Psicodinâmica do trabalho: Uma reflexão acerca do sofrimento mental nas organizações

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1 1 Psicodinâmica do trabalho: Uma reflexão acerca do sofrimento mental nas organizações Resumo Flora Allain Carrasqueira 1 Neuzi Barbarini 2 O presente artigo discute alguns aspectos teóricos da relação entre saúde mental e trabalho, pelo viés da psicodinâmica do trabalho. Através de uma revisão bibliográfica sobre os estudos dejourianos, analisa-se a articulação entre as diferentes formas de organização do trabalho e as vivências de prazer e sofrimento daí decorrentes. Discorre sobre a adoção de mecanismos de defesa individuais e coletivos, que resultam em diferentes patologias relacionadas ao trabalho, específicas de cada contexto laboral. Pôde-se identificar, ainda, a presença de aspectos que podem dificultar ou favorecer a ressignificação do sofrimento engendrado nas atividades de trabalho, favorecendo a o fortalecimento da identidade e a saúde mental. Constata-se a pertinência da análise psicodinâmica das situações de trabalho como forma de investigação e busca de alternativas ao adoecimento ligado ao trabalho. Palavras-chave: Trabalho. Sofrimento. Mecanismos de defesa. Psicodinâmica do trabalho. Introdução A relação da saúde mental com o trabalho é amplamente reconhecida, sendo tema de inúmeras pesquisas e estudos no âmbito da psicologia. Contudo, a maioria das teorias existentes aborda o trabalho de forma marginal, como apenas uma das influências na saúde mental. Dejours, por sua vez, afirma a centralidade do trabalho na vida do sujeito, postulando uma continuidade entre o funcionamento psíquico no trabalho e fora dele; a relação subjetiva com o trabalho leva seus tentáculos para além do espaço da fábrica ou do escritório, e coloniza profundamente o espaço fora do trabalho. (...). A separação clássica em dentro do trabalho e fora do trabalho não tem sentido em sociologia do trabalho, assim como em psicodinâmica do trabalho (DEJOURS, 1993: 2004, p. 101) 1 Psicóloga (UFPR), especializanda do Curso de Saúde Mental, Psicopatologia e Psicanálise pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUCPR. 2 Psicóloga, mestre em Psicologia Social e Institucional pela UFGRS, Professora da PUCPR e orientadora do presente artigo.

2 2 Segundo Mendes e Morrone (2002, p. 27), esta importância do trabalho na estruturação do funcionamento psíquico repousa no fato de que o ato de produzir permite um reconhecimento de si próprio como alguém que existe e tem importância para a existência do outro, transformando o trabalho em um meio para a estruturação psíquica do homem. Se o trabalho permite a formação e consolidação da identidade, por outro lado ele pode, também, fomentar a descompensação psíquica. A psicodinâmica do trabalho, nascida dos estudos do Prof. Cristophe Dejours, investiga os mecanismos de defesa dos trabalhadores frente às situações causadoras de sofrimento decorrentes da organização do trabalho. Ao longo de seu percurso teórico, Dejours inicialmente estudava as doenças relacionadas ao trabalho e posteriormente se dedicou ao estudo da normalidade, por meio dos mecanismos de defesa que permitem que os trabalhadores não adoeçam, a despeito das condições adversas à saúde provocadas pela organização do trabalho. Assim, passou da Psicopatologia à Psicodinâmica do Trabalho. Em uma terceira fase da teoria, direcionou seu olhar ao estudo das patologias sociais resultantes das novas formas de gestão da organização do trabalho. O presente artigo tem por finalidade fazer uma revisão teórica do trabalho de Cristophe Dejours e de pontos principais de sua teoria, a psicodinâmica do trabalho. Ao longo do texto, enfatizarei a relação das estratégias de defesa com as formas de organização do trabalho, e a relação da psicodinâmica com a psicanálise. O foco principal é inter-relação entre organização do trabalho e estratégias defensivas, com a finalidade de melhor compreender as patologias sociais características do período atual. Ao final, se promoverá uma reflexão acerca da relevância das reflexões trazidas pela Psicodinâmica do trabalho. Um breve histórico A discussão sobre a psicopatologia do trabalho começou na França, logo após a II Guerra Mundial, liderada por contribuições da chamada psiquiatria social. Os nomes mais notáveis desta corrente são Paul Sivadon e Louis Le Guillant (LIMA, 1998). Sivadon foi o primeiro a empregar o termo Psicopatologia do Trabalho, e em suas obras abordou o trabalho como fonte de crescimento e evolução do psiquismo humano; ele discutia também as formas perversas de organização da atividade de trabalho, que gerariam pressões e conflitos insuperáveis, propiciando o aparecimento de transtornos mentais. A partir de seus escritos, o trabalho passou a ser reconhecido por seu valor de integração social (LIMA, 1998).

