O TEOREMA DE JORDAN E A DESIGUALDADE ISOPERIMÉTRICA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O TEOREMA DE JORDAN E A DESIGUALDADE ISOPERIMÉTRICA"

Transcrição

1 O TEOREMA DE JORDAN E A DESIGUALDADE ISOPERIMÉTRICA Victor Luiz Martins de Sousa 1 /Barbara Corominas Valério (orientadora) Universidade de São Paulo/Instituto de Matemática e Estatística victor.luiz.sousa@usp.br Resumo Abordaremos neste artigo um dos resultados clássicos da geometria diferencial, o Teorema de Jordan, que nos diz que uma curva contínua fechada e simples em ² divide o plano em duas regiões, não vazias e conexas. Apesar de intuitivo, tal resultado possui uma demonstração complexa a qual não faremos. Iremos enunciar também outra versão do teorema onde hipóteses adicionais facilitam sua demonstração. Outro resultado que iremos apresentar é a Desigualdade Isoperimétrica para curvas fechadas no plano, que é um problema de otimização de áreas dado um perímetro fixo à curva, finalizando com aplicações deste resultado. Palavras Chaves: curvas planas, Teorema de Jordan, Desigualdade Isoperimétrica. Abstract We shall approach in this article one of the classical results of differential geometry, Jordan's Theorem, which tell us that a closed and simple continuous curve on ² divide the plane in two non-empty and connected regions. Although intuitive, such result possess a complex demonstration which we will not make. We will also present another version of the theorem where addicional hypothesis shal make it's demonstration easier. Another result we shall present is the Isoperimetric Inequality for closed curves on the plane, which is an optimization problem of areas given a fixed perimeter to the curve, finishing with this result's applications. Key-words: plane curves, Jordan's Theorem, Isoperimetric Inequality. 1 Bolsista pela RUSP-INSTITUCIONAL

2 Introdução Em matemática alguns teoremas são de grande credibilidade antes mesmo de se verificar a demonstração, estes são os resultados intuitivos. Entretanto nem todos os resultados intuitivos são de fácil comprovação e um clássico exemplo que ilustra este fato é o Teorema de Jordan, um resultado que é muito usado em análise complexa. Apresentado pela primeira vez por Camille Jordan, um matemático francês do século XIX, o teorema teve sua primeira demonstração correta feita em 1905 por Oswald Veblen. A Desigualdade Isoperimétrica é um resultado que possui várias versões, demonstrações e aplicações. Trata-se de estimar a área delimitada por uma curva plana fechada de Jordan e com o comprimento fixo, o resultado nos diz que tal área será sempre menor ou igual à de um círculo de mesmo perímetro. Outra versão da Desigualdade Isoperimétrica diz respeito a polígonos, que diz que dentre todos os polígonos de n lados e perímetro fixo aquele que possui maior área é o polígono regular. Iremos trabalhar com a versão para curvas planas. Objetivos O objetivo deste artigo é expor dois resultados clássicos da teoria das curvas planas de forma a complementar os estudos deste tema, e apresentar algumas aplicações destes teoremas a fim de justificar sua importância na geometria diferencial. Materiais e Métodos As informações, resultados e embasamento teórico utilizados na elaboração deste artigo foram obtidos por pesquisa bibliográfica. Foi realizada a leitura de livros de geometria diferencial, com destaque para [1], e em artigos publicados sobre o tema em questão. Resultados Para enunciar o Teorema de Jordan, devemos antes definir curva simples, curva fechada e conjunto conexo: Definição 1: Um subconjunto A de ² é conexo por caminhos se " p 1, p 2 œ A existe uma curva contínua contida em A com extremidades em p 1 e p 2. Definição 2: Uma curva parametrizada a: [a, b] ² é fechada se a(a) = a(b). Definição 3: Uma curva parametrizada a: I ² é simples se " i, j œ I, i j temos a(i) a(j). Definição 4: Uma curva parametrizada a: [a, b] ² é fechada e simples quando " i, j œ [a, b), i j temos a(i) a(j) e a(a) = a(b). Uma curva deste tipo é chamada curva de Jordan. Figura 1: Exemplo de curva não simples (a), não simples e fechada (b) e simples e fechada (c)

3 A seguir apenas enunciamos o Teorema de Jordan, ver [1] com uma ideia do caminho para sua demonstração. Uma demonstração completa pode ser encontrada em [3], [6] ou [8]. Teorema 1: (Teorema de Jordan): Seja a: [a, b] ² uma curva contínua e de Jordan. Então, o complementar do traço de a é a união de dois conjuntos conexos por caminhos, não-vazios e com a fronteira de cada um igual ao traço de a. Uma das abordagens mais clássicas para a demonstração do teorema é prová-lo inicialmente para polígonos e usar o fato que toda Curva de Jordan pode ser aproximada por polígonos para então estender o resultado para curvas de Jordan usando limites. Um dos caminhos usados é provando, a partir dos lemas anteriores, que para qualquer componente conexa G do complementar do traço de a, tem-se que a fronteira de G é o traço de a. Depois se prova que o complementar do traço de a tem ao menos duas componentes conexas e então que possui ao máximo duas. Muitos conceitos de topologia são necessários para provar os resultados intermediários do teorema, como simplexos, complexos, conexos, homeomorfismos entre polígonos e suas particularidades. Não é difícil verificar que o complementar do traço de a definido como no teorema anterior é composto de uma componente limitada e outra ilimitada. De fato, pelo teorema 1, o complementar do traço de a é composto por duas componentes conexas por caminhos. Suponha que ambas componentes, que podemos denominar W 1 e W 2, sejam ilimitadas. Então, para todo raio r > 0 existem pontos p 1 œ W 1, p 2 œ W 2 que não pertencem a bola de raio r. Como os pontos p 1 e p 2 estão em componentes distintas do complementar de a, toda curva contínua que os ligue intercepta a curva a. Assim existem pontos do traço de a que estão fora da bola de raio r, para qualquer r > 0. Assim, a é ilimitado, o que é uma contradição. Agora, se ambas componentes forem limitadas, temos que W 1» W 2» a é limitado, mas W 1» W 2» a = ². Assim ² é limitado, chegando assim a outra contradição. Temos que o complementar de a é formado por uma componente limitada e outra ilimitada. Dizemos que a componente limitada do complementar de a é o interior de a, e à componente ilimitada damos o nome de exterior de a. Definição 5: Uma curva parametrizada a: I ² é regular em t 0 œ I, se a (t 0 ) (0, 0). A curva a é regular em I, se for regular em todo t œ I. Definição 6: Seja a: [a, b] ² uma curva de Jordan, regular e de classe C². Dizemos que a está positivamente orientada, se seu campo normal aponta para a região limitada de ² determinada pelo traço de a. Uma versão do Teorema de Jordan menos geral, porém mais fácil de demonstrar é supondo que a curva a é regular e de classe C 2. O teorema com tais hipóteses adicionais é chamado de Teorema de Jordan Regular. A ideia para a demonstração do Teorema de Jordan Regular é que, uma vez admitindo a curva regular e de classe C², é possível a construção de uma vizinhança tubular de maneira uniforme ao longo da curva a a partir do campo normal diferenciável, separando assim seu complementar em duas componentes conexas por caminhos. Essa abordagem para a demonstração não é possível na versão original do problema por não garantirmos a existência do campo normal diferenciável. Figura 2: Curva a regular e de classe C² e sua vizinhança tubular.

