e Administrativas No 3T16, as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 25 milhões. No período, o montante de R$ 7,9 milhões foi reconhecido como despesas com P&D e valores extraordinários, relativos principalmente a custos com rescisões do projeto de reestruturação do quadro administrativo Expurgando-se o histórico de itens extraordinários, de gastos obrigatórios com P&D e os efeitos depreciação e amortização esta conta teria registrado R$ 12,6 milhões, redução de 36,7% em relação aos dados também ajustados do 3T15 e 3,9% em relação ao 2T16. No 9M16, as despesas gerais e administrativas registraram R$ 74,4 milhões, aumento de 1,2% em um ano. Expurgando-se os itens extraordinários, os gastos obrigatórios com P&D e os efeitos de depreciação e amortização, o ganho anual atingiu 29,9%, mesmo sob elevada inflação entre os períodos. Gerais e Administrativas Var% Var% Var% (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Pessoal e Remuneração dos Administradores (12,6) (11,4) (11,2) -10,9-2,2 (34,1) (32,9) -3,6 Outros (7,4) (1,7) (1,4) -80,6-15,2 (22,0) (6,5) -70,6 Subtotal - pré itens extraordinários, P&D, depreciação e amortização (19,9) (13,1) (12,6) -36,7-3,9 (56,1) (39,4) -29,9 (+) Depreciação e Amortização (2,3) (4,2) (4,5) 92,0 7,5 (8,5) (12,2) 42,2 (+) Itens extraordinários e P&D (1,3) (8,3) (7,9) 530,9-4,9 (8,8) (22,8) 158,8 Total Geral (23,5) (25,6) (25,0) 6,3-2,4 (73,5) (74,4) 1,2 Resultado Financeiro O resultado financeiro do 3T16 ficou negativo em R$ 19,9 milhões no 3T16. A conta de variação cambial encerrou o trimestre negativa em R$ 4,6 milhões, resultante da soma de: (i) perda com efeito caixa dos instrumentos de hedge de R$ 39,5 milhões; (ii) ganho com efeito caixa dos pagamentos a fornecedores denominados em moeda estrangeira de R$ 26,0 milhões; e (iii) ganho sem efeito caixa com marcação a mercado de derivativos e atualização de contas a pagar em moeda estrangeira de R$ 8,9 milhões. Cumpre mencionar que a perda financeira com variação cambial do 3T16 foi compensada pela redução no custo dos produtos vendidos, conforme mencionado na seção