3 3 Na década de 50, Le Guillant escreveu um artigo sobre o que nomeou de Síndrome Geral de Fadiga Nervosa, que acometia telefonistas de Paris; esta seria caracterizada por sintomas somáticos, tais como insônia, palpitações, angústia, alterações de humor e do caráter. O autor discorreu também sobre a Síndrome Subjetiva Comum da Fadiga Nervosa, cuja principal característica seria a transposição de hábitos do trabalho para o espaço fora do trabalho, com manifestações de irritabilidade, dificuldade para ler em casa e repetição incontrolável de expressões verbais do trabalho (MERLO, 2002). Este autor buscava explicar os transtornos mentais a partir de fatores sócio-culturais, embora admitisse a influência de fatores orgânicos e psíquicos no fenômeno. Para ele, a descompensação psíquica seria conseqüência da história de vida do indivíduo, em associação a um contexto de trabalho repleto de contradições e de exigências demasiadas (LIMA, 1998). Gillon, outro pensador da época (desta corrente?), considerava raros os casos em que as condições de trabalho eram efetivamente responsáveis por distúrbios mentais. Ainda assim, elencava alguns elementos desfavoráveis no trabalho no que se refere à saúde, tais como: duração excessiva do trabalho, exigência muito alta de atenção ou de aptidões que estão além da capacidade do operário, atividade excessivamente monótona, entre outros fatores. O autor evidencia influência do pensamento taylorista ao compreender o trabalho como essencialmente benéfico à saúde mental, sendo de responsabilidade do trabalhador se adaptar ao meio, subestimando assim a influência da organização ou das relações de trabalho no adoecimento (MERLO, 2002). De acordo com Seligmann (2004), a escola da Psicopatologia do Trabalho se edificou a partir das idéias e pesquisas de Cristophe Dejours, sendo este um crítico das abordagens positivistas que estiveram presentes no modelo tradicional de pesquisas voltadas para a saúde no trabalho. A abordagem criada por Dejours tinha, inicialmente, bases na psicopatologia do trabalho, porém com o avanço das pesquisas e a incorporação de conceitos advindos da ergonomia, da sociologia e da psicanálise, evoluiu para uma compreensão original, configurando uma teoria própria. O primeiro marco foi a publicação, em 1980, do livro Travail: Usure Mental (que seria publicado no Brasil somente em 1987, com o título A Loucura do Trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho ). Nesta obra, o autor analisa as estratégias individuais e coletivas utilizadas pelos trabalhadores para lidar com o sofrimento originado no trabalho, situando a gênese do sofrimento no confronto do sujeito-trabalhador com a organização do trabalho, que na época era fortemente caracterizada pelo modelo taylorista (MENDES, 2007).

4 4 Já na década de 90, Dejours publica dois textos que se tornaram referências para o campo da saúde mental no trabalho; o primeiro é um Addendum à décima-segunda edição de Travail: Usure Mentale, publicado em 1993 com o título De La Psychopatologie à la Psychodinamique du Travail; e o segundo é o livro Le facteur Humain, em 1995 (publicado no Brasil em 1999 com o título O Fator humano ). Neste momento de sua trajetória teórica, o autor substitui o conceito de Psicopatologia do Trabalho pelo de Psicodinâmica do Trabalho, deslocando seu foco das patologias relacionadas ao trabalho para o estudo da normalidade, ou seja, para o enigma de como os trabalhadores conseguem manter certo grau de equilíbrio psíquico apesar das condições precárias de trabalho a que estão submetidos (DEJOURS, 2004). Em um contexto de intenso constrangimento e pressão, ele se intrigou com o fato de os trabalhadores não entrarem em colapso, trabalhando normalmente sem apresentar os transtornos psíquicos esperados (UCHIDA, 2009). Nesta fase de sua obra, o autor relaciona o sofrimento com a criatividade no trabalho, isto é, a possibilidade do trabalhador de usar sua inteligência prática e beneficiar sua identidade, promovendo ações capazes de proporcionar vivências de prazer. Com a publicação do livro Souffrance em France, em 1998 (traduzido no Brasil como A Banalização da Injustiça Social, em 1999), inaugura-se uma nova fase na teoria dejouriana, que vai até os dias atuais (a partir da publicação de obras como o prefácio para a décima terceira edição do livro Travaile: Usure Mentale essai de psychopatologie du travail e o livro L evaluation du travail à l èpreuve du réel: critique dês fondementes de l èvalutaion, em 2000). Neste momento, caracterizado pela consolidação e propagação da psicodinâmica como teoria capaz de explicar os efeitos do trabalho sobre os processos de subjetivação, as patologias sociopsíquicas e a saúde dos trabalhadores, o foco de análise recai não mais sobre as vivências de prazer-sofrimento, mas no modo como os trabalhadores subjetivam essas vivências, o sentido que elas assumem e o uso de estratégias ocasionadas pelas novas formas de organização do trabalho, especificamente as defesas coletivas e a cooperação (MENDES E MERLO, 2009). Diferentes formas de organização do trabalho: passagem do modelo fordistataylorista ao paradigma da acumulação flexível A relação entre prazer e sofrimento no trabalho está intimamente articulada às formas de organização do trabalho; segundo Heloani (2008, p. 2), há uma relação complexa e singular entre as mudanças nos sistemas organizacionais e a vida psíquica. Assim sendo, faz-se necessário detalhar as principais características das formas de organização do trabalho vigentes desde o

