CHRISTIAN GIAMPIETRO BRANDÃO

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1 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DOS CIMENTOS ENDODÔNTICOS RESINOSOS SEALER 26, E DOS EXPERIMENTAIS, SEALER PLUS E MBP, COMPARADAS ÀS DO ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL CHRISTIAN GIAMPIETRO BRANDÃO Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Odontologia, área de Endodontia. BAURU 1999

2 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DOS CIMENTOS ENDODÔNTICOS RESINOSOS SEALER 26, E DOS EXPERIMENTAIS, SEALER PLUS E MBP, COMPARADAS ÀS DO ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL CHRISTIAN GIAMPIETRO BRANDÃO Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Odontologia, área de Endodontia. ( Edição Revista ) Orientador: Prof. Dr. Ivaldo Gomes de Moraes BAURU 1999

3 Brandão, Christian Giampietro B733p Propriedades físico-químicas dos cimentos endodônticos resinosos Sealer 26, e dos experimentais, Sealer Plus e MBP, comparadas às do óxido de zinco e eugenol. - - Bauru, p. : il. ; 30 cm. Dissertação. (Mestrado) - - Faculdade de Odontologia de Bauru. USP. Orientador: Prof. Dr. Ivaldo Gomes de Moraes Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação/tese, por processos fotocopiadores e/ou meios eletrônicos. Assinatura do autor: Data:

4 DADOS CURRICULARES Christian Giampietro Brandão Nascimento 10 de novembro de 1973 Birigui S.P. Filiação Osvaldino Brandão e Rosa Maria Pereira Giampietro Brandão Curso de Odontologia Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP Especialização em Endodontia Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP Curso de Pós-Graduação em Endodontia nível de Mestrado Faculdade de Odontologia de Bauru USP Associações Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas APCD ii Associação de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru USP Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica - SBPqO

5 Aos meus pais Osvaldino e Rosa Maria, meus eternos mestres e exemplos de honestidade, persistência e dedicação. O total empenho de vocês à seus filhos permitem que frutos como esse sejam colhidos. Muito obrigado pelo apoio ilimitado para a nossa formação pessoal e profissional. A vocês todo meu amor, admiração e eterna gratidão. Aos meus irmãos Osvaldino, Lucinda e Analu, obrigado por estarem sempre presentes ajudando a superar cada etapa de nossas vidas. Nossa amizade e convivência sempre intensas estimulam e valorizam cada conquista em nossa família. Que todos consigamos construir o futuro que almejamos. A vocês todo o meu carinho. Ao meu avô Salvador Toneti Giampietro (in memorian), presença muito marcante em minha formação pessoal. Sua influência clara em traços de minha personalidade deixam-me, sempre, a certeza de sua eterna companhia. dedico especialmente esse trabalho iii

6 À Deus, Glórias sejam dadas a vós, razão de sermos e existirmos, razão da vida, razão de tudo. O Senhor sempre me abençoou com todo vosso amor e generosidade, cercando-me sempre por uma família maravilhosa e muitos amigos verdadeiros. O cumprimento de mais essa etapa, é somente mais um passo pelo qual vós me guiastes por toda a minha vida, possibilitando-me sempre alcançar meus objetivos. Pai do céu, conto com sua eterna proteção a mim, minha família e amigos. Bem aventurado o homem que adquiriu a sabedoria, e que está rico de prudência. Vale mais a sua aquisição que a da prata, e seus frutos são melhores que o ouro mais fino e mais puro. É mais preciosa que as pérolas e tudo o mais que se deseja não se pode comparar com ela. Na sua direita está a larga vida, riquezas e glória na sua esquerda. Provérbios 3, iv

7 Não se pode ensinar tudo a alguém; pode-se apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo. Galileu Galilei Ao Prof. Dr. Ivaldo Gomes de Moraes, mais do que orientador, verdadeiro companheiro. Minha imensa gratidão e alegria por ter sido contemplado pela vossa orientação, conhecendo toda vossa generosidade e caráter exemplares. Seja como orientador ou amigo, sempre encontrei no senhor palavras de incentivo. Seus profundos conhecimentos científicos e espirituais tornam-no uma pessoa especial e única. O que o mestre é vale mais que os seus ensinamentos. Karl Menninger v meu muito obrigado

8 À Sabrina, pessoa muito especial em minha vida. Obrigado pelo carinho, companhia e paciência em todos os momentos. Ao Rogério, amigo verdadeiro de longa data. Eterno companheiro de toda as horas. Dedico ainda este trabalho vi

9 Agradecimento especial À D. Carminha, Fernanda, Renata e Guilherme que sempre me acolheram em sua casa como membro da família. Sinto-me orgulhoso em compartilhar de vossa verdadeira amizade. Serei sempre grato por todo vosso apoio. Aos amigos Cláudio, Sérgio e Tanaka. Nossa convivência foi única, tornando-nos praticamente irmãos e, certamente, amenizou muito as dificuldades dessa etapa de nossas vidas. Muito aprendi com vocês, nos momentos de estudo e de descontração. A vocês meu eterno respeito. Ao amigo José Neto, exemplo de trabalho e dedicação. Mais do que colega, você foi um professor, sempre prestativo. Toda minha amizade a você, Joana e Nicholas. Às amigas Luciana, Flaviana, Patrícia e Narumi. Nunca esquecerei a união de nossa turma. Mais do que aprendermos em aula, aprendemos com nossa convivência. Que todos consigamos atingir os objetivos pelos quais lutamos. vii

10 Meu muito obrigado Aos companheiros Roberto, Juliana, Monica, Juliano, Sérgio, Ana Christina e Rodrigo, verdadeiros amigos em todos os momentos, todo meu carinho e gratidão. Ao Prof. Marco Antônio (Sal), meu muito obrigado pela vossa amizade e pelos inúmeros auxílios. A todos os amigos e colegas da Pós-Graduação. O contato com cada um de vocês certamente trouxe alguma contribuição durante essa fase de nossas vidas. Aos funcionários da Endodontia, os amigos D. Neide, Suely, Cleide, Edimauro e Patrícia, meu muito obrigado por todo auxílio e ótimo convívio. Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos. viii Elmer G. Letterman

11 Agradecimento Aos Professores Clóvis Monteiro Bramante, Norberti Bernardineli e Roberto Brandão Garcia pelos ensinamentos transmitidos. Minha admiração pela vossa dedicação ao ensino; são exemplos a serem seguidos. A vocês toda minha amizade e respeito. Ao Prof. Dr. Alceu Berbert, ícone da Endodontia brasileira. Meu imenso respeito e admiração, não só pela vossa contribuição científica mas também pela vossa pessoa, sempre prestativo para discussões de alto nível e pronto para compartilhar vossos conhecimentos. A todos os professores do curso de pós-graduação, meu agradecimento pela vossa contribuição em minha formação intelectual. Ao Prof. José Mauro Granjeiro, sempre prestativo, meu muito obrigado pela contribuição neste trabalho. À Disciplina de Materiais Dentários, na pessoa do Prof. Paulo Amarante de Araújo, pela vossa colaboração na parte experimental. À Disciplina de Radiologia, nas pessoas do Prof. Dr. Orivaldo Tavano e do doutorando Prof. Ângelo Pavan, pela preciosa colaboração nos experimentos. Ao Prof. José Roberto Lauris, pela orientação nas análises estatística. Ao Prof. José Navarro, pela colaboração na confecção das fotos. À Ana Cláudia Demarchi, bioquímica da Universidade do Sagrado Coração, meu muito obrigado pelo auxílio na parte experimental e orientações transmitidas. Mas tu perseveras no que aprendeste e que te foi confiado, sabendo de quem aprendeste II Tim 3, 14 ix

12 Meu agradecimento À Faculdade de Odontologia de Bauru, na pessoa do seu diretor Prof. Dr. Aymar Pavarini, pela oportunidade de realizar meu Mestrado nessa tão honrada casa. À Comissão de Pós-Graduação, representada pelo vosso presidente Prof. Dr. Luiz Fernando Pegoraro, pela estrutura ímpar oferecida aos pós-graduandos. A todos os funcionários da Biblioteca, especialmente Cybelle, Rita, Tereza e Ademir, sempre solícitos e amigos. Aos funcionários da Pós-graduação, Ana, Débora e Cleuza e às secretárias Neide, Heloísa e Giane, sempre prestativas, meu muito obrigado. Aos amigos da Associação da Pós-Graduação, André e Salvador, sempre prontos e solícitos, minha gratidão. Ao Serviço de Urgência, representado pelo amigo José Neto da Costa e funcionárias, pela receptividade e auxílio no atendimento aos pacientes. Ao funcionário da oficina Odemir, prestativo na confecção de material para os experimentos. Ao CNPq, pelo auxílio finaceiro que tornou possível a realização desse trabalho. x

13 Diz o provérbio: O homem, segundo o caminho que tomou sendo jovem, não se afastará dele, mesmo quando velho. Provérbios 22,6 Ao Prof. Tetuo Okamoto, da Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilofacial da Faculade de Odontologia de Araçatuba, meu muito obrigado por introduzirme na Iniciação Científica. Aos Professores Roberto Holland, Valdir de Souza, Mauro Juvenal Nery e José Arlindo Otoboni Filho da Disciplina de Endodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, meu muito obrigado pelos ensinamentos durante os cursos de graduação e especialização e pelas oportunidades de monitorias e estágios. A vocês, todo o meu respeito. Ao Prof. Walderício de Melo, todo meu respeito e admiração pela vossa história e competência profissional. Ao amigo Prof. Pedro Felício Estrada Bernabé, grande incentivador do meu curso de Mestrado. Sua conduta pessoal e profissional é exemplo de superação de dificuldades e competência. A você toda a minha admiração. todos vocês tiveram colaboração direta na minha formação e estimularam-me a buscar a carreira docente. Através de vossa competência, são exemplos nos quais me espelho na construção de minha carreira profissional e pessoal xi

14 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS RESUMO xiv xvi xviii xix 1 INTRODUÇÃO 1 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Escoamento e tempo de presa Radiopacidade Infiltração marginal apical ph e liberação de cálcio 34 3 PROPOSIÇÃO 40 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Materiais empregados Dispositivos e aparelhos Métodos Escoamento Tempo de presa Radiopacidade Infiltração marginal apical ph e liberação de cálcio 57

15 4.4 Condições ambientais para realização dos testes Análise estatística dos resultados obtidos 59 5 RESULTADOS 5.1 Escoamento Tempo de presa Radiopacidade Infiltração marginal apical Medições de ph Medição de liberação de cálcio 71 6 DISCUSSÃO Cimentos Escoamento Tempo de presa Radiopacidade Infiltração marginal apical ph e liberação de cálcio Considerações finais CONCLUSÕES 116 ANEXOS 119 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 131 ABSTRACT 150

16 LISTA DE FIGURAS pág Figura 1 Cimento de óxido de zinco e eugenol (S.S. White) 42 Figura 2 Cimento Sealer 26 (Dentsply) 43 Figura 3 Cimento Sealer Plus (Dentsply) 43 Figura 4 Cimento MBP (Faculdade de Odontologia de Bauru USP) 44 Figura 5 phmetro B371 Micronal 46 Figura 6 Espectrofotômetro de absorção atômica CG 46 Figura 7 Peso de 120 g agindo sobre amostra de cimento 47 Figura 8 Medição do diâmetro do disco de cimento 47 Figura 9 Agulhas de Gilmore A 116,5 g (presa inicial) B 458,6 g (presa final) 49 Figura 10 Medição do tempo de presa 49 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Amostras dos cimentos (O=cimento de óxido de zinco e eugenol; S=Sealer 26; P=Sealer Plus; M=MBP), guta-percha (G), dentina (D) e penetrômetro (Pe) posicionados sobre o filme oclusal Radiografia das amostras dos cimentos (O=cimento de óxido de zinco e eugenol; S=Sealer 26; P=Sealer Plus; M=MBP), guta-percha (G), dentina (D) e penetrômetro (Pe) Hemisecção apical de raiz com canal obturado com cimento de óxido de zinco e eugenol, após imersão em azul de metileno Hemisecção apical de raiz com canal obturado com o cimento Sealer 26, após imersão em azul de metileno xiv

17 Figura 15 Hemisecção apical de raiz com canal obturado com o cimento Sealer Plus, após imersão em azul de metileno 56 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Hemisecção apical de raiz com canal obturado com o cimento experimental MBP, após imersão em azul de metileno Esquema representativo do período de imersão das amostras dos cimentos Gráfico representativo dos valores médios dos diâmetros de discos dos cimentos testados, comparados ao valor mínimo exigido pela ISO/DIS 6876 (20 mm) Gráfico representativo dos tempos de presa inical e final dos materiais nas diferentes condições de umidade Gráfico representativo da radiopacidade, em milímetros de alumínio, dos cimentos testados, guta-percha, discos de dentina e anéis metálicos Figura 21 Gráfico representativo dos valores de radiopacidade encontrados para os cimentos testados, comparando-os à radiopacidade da guta-percha e ao valor mínimo exigido pela ISO/DIS Figura 22 Figura 23 Figura 24 Figura 25 Gráfico representativo das médias de infiltrações marginais apicais propiciadas pelas obturações com os cimentos testados Gráfico representativo da variação do ph dos cimentos testados em função do tempo Gráfico representativo da variação de liberação de cálcio dos cimentos testados em função do tempo Estrutura química da reação de presa do cimento de óxido de zinco e eugenol, com a formação de eugenolato de zinco xv

18 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Distribuição das amostras e identificação dos grupos 53 pág Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Tabela 8 Tabela 9 Diâmetro médios (em milímetros) e medianas dos círculos dos cimentos testados, observados nos testes de escoamento Tempo de presa inicial (TPI) e final (TPF), em horas, dos cimentos testados, em ambiente seco e umidade relativa Valores médios e medianas da densidade óptica dos cimentos testados, guta-percha, dentina, anéis metálicos e base da radiografia obtidas por leitura no fotodensitômetro, e sua conversão em milímetros de alumínio Valores médios de densidade óptica obtidos das radiografias do penetrômetro, relacionando milímetros de alumínio e densidade óptica Valores, em milímetros, das infiltrações marginais apicais médias de azul de metileno e medianas dos dentes obturados com os cimentos testados Resultados médios de ph obtidos para os cimentos testados nos tempo de 24 horas, 72 horas, 7 dias, 15 dias e 30 dias ( x + dp ) Análise estatística do ph dos cimento em função do tempo (Teste Kruskal-Wallis) Análise estatística do ph dos cimentos em um mesmo intervalo de tempo, pelo Teste Kruskal-Wallis Tabela 10 Resultados médios de liberação de cálcio, em mg/dl, obtidos para os cimentos testados nos tempo de 24 horas, 72 horas, 7 dias, 15 dias e 30 dias ( x + dp ) xvi 71

