INFORMATIVO 2016 GRUPO 2

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1 INFORMATIVO 2016 GRUPO 2 3

2 Considerar a criança como sujeito é levar em conta, nas relações que com ela estabelecemos, que ela tem desejos, ideias, opiniões, capacidade de decidir, de criar, e de inventar, que se manifestam, desde cedo, nos seus movimentos, nas suas expressões, no seu olhar, nas suas vocalizações, na sua fala. É considerar, portanto, que essas relações não devem ser unilaterais do adulto para a criança mas relações dialógicas entre adulto e criança -, possibilitando a constituição da subjetividade da criança como também contribuindo na contínua constituição do adulto como sujeito. Currículo na Educação Infantil Fátima R. Dias e Vitória Barreto de Faria 4

3 INFORMATIVO 2015 Sabendo que, em cada momento de seu desenvolvimento, as crianças têm diferentes condições de aprendizagem, planejamos atividades de forma a adequar os conteúdos às suas possibilidades reais, organizando-as da seguinte forma: IDENTIDADE E AUTONOMIA RELAÇÃO COM O MEIO FÍSICO E SOCIAL LINGUAGEM ORAL E ESCRITA (Inglês na Educação Infantil) LINGUAGEM MATEMÁTICA LINGUAGEM CORPORAL LINGUAGEM PLÁSTICA LINGUAGEM MUSICAL 5

4 IDENTIDADE E AUTONOMIA O desenvolvimento da identidade e autonomia está relacionado com a descoberta de si mesmo e do outro a partir da vivência de experiências corporais e das relações que a criança estabelece com o meio. Nas propostas diárias, como: lanche coletivo, banho, utilização do vaso sanitário, atividades corporais, brincadeiras em frente ao espelho, exploração de brinquedos e brincadeiras, organização de brinquedos, utilização de caixa surpresa, construções de painéis, dentre outras, e procuramos desenvolver: Conhecimento progressivo da imagem corporal. Reconhecimento e nomeação de partes do corpo. Experimentação de diferentes sensações e ritmos produzidos pelo próprio corpo. Vivência de cuidados, experimentando ações simples relacionadas à saúde, higiene e integridade física. Interesse em experimentar novos alimentos e, progressivamente, comer sem ajuda. Interesse em desprender-se das fraldas e o exercício do controle dos esfíncteres durante a rotina. Participação e interesse progressivo em situações que envolvam a relação com o outro. Respeito às regras simples de convivência. Internalização da rotina e realização de pequenas ações cotidianas ao seu alcance. Vivências em situações em que seja necessário ceder, dividir e compartilhar na relação com o outro. Participação em brincadeiras de imitação e de esconder e achar. Interesse pela exploração de diferentes brinquedos. Escolha de brinquedos, objetos e espaços para brincar. Comunicação e expressão de desejos, desagrados e necessidades. Iniciativa para pedir ajuda nas situações em que isso se fizer necessário. 6

5 Isto pressupõe um trabalho contextualizado, proporcionando à criança a ampliação do universo das relações, estimulando a descoberta, a afetividade e exercitando as suas possibilidades. RELAÇÃO COM O MEIO FÍSICO E SOCIAL Conhecer o espaço físico, social e cultural que a escola oferece é um desafio diário para as crianças pequenas, recém saídas da exclusividade do âmbito familiar. A observação e exploração do meio constituem-se em duas das principais possibilidades das crianças. É dessa forma que desenvolvem, gradativamente, formas de se relacionar, construindo as primeiras noções de respeito às pessoas. As rodas de conversa, contato com diferentes ambientes da escola, exploração de objetos e materiais diversos, músicas, brincadeiras, observação de imagens, piqueniques e contação de histórias proporcionam à criança, a exploração do meio e o contato com pares e adultos, ampliando o seu universo. Com propostas significativas para as crianças, desenvolvemos: Possibilidades de interação com o outro. Procedimentos para a manutenção e organização dos espaços coletivos. Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos. Capacidade de perceber a existência de objetos e seres e suas características, como, cores, formas, sons, odores e sabores. Contato com algumas espécies de flora e de fauna. Incentivos quanto ao cuidado e respeito em relação aos os seres vivos, animais e plantas. Experimentos que instiguem a curiosidade, utilizando elementos diversificados, como: água, areia, farinha, anilina, etc. Exploração de materiais, texturas, consistências e suas transformações. Conhecimento gradativo do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas Os conteúdos dessa dimensão são meios que viabilizam a exploração das crianças, portanto, possuem um caráter de aproximação de múltiplos saberes e não, necessariamente, de sistematização dos saberes. 7