5 5 início dos estudos em psicodinâmica do trabalho, a fim de compreender como estas estruturas determinam os mecanismos de defesa e as manifestações de saúde e doença presentes no contexto laboral. O processo da gênese e da consolidação do capitalismo compreendeu diversos ciclos de crescimento e de crises. As suas diferentes fases de desenvolvimento foram marcadas por importantes mudanças em termos de inovações tecnológicas, qualificação do trabalhador, modos de organização do trabalho e da produção, estratégias empresariais, formas de controle sobre os trabalhadores, desempenho dos sindicatos e papel do Estado (LAPIS e MERLO, 2007). Para elucidar algumas características da organização do trabalho presentes nos dois últimos períodos históricos do capitalismo, utilizaremos as reflexões de Harvey (2000, apud UCHIDA, 2009). Fordismo/ taylorismo O período que abrange as décadas de 1910 até 1970 é chamado de fordista-taylorista. Esta fase é marcada pelo capital industrial e por uma estrutura hierárquica piramidal, sendo caracterizada ainda pela rigidez nos controles de processos de trabalho e das relações organizacionais, pela produção em escala, divisão de tarefas, trabalho parcelado em etapas, gestos e movimentos simplificados, controle rígido de cada grupo de trabalhadores pela chefia imediata e ritmo ditado pela máquina. A rigidez da organização tinha por objetivo atingir a previsibilidade dos processos de produção, bem como das relações horizontais e verticais; a variação era combatida por ser sinônimo de descontrole e, por conseguinte, prejuízo (HARVEY 2000, apud UCHIDA, 2009). De acordo com Lápis e Merlo (2007), o taylorismo, ou a administração científica do trabalho, surgiu como uma nova cultura do trabalho, tornando relevante o conhecimento científico, sobretudo para o desenvolvimento das indústrias química, elétrica e metalúrgica, correspondendo às necessidades de uma etapa do capitalismo internacional, período de atuação monopolista do capital (p. 62). Consolidou-se a estrita separação entre o saber e o fazer, ou seja, entre, concepção, planejamento e execução do trabalho, entre o trabalho intelectual e o trabalho operacional. Este modelo de organização tinha por objetivo racionalizar a organização do trabalho através da adoção de normas, procedimentos sistemáticos e uniformes, utilizando-se da observação, descrição e medição como subsídios para simplificar operações, eliminar movimentos desnecessários, lentos e ineficientes e encontrar "o modo melhor", o movimento

6 6 certo e mais rápido em todos os ofícios. O estudo do tempo e dos movimentos levou à busca do único e melhor método de execução como norma a ser seguida permanentemente pela empresa. A busca pela padronização máxima dos processos e pelo método único de execução é desfavorável à manutenção da saúde mental dos trabalhadores. Isso porque a contribuição individual de cada trabalhador à manutenção da qualidade e da produtividade ocorre no espaço entre trabalho prescrito e trabalho real, na possibilidade de intervir de alguma maneira para preencher as lacunas não previstas pelas determinações da gerência; para que isto resulte em fortalecimento da identidade e da saúde mental, é necessário que exista um reconhecimento desta contribuição, o que não ocorre em organizações regidas pelo modelo taylorista/fordista. Dejours (1993: 2004) afirma que a organização taylorista/ fordista acarreta a desapropriação do saber do trabalhador, inibindo também qualquer iniciativa de organização e de adaptação ao trabalho, pois tal adaptação exige uma atividade intelectual e cognitiva não almejada pelo taylorismo. Sendo assim, a monotonia do trabalho repetitivo e sem espaço para a criatividade que era realizado dentro destes moldes de organização, levou ao surgimento de mecanismos de defesa específicos. O mais importante deles é o mecanismo de autoaceleração. Neste, para fazer cessar o pensamento e, com ele, a consciência do desconforto, o sujeito se autoacelera, trabalhando em ritmo demasiado que a longo prazo pode trazer complicações para sua saúde. Modelo de acumulação flexível do capital Um novo período do capitalismo tem início a partir da década de 1970, estando vigente até o momento, e inaugura a era da acumulação flexível do capital. Marcado por reestruturações produtivas, este período trouxe algumas implicações para as empresas, conforme aponta Uchida (2009): No plano organizacional, este capital exigente (...) reduziu o seu tempo de giro dramaticamente. Isto implicou na criação de empresas flexíveis e ágeis, que trouxessem resultados dentro do tempo imposto pela nova lógica de acumulação. Para tanto, enxugou-se as empresas através dos processos de reengenharia. Houve um violento achatamento, ou, em outras palavras, horizontalização da hierarquia. Utilizou-se também novas formas de tecnologia tecnologia de informação, automação e robótica para a consecução desta reestruturação organizacional. Este período traz consigo exigências e valores específicos, uma vez que a derrocada do estável modelo fordista demandou o surgimento de um sujeito criativo, inovador, flexível, adaptável e resiliente. Segundo Lancman e Uchida (2003), dentro desta perspectiva, para obtenção de vantagens competitivas e agregação de valores na empresa, deve-se valorizar um novo perfil

7 7 psicológico do trabalhador, composto por características como criatividade, pró-atividade, sensibilidade, maturidade pessoal, capacidade de interação interpessoal, liderança, entre outros. Carpentier Roy (1996, apud MENDES E MORRONE, 2002) considera que os atuais paradigmas da organização do trabalho, ao privilegiar as práticas gerenciais, a paixão, a criatividade e a autonomia no trabalho, tendem a fusionar a relação sujeito-trabalhador. Através de um discurso de liberdade e participação, a organização do trabalho impõe uma estrutura de controle sutil na qual o trabalhador renuncia aos seus desejos, aspirações e necessidades, fundamentando sua relação com o trabalho no atendimento aos ideais propostos pela empresa. Estamos passando por um processo de precarização do trabalho, e Dejours (1999) compara a situação atual em que as empresas se encontram a uma nova Guerra Mundial. A competição é feroz, impulsionada pelo desemprego estrutural, que deixa a todos empregados e desempregados em estado de tensão e sofrimento, uma vez que a ameaça de demissão está presente a todo momento. Ele propõe a noção de banalização da injustiça social, que seria expressa por meio da utilização propositada de tais temores pelos gestores como técnica de administração de pessoas, fazendo exigências e demandas humanamente impossíveis de serem atendidas. A despeito disso, muitos trabalhadores esforçam-se por cumprir tais demandas, criando uma pressão tamanha que com freqüência torna-se insuportável. Nestas situações, o sofrimento patogênico torna-se praticamente inevitável. Outro fator importante presente no atual contexto, e que gera uma importante carga de sofrimento, são as questões éticas. Num cenário em que a maioria dos trabalhadores (sejam chefes ou funcionários) precisa, cotidianamente, tomar decisões que infringem seu senso ético, o mal passa a ser visto como algo necessário, característico dos tempos modernos, imutável (DEJOURS, 2009). Mais uma modalidade de sofrimento decorrente do trabalho soma-se à anterior. A autoconfiança é invariavelmente impactada, pois, além de sentir incapaz por não conseguir atender com qualidade às demandas vindas da chefia, o trabalhador ainda se sente abalado por ter traído sua própria ética e valores morais. A identidade do trabalhador é impactada e surge o risco de descompensação psíquica. Não é a toa que, como demonstra Heloani, as doenças neste tipo de organização da produção, ao contrário do que se prognosticava, aumentaram e muito, mormente as de ordem mental, ou dos nervos como dizem os trabalhadores (1998, p. 08).