19 Tabela 11 Análise estatística da liberação de cálcio dos cimentos em função do tempo (Teste Kruskal-Wallis) Tabela 12 Análise estatística da liberação de cálcio dos cimentos em um mesmo intervalo de tempo, pelo Teste Kruskal-Wallis xvii

20 LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS % = porcentagem + = mais ou menos o C = graus Celsius x = vezes (aumento) x = média aritmética ADA = American Dental Association cm = centímetro dff = distância foco-filme dp = desvio-padrão EDTA = ácido etileno diaminotetracético g = gramas (massa) h = horas ISO/DIS = International Standard Organization / Draft International Standard kv = kilovoltagem M = molar (osmolaridade) ma = miliamperes ml = mililitros mm = milímetros n o = número OZE = cimento de óxido de zinco e eugenol p = significância estatística Q = quartil xviii

21 RESUMO A obturação do sistema de canais radiculares é a etapa que complementa os procedimentos clínicos de esvaziamento, ampliação e desinfecção do canal, devendo selá-los o mais hermeticamente possível. Os materiais obturadores devem possibilitar esse selamento, através das mais diversas técnicas. Portanto, é essencial o conhecimento das propriedades físico-químicas e biológicas do material que é utilizado na clínica, a fim de realizar-se uma conduta clínica segura e com bons resultados. Neste trabalho foram avaliados os cimentos resinosos Sealer 26, Sealer Plus e MBP, sendo os dois últimos experimentais. O cimento de óxido de zinco e eugenol, com propriedades bastante conhecidas, foi usado como controle. Foram realizados os testes de escoamento, tempo de presa e radiopacidade, segundo a norma ISO/DIS 6876, além dos testes de infiltração marginal apical, ph e liberação de cálcio. Todos os cimentos apresentaram escoamento, tempo de presa e radiopacidade satisfatórios, de acordo com a ISO/DIS O cimento de óxido de zinco e eugenol foi o único a apresentar média de infiltração apical acima de 0,4 mm. Os cimentos Sealer 26 e MBP foram os únicos a apresentarem ph acima de 9,0 aos 30 dias. Quanto à liberação de cálcio, o MBP apresentou maiores valores aos 30 dias, sempre com valores crescentes ao longo do tempo. Os resultados comprovaram as boas e já conhecidas propriedades do cimento Sealer 26 e o cimento experimental MBP apresentou resultados bastante promissores. O Sealer Plus, talvez, pudesse ter suas qualidades um pouco melhoradas, embora seus valores tenham sido considerados satisfatórios. Mesmo considerando que todos os materiais testados tenham apresentado boas propriedades físico-químicas, a realização de testes biológicos é necessária para uma aprovação final. xix

22 1 Introdução

23 Introdução 2 1 INTRODUÇÃO O tratamento do sistema de canais radiculares compreende uma sequência de procedimentos interdependentes entre si, em que todos devem ser executados criteriosamente e de maneira satisfatória, para que o sucesso do tratamento endodôntico seja alcançado, não só do ponto de vista clínico, como também biológico. O profissional deve ter conhecimento amplo naquilo que se propõe a executar, desde o estabelecimento do diagnóstico e, segundo ESTRELA 30 (1999), complementação da tríade endodôntica: abertura coronária, sanificação e modelagem e obturação do canal, até os cuidados com proservação do paciente. A obturação do sistema de canais radiculares completa todo o cuidado tomado em seguir os princípios técnicos e biológicos exigidos, para tornar os condutos o mais estéreis possível, e preparados biomecanicamente para receber um selamento hermético. A obturação adequada, segundo COHEN 16 (1994), LEONARDO 75 (1998) e De DEUS 21 (1992), deve ser compacta e completa, realizada com materiais inertes ou anti-sépticos e capazes de assegurar um selamento hermético para: 1. impedir a percolação e microinfiltração de exsudato periapical para o interior do canal, para que não haja como irritante físico-químico e promova inflamação periapical; 2. impedir uma reinfecção; 3. criar um ambiente favorável para que ocorra o reparo dos tecidos periapicais. INGLE 60, em 1956, citou um estudo clínico de 2 anos onde houve sucesso em 97,26%, o qual seria resultado da tríade ampliação, esterilização e obturação do canal e a maioria dos fracassos estaria relacionada com a incorreta obturação do canal. Segundo BELLIZI; CRUSE 6 (1980) os dentistas inicialmente preenchiam os canais radiculares com pastas inseridas com seringas, pequenas brocas ou brocas de Gates e, em 1925, Rickert, propôs o uso de um cimento junto

24 Introdução 3 com cones de guta-percha. Ainda nesse ano, Lentulo apresentou um instrumento rotatório para inserir pastas nos canais radiculares. Em 1933, Dr. E.A. Jasper introduziu os cones de prata estandardizados, usados em associação com o cimento Neo-balsam. Muitos materiais foram e são utilizados para o procedimento obturador, podendo ser classificados como pastas que tomam presa ou não, cones mais cimentos, e guta-percha plastificada. A maioria das obturações são, atualmente, realizadas pela associação de cones de guta-percha e cimento, o qual une os cones entre si e esses com as paredes dentinárias, preenchendo todo o espaço não ocupado pelos cones. Embora a grande maioria dos autores credite a GROSSMAN 48 (1958), no trabalho em que apresenta o cimento que leva seu nome, a definição das propriedades esperadas para um cimento endodôntico, FISHER 40, em 1927, já as havia estabelecido. Essas propriedades foram complementadas por GROSSMAN 50 em 1988, COHEN 16 em 1994, INGLE; BAKLAND 62 em 1994 e LEONARDO 75 em 1998 e são citadas pela maioria dos autores (McELROY , MORAES; BRAMANTE; BERBERT 88, 1999). São elas: 1. propiciar selamento hermético do sistema de canais radiculares; 2. estabilidade dimensional após a presa; 3. adesão às paredes dentinárias do canal e aos materiais obturadores, mesmo na presença de umidade; 4. boa biocompatibilidade, prevenindo reações intensas quando em contato com os tecidos periapicais; 5. boas qualidades de manipulação após o seu preparo; 6. oferecer facilidade para sua aplicação ao canal; 7. prover tempo de trabalho suficiente, propiciando ao operador tempo suficiente para comprovação da qualidade da obturação e realizar ajustes imediatos necessários; 8. deve tomar presa dentro do canal; 9. não pigmentar ou descolorir a estrutura dental; 10. deve ter algum efeito bactericida ou bacteriostático. 11. ter boa radiopacidade;

25 Introdução 4 anacorese; 12. oferecer facilidade na sua remoção. 13. insolubilidade aos fluídos tissulares, evitando a percolação e 14. não provocar resposta imune nos tecidos periapicais; 15. não ser mutagêncio ou carcinogênico; 16. possuir ph próximo ao neutro; 17. ser passível de esterilização. Resumidamente, os materiais obturadores devem preencher toda a cavidade pulpar radicular, anteriormente ocupada pelo tecido pulpar e propiciar o selamento biológico do forame apical, coroando o tratamento endodôntico. O material ideal seria aquele que englobasse todas aquelas características físico-químicas e biológicas. A procura por ele é intensa e motiva o estudo das propriedades dos materiais já existente e a pesquisa pelo desenvolvimento de novos materiais. SCHILDER 116 (1967) citou a incapacidade de se saber, com certeza, se o ápice foi selado num procedimento não-cirúrgico e a existência de numerosos canais acessórios, com potencial para produzir abscessos laterais, como fatores importantes que devem ser considerados na avaliação e prognóstico de um tratamento, o qual dever apresentar como resultado final o preenchimento total em três dimensões dos canais radiculares principais e todas suas ramificações, obtido através de materiais e técnica adequados. Segundo McELROY 83 (1955) muitos materiais foram utilizados com o propósito de selar o canal radicular: folha de ouro, fosfato tricálcico, óxido de zinco e ácido hidroclorídrico, carvão animal pulverizado com iodofórmio, folha de estanho, folha de chumbo, pontas de madeira, amálgama de cobre, pasta de óxido de zinco e eugenol, dentina de cão, pó de marfim, dentina humana e guta-percha com solventes (eucaliptol ou clorofórmio) ou em associação com cimentos. Conclui que a guta-percha bem condensada ou associada a um cimento exibe pouca alteração volumétrica e que muita pesquisa é necessária para a produção de um material ideal.

26 Introdução 5 Segundo ØRSTAVIK 101 (1988), tanto as propriedades físicas como químicas dos cimentos endodônticos são dependentes da sua composição química. PUTERBAUGH 108 (1955) exaltou as necessidades físicas para os materiais obturadores, lembrando que o mesmo deveria preencher e selar efetivamente os túbulos dentinários e obliterar toda a cavidade pulpar e suas ramificações apicais, os quais só são preenchidos por materiais muito plásticos. Disse, ainda, que o emprego de materiais radiopacos é imperativo, pois, a radiografia, mesmo com suas limitações, é o único meio para avaliar clinicamente a qualidade da obturação e seu grau de tolerância tecidual. A quantidade de trabalhos que avaliam as propriedades físicas e novos materiais é muito grande, como MORAES 86 (1984), sempre buscando o material ideal que preencha todos os requisitos físico-químico-biológicos. BELLIZI; CRUSE 6, em 1980, realizaram uma revisão da história da endodontia, e concluíram assim: O futuro da endodontia é excitante e sem limites. Conforme evoluímos devemos sempre lembrar de todos aqueles que nos precederam. Sem os seus esforços nós não teríamos o futuro. Um velho provérbio italiano resume a essência básica da história da endodontia: Chi lascia la via vecchi per al nuova, as quel che perde e non as quel che trova (Qualquer pessoa que abandone as velhas maneiras pelas novas, sabe o que está perdendo mas não sabe o que encontrará). A isso poder-se-ia acrescentar um grande ensinamento logosófico: Jamais se chegará a lugar algum se se permanecer sempre no mesmo lugar. Na busca de novos cimentos endodônticos encontramos a Dentsply, sempre se apoiando nos cimentos resinosos à base de resina epóxica. Iniciou com o AH26 (SCHRÖEDER 118, 1957), lançando, posteriormente, o AH26 silver free (sem prata) no Brasil e o Dentinol, nos E.U.A. Nesse diapasão, a Dentsply nacional lançou o Sealer 26, que seria uma versão dos anteriores, também sem a prata, porém em seu pó foi acrescentado o hidróxido de cálcio. Todos esses cimentos são apresentados na forma de um líquido (resina epóxica) e um pó. As propriedades físicas desses materiais sempre foram consideradas excelentes, salvo restrições à alteração de cor que os mesmos são passíveis de sofrer (MORAES 86, 1984).

27 Introdução 6 Recentemente, a Dentsply Internacional lançou uma versão mais moderna daqueles cimentos, apresentando o seu material na forma de duas pastas. Na Alemanha ele recebeu o nome de AH Plus, e nos E.U.A., TopSeal. A Dentsply nacional propôs algumas mudanças naquele material, inclusive acrescentando-lhe uma porção de óxido de cálcio, sempre com o intuito de melhorar as propriedades biológicas. Então, está em vias de ser lançado no comércio o Sealer Plus. Seguindo uma linha de pesquisa desde 1982, MORAES * desenvolveu, na Disciplina de Endodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, um cimento obturador de canal, também resinoso, apresentado na forma de duas pastas e que, pelos testes preliminares, pareceu ser bastante promissor *. Este material foi batizado com o nome de MBP. Como já salientado anteriormente, torna-se válido realizar pesquisas sobre algumas propriedades físico-químicas desses materiais, comparando-as às daqueles já consagrados pela literatura e pelo uso clínico, com o propósito de viabilizá-los como novas opções no arsenal endodôntico. * comunicação pessoal

28 2 Revisão de Literatura

29 Revisão de Literatura 8 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Escoamento e tempo de presa Já em 1925, HESS 51, em seu estudo sobre a anatomia de canais de dentes permanentes, demonstrou a imensa variação anatômica dos canais radiculares bem como a existência de canais acessórios. Escreveu, ainda, que a impossibilidade do completo preenchimento de todos os canais radiculares e suas ramificações torna muito difícil o tratamento de dentes despolpados. Em 1959, ZERLOTTI FILHO 147 publicou um trabalho bastante sucinto apresentando os resultados de diversos testes sobre as propriedades de doze materiais obturadores. Um dos testes foi o tempo de endurecimento, testado com agulhas de Gillmore de 113,3 g de massa e ponta com 3,2 mm de diâmetro, constatando tempo de presa entre 42 e 43 h para o cimento de óxido de zinco e eugenol (SSWhite), sem especificar proporções ou condições do teste. CURSON; KIRK 19, em 1968, testaram dez cimentos, inclusive o AH 26 e o cimento de óxido de zinco e eugenol, na proporção de 0,49 g de pó para 0,15 ml de eugenol, quanto às propriedades de tempo de presa e selamento. O tempo de presa foi estabelecido segundo norma da ADA para cimentos dentais. Os materiais foram testados sob condições normais e com adição de água, simulando a contaminação por umidade que ocorre no periápice. O cimento de óxido de zinco e eugenol apresentou tempos variando de 5 h e 2:43 h, respectivamente. Concluíram que o cimento de óxido de zinco e eugenol, na sua forma pura, é um cimento de canal bastante satisfatório. WEISMAN 136, em 1970, realizou um estudo sobre o escoamento de cimentos de canais radiculares. Comparou o escoamento de dez cimentos endodônticos em canais atrésicos simulados por pipetas de vidro de 0,19 mm de diâmetro interno, preenchidas com os materiais sob vácuo. O comprimento preenchido pelo cimento era dividido pelo tempo de aplicação de vácuo. Percebeu, nesse estudo, a influência do tamanho da partícula de cimento no seu escoamento.