4 A reciproca do Teorema de Jordan é falsa, ou seja, se A Õ ² é um conjunto compacto, tal que ² \ A possua exatamente duas componentes conexas e cuja fronteira de cada uma delas seja A, não podemos garantir que A é uma curva de Jordan. Podemos exemplificar com o conjunto A = A 1» A 2» A 3» A 4, onde: A 1 = {(x, y) œ ² y = sen(p/x), 0 < x 1} A 2 = {(x, y) œ ² x = 0, -2 y 1} A 3 = {(x, y) œ ² y = -2, 0 x 1} A 4 = {(x, y) œ ² x = 1, -2 y 0} Temos que o conjunto A é traço de uma curva contínua, seu complementar em ² possui duas componentes conexas, mas A não é uma curva de Jordan. De fato: Temos um resultado provado por Hahn e Mazurkiewicz que diz Um conjunto B ² é o traço de uma curva contínua definida em um intervalo fechado, se e somente se B é fechado, limitado, conexo e localmente conexo em ². Como nosso conjunto A não é localmente conexo, então não é traço de uma curva contínua definida num intervalo fechado, e pela definição 4 uma curva de Jordan deve estar definida em um intervalo fechado, logo A não é traço de uma curva de Jordan. Figura 3: Gráfico do conjunto A Podemos estimar a área da região limitada pelo gráfico de uma curva contínua e de Jordan, essa é a ideia do Teorema da Desigualdade Isoperimétrica para curvas planas que enunciaremos a seguir e cuja demonstração pode ser encontrada em [1]. Teorema 2: Se L é o comprimento de uma curva a regular e de Jordan e A é a área da região que o traço de a delimita, então: L² - 4 pa 0 (1) Além disso, a igualdade em (1) ocorre, se e somente se o traço de a é um círculo. A seguir mostramos alguns resultados que são consequência dos teoremas 1 e 2: Proposição 1: São dadas uma reta r no plano e uma corda flexível C de comprimento L. Pousando C no plano de forma a que suas extremidades estejam sobre r, obtemos uma figura limitada por r e por C e cuja área depende da forma que dermos à corda. A figura de área máxima entre todas as assim obtidas é um semicírculo com base em r. Prova: Suponha que a figura obtida de área máxima não seja um semicírculo, assim espelhando em r essa figura obtemos uma curva fechada de área máxima que não é um círculo, isso contradiz a Desigualdade Isoperimétrica. Ñ

5 Figura 4: Implicação em área máxima diferente de um círculo Proposição 2: A curva de Hilbert (exemplo de Moore 1 ) não é simples. Prova: Por construção o traço da curva de Moore é uma região quadrada fechada e contínua, cujo complementar é o conjunto ² - [0, 1]ä[0, 1] que possui apenas uma componente conexa. Assim, se a curva de Moore fosse simples ela seria uma curva de Jordan, contínua que contraria o Teorema de Jordan. Conclusões A geometria diferencial, em particular a teoria de curvas planas, é uma maneira de formalizar a nossa intuição de geométrica, a fim de tornar precisos resultados que sempre acreditamos, mas com as ferramentas da geometria euclidiana clássica não somos capazes de provar. Muitas áreas da matemática, inclusive as em ascensão, usam a geometria diferencial e seus resultados, e por isso, estudos sobre estes temas são tão importantes. Ñ Referências Bibliográficas [1] ALENCAR, Hilário; SANTOS, Walcy. Geometria das Curvas Planas Universidade Federal de Goiás, [2] ARAUJO, Jogli G. da S. A Desigualdade Isoperimétrica f. Monografia (Bacharelado em Matemática) Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, [3] ASPERTI, A. C; MERCURI, F. Topologia e Geometria das Curvas Planas 13º Colóquio Brasileiro de Matemática, IMPA, [4] CARMO, Manfredo P. Differential Geometry of Curves and Surfaces Sociedade Brasileira de Matemática, [5] MOREIRA, Carlos G. T. de A; SALDANHA, Nicolau C. A Desigualdade Isoperimétrica Matemática Universitária número 15, [6] SANTOS, Laís A. dos. O Teorema da Curva de Jordan; Trabalho de conclusão de curso UFSCAR, Disponível em < acessado em [7] TENENBLAT, Keti. Introdução à Geometria Diferencial. 2ª ed. Brasília: Universidade de São Paulo, [8] TVERBERG, H. - A proof of the Jordan Curve Theorem. Bull. London Math Soc, , Ver definição em [1]

CURVAS REGULARES E EQUAÇÕES DE FRENET. Thiago Mariano Viana ¹, Dr. Fernando Pereira Souza ²

CURVAS REGULARES E EQUAÇÕES DE FRENET. Thiago Mariano Viana ¹, Dr. Fernando Pereira Souza ² 1 CURVAS REGULARES E EQUAÇÕES DE FRENET Thiago Mariano Viana ¹, Dr. Fernando Pereira Souza ² ¹ Aluno do curso de Matemática CPTL/UFMS, bolsista do grupo PET Matemática CPTL/UFMS; ² Professor do curso de