6 LINGUAGEM ORAL E ESCRITA A linguagem é uma realidade presente no cotidiano das crianças. É notável a capacidade que elas têm de absorver informações, desenvolver percepções e habilidades. No Grupo 2, o brincar é um meio importante para a conquista desse aprendizado. Procuramos ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação, fazendo a criança se entender e entender o outro, através de rodas de conversa, brincadeiras simbólicas e de imitação, músicas, imitação de expressões faciais, histórias narradas com diferentes estímulos, expressão de desejos, observação de objetos e imagens, visitas à biblioteca, bem como proporcionando a familiarização com o mundo letrado a partir do manuseio de diversos suportes textuais e materiais e objetos impressos. No decorrer das atividades, estimulamos: Participação em situações de comunicação oral, ampliando as possibilidades de apropriação de elementos da linguagem verbal. Uso da linguagem oral para conversar, comunicar-se, relatar suas vivências e expressar desejos, vontades, necessidades e sentimentos nas diversas situações de interação. Ampliação do vocabulário a partir de diversos estímulos no cotidiano. Manuseio de livros, copos, pastas e outros materiais impressos. Observação do próprio nome através do manuseio de materiais de uso pessoal identificados. Contato com rótulos através de objetos significativos, como embalagens de lanches, potes de tinta, sucatas, pacotes de fraldas e lenços umedecidos, etc. Escuta e participação em contação de histórias e leitura de diversos gêneros literários, como poesia, parlendas, quadrinhas, avisos, etc. Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento. Participação em atividades em que a música seja instrumento para comunicar ideias, propor ações, expressar sentimentos, identificar pessoas, etc. Desenvolvimento progressivo da postura de ouvinte. 8

7 Para que tudo isso ocorra, é imprescindível um ambiente lúdico e afetivo, envolvendo a linguagem em todas as dimensões curriculares. Inglês na Educação Infantil O Inglês na Educação Infantil é construído de forma lúdica e natural, sendo o objetivo principal criar um vínculo afetivo entre a criança e a nova linguagem. Quatro encontros semanais proporcionam uma exposição constante e adequada ao idioma, sendo organizados a partir de vivências significativas pelas quais a criança começa a compreender a 2ª língua. A orientação metodológica envolve brincadeiras, jogos, músicas, contação de histórias e outras atividades que assegurem o desenvolvimento da autonomia e da autoestima do aluno. A contextualização dos conteúdos trabalhados em Inglês com os projetos de sala de aula desenvolvidos na língua materna, ampliam a compreensão do próprio Português, pois esta integração beneficia a transferência de habilidades nas duas línguas, provocando uma maior sensibilidade às diferentes linguagens. O Inglês vivenciado em todas as interações sociais entre o teacher e os alunos favorece o uso do idioma em um contexto de linguagem mais autêntico, impulsionando o processo de comunicação. Os conteúdos abordados compreendem estruturas simples de linguagem e vocabulário referente à família, à rotina escolar, às ações do universo infantil, bem como aos diferentes conteúdos desenvolvidos na língua materna, sempre dentro de uma abordagem comunicativa apropriada ao desenvolvimento linguístico próprio de sua faixa etária. 9

8 LINGUAGEM MATEMÁTICA A Matemática está inserida no cotidiano das crianças a partir das experiências proporcionadas pela relação com o meio e interação com o outro. As situações diárias oferecem oportunidades privilegiadas para o trabalho com os diversos conceitos matemáticos. As histórias, músicas, brinquedos, brincadeiras com material alternativo (sucata), passeios pela escola, caixa surpresa, permitem a familiarização com elementos espaciais e numéricos de forma espontânea e prazerosa. Dessa forma desenvolvemos: Percepção sobre algumas características dos objetos (tamanho, cor, forma, volume) através do manuseio, exploração e comparação. Experimentação de materiais e objetos através dos sentidos: tato, olfato, paladar e visão, percebendo progressivamente seus atributos. Vivência de situações em que o contato com objetos possibilite ações, como: empilhar, transvasar, rolar, encaixar, enfiar, equilibrar, etc. Participação em situações em que seja utilizada a recitação numérica pelo adulto. Tentativas de recitar a sequência numérica inicial em situações de contexto matemático. Apropriação gradativa da rotina, desenvolvendo noções temporais, a partir da sequência das atividades do cotidiano. Vivência em conversações que estimulem a percepção de temporalidade (ontem, hoje, amanhã). Contato com a linguagem matemática, como: embaixo, em cima, dentro, fora, grande, pequeno, alto e baixo, a partir de diversos contextos reais. Exploração de percursos e trajetos, desenvolvendo noções de espaço. O trabalho visa estabelecer contatos com algumas noções matemáticas presentes no cotidiano das crianças. 10