30 Revisão de Literatura 9 Discutiu que testes desse tipo não podem, por si só, recomendar ou condenar o uso de algum material. Em 1971, WILSON; BATCHELOR 138 testaram a consistência de cimentos utilizando um dispositivo chamado placas paralelas de Williams, que estuda as propriedades reométricas dos materiais. WIENER; SCHILDER 137, em 1971, estudaram o tempo de presa de oito cimentos à base de cimento de óxido de zinco e eugenol, sendo quatro experimentais, em diferentes condições de temperatura (16, 22 e 27 o C) e umidade relativa (0, 50, 100%), com o auxílio de uma espátula de 46 g que não deve deixar marcas sobre a superfície dos cimentos, agindo sobre seu próprio peso. Constataram que o aumento da temperatura e umidade diminui o tempo de presa, sendo o inverso também verdadeiro. Outro fator que altera o tempo de presa é a proporção pó/líquido. Concluíram que a temperatura em torno de 36 o C e umidade absoluta encontrados na região apical aceleram o tempo de presa dos cimentos. COMBE; MOSER 17, em 1976, também utilizaram um dispositivo próprio para estudo da consistência de materiais, um viscômetro capilar de extrusão indireta, e constataram resultados bem próximos dos já conhecidos por outras metodologias, sendo esses equipamentos, portanto, de valia no estudo do escoamento de cimentos. GROSSMAN 49, em 1976, realizou um estudo das propriedades físicas de doze cimentos, entre eles o AH 26 e o cimento de óxido de zinco e eugenol. As propriedades estudadas foram o tamanho das partículas, escoamento, tempo de presa, adesão e variação dimensional. O escoamento foi medido pelo caminho percorrido por porções dos cimentos colocadas sobre placas de vidro que eram mantidas na vertical por 24 horas, sendo que o AH 26 apresentou escoamento rápido e o cimento de óxido de zinco e eugenol não apresentou nenhum escoamento. Após os períodos de 0,5 e 1 hora do preparo dos cimentos e sua colocação em anéis metálicos, o tempo de presa foi medido com agulha de Gillmore e também pela consistência da fina camada de cimento deixada em uma placa de vidro após amostras dos cimentos escoarem por ela, em procedimento semelhante ao realizado para testar o escoamento. O AH 26 com 32 horas e o cimento de óxido

31 Revisão de Literatura 10 de zinco e eugenol com 20 horas estiveram entre os materiais com maiores tempos de presa. BENATTI; STOLF; RUHNKE 7, em 1978, tentaram estabelecer um critério para a consistência clínica ideal de alguns cimentos obturadores, além de verificarem seus tempos de presa e variações dimensionais nessas consistências ideais e outras. Utilizaram os procedimentos descritos por uma norma brasileira e o material usado como controle foi o cimento de óxido de zinco e eugenol, por ele estar presente na composição da maioria dos cimentos disponíveis na época, como o Fillcanal e o Endomethasone. A consistência clínica ideal foi determinada por sete profissionais e os materiais, manipulados de acordo com a consistência encontrada por eles, foi colocado entre duas placas de vidro, sendo que a de cima recebia um peso para totalizar 520 gramas. Os diâmetros dos discos de cimento variaram de 35 a 40 mm, sendo que o cimento de óxido de zinco e eugenol apresentou média de 38,5 mm. O tempo de presa foi testado com o uso de agulhas, sendo utilizada uma de 10 g e 2,4 mm de diâmetro para determinar o tempo de presa inicial, que foi de 175 minutos para o cimento de óxido de zinco e eugenol, e uma de 50 g e 1,59 mm, determinando 218 minutos como o tempo de presa final desse cimento. Demonstraram, ainda, nesse estudo uma relação direta entre fluidez e contração dos cimentos. Em 1978, VERMILYEA; SIMON; HUGET 135 estudaram as propriedades reológicas de sete cimentos endodônticos por meio de um viscômetro rotatório, em função do tempo e de rotações diferentes. Citaram a influência de fatores como tamanho de partículas, proporção pó-líquido ou proporção pasta base/catalisadora na viscosidade dos cimentos, fatores esses até então inexplicados. De DEUS; VECCHIO; LENZA 20, em 1983, estudaram a consistência padrão e os tempos de presa inicial e final de oito cimentos, entre eles o cimento de óxido de zinco e eugenol, da SS White e o AH 26. A consistência foi testada colocando-se 0,5 ml dos cimentos preparados entre duas placas de vidro. Sobre a placa superior foi adicionado um peso para totalizar 120 g, sendo considerada consistência ideal aquela que fornecesse discos de cimento com diâmetros aproximados de 30 mm após 10 minutos. O tempo de presa foi testado

32 Revisão de Literatura 11 com uma agulha de Gillmore de 453,6 g e 1,06 mm de diâmetro colocada sobre a superfície dos cimentos, manipulados na consistência ideal já determinada e colocados em anéis metálicos de 4,8 mm de altura x 9,5 mm de diâmetro interno deixados em ambiente a 37 o C e 100% de umidade. O tempo de presa inicial também foi determinado com uma agulha menor. Os resultados para o OZE foram de 3:27h e 13:18h, numa proporção ideal de 0,5 ml de eugenol para cada 0,9 g de óxido de zinco. ØRSTAVIK 100, em 1983, examinou as propriedades de escoamento, tempo de trabalho e forças de compressão de vinte e três cimentos, entre eles o cimento de óxido de zinco e eugenol. O teste de escoamento baseou-se na norma ISO 1566 para cimentos de fosfato de zinco (1978), colocando-se 75 µl de cimento entre duas placas sob uma força de 24,5 N, e medindo-se o diâmetro após dez minutos. Estudaram ainda, a variação da proporção pó/líquido para aqueles cimentos sem especificações do fabricante. Os valores do escoamento variaram de 17,5 a 44,3 mm, sendo de aproximadamente 35 mm para o cimento de óxido de zinco e eugenol na proporção de duas partes de pó para uma de líquido. Concluiu que, sendo essa proporção um fator que altera as propriedades do material, os fabricantes deveriam fornecer algum meio pelo qual essas proporções possam ser reproduzidas clinicamente. Em 1984, SAMPAIO; SATO 114 avaliaram o escoamento de seis cimentos, colocando 0,1 ml de cada material em uma placa de vidro sustentada verticalmente em estufa a 37 o C. O cimento de óxido de zinco e eugenol não apresentou escoamento, provavelmente devido à falta de resinas e outros modificadores em sua fórmula, segundo os autores. Em 1984, MORAES 86 avaliou várias propriedades físicas dos cimentos AH 26 puro ou acrescido de hidróxido de cálcio, óxido de zinco e eugenol e mais outros quatro experimentais à base de resina epóxica. Dentre essas propriedades foram avaliados o escoamento e o tempo de presa, segundo norma da ADA para cimento de fosfato de zinco. Seus resultados mostraram excelentes resultados de escoamento para os cimentos resinosos, que se comportaram com superioridade frente ao óxido de zinco e eugenol; entretanto, todos estiveram dentro dos padrões aceitáveis de escoamento. Constatou, ainda, a grande influência da

33 Revisão de Literatura 12 umidade sobre o tempo de presa, o qual foi diminuído quase que pela metade quando os materiais foram expostos a ela. MORAES; BERBERT 87, em 1985, explicaram a reação do escurecimento do cimento AH 26 que também pode ser aplicada ao Sealer 26, pois, este possui os mesmos componentes envolvidos no escurecimento. O formaldeído, liberado a partir da hexametilenotetramina durante a reação de presa, transforma o óxido de bismuto, presente no pó desses cimentos, pela sua redução, em bismuto metálico, que é negro e o qual, por estar presente em grande quantidade na massa dos cimentos, torna-os enegrecidos. NEGM; LILLEY; COMBE 91, em 1985, avaliaram as características reológicas de alguns cimentos endodônticos disponíveis no comércio, comparando a viscosidade e o tempo de trabalho de cimentos resinosos e determinando o efeito da manipulação e aplicação de forças no tempo de trabalho desses cimentos, por meio de um viscômetro de extrusão direta. Todos os materiais apresentaram comportamento pseudo-plástico, ou seja, tiveram sua viscosidade diminuída em função do seu preparo e do tempo, já esperado por serem materiais que tomam presa. Uma espatulação mais demorada produz uma consistência mais fina, melhorando as características de manipulação e aumentando o tempo de trabalho dos cimentos. ZYTKIEVITZ; LIMA; SOBRINHO 150, em 1985, estudaram o escoamento e tempos de presa inicial e final de seis cimentos, entre eles o cimento de óxido de zinco e eugenol na proporção de 1 g de pó para 0,4 ml de eugenol, usando a norma n o 8 do Grupo Brasileiro de Materiais Dentários (materiais de moldagem à base de óxido de zinco e eugenol) e a especificação n o 30 da ADA. O tempo de presa foi testado com agulhas de 10 g, 50 g e 113,5 g colocadas sobre a superfície dos cimentos, manipulados e colocados em anéis de 20 mm de diâmetro por 3 mm de altura. O cimento de óxido de zinco e eugenol apresentou tempo de presa de 209, 2071 e 2854 minutos (aproximadamente 47:30 h), respectivamente para cada agulha. Foi o mais lento entre todos os materiais testados. Para testar o escoamento, 0,5 ml de cimento foi colocado entre duas placas de vidro e sobre elas pesos de 120 g e 520 g, tendo seus diâmetros medidos após 10 minutos. Os

34 Revisão de Literatura 13 resultados para o cimento de óxido de zinco e eugenol foram de 20,7 mm e 30 mm, respectivamente para cada peso. MOTTA et al. 90 estudaram, em 1992, o tempo de presa, escoamento, homogeneicidade das partículas e adesividade de seis cimentos obturadores de canais radiculares, entre eles o cimento de óxido de zinco e eugenol na proporção de 1 g de pó para 0,24 ml de eugenol. O tempo de presa foi medido com agulhas de Gillmore, (não especifica a massa) em ambiente com umidade relativa de 40% e temperatura de 24 o C, colocada sobre amostras dos cimentos em anéis de 10 mm de diâmetro por 5 mm de altura, sendo de 677 minutos para o cimento de óxido de zinco e eugenol. O escoamento foi testado colocando-se o cimento entre duas placas de vidro em períodos de 1 a 60 minutos (não especifica o volume de cimento e o peso colocado sobre a placa). O cimento de óxido de zinco e eugenol apresentou discos com média de 2,5 cm de diâmetro. FIDEL et al. 39, em 1995, estudaram o tempo de endurecimento de quatro cimentos endodônticos contendo hidróxido de cálcio, entre eles o Sealer 26, por meio do uso de uma agulha de Gillmore de 100 g e ponta com 2 mm que era colocada verticalmente sobre as superfícies dos cimentos, preparados e vertidos em anéis de aço com diâmetro interno de 10 mm e 2 mm de altura, segundo norma n o 57 da ADA. Em ambiente de 37 o C e 100% de umidade, o Sealer 26 apresentou tempo de presa de 41 horas e 22 minutos.

35 Revisão de Literatura Radiopacidade MANSON-HING 79, em 1961, realizou um trabalho comparando a radiopacidade da dentina e esmalte à do alumínio, já que trabalhos comparando o osso a ele já haviam sido realizados. Para isso, construiu penetrômetros de alumínio, dentina e esmalte, com degraus variando de 1 a 8 mm e com precisão de 0,01 mm. Os penetrômetros de dentina e esmalte foram confeccionados a partir de fatias dos tecidos dentais, com espessura entre 0,5 e 1 mm, obtidos a partir de dentes extraídos íntegros. A grande semelhança entre as densidades do alumínio e dentina mostrou que esse material poderia ser um excelente substituto para a dentina em estudos de densidade radiográfica. O fato do esmalte ter maior densidade (peso por unidade de volume) que a dentina refletiu-se na menor densidade radiográfica da dentina em cortes de mesma espessura. DEGERING; BUSEMAN 22, em 1962, compararam a radiopacidade de diversos materiais odontológicos à do osso e estrutura dental, todos com 6 mm de espessura, por meio da densidade óptica obtida por um fotodensitômetro. Os resultados mostraram radiopacidade semelhante entre a gutapercha e o cimento de óxido de zinco e eugenol, sendo eles mais radiopacos que as estruturas dentais humanas mas perdendo para outros materiais como amálgama e ouro. HIGGINBOTHAM 52, em 1967, realizou um trabalho considerado como o primeiro a comparar apenas cimentos e cones endodônticos. Em um filme tipo oclusal, radiografou amostras de 6 cimentos com 1,1 mm de espessura e, após o processamento radiográfico, mediu suas densidades fotográficas com um fotodensitômetro de reflexão-transmissão. Os resultados variaram de 0,55 a 1,17 para os cimentos, sendo de 0,35 para os anéis de aço e 0,78 para o cone de guta-percha. Nesse trabalho, ainda avaliaram tempo de presa, espessura de película, solubilidade e capacidade seladora dos cimentos. McCOMB; SMITH 82, em 1976, avaliaram in vitro o escoamento, tempo de presa, força compressiva, solubilidade, adesão à dentina e radiopacidade de nove cimentos obturadores comerciais, sendo sete à base de óxido de zinco e eugenol e dois resinosos (Diaket e AH 26). A radiopacidade foi determinada