8 8 Prazer e sofrimento laboral e sua articulação com as formas de organização do trabalho Em sua obra, Freud (1987) identifica as diferentes fases do desenvolvimento psíquico. Segundo ele, a criança recém-nascida ainda não tem capacidade de identificar a origem das sensações por ela vivenciadas, pois ainda não diferencia seu ego do mundo externo. Com o passar do tempo, ela vai aprendendo a fazer esta distinção, reagindo de modo adequado aos estímulos correspondentes. O ego, regido pelo princípio do prazer, tenta afastar as sensações desprazerosas, projetando para fora de si tudo o que é fonte de desprazer. Num estágio posterior, de maior integração, o ego consegue diferenciar entre o que tem origem interna e externa, estabelecendo assim as condições para a introdução do princípio de realidade. Desta forma, o ego pode localizar o sofrimento surgindo de três direções: de nosso próprio corpo, do mundo externo e da nossa relação com as outras pessoas. Segundo Heloani e Capitão (2003, p. 107), esta forma de evitação do sofrimento por parte do ego pode atuar também em relação ao trabalho, tanto do ponto de vista físico quanto mental. O trabalho, não só como uma condição externa, pode propiciar sofrimento insuperável para o ego, empobrecendo-o e restringindo sua ação a mecanismos defensivos repetitivos e ineficazes, não lhe possibilitando aferir, de acordo com suas atividades, a satisfação de determinadas pulsões, que, não satisfeitas, tensionariam o aparelho psíquico, gerando angústia, estados depressivos, ansiedade, medos inespecíficos, sintomas somáticos, como sinais marcantes de sofrimento mental, com o agravante de que um ego debilitado e frágil não consegue diferenciar, pela sua condição, a origem de seu sofrimento. De acordo com Mendes (2007), a psicodinâmica do trabalho parte de um conceito histórico do homem como corpo físico, subjetivo e pensante que se esforça para resistir à dominação. Para compreender os processos de subjetivação dos sujeitos trabalhadores, é fundamental a centralidade e a materialidade do trabalho; neste sentido, a psicopatologia do trabalho desenvolveu-se, desde o início, em um duplo diálogo: de um lado, as ciências da saúde e de outro as ciências do trabalho (DEJOURS, 1993: 2004). A teoria psicodinâmica tem influências da psicanálise, sociologia e ergonomia. Dentro da sociologia, estuda o impacto das diferentes formas de organização do trabalho na subjetividade do indivíduo; da ergonomia, herdou a distinção entre trabalho prescrito e trabalho real, e suas repercussões para o psiquismo; com relação à psicanálise, a teoria dejouriana inspira-se na noção de sofrimento e angústia, a qual seria originária do sujeito em suas relações com os pais, conforme apontam Lancman e Uchida (2003):

9 9 A criança, inicialmente, é susceptível à angústia dos pais, principalmente aquela com a qual os pais têm dificuldades de lidar. Ao vivenciá-la passa a senti-la como se fosse sua, pois nesse momento de sua vida não tem condições de distinguir o que é seu e o que é dos seus pais. Quando adquire a capacidade de falar, tenta expressar essa angústia para poder elaborá-la, mas infelizmente não encontra espaço psíquico propício nos pais, pois estes não têm condições de ajudá-la na medida em que a criança recoloca em cena aquilo que os fez sofrer. Essa angústia não elaborada vai adquirir uma característica enigmática e será origem de uma curiosidade jamais satisfeita, de um desejo de saber e compreender que periodicamente será reposto pelas situações conjunturais, ou seja, estas funcionariam como fatores desencadeantes da primitiva curiosidade. Ao mesmo tempo, irá constituir-se como zona de fragilidade psíquica do sujeito, uma face obscura e para sempre desconhecida. Um dos espaços sociais privilegiados em que a criança, ao se tornar adulto, vai repor essa angústia é o trabalho. A atividade laboral se configura como uma instância privilegiada para elaboração deste sofrimento primitivo, sendo que o sujeito, a cada enigma do trabalho que resolve, se fortalece psiquicamente, diminuindo a zona de fragilidade. Dejours denomina essa complexa relação entre o mundo psíquico e o mundo do trabalho de ressonância simbólica. Cabe ressaltar que, para o autor, a conquista da identidade na dinâmica intersubjetiva do reconhecimento no trabalho diz essencialmente respeito à realização pessoal no campo das relações sociais. Neste sentido, não há articulação direta entre sujeito do inconsciente e campo social: esta relação é sempre mediada pelo referencial de uma ação sobre o real que mobiliza a atividade do trabalho (Dejours 1993: 2004, p. 75). Trabalho e sofrimento na teoria dejouriana Para definir o que é trabalho, Dejours (1993: 2004) se apropria da definição proposta por P. Davezies, para quem trabalho é a atividade manifestada por homens e mulheres para realizar o que ainda não está prescrito pela organização do trabalho (p. 65). O trabalho seria, então, a criação do novo, do inédito, a partir do ajuste da organização prescrita do trabalho às situações reais, exigindo iniciativa, inventividade, criatividade, além de formas de inteligência específicas análogas à engenhosidade. O trabalho é, por definição, humano, uma vez que é mobilizado justamente ali onde a ordem tecnológica- maquinal não é suficiente (p. 65). Com relação ao conceito de sujeito, Lancman e Uchida (2003) esclarecem que a Psicodinâmica do Trabalho situa-se na tradição compreensiva nas Ciências Humanas, adotando a concepção de um sujeito responsável pelos seus atos e capaz de pensar, de interpretar os sentidos da situação em que se encontra, de deliberar ou de decidir e de agir. Significa supor que ele possui inteligência isso em dois sentidos: inteligência como competência cognitiva e inteligência como liberdade de aceder à inteligibilidade, à compreensão das coisas ou da situação (inteligência

