Amanda Duarte. Luana Freitas. Raiane Moreira. Victória Galter
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- Victorio Fortunato Santarém
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1 Amanda Duarte Luana Freitas Raiane Moreira Victória Galter
2 O TRABALHO ATÍPICO E A PRECARIEDADE COMO ELEMENTO ESTRATÉGICO DETERMINANTE DO CAPITAL NO PARADIGMA PÓS-FORDISTA Nesse último decênio, vem sendo evidenciada a figura do trabalhador precarizado, enquanto marginal e suporte da produção. A indústria vem se transformando, os equipamentos, criados para melhorar a produtividade do trabalho nos processos repetitivos, vêm, na verdade, aumentando ritmos e os encargos dos trabalhadores, sem responder com iguais incrementos de salários reais ou correspondentes reduções das jornadas de trabalho.
3 1. A REESTRUTURAÇÃO DA EMPRESA E DO MODELO PRODUTIVO NA DENOMINADA ERA PÓS-FORDISTA Nos encontramos em um período de transição, o período da produção do consumo maciço de sistemas de produção ao da distribuição flexível. As mudanças de culturas, de esquemas intelectuais e de convicções políticas estão também vinculadas aos processos econômicos-produtivos e seus respectivos desenvolvimentos sociopolíticos e econômicos. Modificam-se, assim, continuamente os padrões de vida a partir das relações de conflito entre capital e trabalho.
4 2. FLEXIBILIZAÇÃO E MAL-ESTAR DO TRABALHO A nova organização capitalista do trabalho é caracterizada cada vez mais pela precariedade, pela flexibilização e desregulamentação, de maneira sem precedentes para os assalariados. É o mal-estar do trabalho, o medo de perder seu próprio posto, de não mais poder ter uma vida social e de viver apenas do trabalho e para o trabalho, com a angústia vinculada à consciência de um avanço tecnológico que não resolve as necessidades sociais. A flexibilização é considerada como uma das alternativas para combater o desemprego. Mas o que é flexibilização?
5 3. A LEGISLAÇÃO ATUAL NA ITÁLIA Nesse contexto, torna-se necessário analisar as recentes leis italianas em matéria de trabalho. Pela lei nº 196, de 24 de junho de 1997, (conhecida como Pacote Treu, a qual estabelece as normas em relação à promoção e à ocupação), foram inseridas as novas formas de contratação, tais como o trabalho temporário (denominado interino),as bolsas de estudo de trabalho, os estágios de aprendizado, que mudaram a característica dos estágios anteriores, o trabalho part time (de meio período), os trabalhos socialmente úteis e a formação profissional.
6 4. A SITUAÇÃO ATUAL DO MERCADO DE TRABALHO: EMPURRANDO PARA A PRECARIEDADE O TRABALHO ATÍPICO No trabalho atípico, são incluídas todas as prestações de serviços, porém de forma diferente da padrão, ou seja, do trabalho efetivo que possui garantias formais e contratuais, por tempo indeterminado e full-time (tempo total. O TRABALHO AUTÔNOMO (No texto se destaca que os Trabalhadores autônomos são qualificados como colaboradores ). Tratase na maioria dos casos ex-trabalhadores efetivos, que foram despedidos, que agora exerce suas atividades de forma precária, sem garantias trabalhistas, e ao trabalho por empreitada. Por trás da ILUSÃO do trabalho autônomo, de auto-empresário, de liberdade econômica e social, existe sempre uma nova de trabalho subordinado, sem normas trabalhistas, sem quaisquer garantias sociais, até pela inexistência de cobertura de seguros (de saúde, acidente, aposentadoria e outras mais).
7 Provoca-se dessa maneira, desemprego generalizado, de forma evidente ou camuflado, precariedade do trabalho, negociações das garantis sociais e das regras elementares do direito, em um território que se transforma em empresa social, porque é lugar de experimentação e declaração das compatibilidades da empresa. Os trabalhadores empreitados são frequentemente, jovens, pelo que informa o Ministério do Trabalho, sendo que 30,7% têm menos de 25 anos e 30,8% têm idade entre 25 e 29 anos. Todas essas novas formas de trabalho não vêm acompanhadas de novos recursos e de novos investimentos produtivos que diminuam os níveis de desemprego, nem de uma nova política de bem-estar que seja capaz de assegurar garantias adequadas aos trabalhadores prestadores de serviços precários e que se encontram em uma situação de extrema dificuldade e de incerteza. O trabalho por empreitada não é difundida apenas entre as grandes empresas, mas também nas de pequenas e média dimensão. De acordo com Vasapollo (2005), sem dúvida, a Itália encontra-se com maior índices de ocupação por trabalhadores temporários, em relação ao outros países da Europa.