36 Revisão de Literatura 15 uitilizando-se de um densitômetro em radiografias de discos dos materiais (já com presa tomada) de 10 mm de diâmetro por 2 mm de espessura, utilizando a radiopacidade do anel metálico (2 mm) como padrão zero. As leituras variaram de 0,08 a 0,65, lembrando que a radiopacidade é inversa à transmissão de luz (densidade óptica), portanto, quanto maior a medição do densitômetro, menos radiopaco é o material. Não havia, até então, uma norma para avaliação da radiopacidade de materiais obturadores. BOSCOLO; BENATTI; GONÇALVES 12, em 1979, testaram a radiopacidade de 8 cimentos endodônticos, entre eles o AH 26 e o cimento de óxido de zinco e eugenol. Amostras dos materiais foram confeccionadas com 2 matrizes de acrílico com 40 orifícios de 5 mm de diâmetro cada, obtendo 5 amostras para cada cimento. Após a obtenção das radiografias para cada amostra, foram feitas 5 leituras com um fotodensitômetro. Os resultados foram calculados em média de transmitância. O AH 26 foi o cimento mais radiopaco, seguido por Endomethasone, Tubliseal e cimento de óxido de zinco e eugenol. Em 1979, ELÍASSON; HAASKEN 28 realizaram um trabalho com o objetivo de medir a radiopacidade de vários materiais de moldagem elásticos e determinar a radiopacidade mínima que um corpo estranho deveria ter para ser detectado em radiografias periapicais, através de condições simuladas. Estabeleceram uma padronização para comparação de radiopacidades, pelo uso de um penetrômetro (stepwedge) de alumínio, possibilitando a conversão das leituras obtidas pela transmissão de luz ao equivalente em milímetros de alumínio. Foram testados 26 materiais, sendo feitas 5 amostras de cada material com moldes de Teflon de 20 mm de comprimento por 5 mm de largura e 1,6 mm de espessura. As amostras foram radiografadas individualmente em filmes oclusais, juntamente com um penetrômetro de alumínio (com degraus de 0,5 a 4 mm) e mais dois blocos de alumínio com 4 mm de espessura que complementavam a espessura do penetrômetro de 4,5 a 12 mm. As densidades radiográficas da base do filme, das imagens radiográficas de cada material e de cada degrau do penetrômetro foram medidas com um fotodensitômetro, sendo que todos os valores foram convertidos ao correspondente em milímetros de alumínio. Realizaram, ainda, outra avaliação com amostras dos materiais posicionadas em mandíbulas e radiografadas em películas

37 Revisão de Literatura 16 periapicais. Após a análise de 10 examinadores, constataram que apenas os materiais com radiopacidade acima ao equivalente a 4,22 mm de alumínio foram detectados por observação direta da radiografias, sendo necessário no mínimo 2 mm de alumínio de radiopacidade para que os materiais possam ser detectados em radiografias periapicais. BEYER-OLSEN; ØRSTAVIK 9, em 1981, apresentaram uma metodologia para padronização de testes para avaliar a radiopacidade de materiais odontológicos, a qual serviu de base para o desenvolvimento de normas. Adaptaram o trabalho de ELÍASSON; HAASKEN 28 (1979), usando um penetrômetro de alumínio com degraus de 2 mm de altura como referência para converter os valores densitométricos, obtidos em radiografias dos materiais, em seu equivalente em milímetros de alumínio. Utilizaram anéis de Teflon com 1 mm de espessura e 10 mm de diâmetro para confeccionar as amostras padronizadas, as quais foram radiografadas juntamente com o penetrômetro e amostras de 1 mm de espessura de dentina e guta-percha. Os valores de radiopacidade dos cimentos variaram de 0 a 13,58 mm de alumínio, sendo que o cimento de óxido de zinco e eugenol apresentou radiopacidade equivalente a 5,58 mm de alumínio, a guta-percha 6,44, a dentina 0,63 e o cimento AH 26 6,66. Uma comparação visual também foi realizada, relacionando as radiopacidades aos milímetros de alumínio, porém, esse método visual parece ser inadequado para uma avaliação mais precisa. Concluíram que uma metodologia sistematizada para mensuração de radiopacidade é válida, porém, os resultados encontrados deveriam ser correlacionados a estudos clínicos para permitir uma definição da radiopacidade mínima necessária para os materiais obturadores. KAFFE et al. 67, em 1983, avaliaram a radiopacidade de 14 marcas de cones de guta-percha para verificar se estavam de acordo com as normas da ANSI/ADA n o 57, de Os cones de guta-percha a serem testados foram aquecidos e homogeneizados numa massa uniforme para, então, serem condensados em anéis com 10 mm de diâmetro interno e 2 mm de espessura, sendo grupos desses discos radiografados em filmes oclusais juntamente com um penetrômetro de alumínio, com degraus de 1 a 20 mm de altura. A densidade óptica foi determinada pela média de 4 leituras realizadas por um fotodensitômetro em

38 Revisão de Literatura 17 diferentes áreas do disco, sendo expressa em equivalente em milímetros de alumínio. Os resultados variaram de 11 a 16 mm de alumínio, provando que todas as marcas de guta-percha eram mais radiopacas que o exigido pela norma (4 mm de Al). Em 1984, MORAES 86 analisou a radiopacidade de vários materiais obturadores de canais radiculares, dentre eles algumas guta-perchas, o cimento AH 26 e o óxido de zinco e eugenol, pela medição da densidade óptica de amostras com 2 mm de altura. Em seus resultados, foi constatado que o cimento AH 26 possui excelente radiopacidade, sendo bem superior ao cimento de óxido de zinco e eugenol. As guta-perchas situaram-se em uma posição intermediária. ORFALI; LILLEY; MIOLOKHIA 99, em 1987, testaram a radiopacidade de dez materiais e compararam as normas da ISO 6876 e ADA n o 57 que pedem a confecção de amostras com 1 e 2 mm de espessura, respectivamente. Usaram discos das amostras com três espessuras diferentes: 1,3 mm, 0,5 mm e em um canal artificial, onde os materiais foram condensados juntamente a cones transparentes. Os valores foram medidos em fotodensitômetro e os resultados variaram entre o equivalente a 1,95 e 11,30 mm de alumínio para os materiais com 1,3 mm de espessura e entre 1,37 e 3,26 mm de Al para as amostras com 0,5 mm. A sequência dos materiais foi a mesma para ambas as espessuras. No dente artificial variou de 0,42 a 1,30 mm de Al e aqui a ordem foi diferente, talvez devido à viscosidade que pode ter afetado a espessura desses espécimes. Concluíram que a viscosidade é um fator que deveria ser considerado quando avalia-se a radiopacidade de materiais obturadores de canal. KATZ et al. 69, em 1990, avaliaram a radiopacidade de amostras de dentina de 1 mm de altura e de várias marcas de guta-percha, incluindo cones principais e auxiliares, por meio de amostras com 1 mm de espessura por 10 mm de diâmetro, além de investigar o efeito de filmes tipo D-speed e E-speed na radiopacidade dos materiais. Os valores foram obtidos com um densitômetro óptico, por intermédio de 3 medições em cada disco, não havendo diferença entre os dois tipos de filmes. A radiopacidade dos discos de dentina, obtidos da porção apical de 16 dentes unirradiculados, variou entre o equivalente a 1,00 e 1,30 mm de alumínio e a guta-percha de 6,49 a 8,83 mm de Al.

39 Revisão de Literatura 18 Em 1996, SHAH et al. 119 avaliaram a radiopacidade de 7 cimentos usados em obturações retrógradas, dentre eles 2 à base de óxido de zinco e eugenol, além de guta-percha e dentina, de acordo com a norma ISO Foram feitas 5 amostras de cada material, sendo radiografadas em filmes oclusais e as densidades medidas por um fotodensitômetro e convertidas ao equivalente em milímetros de alumínio. O Kalzinol (à base de OZE) apresentou radiopacidade equivalente à 7,97 mm de Al, o IRM 5,30, a guta-percha 6,14 e a dentina 0,70 mm de Al. A radiopacidade equivalente a 3 mm de Al muitas vezes é insuficiente para um material retrobturador devido ao pequeno volume dos preparos retrógrados, sobreposição com trabeculado ósseo e grau de mineralização da dentina. Portanto, esses materiais deveriam ter normas próprias, exigindo maior radiopacidade do que a sugerida para os cimentos endodônticos convencionais. PETRY et al. 104, em 1997, compararam a radiopacidade dos cimentos Fillcanal, Sealer 26 e Sealapex com o uso de um equipamento de imagem digitalizada, o Accu-Ray. Os autores não especificam a proporção pó/líquido de Sealer 26, nem proporcionamento dos demais cimentos. Os materiais foram colocados em tubos plásticos e radiografados após 24 horas da presa para, então, serem realizadas as análises gráficas e das densidades ópticas dos materiais. Não encontraram diferença estatística entre a radiopacidade desses cimentos.

40 Revisão de Literatura Infiltração Marginal Apical O primeiro autor a avaliar a infiltração marginal com uso de corantes foi GROSSMAN 47, em Ele avaliou a capacidade seladora de dez materiais restauradores provisórios usando tubos de vidro, com 3 mm de diâmetro, que foram preenchidos com cada um dos materiais testados e tiveram uma de suas extremidades imersa em azul de metileno, ocorrendo bastante infiltração em seis materiais. Substituiu, então, o corante puro por uma mistura dele com saliva, obtendo menores índices de infiltração. Concluiu que a viscosidade prejudica a penetração do marcador, provavelmente devido às maiores moléculas de proteína presentes na saliva. Realizou um teste com infiltração de bactérias para confirmar os resultados e considerou o cimento de óxido de zinco e eugenol um bom selador. DOW; INGLE 25, em 1955, realizaram um estudo com radioisótopo para comprovar se realmente ocorria infiltração em um canal mal obturado e se uma boa obturação resistiria à percolação. Para tanto, obturaram dentes por condensação lateral, sendo criteriosos apenas em metade das obturações, para simular obturações de boa e má qualidade. Após comprovação radiográfica os dentes foram impermeabilizados com cera pegajosa, com exceção do ápice, e foram imersos em solução de iodo radioativo (I 131 ) por 120 horas. Após esse período foram seccionados longitudinalmente e deixados por 24 horas sob filmes radiográficos em câmara escura, para obtenção de autorradiografias. Os canais mal obturados apresentaram maiores índices de infiltração de radioisótopos, concluindo que in vivo isso poderia desencadear processo inflamatório periapical e fracasso endodôntico. Confirmaram, portanto, a necessidade da completa obturação endodôntica. Em 1966, CHRISTEN; MITCHELL 15 realizaram um trabalho de infiltração com o uso de corantes fluorescentes, com o objetivo de verificar sua utilidade para futuros estudos clínicos e laboratoriais e desenvolver um meio mais confiável para avaliar a área total da interface de infiltração. Utilizaram dentes de bois, nos quais prepararam cavidades e restauraram com diferentes materiais, imergindo-os em solução aquosa de fluoresceína a 2% ou solução de rhodamine B a 0,1%, seccionando-os em seguida e examinando o nível de infiltração com

41 Revisão de Literatura 20 microscopia de luz ultra-violeta. Concluíram ser essa metodologia fácil e confiável para ser utilizada em futuros estudos. O BRIEN; CRAIG; PEYTON 96, em 1968, classificaram os testes de infiltração marginal como os autorradiográficos, com uso de corantes e penetração de bactérias e disseram que a maior limitação desses testes é a falta de controle. Explicaram que o fenômeno de infiltração de corante ao redor das restaurações deve seguir os mesmos princípios da penetração de líquido em pequenos tubos, fenômeno esse que é o efeito capilar, primeiramente descrito por Leonardo da Vinci e é inversamente proporcional ao raio do tubo onde o líquido vai penetrar dependendo, ainda, do coeficiente de penetração do líquido e do ângulo formado entre ele e a superfície sólida. Portanto, são muitos os princípios físicos que podem influenciar em testes deste tipo. GRIEVE 46, em 1972, enfatizou a necessidade do uso de cimento juntamente com o cone de guta-percha e testou a capacidade seladora de cinco cimentos, entre eles o cimento de óxido de zinco e eugenol. Para isso, utilizou 50 dentes instrumentados, impermeabilizados e obturados com um dos cimentos e um cone de prata. Após 24 horas da presa dos materiais, os dentes tiveram seus ápices imersos em solução aquosa de eosina a 5% por 48 horas. Os dentes foram, então, seccionados longitudinalmente e as hemiseccções fotografadas e projetadas para cálculo da área de infiltração com um planímetro. O cimento de óxido de zinco e eugenol apresentou maiores infiltrações entre os cimentos testados. O autor atentou para a dificuldade de extrapolar resultados in vitro para a clínica, além de lembrar que a seleção de um cimento não deve ser feita apenas pelas suas propriedades físicas mas também pelo seu comportamento tecidual. HOLLAND et al. 54, em 1974, utilizaram 200 dentes para avaliar a infiltração apical de obturações realizadas com duas diferentes técnicas, condensação lateral e cone único, e 5 diferentes cimentos, entre eles o cimento de óxido de zinco e eugenol. Os dentes obturados foram imersos em I 131 a 37 o C imediatamente após a obturação, sendo seccionados longitudinalmente 24 horas após. Foram obtidas autorradiografias das hemisecções para realizar projeção e medição do grau de infiltração com um paquímetro. Concluíram que a técnica do cone único com cimentos de consistências mais fluídas permite maiores infiltrações,

42 Revisão de Literatura 21 parecendo que a técnica tem mais influência na qualidade do selamento do que a consistência dos cimentos utilizados. Em 1976, JACOBSON; von FRAUNHOFER 65 introduziram uma técnica eletromecânica que permitiria uma rápida avaliação quantitativa da infiltração apical em direção coronária. Obturaram dentes pela técnica da condensação vertical da guta-percha, que foram impermeabilizados, deixando livre apenas a porção coronária e 3 mm apicais. Uma pequena haste de aço foi colocada na abertura coronária, entrando nos 2 mm mais coronários da cavidade pulpar, sendo essa haste ligada a um potenciômetro por um fio de cobre. A raiz imersa em cloreto de potássio a 1% provocava a formação de uma corrente eletrolítica quando ocorresse infiltração e possibilitava sua mensuração. OPPENHEIMER; ROSENBERG 98, em 1979, realizaram um estudo com materiais restauradores provisórios utilizando azul de metileno a 2%. Nesse trabalho discutiram a relação do tamanho das partículas do corante e as dimensões de um micróbio, concluindo que o tamanho extremamente pequeno das partículas do corante fazem-no um teste mais preciso que o uso de bactérias em testes de infiltração marginal. NIELSEN 93, em 1980, elaborou uma metodologia utilizando ar comprimido, que seria forçado a passar por um lado da obturação, demonstrando falhas por meio da formação de bolhas de ar na outra extremidade imersa em água. O volume de ar necessário para formar as bolhas é inversamente proporcional ao volume das falhas existentes na obturação. Essa metodologia, segundo o autor, é mais sensível que o uso de bactérias, pois, uma bactéria só passa por uma fenda que tenha diâmetro maior que o seu e não sofre muita deformação para passar por ela. Demonstrou falhas com diâmetros de 0,12 µm. MORAES 85, em 1981, avaliou a interação entre 5 materiais irrigadores e obturadores, AH 26 acrescido de hidróxido de cálcio e o cimento de óxido de zinco e eugenol. Para isso, utilizou 200 caninos que foram instrumentados da mesma maneira mas irrigados com 5 substâncias diferentes, sendo, então, obturados pela técnica de condensação lateral passiva e um dos cimentos. Foram imersos em saliva artificial com Rhodamine B e depois em 131 INa, ficando 24 horas em cada marcador. Após o seccionamento longitudinal dos dentes e obtenção de