Leia mais

APLICAÇÕES DAS FÓRMULAS DE FRENET EM CURVAS PLANAS E ESFÉRICAS

APLICAÇÕES DAS FÓRMULAS DE FRENET EM CURVAS PLANAS E ESFÉRICAS APLICAÇÕES DAS FÓRMULAS DE FRENET EM CURVAS PLANAS E ESFÉRICAS Adailson Ribeiro da Silva; Carlos Rhamon Batista Morais; Alecio Soares Silva; José Elias da Silva Universidade Estadual da Paraíba; adailsonribeiro1@gmail.com;

Leia mais

Variedades Riemannianas Bidimensionais Carlos Eduardo Rosado de Barros, Romildo da Silva Pina Instituto de Matemática e Estatística, Universidade

Variedades Riemannianas Bidimensionais Carlos Eduardo Rosado de Barros, Romildo da Silva Pina Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Variedades Riemannianas Bidimensionais Carlos Eduardo Rosado de Barros, Romildo da Silva Pina Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Federal de Goiás, Campus II- Caixa Postal 131, CEP 74001-970

Leia mais

Cap. 5 Estabilidade de Lyapunov

Cap. 5 Estabilidade de Lyapunov Cap. 5 Estabilidade de Lyapunov 1 Motivação Considere as equações diferenciais que modelam o oscilador harmônico sem amortecimento e sem força aplicada, dada por: M z + Kz = 0 Escolhendo-se x 1 = z e x

Leia mais

O TEOREMA DE ARZELÁ ASCOLI. Osmar Rogério Reis Severiano¹, Fernando Pereira de Souza².

O TEOREMA DE ARZELÁ ASCOLI. Osmar Rogério Reis Severiano¹, Fernando Pereira de Souza². Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 51 O TEOREMA DE ARZELÁ ASCOLI Osmar Rogério Reis Severiano¹, Fernando Pereira de Souza² ¹Acadêmico do Curso de matemática

Leia mais

VARIEDADES COMPACTAS COM CURVATURA POSITIVA

VARIEDADES COMPACTAS COM CURVATURA POSITIVA VARIEDADES COMPACTAS COM CURVATURA POSITIVA Janaína da Silva Arruda 1, Rafael Jorge Pontes Diógenes 2 Resumo: O presente trabalho descreve o estudo das superfícies compactas com curvatura positiva. Um

Leia mais

T e o r e m a d e N a s h

T e o r e m a d e N a s h T e o r e m a d e N a s h Primeiro Seminário de Teoria dos Jogos Maio de 2007 Fabrício Murai S u m á r i o Objetivos Notação e definições Enunciado do Teorema Teoremas do Ponto Fixo Demostração do Teorema

Leia mais

Fabio Augusto Camargo

Fabio Augusto Camargo Universidade Federal de São Carlos Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia Departamento de Matemática Introdução à Topologia Autor: Fabio Augusto Camargo Orientador: Prof. Dr. Márcio de Jesus Soares

Leia mais

1 Limites e Conjuntos Abertos

1 Limites e Conjuntos Abertos 1 Limites e Conjuntos Abertos 1.1 Sequências de números reais Definição. Uma sequência de números reais é uma associação de um número real a cada número natural. Exemplos: 1. {1,2,3,4,...} 2. {1,1/2,1/3,1/4,...}

Leia mais

Introdução à Linguagem da Topologia

Introdução à Linguagem da Topologia Introdução à Linguagem da Topologia Corpos Define-se corpo por um conjunto K, munido de duas operações básicas chamadas de adição e multiplicação. São os axiomas do corpo: Axiomas da Adição Associatividade:

Leia mais

No. Try not. Do... or do not. There is no try. - Master Yoda, The Empire Strikes Back (1980)

No. Try not. Do... or do not. There is no try. - Master Yoda, The Empire Strikes Back (1980) Cálculo Infinitesimal I V01.2016 - Marco Cabral Graduação em Matemática Aplicada - UFRJ Monitor: Lucas Porto de Almeida Lista A - Introdução à matemática No. Try not. Do... or do not. There is no try.

Leia mais

MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos

MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos Prof. Edson de Faria 30 de Março de 2014 Observação: O objetivo desta lista é motivar uma revisão dos conceitos e fatos básicos sobre

Leia mais

2 Conceitos básicos de topologia

2 Conceitos básicos de topologia 2 Conceitos básicos de topologia Neste Capítulo são introduzidos alguns conceitos básicos de topologia combinatória e da Teoria das Alças que formam a base teórica do presente trabalho. 2.1 Topologia combinatória

Leia mais

ANTÔNIO LUIZ PEREIRA E SEVERINO TOSCANO MELO

ANTÔNIO LUIZ PEREIRA E SEVERINO TOSCANO MELO CONTANDO ÁREAS (O TEOREMA DE PICK) Introdução Consideremos um polígono P no plano cartesiano. Se os vértices de P têm todos coordenadas inteiras, então a Fórmula de Pick para sua área é (1) A = i+ f 1,

Leia mais

Bases Matemáticas. Relembrando: representação geométrica para os reais 2. Aula 8 Números Reais: módulo ou valor absoluto, raízes, intervalos

Bases Matemáticas. Relembrando: representação geométrica para os reais 2. Aula 8 Números Reais: módulo ou valor absoluto, raízes, intervalos 1 Bases Matemáticas Aula 8 Números Reais: módulo ou valor absoluto, raízes, intervalos Rodrigo Hausen 10 de outubro de 2012 v. 2012-10-15 1/34 Relembrando: representação geométrica para os reais 2 Uma

Leia mais

GEOMETRIAS NÃO- EUCLIDIANAS E SUAS MÉTRICAS

GEOMETRIAS NÃO- EUCLIDIANAS E SUAS MÉTRICAS GEOMETRIAS NÃO- EUCLIDIANAS E SUAS MÉTRICAS Fernando da Costa Gomes (bolsista do PIBIC/UFPI), Newton Luís Santos (Orientador, Depto. de Matemática UFPI) RESUMO Neste trabalho, exibimos os modelos clássicos,

