Cadeia de suprimentos. RAD1503 Administração da logística e da cadeia de suprimentos Prof. André Lucirton Costa Profa. Márcia Mazzeo Grande
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1 Cadeia de suprimentos RAD1503 Administração da logística e da cadeia de suprimentos Prof. André Lucirton Costa Profa. Márcia Mazzeo Grande
2 Programação de Aula 1. Conceito de cadeia e suprimentos 2. Conceito de gestão da cadeia de suprimentos 3. Conceito de logística
3 Evolução Em 1991, o Council of Logistics Management modificou sua definição, de administração da distribuição física, para logística e, em seguida, alterando a definição para: "logística é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades do cliente". Em agosto de 2004 de acordo com a revista log&mam (11/2004, p.56), O Council of Logistics anunciou que no início de 2005, "sofreria uma transição, na qual teria como novo nome Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP)".
4 Evolução Década de 60: o setor de marketing era o responsável pela distribuição dos produtos. Década de 70 : o termo Administração de Materiais se restringia ao transporte, armazenamento e distribuição de produtos. Década de 80: a logística começou a ser entendida como um sistema integrado de matérias e organizações Década de 90: atendimento eficiente ao consumidor, uso em massa da tecnologia de informação. Consolidação do conceito Supply Chain Anos 2000: Gestão integrada da Cadeia de Suprimentos
5 Cadeia de suprimentos Conceito de cadeia de suprimentos se origina na literatura de logística. Uma cadeia de suprimentos pode ser definida como os processos que envolvem fornecedores clientes e ligam empresas desde a fonte inicial de matéria-prima até o ponto de consumo do produto acabado (Americam Production Inventory Control Society APICS)
6 Cadeia de suprimentos CS abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e transporte de mercadorias desde o estágio de MP até o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação. (Handfield e Nichols, 1999) cadeia de suprimentos é uma cadeia de múltiplos negócios e relacionamentos (Lambert et al., 1998)
7 Gestão da cadeia de suprimentos/logística Gestão da cadeia de suprimentos consiste na colaboração entre empresas para impulsionar o posicionamento estratégico e para melhorar a eficiência operacional (Bowersox, Closs e Cooper, 2007)
8 Gestão da cadeia de suprimentos Gestão da cadeia de suprimentos é a integração de processos de negócio desde o consumidor final até os fornecedores que fornecem produtos, serviços e informações que adicionam valor a seus clientes e a seus acionistas. (Lambert et al, 1998) Canal tradicional Fornecedores Produtores Distribuidores Varejo Consumidor
9 Estrutura de uma cadeia de suprimentos
10 Usuário Representação de redes Produção de matéria prima Produção de componentes Produção de submontagens Produção de montagens Montagem do produto Distribuição Varejo
11 Classificação dos membros da cadeia Empresa focal Fornecedores de primeira camada (First tier supplier) Fornecedores de segunda camada (Second tier supplier) Distribuidores Varejos Cliente final)
12 Fluxos Montante (upstream): no sentido do fornecedor (Cadeia para cima) Jusante (downstream):no sentido do cliente final (cadeia para baixo) Reverso
13 Gestão da Cadeia de Suprimentos Fornecedores de Segunda Camada Fornecedores de Primeira Camada Clientes de Primeira Camada Clientes de Segunda Camada OPERAÇÃO Fornecimento Gestão de Compras Gestão da Distribuição Física Demanda Logística montante Gestão de Materiais Gestão da Cadeia de Suprimentos jusante
14 Classificação das cadeias (Slack) cadeia total, ou seja, que possui todos os níveis, é aquela que envolve todas as relações clientefornecedor desde a extração da matéria-prima até a compra do produto final pelo consumidor final. cadeia imediata é aquela em que estão os fornecedores e consumidores com os quais a empresa faz negócio diretamente. cadeia interna diz respeito à cadeia de suprimentos local, com fluxos internos de materiais e informações entre departamentos, células ou setores da operação.
15 Perspectiva da Rede Fornecedores de segunda camada Fornecedores de primeira camada Clientes de primeira camada Clientes de segunda camada Fornecedor 1 Fornecedor 1 Cliente 1 Cliente 1 Fornecedor 2 Fornecedor 2 Operação Cliente 2 Cliente 2 Fornecedor 3. Fornecedor 3. produtiva Cliente 3. Cliente 3. Fornecedor n Fornecedor n Cliente m Cliente m Rede imediata de fornecimento Rede total de suprimentos (Slack)
16 Classificação dos membros da cadeia (Lambert et al.) Primários: executam atividades que que agregam valor ao longo da CS de determinados produtos e/ou serviços De apoio: fornecem recursos para suportarem os membros primários, mas não participam ativamente do processo de agregação de valor
17 Escolhendo a melhor estratégia de canal A escolha adequada de canal impacta a eficiência e a eficácia da cadeia. Duas são as estratégias mais significativas: Fornecimento sob estoque Configura o canal de suprimentos visando ao máximo de eficiência e estoques de segurança são mantidos a fim de garantir o máximo de disponibilidade. Fornecimento sob pedido Configura o canal de suprimentos visando a um máximo de responsividade.