43 Revisão de Literatura 22 autorradiografias, constatou-se à análise em microscopia de epifluorescência, pela infiltração de Rhodamine B e pelo exame das autorradiografias, que o cimento AH 26 apresentou menores índices de infiltração que o cimento de óxido de zinco e eugenol, e o EDTA, seguido pela água destilada, foram os irrigantes que propiciaram menores médias de infiltrações marginais. Em 1982, MATLOFF et al. 81 compararam vários métodos empregados para medir a capacidade seladora proporcionada por diversas técnicas e materiais obturadores, empregando os corantes azul de metileno a 2% e isótopos radioativos: um sal, o 45 CaCl 2, uma molécula neutra, 14 C-uréia, e uma proteína, 125 I- albumina, selecionadas devido ao seu frequente uso e diferentes propriedades químicas e físicas. Dentes obturados por técnica de condensação lateral foram impermeabilizados com esmalte de unhas e imersos em azul de metileno com um dos radioisótopos diluídos nele, expondo-os, portanto, ao mesmo tempo ao corante e a um radioisótopo. Os resultados demonstraram que o azul de metileno penetrou mais que todos os radioisótopos. Discutiram que a difusão in vivo pode não ocorrer tão rapidamente como in vitro e que na maioria dos casos essa quantidade de infiltração seria clinicamente insignificante em vista do alto índice de sucesso encontrado nos tratamentos de canais. DELIVANIS; CHAPMAN 23, em 1982, compararam as técnicas de infiltração com uso de radioisótopos, azul de metileno a 2% e método eletroquímico, concluindo que este último tem a vantagem de obter medições quantitativas, sendo mais objetivo, além de permitir o estudo da infiltração em períodos contínuos de tempo. Em 1983, BERBERT et al. 8 avaliaram a infiltração apical e extrusão de cimento pelo forame apical em função das técnicas de cone único, condensação lateral passiva e por espaçamento com uso de 3 tipos diferentes de instrumentos. Utilizaram 160 caninos que foram obturados com cimento de óxido de zinco e eugenol na proporção de 1,8 g de pó para 1 ml de eugenol através de uma das técnicas citadas, impermeabilizados com duas camadas de esmalte para unhas e imersos em solução de 131 INa durante 24 horas. Pela análise das autorradiografias obtidas, observou-se que a extrusão foi mais frequente nas técnicas com condensação lateral ativa sendo que nas outras o ajuste do cone por si só bloqueia

44 Revisão de Literatura 23 a saída do cimento. Não encontraram diferença estatística entre a infiltração nas diferentes técnicas, embora o cone único tenha apresentado as maiores médias. Ainda em 1983, ISHLEY; El DEEB 64 avaliaram a capacidade seladora da técnica de McSpadden com e sem o uso de cimento, comparando-a com a condensação lateral e utilizando o azul de metileno a 2% como corante, no qual os dentes foram colocados 24 horas após serem obturados. Foi realizada medição linear de infiltração após seccionamento longitudinal das amostras, e ainda dissolução das hemiseccções em ácido nítrico a 50% para recuperação do corante e medição de seu volume através de análise espectrofotométrica. As obturações sem cimento infiltraram significantemente mais e não houve diferença entre as técnicas que empregaram cimento. Encontraram uma relação entre as medidas linear e volumétrica de infiltração de corante apenas em amostras de pouca infiltração, onde o corante está confinado em pequeno espaço entre a obturação e a parede do canal. Conforme aumenta o volume das falhas, portanto maiores índices de infiltração, maior volume de fluídos tendem a penetrar no dente podendo ser, inclusive, absorvido pelo material e penetrar na dentina. Nesse caso, o volume de corante já não guarda relação com a medição linear. Portanto, em casos de grande infiltração o uso da espectrofotometria deve ser indicado, além da medição linear. JOHNSON; ZAKARIASEN 66, em 1983, também usaram a recuperação do corante e espectrofotometria para medir a infiltração em obturações de canais curvos e atresiados de molares obturados pela técnica da condensação lateral com guta-percha, comparando-a com a obturação com cone de prata. O corante usado foi o azul de metileno a 2%. Os dentes foram dissolvidos em ácido nítrico a 35%, usando um dente não imerso em corante para calibrar o aparelho. Várias soluções com volumes conhecidos de azul de metileno a 2% foram usadas para a construção de uma curva linear de regressão e possibilitar a comparação dos resultados obtidos. Os menores valores encontrados foram para o grupo obturado com guta-percha. TAGGER; TAMSE 127 descreveram pela primeira vez, em 1983, a combinação das técnicas de infiltração apical com corante e uso da diafanização dos elementos dentais. O corante usado foi o verde Procion brilhante e a diafanização foi feita por ácido nítrico, com tempo de desmineralização variável em

45 Revisão de Literatura 24 função do volume do dente e periodicidade de troca do ácido, seguido de banhos de álcool em concentrações crescentes (de 70 a 96%) e duas trocas em álcool absoluto. Finalmente os dentes foram imersos em salicilato de metila para sua clareação. Essa técnica, segundo os autores, permite analisar a causa das falhas nas obturações, observação do posicionamento do cone principal e sua relação com os secundários, a distribuição do cimento e qualidade do preparo biomecânico, além da medição de infiltração em todas as dimensões. Em 1984, MORAES 86 avaliou várias propriedades físicas do cimento AH 26 puro, dele acrescido de hidróxido de cálcio, do cimento de óxido de zinco e eugenol e de outros cimentos endodônticos experimentais à base de resina epóxica. Entre essas propriedades foi avaliada a infiltração marginal em 216 dentes que tiveram os canais obturados com os cimentos citados e, então, imersos em solução de azul de metileno a 2% pelos períodos de 72 horas e 30 dias, após os quais foram seccionados longitudinalmente. Os resultados mostraram que todos os cimentos apresentaram aumento de infiltração no período de 30 dias, sendo o óxido de zinco e eugenol o cimento com pior resultado entre os testados. Em 1986, EVANS; SIMON 34 avaliaram o selamento apical produzido pela obturação com guta-percha termoplastificada injetável (Sistema Obtura) com e sem cimento e na presença ou não de smear-layer, pela infiltração de corante. Metade dos 68 dentes foram obturados por condensação lateral e a outra metade com Obtura, sendo metade com cimento e metade sem e ainda metade recebeu irrigação de EDTA 17% para remoção da smear layer. Após 14 dias da presa, os dentes foram colocados em tubos com tinta nanquim e centrifugados a 3000 rpm por 20 minutos, para minimizar a influência do ar aprisionado na ação capilar dos corantes. Os dentes permaneceram no corante por mais 2 semanas sendo diafanizados após esse período. O grupo de condensação lateral com cimento não apresentou infiltração enquanto que o sem cimento apresentou sempre algum grau de infiltração. No grupo do Obtura com cimento ocorreu infiltração em apenas 2 elementos, sendo mais frequente no grupo sem cimento, e com resultados significativos. A remoção da smear layer parece aumentar apenas a penetração de corante nos túbulos dentinários, não parecendo ser necessário a sua remoção em testes desse tipo.

46 Revisão de Literatura 25 BARNETT et al. 5, em 1989, realizaram um estudo combinando método in vivo e in vitro. Avaliaram a capacidade seladora de 2 cimentos endodônticos contendo hidróxido de cálcio. Para tanto obturaram raízes que foram implantadas em subcutâneo de coelhos pelos períodos de 90 dias e um ano para expor as obturações à ação dos tecidos e fluídos tissulares desde a reação de presa, sendo removidos após esses períodos, impermeabilizados com 2 camadas de esmalte e imersos em tinta nanquim por 7 dias para, então, serem seccionados longitudinalmente e avaliados quanto à penetração de corante. Os cimentos CRCS e Sealapex apresentaram melhores resultados que o cimento de óxido de zinco e eugenol. GOLDMAN; SIMMONDS; RUSH 42, em 1989, publicaram o primeiro estudo avaliando a influência do ar aprisionado em testes de infiltração marginal apical. Para isso dividiram 90 dentes com canais instrumentados em 6 grupos: um grupo recebeu selamento coronário, outro só apical e o último não recebeu nenhum selamento. Foram imersos em solução de cristais de violeta a 1% por 3 horas com os ápices em diferentes posições. Metade dos dentes foi colocada em vácuo parcial de 25 mm Hg por 10 minutos antes da imersão no corante. Ainda, mais 20 dentes foram obturados por condensação lateral com a confecção de defeitos nas obturações de dimensões conhecidas, com o auxílio de um fio ortodôntico posicionado no meio da obturação via apical. Esses dentes também foram imersos em corante da mesma maneira dos anteriores, sendo que metade também sofreu ação do vácuo. Após isso, todas as raízes foram seccionadas longitudinalmente para medição da extensão de infiltração do corante. Os resultados mostraram que os dentes, com ou sem obturação, que não receberam vácuo mostraram diferentes graus de infiltração, sofrendo influência da posição em que foram colocados, sendo que os dentes abertos nas duas extremidades, mas deixados horizontalmente, não mostraram total infiltração. Provaram, portanto, que o ar aprisionado nos canais e nas falhas da obturação exercem influência da penetração do corante. NEGM 92, em 1989, estudou a influência da contaminação por sangue e umidade na capacidade seladora de seis cimentos endodônticos, obturando 180 dentes pela técnica da condensação lateral, imergindo-os

47 Revisão de Literatura 26 imediatamente em sangue ou solução salina ou deixados a seco por 2 horas e, então, levados à imersão em azul de metileno a 2% por uma hora. Demonstrou, in vitro, que a contaminação por sangue aumenta a infiltração apical de alguns cimentos. Em 1989, KERSTEN; MOORER 71 avaliaram a ocorrência e extensão da infiltração de partículas do tamanho de bactérias e grandes proteínas em obturações. Quarenta e seis secções de raízes foram preparadas padronizadamente e montadas dentro de tubos, ficando as aberturas coronárias e apicais conectadas a recipientes. Os gupos foram obturados com cones adaptados ou não e com ou sem cimento. Imediatamente após a obturação, uma solução contendo pérolas de látex, com diâmetro de 0,945 µm, aproximadamene o diâmetro de uma bactéria, endotoxina, que é um fragmento da membrana bacteriana com conhecidas propriedades tóxicas, ácido butírico, produto metabólico de microrganismos também com propriedades tóxicas conhecidas ou azul de metileno a 0,1% em água ph 7,0 foi colocada em contato com a abertura coronária de cada tubo. Após uma semana foram removidas amostras dos reservatórios apicais e adicionada pressão nas câmaras coronárias, coletando novas amostras após mais uma semana. A presença de látex foi conferida com microscopia de contraste de fase, a do ácido butírico com cromatografia, da endotoxina com um ensaio bioquímico e do azul de metileno foi verificado com estereomicroscópio, pelo exame das secções de raízes cortadas ao meio no final do experimento. Os resultados mostraram passagem de partículas de látex apenas nos canais mal obturados. Quanto melhor a obturação, menor a infiltração de endotoxina e látex. O ácido butírico foi semelhante ao azul de metileno, infiltrando até mesmo em muitos casos bem obturados. Esses resultados sugerem que testes de infiltração qualitativos e quantitativos com materiais de baixo peso molecular podem ter validade duvidosa para a obturação de modo prático, pois, a microinfiltração por si só pode não ter papel decisivo na doença periapical. Concluíram que a microinfiltração de substâncias antigênicas tóxicas de alto peso molecular ou bactérias nos tecidos periapicais seja, provavelmente, um fator importante no êxito do tratamento. SPÅNBERG; ACIERNO; CHA 123 estudaram, em 1989, a influência do ar aprisionado na capacidade do corante preencher completamente

48 Revisão de Literatura 27 defeitos padronizados em obturações. Usaram 36 secções de dentes com canais obturados com AH 26 e um fio ortodôntico no meio, removido após uma semana para criar um defeito padronizado. Após impermeabilizados, os dentes foram divididos em 3 grupos: um grupo com defeitos de 0,28 mm de diâmetro (equivalente a uma lima número 30) e outro de 0,51 mm (equivalente a um lima número 50) foram colocados diretamente em solução aquosa de azul de metileno a 2% por 7 dias; outro grupo com defeitos de 0,28 mm passou por um processo de secagem antes de ser imerso em uma câmara com solução de azul de metileno e glicerol a 2% sob pressão negativa, para eliminar qualquer presença de ar nos defeitos das obturações. Os resultados mostraram infiltrações variando de 12 a 43 % no primeiro grupo, 35 a 87% no segundo grupo e 100% no grupo com uso de vácuo, mostrando que e infiltração passiva de corante em falhas com menos de 0,51 mm foi sempre incompleta e que o diâmetro das falhas influencia a penetração. Concluíram que a infiltração passiva não é um método confiável para trabalhos de avaliação de selamento apical. HOLLAND et al. 56, em 1990, também estudaram o efeito de algumas variáveis nos testes de infiltração apical com uso de corantes com emprego ou não de vácuo. Utilizaram 40 dentes obturados com cimento de óxido de zinco e eugenol pela técnica da condensação lateral. Após 24 hora da presa, 10 elementos foram colocados diretamente em azul de metileno a 2% por 24 horas e os demais levados a ambiente de vácuo a 0,002 mm Hg por 10 minutos com dissecador, sendo imersos em azul de metileno e permanecendo imersos ainda em ambiente com ou sem vácuo. Os resultados comprovaram que o uso de vácuo possibilita maiores infiltrações, estando de acordo com estudos anteriores. POLLARD; WELLER; KULILD 106, em 1990, estudaram a influência da imersão imediata ou mediata como variável em estudos de infiltração marginal. Para isso, utilizaram 60 dentes que foram obturados por condensação lateral e um cimento à base de óxido de zinco e eugenol, sendo um grupo imerso imediatamente após a obturação em tinta nanquim, outro após 24 horas e outro após 7 dias. Todos permaneceram 7 dias imersos em corante sendo diafanizados para permitir a medição da infiltração do corante. Não encontraram diferenças