Leia mais

Volume e Área de Superfície, Parte II

Volume e Área de Superfície, Parte II AULA 15 15.1 Introdução Nesta última aula, que é uma sequência obteremos o volume da esfera utilizando o Princípio de Cavalieri, e trataremos de idéias de área de superfície. Finalmente abordaremos o contéudo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA. Medida e Probabilidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA. Medida e Probabilidade UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA Medida e Probabilidade Aluno: Daniel Cassimiro Carneiro da Cunha Professor: Andre Toom 1 Resumo Este trabalho contem um resumo dos principais

Leia mais

Séries de Laurent e Teoremas de Cauchy

Séries de Laurent e Teoremas de Cauchy Séries de Laurent e Teoremas de Cauchy Roberto Imbuzeiro Oliveira 3 de Abril de 20 A maior parte destas notas tem como refererência o livro de David Ullrich, Complex Made Simple. Preliminares sobre séries

Leia mais

Um pouco de história. Ariane Piovezan Entringer. Geometria Euclidiana Plana - Introdução

Um pouco de história. Ariane Piovezan Entringer. Geometria Euclidiana Plana - Introdução Geometria Euclidiana Plana - Um pouco de história Prof a. Introdução Daremos início ao estudo axiomático da geometria estudada no ensino fundamental e médio, a Geometria Euclidiana Plana. Faremos uso do

Leia mais

Teorema de Green Curvas Simples Fechadas e Integral de

Teorema de Green Curvas Simples Fechadas e Integral de Cálculo III Departamento de Matemática - ICEx - UFMG Marcelo Terra Cunha Teorema de Green Agora chegamos a mais um teorema da família do Teorema Fundamental do Cálculo, mas dessa vez envolvendo integral

Leia mais

Hiperplano e n-esfera: Posições Relativas

Hiperplano e n-esfera: Posições Relativas Hiperplano e n-esfera: Posições Relativas Joselito de Oliveira, Wender Ferreira Lamounie Departamento de Matemática Universidade Federal de Roraima (UFRR) Boa Vista RR Brazil Escola de Aplicação Universidade

Leia mais

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003 Provas de 2006 - Análise Real - Noturno - 3MAT003 Matemática - Prof. Ulysses Sodré - Londrina-PR - provas2006.tex 1. Definir a operação ϕ entre os conjuntos A e B por ϕ(a, B) = (A B) (A B). (a) Demonstrar

Leia mais

QUESTÕES ABERTAS ESPECÍFICAS PARA OS FORMANDOS DE BACHARELADO. b) cos (α + β) = cos (α) cos (β) sen (α) sen (β) e (valor: 10,0 pontos)

QUESTÕES ABERTAS ESPECÍFICAS PARA OS FORMANDOS DE BACHARELADO. b) cos (α + β) = cos (α) cos (β) sen (α) sen (β) e (valor: 10,0 pontos) Questão nº QUESTÕES ABERTAS ESPECÍFICAS PARA OS FORMANDOS DE BACHARELADO i( + β) e = cos( + β) + isen( + β ) () i iβ e. e = (cos + isen ). (cos β + isen β) = =coscos β +i sensen β +isencos β +icossen β

Leia mais

Aula trinta e dois: Teorema da função inversa

Aula trinta e dois: Teorema da função inversa Aula trinta e dois: Teorema da função inversa Definição 0.1. Seja Ω aberto de R n, uma função f : Ω R n R q diz-se C 1 (Ω) quando todas as derivadas parciais de f existem contínuas em Ω. Temos visto que,

Leia mais

Professor: Computação Gráfica I. Anselmo Montenegro Conteúdo: - Objetos gráficos planares. Instituto de Computação - UFF

Professor: Computação Gráfica I. Anselmo Montenegro  Conteúdo: - Objetos gráficos planares. Instituto de Computação - UFF Computação Gráfica I Professor: Anselmo Montenegro www.ic.uff.br/~anselmo Conteúdo: - Objetos gráficos planares 1 Objetos gráficos: conceitos O conceito de objeto gráfico é fundamental para a Computação

Leia mais

AULA Paralelismo e perpendicu- 11 larismo

AULA Paralelismo e perpendicu- 11 larismo AULA Paralelismo e perpendicu- 11 larismo 11.1 Introdução Nesta aula estudaremos as noções de paralelismo e perpendicularismo. Vamos assumir que o aluno tenha o conhecimento de todos os resultados concernentes

Leia mais

Uma Curva de G. de Rham: mais propriedades

Uma Curva de G. de Rham: mais propriedades Uma Curva de G de Rham: mais propriedades Guilherme Henrique de Paula Reis (e-mail: guilhermedwg@gmailcom) Goiânia, 5 de Junho de 20 Resumo No trabalho de iniação científica [2], Uma Curva de G de Rham,

Leia mais

Leandro F. Aurichi de novembro de Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - Universidade de São Paulo, São Carlos, SP

Leandro F. Aurichi de novembro de Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - Universidade de São Paulo, São Carlos, SP Espaços Métricos Leandro F. Aurichi 1 30 de novembro de 2010 1 Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - Universidade de São Paulo, São Carlos, SP 2 Sumário 1 Conceitos básicos 5 1.1 Métricas...........................................

Leia mais

Introdução ao pensamento matemático

Introdução ao pensamento matemático Introdução ao pensamento matemático Lisandra Sauer Geometria Euclidiana UFPel Uma das principais características da Matemática é o uso de demonstrações (provas) para justificar a veracidade das afirmações.

Leia mais

Geometria Computacional

Geometria Computacional Geometria Computacional Professor: Anselmo Montenegro www.ic.uff.br/~anselmo Conteúdo: - Polígonos 1 Roteiro Introdução Polígonos Teorema da Curva de Jordan Decomposição de polígonos Triangulações Estrutura

Leia mais

Teoria Ingênua dos Conjuntos (naive set theory)

Teoria Ingênua dos Conjuntos (naive set theory) Teoria Ingênua dos Conjuntos (naive set theory) MAT 131-2018 II Pouya Mehdipour 5 de outubro de 2018 Pouya Mehdipour 5 de outubro de 2018 1 / 22 Referências ALENCAR FILHO, E. Iniciação à Lógica Matemática,

Leia mais

Teorema Do Ponto Fixo Para Contrações 1

Teorema Do Ponto Fixo Para Contrações 1 Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência 20 anos c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit Teorema Do Ponto Fixo

Leia mais

Já falamos que, na Matemática, tudo se baseia em axiomas. Já estudamos os números inteiros partindo dos seus axiomas.