9 LINGUAGEM CORPORAL No desenvolvimento típico, a partir da apropriação do movimento de andar, somado ao progressivo amadurecimento do sistema nervoso, as crianças passam a experimentar novos movimentos, que se tornam cada vez mais seguros e estáveis, desdobrando-se no ato de correr, pular e suas variantes, o que amplia suas possibilidades e limites. Os movimentos aprimoram-se conforme as oportunidades que oferecemos à criança de experimentar sensações e conhecer o próprio corpo, de ir e vir, explorar o espaço e ações que ainda desconheçam, subir e descer escadas e rampas, participar de circuitos, brincadeiras, jogos, e músicas, manipular objetos, modelar, rasgar, amassar e embolar papéis. Como o ato de brincar, estimulamos: Reconhecimento progressivo do próprio corpo por meio da exploração, das brincadeiras, do uso do espelho e da interação com os outros. Expressão de sensações corporais por meio de gestos, posturas, choro e da linguagem verbal. Manuseio de materiais de diferentes texturas, temperaturas, cheiros, volume, possibilitando o desenvolvimento das percepções sensoriais. Experimentação de alimentos de diferentes texturas, sabores, cores, cheiros e temperaturas. Exploração de meios para alimentar-se sozinho, desenvolvendo gradativo controle motor. Desenvolvimento gradativo dos esfíncteres. Vivências em situações do cotidiano que proporcionam noções de cuidado e higiene corporal, com ajuda do adulto. Exploração de objetos que possibilitem movimentos de preensão, encaixe, empilhamento, lançamento, etc. Exploração de objetos tridimensionais, como caixas grandes, espaguetes, tecidos, que possibilitem entrar, sair, deitar, tocar, rolar, fechar, abrir, compartilhar, etc, percebendo sensações. 11

10 Exploração do espaço realizando ações, como andar, saltar, correr, engatinhar, escorregar, rolar, etc., ampliando o controle dos movimentos corporais. Experimentação das possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos e ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação. Utilização de gestos, palavras e expressões para se comunicar. Desenvolvimento gradativo da autoconfiança nas suas possibilidades motoras. O prazer e a emoção presentes nas atividades nos levam a possibilitar à criança a utilização do seu corpo, aperfeiçoando, gradualmente, o próprio movimento. 12

11 LINGUAGEM PLÁSTICA A criança demonstra, no seu dia-a-dia, a necessidade de se expressar. Quando a linguagem ainda está em formação e a escrita longe de ser atingida, as atividades artísticas tornam-se meio de expressão da criança. Assim, o trabalho desenvolvido irá possibilitar a descoberta do processo de criação, levando a criança a ser autora das suas interpretações. As atividades artísticas são incentivadas através da pintura com pincéis, dedos, rolos, buchas, lápis cera e giz, utilizando diferentes suportes gráficos (papel, muro, papelão, cartolina, etc.), colagem, modelagem, jogos de observação e percepção, confecção de painéis e objetos tridimensionais, mistura de cores, pintura de areia, dentre outras. A arte assume um caráter lúdico que permeia todo o trabalho do Grupo 2. A produção artística da criança é natural e espontânea e a proposta está pautada na: Experimentação e percepção de diferentes texturas, cores, formas e volumes. Exploração de materiais e suportes variados. Observação e participação em processos de transformação de materiais. Expressão de emoções, sentimentos e ideias através de recursos artístico. Exploração de diferentes movimentos gestuais, visando a produção de marcas gráficas. Cuidados importantes no manuseio de materiais plásticos. 13

12 LINGUAGEM MUSICAL A música é veículo de emoções, sentimentos, imagens, e mensagens. Em suas diferentes manifestações, evidencia a busca da humanidade por expressar e significar suas experiências; é fruto da criatividade humana e de sua interação com o mundo. Seja a música erudita a música dos grandes mestres como Bach, Mozart ou Beethoven - ou a música das tradições populares, como as canções de roda que cantamos em nossa infância, passando pela música veiculada pelos meios de comunicação - a chamada música popular; a arte musical expressa diferentes vivências, sentimentos e conhecimento na história da humanidade, com diversas funções culturais. Música e movimento visam estimular a vivência musical através de jogos que enfatizam o fazer musical, a expressão corporal, a manipulação de instrumentos, o ouvir e discriminar as fontes sonoras e musicais. É importante conhecer e coletivizar o repertório pessoal de cada aluno. Esse momento é priorizado nas rodas musicais, onde trabalhamos a escuta de todos, trazendo suas experiências prévias para serem compartilhadas. O trabalho desenvolvido na Escola pretende, ao longo do processo de escolarização, sensibilizar o aluno para sua realidade sonora, ampliando seu repertório cultural com audições de diferentes gêneros musicais, como também exercitar o canto e a expressão artística estimulando a improvisação, criação e composição. O mais importante é desencadear no indivíduo o prazer de desfrutar dessa arte. 14

13 AVALIAÇÃO Entendemos a avaliação como atividade contínua que consiste na observação do professor para investigar as aquisições das crianças em vista do processo vivido, atentando para as necessidades e conquistas, na perspectiva do seu crescimento individual. No final de cada semestre, será enviado um relatório contendo uma síntese do processo de desenvolvimento de cada criança. COMO A FAMÍLIA PODE AJUDAR DURANTE O PROCESSO? Estabelecendo rotinas, pois contribuem para a organização interna da criança. Reservando horário para as brincadeiras, pois, ajudam a educar a criança para o convívio social e amadurecem as habilidades motoras. Sendo pontual. A primeira atividade é muito importante para inserir o aluno na rotina do dia. E a demora, no final da jornada, poderá deixá-lo inseguro. Conversando sobre os projetos e ajudando a criança a selecionar materiais que possam enriquecê-los. Estimulando a autoestima. 15