49 Revisão de Literatura 28 significativas, parecendo que as falhas são criadas durante o procedimento da obturação e permanecem estáveis após a presa. OLIVER; ABBOTT 97, em 1991, também estudaram a influência do ar aprisionado em defeitos de obturação com dimensões conhecidas à penetração de azul de metileno. Trinta e seis tubos capilares de 1 mm de diâmetro e comprimentos variáveis tiveram uma de suas extremidades seladas e, então, foram obturados com cimento Procosol e um fio de 0,3 mm no comprimento total de sua extensão, que era removido após 7 dias para criar um defeito com dimensões conhecidas. Um grupo foi imerso em azul de metileno a 2% por 7 dias, um segundo grupo foi também colocado em corante e levado a centrífuga a 3000 rpm por 5 minutos e um terceiro grupo foi colocado em frasco com azul de metileno a 2% e sofreu aplicação de vácuo de 26 mm Hg por 5 minutos. Os resultados mostraram que a centrifugação foi mais efetiva que a infiltração passiva mas não tanto quanto o uso de vácuo parcial. Em 1992, LIN; SKRIBNER; GAENGLER 77 estudaram a relação existente entre a extensão apical das obturações, o estado pré-operatório da região periapical e os achados histobacteriológicos de 236 casos submetidos à cirurgia parendodôntica devido a fracasso do tratamento convencional. Os casos não apresentavam envolvimento periodontal, perfurações ou fraturas e as amostras foram obtidas por biópsia durante as cirurgias. As peças processadas histologicamente e coradas por hematoxilina e eosina ou Brown e Brenn, foram analisadas juntamente com as radiografias pré-operatórias, não encontrando relação significante entre o fracasso dos casos e a extensão da obturação. Os dentes com lesões visíveis radiograficamente apresentaram maior concentração de bactérias. HOLLAND 53, em 1993, discutiu o significado biológico dos testes de infiltração apical com corante. Disse: É difícil avaliar o significado biológico da penetração de corante. O peso molecular das endotoxinas bacterianas, fator mais importante no fracasso endodôntico, é de 10 6 enquanto o do azul de metileno, corante mais usado, é 282. Até mesmo moléculas menores de proteínas, com peso molecular em torno de 65000, penetrariam bem menos que o azul de metileno. Clinicamente, talvez ocorra reparação da região apical em dentes onde o azul de

50 Revisão de Literatura 29 metileno penetrasse, portanto, sugeriu que futuros trabalhos deveriam considerar um modelo animal. KARAGÖZ-KÜÇÜKAY; KÜÇÜKAY; BAYIRLI 68, em 1993, também estudaram a influência da imersão imediata ou mediata no corante e da imersão passiva ou centrifugação em estudos de infiltração apical. Utilizaram 84 dentes obturados pelo sistema Ultrafil de guta-percha termoplastificada injetável e o cimento CRCS. Metade dos dentes foi imersa diretamente em tinta nanquim, sendo que metade desses passou por centrifugação por 20 minutos a 3000 rpm. A outra metade foi colocada em umidade 37 o C por 72 horas para permitir a presa do material, passando, então, pelos mesmos tratamentos dados à outra metade. Após imersão por 72 horas, os dentes foram diafanizados. Os resultados mostraram não haver diferença entre as imersões imediata e mediata mas, embora essa diferença não tenha sido achada nesse estudo, outros cimentos podem apresentá-la devido a variações dimensionais após a presa. Não houve diferença dos resultados entre os grupos que sofreram ou não o uso da centrifugação. WU et al. 143, em 1993, avaliaram uma metodologia chamada fluid transport, onde fluídos sob pressão são forçados a passar pelo canal obturado e a infiltração é medida pelo movimento de uma bolha de ar em um capilar cheio de líquido ligado à outra extremidade da raiz e comparou-a à penetração de bactérias. O teste bacteriológico, considerado como o método mais relevante, foi realizado conectando tubos às porções coronárias e apicais de raízes obturadas, sendo que o coronário continha um caldo de bactérias e o apical um meio de crescimento. O teste de fluído indicou como infiltração considerável aquela correspondente a falhas com mais de 2 µm de diâmetro. Embora o uso de pressão não tenha relevância clínica, tem a vantagem prática de acelerar a detecção de infiltração. Essa nova metodologia mostrou-se mais sensível que a penetração de bactérias, lembrando que não se deve negligenciar a infiltração de toxinas bacterianas. A metodologia de transporte de fluídos permite a detecção de falhas menores, através das quais as toxinas bacterianas poderiam passar em períodos mais prolongados. Em 1993, STARKEY; ANDERSON; PASHLEY 125 estudaram a influência da solução de azul de metileno na infiltração apical, em retrobturações com amálgama e um material chamado TERM. Os dentes retrobturados foram

51 Revisão de Literatura 30 imersos em solução de azul de metileno com phs 1, 2, 3, 5, e 7 e levados à vácuo de 100 mm Hg por 15 minutos, sendo deixados nessa solução por 7 dias. As amostras foram, então, seccionadas longitudinalmente, as infiltrações foram medidas e o ph das soluções remedido. A observação mais interessante foi a dissolução dos ápices dos dentes mergulhados em soluções com ph abaixo de 5,0, com perdas consideráveis de dentina e cemento em todos os grupos, exceto o de ph 7,0. Infiltrações significantemente menores foram observadas nos dentes das soluções com ph 1,0 e 2,0, ocorrendo um aumento nos grupos de ph menos ácido, provavelmente pela dissolução da dentina em meios mais ácidos, tornando a solução saturada e provocando a reprecipitação do fosfato de cálcio na superfície da dentina, bloqueando a infiltração. O uso de vácuo foi eficiente, pois, os controles positivos apresentaram infiltração total do corante. WU; GEE; WESSELINK 141, em 1994, compararam a metodologia de fluid transport com a infiltração do corante azul de metileno a 2% (ph 7,0). Grupos de 20 dentes obturados foram testados por meio de um dispositivo que forçou a passagem de água, sob pressão, pela obturação. Além disso, um grupo sofreu pressão apenas de ar e outro grupo foi imerso em corante por 24 horas. Concluíram que essa nova metodologia foi muito mais sensível que a infiltração passiva de corante. Demonstraram ainda que a infiltração ocorre mais por difusão, processo que ocorre entre líquidos, do que por ação capilar, já que os resultados obtidos no grupo com uso de líquido foram maiores do que no que utilizou apenas ar sob pressão. Em 1994, AL-GHAMDI; WENNENBERG 1 revisaram os métodos de teste de infiltração em obturações e discutiram a viabilidade de incluí-lo em uma norma para cimentos de canais radiculares. Esses métodos geralmente baseiam-se no princípio da penetração de corante ao longo de um canal obturado mas a grande variedade de metodologias torna difícil a criação de um procedimento padrão com esse fim. Uma solução seria selecionar as propriedades necessárias para conferir boa capacidade seladora a um material e testá-las separadamente, substuituindo os testes de infiltração por procedimentos menos complicados, como impermeabilidade, solubilidade, variações dimensionais e adesão à dentina e gutapercha. Portanto, a criação de uma norma para testes de infiltração parece ser muito

52 Revisão de Literatura 31 complicada mas, talvez, seja possível determinar um número de testes que sejam individualmente viáveis para inclusão em uma norma e que combinados forneçam boa informação sobre a capacidade seladora do material. Em 1995, RODA; GUTMANN 112 realizaram um trabalho avaliando a confiabilidade de dois métodos de avaliação do selamento apical com corantes e determinando se a aplicação de vácuo antes da imersão cria ou não diferenças estatísticas significantes na confiabilidade de cada método. Usaram 40 dentes obturados com Sealapex pela técnica da condensação lateral divididos em 2 grupos, sendo que o primeiro foi levado à penetração passiva em tinta nanquim por 24 horas, não sofrendo ação do vácuo, e o segundo foi levado a ambiente com vácuo até 698,5 mm Hg por 5 min, após o qual foi imerso no corante por 24 horas. Após esse período os dentes foram diafanizados e as infiltrações medidas. Não foi encontrada nenhuma diferença estatística entre os grupos, demonstrando que o vácuo não aumenta a confiabilidade da metodologia nem resulta em maiores infiltrações, embora possa criar artifício de técnica durante a sua aplicação e durante a saída de ar de dentro do canal, prejudicando, inclusive, a impermeabilização externa das raízes e criando maiores espaços para a penetração de corante pela movimentação da obturação no momento do movimento de saída do ar. Concluíram que o método de imersão em corante pode dar resultados confiáveis e que o uso de vácuo, para produzir penetração ativa de corante, não aumenta sua confiabilidade mas pode produzir artefatos de técnica relevantes. MASTERS; HIGA; TORABINEJAD 80, em 1995, compararam o grau de infiltração de corante em tubos de vidro (0,5 x 12 mm) com uma extremidade selada, obturados ou não, à infiltração em raízes, também com ou sem obturação. As obturações foram realizadas com guta-percha termoplastificada sem cimento. Metade das amostras foi imersa horizontalmente em azul de metileno a 2% por 72 horas e a outra metade foi colocada em ambiente com vácuo de 25 mm Hg por 3 minutos. As raízes foram, ainda, imersas em corante ainda por 10 minutos e depois mantidas em ambiente normal por 72 horas. As mesmas foram seccionadas e após medidas as infiltrações constataram que o uso de vácuo aumentou a infiltração, mas não significantemente. Os tubos foram pouco infiltrados pelos corantes e mesmo com o uso de vácuo não foram completamente preenchidos talvez, devido à pressão

53 Revisão de Literatura 32 negativa usada nesse trabalho que foi menor que nos estudos anteriores. Os dentes apresentaram maiores infiltrações que os tubos, provavelmente devido à rugosidade das paredes dentinárias, diferente das paredes de vidro lisas dos tubos, característica de superfície essa que pode influenciar na ação capilar, assim como o diâmetro das falhas. Não houve diferença estatística nos resultados dos dentes imersos em ambiente com e sem vácuo. Consideraram que a característica porosa da dentina fornece espaço para que o ar se desloque durante a passagem do corante, portanto, o ar aprisionado pode não exercer tanta influência na infiltração de corante e o uso de vácuo pode não ser necessário. PATHOMVANICH; EDMUNDS 102, em 1996, avaliaram a extensão da infiltração apical em 40 canais simulados em blocos de resina obturados por condensação lateral ativa com Tubliseal e que após 21 semanas tiveram suas obturações avaliadas por quatro diferentes metodologias: infiltração passiva de corante por 48 horas, centrifugação por 10 minutos, imersão passiva após 15 minutos em ambiente com vácuo e imersão ativa com aplicação de pressão positiva por 5 minutos antes da imersão passiva. Grandes variações foram encontradas dentro dos mesmos grupos parecendo que o seccionamento longitudinal não seria o método mais adequado para avaliar a profundidade de penetração do corante, pois, a profundidade maior pode não ser demonstrada na área de seccionamento, portanto, uma técnica de diafanização talvez fosse a mais adequada. Só foi encontrado diferença estatisticamente significante entre o grupo de imersão passiva e os demais. WU; KONTAKIOTIS; WESSELINK 142, em 1998, testaram a estabilidade da coloração da solução de azul de metileno a 1% frente a seis materiais de diferentes composições e ph, em obturações de dentes extraídos ou em tubos de plástico. A absorbância do corante foi medida no momento inicial e após 24, 48 e 72 horas, usando-se espectrofotometria. Comprovaram que todas as substâncias descoloriram o azul de metileno mas o hidróxido de cálcio e o MTA (trióxido de agregado mineral) tiveram ação marcadamente maior, descolorindo em 73% e 84%, respectivamente. Isso se deve à instabilidade do azul de metileno a soluções alcalinas (hidróxido de cálcio, por exemplo), podendo ser hidrolisado em um composto transparente (tional) ou ainda ele pode ser reduzido, por agentes

54 Revisão de Literatura 33 redutores como Zn (do cimento de óxido de zinco e eugenol, por exemplo), Cu, Ag, e outros, e tornar-se incolor. Comprovaram, portanto, que o azul de metileno pode ser descolorido por alguns materiais, podendo ocorrer resultados não confiáveis quando o mesmo for utilizado como marcador em trabalhos de infiltração. TAMSE; KATZ; KABLAN 129, em 1998, compararam os métodos de avaliação de infiltração por diafanização e seccionamento. Usaram 120 dentes preparados biomecanicamente e por condensação lateral, sendo divididos em 4 grupos e imediatamente imersos em um dos corantes: eosina 1%, azul de metileno 1%, nankin ou azul procion brilhante e levados à vácuo 640 mm Hg por 30 min. Após imersão nos corantes por 72 horas, os dentes foram seccionados transversalmente em cortes de 0,7 mm. Outros 2 grupos com nankin e azul procion brilhante sofreram infiltração da mesma maneira mas foram diafanizados para avaliação da infiltração. O método de seccionamento mostrou maiores índices de infiltração, não apresentando diferenças estatísticas entre os corantes, embora o azul de metileno tenha apresentado a maior média (2,93 mm), sendo a menor do azul Procion com diafanização (1,25 mm). A combinação do azul de metileno com cortes transversais demonstrou ser o método mais eficaz. ANTONOPOULOS; ATTIN; HELLWIG 4, em 1998, compararam métodos de infiltração de corantes de forma passiva, sob pressão negativa e sob pressão positiva. Noventa incisivos, metade sendo obturada com a técnica do cone único e a outra metade com condensação lateral com AH Plus, foram armazenados por 1 semana em ambiente com umidade para possibilitar a presa do material. Cada um desses grupos foi dividido em outros três que passaram por um dos testes descritos a seguir. Um grupo foi imerso passivamente em nanquim por um período de 7 dias. O segundo sofreu ação de vácuo para, então, os dentes serem imersos no corante ainda por 10 minutos em vácuo e depois passivamente por 7 dias. O terceiro grupo sofreu pressão positiva, forçando a entrada de uma mistura de resina epóxica e eosina para dentro do canal via apical. Todos os dentes foram diafanizados. A infiltração para os dentes expostos à pressão negativa foram maiores que para a imersão passiva, mas sem diferença siginificativa, sendo que os espécimes expostos à pressão positiva apresentaram os menores valores de infiltração. A técnica de condensação lateral apresentou menores índices de