10 10 das coisas). É admitir que ele (o trabalhador)...age em função da razão (DEJOURS, 1999c, p. 207, apud Lancman e Uchida, 2003). O objeto de estudo da psicodinâmica do trabalho são as relações dinâmicas entre a organização do trabalho e processos de subjetivação, que se manifestam nas vivências de prazersofrimento, nas estratégias de ação para mediar contradições na organização do trabalho, nas patologias sociais, na saúde e no adoecimento. A análise se dirige aos processos intersubjetivos que tornam possível a gestão social das interpretações do trabalho pelos indivíduos criadoras de atividades, de saber fazer e modos operatórios novos (DEJOURS, 1993: 2004, p. 64). Nesta perspectiva, destaca-se a importância central da organização do trabalho, entendida como a principal determinante das vivências de prazer-sofrimento; as condições nas quais o trabalho é realizado podem transformá-lo em algo agradável e fortalecedor da identidade, ou em uma experiência penosa e dolorosa, levando ao sofrimento. Esse sofrimento decorre do confronto entre a subjetividade do trabalhador e as restrições das condições socioculturais e ambientais, relações sociais e organização do trabalho, que por sua vez são reflexo de um modo de produção específico (MENDES E MORRONE, 2002). Dejours (1993:2004, e 1995:1999) ao redefinir o objetivo do estudo da psicodinâmica do trabalho, introduz o conceito de normalidade como sendo resultante de um compromisso entre sofrimento e as estratégias de defesas individuais e coletivas num movimento pela manutenção da saúde (MENDES & MERLO, 2009), ou seja, caracteriza o trabalho como fonte de prazer e sofrimento, sendo que nem o sofrimento, tampouco as estratégias de defesas individuais e coletivas são patológicos, e sim, uma saída para a saúde. O sofrimento adquire, assim, um significado que vai além do patogênico, contendo também elementos criativos que podem transformá-lo numa potencialidade para o trabalhador (GOMES & BRANT, 2004). Nesse sentido, o saudável define-se pelo enfrentamento das imposições e pressões do trabalho que causam a instabilidade psicológica (...). O patológico implica falhas nos modos de enfrentamento do sofrimento e instala-se quando o desejo da produção vence o desejo dos sujeitos-trabalhadores (MENDES, 2007, p. 37). A normalidade seria, como apregoa a psicanálise, um fenômeno constituído de múltiplas determinações subjetivas e objetivas, um compromisso entre o sofrimento e as estratégias de defesa; nesta perspectiva o normal pressupõe sempre a existência de sofrimento. Porém, ao contrário da abordagem psicanalítica, na ótica da psicodinâmica esse fenômeno não se trata de algo somente individual, mas ao mesmo tempo, de um fenômeno coletivo e que está articulado ao mundo do trabalho. Segundo Dejours (1999b, apud Lancman e Uchida, 2003), a normalidade é

11 11 uma conquista mediante uma luta feroz entre as exigências do trabalho e a ameaça de desestabilização psíquica e somática (p. 19). (...)o que o autor defende a partir desse momento é que não se deve confundir estado de normalidade com estado saudável. Se, de um lado, a normalidade pode refletir equilíbrio saudável entre as pessoas, pode, de outro, ser um sintoma de um estado patológico, ou seja, o estabelecimento de um precário equilíbrio entre as forças desestabilizadoras dos sujeitos e o esforço destes e dos grupos no sentido de se manterem produtivos e atuantes à custa de muito sofrimento e que se estenderá também em sua vida fora do trabalho. (LANCMAN e UCHIDA, 2003, p. 82). É importante ressaltar que o sofrimento pode levar tanto à paralisação, inviabilizando qualquer atitude no sentido de questionamento da organização do trabalho, quanto à mobilização para a transformação das condições laborais; ele assume um papel fundamental que articula ao mesmo tempo a saúde e a patologia (MENDES, 2007, p. 33). Quando a organização do trabalho oferece liberdade suficiente para tal, ele pode resultar em realização e prazer, nos casos em que serve como fator de motivação para o trabalhador na busca de novas soluções e estratégias para a realização de suas atividades. Existem, contudo, casos em que a organização do trabalho é demasiado restrita ou contraditória, havendo uma tendência para que o sofrimento se torne patogênico e favoreça o aparecimento de descompensações psíquicas e somáticas (SZNELWAR, 2009). Desta forma, o interesse da Psicodinâmica do Trabalho não é eliminar o sofrimento e sim impedir que ele seja transformado em adoecimento. Em relação à organização do trabalho, Dejours e Abdoucheli (1994) a definem a partir de dois elementos: a divisão do trabalho referente à divisão de tarefas, cadências, ao modo operatório prescrito - e divisão dos homens, abrangendo as relações hierárquicas, de poder, bem como as responsabilidades. A organização do trabalho se diferencia, também, entre organização prescrita e real. A organização prescrita diz respeito às regras e normas para realização do trabalho, sendo normalmente estabelecida de forma vertical, desconectada dos desejos e necessidades da maioria dos trabalhadores. Já a organização real se refere às situações reais, concretas, de trabalho, com especificidades que as regras formais não conseguem prever e tampouco padronizar, e cuja solução depende da mobilização da criatividade e da contribuição original de cada trabalhador. Estas contradições levam a uma situação que, se levada ao limite, pode tornar impossível a execução do trabalho, e cuja resolução depende de uma atividade de interpretação das normas, conforme afirma Dejours (2004, p. 63): Depois de numerosas pesquisas de campo, constatou-se que, além da contradição entre a organização do trabalho prescrita e a organização do trabalho real, a organização do