18 Diferenças entre as estratégias: Tipo de cadeias De suprimentos Cadeia de Suprimentos Eficiente Fornecimento Sob estoque Cadeia de Suprimentos Receptiva Fornecimento Sob pedido Característica do projeto de canal Rodadas econômicas de produção Estoques de produtos acabados Quantidades econômicas de compras Remessas de grandes volumes Processamento por batelada Capacidade máxima Trocas rápidas de produção Prazos de entrega mínimos Processamento flexível Transporte de qualidade Processamento individual de pedidos
19 Atividades envolvidas na gestão da da rede de suprimentos
20 Conceito de Logística 1998, o Council of Logistics Management (CLM), atualmente chamado de Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP) estabeleceu que a gestão da logística é parte do conceito de SCM, definindo que sob o enfoque da cadeia de suprimentos, a logística é responsável pelo planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e as informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes Ou seja, é o trabalho necessário para transportar e posicionar o estoque ao longo da cadeia de suprimentos
21 Pontos básicos da logística Movimentação dos produtos Logística interna Logística externa Tempo lead-times Custos logísticos Nível de serviço ao cliente Níveis de estoques
22 Martins e Alt, 2006
23 Atividades a serem gerenciadas que compõem a logística Atividades-chaves Serviço ao cliente Transporte Gerência de estoques Fluxo de informação e processamento de pedidos
24 Atividades a serem gerenciadas que compõem a logística Atividades de suporte Armazenagem Manuseio de materiais Compras Embalagem Cooperação com produção Manutenção de informações
25 Ballou, Transporte
26 Discussão Como os conceitos logísticos se aplicam ao setor de serviços?
27 Redes de operações em serviços Serviço de radiologia Plano de saude Serviço de limpeza Hospital Fabricante de equipamento Locadora de equipamento Serviço de alimentação Médicos Cliente Fornecedor de reagentes Serviço de laboratório Laboratório de análise Fluxo de serviço Fluxo de pagamento
28 VW Resende Carese (tratamento de chapas e pintura) Delga (montagem estrutural cabine) VDO (montagem interior da cabine) Audit (CQ final) Powertrain (motor e transmissão) Maxion (chassi) Arranjo Físico da fábrica de ônibus e caminhões da Volks Wagen (Consórcio Modular Resende, RJ) Remon (rodas e pneus) Meritor (eixos e suspensão)
29 Exemplos Empresas que obtiveram vantagem competitiva devido a superioridade de seus esquemas logísticos/scm Wal-Mart Caterpillar Dell Montadoras (Toyota ;GM Projeto Saturn; Citroën dec 1930) Amazon Zara Natura
30 Estratégia e Cadeia de Suprimentos Já não é suficiente apenas integrar as operações, estruturas e infra-estrutura internas com a estratégia competitiva. As empresas com maior desempenho competitivo tendem a ser as que têm melhor integrado seus processos internos chaves com fornecedores externos e clientes, formando CSs com propósitos e procedimentos bem definidos e consistentes.
31 Níveis de relacionamento Comercial Acordos não contratuais Acordos via licença Alianças Relações meramente comerciais entre empresas independentes Acordos informais para alguns objetivos comuns (carteis) Cooperação multilateral, via contrato (franquias) Empresas independentes com participação mútua no negócio, geralmente de forma complementar e não necessariamente envolvendo novos investimentos (companhias aéreas)
32 Níveis de relacionamento Parcerias Joint ventures Integração vertical Empresas independentes agindo na CS como se fosse uma mesma unidade de negócio, como grande nível de colaboração, de alinhamento de objetivos, de integração de processos e de informação (consórcio modular, condomínios) Participação mútua no negócio, geralmente envolvendo uma nova empresa (sociedade formal) e que envolve novos investimentos (Power Train) Envolve a incorporação de processos d\ Cs por parte de uma empresa, geralmente via fusão ou aquisição.