55 Revisão de Literatura 34 infiltração, sem diferença estatística significante com a do cone único. As diferenças encontradas entre os corantes deve-se, provavelmente, às diferentes consistências em que foram usados, já que a eosina estava misturada com resina, portanto, mais viscosa. 2.4 ph e LIBERAÇÃO DE CÁLCIO TRONSTAD et al. 133, em 1981, estudaram o ph dos tecidos dentais após colocação de hidróxido de cálcio no canal radicular de dentes de macacos com rizogênese completa ou não, sendo que 12 dentes tiveram suas polpas traumatizadas por limas para induzir sua necrose e outros 15 dentes foram extraídos e reimplantados após 1 hora. Após 4 semanas, esses dentes sofreram cortes transversais e longitudinais e, pelo uso de corantes específicos para determinadas faixas de ph, encontrou-se ph entre 6,4 e 7,0 nos dentes necrosados ou sem tratamento endodôntico. Nos reimplantados e não reimplantados, a dentina próxima à polpa teve ph variando de 8,0 a 11,1 e mais perifericamente esses valores variaram de 7,4 a 9,6. O hidróxido de cálcio não alterou o ph do cemento, porém, encontrou-se ph alcalino em áreas de reabsorção externa com dentina exposta. GORDON; RANLY; BOYAN 44, em 1985, realizaram um trabalho em polpas bovinas com soluções de hidróxidos e cálcio e bário, estudando as mudanças bioquímicas no tecido pulpar após tratamento com o Ca(OH) 2 a fim de comparar as ações dos íons cálcio e ph, por observação de atividades enzimáticas residuais e modificação de proteínas solúveis. Os resultados sugeriram que os íons cálcio não seriam responsáveis pelas propriedades indutivas do hidróxido de cálcio já que mudanças na concentração desses íons não alteraram as atividades das fosfatases alcalinas ou dehidrogenases lácticas do tecido pulpar após o tratamento. Contudo, o ph de 10,2 promoveu grandes reduções nas atividades enzimáticas cpomo também das substâncias já citadas. Esse efeito não específico do hidróxido de cálcio só não é tóxico em virtude de sua baixa solubilidade. Os autores sugeriram

56 Revisão de Literatura 35 que o cálcio talvez exerça apenas uma ação indireta, somente limitando a solubilidade desse hidróxido. Em 1986, GORDON; ALEXANDER 43 compararam a influência do ph de dois cimentos de canais com hidróxido de cálcio, o CRCS e o Sealapex, comparados ao cimento de Grossman. Utilizaram 10 tubos, cada um contendo 10 ml de solução salina, que receberam uma raiz obturada por condensação lateral e um dos 3 cimentos. O ph foi medido nos períodos de 1 h, 4 h, 1, 2, 3 e 7 dias, diretamente no frasco. O Sealapex apresentou maior ph em todos os períodos, seguido do CRCS, sendo que os 2 cimentos apresentaram diminuição do ph em função do tempo. TAGGER; TAGGER; KFIR 126, em 1988, estudaram a disponibilidade de íons cálcio e hidroxila liberados dos cimentos Sealapex e Hermetic, ambos contendo hidróxido de cálcio, comparando-os ao Life e Dycal. Os materiais foram colocados em anéis de Teflon com 7 mm de diâmetro e 3 mm de altura e após 24 horas da espatulação foram colocados individualmente em frascos contendo 15 ml de água bidestilada (ph 6,7). Durante 2 horas, as amostras foram trocadas de frascos a cada 15 minutos, sendo removidos 0,2 ml de cada frasco que eram centrifugados, para precipitar partículas que pudessem afetar as leituras, e levados a um aparelho dosador de cálcio. O resto das soluções foi levado a um phmetro. O CRCS não mostrou liberação de íons cálcio e o Sealapex apresentou os valores mais altos entre os materiais testados, apresentando, ainda, uma curva ascendente de ph, contrariando o esperado, provavelmente devido à sua desintegração após certo tempo. ESTRELA et al. 31, em 1994, estudaram o efeito biológico do ph na atividade enzimática de bactérias anaeróbias, analisando individualmente a concentração de íons hidrogênio, composição estrutural da parede celular e composição biológica da membrana citoplasmática de bactérias Gram-negativas, inativação de enzimas bacterianas e ativação enzimática. Os autores concluíram que a manutenção de um alto ph, gerado pelo hidróxido de cálcio na luz do canal radicular, inativa enzimas bacterianas de modo irreversível após certo tempo, decorrente do choque produzido pelo ph alto. Entretanto, a manutenção desse ph

57 Revisão de Literatura 36 alcalino é necessário para manter, por exemplo, uma reabsorção estacionada após a obturação, para que não ocorra reativação enzimática de osteoclastos. FIDEL et al. 38, em 1995, avaliaram o ph de 4 cimentos endodônticos contendo hidróxido de cálcio, entre eles o Sealapex e o Sealer 26. Para tanto, amostras dos cimentos foram colocadas em anéis com 20 mm de diâmetro e 1,5 mm de altura e levadas a tubos contendo 50 ml de água destilada e deionizada (ph 6,3). Esses frascos foram levados a um phmetro nos períodos de 3 horas e depois a cada 24 horas até completar uma semana. O Sealer 26 apresentou ph próximo de 10 no período de 24 horas, caindo gradualmente até chegar em 8,2 no período de 7 dias. TAMBURIC; VULETA; OGNJANOVIC 128, em 1996, estudaram a taxa de liberação de íons hidroxila e cálcio de 7 materiais, entre pastas e materiais de forramento. A concentração de íons cálcio liberados foi determinada nos períodos de 30 minutos, 2, 4, 6 e 8 horas por análise potenciométrica com um analisador de íons com eletrodo seletivo para cálcio, baseada na medida de diferença de potencial entre uma referência e o eletrodo seletivo de íons, o qual possui uma membrana específica, sensível apenas ao cálcio. Nos mesmos períodos, os íons hidroxila (ph) foram medidos com phmetro, em 30 ml de água contendo uma amostra de 100 g de cada material. As condições experimentais e diferentes metodologias empregadas nos diferentes trabalhos variam muito, não permitindo comparações diretas entre seus resultados. ESBERARD; CARNES; DEL RIO 29, em 1996, estudaram as mudanças de ph em cavidades preparadas na superfície dentinária radicular dos terços médio e cervical de 50 dentes com canais obturados por condensação lateral com guta-percha mais um dos cimentos: Sealapex, Sealer 26, Apexit e CRCS. O ph foi medido com um microeletrodo em períodos de 0 a 120 dias. Os resultados mostraram que a superfície radicular não se alcalinizou com a utilização desses cimentos. As medidas obtidas para os diferentes cimentos foram semelhantes às do grupo controle (sem cimento) nos diferentes períodos, nas 2 porções radiculares. Concluíram que, embora os cimentos contendo hidróxido de cálcio sejam indicados para obturar canais, eles não produzem alcalinização da superfície radicular e sua eficácia no tratamento de reabsorções radiculares é discutível.

58 Revisão de Literatura 37 DUARTE 26, em 1996, determinou o ph dos cimentos Endomethasone, AH 26, Sealer 26, Sealapex e pasta de hidróxido de cálcio, que foram colocados em tubos plásticos com 1 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro e imersos em frascos com 10 ml de água deionizada. As medidas foram feitas com um phmetro nos períodos de 24 horas, 48 horas e 7 dias, com a substituição da solução a cada período. Os maiores valores foram encontrados para a pasta, diferenciando-se dos demais materiais. Os cimentos não apresentaram diferenças entre si, sendo que os valores para o Sealer 26 foram de 10,97 após 24 horas, 10,09 no período de 48 horas e 9,76 aos 7 dias. BEZERRA DA SILVA et al. 10, em 1997, avaliaram o ph e concentração de íons cálcio e molecular (total) de 4 cimentos: Sealapex, CRCS, Apexit e Sealer 26, colocados em matrizes de Teflon com 6 mm de diâmetro e 17 mm de comprimento, deixados em ambiente úmido para tomar presa. Após a presa esses materiais foram desidratados, pesados e colocados em frascos com 50 ml de água destilada. Foram feitos os testes de potenciometria (medição da variação de ph) com um phmetro, sendo que o Sealapex apresentou os valores mais altos, seguido do CRCS, Apexit e Sealer 26, mostrando estabilização de todos após uma liberação rápida de íons hidroxila na primeira hora. A espectrofotometria de absorção atômica (medição da concentração de íons cálcio), determinada com um espectrofotômetro, e condutividade (concentração de cálcio molecular) medida por um condutivímetro, mostraram concentrações de cálcio bem maiores para o Sealapex, seguido do CRCS, Apexit e Sealer 26, deduzindo que o cálcio do Sealapex é predominantemente iônico, enquanto nos outros materiais deve estar combinado com substâncias presentes na solução, ou pela alta solubilidade do Sealapex. Comprovaram que a quantidade de cálcio disponível não é necessariamente igual à quantidade de cálcio iônico. ÇALT et al. 14, em 1999, determinaram a difusão de íons cálcio e hidroxila in vitro através da dentina radicular de 28 dentes, após a aplicação de curativos de hidróxido de cálcio, com 3 diferentes pastas e um cone, em períodos de 1 a 28 dias. O ph e liberação de íons cálcio foram medidos com uma analisador eletrolítico em cavidades criadas nas superfícies radiculares dos dentes. Comprovaram que pastas de hidróxido de cálcio liberam íons através da dentina

59 Revisão de Literatura 38 mas não aumentam o ph do meio, indicando que os íons hidroxila não difundem pela dentina, provavelmente devido à permeabilidade e efeito tampão das paredes do canal.

60 3 Proposição

61 Proposição 40 3 PROPOSIÇÃO A revisão da literatura deixa claro a importância das propriedades físicas dos cimentos para seu bom desempenho clínico, almejando uma obturação o mais hermética possível que, juntamente com boas características biológicas do material, levaria ao êxito do tratamento endodôntico. A proposta do nosso trabalho é avaliar os cimentos Sealer 26, Sealer Plus e MBP (sendo os dois últimos cimentos experimentais), tendo o cimento de óxido de zinco e eugenol como controle, quanto às seguintes propriedades físicoquímicas desses materiais: - Escoamento; - Tempo de presa (em presença e ausência e umidade); - Radiopacidade; - Infiltração marginal apical; - Liberação de cálcio e - ph.

62 4 Material e Métodos

63 Material e Métodos 42 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Materiais Empregados Cimento de óxido de zinco e eugenol *, da S.S. White (Rio de Janeiro RJ). A proporção empregada nos experimentos foi de 1,8 g de óxido de zinco para cada 1 ml de eugenol (Figura 1). Figura 1 Cimento de óxido de zinco e eugenol (S.S. White) Cimento Sealer 26, da Dentsply (Petrópolis RJ), cimento endodôntico com hidróxido de cálcio constituído por: Pó trióxido de bismuto, hidróxido de cálcio, hexametilenotetramina, dióxido de titânio. Resina Epóxi Bisfenol. A proporção empregada nos experimentos foi de 2,1 g de pó para cada 1 g de resina, obtendo-se uma consistência parecida com aquela sugerida pelo fabricante (Figura 2). * Óxido de Zinco SS White lote n o 00C e Eugenol SS White lote n o 00A Sealer 26 Dentsply lote n o Material gentilmente cedidos pela Dentsply Indústria e Comércio Ltda., Ind. Brasileira

64 Material e Métodos 43 Figura 2 Cimento Sealer 26 (Dentsply) Cimento Sealer Plus *, da Dentsply (Petrópolis RJ), cimento endodôntico com hidróxido de cálcio constituído por: Pasta Base óxido de cálcio, trióxido de bismuto, estearato de cálcio, aerosil, resinas epóxicas e óxido de ferro. Pasta Catalisadora óxido de cálcio, trióxido de bismuto, dióxido de titânio, aerosil, óleo de silicona e poliamina cicloalifática. O proporcionamento das pastas foi realizado de acordo com as normas do fabricante, isto é, comprimentos semelhantes das duas pastas (Figura 3). Figura 3 Cimento Sealer Plus (Dentsply) * Material gentilmente cedidos pela Dentsply Indústria e Comércio Ltda., Ind. Brasileira

65 Material e Métodos Cimento MBP *, cimento experimental resinoso com hidróxido de cálcio constituído por: Pasta Base hidróxido de cálcio, sulfato de bário, subnitrato de bismuto, resina epóxica. Pasta Catalisadora sulfato de bário, subnitrato de bismuto, endurecedor para resina epóxica e poliol de poliuretana vegetal de mamona. A proporção do cimento usado nos testes foi preparado com volumes semelhantes de ambas as pastas (Figura 4). Figura 4 Cimento experimental MBP (Faculdade de Odontologia de Bauru - USP) Todos os cimentos foram espatulados em placa de vidro lisa, plana e limpa por 60 segundos com uma espátula de metal n o Cones de Guta-percha principal n o 45 da Tanari (Tanariman Industrial Ltda. Ind. Bras.). * Disciplina de Endodontia Faculdade de Odontologia de Bauru - USP

66 Material e Métodos Dispositivos e Aparelhos Balança analítica SARTORIUS Werke AG (tipo 2662, Gottingen, Alemanha), com capacidade de 200 g e precisão de 0,0001 g Estufa de Cultura Orion com controlador microprocessado modelo 502C (FANEM São Paulo Brasil) Aparelho de raios X - Yoshida X-707 (70 kvp/7ma/dff+30cm), serial n o GB 020 (The Yoshida Dental MFG. Co. Ltd. Tokyo, Japan), com filtragem de 2,2 mm de alumínio Microscópio óptico comum Bausch Lomb, com objetivas 4 x, 10 x, 40 x, e 100 x e oculares 10 x e micrométrica Carl Zeiss (alemã) 12,5 calibrada por lâmina 5+100/100 mm, também Zeiss, adaptado com iluminação por luz artificial refletida Penetrômetro confeccionado com chapas de alumínio com 10 mm de largura e 1 mm de altura, superpostas uma às outras formando degraus de 1 a 9 mm de altura (3 mm de comprimento cada) Aparelho Fotodensitômetro MRA (Indústria e Comércio de Eletrônica MRA Ltda., Ribeirão Preto SP), com estabilizador eletrônico de voltagem incorporado (contra variações da tensão de alimentação), abertura luminosa de 1 mm de diâmetro, mostrador digital com leds de 12 mm, leitura logarítmica da densidade óptica, controle de zeragem, precisão de 0,02, dimensões 31 x 26 x 21 cm Processadora automática Peri-Pro II (Air Techniques, New York, E.U.A.) Filmes Oclusais Kodak Ektaspeed Plus EO-41P (Eastman Kodak Company E.U.A.)