13 A soma de receitas e despesas financeiras, excluindo o efeito da conta de variação cambial, totalizou R$ 15,3 milhões (+9,7%), refletindo principalmente o aumento da proporção de linhas bancárias de capital de giro, em detrimento das linhas subsidiadas de BNDES/Finep, parcialmente compensadas pelo menor endividamento líquido médio entre os períodos. Resultado Financeiro Var% Var% Var% (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Efeito caixa do hedge dos insumos 17,3 (19,9) (13,5) -178,0-32,2 27,8 (34,7) -224,8 Marcação a mercado e outros itens não caixa 4,8 2,6 8,9 84,6 240,6 12,0 (14,7) -222,3 Subtotal - Variação Cambial (a) 22,1 (17,3) (4,6) -120,8-73,4 39,8 (49,4) -224,1 Receitas Financeiras 19,8 25,2 20,4 3,2-19,1 25,6 48,0 87,0 Despesas Financeiras (33,7) (36,3) (35,7) 5,9-1,5 (55,2) (69,3) 25,6 Subtotal - Custo da Dívida e outros (b) (14,0) (11,1) (15,3) 9,7 38,4 (29,5) (21,4) -27,7 Total Geral (a + b) 8,1 (28,4) (19,9) -345,1-29,7 10,3 (70,8) -787,2 4.3) EBITDA Apresentamos a seguir a conciliação do EBITDA Ajustado com o efeito caixa do hedge dos insumos e de despesas extraordinárias. No 3T16, o EBITDA Ajustado registrou R$ 33,0 milhões, acompanhado de margem de 8,0% (+0,7 p.p.), favorecido pela normalização das margens de contribuição, que no segundo semestre de 2015 foram afetadas por vendas promocionais de itens de giro lento em inventário. Nos 9M16, o EBITDA Ajustado registrou R$ 107,8 milhões, com margem de 8,0% (+2,1 p.p.). EBITDA Var% Var% Var% (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 3T16 X 3T15 3T16 X 2T16 9M15 9M16 9M16 X 9M15 Lucro (Prejuízo) Líquido 1,2 12,6 5,5 342,8-56,7 (26,9) 7,7-128,7 Depreciação e Amortização 14,4 12,7 12,0-16,2-5,2 40,1 37,9-5,6 Resultado Financeiro (8,1) 28,4 19,9-345,1-29,7 3,7 86, ,6 Equivalência Patrimonial (9,6) (0,7) 4,8-150,4-817,6 (12,5) (24,5) 96,1 IR e Contribuição Social 0,0-0,0 N/A N/A 0,1 0,0-98,6 EBITDA (2,1) 53,0 42, ,6-20,2 4,6 107, ,6 Margem EBITDA (%) -0,5 9,4 10,2 +10,7 p.p. +0,8 p.p. 0,3 7,9 +7,6 p.p. Conciliação de EBITDA Ajustado: EBITDA (2,1) 53,0 42, ,6-20,2 4,6 107, ,6 (1) Efeito caixa do hedge dos insumos 17,3 (19,9) (13,5) -178,0-32,2 27,8 (34,7) -224,8 (2) Rescisões extraordinárias 1,6 4,1 0,0-100,0-100,0 3,8 4,1 8,1 (3) Excedente de despesas de P&D 2,5 0, ,0 N/A 11, ,0 (4) Despesas - Projeto Manaus 0,3 0, ,0 N/A 0, ,0 (5) EBITDA Joint Ventures (50%) 12,6 7,9 4,2-66,7-46,8 30,9 31,2 1,1 EBITDA Ajustado 32,1 45,1 33,0 2,8-26,9 78,8 107,8 36,8 Margem EBITDA Ajustada (%) 7,3 8,0 8,0 +0,7 p.p. -0,0 p.p. 5,9 8,0 +2,1 p.p. Múltiplo Dívida Líquida - fim de período 294,2 226,2 209,9 EBITDA Ajustado - últimos 12 meses 110,3 117,7 119,1 Múltiplo Dívida Líquida / EBITDA Ajustado 2,7x 1,9x 1,8x A seguir, estão descritos os itens que compõem o EBITDA Ajustado: 13

14 1) Ganho caixa do hedge dos insumos: representa os valores recebidos (ou pagos) pela companhia em instrumentos de hedge cambial contratados para a cobertura dos insumos dolarizados. Tais valores são líquidos da variação cambial sobre as faturas em dólar. Por serem integralmente ligados aos insumos, a companhia entende que seu resultado é operacional. 2) Rescisões extraordinárias: referem-se à adequação do quadro de colaboradores ao menor patamar de receita, dado o cenário recessivo, e à migração de posições de trabalho de Curitiba para Manaus. 3) Excedente de despesas de P&D: são desembolsos com projetos de P&D exigidos pela Lei de Informática, regulados em cerca de 2% da receita da companhia. Em 2015, tais despesas haviam sido previamente contratadas com base em uma perspectiva de faturamento maior do que a realizada. Sendo assim, nos primeiros nove meses de 2015, já haviam sido reconhecidas despesas suficientes para cobrir a obrigação do ano. 4) Despesas Projeto Manaus: referem-se a gastos que não foram considerados como investimento. 5) EBITDA Joint Venture (IFSA): refere-se a metade do EBITDA apurado pelas operações na Argentina e Ruanda, cuja participação da companhia nestas sociedades é de 50%. Divulgamos este ajuste desde o 1T13, devido à introdução de uma regulamentação contábil que passou a tratar joint ventures pelo método de equivalência patrimonial, que é excluído do cômputo do EBITDA tradicional. 4.4) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO Foi apurado lucro líquido contábil de R$ 5,5 milhões no 3T16, aumento de 343,0% quando comparado ao resultado do 3T15. No acumulado do ano, a companha apurou lucro líquido de R$ 7,7 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 26,7 milhões registrado nos primeiros nove meses de ) CAPITAL DE GIRO O capital de giro financeiro, composto pelos estoques, contas a receber e fornecedores, totalizou R$ 410,6 milhões no fim do 3T16, redução de 14,5% em relação ao 3T15 devido às medidas adotadas pela companhia para otimização do capital empregado, com foco na conta de estoques. O capital de giro representou 22,2% da receita líquida anualizada em 30/09/2016, redução de 2,2 p.p. em relação ao registrado no 3T15. Na comparação anual, o ciclo de caixa registrou melhora de 5 dias. Capital de Giro COM Materiais em Trânsito (R$ Milhões final do período) Contas a Receber 309,1 277,8 252,7 381,3 307,1 Estoques 530,9 393,7 369,2 374,9 439,1 Fornecedores (359,8) (283,1) (242,4) (315,0) (335,6) Capital de Giro 480,2 388,4 379,6 441,2 410,6 Capital de Giro SEM Materiais em Trânsito (em dias final do período) (1) Em dias da receita líquida (2) Em dias do CPV Contas a Receber (1) Estoques (2) Fornecedores (2) (71) (55) (57) (51) (81) Ciclo de Conversão de Caixa

