Fluxos migratórios e estrutura da. população. IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016

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2 Fluxos migratórios e estrutura da população IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016

3 O que leva uma pessoa a migrar? Todas as migrações ocorrem livremente? O deslocamento provoca solidão? Vizinhos no novo lugar de residência? Sofrimento com a solidão? E se eu adoecer e não ter o apoio dos parentes e amigos? Porque migrar? O deslocamento leva a uma melhoria de rendimento, condições de moradia, educação, saúde para a família. A LIBERDADE DE ESCOLHA DO LOCAL ONDE VIVER SE CONFUNDE COM A PRÓPRIA LIBERDADE HUMANA.

4 Movimentos populacionais Os deslocamentos são antigos, amplos e complexos. Os motivos são diversos e tem consequências positivas e negativas, e dependem das condições socioeconômicas, culturais e ambientais em que ocorrem. As causas podem ser: religiosas, naturais, político-ideológicas, psicológicas, guerras, entre outras. Ao longo da história predominam fatores econômicos. ÁREAS DE REPULSÃO: crescente desemprego, subemprego, baixos salários; ÁREAS DE ATRAÇÃO: melhores perspectivas de emprego, salário, condições de vida. Ex: países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): EUA, Canadá, Japão, Europa Ocidental e Austrália.

5 Movimentos populacionais São classificados em: voluntários: movimento é livre; forçado: casos de escravidão, perseguição religiosa, étnica ou política; controlado: quando o Estado controla numérica ou ideologicamente a entrada e/ou saída de emigrantes. Estes deslocamentos trazem consequências na dinâmica demográfica (habitantes, cultura) e costumam ser positivas (troca e enriquecimento de diferentes valores postos em contato).

6 Movimentos populacionais Em 2011, cerca de 214 milhões de pessoas residiam fora de seu país de origem; cerca de 3% da população mundial. É o dobro desde Parte deste aumento está ligado ao desmembramento da União Soviética (1991). Este desmembramento em 15 países independentes, provocou um aumento de 27 milhões de imigrantes. 60% dos imigrantes vivem em países desenvolvidos. 40% em desenvolvimento. Europa é a maior receptora (69,8 milhões), seguida da Ásia (61,3 milhões) e Ámerica do Norte (50 milhões) em Os Estados Unidos são o maior receptor (48,2 milhões em 2010).

7 Movimentos populacionais Em alguns casos, os emigrantes promovem um grande aumento de capital em seus países de origem, com a intenção de ajudar suas famílias ou fazer poupança para regressar no futuro. Nos países de onde eles saem, perdem trabalhadores, em muitos casos, qualificados, que poderiam contribuir para o crescimento econômico e melhoria da qualidade de vida. Em 2011, haviam 42,5 milhões de pessoas deslocadas por perseguição, sendo 15,5 refugiadas em seu próprio país. Afeganistão: 2,6 milhões Iraque: 1,4 milhão Somália: 1,0 milhão

8 Estrutura da população Geralmente analisa-se a distribuição por: sexo, número, idade, ocupação, renda, educação e saúde. Outros indicadores quantitativos ou qualitativos sobre organização social, importantes para o planejamento. Exemplos: Número, sexo e faixa etária: obtidos pelo censo demográfico, expressos em gráfico chamado pirâmide etária; Atividades econômicas: primária, secundária e terciária; Distribuição da renda e do consumo e; Crescimento econômico e desenvolvimento social.

9 Estrutura da população: Pirâmide etária É um gráfico; Mostra números absolutos ou relativos; Distribuição por sexo e idade; Pode ser de qualquer área; Permite interpretar taxa de natalidade, expectativa de vida. Forma: triangular ou retangular, ou homogênea. A urbanização e o planejamento familiar, desde 1960, não traduzem mais o desenvolvimento apenas pela pirâmide etária. É preciso saber antes, a história da população recenseada (Ex. da Rússia).

10 Estrutura da população: Atividades econômicas Antes: Atividade primária: agrícola, garimpo, pesca artesanal (rurais); Atividade secundária: indústria, construção civil (urbana); Atividade terciária: comércio, serviços, administração pública (urbana).