8 Tabela 9. e 10. (p.47)
9 5. GOVERNO BERLUSCONI: ESTAMOS CONSTRUINDO UM PAÍS COM NÍVEIS MAIS ALTO DE FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO... E DE PRECARIEDADE E AUSÊNCIA DE DIREITOS Nos últimos anos a ocupação e a estabilidade da relação de trabalho continuam a ser o problema principal da Itália, convertida no país mais flexível da Europa. O que aconteceu foi que essa disciplina rígida foi substituída pela flexibilização da empresa, que se desenvolve de maneira desordenada, eliminando os custos com o trabalho e as garantias trabalhistas. A sociedade atual, está focada na desigualdade social, deve-se garantir mais fortemente a vigência dos seguros sociais mais importantes, como saúde, a aposentadoria, o crédito social garantido etc. O pós-fordismo, ao contrário, está provocando o fracasso do Estado social e dos salários, recriando formas de trabalho servil, semelhantes a época da escravidão e, com frequência, determinadas sob descriminação étnicas. E para o trabalhador atípico os riscos são maiores (acidentes de trabalho, enfermidades), pois, eles não recebem proteção de maneira suficiente.
10 POBREZA TÍPICA... DE TRABALHO ATÍPICO...DE A precariedade é um processo geral, um processo que condiciona a existência de toda a força de trabalho pósfordista. O processo de precarização do trabalho, essa experiência de incerteza comum no trabalho vivo pós- fordista, foi estabelecido por etapas, mudanças, passagens cruciais. Primeiramente, as etapas das intervenções legislativas que vêm provocando, pouco a pouco, o fracasso da edificação de todas as garantias conquistadas pelo trabalhador fordista e vêm introduzindo, de fato, a possibilidade de fazer uso da força de trabalho em um regime de flexibilização
11 Entre os anos de 1995 a 2001, a União Européia mesmo que tenha diminuído o percentual de pessoas com risco de completa de pobreza (passando de 17% para 15%), continua, em todo o modo, com mais de 55 milhões de pessoas ameaçadas. Entre elas, os jovens e os menores estão na categoria de maior risco, porque também muito influi a evasão escolar (na Itália, o índice de evasão escolar é de 29%, contra a média européia de 18,5%)
12 CONCLUSÕES A queda do modelo de democracia nos Estados Unidos. Pela primeira vez a crise do trabalho ameaça, além dos desempregados, os trabalhadores empregados. O modelo produtivo capitalista se caracteriza pelo desaparecimento da estabilidade do trabalho e da segurança econômica. Diferença entre as maneiras fordistas e a pós-fordista de trabalhar: a composição, a forma e a amaneira de organizar a força de trabalho. Enquanto no sistema fordista era necessária uma força de trabalho especializada e acostumada ao trabalho sempre igual, no sistema pós fordista existe uma solicitação de força de trabalho com um alto grau de adaptabilidade às mudanças de ritmo, de função e que esteja em compasso com o mercado.
13 A fragmentação do trabalho modificou a velha concepção da empresa fordista e reduziu a existência do trabalho assalariado, surgem assim as prestações de serviço, com aumento de jornadas atípicas. A diminuição dos postos de trabalho efetivo leva não apenas a uma maior precariedade, mas também à afirmação de atividades que não mais dependem da organização empresarial clássica. O desemprego acompanha a precarização do trabalho, o empresário faz da jornada de trabalho um elemento de exploração salarial, jovens e mulheres são mais atingidos, ampliação da tecnologia reduz os postos de trabalho que significa ampliação da mais-valia, monopolizada pelos lucros financeiros e que não são redistribuídos as fator trabalho.
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