15 Evolução do Capital de Giro (em % da receita líquida dos últimos 12 meses) Evolução do Ciclo de Conversão de Caixa (em dias) -2,2 p.p. -5 dias 24,4% 21,1% 21,5% 23,5% 22,2% ) FLUXO DE CAIXA E DÍVIDA LÍQUIDA No 3T16 a geração operacional de caixa ficou positiva em R$ 21,2 milhões, favorecida por maiores recebimentos e monetização de impostos. No acumulado do ano, a geração operacional de caixa totaliza R$ 81,3 milhões (+174%), impulsionada pela monetização de créditos tributários, pelo melhor prazo médio de pagamentos e pela recuperação do lucro. Fluxo de Caixa Sintético (R$ milhões) 3T15 2T16 3T16 9M15 9M16 Lucro (Prejuízo) Líquido do Período 1,2 12,6 5,5 (26,9) 7,7 (+) Depreciação e amortização 13,2 12,7 12,0 40,1 37,9 Geração de Caixa Interna 14,5 25,4 17,5 13,3 45,6 (+) Capital giro operacional 106,2 (49,5) 5,5 168,9 (19,4) (+) Outros ativos e passivos (71,2) 57,6 (1,8) (152,5) 55,2 Geração de Caixa Operacional 49,5 33,5 21,2 29,7 81,3 (+) Investimentos (13,4) (14,9) (5,7) (25,4) (27,4) (+) Dividendos (4,4) 0,0 0,0 1,3 0,0 (+) Ações de tesouraria 0,0 0,0 0,8 0,0 0,8 Aumento (Redução) da Dívida Líquida (31,6) (18,6) (16,3) (5,7) (54,7) Dívida (Caixa) Líquida no Início do Período 326,9 244,7 226,2 299,8 264,6 Dívida (Caixa) Líquida no Final do Período 295,3 226,2 209,9 294,2 209,9 A geração de caixa auferida no 3T16 permitiu uma redução do endividamento líquido da companhia da ordem de R$ 16,3 milhões, queda de 7,2% em relação ao verificado no 2T16. 15

16 500,0 450,0 400,0 350,0 300,0 250,0 200,0 150,0 100,0 3,0 x 2,5 x 2,0 x 1,5 x 1,0 x 0,5 x 0,0 x Evolução da Dívida Líquida e Múltiplo Trimestral (R$ milhões) * R$ -84,3 milhões 2,6x 2,9x 2,7x 294,2 264,6 244,7 1,9x 226,2 1,8x 209,9 Dívida Líquida Múltiplo Dívida Líquida / EBITDA Ajustado *Inclui saldo de instrumentos financeiros 7) INVESTIMENTOS Os investimentos totalizaram R$ 5,6 milhões no 3T16, sendo em sua maior parte relacionados a atividades de P&D da unidade de Tecnologia Educacional e desembolsos de manutenção de infraestrutura. Para o ano de 2016, a companhia deverá realizar investimentos de R$ 35,0 milhões. 8) MERCADO DE CAPITAIS Performance das Ações As ações da Positivo Informática encerraram o 3T16 cotadas a R$ 3,11, indicando um valor de mercado de R$ 273,1 milhões. A performance da POSI3 no 3T16 está demonstrada na tabela a seguir. Parâmetros 3T16 Cotação de Fechamento (R$) 3,11 Cotação Mínima (R$) 1,43 Cotação Máxima (R$) 3,38 Variação POSI3 111,6% Variação Ibovespa 13,3% 16