12 12 trabalho em si é completa de contradições. Cada incidente ou acidente leva à elaboração de uma nova prescrição ou uma nova regulamentação. E esta última soma-se ao grande número de regras anteriores. Com o tempo, leis, regulamentações, normas, regras formam um corpo de tamanha complexidade que se tornam, inelutavelmente, de conciliação extremamente difícil. Chega ao limite de tornar impossível a execução do trabalho, caso todo o conjunto de regras e normas venha a ser cumprido. A elaboração do trabalho real implica, assim, o afastamento das prescrições para dar início à atividade de interpretação. Neste ponto cabe fazer uma distinção entre tarefa e atividade. A primeira diz respeito ao que deve ser feito segundo definições precisas e oficiais, enquanto a segunda caracteriza o que é efetivamente realizado. Entre tarefa e atividade haverá, portanto, um necessário ajuste, que conduzirá a uma redefinição dos objetivos inicialmente fixados. Esse reajuste constitui uma parte enigmática do trabalho, e sua resolução fica necessariamente ao encargo do trabalhador, para que a produção possa fluir (LAPIS E MERLO, 2007). Dejours (1993: 2004) afirma que uma parte significativa dos problemas submetidos à análise psicodinâmica das situações de trabalho provém do desconhecimento quanto às dificuldades concretas com as quais os trabalhadores são confrontados devido à imperfeição irredutível da organização do trabalho. A organização do trabalho aparece como compromisso, uma vez que demanda necessariamente a passagem por um trabalho de interpretação, havendo uma multiplicidade de interpretações possíveis e, por conseguinte, conflito entre as diferentes interpretações dos agentes do trabalho. Construir um compromisso passa, assim, por um jogo social, podendo se estabelecer que a organização real do trabalho é um produto das relações sociais (p. 64). Neste sentido, nos casos em a forma de organização do trabalho impossibilita a conciliação entre trabalho prescrito e trabalho real de maneira satisfatória, surgem mecanismos de defesa individuais e coletivos para dar conta da incompatibilidade entre o que os sujeitos desejariam com o trabalho e os constrangimentos impostos por modalidades de organização do trabalho (DEJOURS, 1987). De acordo com Sznelwar (2009): (...) Para sobreviver em situações nas quais as tarefas a serem executadas colocariam em perigo a existência do sujeito, tanto em nível simbólico, como em ocasiões onde há risco de morte, ficou patente que através de comportamentos inusitados para enfrentar o medo, de atitudes desafiadoras, da negação do perigo, haveria, de fato, uma tentativa de defesa, de redução da consciência do risco. Por outro lado, quando a maneira de organizar o trabalho era propícia ao desenvolvimento das profissões, os estudos mostraram que, ao invés de comportamentos inusitados para afrontar o risco, os trabalhadores desenvolviam estratégias de prudência, oriundas do saber-fazer da profissão. A utilização de mecanismos de defesa como forma de lidar com o sofrimento no trabalho

13 13 Para Dejours (1987: 1992), a organização do trabalho exerce sobre o sujeito uma ação que incide diretamente no aparelho psíquico. A fim de se protegerem dos impactos nocivos desta ação, os trabalhadores criam uma série de mecanismos de defesa, os quais favorecem a adequação entre organização do trabalho e estrutura mental do trabalhador. Anna Freud (1978) define os mecanismos de defesa como uma distorção do ego para proteger a personalidade contra determinada ameaça; é uma definição da ordem do singular, mas que será explorada pela psicodinâmica do trabalho também em sua dimensão coletiva. Para a psicodinâmica do trabalho, a mediação do sofrimento gerado no trabalho ocorre através de estratégias de defesa formuladas e adotadas individual e coletivamente. As estratégias defensivas têm um duplo papel: favorecem o equilíbrio psíquico e a adaptação a situações adversas, ao mesmo tempo em que, ao sustentarem uma falsa estabilidade psíquica, podem mascarar o sofrimento e se tornar patológicas (FERREIRA,2009). Dejours e Abdoucheli (1994) definem estratégias defensivas como os mecanismos utilizados pelos trabalhadores para negar ou minimizar a percepção da realidade que faz sofrer. Tais defesas dependem de condições externas e se sustentam no consenso de um grupo específico de trabalhadores. As estratégias defensivas variam de acordo com a organização do trabalho e, por este motivo, nas diferentes categorias profissionais. Segundo Dejours, Abdoucheli e Jayet (1994), muitas vezes o desânimo, o desencorajamento e o desengajamento são defesas utilizadas devido ao fracasso de certas situações de negociação da organização real do trabalho, impedindo o sujeito de transformar- elaborar suas vivências e assim ter condições de propor e conduzir ações adequadas, com vistas a transformar a organização do trabalho (p. 34). De acordo com Mendes (2007, p. 38): Na maior parte das vezes, as estratégias defensivas são construídas em consenso pelo grupo de trabalhadores, existindo um acordo tácito de todos os membros na manutenção da defesa, para que ela não se rompa e quebre o equilíbrio gerado pela própria estratégia. Tendo como alvo principal minimizar a percepção do sofrimento, elas dão ao sujeito um suporte, funcionando como um modo de proteção. Funcionam basicamente como regras do coletivo de trabalho. (...) São específicas das diferentes categorias profissionais, sendo construídas e sustentadas pelos trabalhadores, coletivamente, e utilizadas para lidar com as contradições suscitadas pela precarização do trabalho. Nassif (2005) afirma que, para que haja a adaptação do trabalhador às pressões organizacionais e diminuição de sua percepção das mesmas, é necessário que as estratégias defensivas funcionem como regras, supondo um consenso ou acordo partilhado pelo coletivo de trabalho, de forma que a relação subjetiva com a organização do trabalho seja estabilizada. Segundo Dejours (1993:2004), existem três categorias de defesa: as de proteção, de exploração e de adaptação. As defesas de proteção consistem em uma forma específica de lidar