Já falamos que, na Matemática, tudo se baseia em axiomas. Já estudamos os números inteiros partindo dos seus axiomas. Teoria dos Conjuntos Já falamos que, na Matemática, tudo se baseia em axiomas. Já estudamos os números inteiros partindo dos seus axiomas. Porém, não é nosso objetivo ver uma teoria axiomática dos conjuntos.

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática. O Teorema de Arzelá. José Renato Fialho Rodrigues

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática. O Teorema de Arzelá. José Renato Fialho Rodrigues Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática O Teorema de Arzelá José Renato Fialho Rodrigues Belo Horizonte - MG 1994 José Renato Fialho Rodrigues O Teorema

Leia mais

5 Desigualdade de Minkowski e a terceira desigualdade isoperimétrica

5 Desigualdade de Minkowski e a terceira desigualdade isoperimétrica 5 Desigualdade de Minkowski e a terceira desigualdade isoperimétrica afim 5.1 Áreas Mistas O conceito área mista decorre da interação entre duas curvas convexas e fechadas. Assim, vejamos: Sejam as funções

Leia mais

Uma aplicação do teorema do ponto fixo de Banach

Uma aplicação do teorema do ponto fixo de Banach https://eventos.utfpr.edu.br//sicite/sicite2017/index Uma aplicação do teorema do ponto fixo de Banach RESUMO Marcela Alves Domingues marceladomingues@alunos.utfpr.ed u.br Universidade Tecnológica Federal

Leia mais

Aula 9 Triângulos Semelhantes

Aula 9 Triângulos Semelhantes MUL 1 - UL 9 ula 9 Triângulos Semelhantes efinição: ois triângulos são semelhantes se os três ângulos são ordenadamente congruentes e se os lados homólogos são proporcionais. figura mostra dois triângulos

Leia mais

Máximos e mínimos em intervalos fechados

Máximos e mínimos em intervalos fechados Universidade de Brasília Departamento de Matemática Cálculo 1 Máximos e mínimos em intervalos fechados No texto em que aprendemos a Regra da Cadeia, fomos confrontados com o seguinte problema: a partir

Leia mais

Aula 2 A distância no espaço

Aula 2 A distância no espaço MÓDULO 1 - AULA 2 Objetivos Aula 2 A distância no espaço Determinar a distância entre dois pontos do espaço. Estabelecer a equação da esfera em termos de distância. Estudar a posição relativa entre duas

Leia mais

Pedro Paiva Zühlke d Oliveira

Pedro Paiva Zühlke d Oliveira Pedro Paiva Zühlke d Oliveira Homotopies of Curves on the 2-Sphere with Geodesic Curvature in a Prescribed Interval Tese de Doutorado Thesis presented to the Programa de Pós-Graduação em Matemática of

Leia mais

Teorema de Ceva AULA. META: O Teorema de Ceva e algumas aplicações. OBJETIVOS: Enunciar e demonstrar o Teorema de Ceva; Aplicar o Teorema de Ceva.

Teorema de Ceva AULA. META: O Teorema de Ceva e algumas aplicações. OBJETIVOS: Enunciar e demonstrar o Teorema de Ceva; Aplicar o Teorema de Ceva. META: O Teorema de Ceva e algumas aplicações. OBJETIVOS: Enunciar e demonstrar o Teorema de Ceva; Aplicar o Teorema de Ceva. PRÉ-REQUISITOS O aluno deverá ter compreendido as aulas anteriores. .1 Introdução

Leia mais

O problema das panquecas

O problema das panquecas Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit O problema das panquecas Jorge

Leia mais

Matemática. Nesta aula iremos aprender as. 1 Ponto, reta e plano. 2 Posições relativas de duas retas

Matemática. Nesta aula iremos aprender as. 1 Ponto, reta e plano. 2 Posições relativas de duas retas Matemática Aula 5 Geometria Plana Alexandre Alborghetti Londero Nesta aula iremos aprender as noções básicas de Geometria Plana. 1 Ponto, reta e plano Estes elementos primitivos da geometria euclidiana

Leia mais

Minicurso: Algumas generalizaçoes do Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo no plano é π - (Versão preliminar e incompleta)

Minicurso: Algumas generalizaçoes do Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo no plano é π - (Versão preliminar e incompleta) Minicurso: Algumas generalizaçoes do Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo no plano é π - (Versão preliminar e incompleta) Ryuichi Fukuoka: DMA-UEM 18 de outubro de 2006 1 Introdução Comecemos

Leia mais

37 a Olimpíada Brasileira de Matemática Nível Universitário Primeira Fase

37 a Olimpíada Brasileira de Matemática Nível Universitário Primeira Fase 7 a Olimpíada Brasileira de Matemática Nível Universitário Primeira Fase Problema Sejam m e n inteiros positivos, X um conjunto com n elementos e seja 0 k n um inteiro. São escolhidos aleatória e independentemente

Leia mais

TEORIA ERGÓDICA, SISTEMAS DINÂMICOS E MEDIDAS INVARIANTES

TEORIA ERGÓDICA, SISTEMAS DINÂMICOS E MEDIDAS INVARIANTES TEORIA ERGÓDICA, SISTEMAS DINÂMICOS E MEDIDAS INVARIANTES Aluno: Juliana Arcoverde V. L. Ribeiro Orientador: Lorenzo Justiniano Díaz Casado Introdução A Teoria dos Sistemas Dinâmicos, ou mais exatamente

Leia mais

Cálculo a Várias Variáveis I - MAT Cronograma para P1: aulas teóricas (segundas e quartas)

Cálculo a Várias Variáveis I - MAT Cronograma para P1: aulas teóricas (segundas e quartas) Cálculo a Várias Variáveis I - MAT 116 014.1 Cronograma para P1: aulas teóricas (segundas e quartas) Aula 01 1 de fevereiro (quarta) Aula 0 17 de fevereiro (segunda) Aula 0 19 de fevereiro (quarta) Referências:

Leia mais

Teoria Local das Curvas

Teoria Local das Curvas Teoria Local das Curvas Márcio Nascimento da Silva Departamento de Matemática Universidade Estadual Vale do Acaraú de setembro de 007 mharcius@gmail.com pré-prints do Curso de Matemática de Sobral no.