17 Alocação das Ações em Circulação Em 30 de setembro de 2016, a companhia contava com 4,9 mil pessoas físicas em sua base acionária, detentoras de 38,3% das ações em circulação. Os investidores institucionais detinham 44,5% do freefloat, conforme apresentado a seguir: Alocação do Free-Float Institucional Estrangeiro 38,3% Institucional Local 6,2% Varejo 46,7% Tesouraria 8,8% 30/09/2016 Contato RI Lincon Lopes Ferraz Diretor Financeiro e de RI Diogo Fantinato Coordenador de Planejamento Financeiro e RI ir@positivo.com.br Tel: (+55 41) Website de RI: Teleconferência 3T16 Quinta-feira, 10 de novembro de 2016 > Português 15h00 (horário de Brasília) 12h00 (horário NY) Ligações originadas no Brasil: (11) Ligações originadas no exterior: 55 (11) Código: Positivo > Inglês 16h00 (horário de Brasília) 13h00 (horário NY) Ligações originadas nos Estados Unidos: 1 (877) Ligações originadas em outros países: 1(412) Código: Positivo Sobre a Positivo Informática: Criada em 1989, a Positivo Informática (BM&FBOVESPA: POSI3) tem presença nacional e internacional, oferecendo as mais avançadas soluções de tecnologia, da fabricação de computadores ao desenvolvimento de ferramentas educacionais. A companhia atua com dois segmentos de negócios: Hardware e Tecnologia Educacional. No portfólio do segmento de Hardware, a empresa oferece uma linha completa de computadores (desktops e notebooks), tablets e telefones celulares. Para dar suporte a todas as suas atividades conta com uma rede de assistências técnicas cobrindo a totalidade das cidades brasileiras, além da CRP - Central de Relacionamento Positivo. No segmento de Tecnologia Educacional, a Positivo Informática é reconhecida pelo pioneirismo no desenvolvimento e pela qualidade das soluções tecnológicas em seus três segmentos de atuação: ensino particular, ensino público e varejo. As soluções educacionais da Positivo Informática estão presentes em mais de 14 mil escolas e são exportadas para mais de 40 países. Positivo Informática na Internet: 17

18 DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO (Em R$ mil) 3T15 2T16 3T16 Var% 3T16 x 3T15 Var% 3T16 x 2T16 9M15 9M16 Var% 9M16 x 9M15 RECEITA BRUTA DE VENDAS Venda de produtos ,0-25, ,2 Prestação de serviços ,3 23, ,6 DEDUÇÕES SOBRE VENDAS ,0-25, ,4 Devoluções e descontos comerciais ,7 0, ,4 Impostos e contribuições ,0-15, , ,2-9, ,7 RECEITA LÍQUIDA ,5-26, ,5 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS E SERVIÇOS PRESTADOS ,9-30, ,8 LUCRO BRUTO ,5-16, ,4 (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Com vendas ,8-16, ,7 Gerais e administrativas ,3-2, ,2 Receitas financeiras ,2-19, ,5 Despesas financeiras ,9-1, ,1 Variação cambial e monetária ,8 73, ,1 Outras receitas (despesas) operacionais líquidas ,1-31, , ,3-16, ,2 RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ,4-817, ,1 LUCRO OPERACIONAL ,0-56, ,8 LUCRO LÍQUIDO APTES DOS EFEITOS TRIBUTÁRIOS ,0-56, ,8 Provisão para Imposto de Renda ,0 0, ,6 Provisão para Contribuição Social ,0 0, ,0 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos ,0 0, ,0 LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO ,8-56, ,7 18