14 14 com as situações geradoras de sofrimento no trabalho, através da racionalização e da alienação das reais causas do sofrimento. O uso deste tipo de defesa impede a ação no real do trabalho, de modo que a situação adversa permanece inalterada e pode se intensificar, causando a falha da defesa e a vulnerabilidade do trabalhador frente ao adoecimento. Já as defesas de adaptação e de exploração são baseadas na negação do sofrimento e na submissão aos desejos da instituição. Os trabalhadores que adotam estes tipos de defesa tentam atender às demandas da organização do trabalho, condicionando seu modo de pensar e agir às demandas da produção. Mendes (2007) aponta que estes tipos de defesa se esgotam mais rapidamente, pois exigem do trabalhador um investimento físico e psíquico que excede sua capacidade. Diversos estudos conduzidos com o olhar da psicodinâmica do trabalho encontraram resultados que indicam a utilização de defesas que se enquadram em tais categorias (UCHIDA, 1998; VERONESE, 2000; ALMEIDA, 2002; PALÁCIOS, DUARTE E CÂMARA, 2002; MENDES, PAZ E BARROS, 2003; entre outros). As patologias sociais e novas formas de organização do trabalho Do ponto de vista subjetivo, as novas formas de organização do trabalho são marcadas pela contradição dos objetivos, das regras e do controle, revelando uma dominação social muito mais sofisticada e invisível, menos explícita. Ao mesmo tempo, há ameaças das mais variadas: a perda do emprego é uma ameaça individual, mas que afeta o coletivo de trabalho; a avaliação de desempenho é individual, embora os resultados devam ser coletivos; e assim por diante (DEJOURS, 1999: 2006). Segundo Heloani (2003, p. 105), o que se constata é que a qualidade de vida do trabalhador, especialmente dos que vivem no terceiro mundo, vem-se degradando dia após dia. E para dar conta das exigências decorrentes desta nova organização do trabalho, em que ocorre uma banalização da injustiça e do mal, os trabalhadores precisam recompor suas defesas, criando novas formas e subjetivação, de sofrimento e de patologias. Atualmente, as defesas precisam ser muito mais eficazes para dar conta dos efeitos nocivos das relações de poder e do sofrimento ético. Algumas destas defesas são comuns às observadas nos modelos anteriores de organização do trabalho (modelos fordista e toyotista), outras são características da fase atual. As novas formas de defesa são essencialmente ambíguas: se, por um lado, protegem contra o sofrimento, funcionando como uma espécie de anestesia que permite ignorá-lo, por outro, se usadas em demasia, impedem a mobilização necessária para que se faça algo no sentido de modificar a realidade causadora de sofrimento; quando isso acontece, elas acabam reforçando a

15 15 banalização das injustiças no ambiente de trabalho e a aceitação, por parte dos trabalhadores, de práticas contrárias a valores éticos e que infringem sofrimento ao outro. Conforme aponta Mendes (2007, p. 54) A precarização dos empregos, o desemprego e as diversas formas de sofrimento no trabalho passam a ser naturais e justificadas em função das mudanças socioeconômicas, sem se discutir as razões pelas quais essas mudanças ocorreram. O uso exacerbado de defesas pode culminar no esgotamento, abrindo caminho para o adoecimento. Quando se instala o processo de anestesia e atinge o coletivo de trabalho, considera-se que os comportamentos no trabalho passam por uma modificação denominada patologias sociais, e com isso são desencadeadas as patologias do trabalho e o processo de adoecimento. As principais patologias sociais originadas do uso exacerbado de defesas são: a sobrecarga, a servidão voluntária e a violência (MENDES, 2007, p. 55)cm. As patologias sociais da sobrecarga dizem respeito à hipersolicitação acarretada pela organização do trabalho. Esta patologia está articulada ao jogo de dominação social regido pela ideologia da excelência e do desempenho, e ocorre principalmente em casos em que o sentido do trabalho é o ganha pão. Pode ocorrer também em casos em que a centralidade do trabalho, e sua oferta de realização e reconhecimento, leva o trabalhador a não se dar o direito de recusar qualquer oportunidade, aceitando mais demandas do que têm capacidade (física, psicológica e social) de agüentar. Já a servidão voluntária está relacionada à pós modernidade e ao projeto neoliberal, sendo vinculada à necessidade de emprego e conforto na vida. Esta patologia, descrita pormenorizadamente por Dejours em artigo de 2005, pode ocorrer em trabalhadores de classes sociais mais desfavorecidas, e que de repente se sentem como parte da organização, de um grupo. Também pode aparecer em trabalhadores de organizações em que as relações sociais são valorizadas como estratégia para crescer na empresa, em função da cultura do desempenho e não pela solidariedade, instituindo assim a convivência estratégica. Neste tipo de organização, as relações com gestores são pautadas pelo conformismo, e o trabalhador tem de mostrar o tempo todo o quanto ele é adaptado, integrado e eficaz. Segundo Mendes, essa patologia pressupõe submissão consentida e legitimada pela naturalização e banalização do sofrimento, das injustiças e do mal, como modo de garantir a produtividade da organização do trabalho (2007, p. 56). Segundo Mendes (2007), a patologia da violência caracteriza-se por diversas práticas agressivas contra si mesmo, contra os outros e contra o patrimônio. Ela se manifesta quando as relações subjetivas com o trabalho atingem um tal nível de degradação que o trabalho perde o sentido e o sofrimento dele decorrente se propaga para as relações familiares e sociais. Esse sofrimento está relacionado à desestabilização das relações de solidariedade, tendo como base a