67 Material e Métodos Câmara de vácuo Plate Degasser PD3 Edwards High Vaccum Inglaterra ph-metro B371 (Micronal S/A São Paulo) (Figura 5) Figura 5 phmetro B371 - Micronal Espectrofotômetro de absorção atômica modelo 904 (CG Rio de Janeiro RJ) com lâmpada de cátodo oco de cálcio (Figura 6). Figura 6 Espectrofotômetro de absorção atômica CG

68 Material e Métodos Métodos Os testes de escoamento, tempo de presa e radiopacidade foram realizados seguindo as normas da International Organization for Standardization, ISO/DIS 6876 Dental Root Canal Sealing Materials Teste de Escoamento O teste foi realizado colocando-se, com a auxílio de uma seringa descartável, para insulina, graduada, 0,5 (+ 0,05) ml do cimento, proporcionado e manipulado de acordo com as especificações já descritas na apresentação dos materiais, sobre o centro de uma placa de vidro lisa e plana, com dimensões de 60 x 60 x 5 mm. Após 180 ± 5 s do início da manipulação do material, outra placa, semelhante à primeira, foi colocada sobre o centro do material juntamente com um peso, os quais (placa e peso) somavam 120 g (Figura 7). Esse peso foi aplicado por 10 minutos, contados a partir do início da manipulação do material. Após esse tempo, o peso foi removido e os diâmetros maiores e menores do disco de cimento, perpendiculares entre si, foram medidos e anotados (Figura 8). Se esses diâmetros se diferenciassem em mais de 1 mm, o teste era repetido. Figura 7 - Peso de 120 g agindo sobre amostra de cimento Figura 8 - Medição do diâmetro do disco de cimento

69 Material e Métodos 48 O teste foi realizado com quatro amostras de cada cimento e, após as quatro medições, o valor médio desses diâmetros foi calculado e, com aproximação ao milímetro inteiro mais próximo, foi considerado como o valor de escoamento de cada cimento Tempo de Presa Foram determinados os tempo de presa inicial e final de cada cimento, em presença ou não de umidade. Preparo da amostras: Colocou-se anéis metálicos com 10 mm de diâmetro interno e 2 mm de espessura sobre lâminas para microscopia de vidro * com dimensões de 26 x 76 x 2 mm e preencheu-se esses anéis até a superfície superior com os cimentos, proporcionados e manipulados conforme a descrição prévia. Foram preparadas 4 amostras de cada cimento. Após 120 ± 10 s do término da manipulação dos cimentos foram colocadas 2 amostras em estufa em ambiente seco a 37 o C e outras 2 amostras de cada cimento em umidade relativa em torno de 95% e também a 37 o C, sempre sobre uma placa de metal. Procedimento: Uma agulha de Gilmore, com 116,5 g e ponta cilíndrica de superfície plana com 1,8 mm diâmetro e 10,5 mm de comprimento (Figura 9), era colocada verticalmente sobre a superfície do cimento quando se aproximava o tempo de presa fornecido pelo fabricante (Figura 10). A ponta da agulha era sempre limpa após cada procedimento e o mesmo repetido até que a agulha não deixasse marcas visíveis sobre a superfície do cimento. O tempo que levava desde o fim da manipulação do cimento até que isso ocorresse era anotado. Este era, então, considerado o tempo de presa inicial do cimento. Após realizadas medições nas 2 amostras de cada material, o valor médio foi calculado e considerado como o tempo de presa desse material. * Perfecta, Ind. Brasileira

70 Material e Métodos 49 Figura 9 Agulhas de Gilmore A 116,5 g (presa inicial) B 458,6 g (presa final) Figura 10 Medição do tempo de presa O tempo de presa final dos cimentos foi medido com o uso de A uma agulha B de Gilmore de 458,6 g e ponta cilíndrica com superfície plana de 1 mm de diâmetro e 7,6 mm de comprimento (Figura 10), até que não mais se observassem marcas sobre a superfície do cimento. O tempo decorrido desde o início da manipulação do cimento até esse momento foi considerado como tempo de presa final do material Radiopacidade Preparo da amostras: Anéis metálicos com diâmetro interno de 10 mm e 1 mm de altura foram colocados sobre tiras de plástico sobre lâminas para microscoscopia de vidro* e preenchidos até a superfície com porções dos cimento. A superfície foi nivelada com a colocação de outra lâmina de vidro sobre o material, para remoção do excesso grosseiro. Após uma semana em estufa a 37 o C e umidade relativa absoluta, as amostras sofreram desgaste com lixa de granulação 600 em ambas as superfícies para nivelamento até a altura do anel metálico, obtendo-se, portanto, homegeneidade nas espessura das mesmas. Foram confeccionadas duas amostras para cada cimento.

71 Material e Métodos 50 Preparou-se 2 amostras de guta-percha a partir de cones principais * plastificados e condensados em anéis de mesmas dimensões dos usados para os cimentos, sobre uma placa de vidro vaselinada, nivelando-a às extremidades do anel e, ainda, amostras de dentina que foram obtidas pelo seccionamento transversal da raiz de um dente canino superior, em uma máquina de corte com disco diamantado. Obteve-se 3 discos de dentina, com 1 mm de espessura cada, dos terços cervical, médio e apical do dente. Procedimento: Sobre um filme oclusal foram radiografadas uma amostra de cada cimento e guta-percha, os discos de dentina e o penetrômetro, anteriormente citado (Figura 11). Cada amostra foi radiografada em duas películas diferentes, totalizando, portanto, quatro radiografias de cada material (2 de cada amostra). As tomadas radiográficas foram realizadas com aparelho de raios X Yoshida com 70 kv, 8 ma, com uma distância foco-filme de 400 mm, por um tempo de exposição de 0,23 s, cuidando-se para o feixe principal incidir perpendicularmente ao filme. O processamento foi realizado automaticamente na máquina processadora Peri-Pro (Figura 12). Assim, as radiografias 1 e 2 acolhem as mesmas amostras, o mesmo acontecendo com as radiografias 3 e 4. Apenas o penetrômetro e os discos de dentina são os mesmos em todas as radiografias, isto é, nas quatro. A radiopacidade foi determinada com o uso do aparelho fotodensitômetro MRA, medindo-se em cada radiografia as imagens das amostras de cada cimento, os anéis metálicos, base da radiografia, discos de dentina (nos terços cervical, médio e apical) e de cada degrau do penetrômetro. Para cada estrutura ou material foram realizadas 10 medições em pontos diferentes da mesma amostra. Obteve-se, então, 40 medições para cada cimento e guta-percha, para cada degrau do penetrômetro, cada disco de dentina, para as bordas dos anéis e para a base radiográfica (local onde os feixes de raios X incidiram diretamente no filme). * TANARI Tanariman Industrial Ltda. lote n o

72 Material e Métodos 51 Figura 11 Amostras dos cimentos (O=cimento de óxido de zinco e eugenol; S=Sealer 26; P=Sealer Plus; M=MBP), guta-percha (G), dentina (D) e penetrômetro (Pe) posicionados sobre o filme oclusal Figura 12 Radiografia das amostras dos cimentos (O=cimento de óxido de zinco e eugenol; S=Sealer 26; P=Sealer Plus; M=MBP), guta-percha (G), dentina (D) e penetrômetro (Pe) Os resultados foram tabulados, calculando-se as médias. Foi estabelecida uma relação entre a radiopacidade de cada degrau do penetrômetro e a sua espessura em milímetros de alumínio, criando-se uma escala para posterior conversão da radiopacidade dos cimentos, guta-percha, anéis e dentina em milímetros de alumínio, como especificado na ISO/DIS 6876.

73 Material e Métodos Infitração marginal apical Selecionou-se radiograficamente dentes unirradiculados extraídos e armazenados em solução fisiológica com apenas um conduto radicular, através de tomadas radiográficas nos sentidos mesiodistal e vestíbulolingual. Esses dentes tiveram suas coroas seccionadas na altura da junção amelocementária com discos de carburundum. Foram escolhidas 70 raízes cujos forames apicais tivessem diâmetros menores ou iguais ao da extremidade de uma lima Kerr n o 30 *. Essas raízes tiveram, então, os diâmetros de seus forames apicais padronizados pela ampliação dos mesmos utilizando-se uma lima Kerr n o 30, até que a extremidade de sua guia de penetração ultrapassasse cerca de 1 mm além do forame. Realizou-se, então, o preparo biomecânico dos condutos para a confecção de um degrau apical a 1 mm aquém do forame apical pela técnica escalonada regressiva, tendo como instrumento memória a lima Kerr n o 45 e recuo progressivo até Lima tipo Kerr n o 80, para escalonamento do preparo. Durante toda a instrumentação realizou-se irrigações com soro fisiológico, utilizando-se 1 ml da solução a cada troca de instrumento. Foi realizada limpeza final do forame com lima tipo Kerr n o 30, certificando-se da desobstrução do mesmo; seguiu-se irrigação final com a mesma solução irrigadora, sempre observando-se fluxo pelo forame apical e refluxo pela embocadura do canal. A seguir, os canais foram secos e então, inundados com solução de EDTA, permanecendo por três minutos; realizou-se irrigação final com soro fisiológico. Após secagem dos condutos por aspiração e com pontas de papel absorvente, as raízes tiveram suas superfícies externas impermeabilizadas com a aplicação de duas camadas de cola Araldite de presa lenta e duas camadas de esmalte para unhas, preservando uma área desnuda de 1 mm ao redor do forame apical. * DENTSPLY Maillefer - Suíça ODAHCAM HERPO Produtos Dentários Ltda., Rio de Janeiro, RJ, Brasil ARALDITE ultra-forte CIBA-GEIGY Química S.A. Taboão da Serra - SP

74 Material e Métodos 53 Realizou-se a seleção dos cones de guta-percha principais feita pela medição dos mesmos com régua milimetrada e pelo teste de travamento para comprovação da adaptação do cone ao batente apical com posterior comprovação radiográfica da distância de 1 mm da extremidade do cone ao forame apical. Quatro grupos com 16 raízes cada foram formados, separandose os dentes por características morfológicas e comprimento das raízes, buscandose a maior homogeneização possível dos grupos e suas amostras, conforme mostra a Tabela 1. Tabela 1 Distribuição das amostras e identificação dos grupos Grupos Cimentos no de espécimes I OZE 16 II Sealer III Sealer Plus 16 IV MBP 16 controle positivo - 3 controle negativo - 3 TOTAL 70 Os canais foram, então, obturados com os cimentos em teste, proporcionados e manipulados conforme já descrito, pela técnica do cone único e pela técnica clássica de assentamento do cone. Os cimentos foram levados ao interior dos canais com uma espiral rotatória de Lentulo * n o 2 (equivalente à Lima tipo Kerr n o 40/45), acionada por um micromotor elétrico, até completo preenchimento dos condutos. O extravasamento sempre ocorreu, mostrando uniformidade no preenchimento dos condutos. Os cones principais foram então introduzidos até sua adaptação ao batente apical e os excessos de cimento extravasados pelo forame foram removidos com o auxílio de gaze. O excedente coronário do cone de guta percha foi cortado com um condensador tipo Paiva * DENTSPLY Maillefer, Suíça

75 Material e Métodos 54 aquecido, realizando-se ligeira condensação do mesmo para acomodação no interior do canal radicular, possibilitando a limpeza da porção cervical do conduto radicular com bolinhas de algodão e selamento coronário, realizado com cimento temporário Cimpat * e uma camada de cera rosa n o 7 derretida. As seis raízes restantes formaram o grupo controle e não tiveram os canais obturados. Usou-se 3 controles negativos, com impermeabilização do forame apical, inclusive, para comprovar a qualidade da impermeabilização das superfícies externas das raízes e 3 controles positivos, sem obturação do canal, com os forames abertos, para comprovação da eficácia do método utilizado para penetração do corante. As raízes foram, então, imersas em solução aquosa de azul de metileno a 1% com ph 7,0. Essa solução foi preparada com solução tampão fosfato dibásico 0,05% (Fosfato Dissódico 12-Hidrato Art. 6579), tamponada em ph 7,0 com ácido clorídrico 1M, na qual diluiu-se o sal de azul de metileno. A solução foi mantida a uma temperatura de 37 o C por 72 h, previamente ao seu uso. Os espécimes de cada grupo foram colocados em recipientes plásticos distintos e identificados contendo o corante, ficando submersos no mesmo. Foram levados à câmara de vácuo a 25 mmhg por um período de 10 minutos. Os frascos contendo as raízes foram fechados e levados à estufa a 37 o C por um período de 72 horas. Após esse período, removeu-se as raízes do corante, deixando-as em água corrente durante 12 horas. As impermeabilizações externas foram removidas com auxílio de uma espátula LeCron e as raízes lavadas e escovadas sob a água. Realizou-se sulcos com discos de carburundum nas superfícies vestibular e lingual das raízes até as proximidades da obturação. As raízes foram, então, fraturadas com auxílio de uma espátula, em alavanca, obtendo-se duas hemisecções, sendo que cada uma continha parte da obturação e a possível marca da infiltração marginal do corante. As metades das raízes onde restava a maior porção das obturações, inclusive o cone, tiveram as infiltrações medidas com o auxílio de um * Cimpat blanc cimento provisório SEPTODONT, Saint -Maur, France. MERCK S.A., Rio de Janeiro, RJ, Brasil

76 Material e Métodos 55 microscópio ocular comum munido de objetiva com aumento de 4x e de uma ocular micrométrica, considerando como infiltração o comprimento do traço de corante de maior extensão que seguia na interface obturação-dentina, desde a porção mais apical do cone de guta-percha até sua porção mais cervical (Figuras 13 a 16). As medições foram realizadas por 2 examinadores, havendo comparações e discussão até a concordância das medições conflitantes encontradas. Os valores foram tabulados e os dados de infiltração apical encontrados no microscópio foram transformados em milímetros, para cada cimento. Foram aplicados os testes estatísticos Kruskal-Wallis, para comparações múltiplas, e Student-Newman-Keuls, para comparações aos pares, aos resultados obtidos.

77 Material e Métodos 56

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