Leia mais

Indução Matemática. George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE

Indução Matemática. George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE Indução Matemática George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE Introdução Qual é a fórmula para a soma dos primeiros n inteiros ímpares positivos? Observando os resultados para um n pequeno, encontra-se

Leia mais

GEOMETRIA DE POSIÇÃO OU GEOMETRIA EUCLIDIANA

GEOMETRIA DE POSIÇÃO OU GEOMETRIA EUCLIDIANA GEOMETRIA DE POSIÇÃO OU GEOMETRIA EUCLIDIANA PONTO, RETA, PLANO E ESPAÇO; PROPOSIÇÕES GEOMÉTRICAS; POSIÇOES RELATIVAS POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE PONTO E RETA POSIÇÕES RELATIVAS DE PONTO E PLANO POSIÇÕES

Leia mais

MAT Topologia Bacharelado em Matemática 2 a Prova - 27 de maio de 2004

MAT Topologia Bacharelado em Matemática 2 a Prova - 27 de maio de 2004 MAT 317 - Topologia Bacharelado em Matemática 2 a Prova - 27 de maio de 2004 1 Nome : Número USP : Assinatura : Professor : Severino Toscano do Rêgo Melo 2 3 4 5 Total Podem tentar fazer todas as questões.

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 3

Lógica Proposicional Parte 3 Lógica Proposicional Parte 3 Nesta aula, vamos mostrar como usar os conhecimentos sobre regras de inferência para descobrir (ou inferir) novas proposições a partir de proposições dadas. Ilustraremos esse

Leia mais

Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia

Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia Giselle Moraes Resende Pereira Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Matemática Graduanda em Matemática - Programa de Educação Tutorial

Leia mais

Evolutas e Involutas: Planas e Espaciais

Evolutas e Involutas: Planas e Espaciais Evolutas e Involutas: Planas e Espaciais Aluno: Igor Albuquerque Araujo Orientador: Marcos Craizer Introdução Foi feito um estudo de conjuntos focais de superfícies. Foram utilizados os softwares Maple

Leia mais

CÁLCULO DIFERENCIAL A VÁRIAS VARIÁVEIS

CÁLCULO DIFERENCIAL A VÁRIAS VARIÁVEIS CÁLCULO DIFERENCIAL A VÁRIAS VARIÁVEIS O essencial Paula Carvalho e Luís Descalço EDIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E VENDAS SÍLABAS & DESAFIOS - UNIPESSOAL LDA. NIF: 510212891 www.silabas-e-desafios.pt info@silabas-e-desafios.pt

Leia mais

Decimasegunda áula: Conexidade por caminhos, local, e sequências

Decimasegunda áula: Conexidade por caminhos, local, e sequências Decimasegunda áula: Conexidade por caminhos, local, e sequências A definição de espaço conexo traduz matemáticamente a intuição de conjunto feito por um pedaço só. Também podemos considerar um espaço conexo

Leia mais

Capítulo Topologia e sucessões. 7.1 Considere o subconjunto de R 2 : D = {(x, y) : xy > 1}.

Capítulo Topologia e sucessões. 7.1 Considere o subconjunto de R 2 : D = {(x, y) : xy > 1}. Capítulo 7 Introdução à Análise em R n 7. Topologia e sucessões 7. Considere o subconjunto de R 2 : D = {(x, y) : > }.. Indique um ponto interior, um ponto fronteiro e um ponto exterior ao conjunto D e

Leia mais

Capítulo Diferenciabilidade e continuidade das derivadas parciais

Capítulo Diferenciabilidade e continuidade das derivadas parciais Cálculo 2 - Capítulo 27 - Diferenciabilidade e continuidade das derivadas parciais Capítulo 27 - Diferenciabilidade e continuidade das derivadas parciais 27 - Teorema do Valor Médio 272 - Diferenciabilidade

Leia mais

Geometria Descritiva 28/08/2012. Elementos Primitivos da Geometria

Geometria Descritiva 28/08/2012. Elementos Primitivos da Geometria Geometria Descritiva Prof. Luiz Antonio do Nascimento ladnascimento@gmail.com www.lnascimento.com.br A Geometria, como qualquer outra ciência, fundamenta-se em observações e experiências para estabelecer

Leia mais

Cálculo e Estimação de Invariantes Geométricos: Uma introdução as Geometrias Euclidiana e Afim

Cálculo e Estimação de Invariantes Geométricos: Uma introdução as Geometrias Euclidiana e Afim UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIDADE ACADÊMICA DE MATEMÁTICA CURSO DE MATEMÁTICA GRUPO PET MATEMÁTICA UFCG ORIENTADOR: Fábio Reis dos Santos DISCENTE: Lucas Siebra

Leia mais

Volume de Sólidos. Principio de Cavalieri

Volume de Sólidos. Principio de Cavalieri Volume de Sólidos Principio de Cavalieri Volume Entenderemos por sólido qualquer um dos seguintes subconjuntos do espaço: cilindro, cone, esfera, poliedro (que iremos definir no próximo capítulo) ou qualquer

Leia mais

Neste artigo, a título de sugestão de abordagem do tema, apresentamos exemplos de explicitação e utilização de algumas dessas regras.