16 16 solidão afetiva, o abandono e a desolação relacionados ao trabalho. A patologia da violência é conseqüência das novas formas de dominação social no trabalho, sendo que a solidão provocada pela desestruturação dos coletivos de trabalho leva ao uso de defesas tais como práticas desleais com os colegas, condutas baseadas na filosofia do cada um por si e do tapar os olhos. Uma alternativa ao adoecimento: condições que permitem a ressignificação do sofrimento e sua transformação em prazer O sofrimento, ao indicar uma resistência à precarização do trabalho, pode funcionar como um mobilizador contra a patologia e a favor da saúde. A busca pelo prazer e pela ressignificação do sofrimento é o caminho para a busca da estabilidade sócio-psíquica, e dentre os recursos individuais e coletivos que podem ser mobilizados nesta busca, três ações alimentam o prazer por via direta e indireta: mobilização da inteligência prática, do espaço público da fala e da cooperação. Estas constituem a ressignificação do sofrimento, passando pela dinâmica do reconhecimento e pela intervenção na organização do trabalho, conseguindo transformar o sofrimento em prazer. A inteligência prática ocorre quando a organização do trabalho permite que o trabalhador desenvolva novas formas para a sua atividade, transgredindo o trabalho prescrito e buscando novas formas, mais eficientes, de realizar a tarefa. Ela é mobilizada também em situações imprevistas, sendo uma ação criativa, que mobiliza os recursos intelectuais e depende do conhecimento da tarefa. A inteligência prática só protege do sofrimento quando é reconhecida, o que acontece de duas formas: pelo reconhecimentos dos superiores hierárquicos, chamado de julgamento de utilidade, e pelo reconhecimento dos pares, chamado julgamento de beleza; este reconhecimento ocorre no espaço público da fala, onde a palavra pode ser expressada, e as opiniões podem ser formuladas livremente. A cooperação acontece quando um grupo de trabalhadores se mobiliza em prol de um objetivo comum. Todos colocam suas capacidades a favor de um mesmo fim, atuando com base na solidariedade, reconhecimento e cooperação; há um sentimento de camaradagem, interdependência, e reconhecimento mútuo. A cooperação implica na valorização e reconhecimento da marca pessoal e do esforço de cada um para realizar o trabalho e para participar do coletivo, fortalecendo a identidade psicológica e social. Porém a realidade dos contextos nos quais o trabalho é produzido geralmente não permite este tipo de situação,

17 17 dificultando o processo de reconhecimento e construção positiva da identidade a partir das relações de trabalho. Referências Quando um trabalhador se beneficia do reconhecimento, ele pode tirar vantagens no registro da construção de sua saúde mental. Por outro lado, quando este reconhecimento lhe é negado ou retirado, ele corre o risco de uma desestabilização da identidade e do prazer provocado na relação de si consigo mesmo, no amor de si (narcisismo). A relação com o trabalho pode gerar o melhor, mas também o pior: a crise de identidade e a descompensação psicopatológica. (DEJOURS, 2004). BRANT, Luiz Carlos; GOMEZ, Carlos Minayo. A transformação do sofrimento em adoecimento: do nascimento da clínica à psicodinâmica do trabalho. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.9 n.1. p , Disponível em: Acesso em: 09 de março DEJOURS, Cristophe. A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, DEJOURS, Cristophe. A Loucura do trabalho: Estudo de psicopatologia do trabalho São Paulo: Cortez Oboré, 1987: DEJOURS, Cristophe. Nouvelles formes de servitude et suicide. Revue Travailler 1/2005 (n 13), p DEJOURS, Cristophe. Para uma clínica da mediação entre psicanálise e política: A psicodinâmica do trabalho. In: LANCMAN, Selma e SZNELWAR, Laerte Idal (orgs.) Cristophe Dejours: Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, Brasília: Paralelo 15, DEJOURS, Cristophe, ABDOUCHELI, E. Itinerário teórico em psicopatologia do trabalho, In: DEJOURS, Cristophe, ABDOUCHELI, E., JAYET, C.. Psicodinâmica do trabalho: Contribuições da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho São Paulo: Atlas, DEJOURS, Cristophe. Addendum da Psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. In: LANCMAN, Selma e SZNELWAR, Laerte Idal (orgs.) Cristophe Dejours: Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, Brasília: Paralelo 15, FREUD, Anna, O ego e os mecanismos de defesa Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1987 (Obras Completas, v.21). FERREIRA, João Batista. Perdi um jeito de sorrir que eu tinha : Estudo sobre trabalho, sofrimento e patologias sociais do trabalho. In: Diálogos em Psicodinâmica do Trabalho. HELOANI, Roberto. Práticas organizacionais e sofrimento psíquico: O que a Psicologia do Trabalho tem a ver com isso?. Conferência proferida no Seminário Nacional de Saúde Mental e

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