11 Estrutura da população: Atividades econômicas Mas, Modernização da produção agrícola, sistemas de transporte, telecomunicações: industrialização e serviços no campo; Agroindústrias: atividades industriais, serviços (muitas vezes realizados em cidades), empregam mais pessoas que as atividades agrícolas ou primárias. No setor industrial: alta tecnologia, elevada robotização, informatização, redução de trabalhadores. Atividades administrativas, jurídicas, publicidade, vendas, alimentação, segurança, limpeza empregam cada vez mais trabalhadores. Deste modo, os empregados da indústria estão, na verdade, prestando serviços.

12 Estrutura da população: Atividades econômicas Desta imbricação de atividades, a distribuição da PEA já não atende a complexidade atual. Por isso, cada vez mais tem-se utilizado outra classificação: Agropecuária; Indústria e; Serviços. Exemplo: Tabela página 132. Neste tipo de tabela, a análise da agropecuária é fundamental e deve ser feita em 1º lugar. Muitas pessoas, baixa produtividade, poucas pessoas, alta produtividade, portanto, indústria moderna. Na indústria, não se sabe se eles produzem aviões ou pamonhas.

13 Estrutura da população: Distribuição de renda Consequências da distribuição da renda: políticas de educação, saúde, habitação, transporte, abastecimento, lazer. Na iniciativa privada, este dado deve refletir o atendimento às demandas do mercado, que deve levar em conta o número, sexo, idade e o poder aquisitivo da população. Distribuição de renda em países em desenvolvimento: grande concentração de renda em pequena parcela da população. Nos países desenvolvidos, ela está mais distribuída. Porque?

14 Estrutura da população: Distribuição de renda Baixos salários; Dificuldade de acesso a propriedade regular e; Sistema tributário (impostos pesam mais para os mais pobres); Inflação (quase sempre não repassada integralmente aos salários). Gráficos página 133 Distribuição de carga tributária nas esferas de governo; Carga tributária no Brasil.

15 Estrutura da população: Distribuição de renda Imposto direto: é cobrado sobre a renda ou propriedade. É o mais justo, pois é progressivo e proporcional. Ex. Imposto de Renda, IPVA, IPTU. Imposto indireto: está incluído no preço da mercadoria e dos serviços que a população usa. São injustos, pois, quando são elevados, é cobrado o mesmo preço para os consumidores, não importando seu rendimento. Ex: A ganha 100 reais e para imposto X no leite. B ganha de reais para o imposto X no leite. Para quem ganha menos, ele pesa mais no bolso. Não há como ser progressivo na renda, e portanto, não distribui renda.

16 Estrutura da população: Distribuição de renda Países em desenvolvimento tem carga de impostos indiretos elevada. Países desenvolvidos tem mais fonte de receita em impostos diretos. Países em desenvolvimento tem serviços públicos precários (mecanismo perverso de reprodução da pobreza). Ex: filhos de trabalhadores de baixa renda dificilmente tem acesso a sistemas eficientes de educação, constituindo mão de obra sem qualificação, e como consequência, são mal remunerados, dificultando o rompimento deste círculo vicioso.

17 Estrutura da população: Distribuição de renda Com a globalização, a situação dos trabalhadores assalariados nos países desenvolvidos tem se deteriorado, pois as vagas são transferidas para países em desenvolvimento, onde salários são baixos e a legislação trabalhista é mais permissiva. Nesses países, os trabalhadores tem menor participação na renda nacional e podem ser demitidos sem muitos encargos. Assim, a busca por maiores lucros atinge a escala mundial e não apenas nacional, o que tem diminuindo a oferta e os salários pagos em países desenvolvidos. Além disso, há o desemprego estrutural.

18 Estrutura da população: Crescimento econômico e desenvolvimento social Grande crescimento do PIB mundial. De onde e porque?: variável Crescimento da população mundial: constante O aumento da renda mundial pouco beneficia os habitantes mais pobres do planeta e também não é igual na população dos mais ricos. Há um entendimento desde a Rio 1992, e fortalecido pela ONU que as questões ambientais, os problemas sociais, a dinâmica demográfica e o desenvolvimento devem ser analisados conjuntamente, pois são interdependentes.