Neste artigo, a título de sugestão de abordagem do tema, apresentamos exemplos de explicitação e utilização de algumas dessas regras. Somo Gilda de La Roque Palis e Iaci Malta PUC - RJ Em sua autobiografia, Carl Gustav Jung 1, um dos grandes pensadores da Psicanálise, lembrando de seus tempos de colégio, diz:... o que mais me irritava

Leia mais

Uma breve introdução ao Conjunto de Cantor

Uma breve introdução ao Conjunto de Cantor Uma breve introdução ao Conjunto de Cantor Elder Cesar de Almeida elderufop@gmail.com, Ouro Preto, MG, Brasil Thiago Fontes Santos santostf@iceb.ufop.br, Ouro Preto, MG, Brasil Resumo Neste trabalho falaremos

Leia mais

Automorfismos Coprimos em Grupos Profinitos

Automorfismos Coprimos em Grupos Profinitos Automorfismos Coprimos em Grupos Profinitos LIMA, Márcio Dias de; LIMA, Aline de Souza, CALDEIRA, Jhone Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Federal de Goiás, Campus II - Caixa Postal 131,

Leia mais

1 Distância entre dois pontos do plano

1 Distância entre dois pontos do plano Noções Topológicas do Plano Americo Cunha André Zaccur Débora Mondaini Ricardo Sá Earp Departamento de Matemática Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 1 Distância entre dois pontos do plano

Leia mais

Derivadas Parciais Capítulo 14

Derivadas Parciais Capítulo 14 Derivadas Parciais Capítulo 14 DERIVADAS PARCIAIS Como vimos no Capítulo 4, no Volume I, um dos principais usos da derivada ordinária é na determinação dos valores máximo e mínimo. DERIVADAS PARCIAIS 14.7

Leia mais

Uma breve história da Geometria Diferencial (até meados do s

Uma breve história da Geometria Diferencial (até meados do s Uma breve história da Geometria Diferencial (até meados do século XIX) 29 de novembro de 2006 Os postulados de Euclides ( 300 a.c.) Os postulados de Euclides ( 300 a.c.) 1- Dois pontos distintos determinam

Leia mais

Volume e Área de Superfície, Parte I

Volume e Área de Superfície, Parte I AULA 14 14.1 Introdução Nesta aula vamos trabalhar com os conceitos que você, aluno já está habituado: volume e área de superfície. Nesta aula, trataremos de volumes de sólidos simples como cilindros,

Leia mais

CURVAS PLANAS. A orientação de uma curva parametrizada é a direção definida pelos valores crescentes de t.

CURVAS PLANAS. A orientação de uma curva parametrizada é a direção definida pelos valores crescentes de t. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA DISCIPLINA: TÓPICOS EM MATEMÁTICA APLICADOS À EXPRESSÃO GRÁFICA II PROFESSORA: BÁRBARA DE

Leia mais

Variedades diferenciáveis e grupos de Lie

Variedades diferenciáveis e grupos de Lie LISTA DE EXERCÍCIOS Variedades diferenciáveis e grupos de Lie 1 VARIEDADES TOPOLÓGICAS 1. Seja M uma n-variedade topológica. Mostre que qualquer aberto N M é também uma n-variedade topológica. 2. Mostre

Leia mais

LISTA 3 DE INTRODUÇÃO À TOPOLOGIA 2011

LISTA 3 DE INTRODUÇÃO À TOPOLOGIA 2011 LISTA 3 DE INTRODUÇÃO À TOPOLOGIA 2011 RICARDO SA EARP Limites e continuidade em espaços topológicos (1) (a) Assuma que Y = A B, onde A e B são subconjuntos abertos disjuntos não vazios. Deduza que A B

Leia mais

Curvas e superfícies

Curvas e superfícies Análise Matemática III Curvas e superfícies Manuel Guerra Conteúdo 1 Curvas 2 2 Curvas definidas implicitamente 11 3 Superfícies 17 4 Superfícies definidas implicitamente 20 5 Anexo: A curva de Peano 21

Leia mais

Existência de solução para EDO de primeira Ordem

Existência de solução para EDO de primeira Ordem Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência c Publicação eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit Existência de solução para

Leia mais

Aula 11 Conseqüências da semelhança de

Aula 11 Conseqüências da semelhança de onseqüências da semelhança de triângulos MÓULO 1 - UL 11 ula 11 onseqüências da semelhança de triângulos Objetivos presentar o Teorema de Pitágoras presentar o teorema da bissetriz interna. O Teorema de

Leia mais

Demonstrações. Terminologia Métodos

Demonstrações. Terminologia Métodos Demonstrações Terminologia Métodos Técnicas de Demonstração Uma demonstração é um argumento válido que estabelece a verdade de uma sentença matemática. Técnicas de Demonstração Demonstrações servem para:

Leia mais

O TEOREMA ESPECTRAL PARA OPERADORES SIMÉTRICOS. Marco Antonio Travassos 1, Fernando Pereira Sousa 2

O TEOREMA ESPECTRAL PARA OPERADORES SIMÉTRICOS. Marco Antonio Travassos 1, Fernando Pereira Sousa 2 31 O TEOREMA ESPECTRAL PARA OPERADORES SIMÉTRICOS Marco Antonio Travassos 1, Fernando Pereira Sousa 2 1 Aluno do Curso de Matemática CPTL/UFMS, bolsista do Grupo PET Matemática/CPTL/UFMS; 2 Professor do

Leia mais

O Teorema da Curva de Jordan

O Teorema da Curva de Jordan UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia Departamento de Matemática Trabalho de Conclusão de Curso A Relatório Final O Teorema da Curva de Jordan Aluna: Laís Alegria

Leia mais

Método do Gradiente Projetado Para Funções Convexas Generalizadas

Método do Gradiente Projetado Para Funções Convexas Generalizadas Método do Gradiente Projetado Para Funções Convexas Generalizadas Milton Gabriel Garcia dos SANTOS 1. Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Federal de Goiás, Campus II- Caixa Postal 131,

Leia mais

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO Topologia de Zariski Jairo Menezes e Souza 25 de maio de 2013 Notas incompletas e não revisadas 1 Resumo Queremos abordar a Topologia de Zariski para o espectro primo de um anel. Antes vamos definir os

Leia mais

Humberto José Bortolossi [01] (a) (1.0) Escreva infinitos números racionais que pertençam ao intervalo

Humberto José Bortolossi   [01] (a) (1.0) Escreva infinitos números racionais que pertençam ao intervalo PRIMEIRA VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi http://www.professores.uff.br/hjbortol/ Nome legível: Assinatura: [0] (a) (.0) Escreva infinitos números racionais que pertençam

Leia mais

TEMA 2 PROPRIEDADES DE ORDEM NO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS

TEMA 2 PROPRIEDADES DE ORDEM NO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS TEMA 2 PROPRIEDADES DE ORDEM NO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS O conjunto dos números reais,, que possui as seguintes propriedades:, possui uma relação menor ou igual, denotada por O1: Propriedade Reflexiva:

Leia mais

Negação. Matemática Básica. Negação. Negação. Humberto José Bortolossi. Parte 3. Regras do Jogo. Regras do Jogo

