População: Características e crescimento da população mundial

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1 População: Características e crescimento da população mundial IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016

2 7 bilhões de pessoas no planeta em 2012; Distribuição desigual entre países e regiões; Mapa de densidade demográfica no mundo. Página 110. Densidade demográfica: número de habitantes por quilômetro quadrado. A dinâmica demográfica da população também é muito desigual;

3 Características da população mundial A população mundial Número absoluto e relativo de pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia. Página 111. Esperança de vida ao nascer População, povo e etnia Línguas mais faladas no mundo. Página 112. Religiões. Página 113. Taxa de analfabetismo funcional por classe de rendimento mensal familiar per capita (em %) Página 115.

4 Crescimento populacional ou demográfico Crescimento em 1970: 2,1%, já em 2012: 1,1% ao ano. Número de mulheres que utilizam algum método anticoncepcional aumentou de 10% para 63% neste período. Número médio de filhos por mulher (taxa de fecundidade) caiu de 6 para 2. Neste ritmo, a população sairá de 7 bilhões em 2012 para 9 bilhões em O ritmo ainda continua elevado.

5 Crescimento populacional ou demográfico Países em desenvolvimento abrigavam 5,7 bilhões de pessoas em 2011 e em 2050 deverão ter 7,9 bilhões. Países desenvolvidos tinham população de 1,24 bilhão e serão 1,28 bilhão de pessoas (caso não tenha migração para estes países, haveria redução para 1,15 bilhão). Mapa do crescimento populacional em Página 117. Os dez países mais populosos Página 118.

6 Crescimento populacional ou demográfico Em 1950, a população mundial era de 2,5 bilhões e saltou para 7 bilhões em Neste período, a proporção dos que vivem em países pobres aumentou de 68% para mais de 80%. China e Índia, com 1,3 e 1,2 bilhão de habitantes em 2011, reúnem 36% da população mundial. A população da pessoas em países ricos diminuirá de 17% em 2012 para 14% em 2050, devido ao crescimento vegetativo. Já a África, passou de 9% em 1950 e deverá ser de 21% em Gráfico da estimativa do crescimento da população mundial. Página 118.

7 Crescimento populacional ou demográfico O crescimento demográfico de qualquer espaço resulta do: Crescimento natural (ou crescimento vegetativo): corresponde a diferença entre nascimentos (taxa de natalidade) e óbitos (mortalidade) para uma população. Da taxa de migração: é a diferença entre a entrada (imigração) e a saída (emigração) de pessoas da área considerada. O crescimento populacional poderá ser positivo ou negativo. A importância do crescimento populacional está relacionada ao equilíbrio entre a organização da sociedade, a dinâmica demográfica e a exploração dos recursos naturais.

8 Teoria de Malthus 1798, livro Ensaio sobre a população. A teoria se baseava em 2 pressupostos: Se não ocorressem guerras, epidemias, desastres naturais e outros, a população tenderia a duplicar a cada 25 anos. Cresceria em progressão geométrica, aumentando sem parar. O crescimento da produção de alimentos ocorreria em progressão aritmética e teria um limite de produção, por depender de fatores fixos (área plantável) 2, 4, 8, 16, 32 versus 2, 4, 6, 8, 10

9 Teoria de Malthus A consequência seria a fome no planeta. Então foi proposto que as pessoas só tivessem filhos se possuíssem terras cultiváveis para poder alimentá-los. Suas previsões não se concretizaram. Ritmo de crescimento e produção de alimentos. Problemas da teoria: limitação tecnológica da época, dados de população rural que foram extrapolados para o mundo, não previu urbanização, progresso tecnológico. Mas desde esse período, surgiu e se firmou a ocorrência de fome no mundo ao crescimento populacional. A fome e a subnutrição são resultado da má distribuição de renda, que impede o acesso a produtos em quantidade e qualidade que atendam as necessidades de uma alimentação balanceada.

10 Teoria de Malthus A consequência seria a fome no planeta. Então foi proposto que as pessoas só tivessem filhos se possuíssem terras cultiváveis para poder alimentá-los. Suas previsões não se concretizaram. Ritmo de crescimento e produção de alimentos. Problemas da teoria: limitação tecnológica da época, dados de população rural que foram extrapolados para o mundo, não previu urbanização, progresso tecnológico. Mas desde esse período, surgiu e se firmou a ocorrência de fome no mundo ao crescimento populacional. A fome e a subnutrição são resultado da má distribuição de renda, que impede o acesso a produtos em quantidade e qualidade que atendam as necessidades de uma alimentação balanceada.

11 Teoria Neomalthusiana Contexto histórico: Conferência de São Francisco, em 1945 (EUA), para discutir estratégias de desenvolvimento para evitar um novo conflito militar de escala mundial; Consenso: a paz depende da harmonia entre os povos, diminuição da desigualdade econômica no planeta. Assim, como enfrentar a miséria nos países pobres (subdesenvolvidos na época)?

12 Teoria Neomalthusiana Contexto histórico: A justificativa destes países se baseou na exploração realizada em seus territórios e nas desigualdades das relações comerciais durante o colonialismo e o imperialismo. Então, propuseram reformas planetárias nas relações econômicas (reduzir vantagens comerciais, ou seja, fluxo de capitais, evasão de divisas dos países subdesenvolvidos em direção aos países desenvolvidos). Assim esta teoria buscava explicar a ocorrência da fome e do atraso de muitos países. Ela era defendida principalmente por setores dos países desenvolvidos, dos que procuravam desviar-se das questões socioeconômicas principais.