33 Práticas de coordenação à gestão da cadeia de suprimentos ferramentas de auxílio às tarefas de integrar e coordenar a cadeia de suprimentos (Pires, 2004)
34 Práticas na cadeia de suprimentos Resposta Eficiente ao Consumidor -ECR É uma estratégia da indústria supermercadista na qual distribuidores e fornecedores trabalham em conjunto para proporcionar maior valor ao consumidor Código de barras ou magnéticos EDI WMS Reposição contínua de estoques Entrega direta na loja Cross Docking Gerenciamento de categorias de produtos
35 Práticas na cadeia de suprimentos Desenvolvimento de Fornecedores: Desenvolver um fornecedor é qualquer atividade que uma empresa cliente realiza com o intuito de melhorar o desempenho e/ou capacidade do fornecedor no curto ou longo prazo (HANDFIELD et al, 2000). Essas atividades podem ser desde avaliações informais sobre suas operações até programas de treinamento conjuntos e desenvolvimento de produtos e processos.
36 Práticas na cadeia de suprimentos Reabastecimento de estoque colaborativo Dinamizar o fluxo de produtos ao longo da CS Reabastecer rapidamente o estoque com base no planejamento conjunto ou na experiência real de vendas exige alto grau de cooperação e compartilhamento de informações entre os parceiros da CS Sistema de resposta rápida
37 Práticas na cadeia de suprimentos Outsourcing: trata-se de uma prática pela qual um conjunto de produtos e serviços utilizados por uma empresa é providenciado/ fornecido por uma empresa externa, por meio de um relacionamento colaborativo entre as partes. Assim a empresa focal concentra-se no seu core business, ou seja, nas atividades que mais lhe geram
38 Práticas na cadeia de suprimentos Contract Manufacturing (Produtores sob Contrato): é o processo de contratar um fornecedor para a produção de um determinado produto ou execução de uma atividade, que ele não tenha desenvolvido e onde ele não coloque sua marca. In Plant Representatives: ocorre quando representantes de determinada empresa trabalham em tempo integral ou parcial em uma empresa cliente ou fornecedora com objetivo de criar um canal de comunicação dinâmico e confiável.
39 Práticas na cadeia de suprimentos Early Supplier Involvement (ESI): o ESI pode ser definido como envolvimento dos fornecedores desde a fase inicial de projeto de um novo produto, ou seja, o fornecedor participa da fase de concepção do produto com objetivo de colaborar com sua competência e know-how para que tanto o lead time quanto os custos de desenvolvimento sejam reduzidos. Postergação (Postnonement): Sob a perspectiva da manufatura, a postergação ocorre quando o produto é terminado somente após a solicitação do cliente final, ou seja, o produto fica aguardando a configuração do cliente para que sua produção seja finalizada.
40 Tempo total de ciclo do pedido: tempo decorrido entre o momento de pedido do cliente, a ordem de compra ou requisição do serviço, e aquele da entrega do produto ou serviço ao cliente Tempo total de ciclo do pedido Transmissão do pedido Processamento e Montagem do pedido Tempo de aquisição de estoques adicionais Tempo de entrega a) Consolidação do pedido b) Transmissão de pedidos aos armazéns a) Preparação das faturas b) Liberação do crédito c) Montagem do pedido no armazém a) Quando estoque inexistente, tempo adicional para adquirir estoque da fábrica a) Tempo de embarque do armazém b) Tempo de embarque da fábrica c) Processamento de embarque pelo cliente
41 Fatores que influenciam o tempo de processamento do pedido Prioridade de processamento Processamento paralelo vs. Seqüencial Exatidão no atendimento dos pedidos Pedidos em lotes Pedidos parciais Consolidação de embarque.
42
43 Gestão Integrada Integração Vertical de Capital Ganhos de escala Perdas na organização e no capital investido Integrar a Gestão Redes de organizações com gestões independentes Integração dos sistemas de informação Minimiza o custo total da cadeia de produção Colaboração Extensão das operações Compartilhamento das informações Serviços integrados Especialização do processo
44 Planos Estratégicos Funcionais (Produção, Logística, Marketing e Finanças)
45 Estratégia de Logística - Objetivos Redução de Custo Redução de Capital Melhorias no Serviço
46 Melhorias no serviço Motivação: receitas dependem do nível de serviço Alguns Atributos Valorizados pelos Clientes: Entregas Mais Freqüentes Cumprimento de Prazos Disponibilidade do Produto Informação sobre o Produto Ausência de Defeitos
47 Projeto de rede logística Projeto da rede de informação Tipo de tecnologia de comunicação Tipo de tecnologia de software Segurança das informações e dos dados Automação da entrada de dados Fluxo de pedido e de processos Transporte Estoque Matriz de transporte Acesso/velocidade Consistência e confiabilidade Rotatividade x Serviços ao cliente Custos Armazenagem e manuseio de materiais Movimentação interna Embalagens Localização Separação
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