Negação. Matemática Básica. Negação. Negação. Humberto José Bortolossi. Parte 3. Regras do Jogo. Regras do Jogo Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Parte 3 Parte 3 Matemática Básica 1 Parte 3 Matemática Básica 2 Qual é a negação do predicado

Leia mais

CONJUNTOS ÔMEGA-LIMITE PARA UMA CLASSE DE PERTURBAÇÕES DESCONTÍNUAS DA IDENTIDADE

CONJUNTOS ÔMEGA-LIMITE PARA UMA CLASSE DE PERTURBAÇÕES DESCONTÍNUAS DA IDENTIDADE CONJUNTOS ÔMEGA-LIMITE PARA UMA CLASSE DE PERTURBAÇÕES DESCONTÍNUAS DA IDENTIDADE Marcos Luiz CRISPINO 1 RESUMO: Será obtida uma condição suficiente para que a classe das componentes conexas de cada um

Leia mais

Lista 2 - Métodos Matemáticos II Respostas

Lista 2 - Métodos Matemáticos II Respostas Lista - Métodos Matemáticos II Respostas Prof. Jorge Delgado Importante: As resoluções não pretendem ser completas mas apenas uma indicação para o aluno consultar caso seja necessário, cabendo a ele fornecer

Leia mais

Objetos Gráficos Planares

Objetos Gráficos Planares Universidade Federal de Alagoas Instituto de Matemática Objetos Gráficos Planares Prof. Thales Vieira 2011 Objetos Gráficos Computação Gráfica é a área que estuda a síntese, o processamento e a análise

Leia mais

Topologia e Análise Linear. Maria Manuel Clementino, 2013/14

Topologia e Análise Linear. Maria Manuel Clementino, 2013/14 Maria Manuel Clementino, 2013/14 2013/14 1 ESPAÇOS MÉTRICOS Espaço Métrico Um par (X, d) diz-se um espaço métrico se X for um conjunto e d : X X R + for uma aplicação que verifica as seguintes condições,

Leia mais

PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL

PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL. Introdução Considere f uma função, não constante, de uma variável real ou complexa, a equação f(x) = 0 será denominada equação de uma incógnita. EXEMPLO e x + senx

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Geometria Espacial 1 - Fundamentos. Poliedros - parte 1. Terceiro Ano - Médio

Material Teórico - Módulo de Geometria Espacial 1 - Fundamentos. Poliedros - parte 1. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo de Geometria Espacial 1 - Fundamentos Poliedros - parte 1 Terceiro Ano - Médio Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha 1 Poliedros Figuras como o paralelepípedo

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Geometria Espacial 1 - Fundamentos. Poliedros - parte 1. Terceiro Ano - Médio

Material Teórico - Módulo de Geometria Espacial 1 - Fundamentos. Poliedros - parte 1. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo de Geometria Espacial 1 - Fundamentos Poliedros - parte 1 Terceiro Ano - Médio Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha 1 Poliedros Figuras como o paralelepípedo

Leia mais

SIMULADO 3 INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA VESTIBULAR 2018 GABARITO

SIMULADO 3 INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA VESTIBULAR 2018 GABARITO SIMULADO 3 INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA VESTIBULAR 018 GABARITO Física Inglês Português Matemática 1 C 1 * 1 D 1 B B B E C 3 B 3 B 3 D 3 D 4 E 4 C 4 A 4 E 5 A 5 B 5 C 5 C 6 C 6 E 6 E 6 A 7 E 7

Leia mais

Teoria da Medida e Integração (MAT505)

Teoria da Medida e Integração (MAT505) Teoria da Medida e Integração (MAT505) Modos de convergência V. Araújo Mestrado em Matemática, UFBA, 2014 1 Modos de convergência Modos de convergência Neste ponto já conhecemos quatro modos de convergência

Leia mais

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula 6 29 de março de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula 6 29 de março de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 6 29 de março de 2010 Aula 6 Pré-Cálculo 1 Implicações e teoria dos conjuntos f (x) =g(x) u(x)

Leia mais

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia III 2a. Lista de Exercícios - 1o. semestre de 2014

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia III 2a. Lista de Exercícios - 1o. semestre de 2014 MAT455 - Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia III a. Lista de Exercícios - 1o. semestre de 014 1. Calcule as seguintes integrais de linha ao longo da curva indicada: x ds, (t) = (t 3, t), 0 t

Leia mais

Aula 7 Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário.

Aula 7 Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário. Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário. MÓDULO - AULA 7 Aula 7 Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário. Objetivo Compreender o significado de dois resultados centrais a respeito

Leia mais

Uma curiosa propriedade com inteiros positivos

Uma curiosa propriedade com inteiros positivos Uma curiosa propriedade com inteiros positivos Fernando Neres de Oliveira 21 de junho de 2015 Resumo Neste trabalho iremos provar uma curiosa propriedade para listas de inteiros positivos da forma 1, 2,...,

Leia mais

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Matemática Análise I 0- Solução da ª Lista de Eercícios. ATENÇÃO: O enunciado

Leia mais

Lista 5: Rotacional, Divergente, Campos Conservativos, Teorema de Green

Lista 5: Rotacional, Divergente, Campos Conservativos, Teorema de Green MAT 003 2 ō Sem. 207 Prof. Rodrigo Lista 5: Rotacional, Divergente, Campos Conservativos, Teorema de Green. Considere o campo de forças F (x, y) = f( r ) r, onde f : R R é uma função derivável e r = x

Leia mais

Notas de Aula. Leandro F. Aurichi de junho de Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - USP

Notas de Aula. Leandro F. Aurichi de junho de Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - USP Notas de Aula Leandro F. Aurichi 1 30 de junho de 2017 1 Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - USP 2 Sumário 1 Espaços topológicos 7 1.1 Definições básicas......................... 7 Alguns

Leia mais

Geometria Métrica na Babilônia, Egito, Grécia.

Geometria Métrica na Babilônia, Egito, Grécia. Geometria Métrica na Babilônia, Egito, Grécia. Autor: Christian Fernando Cordeiro Pinheiro Disciplina de História da Matemática Universidade Federal de Alfenas Professora: Andréa Cardoso Introdução Geometria

Leia mais