13 Teoria Neomalthusiana Teoria: uma numerosa população jovem, resultado de elevada taxa de natalidade (ocorre em países pobres), necessitaria de GRANDES investimentos SOCIAIS (educação, saúde). Assim, teria menos recursos para investir em infraestrutura, setores agrícola, industrial, IMPEDINDO, o pleno desenvolvimento das atividades econômicas, e consequentemente, da melhoria das condições de vida da população. Quanto maior o número de habitantes de um país, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser utilizado pelos agentes econômicos.

14 Teoria Neomalthusiana Esta teoria chega a mesma conclusão da teoria de Malthus: o crescimento populacional é responsável pela ocorrência da pobreza. Os seguidores desta corrente, passaram então a propor programas de controle de natalidade nos países em desenvolvimento, mediante a disseminação de métodos anticoncepcionais. Tentou-se então, resolver um problema socioeconômico (baixos salários, péssimas condições de vida, educação, saúde) com programas de controle de natalidade. Estes argumentos de desperdício de dinheiro em ações sociais, como a educação, não condizem com os exemplos da Alemanha (primeiro sistema de ensino, século XIX), Japão (rápida recuperação no pós 2º Guerra), Coreia do Sul (país desenvolvido).

15 Teoria reformista Na mesma conferência de São Francisco, em 1945, os países subdesenvolvidos elaboraram esta teoria, que é contrária a todas as anteriores. Ela é a mais abrangente entre as três, analisando problemas econômicos, sociais e demográficos de modo integrado.

16 Teoria reformista Uma grande população de jovens, gerada por altas taxas de natalidade, NÃO É CAUSA, MAS É CONSEQUÊNCIA, do subdesenvolvimento. Nos países desenvolvidos, com grande desenvolvimento humano, o controle de natalidade ocorreu muito simultâneo a melhoria da qualidade de vida, além de terem sido adotados espontaneamente a cada geração, à medida que foram se alterando os modos de vida, projetos pessoais dos membros das famílias, que tiveram menos filhos no século XX.

17 Teoria reformista Nos países subdesenvolvidos, esta população jovem numerosa é um problema ao desenvolvimento das atividades econômicas nos países subdesenvolvidos porque não houve investimentos sociais, principalmente em educação e saúde. Mais pessoas com acesso a educação e com renda em alta significa um maior mercado consumidor, estimulando o desenvolvimento econômico (motor do crescimento econômico chinês desde 1980).

18 Teoria reformista A falta de investimentos em educação gera um grande número de mão de obra sem qualificação, que continuamente entra no mercado de trabalho, junto com outros que não conseguem vaga e sobrevivem no subemprego. Esta realidade tende a rebaixar o nível médio de produtividade por trabalhador, consequentemente os salários dos que estão empregados e empobrecer enormes parcelas da população. Por isso, é preciso enfrentar primeiro questões sociais e econômicas para equilibrar a dinâmica demográfica. Haveria então um controle espontâneo da natalidade. As famílias dos países em desenvolvimento não tem consciência das determinações econômicas e sociais às quais está submetida. Gráfico de número médio de filhos, por região. Página 121.

19 Índices de crescimento populacional Taxa média de fecundidade para reposição: 2,1 para a ONU. Sem decréscimo, e por mulher. Tabela da Taxa de crescimento populacional. Página 122. Nos países onde este valor não é obtido, ou se incentiva a imigração ou se incentiva a natalidade, ou sua população vai diminuir. Caso a projeção da tabela se mantenha, entre 2010 a 2050 a população de 31 países pobres vai duplicar ou ainda mais; enquanto que 45 países desenvolvidos ou emergentes a população vai decrescer no mesmo período.

20 Índices de crescimento populacional Em escala mundial, se verifica uma queda da natalidade e da mortalidade, estando relacionada ao êxodo rural e suas consequências na dinâmica demográfica em uma população urbana. Maior custo para criar os filhos (na cidade com alimentos, ingresso tardio no mercado de trabalho, preço elevado da moradia, necessidades de consumo vestes, lazer, medicamento, transporte, energia, saneamento, comunicação) Acesso a anticoncepcionais (mais informação e acesso às farmácias, hospitais, postos de saúde, e métodos contraceptivos)

21 Índices de crescimento populacional Em escala mundial, se verifica uma queda da natalidade e da mortalidade, estando relacionada ao êxodo rural e suas consequências na dinâmica demográfica em uma população urbana. Trabalho feminino extradomiciliar (no urbano, aumenta o percentual de mulheres que trabalham fora e desenvolvem carreira profissional, o que é contrário a sucessivas gestações) Aborto (apesar de ser ilegal na maior parte dos países, e assim seus índices são desconhecidos, sabe-se que a urbanização elevou muito a sua ocorrência, contribuindo para a queda de natalidade.

22 Índices de crescimento populacional Em escala mundial, se verifica uma queda da natalidade e da mortalidade, estando relacionada ao êxodo rural e suas consequências na dinâmica demográfica em uma população urbana. Acesso a assistência médica, saneamento básico e programas de vacinação (expectativa de vida na cidade é maior do que no campo, caindo as taxas de mortalidade) Aspectos subjetivos (opções pessoais de vida)

23 Índices de crescimento populacional A partir da 2º Guerra, os avanços na ciência médica (antibióticos e vacinas), aliados a urbanização, causaram uma enorme queda nas taxas de mortalidade, mesmo em países pobres. Até a década de 1970, houve um crescimento vegetativo em todo o planeta. Depois, as taxas de mortalidade, exceto condições excepcionais, estabilizou-se em níveis médios de 0,6% nos países desenvolvidos e com pequenas quedas nos países em desenvolvimento.