19 BALANÇO PATRIMONIAL (R$ mil) ATIVO 30/09/ /06/ /09/2015 PASSIVO 30/09/ /06/ /09/2015 CIRCULANTE Disponibilidades CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Contas a receber Fornecedores Estoques Salários e encargos a pagar Impostos a recuperar Provisões Adiantamento diversos Impostos e contribuições Impostos diferidos circulante Dividendos a pagar Saldo de instrumentos financeiros Partes Relacionadas Receita diferida Saldo de instrumentos financeiros Outros créditos Partes Relacionadas Outras contas a pagar Total do circulante Total do circulante NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Exigível à Longo Prazo Impostos a recuperar Empréstimos e financiamentos Tributos diferidos Outras Provisões Outros créditos Provisão para contigências Investimentos Impostos diferidos LP Investimentos - Joint Venture Passivo a descoberto em controladas Imobilizado líquido Outros contas a pagar Intangível líquido Total do não circulante Total do não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reserva de capital Reserva de lucros Ações em tesouraria Ajuste de avaliação patrimonial Total do patrimônio líquido TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

20 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (Em R$ mil) 3T15 2T16 3T16 9M15 9M16 (Prejuízo) Lucro Líquido do Período (26.859) Reconciliação do lucro líquido com o caixa obtido nas operacões: Depreciação e Amortização Ganho (perda) no valor justo dos instrumentos financeiros ( ) (47.084) ( ) Provisão para riscos trabalhistas, tributários e cíveis (4.409) (904) (1.521) (4.367) (3.794) Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para estoques obsoletos (5.821) Stock Options Ganho/perda na alienação de imobilizados (1.638) - - (1.638) - Juros sobre empréstimos Variação cambial - (43.608) (6.591) ( ) Atualização monetária - (3.226) - - (7.307) Imposto de renda e contribuição social diferidos Equivalência patrimonial (9.611) (676) (12.499) (24.510) (Aumento) diminuição de ativos: Contas a receber ( ) (33.632) Estoques (11.652) (74.260) (41.307) (54.756) Impostos a recuperar (17.547) (65.652) Adiantamentos diversos (894) (2.695) (4.432) Outros ativos (764) Aumento (diminuição) de passivos: Fornecedores (36.570) Contas a pagar e provisões (10.041) (6.719) (29.523) (7.819) Obrigações tributárias (7.751) (12.911) Outros passivos (4.572) (26.800) Caixa líquido obtido das (aplicado nas) atividades Operacionais FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimento de dividendos Aquisição do Investimento - (6.465) - - (6.765) Aquisição de imobilizado (3.922) (4.678) (2.199) (7.706) (8.933) Aumento do Intangível (9.524) (3.778) (3.517) (17.722) (11.735) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (13.446) (14.921) (5.716) (19.724) (27.433) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Pagamento de lucros e dividendos Empréstimos (pagos)/captados, líquido (88.543) (35.554) ( ) Partes relacionadas (4.387) (4.734) Ações em tesouraria Caixa líquido obtido das (aplicado nas) atividades de financiamento (75.493) (34.464) ( ) AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES NO PERÍODO (51.458) (11.775) (96.672) CAIXA E EQUIVALENTES NO INICIO DO PERÍODO Variação cambial sobre caixa e equivalentes (7.850) (21.587) (95.898) CAIXA E EQUIVALENTES NO FINAL DO PERÍODO (37.162)

21 Algumas das afirmações aqui contidas se baseiam nas hipóteses e perspectivas atuais da administração da Companhia que poderiam ocasionar variações materiais entre os resultados, performance e eventos futuros. Os resultados reais, desempenho e eventos podem diferir significativamente daqueles expressos ou implicados por essas afirmações, como um resultado de diversos fatores, tais como condições gerais e econômicas no Brasil e outros países; níveis de taxa de juros e de câmbio, mudanças em leis e regulamentos e fatores competitivos gerais (em bases global, regional ou nacional). 21